I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E DIREITOS HUMANOS INSTITUTO DE PESQUISAS SOCIAIS APLICADAS – IPSA Sertão do Araripe Mata Norte Agreste Setentrional Sertão do Pajeú Sertão Central Sertão do Moxotó Agreste Central Sertão do Itaparica Mata Sul Sertão do São Francisco Agreste Meridional PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO RMR, MATA SUL, MATA NORTE, AGRESTE E SERTÃO RELATÓRIO FINAL MARÇO / 2008 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br RMR PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Governador do Estado de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos Secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Roldão Joaquim dos Santos Secretário Executivo de Desenvolvimento e Assistência Social Acácio Ferreira de Carvalho Filho Gerente do Sistema Único de Assistência Social Margarida Maria Soares da Silva Gerente de Proteção Social Básica Rizete Serafim Costa Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas – IPSA Diretor Presidente – Jorge Pereira de Sousa Diretor Administrativo – José Nelson Barbosa Tenório Diretor Técnico – José Raimundo Oliveira Vergolino Coordenação Geral da Pesquisa Rido Antônio Ferreira Serpa Coordenação Técnica Elisângela Barbosa Tenório Rosângela Aires Fontes Supervisão Técnica Edilma Mendes Silva de Medeiros Glória Maria Miranda Juliana Costa Cunha Lucia Lyra Gomes Apoio Técnico Antônio Pessoa Nunes Neto Joelson Rodrigues Reis e Silva Digitação Demétrius Rodrigues de Freitas Ferreira Danielson Holanda Cavalcanti de Andrade Marcos Leandro Pereira Adriana Cristina Lyra Arcanjo Alane Renata Chagas de Araújo Alessandra de Lima e Silva Cícero Vidal da Silva Dalva Barbosa de Souza Eudice Barbosa Tenório Geórgia Mesquita Iêda Saraiva Zarzar Ivan José Gonçalves Silva Livaneide Barbosa de Souza Pesquisadores Luciana Lisboa Cristóvão dos Santos Luciana Vidal Maia Maria de Jesus G. do Nascimento Maria Rosane Martins da Silva Natália Vivianni Muniz Costa Patrícia Correia da Silva Paulo Fernando V. de Vasconcelos Telma Cristina Gomes Barbosa Valberto da Silva Carneiro Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 2 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Gráfico 02 Gráfico 03 Gráfico 04 Gráfico 05 Gráfico 06 Informações Sobre Famílias e Titulares do PBF (%)....................................... 30 Informações Sobre as Famílias: Renda Mensal Familiar (%).......................... 30 Domicílios e Famílias Beneficiárias................................................................. 31 Famílias e Condicionalidades do PBF (%)....................................................... 33 Opinião dos Gestores Municipais - Benefícios decorrentes do Programa (%). 34 Opinião dos Gestores Municipais do PBF - Dificuldades no Cumprimento das Condicionalidades em Educação e Saúde (%)........................................... 38 Principais Potencialidades Municipais para Geração de Renda(%)................... 44 Gráfico 07 LISTA DE TABELAS 20 Tabela 01 Entrevistas Realizadas pela Pesquisa................................................................ Tabela 02 Entrevistas Realizadas na Etapa Piloto............................................................... 23 Tabela 03 Tabela 04 População Urbana e Rural de Pernambuco (1991-2000).................................. 25 Quantidade de Municípios com Estrutura na Área de Assistência Social, por caracterização do Órgão Gestor – Brasil/Pernambuco – 2005............................ 26 Entidades Públicas e Entidades Privadas sem Fins Lucrativos pesquisadas e mapeadas no Sertão e Agreste de Pernambuco – 2006 ...................................... 27 Tabela 05 LISTA DE TABELAS DO UNIVERSO (DADOS DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS) – ANEXO V TAB Univ09 Imóveis segundo número de famílias residentes TAB Univ10 Imóveis segundo tipo de família residente TAB Univ23 Imóveis mistos segundo atividade instalada TAB Univ23A Imóveis mistos segundo renda da atividade instalada TAB Univ24 Imóveis segundo a condição de ocupação TAB Univ25 Imóveis segundo tipo de construção TAB Univ26 Imóveis segundo material das paredes TAB Univ27 Imóveis segundo a forma de abastecimento d'água TAB Univ27A Imóveis segundo a forma de tratamento d'água TAB Univ29 Imóveis segundo forma de abastecimento de energia elétrica TAB Univ31 Imóveis segundo destino do lixo domiciliar TAB Univ32 Participação da família Programa e Benefícios sociais além do Bolsa TAB Univ33 Composição das famílias segundo presença de deficientes físicos no domicílio TAB Univ34 Pessoas com deficiência segundo tipo de deficiência TAB Univ35 Titulares das famílias segundo conhecimento das condicionalidades do PBF TAB Univ36 TAB Univ36A Titulares das famílias segundo condição de dificuldade para realização da inscrição no PBF Titulares das famílias segundo tipo de dificuldade para se inscrever no PBF TAB Univ37 Titulares das famílias segundo dificuldades para manter-se inscrito no PBF TAB Univ39 Composição das famílias beneficiárias segundo parentesco com o chefe Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 3 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas TAB Univ40 Composição dos membros das famílias beneficiárias segundo sexo TAB Univ40A Titulares das famílias beneficiárias segundo sexo TAB Univ41 Composição das famílias beneficiárias segundo classes de idade dos seus membros Titulares das famílias beneficiárias segundo classes de idade TAB Univ41A TAB Univ43 TAB Univ43A TAB Univ44 TAB Univ45 TAB Univ46 TAB Univ47 Composição das famílias beneficiárias segundo nível de instrução dos seus membros de 7 anos e mais Titulares das famílias beneficiárias segundo nível de instrução Crianças e adolescentes de 07 a 15 anos segundo condição de matrícula na escola Crianças e adolescentes de 07 a 15 anos segundo condição de freqüência na escola Crianças e adolescentes de 07 a 15 anos segundo condição de mudança de escola TAB Univ48 Crianças e adolescentes de 0 a 07 anos que mudou de escola segundo condição de comunicação de mudança Mulheres em idade fértil segundo condições de gestante e nutrizes TAB Univ49 Gestantes e nutrizes segundo condição de posse do cartão de saúde TAB Univ50 Gestantes e nutrizes segundo condição e realização do acompanhamento TAB Univ51 Gestantes e nutrizes segundo condição e realização de educação pré-natal TAB Univ52 Menores de 7 anos segundo condição de posse do cartão de saúde TAB Univ53 Menores de 7 anos segundo condição de realizar acompanhamento vacinal TAB Univ54 Menores de 7 anos segundo condição de realizar acompanhamento nutricional TAB Univ55 Famílias beneficiárias segundo classes de renda mensal familiar TAB Univ56 Ocupações da população de 10 anos e mais, identificadas entre os membros das famílias entrevistadas Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "MATRICULAR AS CRIANÇAS NA ESCOLA" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "MANTER AS CRIANÇAS NA ESCOLA" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "COMUNICAR MUDANÇA DE ESCOLA" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "OBTER CARTÃO DE SAÚDE" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "REALIZAR O ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "REALIZAR A EDUCAÇÃO PRÉ-NATAL" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "OBTER O CARTÃO DE SAÚDE DAS CRIANÇAS" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "VACINAR AS CRIANÇAS" Titulares das famílias segundo grau de dificuldade encontrado no cumprimento das condicionalidades: "REALIZAR ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DAS CRIANAÇAS" TAB Univ57 TAB Univ58 TAB Univ59 TAB Univ60 TAB Univ61 TAB Univ62 TAB Univ63 TAB Univ64 TAB Univ65 TAB Univ66 Titulares das famílias segundo opinião sobre principais itens de despesas cobertas com o dinheiro do PBF Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 4 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO TAB Univ67 TAB Univ68 I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Titulares das famílias segundo opinião sobre as principais contribuições do PBF para a família Titulares das famílias segundo posse de bens duráveis antes e depois da adesão ao incremento LISTA DE TABELAS GESTORES (DADOS DOS GESTORES MUNICIPAIS) – ANEXO VI TAB Ges01 Opinião dos gestores quanto à dificuldade no cadastramento das famílias no PBF TAB Ges02 Opinião dos gestores quanto à existência de dificuldades na implementação da instância de controle social TAB Ges03 TAB Ges18 Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Educação (PBF) "Número de escolas insuficiente" Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Educação (PBF) "Oferta de vagas nas escolas insuficiente" Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Educação (PBF) "Controle de freqüência insuficiente" Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Educação (PBF) "Localização das crianças" Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Educação (PBF) "Manuseio do sistema de freqüência escolar” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “Número de postos de saúde insuficiente” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “Recursos Humanos insuficientes” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “Para acesso ao cartão de saúde” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “Para marcação de consulta” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “Para o acompanhamento de gestantes e nutrizes” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “No manuseio do SISVAN” Opinião dos gestores quanto às dificuldades no setor da Saúde (PBF) – “Outras dificuldades na área de saúde” Opinião dos gestores quanto as principais dificuldades de gerenciamento do processo (múltipla escolha) Gestores do PBF segundo dificuldades enfrentadas no gerenciamento de Recursos Humanos Programas de desenvolvimento da capacidade produtiva da população apontados pelos gestores Realização do acompanhamento e a fiscalização das ações inerentes ao programa TAB Ges19 Opinião dos gestores segundo os itens em que aplica os Recursos do IGBDF TAB Ges20 Opinião dos gestores sobre ocorrência ou não de evasão na Jornada Ampliada PETI Opinião dos gestores sobre as prováveis causas da evasão da Jornada Ampliada PETI Principais potencialidades econômicas municipais apontadas pelos gestores TAB Ges04 TAB Ges05 TAB Ges06 TAB Ges07 TAB Ges08 TAB Ges09 TAB Ges10 TAB Ges11 TAB Ges12 TAB Ges13 TAB Ges14 TAB Ges15 TAB Ges16 TAB Ges17 TAB Ges21 TAB Ges22 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 5 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO TAB Ges23 TAB Ges24 TAB Ges25 TAB Ges26 I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Dificuldades apontadas pelos gestores na realização de ações geradoras de trabalho e renda Opinião dos gestores sobre os benefícios decorrentes do PBF – “Movimento do comércio local” Opinião dos gestores sobre os benefícios decorrentes do PBF – “Oferta de vagas nas escolas municipais” Opinião dos gestores sobre os benefícios decorrentes do PBF – “Permanência dos alunos nas escolas municipais” Lista de Abreviaturas Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento Benefício de Prestação Continuada Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe Constituição Federal Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas Centro de Referência de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social Fundo de Participação dos Municípios Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Lei Orgânica de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Programa Bolsa Família Programa de Erradicação do Trabalho Infantil Produto Interno Bruto Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Política Nacional de Assistência Social Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Região de Desenvolvimento Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania Secretaria Nacional de Renda e Cidadania Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Sistema de Informação e Gestão da Assistência Social de Pernambuco Sistema de Gestão Federal/Estadual da Vigilância Alimentar e Nutricional SUAS Sistema Único de Assistência Social BIRD BPC CEDEPLAR CEPAL CF CONDEPE/FIDEM CRAS CREAS FPM IBGE ICMS IPEA IPSA LOAS MDS PBF PETI PIB PNAD PNAS PNUD PUC/SP RD SDSC SENARC SEDSDH SIGAS/PE SISVAN Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 6 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Sumário APRESENTAÇÃO ........................................................................................................10 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................12 1.1 Programa Bolsa Família ..............................................................................................12 1.2 Pobreza e concentração de renda no Brasil .................................................................13 1.3 Política de Assistência Social no Brasil .......................................................................15 1.4 Programas de Transferência de Renda no Brasil .........................................................16 1.5 Administração Municipal e o Programa Bolsa Família ................................................20 2. ASPECTOS METODOLÓGICOS...........................................................................21 2.1 Objeto da Pesquisa ......................................................................................................21 2.1.1 Delimitação do Universo..............................................................................21 2.1.2 Objetivos da Pesquisa ..................................................................................22 2.2 Roteiro Metodológico..................................................................................................22 2.2.1Desenvolvimento de Plano Amostral..............................................................22 2.2.2Elaboração dos Instrumentos de Coleta de Dados...........................................24 2.2.3Desenvolvimento do Sistema de Processamento dos Dados ...........................24 2.2.4Estruturação da Equipe ..................................................................................25 2.2.5Treinamento da Equipe ..................................................................................25 2.2.6Estruturação logística da pesquisa ..................................................................26 2.2.7Realização da Etapa Piloto.............................................................................26 2.2.8Realização da Pesquisa ..................................................................................27 2.2.9Digitação e Processamento dos Dados ...........................................................27 2.2.10Elaboração do Relatório...............................................................................27 3. UNIVERSO DE ESTUDO ........................................................................................28 3.1 Contexto Estadual - Aspectos Geográficos ..................................................................28 3.2 Aspectos Socioeconômicos .........................................................................................28 Dados da Assistência Social no Universo da Pesquisa .......................................................29 4. RESULTADOS DA PESQUISA...............................................................................32 4.1 Contexto Socioeconômico das Famílias Beneficiárias .................................................32 4.2 Domicílios das Famílias Beneficiárias .........................................................................34 4.3 Famílias Entrevistadas e Condicionalidades do PBF....................................................36 4.4 OPINIÃO DOS GESTORES......................................................................................37 4.4.1 Benefícios do Programa Bolsa Família.........................................................37 4.4.1.1 Na Economia Municipal............................................................................38 4.4.1.2 No Atendimento à População .....................................................................38 4.4.2 Desenvolvimento de Programas Complementares .........................................39 4.4.3 Dificuldades na Gestão do PBF....................................................................40 4.4.3.1 Grau de Dificuldade no Cadastramento das Famílias..................................40 4.4.3.2 Dificuldades no Cumprimento das Condicionalidades ...............................40 4.4.4 Instância de Controle Social ........................................................................42 4.4.5 Dificuldade de Gerenciamento .....................................................................43 4.4.6 Fiscalização e Acompanhamento das Ações do PBF ....................................43 4.4.7 Utilização dos Recursos de Apoio à Gestão do Programa .............................44 4.4.8 Evasão da Jornada Ampliada do PETI .........................................................44 4.4.9 Dificuldades na Implementação das Ações Geradoras de Renda...................45 4.4.10 Principais Potencialidades Municipais Para Geração de Renda...................46 5. DADOS REGIONAIS DA PESQUISA ....................................................................47 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................106 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 7 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REFERÊNCIAS...........................................................................................................112 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 8 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO ANEXOS: I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO I – FORMULÁRIO DE PESQUISA DA FAMÍLIA BENEFICIÁRIA ANEXO II – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA COM OS GESTORES ANEXO III – MANUAL DE PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS DE COLETA DE DADOS ANEXO IV – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA ETAPA PILOTO DA PESQUISA ANEXO V – TABELAS DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS ANEXO VI – TABELAS DOS GESTORES MUNICIPAIS DO PBF Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 9 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas APRESENTAÇÃO Este documento consiste no relatório final da Pesquisa de Impactos do Programa Bolsa Família sobre o contexto socioeconômico das famílias beneficiárias e no cenário dos seus municípios de residência, realizada nos municípios das doze Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. A pesquisa foi realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco (SEDSDH), através do Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas (IPSA), com o apoio do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Em março de 2007, o Programa Bolsa Família (PBF) já atendia uma população beneficiária distribuída em mais de 11 milhões de famílias. Em Pernambuco, este número situava-se em torno de 875 mil núcleos familiares representando, em boa parte dos casos, a única alternativa de renda da família. Este Programa assumiu uma relevância superlativa nos últimos anos junto ao segmento da população em situação de pobreza ou de extrema pobreza do País, o qual representa um contingente significativo da população brasileira. Esta é uma das muitas razões que impõe a necessidade de iniciativas no sentido de desenvolver mecanismos que auxiliem os gestores municipais no aperfeiçoamento das ações desenvolvidas pelo Programa e seus desdobramentos no cenário municipal. Os resultados desta pesquisa estão detalhados neste relatório, onde o leitor encontrará os dados e as informações resultantes do trabalho realizado, organizados da maneira seguinte: • Introdução – onde o programa Bolsa Família é contextualizado em relação ao panorama da Assistência Social do Brasil e de Pernambuco e referenciado geográfica e socioeconomicamente. Ainda no texto introdutório encontra-se um bloco dedicado à metodologia de desenvolvimento da pesquisa; • Resultados da Pesquisa – considerando-se a setorização do universo pesquisado em doze Regiões de Desenvolvimento optou-se por dividir o conjunto de informações resultantes da análise dos dados coletados em dois blocos sistematizados segundo unidades de agregação distintas: Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 10 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas o Primeiramente os dados foram apresentados mostrando os resultados em relação ao universo da pesquisa que abrangeu as doze Regiões de Desenvolvimento - RDs. Neste nível de agregação fez-se uma análise detalhada de todas as variáveis observadas pela pesquisa, junto às famílias beneficiárias e aos gestores municipais do Programa. Os resultados relativos ao universo de estudo encontram-se organizados da seguinte forma: Perfil das famílias – onde se comenta os dados levantados sobre as famílias e os domicílios ocupados pelas mesmas, além dos aspectos socioassistenciais pertinentes; As famílias entrevistadas e as Condicionalidades do Programa Bolsa Família – neste bloco são analisados os dados sobre o comportamento das famílias em relação ao cumprimento das condicionalidades e das dificuldades encontradas; A Administração Municipal na Gestão do PBF - este capítulo foi dedicado às informações registradas pelas entrevistas realizadas com os Gestores municipais apresentando suas dificuldades em relação ao gerenciamento e ao controle e fiscalização do Programa no município, além de suas percepções sobre os benefícios decorrentes do PBF. o No segmento seguinte, apresenta-se um bloco composto de doze relatórios sucintos com os aspectos mais relevantes revelados pela pesquisa em cada uma das Regiões de Desenvolvimento. • Considerações Finais – no bloco final realiza-se considerações a respeito das informações relevantes evidenciadas pela pesquisa, além de recomendações que os resultados obtidos permitiram formular. Estas considerações têm a finalidade de oferecer subsídios à Gestão Estadual do PBF no apoio aos municípios para a retroalimentação do processo de implementação do Programa. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 11 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1. INTRODUÇÃO 1.1 PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA O Programa Bolsa Família é um instrumento governamental de transferência direta de renda, criado pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004. Regulamentado pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004 e pela Portaria nº 148 de 27 de abril de 2006, que segundo esta última “constitui uma política intersetorial voltada ao enfrentamento da pobreza, ao apoio público, e ao desenvolvimento das famílias em situação de vulnerabilidade sócio-econômica”. O Programa, que é o maior em termos de transferência de renda no país, gera impacto positivo na economia dos municípios brasileiros, beneficiando mais de 7,5 milhões de famílias, com repasse mensal de R$ 488 milhões. Está presente em todos os municípios brasileiros e no Distrito Federal. De acordo com o Sistema de Informação da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (SENARC), no mês de abril de 2007 o número de famílias beneficiárias ultrapassou onze milhões e cem mil unidades familiares. Segundo estudo do Banco Mundial (BIRD), o PBF é o programa brasileiro especificamente dirigido para a população socioeconomicamente vulnerável. Uma parcela de 73% dos recursos do Programa vai para o segmento da população brasileira situado entre os 40% mais pobres do país (MDS, 2004a). De acordo com a professora Rosa Maria Marques, autora do estudo "A importância do Bolsa Família nos municípios brasileiros", e coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Políticas para o Desenvolvimento Humano da PUC/SP, em algumas localidades, o Programa Bolsa Família chega a representar mais de 40% do total da renda municipal1. Os dados da pesquisa revelam que quanto menor a receita disponível nas cidades, maior é o impacto dos recursos transferidos pelo Programa. Isto acontece principalmente no Nordeste, onde há maior desigualdade em relação à distribuição de renda. Nesta região, que concentra a maioria dos atendidos pelo PBF, há situações em que até 45% da população é constituída de beneficiários do Programa. 