Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Implantação de estratégias de padronização dos recursos pedagógicos em um curso técnico na modalidade ead ISHIKAWA, E.C.M; SANTOS JUNIOR, G; WALICHINSKI, D; PIETRUCHINSKI, M.H. 1 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Implantação de estratégias de padronização dos recursos pedagógicos em um curso técnico na modalidade ead Eliana C. M. Ishikawa - [email protected] Guataçara dos Santos Junior - [email protected] Danieli Walichinski - [email protected] Monica HoeldtkePietruchinski - [email protected] *Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR/Campus Ponta Grossa. 2 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación 1 Introdução O conhecimento experimentado nas últimas décadas referentes à inserção de ferramentas tecnológicas, associadas a modernas práticas pedagógicas, é tão expressivo que a humanidade está diante de uma proposta diferenciada da prática de ensino e aprendizagem, a Educação a Distância (EaD). No Brasil, a EaD se vem cumprindo um curso que acompanha a introdução e o crescimento das tecnologias digitais no país, porém, percebe-se que vem acumulando nessa trajetória, erros, acertos, contradições e incoerências, tanto do ponto de vista gerencial como educacional. Para Gomes (2013), cada qual em sua época, a EaD tem sido utilizada por sucessivos governos, como uma forma economicamente viável de ampliação do acesso à educação e aperfeiçoamento em diversas regiões do país. Diante deste cenário, o governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Educação (MEC), criou o programa denominado Escola Técnica Aberta do Brasil (ETEC Brasil) que visa ampliar e oportunizar o acesso dos brasileiros ao ensino profissionalizante. Tal iniciativa constitui-se em uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (EDUCACIONAL, 2012). Trata-se da democratização do acesso ao ensino técnico público, por meio da modalidade Educação a Distância, com objetivo de levar cursos técnicos a regiões distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades brasileiras, incentivando a profissionalização e a qualificação de mão-de-obra (e-Tec, 2011). Visando atender a continuidade do Edital 01/2007 do Sistema e-Tec Brasil, firmou-se parceria entre o Ministério da Educação, o Governo do Estado do Paraná e, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (BRASIL, 2007). Assim, o Governo do Estado do Paraná através da Secretaria de Estado da Educação (SEED) ficou encarregado de disponibilizar os polos onde foram ministrados os cursos pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A caracterização da demanda do curso foi realizada em função de todo o Estado do Paraná, visto que a determinação da demanda específica estava sob a responsabilidade da SEED. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa participa, portanto, do programa E-Tec ofertando o Curso Técnico em Informática para Internet. A primeira turma do Curso Técnico Subsequente em Informática para Internet– na forma subsequente, modalidade à distância com início em setembro de 2009 ofertou inicialmente de 106 (cento e seis vagas) e, a segunda turma com início em setembro de 2012 ofertou 320 (trezentos e vinte vagas). Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência da coordenação do curso na implantação de estratégias de padronização dos recursos pedagógicos e dos processos avaliativos das disciplinas da matriz curricular do referido curso. Ao longo do trabalho serão apresentadas a organização curricular e didático pedagógica do curso, as estratégias implantadas e os resultados obtidos. 2 Contexto teórico subjacentes à experiência 2.1 Histórico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná A instituição atualmente denominada Universidade Tecnológica Federal do Paraná iniciou suas atividades no começo do século XX, quando em 23 de setembro de 1909, através do Decreto Presidencial nº 7.566, foi institucionalizado o ensino profissionalizante no Brasil. Em 16 de janeiro de 1910, foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artífices de Curitiba, à semelhança das criadas nas capitais de outros estados da federação. O ensino ministrado era destinado, inicialmente, às camadas 3 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación mais desfavorecidas e aos menores marginalizados, com cursos de ofícios como alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria (UTFPR, 2014). Em 1959, a Lei nº 3.552 reformou o ensino industrial no país. A nova legislação acabou com os vários ramos de ensino técnico existentes até então, unificando-os. Permitiu maior autonomia e descentralização da organização administrativa e trouxe uma ampliação dos conteúdos da educação geral nos cursos técnicos. A referida legislação estabeleceu, ainda, que dois dos membros do Conselho Dirigente de cada Escola Técnica deveriam ser representantes da indústria e fixou em quatro anos a duração dos cursos técnicos, denominados então cursos industriais técnicos. Por força dessa lei, a Escola Técnica de Curitiba alterou o seu nome, à semelhança das Escolas Técnicas de outras capitais, para Escola Técnica Federal do Paraná. No final da década de 60, as Escolas