Escola SENAI Theobaldo De Nigris Sustentabilidade na Indústria Gráfica Autoras: Cíntia Garcia Érica Soares Barbosa 4MA Orientadora: Valquíria Brandt São Paulo, 08 de junho de 2009. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 CONSCIETIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE...................................................... 5 MEIO AMBIENTE................................................................................................. 6 Meio ambiente abiótico ............................................................................. 6 Meio ambiente biótico ............................................................................... 6 TERMOS TÉCNICOS AMBIENTAIS .................................................................... 7 POLUIÇÃO........................................................................................................... 9 Poluição do meio ambiente ....................................................................... 9 Poluição atmosférica ................................................................................. 9 Poluição das águas ................................................................................... 9 Poluição térmica ........................................................................................ 9 Poluição radioativa .................................................................................... 9 ÁGUA NO SETOR INDÚSTRIAL ......................................................................... 10 PREVENÇÃO E RECICLAGEM........................................................................... 11 Prevenção à poluição (P2) – ou redução na fonte..................................... 11 Principais materiais recicláveis ................................................................. 12 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL .................................................................... 15 ISO 14000 ................................................................................................. 16 Desempenho Ambiental em uma Empresa ............................................... 17 A INDÚSTRIA GRÁFICA ..................................................................................... 18 FLUXOGRAMA DO PROCESSO GRÁFICO ....................................................... 19 Pré-impressão ........................................................................................... 19 Impressão ................................................................................................. 19 INSUMOS DO PROCESSO GRÁFICO ............................................................... 21 Principais suportes .................................................................................... 22 Matriz ......................................................................................................... 22 EFLUENTES NA INDÚSTRIA GRÁFICA ............................................................. 22 Tipos de emissões de poluentes produzidos pela indústria gráfica ........... 23 IMPACTOS QUE PODEM SER CAUSADOS PELOS PROCESSOS GRÁFICOS ...................................................................... 24 CONTROLE AMBIENTAL NAS GRÁFICAS ........................................................ 25 Medidas de produção mais limpas ............................................................ 26 PROPOSTA DO PROJETO ................................................................................. 28 PESQUISA DE CAMPO ....................................................................................... 28 DEFINIÇÕES DAS PEÇAS ................................................................................. 31 TIRAGEM ............................................................................................................. 32 DESCRIÇÃO TÉCNICNA DAS PEÇAS ............................................................... 32 1 Identidade visual ....................................................................................... 32 Sacola ....................................................................................................... 33 Escala de reciclagem ................................................................................ 35 Folder de papel especial ........................................................................... 36 Revista / Periódico .................................................................................... 38 CLASSIFICAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES EDITORIAIS ........................................ 40 DIVISÕES DOS PERIÓDICOS ............................................................................ 40 GRID .................................................................................................................... 40 Tipos de Grid............................................................................................. 42 Justificativa do Grid .................................................................................. 45 DIAGRAMAÇÃO .................................................................................................. 45 Leis compositivas ..................................................................................... 45 Tipos de alinhamento ............................................................................... 46 TIPOLOGIA .......................................................................................................... 46 Escolha da fonte ...................................................................................... 49 ESPELHO E BONECO ........................................................................................ 49 ORÇAMENTOS ................................................................................................... 50 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES .................................................................... 59 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 61 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 62 ANEXO 1 – Revista Ecograf..................................................................................64 ANEXO 2 – Prêmio Abigraf de responsabilidade Socioambiental.........................71 VALIDAÇÃO DO DOCUMENTO .......................................................................... 73 2 INTRODUÇÃO A grande demanda por produtos industrializados levou o homem a uma exploração predatória dos recursos naturais do Planeta, podendo a humanidade ter assinado sua própria inexistência no futuro. Chegou-se ao nível máximo de capacidade de exploração do Planeta e o resultado, não positivo, que se vem obtendo, obriga o homem a repensar sua forma de se sustentar do meio em que vive. A questão ambiental, como um todo, é um assunto relativamente novo, portanto, há muito que se dizer e que se fazer a respeito. O setor gráfico, no Brasil e principalmente em outros países, vem gradativamente tomando consciência de sua importância na proteção do meio ambiente. Pois é um setor que é responsável por mais ou menos 3% do PIB industrial brasileiro. Ou seja, é um grande consumidor de papel, de tinta e de diversos outros produtos. Conseqüentemente é responsável por um significativo gerador de resíduos e efluentes. A certificação do ISO 14000 (conjunto de normas que estabelecem diretrizes sobre a gestão ambiental dentro de empresas) vem contribuindo para que haja um interesse cada vez maior por parte das gráficas em se adequar aos parâmetros exigidos pelo selo, o qual muitas vezes é exigido no momento de se negociar com empresas de fora do país. Há, de uma certa forma, pressões por parte do mercado sobre as empresas para que estas se adaptem a certificados como o ISO 14000. A Indústria aproveita para utilizar esses certificados e dessas ações sustentáveis como forma de marketing, conseguindo, assim, mais clientes e mais produção. Estes fatores incentivam outras empresas a empregarem formas ecologicamente corretas de produção. O que deixa em evidência o fato de que a proteção da natureza, além de ser uma necessidade, gera, também, benefícios para as empresas e isso precisa ser divulgado. O processo de conscientização leva tempo. Este período é inversamente proporcional à quantidade de informação sobre a proteção ambiental que é distribuída. É fundamental que tais informações sejam semeadas, sendo assim, uma forma de preparação para o futuro. O que indica uma necessidade da existência de maior número de produtos, como revistas, jornais e livros, capazes de divulgar e esclarecer conceitos de sustentabilidade no setor gráfico. 3 O objetivo desta pesquisa é desenvolver um produto gráfico que seja um meio de informação capaz de conscientizar empresários e profissionais da Indústria Gráfica. O produto gráfico deverá ser utilizado como um veículo de informação, tendo a intenção de mostrar que qualquer empresa do setor pode estabelecer uma boa relação com o meio ambiente; prestar esclarecimentos sobre o que é possível ser feito para que o equilíbrio ambiental seja, de fato, atingido. 4 CONSCIETIZAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Em seu livro As Conexões ocultas o físico e teórico de sistemas Fritjof Capra, diz que “O conceito de sustentabilidade foi criado no começo da década de 1990 por Lester Brown, fundador do Instituto Wordwatch, que definiu a sociedade sustentável como aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras”. Segundo Capra, este termo foi mais tarde usado no famoso Relatório de Brundtland1. No Relatório é definido que para que um empreendimento seja considerado sustentável é necessário que ele seja ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Estas características são primordiais para que haja um equilíbrio na convivência do homem com o meio ambiente. O mundo chegou no seu ápice do consumismo. Apesar da grande demanda não podemos descuidar de gerações futuras e para isso devemos nos preocupar em explorar o meio ambiente com mais responsabilidade no presente. Infelizmente chegamos em um ponto que os cuidados com a natureza já não são mais uma questão de escolha e sim uma questão de urgência. A luz de emergência foi acesa e cada vez que há uma catástrofe natural ou mesmo quando cientistas e ambientalistas alertam para os riscos de emissão de CO2 (o principal gás responsável pelo aumento do efeito estufa2 no planeta) a vida no planeta pede socorro. No Brasil, no entanto, esta preocupação é retardatária. O conceito de meio ambiente no país ainda é vastamente longínquo, uma distância amazônica. Ou seja, talvez a conscientização sobre o meio ambiente por parte das gráficas e da sociedade ainda esteja no âmbito de preservação da flora e da fauna (fato que também tem uma considerável relevância). Pensamento de curto alcance, já que isso nos deixa geograficamente longe do problema, nos liberando de responsabilidades primordiais do cotidiano, como a simples separação do lixo. 1 documento intitulado Nosso Futuro Comum elaborado e publicado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. 