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Distribuição das substâncias húmicas...
DISTRIBUIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS HÚMICAS EM SOLOS DE
TABULEIROS SOB DIFERENTES COBERTURAS VEGETAIS
ARCÂNGELO LOSS1
MARCOS GERVASIO PEREIRA2
ROBERTO JOSINO DE BRITO3
1- Estudante de mestrado do Curso de Pós-Graduação em Agronomia – Ciência do Solo da UFRRJ. BR 465km 7,
Seropédica. CEP: 23890-000. Bolsista CAPES.
2- Professor Associado I do Departamento de Solos da UFRRJ, BR 465 km 7, Seropédica. CEP: 23890-000. Bolsista do
CNPq. [email protected]
3- Engenheiro Agrônomo, Mestre em Ciências Florestais e Ambientais. UFRRJ, BR 465 km 7, Seropédica. CEP: 23890-000.
RESUMO: LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; BRITO, R. J. de. Distribuição das substâncias húmicas em
solos de tabuleiros sob diferentes coberturas vegetais. Revista Universidade Rural: Série
Ciências da Vida, Seropédica, RJ: EDUR, v. 26, n. 2, p. 68-77, jul/dez, 2006. Este estudo foi realizado
com o objetivo de avaliar o conteúdo de carbono orgânico total e carbono das substâncias húmicas (fração
ácido húmico (C-FAH), fração ácido fúlvico (C-FAH) e humina (C-HUM)) em solos dos tabuleiros, Argissolo
Amarelo (PA) e Latossolo Amarelo (LA) sob diferentes coberturas vegetais (floresta secundária, pastagem
e cana-de-açúcar) na região de Campos dos Goytacazes, RJ. Em cada área foram coletadas amostras de
terra nas profundidades de 0-10, 10-20, 20-30, 30-40, 40-50, 50-60 e 60-70 cm. O maior conteúdo de
carbono orgânico total (COT) foi verificado na camada superficial e com destaque para a área sob floresta
secundária nas duas classes de solo. A cobertura sob pastagem está propiciando maiores teores de COT
em profundidade na ordem do LA. Em relação às substâncias húmicas, os teores médios de C-FAF e C-FAH
foram maiores na cobertura sob floresta na camada superficial. Foi observado um decréscimo da fração CFAH em profundidade e o aumento da fração o C-FAF. O C-HUM apresentou comportamento semelhante ao
COT e sendo a fração com os maiores teores de carbono dentre as demais. A ordem LA está favorencendo
maiores teores de C-HUM quando comparada ao PA. O manejo adotado na cobertura sob cana-de-açúcar
está acelerando a mineralização da matéria orgânica.
Palavras-chave: Carbono orgânico, frações húmicas, Latossolo e Argissolo Amarelos.
ABSTRACT: LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; BRITO, R. J. de. Humic substances distribution in Tableland
soils under different vegetal coverings. Revista Universidade Rural: Série Ciências da Vida,
Seropédica, RJ: EDUR, v. 26, n. 2, p. 68-77, jul/dez, 2006. This study was carried out to evaluate organic
carbon and humic substances (humic acid (C-HAF), fulvic acid (C-FAF) and humin (C-HUM)) contents in
Tableland soils, Xanthic Ultissol (PA) and Xanthic Oxissol (LA) under different coverage types and land use
(secondary forest, pasture and sugarcane). In each area soil samples were taken in 0-10, 10-20, 20-30, 3040, 40-50, 50-60 e 60-70 cm depth. The highest total organic carbon (TOC) content was verified in the
superficial layers and with prominence at forest area under LA and PA. In relation to humic substances, the
C-FAF e C-HAF presented the highest average values in the superficial layer of forest covering. Was
observed a C-FAH fraction depth decrease and a C-FAF fraction increase. The C-HUM showed similar
behavior to COT being the fraction with the highest carbon tenors among the others. The LA order is
propitiating higher C-HUM tenors when compared to the PA. The handling adopted in the covering under
sugarcane is accelerating the organic matter mineralization.
Key words: Organic carbon, Tableland soils, humic fractions.