Técnicas eram o festejado modelo do novo Ensino de 2° Grau Profissionalizante, com seus alunos destacando-se no mercado de trabalho, assim como, no ingresso em cursos superiores de qualidade, elevando seu conceito na sociedade. Nesse cenário, a Escola Técnica Federal do Paraná destacava-se, passando a ser referência no estado e no país. A partir de 1990, participando do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico, a instituição estendeu sua ação educacional ao interior do estado do Paraná com a implantação de suas Unidades de Ensino Descentralizadas nas cidades de Medianeira, Cornélio Procópio, Pato Branco e Ponta Grossa. Em outubro de 2005 a instituição tornou-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e atualmente conta com treze Campus, distribuídos nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Medianeira, Pato Branco, Santa Helena, Toledo e Ponta Grossa, (UTFPR, 2014). Tendo como objetivo contribuir para a melhoria educacional da sociedade e para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico do Estado do Paraná, a UTFPR ampliou as oportunidades educacionais via EaD ofertando o Cursos Técnico a distância em parceria com o programa denominado Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil). 2.2 Escola Técnica Aberta do Brasil e a UTFPR O governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Educação (MEC), criou o programa denominado Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil) que visa ampliar e oportunizar o acesso dos brasileiros ao ensino profissionalizante. Tal iniciativa constitui-se em uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação. Trata-se da democratização do acesso ao ensino técnico público, por meio da modalidade Educação a Distância, com objetivo de levar cursos técnicos a regiões distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades brasileiras, incentivando a profissionalização e a qualificação de mão-de-obra (e-Tec, 2011). O MEC, por meio da articulação da Secretaria de Educação a Distância (SEED) e Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), no âmbito da política de expansão da educação profissionalizante, lançou o Edital 01/2007/SEED/SETEC/MEC, dispondo sobre o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil. Este edital foi composto por duas partes (BRASIL, 2007). Na primeira parte, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal apresentam propostas de adequação de escolas de ensino fundamental, ensino médio e escolas técnicas para que estas sediem os cursos de educação profissional técnica de nível médio, na modalidade Educação a Distância. Já na segunda parte, as instituições públicas municipais, estaduais e que ministram ensino técnico de nível médio (Universidades, Centros de Educação Tecnológica, Faculdades de Tecnologia, 4 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Escolas Técnicas e Escolas Agrotécnicas) apresentam seus projetos de cursos a serem ofertados na modalidade Educação a Distância seguindo as Diretrizes para Elaboração das Propostas. Com a aprovação da Lei no 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 20 de dezembro de 1996, a Educação Profissional é claramente caracterizada como integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, com o objetivo de conduzir o cidadão a um permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva na sociedade, no trabalho e no conhecimento (BRASIL, 1996). Como resultado da primeira parte do edital, foram préselecionadas 34 cidades-polos para o Estado do Paraná. Estes municípios, em parceria com o Governo do Paraná, utilizaram a infraestrutura das escolas estaduais. Para atender esta nova prática de ensino-aprendizagem, e com o intuito de trazer a excelência dos cursos presenciais da UTFPR para a modalidade à distância, os Campus de Campo Mourão, Curitiba, Ponta Grossa, Medianeira e Pato Branco estruturaram uma equipe de Professores e Técnicos Administrativos para comporem o Núcleo de Educação a Distância (NEAD), que após a constituição do novo regimento da UTFPR foi institucionalizado passando a existir como Coordenação de Tecnologia na Educação (COTED). A COTED é o órgão responsável pelo planejamento estratégico das ações em EaD, pela operacionalização da EaD, pela capacitação da comunidade de servidores e pelo fomento e o apoio aos cursos (na modalidade a distância) em todos os níveis de ensino. Neste sentido, o campus Ponta Grossa elaborou em 2008 a proposta de implantação e execução do curso Técnico em Informática, atendendo assim à segunda parte do edital do Programa Escola Técnica Aberta do Brasil. Posteriormente este projeto sofreu uma pequena alteração curricular e de nome passando a denominar-se Curso Técnico Subsequente em Informática para Internet. Ainda no ano de 2010, o sistema e-Tec Brasil publicou um catálogo de Currículo Referência para os Cursos Técnicos do Programa (e-Tec, 2011), sendo então necessário que o curso ofertado pelo Campus Ponta Grossa, alterasse novamente parte de sua matriz curricular para adequar-se a este catálogo. Tal projeto promoveu a continuidade do Edital 01/2007 do Sistema e-Tec Brasil, em convênio com o Ministério da Educação, Governo do Estado do Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Neste edital, o Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Educação (SEED) ficou encarregado de selecionar os polos onde serão ministrados os cursos pela UTFPR. Portanto, a caracterização da demanda do curso foi realizada em função de todo o Estado do Paraná, visto que a determinação da demanda específica está sob a responsabilidade da SEED. (e-Tec, 2011). 