2 Capacidade de absorção da radiação solar por gases contidos na atmosfera, resultando no aquecimento global. 5 Posturas como estas determinam que deve haver uma rápida movimentação no sentido de se desenvolver uma cultura capaz de fazer uma disseminação da preservação do meio ambiente no próprio indivíduo. MEIO AMBIENTE De acordo com a resolução CONAMA 306:2002: “Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. No Art. 225 da Constituição Federal há a seguinte frase: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida se impondo ao Poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O meio ambiente engloba todos os fatores que afetam o comportamento de um ser vivo, inclui os quatro elementos que são a água, o ar, o sol e a terra, e também os próprios seres vivos que habitam nesse ambiente. Com isso ele é dividido em duas classes: Meio ambiente abiótico Essa classe inclui a água, a atmosfera e tudo que se encaixa nos quatro elementos, o que forma o meio ambiente que não possui vida. Meio ambiente biótico Esse meio é constituído pelos seres que possuem vida e por sua relação com o meio ambiente abiótico. O meio ambiente é uma das maiores preocupações dos últimos tempos. As respostas negativas que a natureza vem dando a intervenção humana sobre o meio ambiente, tem produzido, no homem, uma maior conscientização do impacto de suas ações. Tomando, assim, consciência de que os recursos naturais são finitos e que deve haver equilíbrio entre o ambiente e as várias espécies que habitam o planeta. A indústria é considerada como a principal responsável pela poluição do meio em que vivemos, mas felizmente começa a assimilar a importância de seu papel na luta pela preservação dos recursos naturais. 6 TERMOS TÉCNICOS AMBIENTAIS Assim como em qualquer assunto específico, o importante é que sejam utilizados termos adequados para discutir sobre a questão ambiental. A seguir alguns destes termos: Aspecto ambiental Tudo aquilo que é consumido ou emitido para o meio ambiente e que pode alterá-lo. Exemplos: • Consumo de água; • Emissão de gases; • Descarte de resíduos sólidos; • Descarte de efluentes líquidos. Impacto ambiental Efeito causado no meio ambiente em função dos aspectos ambientais. Exemplo: • Esgotamento dos recursos naturais não renováveis; • Alteração da qualidade do ar; • Alteração da qualidade do solo; • Alteração da qualidade da água dos rios. Abiótico É o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio. Biodiversidade Representa o conjunto de espécies animais e vegetais viventes. Conservação da natureza Uso ecológico dos recursos naturais, com o fim de assegurar uma produção contínua dos recursos renováveis e impedir o esbanjamento dos recursos não renováveis, para manter o volume e a qualidade em níveis adequados, de modo a atender às necessidades de toda a população e das gerações futuras. Dano ambiental Qualquer alteração provocada por intervenção antrópica. 7 Ecologia Ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente físico. Palavra originada do grego: oikos, o mesmo que casa, “moradia” mais “logos”, é o mesmo que estudo. Educação ambiental Conjunto de ações educativas voltadas para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas, considerando efeitos da relação do homem com o meio, a determinação social e a variação/evolução histórica dessa relação. Visa preparar o indivíduo para integrar-se criticamente ao meio, questionando a sociedade junto à sua tecnologia, seus valores e até o seu cotidiano de consumo, de maneira a ampliar a sua visão de mundo numa perspectiva de integração do homem com a natureza. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Sigla do termo Enviromment Impact Assessment, que significa Avaliação de Impactos Ambientais, é também chamado de Estudos de Impactos Ambientais. Fauna Conjunto de animais que habitam determinada região. Flora Totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma determinada região, sem qualquer expressão de importância individual. Meio ambiente Tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável a sua sustentação. Estas condições incluem o solo, o clima, os recursos hídricos, o ar, os nutrientes e os outros organismos. O meio ambiente não é constituído apenas do meio físico e biológico, mas também do meio sóciocultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem. Resíduos Materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem cuidados especiais 8 quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos vivos. POLUIÇÃO A poluição é essencialmente produzida pelo homem e seus efeitos sobre o meio ambiente são bem amplos. Poluição do meio ambiente É existente sempre que substâncias são produzidas com uma capacidade superior de absorção pelo meio ambiente. Está diretamente relacionada com os processos de industrialização e a crescente urbanização. Poluição atmosférica Os carros são as maiores fontes de poluição atmosférica. As refinarias de petróleo, indústrias químicas e siderúrgicas, fábricas de papel e cimento emitem enxofre, chumbo e outros metais pesados e diversos resíduos sólidos. Poluição das águas A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos. Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais. Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. Poluição térmica Poluição térmica decorre do lançamento, nos rios, da água aquecida usada no processo de refrigeração de siderúrgicas e usinas termoelétricas. O efeito para os seres vivos é a aceleração do metabolismo das células. Poluição radioativa Experiencias com materiais nucleares que joga resíduos radioativos na atmosfera. As correntes de ar espalham esses resíduos que com o tempo poluem oceanos, solos entre outros. 9 ÁGUA NO SETOR INDUSTRIAL Na indústria a água é um fator estratégico para a sobrevivência e crescimento, bem como a situação de escassez e poluição que afetam algumas regiões. Usos típicos da água na indústria Escritórios: - Toaletes; - Vestiários; - Bebedouros. Refeitórios: - Preparação das refeições e lavagem da louça; - Limpeza geral. Pátios e jardins: - Lavagem de pátios e áreas livres; - Rega de gramados e jardins. Fábrica - Processos; - Limpeza; - Enxágües / banhos; - Retro lavagem; - Refrigeração. Utilidades - Formação do vapor (caldeiras) - Tratamento da água - Tratamento de esgotos Expedição - Lavagem de veículos. Obs.: Além da água utilizada de forma direta por uma empresa é preciso considerar as matérias primas e seus processos produtivos. 10 Economia de água na empresa Observando esse sistema é necessário notar onde a água é realmente necessária, se há processos alternativos disponíveis que evitem ou reduzem o consumo, e se há necessidade de se utilizar água potável. O principal motivo para cortar o custo com a água, além da redução de custos é a conscientização ambiental e além do mais esta atitude melhora a imagem ambiental da empresa junto à comunidade. PREVENÇÃO E RECICLAGEM Prevenção à Poluição (P2) - ou Redução na Fonte É o uso de práticas, processos, técnicas ou tecnologias que evitem ou minimizem a geração de resíduos e poluentes na fonte geradora, reduzindo os riscos globais à saúde humana e ao meio ambiente. Inclui modificações nos equipamentos, nos processos ou procedimentos, reformulação de produtos, substituição de matériaprima, melhorias nos gerenciamentos administrativo e técnico da entidade ou empresa, resultando em aumento de eficiência no uso dos insumos (exemplos: matérias-primas, energia, água). As práticas de reciclagem fora do processo, tratamento e disposição dos resíduos gerados, não são consideradas atividades de Prevenção à Poluição, uma vez que não implicam na redução da quantidade de resíduos e/ou poluentes na fonte geradora, mas atuam de forma corretiva sobre os efeitos e as conseqüências oriundas do resíduo gerado. 11 É interessante ressaltar que as técnicas de Prevenção à Poluição (P2) fazem parte da Produção mais Limpa ( P+L ), mas não são as únicas. Existem, além dessas, estratégias de P+L, outras que conseguem minimizar a situação, são elas: Reuso É qualquer prática ou técnica que permite a reutilização do resíduo sem que o mesmo seja submetido a um tratamento que altere as suas características físico-químicas. Reciclagem É qualquer técnica ou tecnologia que permite o reaproveitamento de um resíduo após o mesmo ter sido submetido a um tratamento que altere as suas características físico-químicas. A reciclagem pode ser classificada como: • Reciclagem dentro do processo: permite o reaproveitamento do resíduo como insumo no processo que causou a sua geração. Exemplo: reaproveitamento de água tratada no processamento industrial. • Reciclagem fora do processo: permite o reaproveitamento do resíduo como insumo em um processo diferente daquele que causou a sua geração. Exemplo: reaproveitamento de cacos de vidro, de diferentes origens, na produção de novas embalagens de vidro. Principais materiais recicláveis É necessário o conhecimento dos principais materiais que podem ser reciclados dentro de uma empresa. A seguir são apresentados os materiais e suas respectivas simbologias: Metais 12 Os metais são praticamente 100 % recicláveis, excluindo-se apenas os técnicos ou especiais, pois sua composição e combinações específicas inviabilizam sua reciclagem. Plásticos O termo plástico engloba uma série de tipos de resinas atualmente em uso no mercado. Entre estas podem ser citados: PET (Tereftalato de Polietileno); PEAD (Polietileno de Alta Densidade); PVC (Policloreto de vinila); PEBD (Polietileno de Baixa Densidade); PP (Polipropileno); PS (Poliestireno); Outros utilizados. Por exemplo, em plásticos especiais na engenharia, em CDs, computadores. Papel Papel é o nome genérico dado a uma variedade de produtos usados em escritórios, incluindo papéis de carta, blocos de anotações, copiadoras, impressoras, revistas e folhetos. A qualidade é medida pelas características de suas fibras. Papéis de carta e de copiadoras são normalmente brancos, mas podem ter várias cores. O descarte é formado por diferentes tipos de papéis, forçando os programas de reciclagem a priorizar a coleta de algumas categorias mais valiosas, como o papel branco de computador. 