Aos pequenos escritores e grandes leitores
do Colégio Dante Alighieri,
com muito carinho.
A equipe pedagógica do
2º ao 5º ano do Ensino Fundamental
do Colégio Dante Alighieri
agradece a todos que colaboraram
na realização da 1ª Maratona:
Pequenos Escritores,
Grandes Leitores.
Em especial, agradece ao Presidente do
Colégio, Dr. José de Oliveira Messina,
e às diretorias executiva e pedagógica
a possibilidade da realização desta obra.
6
Queridos(as) alunos(as),
Esta é a nossa “1ª Maratona: Pequenos Escritores,
Grandes Leitores”, em que todos os alunos do 2° ao 5°
ano do Ensino Fundamental participaram de forma efetiva e contínua.
Ao longo do ano, à medida que os gêneros textuais
eram apresentados e trabalhados, os alunos iam produzindo suas escritas...
A cada produção, seguia-se a difícil tarefa de selecionar os melhores textos; seleção essa realizada não só
pelas professoras, mas também, e principalmente, pelos
próprios alunos.
Com o tempo, nossos “Pequenos Escritores” foram
percebendo a evolução da qualidade de suas histórias,
reais ou fabulosas, procurando sempre dar o melhor de
si mesmos.
O processo seguiu seu curso, culminando com a premiação das redações com melhor desempenho. Porém, o
mais importante e significativo foi o estímulo para mais...
e mais escritas!
O 5º ano, também como “Grandes Leitores”, descobriu que ler é essencial, ler é enriquecimento, ler é o
caminho para novas experiências, novas ideias, novos sonhos e uma forma deliciosa de viajar em pensamento...
Parabéns a todos os alunos e professoras!
Vânia Aparecida Barone Monteiro
Coordenação Pedagógica
2o ao 5o ano - Ensino Fundamental
7
Dr. José de Oliveira Messina
Ex-aluno e Presidente do Colégio Dante Alighieri
no 1º Centenário e no alvorecer do 2º Centenário
P alavras
aos novos es critores
Queridos pequerruchos escritores,
Essa expressão carinhosa, ouvi-a do meu avô José,
quando era pequeno.
Contava-me ele – pai de mamãe Amélia, português
de origem, da região do Algarve, hoje um balneário de
contínua visitação por parte de todos os povos europeus
– que seu pai Fernando (portanto, meu bisavô), professor de letras primárias, naqueles tempos idos incentivava
seus alunos para a leitura e a redação.
Meu bisavô entusiasmava-se então com aqueles infantes, os quais munia de cadernos, lápis, borrachas, presenteando-os até com livros adequados à idade de cada
um. Ele os adquiria na freguesia principal, aos sábados,
quando, montado no seu mulo, também procedia à compra dos víveres para sua mulher, Maria.
9
Permitam-me agora que, aos escritores mirins, eu
os alcunhe de pequerruchos, expressão do nosso vernáculo usada à época em que o romantismo edificava as
gerações de então.
Confesso que vocês chegaram a balançar meu idoso coração, com redações em que erguem seus sonhos
como quem constrói castelos, formulando desejos, vivendo fatos cotidianos e deles obtendo diretrizes para
seu aperfeiçoamento pessoal e coletivo. Fazem isso sem
esquecer, além do mais, a natureza que nos cerca, levando o leitor a decifrar-lhe os mistérios e a grandeza do
criador.
Cumprimento-os, também, por terem demonstrado coragem ao escolher tão palpitantes e deliciosos temas para uma leitura amena. Souberam, já com sinais de
maestria, demonstrar às respectivas mestras que estão
adocicando a própria alma com os ensinamentos que recebem.
Minhas homenagens a todo o corpo docente que
cuida destes valentes petizes neste primeiro ano do 2º
Centenário do Colégio (2012), um novo tempo que vemos iniciar com tão preciosa inovação pedagógica.
Estimados e valorosos alunos, o Colégio Dante Alighieri orgulha-se de vocês e de seus genitores, que, data
venia, escolheram esta casa do aprender e do saber, onde
também entrei de calças curtas.
10
Neste livro, cada série deixou bem marcado o mundo em que vive. Comparando suas produções, nota-se
claramente a evolução sensorial e intelectual, revelando
a progressão do conhecimento, objetivo último dos nossos professores.
Parabéns, alunos, prossigam incentivando os queridos colegas!