2.2.1- O curso Técnico Subsequente em Informática para Internet Os cursos técnicos ofertados nesta modalidade de ensino são instrumentos importantes para o contexto da realidade socioeconômica do País, expandindo o ensino na área tecnológica em menor espaço de tempo e com qualidade. Não se trata apenas de implantar cursos novos, mas de se criar uma nova sistemática de ação, fundamentada nas necessidades da comunidade para a melhoria da condição de subsistência. Neste viés, o curso Técnico Subsequente em Informática para Internet da UTFPR, campus Ponta Grossa visa formar profissionais em Informática para Internet de nível médio que esteja ancorado em uma base de conhecimento científicotecnológico e que seja capaz de resolver problemas de ordem técnica, criativa e inovadora por meio de uma gestão e visão estratégica. 5 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Segundo os Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (PRONATEC, 2012) o perfil de conclusão do profissional em questão deverá contemplar as competências de: Desenvolver programas de computador para Internet, seguindo as especificações e paradigmas da lógica de programação e das linguagens de programação. Utilizar ferramentas de desenvolvimento de sistemas, para construir soluções que auxiliam o processo de criação de interfaces e aplicativos empregados no comércio e marketing eletrônicos. Desenvolver e realizar a manutenção de sites e portais na Internet e na Intranet. Desta forma, o curso segue a seguinte organização pedagógica: Organização Curricular do Curso A estrutura curricular seguiu as orientações do Projeto de Pesquisa para Elaboração do Currículo Referência para os cursos técnicos do Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil e atende ao Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos. A construção da Matriz proposta no referido Currículo Referência deu-se por meio de um trabalho coletivo de diversos especialistas - coordenadores dos cursos do Eixo Tecnológico de Informação e Comunicação de diferentes regiões brasileiras e instituições de ensino. E para atender às orientações emanadas, para cada curso, das resoluções do Conselho de Ensino e aprovadas pelo Conselho Universitário da UTFPR, foram observadas a inserção de uma carga horária mínima referente a formação específica em conjunto com o Estágio Curricular Supervisionado, que propicia ao aluno a diplomação de Técnico e tem por objetivo uma formação generalista e prepará-lo para sua inserção no mercado de trabalho. Para tanto, o Curso Técnico Subsequente em Informática para Internet é composto por 03 (três) períodos, cada um com carga horária de 405 horas, totalizando 1215 horas somente em disciplinas, onde, 210 horas são referentes as disciplinas básicas e 1005 horas de disciplinas específicas. Somando-se a carga horária total das disciplinas, o último módulo se refere ao Estágio Curricular Supervisionado de 400 horas, que poderá ser feito de forma concomitante ou subsequente ao terceiro período. No Estágio Curricular Supervisionado o estudante faz seu primeiro contato com a realidade da empresa, saindo do ambiente escolar com seus princípios teóricos e vislumbrando a complexidade daquele novo mundo, suas tecnologias, procedimentos, cultura e ambiente. Neste contato, a teoria é colocada à prova e a capacidade de relacionamento do estudante é exigida, resultando em enorme retorno, pois o motiva frente ao desafio. Ressalta-se que o Estágio Curricular Supervisionado é uma atividade curricular obrigatória dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio da UTFPR. A avaliação do rendimento do aluno do curso abrange a verificação de frequência nas atividades presenciais e a avaliação do aproveitamento. E considerarse-á aprovado por média o aluno que tiver frequência às atividades presenciais da Disciplina igual ou superior a 75% da carga horária e média final igual ou superior a 6,0 (seis). O aluno com Média Final inferior a 6,0 (seis) e/ou com frequência inferior a 75% será considerado reprovado. Atividades Pedagógicas As atividades pedagógicas dos componentes curriculares devem prever não só a articulação entre as bases tecnológicas como também o desenvolvimento do raciocínio na aplicação e na busca de soluções tecnológicas. Para tanto, essas devem 6 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación estar inseridas no Plano de Ensino e Plano de Aula das unidades curriculares do curso. Tais atividades compreendem para o aluno: • Atividades presenciais: realizadas nos polos, ocorrendo conforme o cronograma de execução do curso e dentro das necessidades pedagógicas de cada disciplina. • Atividades de laboratório: as atividades práticas serão realizadas nos polos com a participação do professor formador das unidades curriculares