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
69
LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; et al.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o estudo da
matéria orgânica do solo (MOS) tem
ganhado destaque devido a crescente
preocupação existente com a qualidade do
meio ambiente. Essa preocupação
incentivou o estudo da matéria orgânica
devido ao seu papel decisivo em diversos
aspectos relacionados ao solo e à água
(BRONICK & LAL, 2005).
A MOS constitui o maior
reservatório de carbono da superfície
terrestre. Este reservatório é dinâmico,
podendo variar em decorrência de práticas
de manejo (BAYER & MIELNICZUK, 1997).
Na maioria dos solos, o teor de MOS varia
de 5 a 50 g kg-1 nos horizontes minerais,
sendo mais elevados nos Organossolos,
com valores acima de 80 g kg-1 no horizonte
hístico. Apesar de estar proporcionalmente
em menor quantidade em comparação a
fração mineral, a MOS é importante para
os sistemas agrícolas devido a seu efeito
nas propriedades químicas, físicas e
biológicas do solo (FALLEIRO et al., 2003;
MEURER, 2004).
Em solos tropicais e subtropicais
altamente intemperizados, a matéria
orgânica tem grande importância para o
fornecimento de nutrientes às culturas,
retenção de cátions, complexação de
elementos tóxicos e micronutrientes,
estruturação do solo, permeabilidade,
retenção de água, e atividade e biomassa
microbiana, constituindo-se, assim, um
componente f undamental da sua
capacidade produtiva. (BARRETO, 2001).
Vários estudos já foram realizados
quantif icando a MOS de dif erentes
ambientes e tipos de manejo, como: Silva
& Ribeiro (1992) em Alagoas; Freitas et al.
(2000), em Goiás; Pinheiro et al. (2004),
no Rio de Janeiro; e Madari et al. (2005),
no Paraná. No entanto, outros trabalhos
foram realizados qualificando-a como:
Benites et al. (1999), em Minas Gerais;
Freixo (2002) no Rio Grande do Sul;
Fontana et al. (2001a), no Rio de Janeiro;
Loss et al. (2004), no Rio de Janeiro,
Fontana et al. (2005), no Mato Grosso do
Sul.
Os trabalhos anteriormente
citados utilizaram o fracionamento químico
da MOS para quantificar as frações
húmicas do solo, sendo este um
procedimento bastante conhecido
(KUMADA, 1987; STEVENSON & COLE,
1999; BENITES et al., 2003; CUNHA et al.,
2005). O método consiste na extração de
substâncias húmicas do solo baseada em
diferenças na solubilidade das mesmas em
soluções ácidas ou alcalinas (STEVENSON
& COLE, 1999) e posterior obtenção de
três principais componentes: ácido húmico
(FAH), que é solúvel em extrato alcalino,
mas precipita-se sob acidifição; ácido
fúlvico (FAF), que é a fração que permanece
em solução quando o extrato alcalino é
acidificado, e humina (HUM) que é a fração
que não pode ser extraída de solos e
sedimentos por diluição ácida ou básica,
ou seja, é o resíduo que sobra da separação
das outras duas frações (SWIFT, 1996).
Guerra & Santos (1999) destacam
os ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e
humina como as três frações principais do
carbono orgânico total do solo, sendo a
humina representada por cerca de 30 a
80%. Estas frações interagem com o
material mineral, interferindo, assim, na
dinâmica de nutrientes no sistema soloplanta, e exercendo um papel primordial
na manutenção da fertilidade do solo; termo
cujo o conceito global se estende também
as propriedades físicas e biológicas
(MENDONZA, 1996).
A quantidade e a proporção com
que essas frações são encontradas nos
solos tem servido como indicador de
qualidade dos solos em diversos trabalhos,
devido a forte interação das substâncias
húmicas com o material mineral do solo
(FONTANA et al., 2001a).
O objetivo geral desse trabalho foi
avaliar o comportamento das frações
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
70
Distribuição das substâncias húmicas...
húmicas em solos de tabuleiros sob
diferentes coberturas vegetais do município
de Campos dos Goytacazes (RJ).
MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo foi conduzido nas áreas
localizadas próximo ao km 14 às margens
da rodovia BR-101, no município de
Campos dos Goytacazes, região Norte
Fluminense (RJ). As coordenadas
geográficas locais são: 21º 35’ a 21º 36’
de latitude sul e 41º 16’ a 41º 17’ de
longitude oeste de Greenwich, 7605673
(UTM) e altitude variando de 27 a 33 m. O
clima da região é caracterizado como
tropical quente e úmido, com inverno seco
e verão chuvoso, com precipitação anual
em torno de 1020 mm. A temperatura média
anual varia de 21,6 ºC, em junho, e 27,7
ºC, em fevereiro.
A seleção dos solos se baseou nas
classes de maior expressão em extensão
sobre os tabuleiros costeiros. Segundo
Jacomine (2001), os Latossolos Amarelos
(LA) estão em primeiro lugar na área dos
tabuleiros seguidos pelos Argissolos
Amarelos (PA).
A escolha das áreas foi feita com
base em fotos aéreas (1:15000) e mapas
de solos (1:10000 e 1:25000) referentes ao
“Projeto de irrigação e drenagem da canade-açúcar na região Norte Fluminense”. As
áreas de Latossolo Amarelo e Argissolo
Amarelo foram selecionadas sob três
coberturas vegetais: pastagem, cana-deaçúcar e remanescente de f loresta
secundária.
A área de estudo com pastagem foi
formada a mais de 10 anos, composta,
predominantemente, por gramíneas do
gênero Brachiaria decumbens. Desde a
sua implantação até a data da coleta, não
houve aplicação de adubos ou corretivos
na área. Eventualmente, durante estes
anos, ocorreram queimadas acidentais e/
ou como prática de renovação da pastagem
após o período seco do inverno.
Quanto à área de cana-de-açúcar
esta é submetida ao manejo tradicional de
cultivo da região para essa cultura, que
utiliza o método da queima controlada para
fins de limpeza da área na época do corte
para a colheita. A baixa produtividade
agrícola observada em áreas de tabuleiros
tem sido atribuída, principalmente, a baixa
fertilidade natural desses solos, seguida
das condições de clima e manejo
inadequados das terras.
Para o estudo também f oi
selecionada uma área de floresta que fosse
representativ a e que apresentasse
características comuns dos fragmentos da
região. A floresta secundária semidecídua
selecionada está disposta num fragmento
de aproximadamente 15 ha e se encontra
modificada por corte seletivo e pastejo
ocasional.
As amostras foram coletadas em
sete profundidades 0-10, 10-20, 20-30, 3040, 40-50, 50-60 e 60-70 cm para cada
cobertura vegetal e classe de solo, sendo
feitas três repetições nas diferentes áreas.
Após esta etapa as amostras foram
transportadas para o laboratório e secadas
ao ar, sendo posteriormente peneiradas em
peneira de 2 mm. Nas amostras foram
determinados os teores de carbono
orgânico (COT) segundo Embrapa (1997)
e carbono orgânico das frações húmicas
(Fração Ácido Húmico-FAH, Fração Ácido
Fúlvico-FAF e Humina-HUM) segundo
Benites et al. (2003).
O delineamento utilizado foi o
inteiramente casualisado, em fatorial 3 x
2, com três repetições por profundidade.
Os resultados obtidos foram submetidos
ao teste de normalidade (Teste de Lilliefors)
e homogeneidade (Barttlet) com posterior
análise de variância com aplicação do teste
F e os valores médios comparados entre
si pelo teste de Scott-Knott a 5% de
probabilidade.
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
71
LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; et al.
RESULTADOS E DISCUSSAO
orgânico das frações húmicas (C-FAF, CFAH e C-HUM) são apresentados nas
Figuras 1 e 2, assim como seus valores e
análises estatísticas nas Tabelas 1a e 1b.