Dr. José de Oliveira Messina
Ex-aluno e Presidente do Colégio Dante Alighieri
no 1º Centenário e no alvorecer do 2º Centenário
11
Sumário
17
19
21
23
25
27
31
35
37
39
41
43
49
53
57
61
65
69
75
79
83
87
91
95
| Acordei Porco
| Acordei com superpoderes
| Paulo e sua bicicleta
| Férias
| O leão e o rato
| O salvamento da baleia
| O rei de duas faces
| A baleia encalhada
| O susto
| O presente de Robertinho
| A reação do cachorro
| Os animais surpresos pelas tartaruguinhas
| A vida de Guto
| Gabriela, a fada
| Maria em busca da história ideal
| O gigante Nicolau
| Os sentimentos da música
| A indecisão
| O roubo
| A banana que queria aventura
| Minha aventura no Brasil
| Eu encontrei a Atlântida
| Um jogador de futebol
| O bicho-pau gigante
13
14
15
Luc as
2º ano B
16
ACORDEI PORCO
Produção escrita de Lucas Zampar Athaide
Um dia eu acordei diferente... eu era um porco! Com rabinho
enrolado, fiquei rosa e só falava “oinc, oinc”.
Corri para a sala e levei um susto, toda a minha família virou
porco!
Desci pelo elevador e fiquei surpreso, o mundo inteiro virou
porco!
Dei um grito tão forte, mas ele saiu assim: oooooiiiiinc!
Resolvi consultar o porco médico. Ele me deu uma vacina e virei
o Lucas de novo.
O médico fez o mesmo em todo mundo.
17
M a r i a Val e n ti n a
2º ano D
18
ACORDEI COM SUPERPODERES
Produção escrita de Maria Valentina Durán Núñez Gordilho
Um dia eu acordei mole, estava me sentindo estranha.
Quando fui me olhar no espelho, meu corpo estava curvado
para trás. Dei uma cambalhota e ouvi o rádio falando:
— Maria Valentina, você tem de agora em diante superelasticidade.
Eu fiquei assustada, mas, quando soube que alguém estava em
perigo, fui ajudar.
Ao chegar ao local, vi uma senhora atravessando uma rua interditada porque havia um enorme buraco. Dei uma cambalhota gigante e peguei-a.
No final do dia, eu cheguei a minha casa e não tinha mais poderes. Tinha sido só um sonho.
19
A n a Beatri z
2º ano F
20
PAULO E SUA BICICLETA
Produção escrita de Ana Beatriz Barbanti Taiar de Souza
Paulo estava passeando com sua bicicleta perto de um bosque
próximo a sua casa.
Ele estava muito feliz e animado, quando decidiu soltar as mãos.
Paulo não viu que tinha uma pedra no caminho.
Levou um tombo e ralou a perna, mas ele teve sorte, porque
seu pai é médico.
21
Mar i a L ui z a
2º ano J
22
´
FERIAS
Produção escrita de Maria Luiza Caiafa
Eu fui ao Jardim Botânico com meu pai e minha irmã. Lá eu vi
vários animais.
Eu adoro dar pão para os patos e gansos.
Da última vez que eu fui ao Jardim Botânico, meu pai, eu e a
minha irmã demos pão para os gansos, mas tivemos que jogar o pão
inteiro, porque eles correram atrás de nós.
Foi muito engraçado!
23
J oão
2º ano K
24
~
O LEAO E O RATO
Produção escrita de João Hossepian Hojaij
Era uma vez um ratinho que brincava nas costas de um leão.
O leão ficou muito bravo e depois se desculpou.
O ratinho falou:
— Se você precisar da minha ajuda, eu vou estar lá por perto.
O leão riu e falou:
— Eu sou o rei dos animais e você é muito pequeno para me
ajudar. Pode ir ratinho!
Um dia, o leão caiu em uma armadilha e o ratinho chegou e
roeu toda a rede para salvar o leão!
25
I s a b el l a
2º ano L
26
O SALVAMENTO DA BALEIA
Produção escrita de Isabella Matos Cunico da Silva
Era uma vez uma linda baleia azul.
Ela era muito simpática.
Além de ajudar os peixinhos, ajudava todos os seres aquáticos.
Ela era muito amiga e conhecida por lá.
Ela andava pelos mares mais limpos. Era amigável com todos.
Mas, num dia ensolarado e lindo, uma maré forte levou a baleia
azul até a terra firme e ela encalhou na areia.
Os animais do mar tentaram ajudar, mas eram fracos e não conseguiram. Eles foram persistentes e foram buscar a ajuda dos humanos.
Os humanos trabalharam até tarde.
Depois de trabalharem muito, eles conseguiram libertar a linda
e amigável baleia azul.
E a baleia fez novos amigos!
E eles viveram felizes para todo o sempre.
27
28
29
S i d n ey
3º ano C
30
O REI DE DUAS FACES
Produção escrita de Sidney Barbosa de Oliveira
Era uma vez um reino chamado Equalia, onde vivia um bravo
rei, sua rainha e seu filho.
Certo dia, um bruxo malvado chamado Murra queria matar o
corajoso rei, que se chamava Sidney.
O Sidney tinha recebido uma carta falando:
— Socorro, socorro! Fui raptado por Murra! – dizia um dos melhores soldados.
Então, rapidamente, o rei montou em seu grifo, que é metade
leão, metade égua, e foi até a caverna de Murra.
Quando chegou lá, percebeu que era uma cilada, e o Murra disse:
— Você caiu direitinho no meu plano, agora eu vou te amaldiçoar!