que preveem atividades práticas. • Atividades de estudo centradas no aluno: o aluno acessa planos de trabalho e material de apoio didático por meio da Internet, estuda, resolve exercícios propostos, faz exercícios de auto avaliação e envia exercícios para serem corrigidos pelo tutor; • Atividades à distância: estão relacionadas a dois tipos distintos, podendo ser síncronas e assíncronas. Nas atividades síncronas, o aluno, em dias e horários determinados se encontrará com o tutor de uma Disciplina em uma sala de bate-papo (chat) específica. Nesses momentos, caso o aluno prefira, poderá utilizar o telefone para interagir com o tutor. Já nas atividades assíncronas, não existe dia e horários pré-definidos, ou seja, o aluno pode apresentar suas dúvidas e questionamentos, sobre um ponto específico do plano de trabalho da semana, no fórum de discussão ou através de correio eletrônico (e-mail) para o tutor ou colegas. Depois de analisar os questionamentos, o tutor os organiza, juntamente com as suas respostas na lista de perguntas e respostas mais frequentes (FAQ), de maneira que todos possam se beneficiar da resposta do tutor. Cabe ressaltar que, ao contrário do ensino presencial, as Unidades Curriculares não são todas ministradas simultaneamente durante o semestre. No modelo presencial o aluno cursa todas as unidades curriculares simultaneamente, tendo sua carga-horária distribuída durante a semana. Na educação à distância, em função da dinâmica de interação presencial virtual (por videoconferências). Papéis dos Participantes Em se tratando de um curso na modalidade à distância os papéis dos participantes são diferentes do ensino presencial. Na UTFP os participantes foram definidos da seguinte forma: • Coordenador da COTED: responsável por: planejar as estratégias das ações em EaD; coordenar as operações na EaD; garantir a capacitação da comunidade de servidores; manter a qualidade da infraestrutura; • Coordenador do Curso: responsável pela centralização das decisões a fim de atingir os objetivos do curso proposto. Deve conhecer a metodologia a ser adotada e verificar a sua aplicação efetiva. Acompanhar a atuação dos professores e tutores para atingir os objetivos do curso. Acompanhar o desempenho geral dos alunos, verificando os pontos positivos e negativos. • Professor responsável pela atividade de estágio supervisionado: apresenta as mesmas atribuições e responsabilidades descritas no Regulamento dos Estágios dos Cursos de Educação Profissional Técnica De Nível Médio e do Ensino Superior da UTFPR; • Professor Formador: Professor especialista na Disciplina responsável pelo conteúdo impresso a ser entregue para os alunos, e pelo conteúdo digital disponibilizado no AVA. Responsável em elaborar os planos de trabalhos semanais, os exercícios a serem entregues, os exercícios de auto avaliação, os critérios de Avaliação, os gabaritos dos exercícios, provas e gabaritos das 7 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación provas e indicar Referências Bibliográficas. Responsável também em orientar os alunos no período de Estágio Curricular Supervisionado; • Revisor de material didático: profissional responsável pela revisão dos textos produzidos pelos Professores Formadores, de forma que sejam explorados os gêneros do discurso mais apropriados aos objetivos pedagógicos ao perfil do público alvo e ao contexto do estudo centrado no aluno. • Comunicador Visual: profissional responsável pela diagramação e a linguagem visual aplicadas aos conteúdos desenvolvidos pelos Professores Formadores, nos diferentes tipos de mídia (digital ou impressos); • Técnico em Informática: responsável pela manutenção do AVA, pelo suporte no uso dos equipamentos e pelo apoio a adequação do conteúdo didático; • Tutor à distância: responsável pela manutenção das atividades de ensino por meio do AVA, tais como gerenciar as listas de discussão, atualizar as listas de perguntas mais frequentes (FAQ), moderar as salas de bate-papo, recolher e corrigir os exercícios, entre outros. Responder as questões dos alunos pelo ambiente virtual. Assessorar e acompanhar o trabalho do Tutor Presencial, provendo suporte nas questões específicas do eixo tecnológico. Dispor de horário específico de permanência para atendimento; Já no polo, os papeis foram definidos da seguinte maneira. • Coordenador de polo: responsável pela gestão da infraestrutura do polo presencial e fomentador do cumprimento dos objetivos do curso proposto; • Tutor presencial (cidades-polos): responsável em acompanhar os alunos tanto em disciplinas teóricas, como em disciplinas laboratoriais; auxiliar no uso do AVA; sanar dúvidas gerais; conduzir os momentos presenciais (aulas, seminários, visitas técnicas, dinâmicas, experimentos, laboratórios, Avaliações); dar suporte na utilização dos equipamentos; e na aplicação das Avaliações presenciais; Por meio dessa organização pedagógica, o campus Ponta Grossa iniciou sua participação no programa E-Tec ofertando a primeira edição do curso no segundo semestre de 2009 e ofertou inicialmente 120 (cento e vinte vagas), distribuídas igualmente, em 3 polos presenciais nas cidades de: Curiúva, Balsa Nova e Figueira, todas no Estado do Paraná. A