A distribuição dos teores médios
encontrados para o COT e carbono
C ar b o n o o r g ân ico (g k g -1 )
2,0
4,0
6,0
C ar b o n o o r gân ico (g k g -1 )
8,0
1 0,0
0,0
0
0
10
10
Profundidade (cm)
Profundidade (cm)
0,0
20
30
40
50
60
2,0
4,0
6,0
20
30
40
50
60
70
70
C -F A F
C -F A H
C -H UM
C OT
C -F A F
C -F A H
(a)
C -H UM
C OT
(b)
Ca r b o n o or gâ nic o (g k g -1 )
0,0
2,0
4 ,0
6,0
Profundidade (cm)
0
10
20
30
40
50
60
70
C -F A F
C -F A H
C -H UM
C OT
(c)
Figura 1. Distribuição do carbono orgânico total e carbono das frações húmicas de LA sob floresta secundária
(a), pastagem (b) e cana-de-açúcar (c).
C a r b o n o o r g â n ic o ( g k g -1 )
C a r b o n o o r g â n i co ( g k g -1 )
2 ,0
4 ,0
6 ,0
8 ,0
0 ,0
1 0, 0
0
0
10
10
Profundidade (cm)
Profundidade (cm)
0 ,0
20
30
40
50
60
70
2 ,0
4 ,0
6, 0
20
30
40
50
60
70
C -FA F
C -F A H
C -H U M
COT
C -F A F
C -FA H
(a )
C -H U M
COT
(b)
C a r b o n o o r g â n ic o ( g k g
0 ,0
2 ,0
4 ,0
-1 )
6 ,0
0
Profundidade (cm)
10
20
30
40
50
60
70
C -F A F
C -F A H
C -H U M
COT
(c )
Figura 2. Distribuição do carbono orgânico total e carbono das frações húmicas de PA sob floresta secundária
(a), pastagem (b) e cana-de-açúcar (c).
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
72
Distribuição das substâncias húmicas...
Tabela 1a. Carbono orgânico total (COT)1 e carbono das frações húmicas sob diferentes coberturas vegetais e ordens de
solo, em profundidade.
Propriedades
Solo
Floresta
Pastagem
Cana-de-açúcar
(g kg-1)
0 a 10 cm
PA
8,40 Aa
5,13 Ab
4,53 Ac
COT
LA
5,49 Ba
4,72 Bb
4,53 Ac
PA
3,61 Aa
3,23 Ab
2,58 Bc
C-HUM
LA
3,12 Bb
2,70 Bc
3,28 Aa
PA
1,78
0,58
1,04
C-FAFns
LA
1,47
0,75
1,01
PA
1,26 Aa
1,02 Ab
0,58 Ac
C-FAH
LA
0,75 Ba
0,75 Ba
0,63 Ab
10 A 20 cm
PA
4,38 Aa
2,84 Bc
3,66 Bb
COT
LA
3,72 Ac
5,07 Aa
4,80 Ab
PA
0,98
2,32
2,27
C-HUMns
LA
1,79
2,56
2,62
PA
0,98
0,81
0,91
C-FAFns
LA
1,36
0,84
1,16
PA
0,45
0,75
1,18
C-FAHns
LA
0,58
1,22
1,29
20 a 30 cm
PA
3,24
2,69
3,48
COTns
LA
3,03
4,23
4,14
PA
1,22 Bb
2,10 Aa
2,04 Ba
C-HUM
LA
2,21 Ab
1,89 Ac
2,47 Aa
PA
0,78 Ab
0,90 Aa
0,66 Bc
C-FAF
LA
0,52 Bc
0,71 Bb
0,77 Aa
PA
0,44
0,62
0,65
C-FAHns
LA
0,60
0,73
0,72
30 a 40 cm
PA
3,27 Ab
1,48 Bc
4,78 Aa
COT
LA
3,54 Ab
3,75 Aa
3,21 Bc
PA
0,98 Bc
1,64 Bb
2,00 Ba
C-HUM
LA
2,66 Aa
2,69 Aa
2,27 Ab
PA
1,00 Ab
1,05 Ab
1,88 Aa
C-FAF
LA
1,26 Aa
0,84 Ab
0,73 Bc
PA
0,48 Ab
0,31 Ac
0,56 Ba
C-FAH
LA
0,64 Aa
0,17 Bb
0,65 Aa
Tabela 1 b.
cont. Carbono orgânico total (COT)1 e carbono das frações húmicas sob diferentes coberturas vegetais e ordens
de solo, em profundidade.