13 Papelão O papel ondulado, também conhecido como corrugado, é usado basicamente em caixas para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências. Normalmente chamado de papelão, embora o termo não seja tecnicamente correto, este material tem uma camada intermediária de papel entre suas partes exteriores, disposta em ondulações, na forma de uma sanfona. Vidro As embalagens de vidro são usadas para bebidas, produtos comestíveis, medicamentos, perfumes, cosméticos e outros artigos. Garrafas, potes e frascos superam a metade da produção de vidro do Brasil. A metade dos recipientes de vidro fabricados no País é retornável. Além disso, material é de fácil reciclagem, podendo ser inserido novamente na própria produção ou usado na produção de novas embalagens, substituindo totalmente o produto virgem, sem perda de qualidade. Óleo lubrificante O óleo lubrificante representa cerca de 2% dos derivados do petróleo, e é um dos poucos que não são totalmente consumidos durante seu uso. É composto de óleos básicos (hidrocarbonetos saturados e aromáticos), que são produzidos a 14 partir de petróleo especial e de aditivos de forma a conferir as propriedades necessárias para seu uso como lubrificantes. Durante o seu uso, na lubrificação dos equipamentos, ocorre a degradação do óleo e, também, o acúmulo de contaminantes torna necessária sua troca. Os óleos podem ainda ser reciclados (filtrados para retorno para o mesmo uso) ou refinados, gerando óleos básicos para novas formulações. Solventes É uma substância química ou uma mistura líquida de substâncias químicas capazes de dissolver outro material de utilização industrial. Geralmente o termo solvente se refere a um composto de natureza orgânica. Apesar de sua composição química ser, geralmente diversificada, os solventes contém um certo número de propriedades em comum: são compostos líquidos lipossolúveis, possuem grande volatilidade, são muito inflamáveis, e produzem importantes efeitos tóxicos. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL • Licenciamento ambiental – Tem como objetivo prevenir os impactos ambientais provocados por atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais ou que sejam considerados efetiva ou potencialmente poluidores, evitando a degradação ambiental e os inconvenientes ao bem-estar público. • Licença prévia – Define os requisitos básicos a ser atendidos nas fases de localização, instalação e operação de uma fonte de poluição. • Licença de instalação – Documento expedido pela CETESB que permite a instalação de uma fonte de poluição em um determinado local, desde que atenda às disposições legais. 15 • Licença de operação – Documento que autoriza o início das atividades de determinada fonte de poluição, que deve anteriormente ter recebido as licenças prévias de instalação e tem prazo de vencimento estabelecido de acordo com a atividade em questão, que no caso da indústria gráfica, este prazo é de três anos. ISO 14000 As normas ISO 14000 não estabelecem níveis de desempenho ambiental, especificam somente os requisitos que um sistema de gestão ambiental deverá cumprir. De uma forma geral, referem o que deverá ser feito por uma organização para diminuir o impacto das suas atividades no meio ambiente, mas não prescrevem como o fazer. A norma ISO 14001 estabelece o sistema de gestão ambiental da organização. Assim: 1. Avalia as conseqüências ambientais das atividades, produtos e serviços da organização; 2. Atende a demanda da sociedade; 3. Define políticas e objetivos baseados em indicadores ambientais definidos pela organização que podem retratar necessidades desde a redução de emissões de poluentes até a utilização racional dos recursos naturais; 4. Implicam na redução de custos, na prestação de serviços e em prevenção; 5. É aplicada às atividades com potencial de efeito no meio ambiente; 6. É aplicável à organização como um todo. Inicialmente foram aprovadas cinco normas: ISO 14001, 14004, 14010, 14011 (parte 1 e 2) e 14012. ISO 14000 – Guia de orientação do conjunto de normas da série. 1. ISO 14001 (17 requisitos) – Sistema de gestão ambiental, apresenta as especificações. 2. ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental, apresenta diretrizes para princípios, sistemas e técnicas de suporte. 3. ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais. 16 4. ISO 14011 (parte 1 e 2) – Diretrizes para auditoria ambiental, procedimento de auditoria. 5. ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental, critérios para qualificação de auditores. Desempenho Ambiental em uma Empresa No princípio, quando as empresas começaram a falar sobre gestão ambiental, a orientação era apenas com a solução dos problemas no final do processo, resultantes dos processos industriais, sem a menor preocupação com as causas de sua geração. A partir do surgimento das normas de gestão ambiental internacionais e princípios de qualidade total, aparece o conceito de re-trabalho, visando assim tentar solucionar o problema na sua causa. Surgiu assim à prática de produção mais limpa ou prevenção da poluição, como forma de reduzir resíduos na fonte, minimizando assim o re-trabalho. Com isso houve a diminuição de custos na produção e melhoria da imagem da empresa. As empresas brasileiras estão agora se preocupando com a qualidade ambiental, e isso tem levado elas a procurarem meios e alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxicas, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambiental. Não há mais como pensar em lucros antes de se pensar em meio ambiente. Com isso a indústria está sendo forçada a aperfeiçoar os seus processos e sua mão de obra. Investindo em substituição de insumos, redução de geração de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais. Esses investimentos acabam refletindo em economia e melhoria de competitividade. A adoção de estratégias de prevenção se apresenta como a alternativa mais adequada para a proteção ambiental, e muitas vezes os modelos de comportamentos, crenças e práticas institucionalizadas, devem ser revisadas para que o objetivo seja alcançado. A avaliação ambiental torna-se cada vez mais necessária, pois além de todos os benefícios ao meio ambiente, as certificações e a atuação no seguimento ambiental projetam a empresa como um exemplo de responsabilidade social, dando a ela uma imagem sólida perante o mercado, o que garante um retorno atrativo. 17 A falta de registros, nas entradas e saídas de insumos, consumo de água entre outros, dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho ambiental dessas empresas. Um maior conhecimento sobre os impactos ocasionados pelas atividades produtivas, possibilita a seleção mais adequada de indicadores que podem ser utilizados para o processo de melhoria. Uma das maiores dificuldades é para estabelecer esses indicadores. A maior parte das empresas desconhecem os benefícios de se trabalhar com indicadores, com isso elas deixam de melhorar sua produtividade, competitividade e atingir a sustentabilidade produtiva e ambiental. A INDÚSTRIA GRÁFICA A industria gráfica é um setor muito forte no Brasil, são mais de 15.000 gráficas que empregam mais de 200.000 pessoas. Essa indústria se divide nos segmentos de: embalagens; editorial; promocional; papelaria; comerciais; pré-impressão; impressão; e diversos. Gráfico de divisões das seções. O gráfico abaixo mostra que a maior parte dessas gráficas é encontrada na região sudeste do Brasil: Gráfico de distribuição das indústrias gráficas. 18 FLUXOGRAMA DO PROCESSO GRÁFICO O produto gráfico passa por diferentes etapas em seu processo, podendo sofrer variações conforme o sistema de impressão utilizado. Abaixo são descritas as etapas assim como os processos gráficos: Pré-impressão É na pré-impressão que é feita o preparo do arquivo para a gravação da forma e a gravação da forma. É neste setor que se previne todos os problemas para que não ocorra nenhuma surpresa nem para o cliente nem para a produção. Relação da pré-impressão com meio ambiente: Filmes usados, efluentes líquidos contendo prata, compostos orgânicos voláteis, resíduos de algodão e estopa, aparas de papel, etc. Impressão Consiste na transferência da imagem para o suporte escolhido. A seguir apresentação de cada processo de impressão e sua respectiva relação com o meio ambiente: Tipografia Este processo utiliza um suporte de base dura, metal ou fotopolímero, com a zona de imagem em relevo, tipo carimbo. A imagem é transferida para o papel através de pressão. Relação da impressão tipográfica com meio ambiente: A forma de impressão é montada a partir de tipos e caixas metálicas já existentes e reutilizáveis, o que reduz a geração de resíduos na sua preparação. No entanto, a sua limpeza com solventes gera resíduos como panos e estopas sujos deste material e de tintas. Flexografia Muito parecida com a tipografia, porém utiliza-se de fôrmas de fotopolímero, chamado de clichê, material mais flexível, a tinta é mais liquida e o custo menor. Processo que se adapta a grande variedades de suporte. A tinta é à base de água, o que diminui a contaminação, a poluição e o cheiro dos solventes. 