escolha dos polos foi feita pela coordenação do curso, a partir do edital de aprovação de polos do programa e-Tec Brasil, baseando-se nas informações de infraestrutura mínima necessária para a execução do curso. O gráfico 1 demonstra a distribuição das vagas por polo. Gráfico 1: Distribuição de vagas por polo da primeira turma 8 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación No ano de 2012 foi realizada a reoferta de do curso de técnico subsequente em informática para internet. Para essa edição foram ofertadas 320 (trezentos e vinte vagas) distribuídas em 7 polos. A escolha dos polos foi realizada de forma semelhante à turma anterior, ou seja, por meio de um edital de aprovação de polos do programa eTec Brasil. O gráfico 2 demonstra a distribuição das vagas por polo. Gráfico 2: Distribuição de vagas por polo da segunda turma Diante dos resultados obtidos após a conclusão da primeira turma, a coordenação do curso desenvolveu e implantou estratégias a fim de promover melhores resultados na reoferta do curso. Tais estratégia serão descritas a seguir. 3 Estratégias implantadas e discussão dos resultados A experiência adquirida e o entendimento das dificuldades que envolvem o processo de ensino e aprendizagem de um curso a distância, a coordenação do curso técnico subsequente em informática para internet, desenvolveu algumas estratégias pedagógicas e gerenciais que foram implantadas na segunda edição do referido curso. Tais estratégias, buscaram minimizar as taxas de desistências e aumento do percentual de alunos capacitados. 3.1- Planejamento A primeira estratégia a ser adotada pela coordenação do curso foi à organização de cronograma de atividades e aulas presenciais realizadas nos polos. Tal medida leva ao entendimento da importância de gerenciar de forma eficiente a realização de todas as tarefas inerentes ao curso. Trata-se de uma ferramenta que ajuda a controlar e visualizar o progresso do trabalho e um auxílio importante para os envolvidos. Entende-se que, para os alunos, recorrem a cronogramas seja a melhor forma de controlarem melhor o tempo e esforço que deve ser dedicado a cada matéria, assim como para os professores, que poderiam planejar melhor suas aulas, o material didático, atividades e avaliações, uma vez que todo material deveria ser entregue até 30 dias antes da disciplina ser ministrada. As atividades exibidas nos cronogramas ocorreram conforme as necessidades pedagógicas de cada disciplina e calendários das escolas e da UTFPR. Trata-se de seminários, atividades práticas, videoconferência, avaliação ou visitas técnicas, sempre conduzidas pelos tutores da disciplina. Na figura 1 apresenta-se o cronograma de avaliações e, das aulas presenciais, as quais ocorriam às segundas-feiras e quartas-feiras, das 19h 00min às 22h 00min: 9 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Figura 1: Cronograma de atividades Os blocos de disciplinas foram ofertados em pares. Num primeiro momento, os alunos assistiam à aula gravada e, na sequência ocorria à interação entre os alunos e o professor com a utilização de webconferência. 3.2- Avaliações As avaliações dos alunos devem basear-se nas competências, habilidades e conteúdos curriculares desenvolvidos. A concepção de avaliação enquanto um processo contínuo de acompanhamento do desempenho dos alunos tem como objetivo diagnosticar dificuldades e/ou problemas no processo ensino-aprendizagem prevendo formas alternativas de superá-los. Os procedimentos e/ou instrumentos de avaliação deveriam ser diferenciados e adequados aos objetivos, conteúdos e metodologia previstos no plano de ensino de cada disciplina, que se encontra de acordo com o projeto pedagógico do curso. Assim, optou pela padronização de avaliação para todas as disciplinas do curso: foram realizadas três avaliações para cada disciplina, sendo a primeira regular; a segunda, substitutiva e, a terceira, na forma de exame final, conforme mostrado na figura 1. Tanto a avaliação regular, quanto a avaliação substitutiva tinham o mesmo valor (70% do total) e o restante (30%), eram avaliados por meio de atividades complementares, onde o responsável pela disciplina poderia adotar uma combinação de um ou mais dos seguintes instrumentos de avaliação: participação em seminários, desenvolvimento de projetos, realização de simulações e/ou atividades aplicadas nas organizações. Desta forma, ficaram estabelecidas estratégias de avaliação, sempre confrontada com o oferecimento de possibilidades de recuperação do aluno e ainda contemplaria a presença da avaliação formal para cada disciplina, aplicada de forma presencial nos polos pelo professor ou por tutores designados para este fim, sendo este um dos componentes principais no resultado final da avaliação total do aluno na disciplina. As datas de todas as avaliações eram disponibilizadas no Moodle, logo no início de cada módulo, conforme ilustrado na figura 2. 