Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
Influência da sazonalidade nas características das Substâncias
Húmicas Aquáticas extraídas do rio Preto
1*
1
Amanda M. Tadini (PG) , Márcia C. Bisinoti (PQ)
1
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Departamento de Química e Ciências Ambientais, UNESP - São
José do Rio Preto-SP
*[email protected]
Palavras-Chave: SHA, Aromaticidade, Sazonalidade.
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As Substâncias Húmicas Aquáticas (SHA)
possuem grande importância ambiental, uma vez
que estas possuem estrutura complexa formada de
anéis aromáticos e grupos funcionais reativos que
são responsáveis pela elevada capacidade de
complexação
com
poluentes,
principalmente
1
metais . Deste modo a caracterização das SHA é
uma das bases para a interpretação de vários
processos que ocorrem no ambiente. Diversas
técnicas têm sido utilizadas para este fim, sendo que
cada uma traz uma informação distinta, porém ainda
distante da interpretação de sua estrutura. Neste
contexto, o objetivo desse trabalho foi caracterizar
as Substâncias Húmicas Aquáticas extraídas do rio
Preto para o período de seca e de chuva
empregando a Espectrofotometria UV/Vis e
Fluorescência Molecular. Para isto, amostras de
água superficial do rio Preto foram coletadas para o
período de menor pluviosidade (seca) e maior
pluviosidade (chuva), seguidas da extração de SHA
empregando o método sugerido pela Sociedade
2
Internacional de Substâncias Húmicas . As SHA
foram fracionadas em diferentes tamanhos
moleculares (<10, 10-30, 30-50, 50-100 e >100
3
kDa) e caracterizadas por Espectrofotometria
UV/Vis e Fluorescência Molecular.
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Grau de Aromaticidade
Introdução
36a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
30
25
20
15
10
5
0
SHA
F1
F2
F3
F4
F5
Figura 1. Grau de Aromaticidade das SHA do rio
Preto obtido por Espectrofotometria de UV/Vis,
sendo que F1: < 10 kDa; F2: 10 – 30 kDa; F3: 30 –
50 kDa; F4: 50 – 100 kDa; F5: > 100 kDa e SHA:
Substâncias Húmicas Aquáticas sem fracionamento.
Destaca-se que o grau de aromaticidade das
frações variou em função da sazonalidade,
permitindo
estabelecer
a
seguinte
ordem
decrescente de Aromaticidade: F2 > F5 > SHA > F4
> F1 ~ F3 para o período de seca e F2 > F1 > F5 >
F4 > F3 > SHA para o período de chuva, podendo
inferir que a sazonalidade influenciou na composição
dos grupos presentes na estrutura das SHA do rio
Preto e de suas frações.
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos pela Fluorescência
Molecular permitem inferir que as SHA do rio Preto
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apresentaram a maior presença de Ácidos Húmicos
(intensidade máxima de fluorescência próxima à
λexc/λem 350/450 nm), sendo este mais intenso no
período de seca, o que sugere que a matéria
orgânica natural está sendo alterada por processos
fotoquímicos.
A Figura 1 mostra o grau de aromaticidade das
amostras de SHA do rio Preto para o período de
seca e chuva obtido por Espectrofotometria de
UV/Vis. Pode-se observar que a F2 (Fração de 1030 kDa) apresentou maior grau de aromaticidade
para ambos os períodos amostrados, e que as SHA
do rio Preto e suas frações de diferentes tamanhos
moleculares possuem alto grau de aromaticidade
quando comparado a outros trabalhos descritos na
5,6
literatura .
Período de Seca
Período de Chuva
Conclusão
Conclui-se que SHA do rio Preto para ambos os
períodos amostrados possuem maior aromaticidade
quando comparados a outros trabalhos, tendo sido
influenciados pela sazonalidade, apresentando
também uma maior presença de Ácidos Húmicos na
sua estrutura no período de seca.
Agradecimentos
À FAPESP, pelo auxílio financeiro e pela bolsa
concedida (Processo 2010/13879-2).
___________________
1
STUMM, W. 3ª Edição, John Wiley, New York, 1995.
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3
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4
COBLE, P. G. Marine Chemistry, 51, 325-346, 1996.
5
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6
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Analytica Chimica Acta, v. 527, p. 105-124, 2004.
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