19 Relação da impressão flexográfica com meio ambiente: Utiliza formas de borracha ou polímero. A obtenção da imagem a partir do original assemelha-se ao offset, sendo os aspectos ambientais são bastante semelhantes. Quanto à confecção da fôrma são gerados resíduos de processo fotomecânico, mas de características distintas aos do offset, devido ao uso de fotopolímeros. Rotogravura Processo de impressão para catálogos, revistas e embalagens de grande qualidade e grandes tiragens. Ao contrário dos outros dois processos, ele trabalha com um cilindro, que é gravado na galvanoplastia. A área de imagem fica encavográfica. Relação da impressão com rotogravura com meio ambiente: É um dos processos que mais polui o meio ambiente, principalmente na fase de galvanização que utiliza produtos químicos como níquel, cromo, cobre. Esse processo de impressão chega a ser até proibido em alguns países. Offset Trata-se de um método de impressão indireto. A imagem é gravada numa chapa, desta chapa passa-se para um cilindro de borracha, chamado de blanqueta e depois para o suporte. Esse sistema pode ser plano ou rotativo. Relação da impressão offset com meio ambiente: Nas etapas do processo são gerados resíduos, como embalagens de tintas e solventes, panos e estopas sujos com solvente ou óleo, borras de tinta e emissões da evaporação de solventes e vernizes. Serigrafia A impressão serigráfica consiste em uma impressão direta que utiliza como forma uma tela de tecido ou aço. Possui diversos usos, pois é capaz de imprimir em diversos tipos de materiais e em superfícies irregulares. 20 Relação da impressão serigráfica com meio ambiente: São gerados resíduos de revelação semelhantes aos gerados no processo de offset. Além disso, há geração de resíduos da preparação da fôrma a partir da tela, como restos de madeira, da própria tela. Impressão digital A impressão digital trabalha com a passagem direta do arquivo para o suporte, sem a necessidade de uma fôrma, pode ser a laser, jato de tinta. Esta característica elimina a geração de resíduos na etapa de pré-impressão. Relação da impressão digital com meio ambiente: Já na etapa de impressão há geração de alguns resíduos específicos, que dependem do sistema de impressão digital usado, por exemplo, a geração de tubos de cera na impressão a cera, ou de cartuchos de tinta na impressão por jato de tinta. Além disso, há geração de eventuais resíduos de papel, plástico, embalagens e outros materiais, principalmente na pós-impressão. INSUMOS DO PROCESSO GRÁFICO Água A indústria gráfica não é um grande consumidor de água nos seus processos, porém alguns como os banhos da pré-impressão e de serigrafia, se não forem bem pensados e utilizados pode ocorrer um grande desperdício desse liquido. Energia A energia utilizada em sua maioria é a elétrica. A maior parte da energia elétrica do Brasil é de hidrelétricas. Apesar do impacto ambiental provocado no local aonde a hidrelétrica se localiza, a energia elétrica é considerada uma das mais limpas por ter baixa emissão poluentes. Tintas Cada processo de impressão possui um tipo de tinta específico. O consumo de tintas no Brasil vem crescendo a cada ano, aumentando a utilização de metais e a poluição causada por esses insumos. 21 As tintas são compostas por: Resina: Polímeros de médio e alto peso molecular. As resinas são misturadas em solventes, formando o veículo da tinta. Pigmentos: Partículas cristalinas coloridas que são insolúveis e é o que da cor a tinta. Aditivos: Produtos para conferir a tinta alguma característica especial. Solvente: serve para diluir a resina e acertar a viscosidade da tinta. Principais suportes Onde a imagem é fixada. A escolha do processo de impressão é definida principalmente pelo tipo de suporte a ser utilizado para o produto final. O papel A maioria dos segmentos da indústria gráfica tem o papel como sua principal matéria-prima. Todos supõem que o consumo de papel provoca o desmatamento. De fato esses suportes provêem de árvores, no entanto 100% do papel fabricado no Brasil são de reflorestamento. Quanto mais papel for consumido, mais árvores serão plantadas. O maior problema do papel está em seu descarte, se for jogado em lugar impróprio e não levado a uma estação de reciclagem, este fica no meio ambiente e se junta a outros fatores de poluição. Polímeros Vulgarmente conhecido como plástico, é muito usado no seguimento de embalagens. O plástico tornou-se (rapidamente) um dos maiores fenômenos da era industrial, garantindo durabilidade e leveza. Mas, como em sua maioria, não é biodegradável, tornou-se alvo de críticas quanto ao seu despejo em aterros, que crescem junto com o aumento populacional. Matriz Varia conforme o equipamento e o processo de impressão. Podendo ser chapas, cilindros, tecidos e etc. EFLUENTES NA INDÚSTRIA GRÁFICA As atividades gráficas produzem efluentes com elevado potencial de poluentes devido à presença de substâncias tóxicas e metais pesados. Dependendo da composição das tintas de impressão e solventes empregados, estes efluentes 22 apresentam características variadas. Portanto, ao se avaliar a qualidade do efluente gráfico, deve-se inicialmente fazer um levantamento dos insumos e produtos que são empregados nestas atividades. Com o intuito de aplicar tecnologias que destruam ou modifiquem a estrutura dos compostos orgânicos tóxicos e não-biodegradáveis, tornando-os atóxicos e biodegradáveis. A atividade industrial gráfica pode ser desenvolvida de modo seguro, tanto no que se refere à saúde humana quanto à proteção ambiental, desde que sejam reconhecidos e controlados corretamente os efluentes líquidos, os resíduos sólidos, as emissões atmosféricas, os ruídos, as vibrações e as radiações. Tipos de emissões de poluentes produzidos pela indústria gráfica. Os resíduos resultantes dos processos das atividades industriais chegam ao meio ambiente diversos estados. A seguir a classificação destes: Resíduos sólidos • Classe I – Resíduos perigosos com riscos à saúde pública e ao meio ambiente; • Classe II – Resíduos biodegradáveis, como os do lixo doméstico; • Classe III – Resíduos inertes, como os restos de papel, sobras de plástico da etapa de pós-impressão, etc. Efluentes líquidos: Provenientes de sobras de banhos de processamento da imagem e da matriz. Em geral, o seu destino é a rede de esgoto urbana com ou sem o tratamento de efluentes. Emissões atmosféricas: Restringem-se à emissão de compostos orgânicos voláteis, evaporados dos solventes, das tintas, dos vernizes e de outros produtos semelhantes. Sua emissão deve ser controlada pelo risco ocupacional representado à saúde humana. Ruídos e vibrações: Uma série de equipamentos na indústria gráfica gera vibrações e ruídos, como é o caso das impressoras e de algumas máquinas de acabamento. Em relação a esses aspectos, a empresa deve atender às orientações técnicas estabelecidas. 23 IMPACTOS QUE PODEM SER CAUSADOS PELOS PROCESSOS GRÁFICOS A seguir, são apresentados alguns exemplos de como esses resíduos podem causar problemas ambientais e também na saúde humana: Restos, borras e embalagens usadas de tintas Grande parte das tintas tradicionalmente usadas na indústria gráfica possuem em sua composição, alguns elementos denominados metais pesados, como por exemplo: cromo, chumbo, entre outros. Esses metais são bastante tóxicos, acumulando-se em nossos organismos. Sua sucessiva absorção pode atingir concentrações tóxicas e, em função da dosagem presente no corpo, é possível desenvolver danos ao sistema nervoso, deformações em fetos e, em casos extremos, até provocar a morte. Este efeito cumulativo pode ocorrer uma vez que o material seja lançado no meio ambiente, por meio de efluentes líquidos, gasosos ou resíduos sólidos. Podendo, direta ou indiretamente, atingir homens e animais. Solventes e estopas, trapos e embalagens contendo restos de solventes Os solventes usuais da indústria gráfica para diluição de tintas e procedimentos de limpeza são, em sua maioria, compostos derivados do petróleo. Esses compostos, quando lançados indiscriminadamente no meio ambiente, quer seja impregnado em estopa ou na forma de solvente sujo, podem causar problemas de contaminação ambiental no solo e nas águas, tanto superficiais como subterrâneas e problemas de ordem ocupacional, pela aspiração dos vapores de sua evaporação e por sua absorção cutânea. Em geral, os solventes são incorporados à corrente sangüínea e distribuídos pelos tecidos gordurosos do corpo, incluindo o cérebro, medula óssea, fígado, rins e sistema nervoso. Dependendo da concentração e do tempo de exposição, podem provocar desde uma leve sonolência até danos ao fígado, rins, pulmões, causando, inclusive, danos ao sistema nervoso central e até a morte, quando em dosagens muito elevadas. Efluente de água com revelador e/ou fixador: O primeiro problema associado a este resíduo diz respeito à prata existente nos banhos, que deve ser removida por processos físico-químicos, não apenas por ter 24 potencial contaminante, mas também em função do seu valor econômico e sua possibilidade de reciclagem. Outro problema desses efluentes está ligado ao seu conteúdo de matéria orgânica. Quando atingem corpos d’água, as moléculas orgânicas são decompostas por bactérias, que, para sobreviver, consomem oxigênio da água. Quando há excesso de matéria orgânica, estas bactérias se multiplicam, consumindo grandes quantidades de oxigênio, reduzindo, assim, sua concentração na água e causando impactos como a mortandade de peixes. Como é possível perceber, o lançamento indiscriminado no meio ambiente dos resíduos da indústria gráfica pode ter sérias conseqüências, tanto para o ecossistema como para o ser humano. CONTROLE AMBIENTAL NAS GRÁFICAS É o conjunto de medidas que visa à melhoria do aspecto ambiental em relações a indústria gráfica: Ações preventivas Conhecida como “Operação mais limpa”, esta técnica prevê a redução de desperdícios, conservação dos recursos naturais, diminuição ou eliminação do uso de substâncias tóxicas e redução de poluentes na água, no solo e no ar. Ações corretivas Referem-se ao tratamento e disposição final dos resíduos gerados. É o caso das estações de tratamento de efluentes líquidos, os sistemas de tratamento das emissões atmosféricas e os incineradores e aterros para os resíduos sólidos. Gestão ambiental A gestão ambiental é aplicada nas gráficas que queiram melhorar suas vantagens competitivas, a atender a requisitos legais e normativos e, claro, atender a preservação da vida. Produção Mais Limpa (P+L) É a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços para aumentar a eficiência ambiental e reduzir os riscos ao homem e ao meio ambiente. É aplicado em: 25 • Processos produtivos: na conservação de matérias-primas, água e energia, na eliminação de matérias-primas tóxicas e na redução, na fonte, da quantidade e toxicidade dos resíduos e emissões gerados. • Produtos: na redução dos impactos negativos dos produtos ao longo do seu ciclo de vida, desde a extração de matérias-primas até a sua disposição final. • Serviços: na incorporação das questões ambientais, no planejamento e execução dos serviços. Medidas de produção mais limpas 1. Estoque e manuseio de matérias primas • Inspeções no recebimento evitam a entrada de produtos em desacordo ou com o prazo de validade vencido; • Uso do material conforme a ordem de recebimento (Sistema FIFO); • Observar que haja condições adequadas de estocagem; • Cuidado na operação de carga e descarga; • Estocar papéis e tambores metálicos em estrados de madeira; • Reciclar tintas com prazo de validade vencido; • Reduzir o descarte de matéria-prima. 