10 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Figura 2: Calendário das avaliações previstas por módulo O resultado das atividades e avaliações realizadas pelos alunos eram disponibilizadas para consulta no ambiente com um prazo máximo de 7 dias após a realização das mesmas. Tal ação promoveu uma maior interação dos alunos com o ambiente de aprendizagem e seus tutores. Já para a coordenação do curso, as informações implícitas obtidas por meio dos resultados parciais dos alunos, os dados gerados pelo AVA eram indicativos de ações que poderiam ser reavaliadas ou padronizadas. 3.3- Estruturas de comunicação A virtualidade presente na interação entre os envolvidos no processo de ensino em EaD (professores, alunos, tutores e coordenações) exige que a relação entre eles seja mantida dentro de limites em que a integração através dos recursos tecnológicos possibilite um bom desenvolvimento do processo de aprendizagem, uma vez que no modelo centrado no aluno, os docentes tornam-se orientadores, em vez de distribuidores de informação. A prática docente é centrada no papel do estudante no processo de construção do conhecimento e a distância geográfica torna-se irrelevante e a infraestrutura tecnológica tem o papel de facilitar a comunicação e oferecer mecanismos de interação que auxiliem a construção do conhecimento. Neste sentido, os tutores também exercem papel importante no processo de comunicação entre alunos, professores e coordenação. É o tutor que vincula os alunos ao curso, e por meio de incentivos, estabelece vínculos de confiança com os alunos e promove a retro alimentação acadêmica e pedagógica do processo educativo, trata-se do agente do processo que estabelece o vínculo mais próximo do aluno, seja presencialmente ou à distância (CAMPOS; SANTOS; COSTA, 2008). Neste sentido, o acompanhamento dos tutores a distância e professores era feita, principalmente, por meio dos acessos no Moodle, assim como na troca de mensagens. Os acessos eram avaliados constantemente por meio dos dados e gráficos gerados pelo próprio ambiente, conforme ilustrado na figura 3. 11 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Figura 3: Gráficos gerenciais de acesso e troca de mensagens A organização de chats e fóruns de discussão ao final de cada encontro presencial foi uma estratégia importante para promover maior interação entre os envolvidos. Por meio de relatórios estatísticos obtidos via plataforma Moodle à coordenação do curso verificava a necessidade de aprofundar as relações entre as equipes de trabalho. Ao longo desse processo, observou-se que o pleno envolvimento de toda a equipe foi fundamental para obter maior êxito no trabalho. Devido à proximidade do professor e do tutor a distância, esses auxiliavam os alunos nos procedimentos de execução das atividades do plano de trabalho semanal; respondiam as dúvidas dos conteúdos específicos da disciplina, uma vez que todos eram formados na área de informática, requisito exigido pela coordenação no momento da efetivação do contrato. Já os tutores dos presenciais serviam de mediador entre alunos e tutoria a distância, auxiliando os alunos no uso do ambiente, dúvidas gerais e reformulação de perguntas e idéias. Entende-se que a organização do conteúdo na plataforma é um elemento norteador de como o aluno pode construir seu conhecimento, sobre como ocorrerá o processo ensino aprendizagem, sendo assim, a customização do AVA por meio de módulos, de acordo com a grade curricular apresentada no projeto pedagógico, tornou-se um padrão para o curso. Outras informações importantes também eram disponibilizadas nesse ambiente, como recados, modelos de documentos (Regulamento de estágio, relatórios de estágio, solicitações, entre outros), contatos, etc. A figura 4 apresenta a organização dos módulos de acordo com a grade curricular apresentada no projeto pedagógico do curso. 12 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Figura 4- Customização do AVA para o curso Técnico em Informática para Internet Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Além das comunicações virtuais, as visitas aos polos foram importantes para que houvesse uma maior interação entre os alunos, coordenação dos polos e tutores presenciais com a coordenação do curso, tutores a distância e professores, a fim de estimular os alunos a participarem de forma mais ativa no seu processo de aprendizagem, construindo, progressivamente, o conhecimento dentro de uma visão sociointeracionista, bem como, planejar junto com os alunos e tutores o estágio obrigatório. Dentre as visitas, destaca-se a importância dos professores de duas disciplinas. A primeira, “Ambientação em Educação à Distância”, presente no primeiro módulo do curso, cujos objetivos são de: apresentar os conceitos de EaD e suas características básicas e a metodologia a ser utilizada no curso; ensinar a dinâmica do ambiente virtual e suas diferentes interfaces. A presença e participação do referido professor em cada um dos polos, serviu de estímulo principalmente para os alunos que nunca tiveram acesso as tecnologias digitais de aprendizagem. A segunda disciplina refere-se ao estágio obrigatório, presente no último módulo do curso, onde o coordenador de estágio, juntamente com os professores orientadores tiram dúvidas e orientam os alunos no desenvolvimento e apresentação do relatório final. 