ESPACIALIZAÇÃO DE DADOS UTILIZANDO FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS LIVRES Jemison Santos Instituto Federal de Mato Grosso do Sul [email protected] Lucas de Oliveira Instituto Federal de Mato Grosso do Sul [email protected] Sergio Ricardo Ribas Sass Instituto Federal de Mato Grosso do Sul [email protected] RESUMO O Banco de Dados na gestão pública é um recurso computacional que precisa ser administrado com a mesma importância de um ativo financeiro de uma organização, pois dá suporte à qualidade de suas operações. Com o grande crescimento da quantidade de dados armazenados nesses Bancos de Dados, os gestores passaram a depender não só de informações, mas também de conhecimentos extraídos desses dados como suporte no processo de tomada de decisão. Ferramentas computacionais, capazes de armazenar, analisar e demonstrar espacialmente conjunto de dados, podem auxiliar os gestores nesse processo. Essa pesquisa objetiva demonstrar a utilização de ferramentas computacionais livres no processo de integração entre Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) e Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na espacialização na espacialização de dados. Palavras Chaves: Banco de Dados, tomada de decisão, espacialização de dados. INTRODUÇÃO Com o avanço da tecnologia, diversas ferramentas computacionais surgiram com objetivo de facilitar, agilizar e dar mais qualidade nas tarefas executadas pelas organizações empresariais, públicas ou privadas. Um exemplo disso são as Bases de Dados informatizadas que, juntamente com os Sistemas de Informação, são responsáveis por armazenar e gerenciar os dados da organização, buscando alcançar maior qualidade em suas operações administrativas e planejamentos estratégicos. Com o aumento da demanda pela informação, a quantidade de dados coletados e acumulados vem crescendo muito rapidamente nos últimos anos em virtude do processo de informatização da sociedade e do rápido desenvolvimento de ferramentas de coleta e armazenamento de dados (HAN; KAMBER; PEI, 2005). Existem diversas maneiras de representar a informação extraída das bases de dados. Essas representações ajudam a melhorar a compreensão e a interpretação dos resultados gerados pelo processo de análise de dados. Combinando algumas técnicas computacionais, a visualização de informações permite a apresentação de dados em formas gráficas possibilitando ao usuário utilizar sua percepção visual para otimizar o processo de interpretação desses resultados (KEIN, 2002). Os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) se caracterizam por realizar o tratamento computacional de dados geográficos, armazenando tanto atributos descritivos quanto geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos (CÂMARA, 2012). Além disso, proporcionam apresentação de resultados na forma gráfica por meio de mapas. JUSTIFICATIVA A evolução tecnológica e a busca por novas formas de apresentação de informações ocasionaram um aumento na quantidade e na heterogeneidade dos dados armazenados nas bases de dados de gestão pública. Com isso, analisar, apresentar e interpretar as informações produzidas por esses dados, sem a utilização de ferramentas computacionais apropriadas, se tornou uma atividade muito complexa para os gestores. Outro problema é o custo de informatização dos setores públicos na busca por melhorias de seus processos. Para esses casos, a utilização de SGBDs livres integrados com ferramentas SIG se apresenta como aliado da gestão pública no processo de tomada de decisão por permitir a representação geográfica dos dados facilitando sua interpretação e análise. OBJETIVO Apresentar por meio de estudos de caso, a utilização de ferramentas computacionais livres para armazenamento, manipulação e apresentação de informações na forma espacial. METODOLOGIA 1. Levantamento bibliográfico sobre os conceitos e ferramentas a serem utilizadas no desenvolvimento do projeto; 2. Análise de bases de dados do estado do Mato Grosso do Sul disponibilizadas pelo IBGE; 3. Análise de bases de dados municipais da gestão pública; 4. Desenvolvimento dos modelos de dados para espacialização; 5. Integração da base de dados com parte gráfica; 6. Apresentação de resultados por meio de mapas temáticos. RESULTADOS PARCIAIS Dois casos são apresentados como resultados parciais do projeto. O primeiro mostra os dados espacializados referente às quadras do município de Nova Andradina onde ocorreram mais de cinco casos de dengue em 2011, mostrado na Figura 1 (a). Esse tipo de informação demonstra geograficamente a localização mais preocupante dessa patologia, permitindo ao gestor traçar estratégias mais diretas a esse problema. Já no segundo caso, a análise foi referente ao estado do Mato Grosso do Sul com dados do Censo Demográfico de 20091 apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A espacialização demonstrada na Figura 1 (b) mostra municípios do estado sem atendimento emergencial de Neurologia, com óbitos por doenças do sistema nervoso. Esse tipo de informação demonstra, por exemplo, quatro municípios próximos a Dourados que não possuem esse tipo de atendimento, acarretando provavelmente uma maior quantidade de procura em Dourados para esse atendimento já que é a maior cidade dessa região. 1 Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?lang=&coduf=50&search=mato-grosso-do-sul, acessado em 12/05/2014. (a) (b) Figura 1: (a) Quadras no Município de Nova Andradina onde ocorreram mais de cinco casos de dengue em 2011. (b) Municípios do estado do Mato Grosso do sul sem atendimento emergencial neurológico e com óbitos por doenças do sistema nervoso em 2009. BIBLIOGRAFIAS CÂMARA, Gilberto. Representações computacionais do espaço geográfico. In: LAENDER A. H. F. et al. Banco de dados geográfico. São José dos Campos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte: Livro online, 2005. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/bdados/. Acesso em: 22 de set. 2012 HAN, J.; KAMBER, M.; PEI, J. DM: Concepts and Techniques. 2ª ed. Morgan Kaufmann Publisher, 2005. KEIM, D. A. Information Visualization and Visual Data Mining. IEEE Transactions on Visualization and Computer Graphics. Vol. 7, Number 1, 2002.