2. Pré-impressão 2.1. Processamento da imagem • Utilizar as soluções até o final de sua vida útil; • Maior vida útil dos fixadores pelo uso de tiossulfato de amônia e ácido acético; • Recuperação e reutilização dos banhos; • Reduzir a quantidade de efluentes líquidos, utilizando o máximo possível a água de lavagem; • Manter os frascos hermeticamente fechados, prolongando a vida útil dos produtos; • Evitar reveladores e filmes à base de prata; • Eliminar resíduos de revelação; • Recuperar metais dos banhos. 2.2. Processamento da matriz • Utilizar as soluções até o final de sua vida útil; • Substituir processos que contenham resíduos tóxicos; • Reduzir a quantidade geral de resíduos gerados; 26 • Otimizar o uso de produtos químicos ao mínimo necessário; • Procurar reciclar as chapas, em especial as de alumínio; • Separar as soluções de alta e baixa concentração, aumentando a possibilidade de reuso. 3. Impressão • Reduzir a quantidade de impresso fora de padrão e, em conseqüência, de resíduo, através de melhor qualidade de impressão; • Evitar tinta em excesso para que não haja desperdício, assim como reciclar ou segregar os restos de tinta para um uso secundário; • Solicitar ao fornecedor para, sempre que possível, entregar os produtos em embalagens retornáveis; • Separar os papéis usados, segregando-o por tipo, para posterior reciclagem; • Usar aditivos que evitem a formação de película na superfície das tintas quando armazenadas por longo tempo; • Gerenciar a periculosidade do resíduo, usando tintas isentas de metais pesados, como o mercúrio, o cádmio. • Reduzir a emissão de compostos orgânicos voláteis, utilizando-se de tintas com base aquosa. • Usar equipamentos que permitam acertos mais precisos e em menor tempo, de modo a ter menos perda de papel, tinta ou outros. • Usar procedimentos automatizados como: sensores de água e tinta, ajuste dos tinteiros, sensores de deslocamento e detectores de quebra do papel. 4. Limpeza dos equipamentos • Reduzir a necessidade de limpeza através de um eficiente sistema de manutenção dos equipamentos; • Planejar, sempre que possível cada máquina para a impressão de uma cor, mantendo da mesma forma a seqüência padrão de impressão em cores, diminuindo consideravelmente as operações de limpeza; • Limpar o reservatório de tinta apenas quando necessário e reduzir o uso de material de limpeza ao mínimo indispensável; • Quando realmente não for necessário, substituir o solvente utilizado na limpeza por detergentes e sabões; • Substituir os solventes derivados de petróleo, como o benzeno, o tolueno, por produtos à base de éteres de glicol menos tóxicos. 27 CLASSIFICAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES EDITORIAIS As publicações editoriais são geralmente projetos de cunho informativo e são classificados da seguinte maneira: Edição econômica: economia em tudo, papel, acabamento, possui a finalidade apenas de fornecer a informação. Edição normal: possui um orçamento médio, já se preocupa com o acabamento. Edição de luxo: sua característica e oferecer a melhor qualidade em design, impressão e acabamento. DIVISÕES DOS PERIÓDICOS Periódicos são todos os projetos editoriais que possuem uma freqüência de publicações e podem ser divididos de tais formas: Periódicos de atualidade, variedade e política: contém notícias gerais da atualidade com o máximo de variedade. Ex Veja, Isto é. Periódicos literários, político, econômicos, histórico geográficos: para cada assunto há um publico definido. Ex: Superinteressante, Exame. Periódicos femininos: tratam diretamente os assuntos de interesse da mulher. Ex: Marie Claire, Nova. Periódicos infanto-juvenis: são dirigidos a crianças e adolescentes. Ex: historias em quadrinhos. Periódicos esportivos: trazem informações sobre todas as modalidades de esportes ou sobre uma específica. Ex: Placar e Fluir. Periódicos técnicos, profissionais e de classe: Tratam do interesse de assuntos específicos procurando trazer sugestões e soluções para os problemas dos trabalhadores. Ex. Jornal dos bancários, dos gráficos. Periódicos de assuntos variados: Publicações de caráter informativo que fogem das outras classificações. 28 DIAGRAMAÇÃO Diagramação é o ato de distribuir os elementos em uma página de forma harmônica e agradável. Composição simétrica e assimétrica A composição simétrica é caracterizada por conter pesos de massa equilibrados através de uma linha imaginária que atravessa o centro geométrico, dando a composição uma aparência estática. A composição simétrica é geralmente utilizada para reproduções sérias. A composição assimétrica é uma composição livre, informal que quebra a monotonia é dinâmica. LEIS COMPOSITIVAS As leis compositivas são aquelas que regem um impresso segundo sua funcionalidade e estética. Analisando os componentes, formato, e tipologia. Harmonia: Duas unidades da mesma espécie sustentam-se entre si por estar em evidência a de maior área. Destaque: a essência da mensagem a ser passada em destaque para chamar a atenção do leitor. Contraste: Diferenciação de elementos, por exemplo, a variação da tonalidade de caracteres, ou usos de cores complementares. Equilíbrio: aplicação correta dos brancos e grises de uma página, de forma proporcionar agradável habito de leitura. TIPOS DE ALINHAMENTO A esquerda; A direita; Centralizado; Justificado; Escalonado: Quando contorna uma figura. 29 TIPOGRAFIA É o estudo dos tipos, ou seja, as fontes. Considera-se tipos os números, as letras e demais sinais que contém uma fonte. As fontes se classificam em família e forma. Classificação por família Lapidária Não possui serifa e tem uma uniformidade quase total dos caracteres, isso o torna o tipo mais legível. Romanas São as fontes que possuem serifas. Possui um contraste entre as hastes, proporcionando ao leitor um descanso visual. Cursiva Possui hastes e serifas com formas livres. Possuem três subdivisões. - Os góticos - Os manuscritos - Fantasias 30 Classificação pela forma Quanto à inclinação: os caracteres podem se apresentar redondos, grifos ou itálicos. Os redondos são considerados os normais. Já os grifos ou itálicos apresentam tanto inclinação para a esquerda quanto para a direita. Quanto à largura: Classifica-se quanto à largura fazendo um balanceamento dos brancos internos e externos de uma letra. Geralmente as fontes possuem as seguintes variações: - Light - Regular - Bold - Extra bold Quanto ao uso ortográfico: Caixa alta: Todas as letras em maiúscula Caixa baixa: todas as letras em minúscula Caixa alta e baixa. Versalete: O mesmo tamanho da maiúscula é o da minúscula. Classificação onomástica: É a classificação pelo nome da fonte. As vezes as fontes possuem o mesmo desenho, fazem parte de uma mesma família, porem possuem nomes diferentes. Ex: Times, Arial, Helvetica e etc. GRID O grid tipográfico é um sistema utilizado na diagramação principalmente em projetos editoriais. É um método utilizado para distribuir as partes de um projeto (por exemplo, uma revista) conseguindo assim com que todas as edições dessa revista, por exemplo, saiam com uma identidade para que se possa identificar a relação de uma edição com a outra. As vantagens de se trabalhar com um grid englobam a clareza, eficiência, economia e identidade. O grid introduz uma ordem sistemática no lay out, também auxilia na diagramação rápida de uma grande quantidade de informações. 