3.4- Materiais didáticos Para superar a distância entre os docentes e discentes, o material didático de apoio deve ser voltado a suprir a lacuna de interatividade e reforçar a autonomia do aluno. De acordo com o conteúdo da disciplina, os materiais e recursos foram escolhidos de forma a alcançarem os objetivos das mesmas. Entende-se aqui que o material didático para o EaD não deva ser apenas os cadernos didáticos e os exercícios. O conteúdo para a EAD requer outra lógica de concepção em relação ao material concebido para a educação presencial, o que implica em um conjunto sistemático de princípios, normas, recursos e procedimentos dos conteúdos programados, de forma a conduzir de modo consciente e responsável o processo de aprendizagem do aluno. Neste sentido, todas as aulas eram previamente gravadas pelos professores, editadas, legendadas e disponibilizadas em um ambiente restrito, em que somente os tutores presenciais tinham acesso para fazer download, com no mínimo 24 horas de antecedência de transmissão da aula para os alunos. É importante destacar que as interações realizadas ao vivo eram também gravadas para serem disponibilizadas no AVA, sendo que posteriormente todos os participantes tinham acesso aos arquivos, tanto das aulas quanto das interações. A adoção de tal estratégia evitou possíveis problemas técnicos referentes à comunicação, bem como, para propiciou ao aluno acesso a todo conteúdo apresentado e discutido pelo professor. Dessa forma, procurou-se promover uma maior autonomia ao aluno, assim como o desenvolvimento de habilidades de estudo individualizado e em grupo, a troca de experiências e conhecimentos em atividades, visto que os alunos dessa modalidade de ensino precisam ser responsáveis pela organização de seu estudo e pela interação entre seus pares. A figura 5 mostra os materiais disponibilizados em cada uma das aulas presenciais. 13 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Figura 5: Recursos didáticos disponibilizados nas disciplinas do curso Técnico em Informática para Internet Na figura 5 apresentada observa-se que além dos arquivos das apresentações da aula e o material de apoio, como por exemplo, uma apostila, eram postados os arquivos em vídeo: da aula gravada e da interação realizada naquele dia. Os recursos de chat, Fórum e Presença, eram itens obrigatórios nas disciplinas. Cabe destacar, que o item “Presença”, era configurado de acordo com o cronograma proposto no início do módulo, assim o tutor presencial realizava a “chamada” no dia da aula presencial e fazia o lançamento utilizando o recurso. Tais informações foram utilizadas pelos professores que ministraram a disciplina para realizar o lançamento de faltas no sistema acadêmico institucional. A seguir serão apresentados alguns resultados obtidos após a implantação dessas estratégias. 3.5- Análise dos resultados Conforme relatado, na primeira turma do curso foram ofertadas 20 (cento e vinte vagas), distribuídas em 3 polos. As aulas presenciais iniciaram em setembro de 2009 e encerraram em setembro de 2011. O quadro 1 apresenta o número de alunos, por polo e período referente a essa turma. Polo Balsa Nova Curiúva Figueira TOTAL Número de Vagas por polo 40 40 40 120 Mod.01 Mod.02 Mod.03 e 04 (2009/2) (2010/1) (2010/2011) 18 20 25 63 10 13 15 38 3 3 11 17 Quadro 1- Número de alunos da primeira turma. A segunda turma, com a oferta de 320 vagas (trezentos e vinte), distribuídas em 7 polos, teve início no segundo semestre de 2012 e encerrou no início do segundo semestre de 2014. O quadro 2 apresenta os dados relativos à participação dos alunos durante os dois anos do curso, onde é indicado o número inicial de vagas por polo e o número de alunos regulares em cada período. 14 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación Polo UTFPR - Apucarana UTFPR - Cornélio Procópio Figueira Ivaí Porto Amazonas Reserva Teixeira Soares TOTAL Número de Vagas por polo 50 50 44 44 44 44 44 320 Mod.01 Mod.02 Mod.03 e 04 (2012/2) (2013/1) (2013/2014) 32 31 35 35 39 30 28 230 29 20 30 25 14 20 20 158 17 15 25 18 15 15 18 123 Quadro 2- Número de alunos da segunda turma. Por meio dos números apresentados, foi possível obter alguns resultados que indicam que as estratégias adotadas foram positivas. O quadro 3, apresenta os dados relativos quanto à participação dos alunos. Foram considerados como alunos regulares no curso aqueles que participaram efetivamente das atividades do módulo, ou seja, que frequentavam as aulas, realizaram uma ou mais atividades da disciplina e que fizeram as avaliações presenciais. Cabe ressaltar que só foram matriculados no período subsequente, os alunos que ao final do módulo participaram ativamente do módulo anterior. Tais informações eram repassadas pelos tutores presenciais e coordenadores dos polos e validadas pela coordenação do curso, por meio da análise dos acessos ao Moodle e do sistema acadêmico da instituição. Foram Regulares 63 100% 230 100% Primeira turma Segunda turma Concluintes 17 26,98% 123 53,47% Evadidos 46 73,02% 107 46,53% Quadro 3- Evasão total do curso A análise da taxa de evasão deve levar em consideração que foram avaliados como concluintes os alunos que passaram por todos os módulos, ou seja, que participaram das 22 (vinte e duas) disciplinas, portanto encontravam-se oficialmente matriculados no