Propriedades
Solo
Floresta
Pastagem
Cana-de-açúcar
(g kg-1)
40 a 50 cm
PA
3,02 Ab
2,85 Bb
5,03 Aa
COT
LA
3,82 Aa
3,81 Aa
3,00 Bb
PA
1,18 Bc
2,70 Aa
2,20 Bb
C-HUM
LA
2,40 Ab
1,93 Bc
2,66 Aa
PA
0,94 Ab
0,94 Bb
1,60 Aa
C-FAF
LA
1,02 Ab
1,40 Aa
0,87 Bc
PA
0,42 Ab
0,32 Bc
0,60 Aa
C-FAH
LA
0,29 Ac
0,70 Aa
0,53 Ab
50 a 60 cm
PA
3,39 Ac
4,76 Aa
4,58 Ab
COT
LA
3,75 Ab
3,90 Ba
3,45 Bc
PA
1,82
2,15
2,47
C-HUM ns
LA
3,05
2,93
2,76
PA
1,58
1,38
1,20
C-FAF ns
LA
1,54
1,07
1,12
PA
0,74
0,30
0,58
C-FAH ns
LA
0,81
0,28
0,70
60 a 70 cm
PA
3,90
4,02
3,93
COT ns
LA
4,33
4,55
4,32
PA
1,68
1,97
2,20
ns
C-HUM
LA
2,78
2,70
2,62
PA
1,36 Ab
1,45 Aa
0,89 Bc
C-FAF
LA
1,19 Ab
1,13 Bc
1,37 Aa
PA
0,57 Ab
0,35 Bc
0,65 Aa
C-FAH
LA
0,70 Aa
0,52 Ab
0,28 Bc
1
Média de três repetições. Letras iguais maiúsculas na coluna e minúsculas na linha, não diferem entre si pelo teste de
Scott-knott a 5%. C-HUM=carbono na fração humina, C-FAH=carbono na fração ácido fúlvico, C-FAH= carbono na fração
ácido húmico. LA=Latossolo Amarelo, PA=Argissolo Amarelo, ns=não significativo para interação.
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
73
LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; et al.
Tabela 2. Variáveis que não apresentaram interação significativa entre solo e tratamento,
mas apresentaram significância isoladas, seja somente tratamento ou solo e/ou ambos.
Variáveis/
Tratamentos
Solo
Profundidade
Floresta
Pastagem
Cana-de-açúcar
PA
LA
COT 1 (20-30)
3,80 A
3,13 B
C-HUM (10-20)
2,45 A
2,44 A
1,39 B
1,86 B
2,32 A
C-HUM (50-60)
2,15 B
2,91 A
C-HUM (60-70)
1,95 B
2,70 A
C-FAF (0-10)
1,62 A
0,66 C
1,03 B
C-FAF (10-20)
1,17 A
0,82 B
1,03 A
0,90 B
1,12 A
C-FAF (50-60)
1,56 A
1,53 B
1,16 B
C-FAH (10-20)
0,51 C
0,99 B
1,23 A
0,79 B
1,03 A
C-FAH (50-60)
0,77 A
0,29 B
0,64 A
1
Média de três repetiçoes. LA=Latossolo Amarelo, PA=Argissolo Amarelo
De maneira geral, o C-HUM
apresentou distribuição em profundidade
similar ao COT para a cobertura sob floresta
secundária (Figuras 1a e 2a), sendo os
maiores valores médios encontrados na
camada superficial do solo (0 – 10 cm) e
diminuindo na profundidade de 10 a 20 cm.
Na camada de 50-60 cm, os valores
médios de C-HUM e COT voltam a
apresentar um ligeiro aumento. A cobertura
sob pastagem também apresentou
comportamento semelhante para C-HUM
e COT (Figuras 1a e 2b). Já a área sob
cana-de-açúcar não se observ ou
comportamento similar a este (Figuras 3a
e 3b).
O C-HUM foi a fração em maior
proporção dentre as frações húmicas, em
todas as coberturas e classes de solo, com
exceção da cobertura sob floresta, LA, que
apresentou os teores médios iguais ao CFAF em profundidade (Figura 2a). Maiores
proporções da f ração C-HUM são
característicos de solos de baixa fertilidade
natural e textura arenosa, onde a maior
parte do COT é convertido nesta fração.