31 Partes básicas de um Grid Margem Zona espacial Guias horizontais Coluna Módulo Marcadores Margens: São os espaços em volta da área de mancha. As proporções das margens ajudam a estabelecer a tensão geral dentro da composição. Guias horizontais: São alinhamentos que quebram o espaço em faixas horizontais, formando módulos. Guias verticias: Linhas que possibilitam alinhamentos, formando as colunas. Zonas espaciais : São grupos de módulos que juntos formam campos distintos. Cada campo pode receber uma função distinta, por exemplo um bloco de texto ou uma imagem. Marcadores: Indicadores de localização para textos secundários ou constantes, como nome de seções, numeração e etc. 32 Colunas : são alinhamentos verticais que criam divisões horizontais entre as margens. Módulos : São unidades individuais de espaços separados por intervalos regulares que, repetidas no formato da página, criam colunas e faixas horizontais. TIPOS DE GRIDS Grid retangular Sua estrutura básica é uma grande área retangular, sua tarefa é acomodar um longo texto corrido. Mesmo numa estrutura simples é preciso cuidar para que a leitura página após página seja agradável. Uma maneira de criar interesse visual é ajustar as proporções das margens. Grid de colunas As colunas podem ser dependentes umas das outras no texto corrido, independentes para pequenos blocos de textos ou somadas para formar colunas mais largas. Pode ser utilizado para separar diversos tipos de informações. A largura da coluna está intimamente ligada à fonte que será utilizada. O objetivo é definir uma largura capaz de conter uma quantidade cômoda de caractere. Grid modular Projetos muito complexos exigem um grau maior de controle e neste caso usa-se um grid modular. O grid modular é um grid de colunas com muitas guias horizontais, criando-se assim os módulos que juntos criam zonas espaciais. LINEATURA É a quantidade de linhas de pontos de reticula por polegadas ou centímetros linear. Quem define a lineatura é o sistema de impressão e o substrato. No caso da off set a lineatura segue como referência o padrão a seguir: Papéis revestidos – 150 lpi à 175 lpi. Não revestidos – 133 lpi à 150 lpi Jornal – 100 lpi à 120 lpi. 33 PARTES DE UMA REVISTA Capa: é composto por um elemento principal, algo que chame a atenção para que a pessoa se interesse em ler a revista. Seções: Temas que a revista abordará Elementos da matéria: Cartola: geralmente com o nome da seção Titulo: tema principal da matéria Olho: resumo da matéria Credito: da matéria e das fotos. ESPELHO E BONECO O espelho é uma folha com todas as páginas reduzidas utilizado para o controle dos elementos. O boneco é o protótipo do projeto que permite prever e evitar erros. PROPOSTA DO PROJETO Através da observação dos acontecimentos atuais no planeta e fundamentados nos dados levantados pela pesquisa percebeu-se a necessidade de uma publicação para que a indústria gráfica, seus colaboradores e seus trabalhadores fiquem cientes sobre sua influência no meio ambiente e, também, sobre o que é possível fazer para diminuir os impactos causados por essas indústrias, invocando a responsabilidade social, a maturidade empresarial e o amadurecimento da consciência ambiental pela sociedade como um todo. A proposta desse trabalho é desenvolver um material informativo para profissionais da área gráfica. Composto por um Kit que abordará o tema meio ambiente direcionado para a área. A idéia é que ele seja um instrumento de informação utilizado pela escola SENAI Theobaldo De Nigris para oferecer aos seus visitantes, como estudantes, empresários e profissionais da área com o intuito de informar e conscientizar todos os envolvidos sobre esta questão. A distribuição será feita pelo SENAI, pelo fato de ser uma instituição idônea e respeitada no setor gráfico e por se tratar de um estabelecimento de ensino, tendo assim a função de educar, e também conscientizar as empresas na preservação do nosso meio ambiente. Essa distribuição será feita primeiramente nesta unidade como uma forma piloto, para depois se expandir pelas outras escolas de artes gráficas. 34 PESQUISA DE CAMPO Fez-se necessário uma pesquisa com produtos já existentes no mercado com a finalidade de coletar dados que serviram de base para definição do perfil das peças do Kit, com o intuito de ver a necessidade de mercado. Livros: Guia Técnico Ambiental da Indústria Gráfica e Manual Técnico Ambiental da Indústria Gráfica Revistas: Revista Aquecimento Global 35 Revista Heidelberg Eco News Revista Horizonte Geográfico Revista Planeta 36 Revista Terra da Gente Revista Sustenta! Após o levantamento de impressos relacionados ao tema “meio ambiente”, foi constatado a existência de livros técnicos, revistas e artigos em algumas revistas. Observou-se, também, que revistas direcionadas ao meio ambiente tendem ir para uma discussão ambientalista ainda muito pautada na fauna e flora, o que também tem sua importância, mas como já foi dito antes, há a necessidade de uma discussão mais próxima, mais cotidiana das pessoas. Mostrando que o cuidado com o meio ambiente pode ter início nos locais freqüentados por elas, como, por exemplo, aonde trabalha ou mora. Além disso, o mercado apresenta a carência de se encontrar produtos direcionados a determinados setores, como é o caso da indústria gráfica. 37 DEFINIÇÃO DAS PEÇAS Com a análise dos dados foi traçado um briefing para definir as peças que irão compor este kit, levando em consideração a utilidade de cada peça e a sua eficiência em transmitir a mensagem necessária. Assim foi definido que o kit será composto por: - Identidade Visual; - Sacola; - Escala de reciclagem; - Folder de papel semente; - Revista; TIRAGEM A tiragem foi definida a partir do levantamento do número de alunos da Escola SENAI Theobaldo De Nigris e as feiras que esta unidade participa com Stands. - O número de alunos matriculados varia entre 650 a 700. - Previsão de número de visitantes na escola anualmente 1000 a 1300. - As feiras que o SENAI participa regularmente são: • FIEPAG: De 2 em 2 anos. - Bienal Média de 30 000 visitantes. Próxima edição em 2010. • Expo Print: De 4 em 4 anos. Média de 20 000 visitantes. Próxima edição em 2010 • ABTCP: Anual. Média de 18.000 visitantes. Próxima edição em 2009 Com as informações foi analisado que a ABTCP é a Feira que o SENAI participará este ano. Portanto será necessário a produção de 18.000 kits para este evento. Será preciso também a produção de 650 a 700 Kits para os alunos e 38 uma média de 1.000 a 1.300 Kits para os visitantes do SENAI. Chegando assim a uma tiragem inicial de 20.000 kits. DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS PEÇAS Identidade Visual Identidade visual é o conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, idéia, produto, empresa, instituição ou serviço. Esse conjunto de elementos costuma ter como elementos primários logotipo e/ou simbolo gráfico, podendo apresentar cores, formas e alfabetos. A identidade visual permitirá que as peças do Kit tenham uma unidade, e transmitam o conceito estabelecido ao projeto. Essa identidade segue os conceitos de meio ambiente, ecossistema, sustentabilidade e indústria gráfica. Transmitindo, assim, a importância deste assunto. Logo Logo escolhido para representar a identidade visual do kit. Possui fontes redondas e com formas orgânicas. O verde do eco simboliza a natureza e o nosso ecossistema, já o cinza neutraliza a força do verde e equilibra o logo. A folha é o símbolo que será utilizado para a representação da marca, possuindo formas harmônicas com direção, fazendo com que o leitor continue a leitura. Sacola A sacola é um objeto utilizado no cotidiano para transportar pequenas quantidades de mercadorias. Tornaram-se populares através da distribuição gratuita nos supermercados e outras lojas. Constituem-se também como forma de publicidade para as lojas que as distribuem. Foi escolhida a sacola para acondicionar as peças do Kit por se tratar de uma embalagem de fácil produção e baixo custo e por ter aproveitamento posterior. Depois de recebido o kit a sacola pode servir para transportar outros produtos. 39 Para sua confecção será necessário fazer a impressão, dobra, cola e faca para o recorte das alças. O Papel escolhido para a fabricação da sacola é o papel reciclável por se tratar de um papel ecológico. A gramatura será de 120g à 150g por se tratar de uma gramatura capaz de sustentar todos os componentes do Kit dentro as sacola. A sacola será impressa a 4x0 cores (cores de escala) que seguirão a identidade visual e terá seu aproveitamento no formato 66x96, devido à tiragem e o substrato sua impressão será feita em offset, sendo impressa na PMA (Speed Master Heidelberg). O formato aberto da sacola é de 720 mm x 510 mm sendo este tamanho o ideal para o acondicionamento de todas as peças do Kit. A sacola não possuirá cordão ou qualquer outro tipo de material para a alça, isso se deve a economia de materiais, auxiliando na reciclagem desse produto. A alça será confeccionada a partir de uma faca especial, sendo inteiriça junto com o corpo da sacola. Faca da sacola 40 A Lineatura ideal para a impressão em papeis não revestido em off set é de 133 lpi à 150 lpi. Portanto a sacola será impressa em 150 lpi para uma melhor definição para o tipo de substrato. Escala de reciclagem Para reforçar a idéia e direcionamento do kit para gráficas e pelo seu conteúdo que conterá os produtos que podem ser reciclados, formas de reciclagem e cores de separação. Será produzida uma escala de reciclagem. Essa escala teve como referência a escala Pantone®, Cada produto e setor será representado por sua cor dentro da escala. A Escala Pantone® é uma escala internacional que possibilita garantir um padrão de cor, facilidade de comunicação e segurança para clientes, agencias e gráficas. A necessidade de se ter esse material é a facilidade que as lâminas e seu manuseio permitem, transmitindo as informações dos produtos e meios de reciclagem de maneira simples e interativa. Formato das páginas: 40 mm 140 mm O formato final será no mesmo tamanho das páginas, sendo a capa o mesmo papel que o miolo, e a maneira de folheá-lo segue o modelo da escala Pantone®. 