terceiro período do curso. Percebe-se que na segunda turma a evasão foi 26,49% menor do que na primeira turma. Da mesma forma, ocorreu entre cada um dos períodos subsequentes, conforme demonstra o quadro 4. Primeira turma Segunda turma Mod-01 63 100% Mod-01 230 100% Mod-02 38 25 39,68% Mod-02 158 72 31,30% Mod-03 e 04 17 21 55,26% Mod-03 e 04 123 35 22,15% Quadro 4- Evasão por módulos Na segunda turma, a evasão do primeiro para a segundo módulo foi 8,38% menor do que da turma anterior. Mais significativo ainda foi a diferença entre o segundo módulo e o subsequente, onde o percentual de evasão entre eles foi 33,11% menor na segunda turma. A interpretação realizada para tal fato se refere ao maior nível de dificuldade presente no segundo período do curso, onde a carga horária das 15 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación disciplinas específicas em informática equivale a 93% da carga horária total do módulo, bem acima dos 62% do primeiro. Outro dado importante, se refere ao percentual de alunos formados ao final dos dois anos do curso. O número de alunos formados está apresentado no quadro 5. Primeira Turma Segunda Turma Matriculados 63 100% 230 100% Formados 6 9,52% 80 34,78% Quadro 5- Número de alunos formados Foram considerados formados, os alunos aprovados nas 22 (vinte e duas) disciplinas presenciais e no estágio obrigatório. Para tanto a frequência às atividades presenciais deveria ser igual ou superior a 75% da carga horária e média final igual ou superior a 6,0 (seis). Nota-se uma diferença importante entre as duas turmas, onde o número de alunos formados na segunda turma é superior a 25%. 4- Considerações finais É indiscutível que o EaD é uma modalidade de ensino que passou a ser vista como um recurso importante para democratizar o acesso ao conhecimento e ampliar as oportunidades de aprendizagem ao longo da vida do cidadão, porém, torna-se necessário unir esforços para que os cursos ofertados nesta modalidade sigam parâmetros de qualidade para que possam atingir os objetivos almejados. Neste sentido, o curso Técnico Subsequente em Informática para Internet, modalidade à distância da UTFPR, Campus Ponta Grossa, foi concebido sobre o modelo de aprendizado centrado no aluno, utilizando estratégias pedagógicas apropriadas e recursos tecnológicos articulados de forma a oferecer um curso técnico com os mesmos níveis de qualidade daqueles ofertados presencialmente pela UTFPR. A estrutura curricular do curso apresenta bases tecnológicas dimensionadas e direcionadas à área de formação, atendendo ao Catálogo de Currículo de Referência para o sistema e-Tec Brasil publicado em Florianópolis (2011). Estas bases são inseridas no currículo, ou em unidades curriculares específicas, ou dentro das unidades curriculares de base tecnológicas no momento em que elas se fazem necessárias. Diante dos resultados obtidos após a conclusão da primeira turma, a coordenação do curso desenvolveu estratégias pedagógicas e gerenciais que foram implantadas na segunda edição do referido curso, tendo em vista minimizar as taxas de desistências e aumentar o percentual de alunos capacitados. Considera-se que as estratégias implantadas pela coordenação, as quais foram relatadas em tópico anterior, se mostraram eficientes, principalmente se comparadas com os percentuais de evasões e o número de alunos formados obtidos antes de sua implantação, além disso, se constituíram em uma experiência proveitosa, as quais podem ser utilizadas ou adaptadas para uma possível reoferta do curso ou, também podem servir de subsídios para outros coordenadores de cursos semelhantes ao qual foi tema desse trabalho. 5- Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Artigo 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em 16 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324 Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología, Innovación y Educación todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em: 10 /10/2010. BRASIL. Ministério da Educação/SETEC/SEED. Edital de Seleção nº 01/2007. Edital de Seleção de Projetos de Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, na Modalidade de Educação a Distância. Disponível em: http://www.etec.ufsc.br/file.php/194/edital_etec2007.pdf. Acesso em: 10 /10/2010. CAMPOS, F; SANTOS, N.; COSTA, I. Coordenação e Tutoria em Curso de Capacitação em EAD para o Sistema UAB: Relato de uma Experiência.. In: XIX SBIE Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 2008, Fortaleza - CE. Tecnologia e Educação para todos, 2008. EDUCACIONAL. Plano de Desenvolvimento da Educação. Disponível http://www.educacional.com.br/legislacao/leg_i.asp>. Acesso: em 27/02/2012. em: e-Tec. Currículo Referência para o Sistema e-Tec Brasil: uma construção coletiva/Araci Hack Catapan, Clovis Nicanor Kassick, Walter Ruben Iriondo Otero, organizadores. – Florianópolis: PCEADIS/CNPq, 2011. GOMES, L. F. Ead no Brasil: perspectivas e desafios. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 18, n. 1, p. 13-22 mar. 2013. UTFPR. A Instituição – História da Universidade. Disponível http://www.utfpr.edu.br/a-instituicao/historico. Acesso em: 01/04/2014. em: 17 ISBN: 978-84-7666-210-6 – Artículo 1324