Loss et al. (2004), estudando a matéria
orgânica de Argissolos e Latossolos
Amarelos dos tabuleiros costeiros, sob
diferentes coberturas vegetais até a
profundidade de 40 cm também encontram
maiores valores médios para a fração
humina em detrimento as demais frações.
Os maiores valores de C-HUM podem estar
relacionados ao tamanho das moléculas e
ao maior grau de estabilidade desta fração
(FONTANA et al., 2006), assim como aos
maiores teores de argila na ordem do LA.
O C-HUM apresenta os maiores
teores médios para a ordem LA, com
exceção da camada superficial para
floresta e pastagem, e esta também para
40-50 cm (Tabela 1a e 1b), o que pode ser
observ ado na sua distribuição em
profundidade (Figura 1(a, b e c)). Fontana
et al. (2001a), estudando o comportamento
da matéria orgânica em Latossolos e
Argissolos Amarelos em Campos dos
Goytacazes, sob diferentes coberturas
vegetais, também encontraram maiores
valores médios para a fração HUM sob LA,
indicando maior resistência dessa fração
à decomposição devido à ligação mais
estável com a fração mineral do solo.
Verifica-se na Tabela 2, onde não
se observou interação significativa da fração
humina, que na classe LA também
ocorreram os maiores valores médios
dessa fração. Dessa forma, a classe dos
Latossolos pode está propiciando maior
grau de humificação da matéria orgânica
no C-HUM quando comparado com a ordem
dos Argissolos. Este comportamento
demonstra o ef eito da textura na
manutenção da matéria orgânica dos solos
de tabuleiros.
O maior teor médio de COT foi
verificado na camada superficial (0-10 cm)
para floresta secundária e PA (Tabela 1a e
1b), decorrente do maior aporte de material
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
74
Distribuição das substâncias húmicas...
vegetal adicionado ao solo nesta camada
e, consequentemente, organismos que
atuam neste material. Este resultado difere
do observado por Fontana et al. (2001 a),
onde os autores encontraram maiores
teores de COT para floresta sob LA.
A cobertura sob pastagem parece
estar contribuindo com os valores mais
elev ados de COT encontrados em
profundidade, sendo 5,07 g kg-1 (10-20 cm,
LA), 3,75 g kg-1 (30-40 cm, LA), 3,81 g kg1
(40-50 cm, LA), 4,76 e 3,90 g kg-1 (50-60
cm, PA e LA, respectivamente) (Tabela 1 a
e 1b e Figuras 1b e 2b). Isto se deve
possivelmente a maior degradabilidade dos
resíduos vegetais provenientes dos vegetais
presentes (gramíneas) nesta área. Martins
et al. (2005), estudando o carbono orgânico
nas f rações granulométricas e o
fracionamento químico das substâncias
húmicas de um LATOSSOLO VERMELHO
AMARELO sob diferentes agrossistemas
também verificaram que a pastagem
proporcionou maior aporte de carbono
prontamente oxidável e menor quantidade
de substâncias húmicas mais recalcitrantes.
Os teores de COT apresentaram
aumentos em profundidade para todas as
coberturas analisadas e classes de solos,
destacando-se a profundidade de 60 cm
(Figuras 1 e 2). Nesta, observa-se que a
área sob floresta secundária apresentou
uma distribuição do COT semelhante nas
duas classes de solo, não apresentando
diferenças estatísticas entre as classes de
solo (Tabelas 1a e 1b). No entanto, a
cobertura sob pastagem e cana-de-açúcar
apresentaram os maiores teores médios de
COT para a classe PA (Tabela 1) e, na área
com pastagem observa-se os maiores
teores médios de COT entre as coberturas
vegetais para as duas ordens de solo
analisadas (Tabelas 1a e 1b). Este aumento
em profundidade é, provavelmente, devido
ao maior acumulo de argila nos horizontes
diagnósticos, B textural em PA e B
latossólico em LA.
O C-FAH apresentou maiores
teores para a área sob floresta e PA (Tabelas
1a e 1b), concordando com os resultados
de Fontana et al. (2001a). Observam-se
baixos v alores desta f ração em
profundidade em todas as coberturas
analisadas e ordens de solo (Figuras 1 e
2, Tabelas 1 e 2).