41 A produção será em papel reciclado (doado pela SUZANO ®), por se tratar de um papel que faz reuso de papéis tirando assim esses do meio ambiente. A gramatura será 240g para facilitar o manuseio. Será impressa 4x4/ nas cores de escala para se conseguir todas as cores necessárias para representar os produtos recicláveis. O acabamento feito com um ilhós para fixação das páginas. A Lineatura ideal para a impressão em papeis não revestido em off set é de 133 lpi à 150 lpi. Portanto a escala de reciclagem será impressa em 150 lpi para uma melhor definição em relação o tipo de substrato. Como na escala Pantone® haverá o uso das cores em forma de separação para cada tipo de material reciclado e uma explicação de como se recicla porque reciclar e o que reciclar. A impressão será em offset na PMA (Speed Máster Heidelberg) devido à tiragem e ao formato do aproveitamento de papel (66x96). Se a escola estiver sem esta máquina o trabalho poderá ser impresso na GTO – 5 cores presente no setor de off set da escola. Folder de papel especial. Este folder será um diferencial no projeto. Seu conteúdo será algo para incentivar o plantio de árvores. O substrato utilizado será um papel artesanal conhecido como papel semente. Ele tem as mesmas características de um papel reciclado artesanal, é 100% biodegradável, mas com um diferencial: ele possui sementes. Durante seu processo de fabricação, o Papel Semente recebe sementes diversas, permitindo que dele germine plantas e flores. Trazendo assim uma solução para o pósconsumo, reduzindo a agressão do homem ao meio ambiente. Ao invés de jogar o objeto no lixo após sua utilização, ele deve ser molhado e plantado em terra fértil. Na sua produção, fibras da bananeira são selecionadas, cortadas e fervidas e depois entram em processo de bateção, gerando assim a pasta para ser desenvolvido o papel. Em seguida, as sementes de hortaliças são incrustadas à pasta que se transformará em folhas de papel após serem prensadas e secas pelo sol. Este papel é fabricado por duas empresas: - Instituto papel solidário; 42 - Grupo eco; Com a ánalise dos dados de produção do papel semente foi possível a sua produção dentro da escola utilizando o laboratório de restauro de papéis, eliminando assim o custo da compra, facilitando a criação do material dentro da escola SENAI Theobaldo De Nigris. O objetivo deste folder é mostrar que qualquer tipo de material pode ser revertido positivamente para a natureza. Formato aberto: O formato aberto tem a forma uma flor, representando o que aquele produto poderá gerar depois de plantado. Formato fechado: 43 A impressão desse papel será em Digital (Cânon ®), por ser um papel especial e frágil, mesmo sendo uma alta tiragem somente a impressão digital consegue fazer impressão neste tipo de papel. Não seria possível em off set, por exemplo, pelo fato de ser um processo que utiliza água, não sendo compatível com o papel. No aproveitamento de papel é possível a impressão de 6 folders em um A3, sendo assim a tiragem em folhas de 3.334 A3. Será impresso 4x4 cores em uma gramatura aproximada de 120g. Parte de dentro Possui uma árvore simbolizando o fruto que o papel pode gerar e uma frase incentivadora para as pessoas plantarem o papel e também com uma mensagem para que a idéia da ecograf seja plantada. Parte externa 44 Revista / Periódico Um periódico é uma publicação, normalmente sobre assuntos específicos, editada com determinada regularidade temporal. Para ser considerada um periódico a publicação deve ser impressa com uma certa periodicidade, daí a sua designação, normalmente sendo semanal, quinzenal, mensal, bimestral, semestral ou anual. A finalidade da revista, como um produto periódico é conter informações sobre o tema abordado. Conterá assuntos como atualização de maquinário, novos processos, tipos de fabricantes, gráficas que aderem à sustentabilidade, novas tecnologias, produção mais limpa, ISO 14.000 entre outros. Se justifica a produção da revista / periódico por ser algo interdisciplinar contendo todas as ramificações e divisões da área gráfica como pré impressão, impressão e acabamento. E pelo fato de o assunto possuir mudanças contínuas, lançamento de novas tecnologias, novas pesquisas entre outros. Tendo assim a necessidade de novas publicações para que o material não se torne obsoleto. Formato fechado: 45 Formato Aberto: O formato é vertical para seguir a linha de revista e não fugir muito do padrão. Seu tamanho é menor em relação a revistas publicadas normalmente, isso se deve pela quantidade de informação que serão contidas nas edições. As publicações serão semestrais para atualização das informações. O Substrato utilizado será o reciclado (doado pela SUZANO ®) para manter uma unidade no kit e por se tratar de um papel ecologicamente correto. Sua gramatura será de 120g para o miolo, para dar maior mobilidade das paginas e conforto a leitura e 240g para a capa para proteger a revista. O processo de impressão será o offset na PMA (Heidelberg- Speedy Master) levando em consideração a tiragem, o tipo de substrato e o aproveitamento de papel. Caso a máquina não esteja na escola a revista poderá ser impressa na GTO – 5 cores presente no setor de off set da escola, sendo impressa assim em 4 cadernos de 4 páginas mais capa. A Lineatura ideal para a impressão em papeis não revestido em off set é de 133 lpi à 150 lpi. Portanto a escala de reciclagem será impressa em 150 lpi para uma melhor definição em relação o tipo de substrato. 46 A revista será formada por 1 caderno de 16 páginas mais capa totalizando assim 20 páginas. Numero de cadernos ideal para a quantidade de informações presentes em cada edição. A primeira edição terá uma sobrecapa que simbolizara a inauguração de uma nova Idéia. Esta sobre capa será fechada com um laço de fita, fazendo referência a inauguração Será publicada trimestralmente para se ter tempo de novas pesquisas. Seções que compõem a revista A revista é composto por tais seções: Substrato: substratos utilizados no meio gráfico, na primeira edição a instrutora sobre tintas, cor e papel Erika Cifuente fala sobre o papel e sobre o plantio de árvores para este fim. Minha empresa: a cada edição uma empresa mostra o que faz em relação ao meio ambiente e incentiva outras empresas a aderirem as mesmas técinicas. Na primeira edição Alvair Mittesltaedt, gerente de operações da Leograf, fala sobre sua empresa e sobre o certificado FSC. O diretor: coluna reservada ao diretor da escola SENAI Theobaldo De Nigris, Manoel Manteigas de Oliveira. Espaço aluno: mostra de trabalhos e iniciativas com relação ao meio ambiente de alunos da escola. Na primeira edição o TCC do 4MA de alunos de Rotogravura e flexografia sobre a criação de um primer para a substituição de tintas a base de solvente. Entrevista: em cada edição uma entrevista com alguém envolvido no tema. Na primeira edição entrevista com Silvio Ísola – diretor do departamento de meio ambiente da CIESP. Senai faz: área reservada a divulgação sobre o que o SENAI faz em relação ao meio ambiente. Na Primeira edição matéria sobre o setor de rotogravura com a instrutora Juliana e sobre o setor de off set com o instrutor Antonio Paulo. News: matérias sobre novos equipamentos e produtos para o meio gráfico que sejam amigos do meio ambiente. Primeira edição sobre a Speedmaster XL 105. Resíduos: matérias sobre resíduos da industria gráfica. Primeira edição com Ricardo Cuenca, instrutor especializado em tintas Sustenta: uma coluna destinada aos instrutores para que eles possam falar sua opinião abertamente sobre o assunto. Na primeira edição Denise, instrutora de PI. 47 Acontece – Ler: dicas sobre eventos, palestras e cursos que aconteceram sobre o assunto e também sobre publicações pertinentes. A maioria dos artigos são escritos por instrutores do SENAI, para mostrar que é possível a criação de um periódico dentro da escola com o qual os própiros instrutores são capazes de escrever as matérias. Justificativa do Grid. No nosso projeto editorial iremos utilizar um grid para seguir um alinhamento e para distribuir de forma coerente os elementos no formato das paginas O grid escolhido para o projeto foi o grid de colunas pelo fato de ser o grid que consegue organizar os elementos de forma flexível mantendo alinhamento e identidade. As medidas utilizadas serão: Margem interna: 12 mm. Largura da coluna: 53 mm. Distâncias entre as colunas: 3 mm. Margem externa: 8 mm. 48 ESCOLHA DA FONTE Os critérios para escolha da fonte a ser utilizada é a legibilidade associada ao formato do texto, formato do papel, largura da linha, disposição da mancha de texto, tipo de suporte e processo de impressão. O corpo da fonte está diretamente ligado a faixa etária a que se destina a obra. Exemplo: Menores que 7 anos: corpo 24 De 7 a 8 anos: corpo 18 A partir de 12 anos corpo 10. Isto não é regra é apenas uma orientação. Por se tratar de um projeto ecológico, foi escolhida a Ecofont. A Ecofont foi desenvolvida pela SPRANQ, uma agência de comunicação. Foi feito um estudo com o qual essa fonte consegue economizar 20% de tinta na hora da impressão, tirando apenas pequenos círculos do seu formato, sem tirar a legibilidade da fonte. Não possui direitos autorais e está disponível no site http://www.ecofont.eu para ser baixada gratuitamente. Essa fonte será utilizada para os textos corridos com a seguinte formatação Corpo: 8pt Entrelinha: 14pt Cor: 80% Alinhamento: justificado 49 Para títulos e elementos importantes das matérias será utilizada a fonte bauhaus. Por se tratar de uma fonte sem serifa, limpa e com aspecto arredondado fazendo alusão as formas orgânicas da natureza. ORÇAMENTOS Sacola Para a produção da sacola e do restante dos materiais foi escolhido o formato 66 cm x 96 cm (BB) para se ter um melhor aproveitamento. 50 Com o pré refile o formato se torna 650 mm x 950 mm, pois há a retirada de 5 mm de cada lado para acertar a pilha de papel. Há também os descontos de 10 mm de pinça e 5 mm de contra pinça e margens laterais. Ficando o papel com o formato de 635 mm x 940 mm. O formato aberto da sacola é de 720 x 510 mm • Aproveitamento de papel para a produção da sacola: 94 : 72 = 1 94 : 51 = 1 51 63,5 : 51 = 1 63,5 : 72 = 0 • Impressão: PMA (Speed Master Heidelberg) • Montagem: • Calculo do custo do papel Papel reciclado 120 g/m². Média de preço R$ 3,50 o Kg. Tiragem: 20.000 20.000 + 5% de perda + 100 de acerto = 21.100 pedaços 21.100 x 0,96 x 0,66 x 0,120 = 1604 Kg. 1604 kg x R$ 3,50 = R$ 5.614,00 • Calculo da tinta Preço médio R$ 20,00 o Kg Área impressa: 0,26 x 0,26 x 21.100 x 1 = 1240 m² Mancha gráfica: 20: 100 = 0,2 x 1240 m² = 248 m² Consumo de tinta: 248 m² x 1,6 = 396 g Absorção da tinta: 396g x 1,20 = 475 g Tipo de impresso: 475g x 1 = 475 g 0,475 kg x R$ 20,00 = R$ 9,50 • Chapas Preço médio R$ 15,00 4 x R$ 15,00 = R$ 60,00 52 • Acabamento (fase que será feita no departamento de acabamento do próprio SENAI). Refile, corte, vinco e cola. Preço total para a produção de 20.000 sacolas: R$ 5.683,00 Preço unitário: R$ 0,28 Preço total para a produção de 20.000 sacolas (com doação de papel): R$ 69,50 Escala de reciclagem Formato: 40x140 mm • Aproveitamento de papel: 94 : 14 = 6 com 2,5 de sangria = 6 63,5 : 4 = 15 com 2,5 de sangria = 14 94 : 4 = 23 = com 2,5 de sangria = 21 63,5 : 14 = 4 com 2,5 de sangria = 4 Total: 84 Total: 84 Total de páginas para cada escala 28, portanto três escalas em uma folha de 96 cm x 66 cm. • Impressão: PMA (Speed Master Heidelberg) • Montagem 53 • Calculo do custo do papel. Papel Reciclado 240 g/m². Média de preço R$ 4,00 o Kg. Tiragem: 20.000 3 escalas por folha 20.000: 3 = 6667 pedaços. 