1 Considerando receitas próprias somadas as transferências constitucionais. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 12 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas No Sul do país, os percentuais de participação do contingente de beneficiários são mais baixos devido a um cenário de menor concentração de renda entre outras manifestações. Na região, os maiores índices de participação encontram-se no Paraná, nos municípios de Turvo, Grande Rios e Prudentópolis, os quais registram 23%, 12% e 10% de sua população atendida pelo programa, respectivamente, os demais percentuais encontrados são baixos. Marques acrescenta ainda a possibilidade do Programa Bolsa Família contribuir, inclusive, para reduzir as desigualdades regionais que dividem o país, uma vez que, em cada dez famílias atendidas, seis vivem nas regiões Norte e Nordeste, somando 77,1% dos atendimentos no país, sendo 69,1% nos Estados nordestinos e 8,0% nos Estados do Norte. O Programa vem crescendo nas capitais e regiões metropolitanas. Em 2004, a estratégia de expansão do PBF já priorizava o atendimento nessas áreas, atingindo uma cobertura de 48% das famílias em situação de pobreza. Naquele ano, cerca de um milhão de famílias que não tinham acesso aos Programas Federais de Transferência de Renda ingressou no Programa Bolsa Família. Atualmente, estima-se que 11.102.770 famílias possuam perfil para ingressar no PBF. Entretanto, em maio de 2007, 11.155.467 famílias já se encontravam inseridas no Programa, superando estimativa do IBGE (SENARC, 2007). 1.2 POBREZA E CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO BRASIL Segundo o CEPAL2, em 2005, 39,8% da população da América Latina (correspondendo a 209 milhões de pessoas), viviam em condição de pobreza. Informa ainda a Instituição, que 15,4% da população latino-americana (81 milhões de pessoas) viviam em condições de extrema pobreza, ou indigência. No Brasil, em 1991, segundo dados do PNUD3, o percentual de pessoas indigentes era de 20,2%. No ano 2000 este percentual sofreu redução para 16,3%. Em relação à população pobre, em 1991, equivalia a 40,8% e, em 2000, representava 32,7% do contingente populacional brasileiro. A desigualdade de renda faz parte da história brasileira. Para alguns estudiosos do problema, nosso extremo grau de concentração de renda4 consiste na principal 2 Panorama Social da América Latina, CEPAL, 2006. Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, PNUD, 2000. 4 Concentração de renda é o processo pelo qual a renda, proveniente de lucro, de salário, de aluguéis e de outros rendimentos, converge para uma mesma empresa região ou grupo privilegiado de pessoas. 3 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 13 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas determinante da pobreza em nosso País. O Brasil, apesar de ter uma renda per capita5 relativamente elevada, manteve nos últimos 20 anos, cerca de 40% da sua população abaixo da linha de pobreza (MDS, 2004a). O Brasil, com 182 milhões de habitantes, é a nona economia mundial e a quarta maior concentração de renda do planeta – só perdendo para países como Serra Leoa, República Centro-Africana e Suazilândia. Em 2004 abrigava em seu território cerca de 50 milhões de pessoas vivendo em condições de indigência, com renda inferior a 80 reais por mês. Ou seja, 29,26% da população do país não conseguem atender minimamente suas necessidades diárias (MDS, 2004a). O desenvolvimento desigual pode ser considerado como elemento principal da equação que explica o processo de concentração de renda no Brasil, materializando-se assim, as disparidades regionais. Esta diferenciação entre regiões ricas e pobres permanece ao longo das décadas, apesar do crescimento econômico verificado no país. A concentração de renda está intrinsecamente relacionada às disparidades regionais que são facilmente observadas principalmente nas regiões Norte e Nordeste, em relação ao restante do País. Tal desenvolvimento é resultante de uma série de programas de crescimento econômicos implementados nas últimas décadas, baseados em modelos equivocados. Seus efeitos reproduzem-se no interior da sociedade, em regiões debilitadas como o Nordeste brasileiro, aumentando drasticamente o abismo entre ricos e pobres. Cidades como o Recife abrigam um contingente de mais de 40% dos seus habitantes residindo nos “assentamentos de baixa renda” – também chamados de “subnormais” por constituírem assentamentos populacionais onde prevalecem condições físico-urbanísticas e infra-estruturais precárias – abaixo dos padrões convencionalmente aceitos. Segundo estudo do IPEA (2001), a estratégia de redução da pobreza demanda uma distribuição mais igualitária da renda. Uma combinação de políticas que estimulem o desenvolvimento econômico, diminuindo as desigualdades, a princípio, poderá resultar em maior eficácia ao processo de combate à pobreza. 5 Razão entre o somatório da renda per capita de todos os indivíduos e o número total desses indivíduos. A renda per capita de cada indivíduo é definida como a razão entre a soma da renda de todos os membros da família e o número de membros dessa família. Valores expressos em reais de 1º de agosto de 2000.(PENUD, 2003) Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 14 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Projetos e programas complementares que promovam a distribuição de renda, como o Programa Bolsa Família, são elementos que visam mitigar os efeitos da concentração exacerbada de renda no Brasil, assegurados pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS). 1.3 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL A Assistência Social brasileira está estruturada a partir da Constituição Federal de 1988, integrando o sistema de Seguridade Social juntamente com a Saúde e a Previdência Social, os quais constituem o tripé basilar das Políticas Sociais no Estado brasileiro. Na trajetória da Assistência Social no país, podem-se destacar os seguintes marcos históricos: • Publicação da primeira Política de Assistência Social (PAS), em 18 de dezembro de 1998, trata das diretrizes gerais de ordenamento das ações sociais e de formulação de Planos de Assistência Social. • Aprovação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), em dezembro de 1993, onde a Assistência Social conceitualmente, deixa de ser considerada filantropia para integrar um tipo particular de Política Pública, articulada às demais políticas socioeconômicas congêneres, direcionada à população socioeconomicamente vulnerável. • Publicação da resolução Nº 145, de 15 de outubro de 2004, consolidando a PNAS, em novembro de 2004, onde o principal componente está na implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), onde são previstos: o Um sistema de proteção, buscando a universalidade no atendimento e o direcionamento hierarquizado da gestão, priorizando a atenção à família em situação de vulnerabilidade social; o Criação de Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), os quais devem prestar atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade social, executando serviços de atenção básica e de vigilância da exclusão social em sua área de abrangência. o Divisão das Proteções Sociais de Assistência Social em Básica e Especial. Proteção Social Básica – objetiva o fortalecimento dos vínculos familiares e Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 15 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas comunitários, favorecendo o protagonismo das famílias, com vista ao rompimento do ciclo de reprodução da pobreza por meio da integração ao mercado de trabalho. A Proteção Social Especial destina-se a famílias e indivíduos, em situação de exclusão social, que tenham seus direitos violados e/ou vínculos rompidos. Está dividida em: Média Complexidade: Destina-se a famílias e indivíduos que tiveram seus direitos violados, mas que mantêm seus vínculos familiares e comunitários. Alta Complexidade: garante proteção integral a famílias e indivíduos que tiveram seus direitos violados e não possuem vínculos familiares e/ou comunitários. Neste cenário, a PNAS prevê programas de transferência de renda às famílias em situação de vulnerabilidade social, destacando-se o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Programa Bolsa Família, sendo este último objeto de nosso estudo. 1.4 PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA NO BRASIL Os Programas de Transferência de Renda existem a várias décadas no Brasil tendo passado por inovações e grande expansão a partir da década de 90. O crescimento da oferta destes Programas fez com que as famílias, muitas vezes, tivessem acesso a vários benefícios, visto que poderiam receber mais de um deles. Em 2003 teve início à integração dos benefícios em um único programa – o Programa Bolsa Família. À exceção do Benefício de Prestação Continuada6 (BPC), todos os demais Programas, foram incorporados ao Programa Bolsa Família, viabilizando o recebimento dos recursos através de um único cartão – o Cartão Bolsa Família. Entre os Programas existentes anteriormente, destacam-se os seguintes: • 6 Benefício de Prestação Continuada (BPC) – foi assegurado pela Constituição Federal de 1988. Consiste na transferência de um salário mínimo mensal sem condicionalidades e sem contribuição prévia, sendo destinado a pessoas idosas a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência não aptas ao trabalho e a uma vida independente, que vivam em famílias cuja renda per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo. Prevê a realização de revisão cada dois anos. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 16 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO • Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) – criado em 1996, consiste na transferência de renda às famílias onde existam crianças com idade de 7 a 15 anos, em situação de trabalho, especialmente aquelas que impliquem em atividades perigosas e/ou insalubres. O Programa prevê repasse de verbas aos municípios participantes, para que seja realizada a jornada ampliada em horário complementar ao ensino regular. É também repassada uma bolsa mensal no valor de R$ 25,00 por criança às famílias inseridas no Programa residentes na área rural e R$ 40, 00, para aquelas que moram nas áreas urbanas dos municípios. Para que esta bolsa seja transferida mensalmente, as famílias têm que atender as condicionalidades do Programa que são: • • Não permitir que as crianças trabalhem; • Tenham pelo menos 75% de presença na escola de ensino regular; • Estejam presentes diariamente na jornada ampliada. Programa Bolsa Escola – criado em 2001 em nível Federal, destinado as crianças entre 6 e 15 anos de idade, cujas famílias tivessem renda per capita inferior a R$ 90,00. O valor destinado a cada criança correspondia a R$ 15,00 até um máximo de três beneficiários. Para isso a família se comprometeria em manter a criança no ensino regular com 85% de freqüência às aulas. Foi incorporado ao Programa Bolsa Família a partir de janeiro de 2004. • Programa Bolsa-Alimentação – criado em 2001 por uma iniciativa do Ministério da Saúde, tinha como objetivo combater a mortalidade infantil em famílias com renda per capita mensal de ½ salário mínimo. O valor do benefício era de R$ 15,00 por criança de 0 a 6 anos ou gestantes, podendo chegar ao máximo de R$ 45,00 por família. Como condicionalidades, as famílias deveriam realizar a vacinação das crianças e no caso de gestantes e nutrizes o acompanhamento pré e pós-natal. • Auxílio-Gás – criado em 2001, com o objetivo de subsidiar o gás de cozinha às famílias com renda per capita de até ½ salário mínimo. Exigia que a família se inscrevesse no Cadastro Único do Governo Federal. O valor destinado pago a cada dois meses era de R$ 15,00. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 17 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO • I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Cartão Alimentação – implantado em 2003 transferia uma renda mensal de R$ 50,00 para famílias com renda per capita inferior a metade do salário mínimo por um período de 6 (seis) meses, podendo ser prorrogado até no máximo 18 (dezoito) meses. Tinha como alvo a insegurança alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade. Todos estes Programas estão atualmente inseridos no PBF, sobre a gerência do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O PBF assumiu, em grande parte, suas condicionalidades, como pré-requisito de manutenção das famílias no benefício. Programa Bolsa Família – programa de transferência mensal de renda que surgiu no final de 2003, a partir da unificação de uma série de Programas preexistentes, fortemente inspirados pelo programa de renda mínima vinculado à educação (Programa Bolsa Escola). O Programa Bolsa Família atende a famílias cuja renda per capita seja inferior a R$ 60,00 mensais e famílias de gestantes, nutrizes e crianças e adolescentes de até 15 anos cuja renda per capita seja inferior a R$ 120,00 (valores de outubro de 2006). Foi criado por Medida Provisória, posteriormente convertido em Lei. O cadastramento dos beneficiários é realizado pelos órgãos municipais de Assistência Social, ficando a gerência do Programa a cargo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e as operações de pagamento sob responsabilidade da Caixa Econômica Federal. O recebimento do benefício é condicionado a contrapartidas comportamentais nas áreas de educação e saúde, de acordo com a composição das famílias beneficiárias. O PBF prevê “transferência direta de renda, com condicionalidades, que beneficia famílias pobres e extremamente pobres” (SENARC, 2006. p. 9). Pauta-se na articulação de três dimensões essenciais à superação da fome e da pobreza, descritas abaixo: 1. Transferência Direta de Renda Prevê a transferência direta de renda para famílias em situação de pobreza (com renda per capita de até R$ 120,00 reais) ou extrema pobreza (renda per capita de até R$ 60,00) para manter as necessidades básicas da família. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 18 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2. Atribuição de Condicionalidades7 Condição obrigatória à permanência das famílias no Programa Bolsa Família, exigindo o compromisso com os seguintes itens: • Manter suas crianças e adolescentes em idade escolar freqüentando a escola; • Cumprir com cuidados básicos de saúde: o Cumprimento do calendário de vacinação, para as crianças entre 0 e 7 anos; o Realização de programação pré e pós-natal, para as gestantes e nutrizes. 3. Programas Complementares Buscando atender a diretriz da PNAS que prevê ações com vista ao protagonismo das famílias atendidas pela Assistência Social, o Programa Bolsa Família, agrega a sua proposta de transferência direta de renda, a promoção de Programas Complementares, como forma de ampliar as oportunidades e capacidades de cada indivíduo para superar a pobreza e alcançar o pleno exercício de seus direitos básicos de cidadania. Entre as ações complementares, destaca-se a regularização de documentos dos membros da família beneficiária, como registro civil, CPF, identidade e título de eleitor. Este recurso é adotado como meio de habilitar minimamente o indivíduo para o acesso ao mercado de trabalho e a sua condição de cidadania. O Programa Bolsa Família foi concebido como um Programa de suplementação de renda, pressupondo que os beneficiários possam ter outras fontes de renda que não apenas o benefício. A promoção da emancipação das famílias é, sem dúvida, relevante, consistindo na porta de saída do Programa. Esse processo também depende da capacidade do mercado de trabalho, da elevação da escolaridade e capacitação da população beneficiária. 1.5 ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL E O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA 7 No que diz respeito as condicionalidades na área de educação do Programa Bolsa Família, o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR), realizou em 2006 um levantamento sobre sua eficácia. Especificamente sobre a educação, os resultados indicam que as crianças beneficiadas pelo Programa têm uma menor incidência de evasão às aulas, em comparação com crianças de domicílios similares que não recebem o benefício. Também foi verificado que as chances das crianças beneficiadas abandonarem a escola são menores. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 19 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A contra partida da administração municipal é a garantia das condições materiais e estruturais, para o acesso das famílias beneficiárias aos serviços de educação e saúde, que lhes permitam cumprir as condicionalidades. São atribuições e responsabilidades da administração municipal conforme explicitadas no Guia do Gestor do PBF (2006): • Indicar o gestor responsável pelo PBF; • Identificar e cadastrar as famílias pobres e extremamente pobres no Cadastro Único; • Constituir e apoiar a instância de controle social do Programa, ou delegar essa competência para um conselho ou comitê previamente existente, desde que este seja paritário entre governo e sociedade civil; • Promover o acompanhamento do cumprimento das condicionalidades; • Prover os serviços de saúde e educação que, além de direitos básicos, são necessários ao cumprimento das condicionalidades pela família; • Gerenciar, na sua esfera de competência, os pagamentos de benefícios e as atividades de bloqueio, desbloqueio e cancelamento de benefícios; • Promover o acompanhamento das famílias beneficiárias, em especial daquelas em maior situação de vulnerabilidade social; • Apoiar o desenvolvimento das famílias beneficiadas, por meio da articulação entre o Programa Bolsa Família e outras ações e serviços de qualificação, geração de trabalho e renda, desenvolvimento comunitário, dentre outras políticas municipais que favoreçam a inserção e a promoção social dos beneficiários. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 20 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2. ASPECTOS METODOLÓGICOS 2.1 OBJETO DA PESQUISA O objeto da pesquisa está focado nos benefícios gerados através da implementação do Programa Bolsa Família no cenário socioeconômico dos municípios pernambucanos contemplados pelo Programa e, em especial, no contexto das famílias beneficiárias. 2.1.1 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO O universo da pesquisa foi definido pelo conjunto de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, residentes nos municípios nas 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco: 1. Agreste Central 2. Agreste Meridional 3. Agreste Setentrional 4. Sertão Central 5. Sertão do Araripe 6. Sertão do Itaparica 7. Sertão do Moxotó 8. Sertão do Pajeú 9. Sertão do São Francisco 10. Mata Norte 11. Mata Sul e, 12. Região Metropolitana do Recife - RMR Estas RDs foram pesquisadas em três etapas, devido a fatores limitadores encontrados quando do planejamento da pesquisa, que não permitiam a cobertura de todas as regiões do Estado de uma só vez. Desta forma, optou-se por escolher primeiro as regiões de difícil acesso para pesquisar, deixando a Região Metropolitana do Recife e a RD da Mata Sul para serem pesquisadas na terceira etapa. Esta última, concluída no mês de fevereiro de 2008. Este relatório agrega os resultados de todas as etapas incorporando as 12 Regiões de Desenvolvimento listadas acima. Este universo foi trabalhado na pesquisas a partir da elaboração de um plano amostral, que permitiu extrair amostras significativas de cada uma das regiões, para sobre elas aplicar os questionários da pesquisa. 2.1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 21 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas O desenvolvimento da pesquisa foi norteado para a consecução dos seguintes objetivos em relação ao universo anteriormente definido: Objetivo Geral: Analisar os principais resultados e impactos sociais do Programa Bolsa Família em Pernambuco e investigar como a execução do Programa influenciou ou influencia na qualidade de vida das famílias beneficiárias e no cenário socioeconômico dos Municípios contemplados. Objetivos Específicos: • Avaliar se os objetivos do Programa estão sendo alcançados; • Aferir se as condicionalidades do Programa estão sendo atendidas; • Identificar as principais dificuldades das famílias beneficiárias no cumprimento das condicionalidades do Programa; • Levantar as principais dificuldades na operacionalização do Programa; • Verificar a permanência e a evasão escolar das crianças e adolescentes contempladas pelo Programa; • Observar as repercussões da migração do PETI para o Programa Bolsa Família; • Apurar a permanência e evasão das crianças e adolescentes da jornada ampliada desenvolvida pelo PETI; • Registrar as mudanças na qualidade de vida das famílias beneficiárias; • Levantar as principais habilidades profissionais e as perspectivas das famílias articulando às potencialidades dos municípios e necessidades locais. 2.2 ROTEIRO METODOLÓGICO 2.2.1 DESENVOLVIMENTO DE PLANO AMOSTRAL Delimitado o universo da pesquisa e seus objetivos, foi desenvolvido um plano amostral para definição e dimensionamento do modelo a serem utilizados pela pesquisa, fundamentado nos seguintes elementos: • Definição da Amostra – a amostra foi definida tomando-se como base: 1) Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco; 2) Os municípios Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 22 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas integrantes de cada uma das RDs; 3) A listagem das famílias beneficiárias fornecida pela Coordenação Estadual do Programa Bolsa Família. • Dimensionamento da Amostra8 – O cálculo para dimensionamento da amostra considerou o total de famílias beneficiárias existentes na listagem da Coordenação do Programa Bolsa Família de abril de 2007, das 10 Regiões de Desenvolvimento escolhidas para a pesquisa, que somaram 549.501 unidades familiares. Deste universo foi extraída uma amostra aleatória de 1.368 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, distribuídas em 150 Municípios, sobre as quais foram aplicadas as entrevistas. • Definição dos municípios componentes da amostra – os municípios componentes da amostra foram todos aqueles integrantes das Regiões de Desenvolvimento do Agreste e Sertão de Pernambuco e também os da Mata Norte, Mata Sul e Região Metropolitana. Para a aplicação das entrevistas com os gestores foram escolhidos aleatoriamente 50% dos municípios nas regiões mencionadas (Tabela 01). Tabela 01 – Entrevistas Realizadas pela Pesquisa Total de Regiões de Desenvolvimento famílias Agreste Central 125.424 Agreste Meridional 86.721 Agreste Setentrional 63.083 Sertão Central 22.731 Sertão do Araripe 44.335 Sertão do Itaparica 18.947 Sertão do Moxotó 27.541 Sertão do Pajeú 48.485 Sertão do São Francisco 40.287 Mata Norte 71.947 Mata Sul 88.062 RMR 263.630 Regiões da Pesquisa 901.193 • Total de questionários 298 197 165 65 115 45 74 124 110 175 214 665 2.247 Total de Gestores 09 12 05 04 06 06 05 11 05 10 12 07 92 Definição do método de aplicação da amostragem em campo – na aplicação da pesquisa de campo em cada município foi adotada uma proporção de 80% e 8 A definição amostral da pesquisa levou em consideração a distribuição espacial dos beneficiários nas diversas regiões, inclusive, diferenciando o meio urbano e rural. Em relação à distribuição municipal da amostra, ela foi calculada levando-se em consideração a média ponderada entre a população total do município e a população atendida pelo Programa Bolsa Família, em cada região específica. Desta forma, os municípios de pequeno e médio porte se equiparam, (em termos de cobertura amostral), aos municípios pólo. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 23 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 20% do total de questionários aplicados nas zonas urbana e rural de cada localidade, respectivamente. 2.2.2 ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS Foram desenvolvidos três instrumentos utilizados na coleta dos dados necessários a investigação: um formulário de coleta de dados das famílias beneficiárias; um formulário de coleta de dados junto aos gestores municipais e um manual de preenchimento dos formulários em pauta. • Formulário da família beneficiária – neste formulário procurou-se levantar dados dos domicílios e das famílias beneficiárias, de modo a identificar o seu perfil, seu comportamento e opiniões em relação às condicionalidades do Programa, além de identificar suas posições em relação aos benefícios decorrentes de sua participação no Programa Bolsa Família (Anexo I); • Formulário de entrevista com os gestores – neste instrumento encontravam-se as questões consideradas relevantes para atender os objetivos da pesquisa, identificando as dificuldades encontradas pela gestão municipal no provimento das condições necessárias a plena execução do Programa, e registrando a estrutura instalada para o cumprimento das condicionalidades, juntamente com as melhorias decorrentes do PBF, observadas pelo Gestor Municipal (Anexo II); • Manual de preenchimento dos formulários de coleta de dados – o manual de preenchimento consistiu num instrumento de orientação ao pesquisador com as informações necessárias para o preenchimento dos formulários (Anexo III). 2.2.3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE PROCESSAMENTO DOS DADOS O processo de desenvolvimento do sistema de processamento dos dados obedeceu aos seguintes passos: • Definição da plataforma de geração do sistema – considerou-se o software MS Access 2003, como o mais adequado para o desenvolvimento do sistema de processamento e tratamento dos dados coletados pela pesquisa; • Definição das variáveis – preliminarmente esta definição foi associada à estrutura básica dos formulários da pesquisa; Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 24 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas • Relatórios estatísticos a serem gerados pelo sistema – elaborados, discutidos e ajustados de acordo com as necessidades identificadas no desenvolvimento do relatório analítico da pesquisa; • Simulação de operação do sistema – foi realizada uma simulação do sistema em termos de processamento da entrada de dados e geração de relatórios. 2.2.4 ESTRUTURAÇÃO DA EQUIPE A equipe da pesquisa foi estruturada da seguinte forma: • Coordenação – constituída por um coordenador geral e uma coordenadora técnica; • Equipe de Pesquisa de Campo e Supervisão – foi selecionada entre profissionais da área social, constituindo um grupo de 19 (dezenove) pesquisadores e 4 (quatro) supervisores responsáveis pelo acompanhamento de campo, revisão de questionários, realização de entrevistas com os gestores municipais e elaboração do relatório; • Equipe de desenvolvimento e processamento dos dados – constituída por um estatístico e 3 (três) digitadores realizando o processamento dos dados; • Equipe de Apoio – constituída de 2 (dois) técnicos sociais e 4 (quatro) apoios administrativos e 1 (um) auxiliar administrativo, dando suporte ao desenvolvimento da pesquisa. 2.2.5 TREINAMENTO DA EQUIPE O treinamento foi realizado em três dias, com a participação de toda a equipe da pesquisa, quando foram abordados os seguintes itens: • Informações sobre o Programa Bolsa Família; • Apresentação dos Instrumentos de coleta de dados: o Formulário da Família Beneficiária; o Formulário da entrevista com os gestores; o Manual de preenchimento dos formulários; • Treinamento de preenchimento dos formulários. 2.2.6 ESTRUTURAÇÃO LOGÍSTICA DA PESQUISA A logística da pesquisa foi planejada e executada pela coordenação técnica e pela equipe de supervisoras durante o mês de maio de 2007, resumindo-se nas seguintes atividades: • Programação de roteiros de viagens; Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 25 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas • Planejamento de despesas com transporte, alimentação e hospedagem; • Programação de acomodações nos municípios; • Preparação dos Kits de pesquisa (bolsa, prancheta, crachá, lápis, borracha, caneta, listas dos beneficiários, roteiro de viagem, formulários de pesquisa, panfletos informativos, talão de recibos). Além destes itens cada membro da equipe de campo possuía uma cópia do ofício, encaminhado às Secretarias Municipais, fornecendo esclarecimentos sobre a pesquisa e apresentando os pesquisadores; • Entrega dos Kits de pesquisa aos pesquisadores; • Elaboração dos instrumentos de controle, rotinas, e programação das despesas de viagem. 2.2.7 REALIZAÇÃO DA ETAPA PILOTO Realizou-se uma “Etapa Piloto” da pesquisa, restrita a primeira semana de trabalhos de campo onde as atividades desenvolvidas foram monitoradas e avaliadas, visando à identificação de problemas e erros para possíveis ajustes e redirecionamentos. Nesta etapa foram desenvolvidas as seguintes atividades: • Aplicação dos instrumentos – Na Tabela 02 (a seguir) encontram-se discriminados os números de entrevistas realizadas nesta etapa, segundo as regiões de desenvolvimento onde se realizou a pesquisa: Tabela 02 – Entrevistas realizadas na Etapa Piloto Região de Desenvolvimento Sertão do Moxotó Agreste Central Agreste Meridional Agreste Setentrional Total Questionários 74 111 180 36 401 • Processamento dos dados da Etapa Piloto; • Avaliação da Etapa Piloto pela equipe de campo através de formulário adequado (Anexo IV); • Ajustes e correções dos elementos evidenciados através da avaliação da Etapa Piloto, (instrumentos e metodologia de coleta). 2.2.8 REALIZAÇÃO DA PESQUISA Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 26 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Foram realizadas 2.247 entrevistas (incluídas as 401 da Etapa Piloto), com as famílias beneficiárias programadas para 184 municípios do Estado. Além destas, realizaram-se 92 entrevistas com os gestores municipais do Programa Bolsa Família. 2.2.9 DIGITAÇÃO E PROCESSAMENTO DOS DADOS Os dados coletados foram digitados e processados através do sistema desenvolvido em MS Access 2003 e expressos em tabelas e gráficos estatísticos para serem submetidos à interpretação embasando o presente relatório. 2.2.10 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO No desenvolvimento do relatório adotou-se o sistema de subdivisão do conteúdo em blocos com a finalidade de possibilitar uma maior flexibilidade na participação da equipe técnica na elaboração do documento final. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 27 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 3. UNIVERSO DE ESTUDO 3.1 CONTEXTO ESTADUAL - ASPECTOS GEOGRÁFICOS Localizado no centro-leste da região Nordeste, Pernambuco tem como limites os Estados da Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí, ocupando uma área de 98.937,8 km², possuindo uma densidade demográfica de 80,3 hab/Km2 (IBGE, 2000). Constituído de 184 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, (arquipélago localizado no Oceano Atlântico a 545 km da capital de Recife), tem como seus municípios mais populosos: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Caruaru, Petrolina. Comparando os dados do Censo Demográfico de 1991 com os de 2000, identifica-se que o Estado obteve um crescimento populacional de 10% nesse período, passando de uma população de 7.127.855 habitantes em 1991, para 7.918.344 habitantes em 2000. Nesse ano, a população de Pernambuco representava 4,66% da população brasileira, indicando uma significativa tendência à urbanização. No referido período inter-censo de 1991 a 2000, a taxa de urbanização sofreu um acréscimo de 7,95%, passando de 70,87% em 1991, para 76,5% em 2000. Portanto, a população urbana passa para 6.058.249 habitantes e a população rural para 1.860.095. Ou seja, mais de dois terços da população pernambucana (76,50%) residem em cidades conforme mostra a Tabela 03 (SDSC, 2006). Tabela 03 - População Urbana e Rural de Pernambuco (1991-2000) População Total Urbana 1991 7.127.855 5.051.654 2000 7.918.344 6.058.249 % 100,0 76,50 Rural 2.076.201 1.860.095 23,50 Fonte: IBGE, 2000. 3.2 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Em 1991, a mortalidade até um ano de idade do Brasil era de 44,68 por cada mil crianças nascidas vivas. Dentre os municípios do Estado de Pernambuco, o município com o melhor índice era o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, com 30,18, e o município com o pior valor era Manari, com um IDH de 117,27. Em 2000, o índice de mortalidade de crianças até um ano de idade no Brasil caiu para 30,57, Fernando de Noronha continuou Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 28 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas sendo o município que apresentava melhor valor 20,34, e o município de Manari registrou o pior, com 109,67 (PNUD, 2003). A taxa de analfabetismo sofreu significativa queda no período de 1991 a 2000 (de 51,87,% para 27,31%) na faixa etária de 7 a 14 anos. Entre crianças e adolescentes de 15 até 17 anos, os valores eram de 29,86% em 1991 e 12,07% em 2000. Na faixa populacional de 18 a 24 anos, a redução foi de 15,23%, passando de 33,54% em 1991, para 18,31% em 2000. Quando analisados de forma conjunta, esses dados indicam que houve uma considerável melhora no padrão educacional entre as diferentes faixas etárias no período em foco (SDSC, 2006). Por outro lado, a renda per capita média cresceu no mesmo período, passando de R$ 75,44 em 1991, para R$ 100,16 em 2000, apresentando aumento de 23,68%. Por sua vez, a proporção de pobres existentes no Estado apresentou uma leve redução no mesmo intervalo de tempo, passando de 74,67% para 65,98%. O mesmo aconteceu com o percentual de pessoas indigentes. Em 1991 esse valor era de 47%, já em 2000 houve redução para de 39,95% (PNUD, 2003). 3.3DADOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO UNIVERSO DA PESQUISA A organização da Assistência Social encontra-se estruturada através de Secretarias e equipes técnicas próprias, na maioria dos municípios brasileiros. Em Pernambuco, como identificado pelo IBGE em sua Pesquisa de Informações Básicas Municipais, realizada em 2005 (Tabela 4), verifica-se que 79,3% dos municípios já possuem Secretarias de Assistência Social e em outros 20,1%, essa atividade está associada a outras políticas setoriais de secretarias ou órgãos municipais. Tabela 4 – Quantidade de municípios com estrutura na área de assistência social, por caracterização do órgão gestor – Brasil/Pernambuco – 2005 Total Brasil Pernambuco 5.564 185 Total 99,7 99,5 Municípios Com estrutura na área de assistência social (%) Caracterização do órgão gestor Secretaria Setor Setor Secretaria exclusiva de subordinado subordinado associada a outras políticas à chefia do assistência à outra setoriais social executivo secretaria 59,0 79,3 21,0 20,1 12,9 0,0 6,9 0,5 Fundação pública 0,3 0,0 Não possui estrutura específica (%) 0,3 0,5 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2005. Institucionalmente a Assistência Social está constituída como serviço público de natureza estatal. Entretanto, poderá também ser executada em parceria com entidades privadas sem Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 29 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas fins lucrativos. Para a cobertura das atribuições a ela inerentes, a PNAS prevê a constituição de uma rede integrada de serviços necessários ao seu público. O conjunto de entidades que compõem a Rede Socioassistencial em Pernambuco foi identificado e cadastrado pelo Governo do Estado em 2006. Na ocasião, identificaram-se todas as entidades públicas e privadas sem fins lucrativos que atuam na área da Assistência Social. A partir desta pesquisa, constituiu-se um perfil da Rede Socioassistencial existente em cada município pernambucano. No total, foram identificadas 1.469 entidades privadas sem fins lucrativos e 189 entidades públicas relacionadas à área de Assistência Social9. Entidades Pesquisadas Região de Desenvolvimento Nº de Municípios Entidades Públicas PERNAMBUCO Agreste Agreste Central Agreste Meridional10 Agreste Setentrional Sertão Sertão Central Sertão de Itaparica Sertão do Araripe Sertão do Moxotó Sertão do Pajeú11 Sertão do São Francisco12 Mata Norte Mata Sul RMR 184 71 26 26 19 56 8 7 10 7 17 7 19 24 14 189 72 2 7 26 19 58 8 7 10 7 1 8 8 19 25 15 Entidades Privadas sem fins lucrativos 1.469 250 136 54 60 162 20 9 30 35 45 23 126 136 795 Total de Entidades 1.658 322 163 80 79 220 28 16 40 42 63 31 145 161 810 Fonte: SIGAS/PE, 2006. Como se pode observar na Tabela 05, as Regiões de Desenvolvimento abrangidas pela pesquisa incorporam uma rede de atendimento constituída por 1.658 entidades, onde 189 são públicas e 1.469 privadas sem fins lucrativos. Na esfera privada, observa-se que as Regiões de Desenvolvimento com maior oferta de serviços de assistência social são a 9 Essas e outras informações constituíram o Sistema de Informação e Gestão da Assistência Social de Pernambuco – SIGAS/PE, e está disponível para acesso público através do endereço: www.sigas.pe.gov.br. 2 10 No município de Caruaru foram identificadas as seguintes entidades públicas: Secretaria da Infância e da Juventude e Secretaria de Programas Especiais e Ação Social. 11 No município de Carnaíba foram identificadas as seguintes entidades públicas: Secretaria de Assistência Social e Inclusão Social e Secretaria Municipal de Cultura e Esportes. 1 12 No município de Cabrobó foram identificadas as seguintes entidades públicas: Diretoria da Juventude e Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania. 8 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 30 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas RMR, com 795 entidades, seguidos do Agreste Central e Mata Sul com 136 entidades cada; Mata Norte com 126 e o Agreste Setentrional, com 60 entidades privadas. No Setor Público essa tendência modifica-se ligeiramente, com o Agreste Central registrando 27 entidades (em geral, Secretarias Municipais de Assistência Social ou congêneres), acompanhado pelo Agreste Meridional com 26, Mata Sul 25, Mata Norte e o Agreste Setentrional, ambas com 19 entidades e pela RMR com apenas 15 entidades pública. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 31 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 4. RESULTADOS DA PESQUISA O total de beneficiários do Programa Bolsa Família entrevistados correspondeu a 2.247 famílias, que recebiam os recursos do Programa, quando por ocasião da pesquisa. Distribuídas nas doze Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco, estas famílias integraram uma amostra representativa da população urbana e rural da área objeto da pesquisa. O tamanho médio do núcleo familiar, aferido pela pesquisa, foi de 4,1 pessoas. Foram identificados 156 casos de famílias que residiam em regime de coabitação juntamente com a família titular do domicílio representando 6,9% dos casos. Na composição dos 2.247 núcleos familiares observados, 60,3% estavam estruturados dentro do padrão de família nuclear (pai, mãe e filhos). Os 39,7% restantes compunham-se primordialmente do titular e dos filhos. Dentro do universo pesquisado, os filhos representaram 55,9% em relação ao número de membros das famílias, destes 53,3% eram do sexo feminino. 4.1 CONTEXTO SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS Entre os titulares do PBF entrevistados, 94,8% eram mulheres e apenas 5,2% homens. Estes últimos, em geral, residiam sozinhos com os filhos. A faixa de idade mais representativa dos titulares das famílias, revelada pela pesquisa, foi a de 31 a 40 anos, onde se encontra concentrada 35,6% dos titulares. Entre os membros das unidades familiares, as classes de idade que incorporaram maior número de indivíduos foram 07 a 15 anos (29,2%), e 18 a 30 anos (19,4%). A faixa de 0 a 15 anos soma um total de 44,9% da população amostral (TAB Univ41 e 41A). O nível de escolaridade que agrega o maior número de chefes é o fundamental incompleto, com participação de 50,2%, seguido de analfabetos com 11,2%. Ou seja, metade dos titulares possui escolaridade mínima e mais de um décimo não possuem qualquer formação escolar. Entre as famílias, 59,3% dos seus membros tinham escolaridade abaixo do ensino fundamental incompleto, enquanto 7,0% haviam completado o ensino médio. Foram identificadas apenas 6 com curso superior e 29 com curso superior incompleto (0,4%) (TAB Univ43 e 43A). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 32 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Grafico: 01 - Informações Sobre Famílias e Titulares do PBF (%) 94,8 Titulares do sexo feminino Faixa estária predominante dos titulares = 31-40 anos 35,6 Escolaridade Predominante dos titulares = Fundamental Incomp 50,2 Escolaridade Predominante na Família = Fundamental Incomp 59,3 11,2 Analfabetismo entre os titulares 6,8 Analfabetismo na família Renda Familiar Predominante até 1/4 de SM 30,0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 A classe de renda que concentra o maior número de famílias situa-se no intervalo de até ¼ de salário mínimo (30,0%). Enquanto a renda mediana – ponto da distribuição das freqüências, abaixo do qual está concentrada a metade das rendas familiares identificadas, está situada no intervalo “De 1 a 2 SM” em 23,7% dos casos. A configuração da renda familiar entre as famílias consultadas encontra-se representada no Gráfico 02. Gráfico 02 - Informações sobre as famílias: Renda Mensal Familiar (%) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 23,7 23,5 30,0 Até 1/4 SM De + 1 a 2 SM De + 1/2 a 1 SM 19,2 De +1/4 a 1/2 SM 10 2,7 De + de 2 a 3 SM 0,5 0 Mais de 3 SM Após a faixa que apresentou maior freqüência (até ¼ de SM) entre as famílias, aparece a classe de mais de mais de 1 a 2 SM, com 23,7% de participação percentual. Na faixa de mais de 3 salários mínimos foram encontradas apenas 12 famílias, correspondendo a 0,5% Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 33 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas de participação no universo pesquisado. A renda per capita encontrada foi de R$ 61,03 por pessoa integrante da amostra13 (TAB Univ55). As ocupações predominantes, no segmento da força de trabalho, foram as seguintes: “Trabalhador Rural” (34,4%), “Prestadores de serviços domésticos” (8,0%), “Auxiliar de serviços gerais” (4,7%), “Pedreiro” (3,4%) e “Vendedor” (3,1%) (TAB Univ56). 4.2 DOMICÍLIOS DAS FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS A quase totalidade dos imóveis habitados pelas famílias componentes da amostra (93,1%), era ocupada por uma única família (TAB Univ09). Em 79 residências, correspondentes a 3,5% do universo de 2.247 domicílios visitados, havia algum tipo de atividade de comércio ou serviço sendo desenvolvidos, juntamente com a atividade habitacional. As mais freqüentes eram a “Venda de bombons”, “Comércio em geral” e “Confecções”. Estas atividades, em sua maioria, absorviam apenas um membro da família no seu funcionamento. Gráfico 03 - Domicílios e Famílias Beneficiárias (%) Imóveis ocupados por mais de uma família 6,0 Famílias em Imóveis exclusivamente habitacionais 96,4 Famílias em Imóveis Mistos (habitação+Com e/ou Serv) 3,6 70,5 Imóveis mistos c/apenas 01 pessoa trabalhando 31,5 Famílias com renda mensal Até 1/4 de SM (predominante) Famílias com renda mensal De +1/4 a 1/2 SM (2ª maior) 21,5 % Analfabetismo na família 7,6 Renda Mensal dos Titulares Predominante = 1/4 SM 68,4 Renda Familiar Predominante = 1/4 SM 53,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 13 Para efeitos de cálculo da renda familiar, nesta pesquisa, o BPC foi considerado como renda na composição dos recursos disponíveis para fazer frente às despesas da família. Ressalta-se que no campo da Assistência Social, o BPC, como qualquer outro benefício, não é considerado na composição da renda familiar. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 34 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A renda mensal que agregou maior número de casos situou-se na faixa de até R$ 95,00 concentrando 41,8% dos eventos. Em seguida, tem-se a faixa de R$ 96,00 a R$ 190,00 e de R$ 191,00 a R$ 380,00 com participação de 29,1% e 12,7,0% respectivamente, nas atividades encontradas (TAB Univ23 e 23A). Quando questionados se participavam de algum outro Programa Social além do PBF, 64,8% dos entrevistados informaram utilizar o Programa Saúde da Família (PSF). Um total de 15,7% estava inserido no Seguro Safra. Outros 11,9% dos entrevistados informaram que a família não está inclusa em nenhum outro Programa Social além do PBF. (TAB Univ32). As pessoas com deficiência aparecem em 6,7%. Nesse conjunto, 38,0% são pessoas com deficiência mental e 29,3% com deficiência do aparelho locomotor (TAB Univ33 e 34). No que diz respeito à condição de ocupação do imóvel 57,5%, dos 2.247 entrevistados, residiam em domicílio próprio, seguido por 18,0% que declararam morar em imóveis cedidos. Estes imóveis eram, em sua quase totalidade, do tipo casa (97,3%), com paredes de alvenaria em 96,0% dos casos (TAB Univ24, 25 e 26). O abastecimento d’água é fornecido pela rede pública em 79,8% dos domicílios. Dos entrevistados, 189 famílias informaram ter poço ou nascente em casa (8,4%) e 37 delas informam fazer uso de carro-pipa para o abastecimento d’água na residência (1,6%) (TAB Univ27). A pesquisa apontou que 88,0% dos domicílios pesquisados eram regularmente abastecidos pela concessionária de energia elétrica com medidor próprio e 7,5% sem medidor (TAB Univ27 e 29). Dos domicílios ocupados pelas famílias entrevistadas, 86,0% têm seus resíduos coletados regularmente. Foram encontrados 9,0% de domicílios cujo lixo é queimado e um percentual de 4,3% que deposita a céu aberto (TAB Univ31). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 35 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 4.3 FAMÍLIAS ENTREVISTADAS E CONDICIONALIDADES DO PBF Foi perguntado aos 2.247 entrevistados se sabiam quais as exigências (condicionalidades) para se manter no PBF. Das respostas obtidas, 59,0% afirmaram que “Sim”, e 40,1% responderam que “Não”. Ressalta-se que um pouco mais da metade dos entrevistados tinha conhecimento de pelo menos uma das condições exigidas pelo PBF (TAB Univ35). Em relação às dificuldades para se inscrever no Programa, 79,3% afirmaram não ter enfrentado dificuldade enquanto 20,4% disseram ter encontrado algum tipo de dificuldade. As principais foram: “Acesso ao local de inscrição” este presente em 36,8% das respostas seguido de “Falta de documentação” (31,6%). Esses itens aparecem ainda agregados entre si e com outros itens. (Gráfico 04). Grafico 04 - Famílias e Condicionalidades do PBF (%) 59,0 Conhecimento das Condicionalidades Dificuldade de inscrição no PBF 20,4 36,8 Tipo de dificuldade: acesso Tipo de dificuldade: documentação 31,7 4,0 Dificuldade em manter-se inscrito no PBF Utilização do Recurso do PBF somente para alimentação 86,3 Utilização do Recurso do PBF para outro fim 10,6 O PBF tem contribuiído para melhoria da alimentação 87,4 O PBF tem contribuiído para melhoria da alimentação e outro fim 9,7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Sobre as dificuldades encontradas pelas famílias para manter-se inscritas no Programa, a quase totalidade (95,8%) respondeu negativamente nesta questão (TAB Univ37). A respeito do gasto com o dinheiro do Programa Bolsa Família pelo beneficiário, os dados coletados revelaram que 86,3% são destinados unicamente para o item “Alimentação”. O grupo “Outros” agregando diversos elementos de gastos, que soma uma participação de Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 36 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 10,6%, seguido do item “Gás, querosene, e outros” onde apareceu com 2,1% dos casos, (TAB Univ66). Aos entrevistados solicitou-se a indicação dos principais itens de destinação com o dinheiro do PBF que melhoraram a situação da família. Foi identificado que o recurso contribui para melhoria da alimentação em 87,4% dos casos. (TAB Univ67). A pesquisa investigou os bens duráveis que as famílias possuíam antes e depois do Programa Bolsa Família. Verificou-se que no universo de 2247 famílias visitadas, 15,7% delas não possuíam “Televisor” antes da adesão ao Programa, vindo a adquiri-lo após isto. O mesmo ocorre com o bem “DVD/Videocassete” que aparece com 14,9% de aquisições e com o “Som” com 12,6% aquisições posteriores a adesão. Destaca-se, entretanto, que a pesquisa não investigou se, necessariamente, esses bens foram adquiridos com os recursos oriundos do PBF. Verificou-se ainda aquisições de 11 “Motos” e 6 de “Carros”. (TAB Univ68). 4.4 OPINIÃO DOS GESTORES 4.4.1 BENEFÍCIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA Em um segundo momento, a pesquisa foi direcionada para investigação das opiniões dos gestores municipais em relação ao processo de implementação do PBF. Buscou-se levantar suas opiniões referentes às mudanças verificadas na realidade municipal com a chegada do Programa, suas dificuldades na gestão do Sistema em nível local, e os benefícios decorrentes do mesmo nas áreas da saúde, educação e na economia local. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 37 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Gráfico 05 - Opinião dos Gestores Municipais Benefícios decorrentes do Programa (%) Economia Local - Movimento no comércio - "aumentou muito" 64,1 Economia Local - Movimento no comércio - "aumentou pouco" 30,4 Educação - Oferta de vagas nas escolas - "aumentou pouco" 43,5 Educação - Oferta de vagas nas escolas - "continua a mesma" 39,1 Educação - Permanência dos alunos na escola - "aumentou muito" 57,6 Educação - Permanência dos alunos na escola - "aumentou pouco" 29,3 Saúde - Acomptº a gestantes/nutrizes - " aumentou muito" 46,7 Saúde - Acomptº a gestantes/nutrizes - "aumentou pouco" 39,1 Saúde - Acomptº a crianças < de 7 anos -" aumentou muito" 48,9 Saúde - Acomptº a crianças < de 7 anos -" aumentou pouco" 37,0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 4.4.1.1 NA ECONOMIA MUNICIPAL Aos gestores municipais foi solicitado avaliar os benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no movimento do comércio local, como foco dos efeitos do Programa sobre a economia municipal. Do total dos entrevistados, 64,1% declararam que o movimento no comércio “Aumentou muito”. O dimensionamento desse incremento, na opinião dos entrevistados, variou positivamente entre 60% a 100%. Por outro lado, 30,4% declararam que “Aumentou pouco”, apontando um nível de crescimento entre 20% a 40%. Um total 3,3% declarou que não houve modificação no movimento do comércio (TAB Ges24). Esses dados foram ratificados no depoimento dos gestores, quando afirmaram que o período posterior à implantação do PBF coincidiu com a redução de solicitações de cestas básicas à Secretária de Assistência Social ou congêneres. 4.4.1.2 NO ATENDIMENTO À POPULAÇÃO Área da Educação Os gestores avaliaram os benefícios do Programa Bolsa Família na educação municipal, especificamente em relação à oferta de vagas, e sobre a permanência dos alunos nas escolas municipais. No que diz respeito à oferta de vagas nas escolas, 43,5% responderam que “Aumentou pouco”, estimando que ocorreu uma variação de percentual entre 20% a 40%. Outros 15,2% avaliaram que o item oferta de vagas “Aumentou muito”, sugerindo Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 38 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas uma variação percentual estimada entre 60% a 80%. Dos consultados, 39,1% declararam não ter havido aumento na oferta de vagas nas escolas municipais (TAB Ges25). Quanto à permanência dos alunos nas escolas, 57,6% avaliaram que “Aumentou muito”, com 60% a 80% de incremento estimado. Os que declararam ter “Aumentado pouco” representam 29,3%, estes sugerindo que houve uma variação percentual de 20% a 40%. Entre os gestores, 9,8% declararam que a permanência dos alunos nas escolas continuou a mesma (TAB Ges26). Área da Saúde A avaliação realizada em relação à área de saúde focou o acompanhamento das gestantes, nutrizes e das crianças de 0 até 7 anos. Em relação às gestantes e nutrizes, 46,7% dos gestores declararam que o índice de acompanhamento “Aumentou muito”, estimando uma variação entre 60% a 100%. Os que declararam que o índice de acompanhamento “Aumentou pouco” representaram 39,1%, com uma estimativa de variação positiva entre 20% a 40%. Por outro lado, 6,5% dos gestores consideraram que não houve aumento no acompanhamento realizado às gestantes e nutrizes após a implantação do Programa Bolsa Família (TAB Ges27). Em relação ao acompanhamento das crianças de 0 até 7 anos, 48,9% dos entrevistados avaliou que “Aumentou muito”, sugerindo uma variação percentual entre 60% a 100%. Os que declararam que o acompanhamento “Aumentou pouco” representaram 37,0%, considerando uma variação percentual entre 20% a 40%. Do total, 6,5% revelaram que não ocorreu alteração no acompanhamento das crianças (TAB Ges28). 4.4.2 DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS COMPLEMENTARES Para avaliar as condições do desenvolvimento das famílias de maneira sustentada, os gestores responderam sobre a realização de programas e projetos de estímulo da capacidade produtiva em três áreas: informática, capacitação em atividade produtiva geradora de renda e artesanato e atividades semelhantes. As capacitações nas áreas de artesanato e atividades semelhantes obtiveram o maior percentual, com incidência de 28,3% das respostas. Em seguida, aparecem as atividades Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 39 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas desenvolvidas na área de capacitações realizadas em atividades produtivas e/ou geradoras de renda com 9,8%. As atividades realizadas na área de informática aparecem em 12,5% das respostas. (TAB Ges17). Entre os entrevistados, 23,4% destacaram outras atividades, desenvolvidas junto aos beneficiários, visando estimular a emancipação sustentada das famílias, como: cabeleireiro, manicura, corte-e-costura, culinária, hotelaria, gestão de pequenas empresas, criação de unidades de beneficiamento de frutas, agricultura, formação de hortas comunitárias e outras. Apesar do investimento realizado, os gestores informaram que as atividades desenvolvidas, necessariamente não se materializaram em retorno financeiro para as famílias. 4.4.3 DIFICULDADES NA GESTÃO DO PBF Os gestores elencaram as dificuldades enfrentadas na execução do Programa Bolsa Família em nível local, em relação aos seguintes itens: Cadastramento; Cumprimento das condicionalidades; Gerenciamento; acompanhamento e fiscalização; Aplicação dos recursos do Índice de Gestão Descentralizado do PBF (IGDBF); Implementação da instância de controle social; Ações geradoras de renda; e, Evasão de crianças e adolescentes do PETI. 4.4.3.1 GRAU DE DIFICULDADE NO CADASTRAMENTO DAS FAMÍLIAS As dificuldades enfrentadas pelos gestores no momento do cadastramento das famílias incidiram principalmente nos seguintes pontos: dificuldade de acesso ao local de residência das famílias (24,1%); falta de documentação (12,2%) e falta de transporte com 2,3% das respostas (TAB Ges01). Outras dificuldades foram apresentadas, entre elas, lentidão e falhas no sistema de processamento dos dados no âmbito da Caixa Econômica, especialmente, a demora na devolução do arquivo retorno14 e dificuldade de comunicação entre os técnicos das prefeituras e os da Caixa. Foi apontada ainda a relativa impossibilidade de comprovar a veracidade das informações fornecidas pelos beneficiários; falta de conhecimento das 14 Devolução das informações do Cadastro Único atualizadas para os municípios pela Caixa. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 40 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas famílias sobre os critérios para inserção no PBF; pouco conhecimento sobre o Programa pelos técnicos das Secretárias de Assistência Social, Saúde e Educação. 4.4.3.2 DIFICULDADES NO CUMPRIMENTO DAS CONDICIONALIDADES A pesquisa levantou as principais dificuldades enfrentadas pela Administração Municipal em prover, adequada e regularmente, os serviços de Educação e Saúde para atender as demandas das famílias beneficiárias em relação às condicionalidades15 do Programa. Área da Educação Em relação a esta área foi solicitado aos gestores opinar se o número de escolas e a quantidade de vagas ofertadas eram suficientes para atender a demanda; se o controle da freqüência é eficiente; se existe dificuldade no manuseio do sistema ou de localização das crianças. Gráfico 06 - Opinião dos Gestores Municipais do PBF Dificuldades no Cumprimento das Condicionalidades em Educação e Saúde (%) 47,8 Dificuldade de localização das crianças Dificuldade no manuseio do sistema de freqüência escolar 19,6 Número de escolas insuficiente 19,6 Controle de freqüência ineficiente 18,7 12 Número de vagas nas escolas insuficiente 31,5 Recursos humanos em saúde insuficientes 29,3 Número de postos de saúde insuficiente 25 Dificuldade para marcar consulta 23,9 Dificuldade de manuseio do SISVAN 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 O gráfico 06 mostra que 47,8% dos entrevistados apontaram como maior dificuldade à localização das crianças, provocada pela mudança de endereço da família ou de escola, sem a devida comunicação à unidade do PBF local. Esta informação também aparece nos dados da pesquisa junto aos beneficiários, quando 29,3% declararam não atualizar o endereço por ocasião da transferência de escola (TAB Ges06). 15 De acordo com a portaria GM/MDS Nº. 551 que regulamenta a gestão das condicionalidades do PBF, o objetivo das condicionalidades é o de “assegurar o acesso dos beneficiários às políticas básicas de Saúde, Educação e Assistência Social, de forma a promover a melhoria das condições de vida da população beneficiária e propiciar as condições mínimas necessárias para sua inclusão social sustentável”. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 41 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Embora os demais itens não revelem números significativos, os gestores expressaram ainda a existência de outras dificuldades no cumprimento das condicionalidades: Existência de poucas escolas na área rural; Salas de aula insuficientes, lotadas e de difícil acesso; Diretores e professores necessitando de maiores informações sobre o Programa; Pouca presença da Secretaria de Educação do Estado nas ações da Secretaria de Educação municipal; Dificuldade de acesso ao sistema de atualização da freqüência escolar; Atraso no processamento e envio da freqüência; Dificuldade de incluir novas crianças no cadastro (substituição); Pouco intercâmbio de informações e articulação entre as Secretarias de Assistência, Saúde e Educação do Município; Dificuldade de comunicação com o MDS (perda de informações). Área da Saúde Observando o Programa na perspectiva da área de saúde, os gestores se pronunciaram quanto à quantidade de postos de saúde e de recursos humanos; dificuldade de acompanhamento das crianças; e precariedade no manuseio do Sistema de Gestão Federal/Estadual da Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). O Gráfico 06 revela a insuficiência de recursos humanos em relação à demanda, como a maior dificuldade para o cumprimento das condicionalidades (31,5%). Os profissionais apontados como insuficientes são: médico, agente de saúde e nutricionista. A pesquisa também revela carência no número de postos de saúde. É importante ressaltar que essa carência de cobertura se dá com maior intensidade na área rural. Quanto ao SISVAN, os gestores informaram que constantemente muda de versão, dificultando desta forma, seu manuseio (TAB Ges12). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 42 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Ainda em relação à Saúde, foi evidenciada que a dificuldade para o cumprimento das condicionalidades acentua-se em decorrência da falta de articulação entre as Secretarias Municipais de Assistência, Saúde e Educação. 4.4.4 INSTÂNCIA DE CONTROLE SOCIAL O controle social do Programa Bolsa Família pressupõe a existência no município de um conselho ou entidade equivalente formalmente constituída. Esta entidade é composta por integrantes das áreas da assistência social, saúde, educação, segurança alimentar e da área da criança e do adolescente, respeitando a paridade entre governo e sociedade. Buscando conhecer as dificuldades na execução da instância de controle social, a pesquisa solicitou aos gestores avaliar essa atividade. Entre eles, 69,6% informaram não existir dificuldades e os 28,3% restantes revelaram algumas delas. Entre as apontadas destacamse: dificuldade dos conselheiros de acompanhar e fiscalizar as ações; dificuldade em articulação dos conselheiros falta de quorum nas reuniões; falta de conhecimento dos conselheiros sobre o Programa; omissão da instância de controle social e demora destes em responder as solicitações enviadas. Entre os municípios visitados, em apenas um, a instância de controle social ainda não foi constituída (TAB Ges02). 4.4.5 DIFICULDADE DE GERENCIAMENTO Os gestores se posicionaram quanto às principais dificuldades do processo de logística, para operacionalização dos recursos materiais e humanos, controle de pagamento, bloqueio, cancelamento do benefício. A “Falta de transporte” surgiu como elemento dificultador, no depoimento de 44,7% dos entrevistado, seguido pelo item “Falta de instalações adequadas” (22,4%); “Déficit em recursos de informática”16 e “Falta e/ou depreciação do material permanente”, ambos com 14,5% das respostas (Tabela Ges15). Quando solicitados a avaliar as dificuldades em relação aos recursos humanos demandados pelo Programa, revelaram o seguinte: Falta de equipes técnicas qualificadas na área de Saúde e Educação com participação percentual de 16,5% e 14,8% respectivamente; 16 Computador, impressora e comunicação com a internet. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 43 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Falta de equipes de apoio qualificadas (11,9%); Falta de equipes técnicas qualificadas nas áreas de informática representando 10,1% (TAB Ges16). Os gestores complementaram as informações acrescentando a importância de qualificar permanentemente as equipes envolvidas na gestão do Programa, observando a intersetorialidade, a participação da comunidade, controle social e o agente operador – Caixa Econômica Federal. 4.4.6 FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DO PBF De acordo com as declarações dos gestores a fiscalização e acompanhamento das ações inerentes ao PBF são realizados pelos Assistentes Sociais das Secretarias Municipais de Assistência Social (19,4%), Centros de Referência de Assistência Social, e representantes da Instância de Controle Social, ambos com 18,5% de incidência dos casos. O encaminhamento para o Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS aparece também como uma opção utilizada pelos gestores, em 11,2% das respostas. Outras formas utilizadas para a realização do acompanhamento das ações são através dos Gestores da Secretarias Municipais de Assistência Social e dos Agentes de Saúde ambos com 8,06% e 7,25% respectivamente (TAB Ges18). As declarações revelaram que têm sido utilizados outros meios / entidades, para realizar o acompanhamento e fiscalização das ações, como: realização de parceria com o Conselho Tutelar e com as lideranças comunitárias; e através da atuação dos técnicos que atuam diretamente no Bolsa nos Municípios. Alguns gestores vêem também no momento da atualização do cadastro, uma oportunidade de realizar o acompanhamento das ações. Ainda chama atenção um percentual de 4,84% dos municípios que não realizam qualquer tipo de acompanhamento e fiscalização do Programa (Tabela Ges18). 4.4.7 UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DE APOIO À GESTÃO DO PROGRAMA Com relação ao Índice de Gestão Descentralizada do Bolsa Família (IGDBF), os gestores municipais do PBF, comentaram alguns aspectos sobre a forma de aplicação da verba originária deste instrumento. Evidenciou-se que 43,0% dela é aplicada em recursos técnico-administrativos. Outros 36,0% são destinados para a área de recursos humanos. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 44 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Sua participação na complementaridade na verba da Saúde corresponde a 12,3% e na Educação (8,8%). Apenas 2,2% dos gestores informou ainda não ter aplicado o recurso, por desconhecer a forma correta para sua utilização (TAB Ges19). Entre os consultados, indicaram outras formas de aplicação além das citadas: pagamento de internet, contas telefônicas, aluguel de transporte, pagamento de cursos de geração de renda e associativismo para os beneficiários, aquisição de automóvel, capacitação dos monitores do PETI, manutenção dos equipamentos de informática. Ainda foram citados o pagamento da regulamentação das associações de comunidades quilombolas, aquisição de enxoval, pagamento da 2ª via de documentos, reforma da sala de atendimento do PBF, pagamento de bolsa para jovens que participem de programa municipal de inclusão social, pagamento de campanhas publicitárias esclarecendo os usuários sobre o funcionamento do PBF, e aquisição de computadores para o CRAS, CREAS e PETI (Tabela Ges19). 4.4.8 EVASÃO DA JORNADA AMPLIADA DO PETI Os dados da pesquisa revelaram que em 90,2% dos municípios houve evasão das crianças e adolescentes do PETI, devido ao processo de migração deste para o PBF. Essa evasão também acarretou o fechamento dos espaços de jornada ampliada em grande parte dos municípios – em virtude da redução no repasse dos recursos de manutenção das atividades sócio-educativas. Os gestores também apontaram as principais causas da evasão e estimaram uma variação do valor percentual. (Tabela Ges20). A evasão ocorreu prioritariamente devido perda financeira, resultante da migração do PETI para o PBF. Esse item foi apontado como causa mais provável por 73,9% dos gestores. A perda financeira também aparece agregado a outros motivos como: retorno ao trabalho (7,6%), não recebimento da bolsa do PETI (2,2%) Tabela Ges21). Ainda estimaram uma variação de percentual da evasão, da seguinte ordem: 73,7% estimaram uma evasão entre 10,0% a 40,0%, outros 14,4% estimaram que a evasão das crianças e adolescentes ocorreu entre 60% a 80,0%. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 45 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 4.4.9 DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES GERADORAS DE RENDA Aos gestores foi solicitado informar as principais dificuldades para promoção de ações geradoras de trabalho e renda17 no município. Essas dificuldades foram avaliadas como resultantes da “Falta de recursos financeiros” (37,0% ), em segundo “Falta de interesse das famílias” (13,0%) e em terceiro “Falta de instrutores e equipe técnica especializada” com 12,0% das respostas (Tabelas Ges23). Outros elementos são acrescentados como dificultadores dessa implementação: falta de estudos específicos sobre geração de renda nos municípios; pouco conhecimento técnico para elaborar e implementar projetos de sustentabilidade; ausência de equipes técnicas especializadas nas prefeituras para promover ações de geração de renda; pouca iniciativa da gestão municipal em promover essas ações; pouco apoio dos Governos Estadual e Federal; dificuldade de acesso das famílias e baixa escolaridade dos usuários. Os gestores ainda destacaram que os cursos realizados, na sua grande maioria, não conseguem promover autonomia financeira. 4.4.10 PRINCIPAIS POTENCIALIDADES MUNICIPAIS PARA GERAÇÃO DE RENDA Os gestores das doze Regiões de Desenvolvimento da pesquisa identificaram um número significativo de potencialidades. Algumas inerentes ao município e outras que se disseminam para municípios circunvizinhos e outras regiões. Grafico 07 - Opinião dos Gestores Municipais do PBF Principais potencialidades municipais para geração de renda (%) 35,9 Agricultura 23,9 Artesanato 12,0 Confecção 7,6 Culinária 4,3 Informática 3,3 Turismo 2,2 Avicultura 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 17 O decreto 5.209 que regulamenta o PBF trás em seu artigo 4º que um dos objetivos básicos do PBF aos seus usuários é “estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza”. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 46 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Na leitura do gráfico 07, observa-se que as mais representativas potencialidades municipais destacadas concentraram-se expressivamente nos segmentos da agricultura (35,9%), no artesanato (23,9%) e no setor de produção de confecções (12,0%). O turismo, informática, fruticultura, avicultura e gesso, constituem outros componentes importantes no cenário econômico das regiões estudadas – somando 14,2% de indicações como potencialidades econômicas dos municípios (TAB Ges22). 5. DADOS REGIONAIS DA PESQUISA Como visto nos capítulos introdutórios deste relatório a área de abrangência do universo da pesquisa se estendeu por todo território pernambucano, exceto o território estadual de Fernando de Noronha. As unidades espaciais de referência adotadas pela pesquisa foram, primariamente, o REGIÕES ABRAGIDAS PELA PESQUISA município (unidade Total de Total de questionários Gestores primaria de RMR 665 07 Mata Norte 175 10 referência Mata Sul 214 12 espacial) e, Agreste Central 298 09 Agreste Meridional 197 12 secundariam Agreste Setentrional 165 05 ente, as Sertão Central 65 04 Sertão do Araripe 115 06 Sertão 45 Rua da Aurora, 295 – do SalaItaparica 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 06 3272 5022/32711434 47 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Sertão do Moxotó 74 Municipal 212.972-805 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br Sertão do Pajeú 124 11 Sertão do São Francisco 110 05 Regiões da Pesquisa 2.247 92 Regiões de Desenvolvimento I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Regiões de Desenvolvimento (RD) do Estado de Pernambuco, (unidade secundária de referência espacial). Estas unidades, criadas pelo CONDEPE, constituem doze Regiões que subdividem, com base em parâmetros de desenvolvimento econômico regionais, as Zonas da Mata Pernambucana, do Agreste, do Sertão e da Região Metropolitana do Recife – RMR. Os dados da pesquisa foram sistematizados de forma a permitir uma leitura em nível do universo, incorporando todos os municípios pernambucanos e, em segundo lugar, uma leitura em nível das Regiões de Desenvolvimento do Estado. Neste capítulo serão apresentados os resultados regionais da pesquisa. Organizou-se, de forma sucinta, doze sub-relatórios apresentados regionais, onde são os dados relevantes de cada mais Região. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 48 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 49 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1.0 A REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Formada por 14 municípios, esta Região ocupa um território de 2.771 km². A população total da região é de 3.337.567 habitantes. Destes, 3.234.647 vivem na área urbana dos municípios e 102.918 na área rural. Seus municípios mais populosos são Recife com 1.422.905 habitantes, seguidos por Jaboatão dos Guararapes com 581.556 e Olinda com 367.902 (IBGE, 2000). Área Município (Km ²) Quadro Região - 001: SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS REGIONAIS REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO: METROPOLITANA DO RECIFE Entidades População IDH Crianças Assistenciais 10-14 Total Urbana Rural 2000 Públicas Privadas Analfabetas Abreu e 126 89.039 77.696 11.343 0,73 1 Lima Araçoiaba 96 15.108 12.447 2.661 0,637 1 Cabo de Santo 448 152.977 134.486 18.491 0,707 1 Agostinho Camaragibe 55 128.702 128.702 0 0,747 1 Igarassu 306 82.277 75.739 6.538 0,719 1 Ipojuca 527 59.281 40.310 18.971 0,658 1 Itamaracá 65 15.858 12.930 2.928 0,743 1 Itapissuma 74 20.116 16.330 3.786 0,695 1 Jaboatão dos 256 581.556 568.474 13.082 0,777 1 Guararapes Moreno 196 49.205 38.294 10.911 0,693 1 Olinda 44 367.902 360.554 7.348 0,792 1 Paulista 94 262.237 262.237 0 0,799 1 Recife 220 1.422.905 1.422.905 0 0,797 2 São Lourenço 264 90.402 83.543 6.859 0,707 1 da Mata Total 2.771 3.337.567 3.234.647 102.918 0,729 15 Fontes: IBGE(2000); CONDEPE FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2007) Mortalidade Infantil até 1 ano 31 11,22 34,6 2 37,69 39,8 50 17,68 41,0 32 27 16 3 14 11,59 16,39 32,26 15,25 17,00 34,8 31,1 42,4 27,5 35,1 185 14,55 27,5 12 89 38 284 16,88 10,39 8,71 12,24 34,8 29,1 21,4 29,8 12 21,12 34,8 795 17,36 33,1 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH era de 263.630 o total de famílias beneficiárias na Região Metropolitana, em junho de 2007. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda. Os municípios com menos famílias beneficiárias eram Ilha de Itamaracá, Araçoiaba e Itapisssuma. A pesquisa realizou entrevistas com 664 famílias beneficiárias da região e com sete responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 50 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas traços do perfil socioeconômico das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (94,7%). E, 4,2% das famílias entrevistadas residiam em cômodos. As paredes de alvenaria em tijolo encontravam-se presentes em quase todos os domicílios visitados (95,5%). Um total de 85,3% possuía abastecimento d’água pela rede pública. A energia elétrica estava presente em 77,3% das residências com relógio próprio e 15,0% informaram que não possuía medidor de energia. A coleta do lixo era realizada em 92,5% dos domicílios. Do total de residências, 52,5% eram próprias e 23,6% cedidas, seguido por alugadas com 14, 4%. Entre os imóveis visitados, foram encontradas 8 unidades que desenvolviam algum tipo de atividade comercial ou de serviço em conjunto com o uso habitacional. Estes imóveis foram considerados como “Imóveis mistos” pela pesquisa. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados 95,3% pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares variava de 31 a 40 anos (35,8%), enquanto que o nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 46,9% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, está situada na faixa de “Mais de ¼ a ½ SM” (19,7%). 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 458 crianças menores de 7 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa, correspondendo a 17,5% do total. Destas, 98,7% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 807 crianças e adolescentes, e destes, 99,0% encontravam-se freqüentando a escola. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Faxineira, 2ª Empregada doméstica e 3ª Pedreiro; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa de Saúde da Família – PSF, com 70,2% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. Do total de famílias entrevistadas, 21,7% declararam não fazer parte de nenhum outro Programa. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 51 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família na Região, 56,1% dos titulares entrevistados afirmaram ter conhecimento das suas condicionalidades. É relevante a informação de que 42,9% não têm conhecimento das condicionalidades exigidas para permanência no PBF. Dos inscritos, 79,5% informaram não ter tido dificuldade para se inscrever no Programa. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação em 93,1% dos casos. Quando perguntado sobre o que melhorou após o PBF, a maioria dos entrevistados (92,3%), informando que o Programa vem contribuindo para a melhoria da alimentação familiar, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito o processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Com relação às dificuldades de gerenciamento do Programa encontradas pelos gestores, as mais freqüentes foram: “Instalações inadequadas” (28,6%) e o item “Recursos de informática” com 14,3% das respostas. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação destacaram como primeira dificuldade a falta de qualificação profissional em 66,7% dos casos, seguido por “Manuseio no sistema de freqüência escolar” (42,9%). Na Saúde as principais dificuldades apontadas pelos gestores retratam a insuficiência de recursos humanos e postos de saúde, ambos com 71,4% e dificuldade no acesso ao cartão saúde e marcação de consulta, com 57,1% cada. Os recursos do IGDBF tiveram como principal utilização a aquisição de material de consumo, equipamentos, móveis, e utensílios diversos, todos com 33,3%, no que diz respeito a gastos com recursos técnicos / administrativos. Este recurso também foi Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 52 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas utilizado no item “Recursos humanos”, com a contratação temporária de técnicos (100,0%). No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 42,9%; oferta de vagas nas escolas “Continua o mesmo” (71,4%); permanência dos alunos na escola, “aumentou muito” (71,4%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou um pouco” (28,6%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou um pouco” em (28,6%) dos casos. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 53 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO CAMUTANGA I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ITAMBÉ FERREIROS MACAPARANA TIMBAÚBA ALIANÇA CONDADO GOIANA VICÊNCIA BUENOS AIRES NAZARÉ DA MATA CARPINA ITAQUITINGA TRACUNHAÉM L. DO CARRO L. DO ITAENGA GLÓRIA DO GOITÁ PAUDALHO CHÃ DE ALEGRIA Região de Desenvolvimento do Mata Norte Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 54 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1.0. REGIÃO DA MATA NORTE Formada por 19 municípios esta Região ocupa um território de 3.243 km². Sua economia está baseada, principalmente na cana-de-açúcar e seus derivados. Sobressaem-se também agricultura (banana, verdura, inhame, mandioca entre outras), indústria de transformação, comércio, prestação de serviço e turismo. A população total da região é de 541.428 habitantes. Destes, 377.275 vivem na área urbana dos municípios, e 164.153 na área rural. Os municípios mais populosos são: Goiana com 71.177 habitantes, Carpina, com 63.811 e Timbaúba com 56.906 pessoas residindo em seu território. Quadro 001: Características Sócio-Assistenciais da RD da Mata Norte Área Município (Km ²) 273 97 37 146 48 90 92 População Total Urbana IDH Rural 2000 Aliança 37.189 17091 20098 0,578 Buenos Aires 12.007 6408 5599 0,621 Camutanga 7.844 6016 1828 0,632 Carpina 63.811 61006 2805 0,724 Chã de Alegria 11.102 8082 3020 0,629 Condado 21.797 18473 3324 0,627 Ferreiros 10.727 6957 3770 0,629 Glória do 231 27.554 12542 15012 0,636 Goitá Goiana 501 71.177 43531 27646 0,692 Itambé 304 34.982 26325 8657 0,573 Itaquitinga 103 14.950 10779 4171 0,587 Lagoa do 70 Carro 13.110 8087 5023 0,654 Lagoa do 58 Itaenga 20.172 15345 4827 0,638 Macaparana 126 22.494 13518 8976 0,597 Nazaré da 151 Mata 29.254 24704 4550 0,703 Paudalho 278 45.138 34432 10706 0,670 Timbaúba 290 56.906 44035 12871 0,649 Tracunhaém 117 12.394 9442 2952 0,636 Vicência 231 28.820 10502 18318 0,644 TOTAL 3.243 541.428 377.275 164.153 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PNUD (2000); SIGAS (2006) Entidades Assistenciais Públicas 1 Privadas 1 1 1 1 1 5 4 5 5 3 7 5 1 4 1 1 1 21 1 7 1 0 1 5 1 6 1 4 1 1 1 19 8 29 5 2 126 Crianças 10-14 Analfabetas Mortalidade Infantil até 1 ano 18,65 12,47 13,20 7,39 18,65 17,78 8,18 85,29 52,58 47,66 34,96 44,18 52,58 52,58 17,60 13,72 19,70 18,90 38,94 41,82 85,29 85,29 10,50 55,39 19,18 11,72 46,01 65,9 7,36 16,29 12,88 15,37 7,13 14,03 36,87 41,48 55,42 47,85 51,51 53,76 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 55 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, era de 70.274 famílias beneficiárias na Mata Norte, em Junho de 2007. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Goiana (8.603), Tinbaúba (7.773) e Carpina (7.071). Os municípios com menos famílias beneficiárias eram: Camutanga (1.230), Ferreiros (1.475) e Tracunhaém (1.515). A pesquisa realizou entrevistas com 175 famílias beneficiárias da região e com dez responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (98,9%). Do total de residências, 54,3% eram próprias e 18,3% alugadas. As paredes de alvenaria em tijolo encontravam-se presentes em quase todos os domicílios visitados (98,3%). Pouco menos de um quinto das moradias (22,8%) não possuía abastecimento d’água ligado à rede pública. A energia elétrica estava presente em 89,7% das residências e coleta do lixo em era realizada em 80,0%. Apenas 10,3% informaram queimar o lixo residencial. Entre os imóveis visitados, foram encontradas apenas sete unidades que exerciam algum tipo de atividade de comércio ou serviço sendo desenvolvidos, juntamente com a atividade habitacional. 2.1 COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENFICIADA Entre os titulares do PBF entrevistados 96,0% eram mulheres e apenas 4,0% homens. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares, foi a de 31 a 40 anos, com (30,3%) enquanto que o nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 57,1% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa de “Mais de 1 a 2 SM” (24,0%). Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Trabalhador rural e 3ª Biscate; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 56 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.2 CONDICIONALIDADE Foram identificadas 115 crianças menores de 7 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa correspondendo a 15,4% do total. Destas, 99,1% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 186 crianças e adolescentes, e destes, 98,9 % encontravam-se freqüentando a escola. Com relação ao Programa Bolsa Família, apenas 48,0% dos entrevistados na Região afirmou ter conhecimento das suas condicionalidades. E 8,6% declararam que tiveram dificuldade para se inscrever no Programa. 2.3 O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região é o Programa Saúde da Família – PSF, com 40,6% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. Dos entrevistados (42,9%) declarou não participar de nenhum outro Programa Social. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para “Alimentação” (74,3%). Nestes casos os titulares gastam o recurso exclusivamente com este item. Em seguida aparece o grupo “Gás, querosene, outro” com 7,4% das respostas. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Primeiramente, quanto às dificuldades encontradas, onde as mais freqüentes foram: Falta de transporte (30,0%), seguido do grupo “Falta de estrutura física adequada e transporte” com 20,0% das respostas apontadas pelos gestores. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 57 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Opinaram também sobre as dificuldades nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação destacaram como primeira dificuldade a localização das crianças (50,0%), seguidos de número de escolas e de vagas insuficientes; controle de freqüência insuficiente e dificuldade no manuseio do sistema da freqüência escolar, todos com 30,0% de incidência das respostas. Na Saúde a principal dificuldade apontada pelos gestores remete para marcação de consulta e de operacionalização do SISVAN ambos com 40,0% das respostas. Seguidos de insuficiência de recursos humanos e de postos de saúde; dificuldade de acompanhamento das gestantes e dificuldade de acesso ao cartão saúde, todas com 20,0% dos casos. Os recursos do IGDBF tiveram na Região do Sertão do Itaparica como principais destinações às aplicações com: Recursos técnicos / administrativos (100,0%), recursos humanos (80,0%), complementação da verba da Educação (10,0%), complemento da verba da Saúde com 20,0% das respostas. Por outro lado, os benefícios decorrentes do Programa no contexto municipal tiveram dos gestores as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” (50,0%); oferta de vagas nas escolas: “Aumentou pouco” (50,0%); permanência dos alunos nas escolas: “Aumentou muito” (60,0%); Acompanhamento das gestantes e nutrizes e acompanhamento das crianças de 0 a 7 anos: “Aumentou muito” (50,0%). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 58 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DA MATA SUL Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 59 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1.0 A REGIÃO DA MATA SUL Formada por 24 municípios, esta Região ocupa um território de 5.186,70 km². A população total da região é de 665.846 habitantes. Destes, 456.161 vivem na área urbana dos municípios e 209.685 na área rural. Seus municípios mais populosos são Vitória de Santo Antão com 117.609 habitantes, seguidos por Escada com 57.341 e Palmares com 55.790 (IBGE, 2000). Município Quadro Região - 001: SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS REGIONAIS REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO: REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Entidades Crianças Área População IDH Assistenciais 10-14 (Km ²) Total Urbana Rural 2000 Públicas Privadas Analfabetas 237,80 21.309 14.381 6.928 0,617 1 5 23,34 529,80 28.531 14.707 13.824 0,597 1 12 34,32 228,80 39.139 31.028 8.111 0,635 1 3 30,47 Amaraji Água Preta Barreiros Belém de 63,50 10.626 6.566 4.060 0,59 1 Maria Catende 160,30 31.257 23.451 7.806 0,644 1 Chã Grande 83,40 18.407 11.736 6.671 0,612 1 Cortês 98,70 12.681 8.443 4.238 0,582 1 Escada 348,80 57.341 45.596 11.745 0,645 1 Gameleira 259,70 24.003 16.663 7.340 0,59 1 Jaqueira 110,70 11.653 5.904 5.749 0,588 1 Joaquim 115,10 15.925 9.617 6.308 0,613 1 Nabuco Maraial 196,20 14.017 7.937 6.080 0,564 1 Palmares 374,60 55.790 43.452 12.338 0,653 2 Pombos 235,10 23.351 13.979 9.372 0,641 1 Primavera 96,10 11.477 6.641 4.836 0,632 1 Quipapá 224,70 22.145 10.885 11.260 0,579 1 Ribeirão 286,80 41.449 29.646 11.803 0,658 1 Rio Formoso 339,60 20.764 8.349 12.415 0,621 1 São Benedito 208,40 10.477 5.271 5.206 0,549 1 do Sul São José da 74,70 13.971 9.516 4.455 0,628 1 Coroa Grande Sirinhaém 355,20 33.046 13.646 19.400 0,633 1 Tamandaré 98,50 17.281 11.548 5.733 0,596 Vitória de 344,20 117.609 99.342 18.267 0,663 1 Santo Antão Xexéu 116,00 13.597 7.857 5.740 0,561 1 TOTAL 5186,70 665.846 456.161 209.685 0,612 25 Fontes: IBGE(2000); CONDEPE FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2007) Mortalidade Infantil até 1 ano 52,18 55,24 62,69 0 25,87 69,58 5 7 4 11 2 1 21,58 26,71 25,24 25,41 29,84 27,77 52,57 62,1 87,32 52,57 69,58 72,06 5 30,02 54,5 0 19 7 1 1 7 10 32,07 23,65 30,5 23,34 33,47 29,83 39,21 75,64 68,26 48 54,65 58,72 44,42 59,73 0 27,39 78,55 8 33,93 62,2 2 6 31,55 41,79 47,34 69,58 18 20,49 51,15 2 136 35,32 29,30 83,2 62,2 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH era de 88.062 o total de famílias beneficiárias na Região da Mata Sul, em junho de 2007. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 60 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Vitória de Santo Antão, Palmares e Escada. Os municípios com menor número de famílias beneficiárias eram São Benedito do Sul, Belém de Maria e Cortês. A pesquisa realizou entrevistas com 213 famílias beneficiárias da região e com doze responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (99,5%). As paredes de alvenaria em tijolo encontravam-se presentes em quase todos os domicílios visitados (94,4%). Um total de 73,8% possuía abastecimento d’água pela rede pública. A energia elétrica estava presente em 91,6% das residências com relógio próprio e coleta do lixo em era realizada em 82,7% dos domicílios. Do total de residências, 46,3% eram próprias e 19,2% alugadas. Entre os imóveis visitados, foram encontradas 11 unidades que desenvolviam algum tipo de atividade comercial ou de serviço em conjunto com o uso habitacional. Estes imóveis foram considerados como “imóveis mistos” pela pesquisa. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados, 70 (94,6%) pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares variava de 31 a 40 anos (41,9%), enquanto que o nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 52,3% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa “De ½ a 1 SM”. 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 138 crianças menores de 7 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa correspondendo a 15,2% do total e, todas elas, encontravam-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 259 crianças e adolescentes, e destes, 99,6% encontravam-se freqüentando a escola. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Aposentado e 3ª Pensionista; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 61 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa Saúde da Família - PSF, com 64,5% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. Declararam não fazer uso de nenhum outro programa, 20,1% dos entrevistados. 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família na Região 55,1% afirmaram ter conhecimento das suas condicionalidades. É relevante a informação de que 43,5% não têm conhecimento das condicionalidades exigidas para permanência no PBF. Dos inscritos, 81,8% informaram não ter tido dificuldade para se inscrever no Programa. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação em 79,4% dos casos. Quando perguntado sobre o que melhorou após o PBF, a maioria dos entrevistados (77,1%) informou que o Programa vem contribuindo para melhoria da alimentação, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Em relação às dificuldades de gerenciamento do Programa encontradas pelos gestores, a mais freqüente estava relacionada ao “Transporte” para 33,3% dos entrevistados na Região. Nesses casos, o transporte é utilizado para a realização de visitas domiciliares de acompanhamento e fiscalização, feitas pela equipe técnica municipal. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas por eles nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação, destacaram como primeira dificuldade para melhor cumprimento das condicionalidades, o item “Localização das crianças”, devido à mudança de escola ou município sem prévia comunicação, com 75,0% dos casos. Outro aspecto relevante na Região é a “Falta de pessoal qualificado para manuseio do sistema” (50,0%), segundo os entrevistados. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 62 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Na Saúde a principal dificuldade apontada pelos Gestores diz respeito ao “Manuseio do SISVAN” (50,0%), seguido por “Falta de recursos humanos” para a demanda municipal (25,0%). Segundo 33,3% dos Gestores faltam capacitação e acompanhamento para a equipe técnica municipal. Os recursos do IGDBF tiveram, na Região da Mata Sul, como principais destinações às aplicações com: material de consumo, computador, móveis e utensílios diversos (72,8%), no que diz respeito a gastos com recursos técnicos / administrativos; e para a contratação de equipe técnica temporária, em 87,5% dos casos. No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 83,3%; oferta de vagas nas escolas “Continua o mesmo” (50,0%); permanência dos alunos na escola, “aumentou muito” (83,3%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou muito” (66,7%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou muito” (66,7%). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 63 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO RIACHO DAS ALMAS JATAÚBA BREJO DA MADRE DE DEUS POÇÃO PESQUEIRA BEZERROS SAIRÉ SÃO CAITANO TACAIMBÓ CAMOCIM DE SÃO FELIX S. JOAQUIM DO MONTE CACHOEIRINHA ALAGOINHA SÃO BENTO DO UNA GRAVATÁ CARUARU BELO JARDIM SANHARÓ Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ALTINHO AGRESTINA IBIRAJUBA PANELAS BARRA DE GUABIRABA BONITO CUPIRA LAGOA DOS GATOS REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE CENTRAL Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 64 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1.0 A REGIÃO DO AGRESTE CENTRAL Formada por 26 municípios esta Região ocupa um território de 10.117 km². Sua economia está baseada, principalmente, na pecuária leiteira e no turismo. A população total da região é de 935.207 habitantes. Destes, 653.604 vivem na área urbana dos municípios e 281,603 na área rural. Seus municípios mais populosos são Caruaru com 253.634 habitantes, seguidos por Belo Jardim com 68.698 e Gravatá com 67.273 (IBGE, 2000). Quadro Região - 001 : SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS REGIONAIS REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO: AGRESTE CENTRAL Entidades Área População IDH Município Assistenciais (Km ²) Total Urbana Rural 2000 Públicas Privadas Agrestina 198 20.036 12.895 7.141 0,612 1 4 Alagoinha 180 12.535 6.738 5.797 0,630 1 8 Altinho 453 22.131 10.542 11.589 0,590 1 5 Barra de 118 10.939 9.260 1.679 0,554 1 2 Guabiraba Belo Jardim 654 68.698 50.392 18.306 0,619 1 3 Bezerros 546 57.371 44.566 12.805 0,593 1 10 Bonito 393 37.750 22.995 14.755 0,579 1 10 Brejo da 783 38.109 24.713 13.396 0,642 1 6 Madre de Deus Cachoeirinha 183 17.042 12.084 4.958 0,626 1 2 C.de São Felix 51 15.115 11.177 3.938 0,713 1 3 Caruaru 932 253.634 217.407 36.227 0,606 2 26 Cupira 104 22.383 18.085 4.298 0,610 1 4 Gravatá 492 67.273 55.536 11.710 0,654 1 21 Ibirajuba 218 7.438 2.428 5.010 0,558 1 3 Jataúba 716 14.653 6.628 8.025 0,583 1 Lagoa dos 189 16.100 7.460 8.640 0,536 1 1 Gatos Panelas 370 25.874 10.851 15.023 0,576 1 1 Pesqueira 1.036 57.721 40.991 16.730 0,636 1 11 Poção 212 11.178 6.359 4.819 0,571 1 Riaço das 314 18.142 6.123 12.019 0,609 1 Almas Sairé 199 13.649 5.648 8.001 0,598 1 3 Sanharó 248 15.879 7.613 8.266 0,618 1 5 São Bento do 716 45.360 23.306 22.054 0,623 1 3 Uma São Caetano 374 33.426 22.499 10.927 0,580 1 1 São J. do Monte 231 19.842 11.354 8.488 0,571 1 3 Tacaimbó 211 12.929 5.927 7.002 0,598 1 1 Total 10.117 935.207 653.604 281.603 0,603 27 136 Fontes: IBGE(2000); CONDEPE FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2007) Crianças 10-14 Analfabetas 19,78 16,68 15,56 23,22 20,00 11,11 16,12 28,87 12,97 11,34 12,34 25,11 13,25 19,63 16,48 25,86 19,37 18,17 24,72 15,22 12,12 20,58 20,75 23,74 19,39 14,35 18,34 Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br Mortalidade Infantil até 1 ano 60,72 54,41 69,48 87,32 70,35 68,33 74,66 70,35 47,66 59,51 47,66 61,94 56,11 87,32 65,97 95,59 72,55 69,08 84,55 73,07 59,51 78,25 72,4 93,38 76,74 64,04 69,17 65 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH era de 125.424 o total de famílias beneficiárias do Agreste Central, em junho de 2007. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Belo Jardim (9.436), seguido de Pesqueira (8.895) e de Gravatá (8.791). Os municípios com menor número de famílias beneficiárias eram Ibirajuba (1.132), Barra de Guabiraba (1.390) e Tacaimbó (1.788). A pesquisa realizou entrevistas com 298 famílias beneficiárias da região e com 09 responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (98,0%). As paredes de alvenaria em tijolo encontravam-se presentes em quase todos os domicílios visitados (97,0%). Pouco menos de um quinto das moradias (16,1%) não possuía abastecimento d’água. A energia elétrica estava presente em 91,6% das residências e a coleta do lixo era realizada em 92,6%. Apenas 6% informaram queimar o lixo residencial. Do total de residências, 60,7% eram próprias e 18,8% alugadas. Entre os imóveis visitados, foram encontradas 12 unidades que desenvolviam algum tipo de atividade comercial ou de serviço em conjunto com o uso habitacional. Estes imóveis foram considerados como “Imóveis mistos” pela pesquisa. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados 96,3% pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares, foi a de 31 a 40 anos (38,8%), enquanto que o nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 53,8% de presença entre os entrevistados. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa “De + ¼ a ½ SM”. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 66 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 176 crianças menores de sete anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa, correspondendo a 14,5% do total. Destas, 94,9% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 396 (31,8%) crianças e adolescentes, e destes, 99,2 % encontravam-se freqüentando a escola. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Empregada doméstica e 3ª Costureira; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa de Saúde da Família – PSF, com 57,4% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família, a grande maioria dos entrevistados na Região (71,5%) afirmaram ter conhecimento das suas condicionalidades e destas, pouco menos de um terço (28,9%), tiveram dificuldade para se inscrever no Programa. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação em 80,2% dos casos. Quando perguntado sobre o que melhorou com o PBF, a maioria dos entrevistados (86,9%) informou que o Programa vem contribuindo para melhoria da alimentação, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. “Recursos de informática” e “Instalações inadequadas”, ambos com 22,2% das respostas, foram os itens de maior dificuldade para o gerenciamento do PBF apontados pelos Gestores durante as entrevistas realizadas na Região. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 67 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Aos Gestores, também foram realizadas perguntas sobre as dificuldades de gerenciar as condicionalidades nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação a maior dificuldade está relacionada à “Dificuldade de localização das crianças”, com 55,6%, seguido por “Controle da freqüência escolar insuficiente”, com 22,2%. Na Saúde as principais dificuldades apontadas pelos Gestores dizem respeito à “Insuficiência de recursos humanos”, “Insuficiência de postos de saúde”, e “dificuldade de acompanhamento das gestantes e nutriz”, todas com 33,3% de incidência nas respostas. Os recursos do IGDBF tiveram na Região do Agreste Central como principais destinações aplicações com recursos técnicos / administrativos e recursos humanos, ambos com 44,4% dos casos. No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa no contexto municipal, tiveram dos gestores as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” (66,7%); Oferta de vagas e permanência dos alunos nas escolas: “Aumentou um pouco” (55,6%); Acompanhamento das gestantes e nutrizes: “Aumentou um pouco” (44,4%); Acompanhamento das crianças de 0 a 7 anos: “Aumentou muito” (33,3%). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 68 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas VENTUROSA LAJEDO BUÍQUE CAPOEIRAS PEDRA JUPI CALÇADO JUREMA JUCATI CAETÉS TUPANATINGA SÃO JOÃO PARANATAMA ANGELIM GARANHUNS ITAÍBA SALOÁ ÁGUAS BELAS IATI PALMERINA BREJÃO TEREZINHA CANHOTINHO CORRENTES LAGOA DO OURO BOM CONSELHO REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE MERIDIONAL Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 69 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1.0. REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE MERIDIONAL A região do Agreste Meridional é formada por 26 municípios tendo sua extensão territorial corresponde a 10.783 km². A economia da RD está baseada, principalmente, na pecuária leiteira e no turismo. A população total da Região é de 594.890 habitantes. Destes, 310.004 vivem na área urbana dos municípios, e 284,886 na área rural. Os municípios mais populosos são Garanhuns (117.749), Buíque, (44.169) e Bom Conselho (42.085). Quadro 001: Características Sócio-Assistenciais da RD do Agreste Meridional Entidades Área População IDH Município Assistenciais (Km ²) Total Urbana Rural 2000 Públicas Privadas Águas 883,9 1 2 36.641 19.937 16.704 0,602 Belas Angelim 126,2 9.082 4.543 4.539 0,532 1 2 Bom 794,9 1 5 Conselho 42.085 25.222 16.863 0,572 Brejão 161,2 8.916 3.217 5.699 0,569 1 3 Buíque 1.273,6 44.169 15.472 28.697 0,575 1 5 Caetés 322,9 24..37 5.508 18.629 0,521 1 Calçado 55,7 11.709 3.265 8.444 0,582 1 Canhotinho 421,2 24.920 12.261 12.659 0,588 1 1 Capoeiras 342,9 19.556 4.843 14.713 0,593 1 1 Correntes 284,1 17.044 8.844 8.200 0,587 1 Garanhuns 465,8 117.749 103.435 14.314 0,693 1 24 Iati 565,2 17.691 6.608 11.083 0,526 1 Itaíba 1.068,7 26.799 8.735 18.064 0,567 1 1 Jucati 108,9 9.695 2.277 7.418 0,553 1 Jupi 150,6 12.329 5.785 6.544 0,609 1 1 Jurema 146,4 13.741 7.634 6.107 0,550 1 Lagoa do 218,7 1 Ouro 10.977 4.548 6.429 0,569 Lajedo 208 32.209 22.531 9.678 0,625 1 Palmeirina 199,6 9.536 4.790 4.746 0,596 1 Paranatama 271,6 10.348 1.647 8.701 0,561 1 Pedra 848,8 20.244 10.267 9.977 0,601 1 4 Saloá 295,8 15.006 5.141 9.865 0,561 1 São João 235,6 19.744 7.144 12.600 0,593 1 Terezinha 141,9 6.300 1.880 4.420 0,565 1 Tupanatinga 866,1 20.801 6.420 14.381 0,540 1 2 Venturosa 324,7 13.462 8.050 5.412 0,633 1 3 Total / 10.783,0 594.890 310.004 284.886 0,579 26 54 Média Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PNUD (2000); SIGAS (2006) Crianças 10-14 Analfabetas Mortalidade Infantil até 1 ano 39,37 69,55 15,74 98,12 27,86 81,84 21,57 32,47 25,74 16,36 25,47 21,70 24,31 10,91 31,71 34,00 24,60 15,99 26,22 77,67 51,32 94,11 76,17 69,72 65,97 80,65 54,2 91,83 67,8 96,37 64,45 94,11 25,90 69,55 14,73 21,77 19,45 29,64 21,20 17,55 22,52 28,20 18,52 75,99 69,55 84,25 62,46 87,32 74,74 67,08 75,24 60,4 23,59 1960,46 2.0. SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 70 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do Agreste Meridional, em Junho de 2007, correspondia a 86.721 famílias. Os municípios que apresentavam maior concentração de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Garanhuns (12.269), Buíque (6.865) e Bom Conselho (6.161). O município com menor número de beneficiários era, nas últimas estatísticas da SEDSDH, Terezinha com 1.175 famílias. A pesquisa realizou entrevistas com 197 famílias beneficiárias da Região e com 12 pessoas responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados da pesquisa revelaram alguns traços do perfil socioeconômico do conjunto das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (99,0%). Em apartamento foram registrados apenas 0,5% de ocorrências. Do total das residências, 64,5% eram próprias e 16,2% alugadas. As paredes de alvenaria em tijolo constituíam também a quase totalidade dos domicílios visitados (97,5%). Menos de um quinto das moradias (22,8%) não possuía abastecimento d’água. A energia elétrica estava presente em 95,9% e a coleta do lixo em 85,3% das residências. Ainda em relação à coleta do lixo (11,2%) informou que queimava e 2,0% que jogava a céu aberto. Entre os imóveis visitados, foram encontradas apenas 6 unidades que exerciam algum tipo de atividade de comércio ou serviço sendo desenvolvidos, juntamente com a atividade habitacional. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA Entre os titulares do PBF entrevistados 90,4% eram mulheres e apenas 9,6% homens. A faixa de idade mais freqüente encontrada entre os titulares do PBF foi de a de 31 a 40 anos com (37,1%), enquanto o seu nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 46,2% das repostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa de “Até ¼ de SM” (28,9%). Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Empregada doméstica e 3ª Vendedor, somando 66,3%, como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 71 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 151 crianças menores de 07 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa correspondendo a 16,4% do total. Destas, 91,4% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 258 crianças e adolescentes, e destes, 97,2 % encontravam-se freqüentando a escola. Com relação ao Programa Bolsa Família, a grande maioria dos entrevistados na Região (60,4%) declararam ter conhecimento das condicionalidades. Um total de 18,3% dos entrevistados teve dificuldade para se inscrever no Programa PBF. 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região à inserção no Seguro Safra com 46,7%, seguido do Programa Saúde da Família – PSF, com 43,7% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. O terceiro é o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, com 2,5% de participação entre os entrevistados. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge em primeiro lugar para alimentação, um total de 88,3% dos entrevistados gasta o recurso exclusivamente com este item. Em seguida aparece o grupo “Gás, querosene e outro” (1,0%). 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito o processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Primeiramente, quanto às dificuldades encontradas, onde as mais freqüentes foram: Falta de transporte (16,7%) e recursos de informática (8,3%). Na área da educação, a principal dificuldade foi relacionada à localização das crianças, devido à grande mobilidade das famílias e troca de escolas sem a devida comunicação para alteração no cadastro, somando 41,7% dos casos. Na saúde, as dificuldades mais freqüentes estavam relacionadas à marcação de consultas e ao acompanhamento de gestantes e nutrizes, ambos com 33,3%. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 72 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Os recursos do IGDBF tiveram na Região do Agreste Meridional como principais destinações às aplicações com: Recursos técnicos / administrativos (8,3%), recursos humanos (8,3%), transferência para educação (8,3%), transferência para saúde também com 8,3% dos casos. Quando questionados sobre os benefícios decorrentes do Programa no contexto municipal, os gestores avaliaram que as melhorias se deram com maior freqüência no aumento da movimentação do comercio local, configurado na categoria “Aumentou muito” com 58,35%; oferta de vagas e permanência dos alunos nas escolas, acompanhamento das gestantes e nutrizes, cada uma “Aumentou um pouco” (50,0%); e o acompanhamento das crianças de 0 a 7 anos “Aumentou muito”, com 58,3%. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 73 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas CEDRO SÃO JOSÉ DO BELMONTE SERRITA VERDEJANTE PARNAMIRIM TERRA NOVA MIRANDIBA SALGUEIRO REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO CENTRAL Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 74 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 1.0 A REGIÃO DO SERTÃO CENTRAL A região do Sertão Central é formada por 8 municípios. A economia da RD está baseada, principalmente, na agropecuária, na pequena indústria e no setor de comércio e serviços. Sua extensão territorial corresponde a 9.144,6 km². A população total da região é de 159.397 habitantes. Destes, 84.057 vivem na área urbana dos municípios e 75.340 na área rural. Os municípios mais populosos são Salgueiro, com 39.891 habitantes, seguido por São José do Belmonte, com 31.652. Quadro001: Características Sócio-Assistenciais da RD do Sertão Central Município Cedro Mirandiba Parnamirim Salgueiro S. J. do Belmonte Serrita Terra Nova Verdejante Total / Média Área População IDH (Km ²) Total Urbana Rural 172,3 770,0 2.587,6 1.726,4 1.484,8 1.595,6 360,7 447,2 9.144,6 9.551 13.122 19.289 51.571 31.652 17.848 7.518 8.846 1.593,97 5.017 6.375 7.323 39.891 14.763 4.419 3.969 2.300 84.057 4.534 6.747 11.966 11.680 16.889 13.429 3.549 6.546 75.340 2000 0,672 0,636 0,665 0,708 0,635 0,645 0,666 0,650 0,659 Entidades Assistenciais Públicas Privadas 1 1 1 1 1 1 1 1 8 2 4 2 9 1 1 1 20 Crianças 10-14 Analfabetas 12,80 15,54 13,90 10,75 16,33 11,28 11,69 12,51 13,10 Mortalidade Infantil até 1 ano 39,84 45,66 33,49 38,44 45,66 39,84 41,73 38,07 40,34 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2006) 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do Sertão Central, em Junho de 2007, correspondia a 22.731 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Salgueiro (6.323), seguido de São José do Belmont (4.839). Os municípios com menores números de beneficiários eram Terra Nova (1.069) e Verdejante (1.433). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 75 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A pesquisa realizou entrevistas com 65 famílias beneficiárias da região e com 4 responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. Os imóveis pesquisados eram constituídos por um núcleo familiar em 93,8% dos casos. Em sua maioria eram do tipo casas (96,9%), de alvenaria (87,7%), tendo em seu interior um total de cinco cômodos, em 30,8% dos casos. Em 56,9% das famílias entrevistadas no Sertão Central, havia a posse do imóvel no qual residiam. O abastecimento d’água era fornecido pela rede pública municipal em 78,5%, dos casos. Seguido por abastecimento através de poço ou nascente (12,3%). As casas dispunham de relógio próprio para o abastecimento de energia elétrica em 93,8% dos casos. No que diz respeito ao lixo domiciliar, a coleta era realizada para 76,9% dos domicílios e, para 15,4% dos entrevistados, esses resíduos eram queimados. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados, 62 (95,4%) pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares do PBF foi de 31 a 40 anos (33,8%) e na composição familiar a faixa etária registrada com maior freqüência foi de 7 a 15 anos (26,4%). O nível de instrução mais freqüente entre os titulares entrevistados, situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto”, com 58,5%das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, está situada na faixa “De + ½ a 1 SM” (38,5%). 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 45 crianças menores de 7 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa. Destas, 95,6% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa etária de 07 a 15 anos foram registradas 78 crianças e adolescentes, e todos estavam freqüentando a escola. O conjunto de gestantes e nutrizes levantado pela pesquisa totalizaram 03 mulheres, sendo que 100,0% delas declararam ter posse do cartão de saúde. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 76 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Trabalhador rural, 2ª Empregada doméstica e 3ª Servente; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa Saúde da Família - PSF, com 78,5% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família na Região 64,6% afirmaram ter conhecimento das suas condicionalidades. Dos inscritos, 93,8% informaram não ter tido dificuldade para se inscrever no Programa. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação em 90,8% dos casos. Quando perguntado sobre o que melhorou após o PBF, a maioria dos entrevistados (93,8%) informou que o Programa vem contribuindo para melhoria da alimentação, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. As dificuldades apontadas pelos gestores foram: Transporte com 50,0% e material permanente com incidência de 25,0% nas respostas. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas por eles nas áreas de Educação e Saúde para cumprimento das condicionalidades. Em relação à Educação destacaram como primeira dificuldade o “Controle da freqüência” que é precário para 50,0% dos entrevistados. Para outros 50,0% dos gestores outra dificuldade é a “Perda de informações pelo MEC”. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 77 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Na Saúde as principais dificuldades apontadas pelos gestores dizem respeito à insuficiência de postos de saúde (75,0%) para atender a demanda do município; e insuficiência de recursos humanos e dificuldade de manuseio do SISVAN, ambos com 50,0% das repostas. Para 25,0% dos entrevistados, outra dificuldade para cumprimento das condicionalidades está relacionada a pouca ou nenhuma articulação entre as Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social, dificultando a operacionalização do Programa. Os recursos do IGDBF tiveram como principal utilização à aquisição de computador, móveis e utensílios, no item “Recursos técnicos / administrativos” (75,0%). No item “Recursos humanos”, 25,0% dos recursos foram destinados a pagamento de técnico de informática e outros 25,0% com a contratação temporária de técnicos. No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 100,0%; oferta de vagas nas escolas “Aumentou um pouco” (50,0%); permanência dos alunos na escola, “Aumentou muito” (100,0%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou muito” (75,0%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou muito” em (75,0%) dos casos. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 78 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas CARNAUBEIRA DA PENHA FLORESTA BELÉM DE SÃO FRANCISCO ITACURUBA PETROLÂNDIA TACARATU JATOBÁ Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 79 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO DO ITAPARICA 1.0 A REGIÃO DO SERTÃO DO ITAPARICA A região do Sertão do Itaparica é formada por 7 municípios. A economia da RD está baseada, principalmente, na produção agrícola e na pecuária. Sua extensão territorial corresponde a 9.550,1 km². A população total da região é de 116.574 habitantes. Destes, 63.958 vivem na área urbana dos municípios e 52.616 na área rural. Os municípios mais populosos são Petrolândia com 27.320 habitantes, seguido por Floresta, com 24.729. Quadro 001: Características Sócio-Assistenciais da RD do Sertão do Itaparica Área IDH Entidades Assistenciais Rural 2000 Públicas Privadas 8.405 9.282 9.182 436 7.736 7.721 9.854 52.616 0,669 0,537 0,698 0,684 0,686 0,688 0,585 0,649 População Município Belém de S.Francisco Carnaubeira da Penha Floresta Itacuruba Jatobá Petrolândia Tacaratu Total / Média (Km ²) Total 1.835,0 995,2 3.674,9 463,7 276,1 1.083,7 1.248,5 9.550,1 20.208 10.404 24.729 3.669 13.148 27.320 17.096 116.574 Urbana 11.803 1.122 15.547 3.233 5.412 19.599 7.242 63.958 1 1 1 1 1 1 1 7 3 2 2 1 1 9 Crianças Mortalida 10-14 de Analfabe Infantil tas até 1 ano 19,29 25,15 12,60 13,39 11,32 14,89 16,82 16,20 40,09 78,79 35,57 42,79 42,79 39,30 78,79 51,2 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2006) 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do Sertão do Itaparica, em Junho de Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 80 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2007, correspondia a 18.947 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Itacuruba (4.299), segundo município Petrolândia (3.437) e terceiro município Floresta (3.084). O município com menor número de beneficiários era Carnaubeira da Penha com 1.427 beneficiários. A pesquisa realizou entrevistas com 43 famílias beneficiárias da região e com 06 responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (100,0 %). As paredes de alvenaria em tijolo constituíam também a quase totalidade (88,9%) Das moradias visitadas (77,8%) possuíam abastecimento d’água. A energia elétrica estava presente em 91,1% das residências das famílias entrevistadas no Sertão do Itaparica. Do total de residências, 57,8% eram próprias e 22,2% alugadas. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados, todos pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares do PBF foi de 31 a 40 anos em 37,8% dos casos, enquanto seu nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 33,3% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa “De + ¼ a ½ SM”. 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 34 crianças menores de 07 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa. Destas, 94,1% encontrava-se com a vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 54 crianças e adolescentes, e destes, 100,0% encontravam-se freqüentando a escola. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Trabalhador rural, 2ª Aposentado e 3ª Servente; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 81 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa de Saúde da Família – PSF, com 86,7% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. O terceiro é o Programa Seguro Safra com 2,2% de participação entre os entrevistados. 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família, a quase totalidade (97,8%) dos entrevistados na Região, declarou não terem tido dificuldades para inscrever-se ou manter-se inscrito no Programa e 64,4% informaram ter conhecimento de suas condicionalidades. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge em sua quase totalidade para alimentação, em 93,3% dos casos. Quando perguntado sobre o que melhorou com o PBF, a maioria dos entrevistados informou que o mesmo vem contribuindo para melhoria da alimentação, com 95,6% das respostas dos entrevistados da região, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Quanto às dificuldades encontradas, as mais freqüentes foram: Falta de transporte e instalações adequadas (16,7%) para cada um desses itens. Vale ressaltar que nesta Região, 66,7% dos gestores declararam não ter dificuldade no gerenciamento do Programa. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas por eles nas áreas de Educação e Saúde para cumprimento das condicionalidades. Na área da Educação as principais dificuldades foram: Número de escolas insuficientes (33,3%) e dificuldade de localização das crianças em 50,0% das respostas. Na Saúde as principais dificuldades apontadas pelos gestores dizem respeito à “Dificuldade de acesso ao cartão saúde” (33,3%), em seguida “Recursos humanos insuficientes” com 16,7% das respostas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 82 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Os recursos do IGDBF tiveram como principal utilização com a contratação de recursos humanos (16,7%). Outros declaram utilizar os recursos para pagamento de cursos para os beneficiários (16,7%). No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 83,3%; oferta de vagas nas escolas “Continua o mesmo” (66,7%); permanência dos alunos na escola, “Aumentou muito” (66,7%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou muito” (83,3%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou muito” (50,0%) . SERTÂNIA CUSTÓDIA BETÂNIA ARCOVERDE IBIMIRIM INAJÁ MANARI Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 83 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO DO MOXOTÓ 1.0 A REGIÃO DO SERTÃO DO MOXOTÓ A região do Sertão do Moxotó é formada por 7 municípios. A economia da RD está baseada, principalmente, na caprinovinocultura, na agricultura e no setor de prestação de serviços. Sua extensão territorial corresponde a 8.970,4 km². Sua população total corresponde a 185.179 habitantes. Destes, 114.176 vivem na área urbana dos municípios e 71.003 na área rural. Os municípios mais populosos são Arcoverde, com 61.600 habitantes, seguido por Sertânia, com 31.657. Quadro 001 : Características Sócio-Assistenciais da RD do Sertão do Moxotó Município Arcoverde Betânia Custódia Ibimirim Inajá Manari Sertânia Total / Média Área População IDH (Km ²) Total Urbana Rural 2000 379,0 1.227,5 1.478,4 1.893,6 1.094,1 548,3 2.349,5 8.970,4 61.600 11.305 29.969 24.340 13.280 13.028 31.657 185.179 55.301 2.921 16.645 13.496 6.479 2.287 17.047 114.176 6.299 8.384 13.324 10.844 6.801 10.741 14.610 71.003 0,708 0,593 0,653 0,566 0,566 0,467 0,648 0,600 Entidades Assistenciais Públicas Privadas 1 1 1 1 1 1 1 7 12 1 1 3 7 2 9 35 Crianças 10-14 Analfabetas Mortalidade Infantil até 1 ano 16,77 15,82 19,65 23,6 33,97 38,16 13,86 23,11 43,96 58,96 40,7 75,23 79,03 109,67 47,35 64,98 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2006) 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco – SEDSDH, o total de beneficiários do Sertão do Moxotó em Junho de Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 84 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2007, correspondia a 27.541 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa família eram: Arcoverde (7.517), Custódia (4.715) e Sertânia (4.349). O município com menor número de beneficiários era Betânia com 1.517. A pesquisa realizou entrevistas com 73 famílias beneficiárias da região e com 05 responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. Os imóveis pesquisados eram constituídos por um núcleo familiar, que, em sua totalidade, eram do tipo casas (100,0%) e, na maioria dos casos, de alvenaria (97,3%). Das 74 residências visitadas, 06 delas apresentavam alguma atividade geradora de renda, com maior concentração de renda até R$ 95,00 (50,0%). Para 73,0% das famílias entrevistadas no Sertão do Moxotó, havia a posse do imóvel no qual residiam. O abastecimento d’água era fornecido pela rede pública municipal, em 62,2%, dos casos. Seguido por abastecimento através de poço ou nascente (16,2%). As casas continham relógio próprio para o abastecimento de energia elétrica em 93,2% dos casos. No que diz respeito ao lixo domiciliar, a coleta era realizada para 64,9% dos domicílios e, para 17,6% dos entrevistados, esses resíduos eram queimados. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados, 195 (91,1%) pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares do PBF foi de 31 a 40 anos (40,5%) e na composição familiar a faixa etária registrada com maior freqüência foi de 7 a 15 anos (32,7%). O nível de instrução mais freqüente entre os titulares, situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto”, com 48,6% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa “De + ¼ a ½ SM”. 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 48 crianças menores de 7 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa. Destas, 95,8% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa etária de 07 a 15 anos foram registradas 106 crianças e adolescentes, e destes, 93,4% Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 85 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas encontravam-se freqüentando a escola. O conjunto de gestantes e nutrizes levantado pela pesquisa totalizaram 08 mulheres, sendo que 100,0% delas declararam ter posse do cartão de saúde. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Trabalhador rural, 2ª Empregada doméstica e 3ª Artesão; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa Saúde da Família - PSF, com 50,0% de famílias que declararam fazer uso do mesmo, seguido pelo Seguro Safra (33,8%). 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família na Região 77,0% afirmaram ter conhecimento das suas condicionalidades. E esta mesma proporção informou não ter tido dificuldade para se inscrever no Programa. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação, onde 90,5% dos entrevistados informaram gastar o recurso do PBF exclusivamente com este item. Quando perguntado sobre o que melhorou com o PBF, a maioria dos entrevistados informou que o mesmo vem contribuindo para melhoria da alimentação com 93,2% confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito o processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Quanto às dificuldades encontradas, a mais freqüente apontada pelos gestores foi: Transporte, com incidência de 80,0 % das respostas. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas por eles nas áreas de Educação e Saúde para cumprimento das condicionalidades. Na área da Educação a principal dificuldade foi: número de escolas insuficientes e controle da freqüência escolar, Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 86 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ambas com 20,0% das respostas. Essa dificuldade no controle da freqüência se deve à mudança de escola (100,0%) sem que seja realizada a atualização cadastral pelos pais. Com relação à Saúde foram colocadas as seguintes dificuldades: Número de postos de saúde, recursos humanos insuficiente, dificuldade de acesso ao Cartão Saúde e ao acompanhamento a gestantes e nutrizes, todos com 40,0% de incidência de respostas. Os recursos do IGDBF tiveram como principal utilização contratação temporária de técnicos (40,0%) e aquisição de impressoras e computadores (20,0%), no item “Recursos técnicos / administrativos”. No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 60,0%; oferta de vagas nas escolas “Aumentou muito” (60,0%); permanência dos alunos na escola, “Aumentou muito” (60,0%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou muito” (60,0%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou muito” em (60,0%) dos casos. S. VICENTE FÉRRER OROBÓ MACHADOS VERTENTE CASINHAS DO LÉRIO STª CRUZ DO CAPIBARIBE TAQUARITINGA DO NORTE STª Mª DO CAMBUCÁ VERTENTES SURUBIM BOM JARDIM JOÃO ALFREDO LIMOEIRO SALGADINHO FEIRA NOVA FREI MIGUELINHO TORITAMA PASSIRA CUMARU Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 87 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE SETENTRIONAL 1.0 REGIÃO DO AGRESTE SETENTRIONAL Formado por 19 municípios limita-se ao Norte e ao Oeste com o Estado da Paraíba, ao Sul com o Agreste Central e ao Leste com a Região de Desenvolvimento da Mata Norte. Ocupa uma superfície de 3.529,6 Km², (3,58% do território estadual). Abriga uma população de 463.771 habitantes, agregando 255.620 indivíduos na zona urbana e 208.151 na zona rural. Entre eles os mais populosos são Bom Jardim com 37.013, Cumaru com 20.691 e Surubim com 17.186. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 88 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do PBF no Agreste Setentrional, em Junho de 2007, correspondia a 63.083 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Limoeiro (7.864), Surubim (6.973) e Bom Jardim (5.837). Os municípios com menor número de beneficiários eram, nas últimas estatísticas da SEDSDH Salgadinho (960), Vertente do Lério (1.520) e Machados (1.648). A presente pesquisa realizou entrevistas com 165 famílias beneficiárias da região e com cinco responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados da pesquisa revelaram alguns traços do perfil socioeconômico do conjunto das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (97%,). Do total das Quadro 001: Características Sócio-Assistenciais da RD do Agreste Setentrional Município Área (Km ²) Bom Jardim 207,40 Casinhas 108,70 Cumaru 277,30 Feira Nova 118,30 Frei Miguelinho 214,90 João Alfredo 149,40 Limoeiro 276,30 Machados 44,90 Orobó 125,70 Passira 363,30 Salgadinho 71,60 Santa C. do Capibaribe 368,00 Santa M. do Cambucá 94,10 São Vicente Férrer 119,70 Surubim 253,80 Taquaritinga do Norte 448,80 Toritama 34,60 Vertente do Lério 80,80 Vertentes 172,00 Total / Média 3.529,60 População IDH Total Urbana Rural 2000 37.013 11.920 20.691 6.701 10.614 16.727 13.910 4.352 16.888 16.806 4.888 1.822 9.478 7.098 17.186 7.735 1.673 7.028 8.654 463.771 23.980 13.345 27.489 18.857 12.978 27.023 56.322 9.826 22.475 29.132 7.139 59.048 11.739 16.004 50.331 19.757 21.800 8.536 14.957 255.620 13.033 1.425 6.798 12.156 2.364 10.296 42.412 5.474 5.587 12.326 2.251 57.226 2.261 8.906 33.145 12.022 20.127 1.508 6.303 208.151 0,618 0,588 0,575 0,606 0,610 0,610 0,688 0,601 0,612 0,625 0,602 0,699 0,566 0,598 0,641 0,688 0,670 0,563 0,616 0,620 Entidades Assistenciais Públicas Privadas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 19 2 4 2 1 13 4 6 5 10 1 7 5 60 Crianças 10-14 Analfabetas 10,69 16,57 8,05 6,06 13,03 18,53 6,28 17,18 15,13 12,9 20,45 16,46 19,43 14,07 13,11 10,56 12,95 16,1 17,45 13,95 Mortalida de Infantil até 1 ano 47,96 71,52 60,78 65,90 49,98 51,51 37,44 65,90 60,78 47,96 58,53 40,97 72,74 60,78 64,70 36,28 42,35 72,74 51,23 55,79 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PNUD (2000); SIGAS (2006) residências, 59,4% eram próprias e 24,8% alugadas. As paredes de alvenaria constituíam também a quase totalidade (97,6%) dos domicílios visitados. Menos de um quinto das moradias (25,4%) não possuía abastecimento d’água. A energia elétrica estava presente em 92,7% e a coleta do lixo em 91,5% das residências das famílias entrevistadas no Agreste Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 89 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Setentrional. Entre os imóveis visitados, foram encontradas apenas 11 unidades que exerciam algum tipo de atividade de comércio ou serviço sendo desenvolvidos, juntamente com a atividade habitacional. 2.1 COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA Entre os titulares do PBF entrevistados 97,0% eram mulheres e apenas 3,0% homens. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares do PBF foi de 31 a 40 anos, com 30,3%, enquanto seu nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 45,5% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da região, esta situada na faixa de “Mais de ½ a 1 SM” com 27,3%. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Costureira e 3ª Empregado doméstico; como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. 2.2 CONDICIONALIDADES Foram identificadas 105 crianças menores de 7 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa correspondendo a 14,8%. Destas, 93,3% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 168 crianças e adolescentes, e destes, 100,0% encontravam-se freqüentando a escola. O conjunto de gestantes e nutrizes levantado pela pesquisa totalizaram 15 mulheres, sendo que 93,3 % delas declararam realizar o acompanhamento pré-natal. Com relação ao Programa Bolsa Família, a maioria dos entrevistados na Região (61,2%) declararou ter conhecimento das condicionalidades. Pouco menos de um terço tiveram dificuldade para se inscrever no Programa, ou seja, 24,8%. 2.3 O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa de Saúde da Família – PSF, com 70,9% de famílias que declararam fazer uso do mesmo, seguido de 24,8% que declararam estarem inseridos no Seguro Safra. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 90 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge em primeiro lugar para alimentação (85,5%) gastam o recurso do PBF exclusivamente com este item. O grupo “Gás, querosene, outro” aparece com 1,2% das respostas. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito regional/municipal. Destacaram como maiores dificuldades: instalações inadequada, falta de transporte e material permanente todas com 20,0% das respostas. Opinaram também sobre as dificuldades nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação destacaram como primeira dificuldade o número insuficiente de Escolas, com incidência de 40% das respostas, manuseio do sistema de freqüência escolar e dificuldade de localização das crianças com 20% das respostas. Na Saúde a principal dificuldade apontada pelos gestores retrata a insuficiência de recursos humanos e marcação de consulta, ambos com 40% das respostas e dificuldade no acompanhamento de gestantes e nutrizes com 20% de incidência nas respostas. Os recursos do IGDBF tiveram na Região do Agreste Setentrional como principais destinações às aplicações com: Recursos técnicos / administrativos (40,0%) e recursos humanos em 60,0% dos casos. Por outro lado, os benefícios decorrentes do Programa no contexto municipal tiveram dos gestores as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: variando entre “Aumentou um pouco” (60%); Oferta de vagas nas escolas: “Continua o mesmo” (60%) Permanência dos alunos nas escolas: “Aumentou muito” (60%); Acompanhamento das gestantes e nutrizes: “Aumentou um pouco” (60%); Acompanhamento das crianças de 0 a 7 anos: “Aumentou muito” em 80% das respostas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 91 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas EXÚ MOREILÂNDIA ARARIPINA IPUBI BODOCÓ TRINDADE GRANITO OURICURI Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br SANTA FILOMENA STA. CRUZ 92 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO DO ARARIPE 1.0 A REGIÃO DO SERTÃO DO ARARIPE A região do Sertão do Araripe é formada por 10 municípios. A economia da RD está baseada, principalmente, na produção de gesso, no plantio de mandioca, na bovinocultura, na caprinovinocultura e na apicultura. Sua extensão territorial corresponde a 11.969,5 km². Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 93 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A população total da região é de 277.362 habitantes. Destes, 124.455 vivem na área urbana dos municípios e 152.907 na área rural. Os municípios mais populosos são Araripina com 70.898 habitantes, seguido por Ouricuri, com 56.733. Quadro 001: Características Sócio-Assistenciais da RD do Sertão do Araripe Área População IDH Município (Km ²) Total Urbana Rural 2000 Araripina 1.906,3 70.898 34.651 36.247 0,650 Bodocó 1.598,1 31.731 9.302 22.429 0,611 Exu 1.493,9 32.423 11.519 20.904 0,592 Granito 517,5 6.110 1.601 4.509 0,597 Ipubi 968,0 23.042 13.439 9.603 0,600 Moreilândia 617,0 11.116 5.586 5.530 0,616 Ouricuri 2.373,9 56.733 26.608 30.125 0,614 Santa Cruz 1.426,1 11.264 2.861 8.403 0,579 Sta Filomena 840,4 12.115 1.693 10.422 0,582 Trindade 228,3 21.930 17.195 4.735 0,641 Total / Média 11.969,5 277.362 124.455 152.907 0,682 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PNUD (2000); SIGAS (2006) Entidades Assistenciais Pública Privada s s 1 9 1 2 1 2 1 3 1 2 1 3 1 6 1 1 1 1 2 10 30 Crianças Mortalida 10-14 de Infantil Analfabet até 1 ano as 20,50 46,14 24,77 52,77 19,14 70,39 17,90 60,62 20,26 60,62 9,37 60,62 25,43 70,39 25,79 57,74 20,18 55,16 16,98 75,93 20,03 61,04 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do Sertão do Araripe, em Junho de 2007, correspondia a 44.335 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Araripina (11.353), Ouricuri (9.105) e Bodocó (6.161). Os municípios com menores números eram Granito (991), Moreilândia (1613) e Santa Cruz (1.896). A presente pesquisa realizou entrevistas com 115 famílias beneficiárias da região e com 7 responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados da pesquisa revelaram alguns traços do perfil socioeconômico do conjunto das famílias beneficiadas. Os imóveis pesquisados eram constituídos por uma família e, em sua totalidade, eram do tipo casas (100,0%) e, na maioria dos casos, de alvenaria (97,4%). Das 115 residências visitadas nessa região, 02 delas apresentavam alguma atividade geradora de renda, com renda variando entre R$ 100,00 e R$ 200,00. Para 78,30% das famílias entrevistadas no Sertão do Araripe, havia a posse do imóvel no qual residiam. O abastecimento de água era fornecido pela rede pública municipal em Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 94 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 87,8%, dos casos. As casas continham relógio próprio para o abastecimento de energia elétrica em 91,3% dos casos. No que diz respeito ao lixo domiciliar, a coleta era realizada para 76,5% dos domicílios e, 12,2% dos entrevistados informaram que queimavam seus resíduos domiciliares. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados 100% pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares do PBF foi de 18 a 30 anos (33,0%), enquanto que o nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto”, com 65,2% das respostas. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, está situada na faixa “De 1/4 a ½ SM” (23,5%). 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 73 crianças menores de sete anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa. Destas, 98,6% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa etária de 07 a 15 anos foram registradas 148 crianças e adolescentes e todas elas encontravam-se freqüentando a escola. O conjunto de gestantes e nutrizes levantado pela pesquisa totalizaram 11 mulheres, sendo que 100,0% delas declararam ter posse do cartão de saúde. Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa de Saúde da Família – PSF, com 69,6% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Também foi questionado aos entrevistados se eles conheciam as condicionalidades inerentes ao PBF, onde 57,4% informaram ter conhecimento delas. Entretanto, foi verificado que 41,7% dos entrevistados não tinham conhecimento das condicionalidades exigidas para a permanência no Programa. Não houve dificuldade no processo de inscrição do beneficio para 85,2% e, ainda, a maior parte dos entrevistados (99,1%) informou que não encontra dificuldade em manter-se inscrito no PBF. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação em 91,3% dos casos. Quando perguntado sobre o que melhorou com o PBF, a Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 95 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas maioria dos entrevistados (85,2%) informou que o Programa vem contribuindo para melhoria da alimentação, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito regional/municipal. Em relação às dificuldades de gerenciamento do Programa encontradas pelos gestores, as mais freqüentes foram: “Instalações inadequadas” (28,6%) e o grupo “Transporte e Instalações inadequadas” com 14,3% das respostas. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação os Gestores municipais destacaram como primeira dificuldade para melhor cumprimento das condicionalidades, a “Localização das crianças” com 71,4% das respostas, em segundo lugar aparece o “Controle da freqüência” como insuficiente em 42,9% das respostas. Tais dificuldades se devem, segundo os Gestores, a desatualização do Sistema e à falta de informação dos pais dos alunos quando estes mudam de escola ou município. Na Saúde a principal dificuldade apontada pelos Gestores diz respeito ao “Manuseio do SISVAN” em 48,9% das respostas, seguido de “Número de postos de saúde insuficiente” e “dificuldade no acompanhamento de gestantes e nutrizes” com 14,3% de incidência nas respostas. Os recursos do IGDBF tiveram como principal aplicação à “Aquisição de computadores e impressoras” (57,1%), no que diz respeito a recursos técnicos / administrativos; com relação aos recursos humanos, em 85,7% das entrevistas realizadas na Região, os recursos foram utilizados para “Contratação de pessoal”. No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 71,4%; oferta de vagas nas escolas “Continua o mesmo” (85,7%); permanência dos alunos na escola, “Aumentou muito” (85,7%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou muito” (71,4%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou muito” em (57,1%) dos casos. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 96 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 97 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas BREJINHO SANTA TEREZINHA TABIRA ITAPETIM SÃO JOSÉ DO EGITO SOLIDÃO QUIXABA STª CRUZ DA BAIXA VERDE TRIUNFO CALUMBI INGAZEIRA AFOGADOS DA INGAZEIRA TUPARETAMA CARNAÍBA IGUARACI FLORES SERRA TALHADA REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO DO PAJEÚ 1.0 A REGIÃO DO SERTÃO DO PAJEÚ Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 98 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A região do Sertão do Pajeú é formada por 17 municípios. A economia da RD está baseada, principalmente, na agropecuária, na pequena indústria, no setor de comércio e no setor de prestação de serviços e no turismo. Sua extensão territorial corresponde a 8.689,7 km². A população total da região é de 297.494 habitantes. Destes, 166.145 vivem na área urbana dos municípios e 131.349 na área rural. Os municípios mais populosos são Serra Talhada com 70.912 habitantes, seguido por Afogados da Ingazeira, com 32.922. Quadro 001 : Características Sócio-Assistenciais da RD do Sertão do Pajeú Entidades Crianças Área População IDH Mortalida Assistenciais 10-14 Município de Infantil Pública Privada Analfabet até 1 ano (Km ²) Total Urbana Rural 2000 as s s Afog da Ingazeira 384,4 32.922 23.149 9.773 0,683 1 8 10,04 42,39 Brejinho 84,8 7.278 2.389 4.889 0,586 1 2 14,64 73,83 Calumbi 217,7 7.079 1.914 5.165 0,580 1 2 18,42 73,83 Carnaíba 427,9 17.696 6.560 11.136 0,583 1 7,70 73,83 Flores 959,7 20.823 8.139 12.684 0,613 1 1 7,63 52,76 Iguaraci 770,3 11.486 5.308 6.178 0,604 1 10,17 73,83 Ingazeira 245,6 4.567 2.128 2.439 0,638 1 2 10,67 60,04 Itapetim 480,0 14.766 7.591 7.175 0,620 1 7 7,33 71,55 Quixaba 215,4 6.855 2.038 4.817 0,581 1 10,96 73,83 Sta C. da B. Verde 90,8 10.893 4.147 6.746 0,655 1 2 7,84 42,56 Santa Terezinha 218,6 10.251 5.868 4.383 0,602 1 1 13,59 73,63 São José do Egito 708,0 29.468 17.695 11.773 0,657 1 1 10,46 47,24 Serra Talhada 2.952,8 70.912 49.605 21.307 0,682 1 10 12,60 40,58 Solidão 130,1 5.532 1.303 4.229 0,581 1 2 16,05 73,83 Tabira 391,6 24.065 15.944 8.121 0,630 1 4 15,57 58,58 Triunfo 181,4 15.135 6.561 8.574 0,714 1 1 4,29 30,67 Tuparetama 230,6 7.766 5.806 1.960 0,662 1 2 8,06 45,63 Total / Média 8.689,7 297.494 166.145 131.349 0,627 18 45 10,94 59,33 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PENUD (2000); SIGAS (2006) 2.0 SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do Sertão do Pajeú, em Junho de 2007, correspondia a 48.485 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Serra Talhada (10.613), São José do Egito (5.110) e Afogados da Ingazeira (4.555). O município com menor número de beneficiários era, segundo as últimas estatísticas da SEDSDH, Ingazeira, com 673 famílias beneficiárias. A presente pesquisa realizou entrevistas com 124 famílias beneficiárias da região e com 11 responsáveis pela gestão do Programa nos municípios. Os dados da pesquisa revelaram Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 99 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas alguns traços do perfil socioeconômico do conjunto das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (98,4%). Em apartamento foram registrados apenas 1,6% de ocorrências. As paredes de alvenaria em tijolo constituíam também a quase totalidade (99,2%) dos domicílios visitados. Das moradias visitadas, 69,4% possuíam abastecimento d’água e a energia elétrica estava presente em 92,7% das residências das famílias entrevistadas no Sertão do Pajeú. Do total de residências, 57,3% eram próprias e 23,4% alugadas. Entre os imóveis visitados, foram encontradas 4 unidades que desenvolviam algum tipo de atividade comercial ou de serviço em conjunto com o uso habitacional. Estes imóveis foram considerados como “imóveis mistos” pela pesquisa. 2.1. COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA No conjunto de titulares entrevistados 92,7% pertenciam ao sexo feminino. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares variava de 31 a 40 anos (40,3%), enquanto que o nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 50,8% de presença entre os entrevistados. A renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, está situada na faixa de “+ de ¼ a ½ SM” (22,6%). 2.2. CONDICIONALIDADES Foram identificadas 66 crianças menores de 07 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa. Destas, 98,5% encontrava-se com a vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 136 crianças e adolescentes, e destes 99,3% encontravam-se freqüentando a escola. Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Empregado doméstico e 3ª Vendedor, como as atividades que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região, o Programa Saúde da Família – PSF, com 66,1% de famílias que declararam fazer uso do mesmo. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 100 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.3. O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Com relação ao Programa Bolsa Família, 50,8% dos entrevistados na Região, declarou ter conhecimento das condicionalidades. Destes, 34,7% tiveram algum tipo de dificuldade para se inscrever no Programa e, apenas 16,1% dos entrevistados declararam estar encontrando dificuldade para manter-se inscrito no PBF. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge para alimentação, onde 89,5% dos entrevistados informaram gastar o recurso do PBF exclusivamente com este item. Quando perguntado sobre o que melhorou com o PBF, a maioria dos entrevistados informou que o mesmo vem contribuindo para melhoria da alimentação (91,1%) e matricula dos filhos nas escolas (6,5%). 2.4 OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores Municipais gerou informações importantes a respeito o processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. As dificuldades encontradas foram: Transporte, material permanente, recursos e instalações de informática com 30,0% das repostas. Os Gestores também repassaram as dificuldades enfrentadas por eles nas áreas de Educação e Saúde para cumprimento das condicionalidades. Na área da Educação a principal dificuldade foi à localização das crianças (50,0%), devido à mobilidade de suas famílias sem a prévia comunicação para alteração no cadastro. Na área de Saúde a principal dificuldade foi em relação aos recursos humanos insuficientes (30,0%) seguidos de número de postos de saúde insuficiente, realizar acompanhamento das gestantes e nutrizes e dificuldade de marcar consulta, todas com 20,0% das respostas. Os recursos do IGDBF tiveram como principal utilização à aquisição de computador e impressora (60,0%), no item “Recursos técnicos / administrativos”. No item “Recursos humanos”, 60,0% dos recursos foram destinados à contratação temporária de técnicos. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 101 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas No que diz respeito aos benefícios decorrentes do Programa Bolsa Família no contexto municipal, os Gestores realizaram as seguintes avaliações de maiores freqüências: Comércio local: “Aumentou muito” em 60,0%; oferta de vagas nas escolas “Aumentou muito” (60,0%); permanência dos alunos na escola, “Continua o mesmo” (50,0%); acompanhamento de gestantes e nutriz “Aumentou um pouco” (90,0%); e acompanhamento de crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou um pouco” (90,0%). Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 102 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas CABROBÓ OROCÓ DORMENTES AFRÂNIO SANTA MARIA DA BOA VISTA LAGOA GRANDE PETROLINA REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO 1.0 REGIÃ DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 103 I P SA PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A região do Sertão do São Francisco é formada por 7 municípios. A economia da RD está baseada, principalmente, na fruticultura irrigada, na agricultura e na vitivinicultura. Sua extensão territorial corresponde a 14.828,6 km². A população total da região é de 342.505 habitantes. Destes, 216.096 vivem na área urbana dos municípios e 126.409 na área rural. Os municípios mais populosos são Petrolina, com 218.538 habitantes, seguido por Santa Maria da Boa Vista com 36.914. Quadro 001 : Características Sócio-Assistenciais da RD do Sertão do São Francisco Área População (Km ²) Total Urbana 1.491,0 1.658,0 1.538,0 1.852,0 555,0 4.756,8 15.891 26.741 14.411 19.137 10.873 218.538 3.985 15.769 3.835 8.651 3.753 166.279 IDH Entidades Assistenciais 2000 Públicas Privadas 1 2 1 1 1 - Município Afrânio Cabrobó Dormentes Lagoa Grande Orocó Petrolina Sta Maria da Boa Vista Total / Média Rural 11.906 10.972 10.576 10.486 7.300 52.259 0,634 0,677 0,600 0,627 0,667 0,747 Crianças 10-14 Analfab etas Mortalida de Infantil até 1 ano 1 4 1 1 17 8,69 16,85 16,93 16,45 22,95 10,07 43,61 37,64 64,20 64,20 35,60 35,89 2.977,8 36.914 14.004 22.910 0,669 1 - 19,30 47,22 14.828,6 342.505 216.096 126.409 0,660 7 23 15,89 46,89 Fontes: CONDEPE/FIDEM (2000); PNUD (2000); SIGAS (2006) 2.0 - SÍNTESE DOS DADOS COLETADOS Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco - SEDSDH, o total de beneficiários do Sertão do São Francisco, em Junho de 2007, correspondia a 40.287 famílias. Os municípios que apresentavam maiores concentrações de beneficiários do Programa Bolsa Família eram: Petrolina (21.756) e , Santa Maria da Boa Vista (4.918). Os municípios com menor número de beneficiários eram nas últimas estatísticas da SEDSDH: Orocó (1.604) e Afrânio ( 2.707). A presente pesquisa realizou entrevistas com 110 famílias beneficiárias da região e com cinco responsáveis pela gestão do Programa Bolsa Família nos municípios. Os dados coletados revelaram traços do perfil socioeconômico das famílias beneficiárias, suas dificuldades em relação ao programa e as opiniões dos gestores municipais entrevistados. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 104 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A quase totalidade das famílias residia em imóveis do tipo casa (95,5%) e em cômodos onde foi registrado apenas 4,5% de casos. Do total das residências, 58,2% eram próprias e 16,4% alugadas. As paredes de alvenaria em tijolo encontravam-se presentes em quase todos os domicílios visitados (93,6%). Pouco menos de um quinto das moradias (18,1%) não possuía abastecimento d’água. A energia elétrica estava presente em 95,5% das residências e coleta do lixo era realizada em 84,5%. Apenas 10,9% informou queimar o lixo residencial. Entre os imóveis visitados, foram encontradas apenas três unidades que exerciam algum tipo de atividade de comércio ou serviço sendo desenvolvidos, juntamente com a atividade habitacional. 2.1 – COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA Entre os titulares do PBF entrevistados, 92,7 % eram mulheres e apenas 7,3% homens. A faixa de idade mais freqüente registrada entre os titulares do PBF foi de 31 a 40 anos, com 34,5%, enquanto seu nível de instrução mais freqüente situava-se no “Ensino Fundamental Incompleto” com 47,3% das respostas. A Renda mediana, encontrada entre as famílias da Região, esta situada na faixa de “Até ¼ SM”com 25,5 Entre as ocupações dos membros das famílias identificadas pela pesquisa, destacaram-se as seguintes atividades: 1ª Agricultor, 2ª Empregado doméstico e 3ª Pedreiro, como as que agregam maior número de pessoas dentro das unidades familiares pesquisadas. 2.2 – CONDICIONALIDADES Foram identificadas 62 crianças menores de 07 anos nas famílias entrevistadas pela pesquisa, correspondendo a 12,2% do total. Destas, 100% encontrava-se com o cartão de vacinação em dia. Na faixa de 07 a 15 anos foram registrados pela pesquisa um número de 134 crianças e adolescentes, e destes, 99,3 % encontravam-se freqüentando a escola. Com relação ao Programa Bolsa Família, 54,5% dos entrevistados na Região disseram conhecer as condicionalidades exigidas para manter-se no PBF. Menos de um terço (22,7%), tiveram dificuldade para se inscrever no Programa. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 105 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 2.3 – O PROGRAMA E SUA UTILIZAÇÃO Além do Programa Bolsa Família, a pesquisa registrou como o segundo Programa Social de maior adesão na Região o Programa de Saúde da Família – PSF, com 67,3% seguido do Seguro Safra com 31,8% de famílias que declararam fazer uso dos mesmos. A destinação dos gastos realizados com o dinheiro recebido do Programa converge em primeiro lugar exclusivamente em alimentação com 75,5%. Quando perguntado sobre o que melhorou com o PBF, a maioria dos entrevistados informou que o mesmo vem contribuindo para melhoria da alimentação em 79,1% dos casos, confirmando o item sobre a destinação do recurso do PBF. 2.4 – OPINIÃO DOS GESTORES A entrevista com os Gestores gerou informações importantes a respeito do processo de gerenciamento do Programa Bolsa Família no âmbito municipal. Quanto às dificuldades encontradas, as mais freqüentes apontadas pelos gestores foram: Falta de transporte e instalações adequadas ambas com incidência de 20,0% das respostas. Opinaram também sobre as dificuldades nas áreas de Educação e Saúde. Em relação à Educação destacaram como principais dificuldades: Controle e dificuldade no manuseio da freqüência escolar insuficiente (40,0%), dificuldade de localização das crianças (60,0%), das respostas. Na saúde foram colocadas às dificuldades em relação ao número de postos de saúde e de recursos humanos, considerados insuficientes, e dificuldade de acesso ao Cartão Saúde, todas com 40,0% das respostas. Dificuldade em marcar consulta com 20,0%. Os recursos do IGDBF tiveram na Região do Sertão do São Francisco como principais destinações às aplicações com: Recursos técnicos / administrativos e com recursos humanos em (80,0%) dos casos. Não houve nenhuma complementação em relação a verba da Saúde e educação. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 106 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Por outro lado, os benefícios decorrentes do Programa no contexto municipal tiveram dos gestores as seguintes avaliações de maior freqüência: Comércio local, permanência dos alunos nas escolas, acompanhamento das gestantes e nutrizes e acompanhamento das crianças de 0 a 7 anos, “Aumentou muito” (60,0%). Em relação à oferta de vagas nas escolas, “Aumentou pouco”, também com 60,0% das respostas. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 107 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise dos dados e informações produzidas pela Pesquisa possibilitou o registro de um elenco de fatos de fundamental importância à retro-alimentação do processo de implementação do Programa Bolsa Família em sua instância Estadual e Municipal, onde efetivamente o Programa é consolidado e seus efeitos materializados. Nessas considerações finais, serão evidenciados os aspectos relevantes obtidos na pesquisa, bem como a formulação de algumas recomendações e encaminhamentos, direcionados ao equacionamento de elementos dificultadores identificados nas entrevistas com as famílias beneficiárias e com os gestores municipais do PBF. Os dados levantados através da pesquisa realizada com as famílias beneficiárias permitem destacar os seguintes pontos: Das famílias entrevistadas, 60,3% encontravam-se estruturadas de acordo com o padrão de família nuclear (pai, mãe e filhos). Os 39,7% restantes compunham-se primordialmente do titular que, em sua maioria, é do sexo feminino e dos filhos. Esse percentual retrata a nova forma de organização familiar onde se destaca a figura da mulher como provedora da família. A escolaridade dos titulares concentra-se no nível fundamental incompleto (50,2%). Vale ressaltar que pouco mais de 10% deste contingente (11,2%) é constituído de pessoas analfabetas ou que apenas assinam o nome. No conjunto de membros das famílias, 59,3% possuem o nível fundamental incompleto e 6,8% não são alfabetizados ou apenas assinam o nome. A quase totalidade dos domicílios visitados (86,7%) encontrava-se ocupada por apenas uma família. Para mais da metade da população, a renda familiar mensal encontrada não superou o valor de ½ salário mínimo, estando compatível com os critérios de faixa de renda exigidos para inclusão no PBF. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 108 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas A maior parte das famílias entrevistadas reside em casas de alvenaria (96,0%). Entretanto, verificou-se in loco, que estes imóveis geralmente localizam-se em áreas com pouca infra-estrutura e de risco. No que diz respeito às condicionalidades, não foram evidenciados números significativos em relação a dificuldades para seu cumprimento pela família. No cumprimento destas exigências, apenas os itens “Comunicar mudança na escola” e “Realizar acompanhamento e educação pré e pós-natal” apresentaram alguma dificuldade na opinião dos entrevistados, registrando 29,3% e 16,3%, respectivamente. A quase totalidade das gestantes e nutrizes identificadas (87,2%) possuem cartão de saúde. Entre elas, 66,0% realizaram ou estavam realizando acompanhamento pré-natal e fizeram ou estavam fazendo educação pré ou pós-natal. As crianças de 0 a 7 anos da população amostral possuem cartão de saúde em 94,4% dos casos. A cobertura vacinal atinge a quase totalidade delas (95,1%) e o acompanhamento nutricional é realizado em 90,7% dos casos. Entre os benefícios apontados como resultantes do ingresso das famílias no PBF, destacou-se especialmente o item “Melhoria da alimentação” em 87,4% das respostas. Essa informação é ratificada na questão relativa à destinação dos gastos com o dinheiro do PBF, quando o item “Alimentação” aparece em primeiro lugar com 86,3%. O segmento da pesquisa, dedicado ao levantamento de dados e informações fornecidos pelos gestores municipais do Programa Bolsa Família, possibilitou a identificação de um elenco de informações relevantes ao processo de gestão do Programa no âmbito municipal, objeto do estudo realizado. Os problemas e entraves identificados pelos gestores foram reunidos nos seguintes grupos: Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 109 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Agente operador - Caixa Econômica – Nesse grupo foram relatadas as seguintes dificuldades: Dificuldade de interlocução com o agente operador; carência de recursos humanos e pessoal qualificado, para atendimento do PBF ; procedimentos administrativos incorretos, que vão desde a operação do sistema informatizado até o nivelamento dos processos operacionais, dificultando a atualização dos dados cadastrais e, conseqüentemente, prejudicando a efetivação dos cumprimentos das condicionalidades. Outro ponto a ser destacado, é o serviço telefônico 0800 destinado ao atendimento dos beneficiários, que deixa margem à responsabilização do município, pelos entraves ocorridos no processo. Instância de Controle Social - Entre as dificuldades apontadas destacam-se: falta de conhecimento dos representantes da instância de controle social sobre o Programa; falta de quorum nas reuniões; dificuldade dos membros em acompanhar e fiscalizar as atividades; ações realizadas a partir de demandas sem sistematização e acompanhamento e; demora em responder as solicitações enviadas. Intersetorialidade – dificuldade de articulação entre as Secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação para o acompanhamento dos beneficiários do Programa Bolsa Família e o acompanhamento do cumprimento e verificação das condicionalidades. Recursos de apoio à gestão do PBF – IGDBF – a pesquisa revelou que para uma parcela significativa dos gestores, não há o absoluto domínio sobre a utilização dos recursos. Essa questão, sempre que levantada, gerava discussões e questionamentos sobre a finalidade desse recurso e sua utilização. Outra questão freqüentemente levantada é que, alguns municípios não conseguem obter o total dos recursos destinados, devido ao não cumprimento das condicionalidades. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS – Foram informadas dificuldades de interlocução com a gestão municipal; perda e duplicidade de informações; e demora em responder as solicitações encaminhadas pelos municípios. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 110 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas PETI – O elevado índice de evasão das crianças e adolescentes do PETI, ocasionado pela migração para o PBF, causou preocupação aos gestores municipais. A pesquisa ainda apontou uma variação de percentual entre 20,0% e 60,0% de evasão da jornada ampliada, estimada por 84,3% dos gestores. No tocante ao alcance dos objetivos propostos pelo PBF, verificou-se que a promoção do acesso à rede de serviços públicos, em especial a Saúde e a Educação, apresentou resultados favoráveis. Na Saúde o acompanhamento das gestantes, nutrizes e crianças menores de 7 anos, apresentou um percentual médio de 79,1%, indicando aumento em relação ao período anterior ao Programa, segundo os gestores. Na área da Educação a permanência dos alunos na escola apresentou resultados superiores (80,0%). Apesar dos números favoráveis apresentados pela pesquisa, os gestores apontaram a necessidade de maior investimento, visando assegurar melhores condições de acesso dos beneficiários às Políticas Sociais Básicas. A aplicação dos recursos advindos do Programa representa uma elevação no nível imediato das necessidades de alimentação para aquelas famílias em situação de extrema pobreza. O que pode vir representar uma elevação no nível nutricional das famílias, contribuindo para o combate à fome e a promoção da segurança alimentar. Além de solucionar em grande parte as necessidades da alimentação, as famílias também utilizam o recurso para compra de material escolar, medicamentos, roupas, entre outros. Tais dados revelam que o repasse desse beneficio às famílias, de alguma maneira, possibilitou uma melhoria em sua qualidade de vida. O estímulo à emancipação sustentada das famílias e o combate à pobreza, apresentaram resultados ainda insipientes, uma vez que, os investimentos em programas complementares, principalmente nas ações de geração de trabalho e renda, aparecem na pesquisa com um grau de dificuldade elevado para sua implantação. Estas dificuldades vão, desde a escassez de recursos financeiros, à ausência de equipes técnicas para elaborar, implementar e identificar programas e projetos, que propicie condições mínimas para a inclusão social sustentada e a saída das famílias do Programa. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 111 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Em relação à intersetorialidade, foi identificada pela pesquisa a fragilidade desse mecanismo de integração das atividades demandadas pelo PBF, comprometendo o cumprimento das condicionalidades e o atendimento dos objetivos básicos do Programa, haja vista a dependência da capacidade de integração institucional e pactuações políticoadministrativas nas esferas Federal, Estadual e Municipal. RECOMENDAÇÕES: As informações emergentes do processo de pesquisa deixam evidentes algumas demandas, que permitem a formulação de recomendações que poderão contribuir para o aperfeiçoamento dos processos nas instâncias de gestão do Programa: • Promover junto aos membros das instâncias de controle social, capacitações, visando esclarecer as atribuições em relação ao PBF, visto que estas atribuições são amplas, exigindo domínio das várias dimensões do processo de implementação do Programa, que vão desde a seleção até o acompanhamento das condicionalidades. • Promover ações de divulgação na mídia (televisão, rádio e jornal), sobre os critérios de inclusão no PBF, as condicionalidades do Programa e a proibição do exercício do trabalho infantil para crianças e adolescentes. • Verificar estratégias de capacitação e orientação à equipe técnica que compõe o serviço 0800, possibilitando repasse de informações coerentes e seguras aos beneficiários. • Implantar programas complementares de alfabetização e profissionalização de jovens e adultos, com vistas ao cumprimento das condicionalidades do PBF e à emancipação dos beneficiários. • Assessorar as instâncias municipais, visando torná-las aptas a viabilizar a articulação de programas complementares de geração de trabalho e renda para as famílias do PBF. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 112 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO • I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas Promover articulação intersetorial entre Saúde, Educação e Assistência Social, com o apoio do Estado, realizando integração e pactuações político-administrativas nas esferas Federal, Estadual e Municipal. • Promover capacitações para as equipes técnicas das Secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação que atuam direta /indiretamente com os beneficiários do PBF. Essas capacitações necessitam abordar conteúdos que demandem o aperfeiçoamento da capacidade do poder público municipal no enfrentamento dos desafios de execução do Programa a nível local. Em síntese, a pesquisa revelou dados importantes que podem contribuir na elaboração de um Plano de Gestão Estadual do PBF. Ressalta-se que estas ações precisam estar pautadas no fortalecimento, ampliação e integração entre as três esferas de governo, agente operador, instância de controle social e participação efetiva do Conselho Gestor Interministerial – MDS, visando a retro-alimentação e o aperfeiçoamento do Programa Bolsa Família. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 113 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas REFERÊNCIAS SISTEMA DE INFORMAÇÃO E GESTÃO DA ASSISTENCIA SOCIAL DE PERNAMBUCO. Rede de Proteção. [on-line] Disponível na Internet via WWW. URL: www. http://www.sigas.pe.gov.br/sigas/menu/menu.php. Arquivo consultado em 17 de dezembro de 2006; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos municípios brasileiros – Assistência Social 2005; SECRETARIA NACIONAL DE RENDA DE CIDADANIA. Guia do Gestor do Programa Bolsa Família. Brasília, 2006; SECRETARIA NACIONAL DE RENDA E CIDADANIA. Informações Bolsa Família. [on-line] Via URL: Pesquihttp://www.mds.gov.br/adesao/mib/matrizviewbr. asp?. Pesquisa realizada em 12 de julho de 2007; INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Programas de transferência de renda no Brasil: impactos sobre a desigualdade. Textos para Discussão nº 1228 Brasília, 2004; INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. A Estabilidade Inaceitável: Desigualdade e Pobreza no Brasil, 2001. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. A importância do Bolsa Família nos municípios brasileiros. Brasília, 2004a. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO E COMBATE A FOME. Política Nacional de Assistência Social. Brasília, 2004; BRASIL. Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília, 1993; PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS. Síntese dos indicadores, 2004. Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 114 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO I: FORMULÁRIO DE PESQUISA DA FAMÍLIA BENEFICIÁRIA Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 115 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO II: FORMULÁRIO DE ENTREVISTA COM OS GESTORES Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 116 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO III: MANUAL DE PREENCHIMENTO DOS FORMULÁRIOS DE COLETA DE DADOS Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 117 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO IV: FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA ETAPA PILOTO DA PESQUISA Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 118 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO V: TABELAS: FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 119 PESQUISA DE IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO – AGRESTE E SERTÃO I P SA Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas ANEXO VI: TABELAS: GESTORES MUNICIPAIS DO PBF Rua da Aurora, 295 – Sala 502 – Boa Vista - Recife/PE CEP: 50.050-901 – Tel/Fax:81- 3272 5022/32711434 CNPJ: 40.818.841/0001-25 – Inscrição Municipal 212.972-8 E-mail: [email protected] - Website: www.ipsa.org.br 120