O C-FAF não apresentou interação
siginificativa na camada superficial (Tabela
1). Entretanto, entre os tratamentos, a
cobertura sob floresta também apresentou
o maior valor médio (1,62 g kg-1, 0-10 cm)
para esta fração (Tabela 2). Isto demonstra
que o manejo adotado nas áreas sob
pastagem e cana-de-açúcar está propiciando perdas de carbono na forma da
FAF e FAH quando comparado com a
cobertura sob floresta secundária, pois é
na camada superficial que ocorrem as
principais modificações provenientes do
manejo adotado.
Observa-se acúmulo de C-FAF em
profundidade (50, 60 e 70 cm), destacandose as áreas sob cana-de-açucar, LA e,
pastagem, PA (Tabelas 1a e 1b, Figuras
1c e 2 b, respectivamente). A cobertura sob
floresta apresentou acúmulo desta fração
na profundidade de 50–60 cm para ambos
os solos (Figuras 1a e 1b).
Comportamento similar f oi
verificado por Pinheiro et al. (2005)
estudando a caracterização da matéria
orgânica num ARGISSOLO AMARELO em
Linhares (ES), sob a cultura da cana-deaçúcar: inf luencia da queima ou
manutenção da palhada, onde os autores
encontraram para a maior profundidade
estudada (30–40 cm) o maior conteúdo da
FAF. Este comportamento pode ser
decorrente da maior solubilidade desta
fração no solo (STEVENSON, 1994), pois
é constituída de compostos de maior
solubilidade.
A cobertura sob cana-de-açúcar
apresentou o menor valor médio de C-FAH
na profundidade de 0-10 cm para ambos
os solos, assim como para COT e, C-HUM
Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. da Vida, RJ, EDUR. v. 26, n. 2, jul-dez, p. 68-77, 2006.
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LOSS, A.; PEREIRA, M. G.; et al.
para PA. A razão deste comportamento
deve estar associado às práticas agrícolas
utilizadas (manejo convencional e queima
prévia antes da colheita) e à textura
arenosa dos solos de tabuleiros estudados
(LA e PA), o que pode estar intensificando
a mineralização da matéria orgânica,
desfavorencendo a síntese dos ácidos
húmicos
(DUCHAFOUR,
1976;
DORMAAR, 1979) e intensificando a
mineralização da MOS, com isso
diminuindo os conteúdos de COT e C-HUM.
Em relação aos valores médios de CFAH em profundidade, observou-se
comportamento inverso ao encontrado para
a camada superficial. A cobertura de cana
apresentou os maiores teores médios de
C-FAH, sendo 0,56 e 0,65 g kg-1 (30-40 cm,
LA e PA), 0,60 g kg-1 (40-50 cm, PA), 0,65
g kg-1 (60-70 cm, PA) (Tabela 1, Figura
2c). Na profundidade de 50-60 cm, a área
sob cana foi estatisticamente igual à
floresta secundaária, 0,64 e 0,77 g kg-1 ,
respectivamente (Tabela 2). Tal fato pode
ser devido à inversão da camada superficial
quando se faz a aração do solo. Assim, há
incorporação das cinzas e da matéria
orgânica que estão na superfície para
maiores profundidades.
CONCLUSÕES
A humina é a fração que esta
contribuindo com a maior parte do carbono
orgânico dos solos de tabuleiros,
interagindo com a fração mineral do solo e
melhorando a qualidade do mesmo, com
destaque para a ordem dos Latossolos.
A cobertura sob floresta secundária
está propiciando maiores teores COT nas
duas ordens de solo, na camada superficial,
demonstrando a influência do manejo
adotado nas outras áreas. A cobertura sob
pastagem está aumentando os teores de
COT em profundidade, com destaque para
LA.
O manejo adotado na área sob
cana-de-açúcar está acelerando a
mineralização da MOS e desfavorecendo
a formação de substâncias húmicas na
camada superficial do solo.
A classe dos Latossolos está
propiciando maiores teores de C-HUM
quando comparado ao Argissolo.
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distribuição das substâncias húmicas em solos de