6667 + 5% de perda + 100 de acerto = 7.100 pedaços 7.100 x 0,96 x 0,66 x 0,240 = 1089 Kg. 1089 kg x R$ 4,00 = R$ 4.356,00 • Calculo da tinta Preço médio R$ 20,00 o Kg Área impressa: 0,90 x 0,56 x 7.100 x 2 = 7157 m² Mancha gráfica: 70: 100 = 0,7 x 7157 m² = 5010 m² Consumo de tinta: 5010 m² x 1,6 = 8016 g Absorção da tinta: 8016 g x 1,20 = 9619 g Tipo de impresso: 9619 g x 1 = 9619 g 9,619 kg x R$ 20,00 = R$ 192,40 • Chapas Preço médio R$ 15,00 8 x R$ 15,00 = R$ 120,00 • Acabamento (fase que será feita no departamento de acabamento do próprio SENAI). Refile, corte, e ilhós. Preço total para a produção de 20.000 escalas de reciclagem: R$ 4.668,40 Preço unitário: R$ 0,23 Preço total para a produção de 20.000 escalas de reciclagem (com doação de papel): R$ 312,40 Folder papel semente Esse tipo de papel é fabricado em formato A3 • Impressão digital Canon ® 54 • Montagem • Calculo do custo do papel. Papel semente. Doação Tiragem: 20.000 6 folders por folha 20.000: 6 = 3.334 pedaços. Papel produzido no SENAI • Calculo da tinta Impressão digital • Acabamento Corte e vinco – faca especial Revista Formato aberto: 370 x 260 mm Plano miolo: 16 páginas por caderno • Aproveitamento de papel: Tamanho do plano para cadernos de 16 páginas: 18.5 x 4 = 74 + 0,5 de sangria = 76 26 x 2 = 52 + 0,5 de sangria = 54 55 Impressão: PMA (Speed Master Heidelberg) • Montagem • Cálculo do custo do papel. Papel Reciclado 120 g/m². Média de preço R$ 3,50 o Kg. Tiragem: 20.000 cadernos de 16 páginas. 20.000 + 5% de perda + 100 de acerto = 21.100 pedaços 21.100 x 0,96 x 0,66 x 0,120 = 1604 Kg. 1604 kg x R$ 3,50 = R$ 5.614,00 • Cálculo da tinta Preço médio R$ 20,00 o Kg Área impressa: 0,68 x 0,48 x 21.100 x 2 = 13.774 m² Mancha gráfica: 50 : 100 = 0,5 x 13.774 m² = 6.887 m² Consumo de tinta: 6.887 m² x 1,6 = 11.019 g Absorção da tinta: 11.019 g x 1,20 = 13.223 g Tipo de impresso: 13.223 g x 1 = 13.223 g 13,223 kg x R$ 20,00 = R$ 264,50 56 • Chapas Preço médio R$ 15,00 8 x R$ 15,00 = R$ 120,00 Plano capa: • Montagem – Tira-retira • Cálculo do custo do papel. Papel Reciclado 240 g/m². Média de preço R$ 4,00 o Kg. Tiragem: 20.000 4 capas por folha 20.000: 4 = 5.000 pedaços. 5.000 + 5% de perda +100 de acerto = 5.350 pedaços 5.350 x 0,96 x 0,66 x 0,240 = 813,5 Kg. 813,5 kg x R$ 4,00 = R$ 3254,00 • Cálculo da tinta Preço médio R$ 20,00 o Kg Área impressa: 0,68 x 0,48 x 5.350 x 2 = 3492 m² Mancha gráfica: 100 : 100 = 1 x 3492 m² = 3492 m² Consumo de tinta: 3492 m² x 1,6 = 5587 g Absorção da tinta: 5587 g x 1,20 = 6704 g 57 Tipo de impresso: 6704 g x 1 = 6704 g 6,704 kg x R$ 20,00 = R$ 134,00 • Chapas Preço médio R$ 15,00 4 x R$ 15,00 = R$ 60,00 • Acabamento (fase que será feita no departamento de acabamento no próprio SENAI). Refile, dobra, grampo. Preço total para a produção de 20.000 revistas: R$ 9446,50 Preço unitário: R$ 0,47 Preço total para a produção de 20.000 revistas (com doação de papel): R$ 578,50 O custo unitário do Kit: R$ 0,98 com a produção de 20.000 kits. 58 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DATA TAREFA 30/04/09 - Definição de conceitos para identidade visual, estudo de formas e cores, rafes e finalização. - Local e/ou equipamentos: Salas de prancheta 04/05/09 - Digitalização da identidade visual, rafes e construção de bonecos das peças gráficas - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); Illustrator CS3, 05/05/09 - Construção do arquivo da sacola e do folder de papel semente; provas - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); Illustrator CS3; Impressora digital 07/05/09 - Construção do arquivo da escala de reciclagem - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); Illustrator CS3; InDesign CS3. 11/05/09 - Construção do arquivo da escala de reciclagem e provas. - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); Illustrator CS3; InDesign CS3; Impressora digital. 12/05/09 - Finalização da construção do arquivo da escala de reciclagem. - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); Illustrator CS3; Impressora digital. 14/05/09 - Definição do conteúdo da revista e fotos para a mesma. - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); câmera digital. 18/05/09 - Termino das fotos, tratamento das imagens e confecção dos textos para a revista - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); In Design CS3; Photoshop CS3. câmera digital. 19/05/09 - Diagramação da revista. - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); InDesign CS3. Illustrator CS3; Photoshop CS3. 21/05/09 - Diagramação da revista. 59 - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); InDesign CS3. Illustrator CS3; Photoshop CS3. 25/05/09 - Diagramação da revista. - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); InDesign CS3. 26/05/09 - Finalização da diagramação da revista e provas. - Local e/ou equipamentos: Computadores (PC ou Mac); InDesign CS3; Impressora digital. 28/05/09 - Impressão final das peças gráficas - Local e/ou equipamentos: Impressora digital 01/06/09 - Impressão final das peças gráficas e início do acabamento. - Local e/ou equipamentos: Impressora digital; acabamento 02/06/09 - Acabamento das peças gráficas - Local e/ou equipamentos: Acabamento 04/06/09 - Finalização do acabamento das peças gráficas. - Local e/ou equipamentos: Acabamento 08/06/09 - Entrega do relatório Final. 09/06/09 - Entrega das peças gráficas. 16/06/09 - APRESENTAÇÃO 60 CONCLUSÃO Os fatos apresentados na pesquisa “Sustentabilidade na indústria Gráfica”,trata da relação do setor gráfico com o meio ambiente, onde é destacada a importância de se lançar mão dos recursos naturais de maneira mais equilibrada e mais consciente. Este trabalho não tem o intuito de afirmar que o melhor para o meio ambiente seria a diminuição do consumo de impressos - pelo contrário, pois se sabe que a indústria gráfica é importante culturalmente, economicamente e, também, é um grande gerador de empregos. Entende-se que a melhor forma de resolver a problemática ambiental é, primeiramente, desenvolver nas pessoas uma consciência com tais valores. Para isso, a informação deve ser o viés a ser seguido. Todo material a este respeito é muito bem vindo, afinal, quanto mais esclarecimento será melhor. No entanto, a publicação de uma revista, que tem como uma de suas principais características a periodicidade, torna-se o produto ideal por estar de acordo com a dinâmica do próprio mercado, onde a evolução tecnológica é uma constante, apresentando soluções inovadoras com relação ao meio ambiente. O que torna necessária a divulgação de seus produtos e de suas ações com uma certa constância. Com este projeto será possível mostrar que este setor pode, sim, ser um grande aliado na proteção ambiental. Onde a indústria gráfica, seus colaboradores, e seus profissionais fiquem cientes sobre sua influência no meio ambiente e que se informem sobre o que é possível fazer para diminuir os impactos causados por esta indústria, invocando a responsabilidade social, a maturidade empresarial e o amadurecimento da consciência ambiental pela sociedade como um todo. Sendo possível assim a difusão dessas informações, atingindo o objetivo do projeto. 61 REFERÊNCIAS Livros: CAPRA, Fritjof, As Conexões Ocultas : ciência para uma vida sustentável / Fritjof Capra ; tradução Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo : Cultrix, 2005, 296 p. CARVALHO, Isabel Cristina de Moura, Educação ambiental : a formação do sujeito ecológico / Isabel Cristina de Moura Carvalho. 2 ed., São Paulo : Cortez, 2006, 256 p. MERICO, Luiz Fernando Krieger, Economia e Sustentabilidade: o que é, como se faz / Luiz Fernando Krieger Merico. São Paulo : Edições Loyola, 2008, 88 p. BARBIERI, Edson, Desenvolver ou Preservar o Ambiente? / Edson Barbieri. São Paulo : Cidade Nova, 1996, 63 p. SZABÓ, Adalberto Mohai Júnior, Educação ambiental e Gestão de Resíduos / Adalberto Mohai Szabó Júnior. 2 ed., São Paulo : Rideel, 2008, 118 p. MATSU, Keizo, 3-D Graphics. 1 ed., São Paulo, PIE BOOKS, 1994 220 p. COLLARO, Antonio Celso. Projeto gráfico teoria e prática da diagramação. Vol 20, São Paulo, Summus, editorial, 2006. 181p. LORENZO, Baer. Produção gráfica. São Paulo. Ed. SENAC, 1999, 37 a 73 p. ALÉSIO, Rosana Gonzáles. MOPE - Manual de orientação pra produção editorial. São Paulo. Nova Cultura. 37 – 100 p. SÂMARA, Timothy. Grid construção e desconstrução. São Paulo. Cosacoify. Sites: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade Acesso em 23 de fev. 2009. 62 Revista Sustentabilidade. Disponível em http://www.revistasustentabilidade.com.br/s02 Acesso em 23 de fev. 2009. RATH, EDUARDO. Indústria gráfica. Capturado em 16 fev. 2009. http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/grafica.pdf BARBOSA, CONCEIÇÃO. Manual prático de produção gráfica. Capturado em 19 fev. 2009. http://www.producaografica.com/index.html NEMO, SPP. O papel da indústria gráfica na preservação do meio ambiente. Capturado em 21 fev. 2009. http://www.sppnemo.com.br/IMG/GUIA_AMBIENTE_WEB.PDF OLIVEIRA, MANUEL MANTEIGAS DE. O impacto da indústria gráfica no meio ambiente. Capturado em 21 fev. 2009. http://forumabtg.blogspot.com/2008/04/o-impacto-da-indstria-grfica-no-meio.html SILVA, ENÉIAS NUNES DA. Gerenciamento de resíduos da indústria gráfica. Capturado em 21 fev. 2009. http://www.abtg.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=247&Itemid =47 EMBRAPA. ISSO 14 000 – Gestão ambiental. Capturado em 22 fev. 2009. http://www.cnpma.embrapa.br/projetos/prod_int/iso_14000.html SPRANQ. Ecofont. Capturado em 14 mai. 2009. http://www.ecofont.eu 63 Anexo 1 Revista ecograf 64 65 66 67 68 69 70 Anexo 2 Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental 71 72 VALIDAÇÃO DO DOCUMENTO Integrantes do grupo: Cíntia Garcia. Érica Soares Barbosa. Orientadora: Valquíria Brandt. 73