E rapidamente ele o amaldiçoou, fazendo com que o rei tivesse
duas faces, uma boa e uma ruim.
Então Murra disse:
— Você vai morrer assim!
31
O rei Sidney voltou para casa e rapidamente foi para a biblioteca. Ele leu que o único jeito era ir para Armagedon, outro reino, onde
ele tinha que pegar uma flor. Então, foi para lá.
Mas lá, sua parte ruim saiu para fora e eles começaram a lutar.
O rei era tão forte que rapidamente ganhou e foi à procura da flor.
Ele a achou e conseguiu, assim, desfazer o feitiço.
Ele voltou para casa curado e deteve o malvado Murra, e todos
puderam viver felizes para todo o sempre.
32
“Sempre digo aos pequenos que o
livro é um objeto mágico, muito maior por dentro do que por
fora. Por fora, ele tem a dimensão real, mas dentro dele cabe
um castelo, uma floresta, uma
cidade inteira...
Um livro a gente pode levar
para qualquer lugar.
E com ele se leva tudo.”
Tatiana Belinky
Letícia
3º ano F
34
A BALEIA ENCALHADA
Produção escrita de Letícia Saraiva da Silva
Um dia, Daniel e Graciela, que eram irmãos, foram a uma praia
no Rio de Janeiro.
Chegando lá, Daniel passou o protetor solar rapidinho e pulou
na água.
Depois, todas as pessoas da praia estavam falando que uma
baleia estava encalhada. Daniel e Graciela ligaram para o resgate.
A baleia estava muito triste e machucada. O resgate ligou para um
veterinário, que chegou rapidinho na praia. O veterinário cuidou dos
cortes e arranhões. O resgate tirou a baleia da areia e colocou-a na
água de volta. A baleia ficou muito feliz.
No dia seguinte, eles estavam arrumando as malas para ir embora. Daniel e Graciela foram para a praia, que ficava colada no hotel, para ver a baleia novamente. A baleia mostrou a cauda e fez um
sinal de “oi”.
Chegando em São Paulo, Daniel e Graciela foram para a casa
dos seus avós e contaram toda a aventura que tinham vivido.
35
Fe l i pe
3º ano G
36
O SUSTO
Produção escrita de Felipe Barbuda Gradin
Diego é um garoto chato que odeia animais, principalmente o
cachorro de sua vizinha.
Num dia ensolarado, o garoto foi até a casa da vizinha perturbar
o cachorro, que se chamava Totó.
Pegou um pedaço de madeira e ameaçou bater no cachorro,
mas o animal escapou pelo grande portão de ferro e começou a correr atrás de Diego.
O cachorro alcançou o menino e mordeu-lhe o calcanhar bem
forte.
A filha da vizinha, que acabara de chegar, viu Diego chorando e
disse a ele:
— Não faça com os outros o que não quer que façam com você.
Na próxima vez, não maltrate o meu cachorro se não quiser ser maltratado.
37
S h el l e
3º ano J
38
O PRESENTE DE ROBERTINHO
Produção escrita de Shelle Souza Borges
Numa quarta-feira de manhã, Robertinho foi escolher seu presente com sua madrinha.
Ela deixou que ele escolhesse sozinho.
Eles foram ao Pet Shop porque Robertinho adorava animais.
Quando chegaram, Robertinho viu muitas cadelinhas bonitas.
Ele escolheu a cadela mais magra, de olhos tristes, e falou:
— Eu vou cuidar direitinho dela!
Eles foram para casa e ele lhe deu o nome de Laila.
39
A n a Beatri z
3º ano K
40
~
A REACAO DO CACHORRO
´
Produção escrita de Ana Beatriz Calistro Aith
Um menino chamado Zé gostava de provocar o cachorro de
suas amigas.
Num dia ensolarado, o menino estava passeando quando viu o
cão de Carmem no portão da casa dela. Voltou para sua casa correndo e pegou um bastão lá no porão. Voltou para a casa de Carmem e
começou a provocá-lo.
O cachorro, muito irritado com o que o garoto tinha feito, conseguiu escapar por um dos buracos do portão.
O Zé correu pela vila toda, de medo, e o cachorro correu atrás.
Quando Carmem viu o que estava acontecendo, disse:
— Pare agora, Spock!
O cachorro mordeu o Zé e foi embora.
O Zé gritou:
— Que dor!
Carmem chegou perto do garoto e disse:
— Você aprendeu a lição, nunca mexa com os animais que eles
não vão mexer com você!
41
J ul i a
3º ano K
42
OS ANIMAIS SURPRESOS
PELAS TARTARUGUINHAS
Produção escrita de Julia Ortiz Fonseca
Numa linda noite, com o céu todo estrelado, o senhor Barriga,
um urso, estava procurando um lugar para dormir.
No caminho, encontrou um ovo e, com medo de perder o ovo,
lá se deitou e dormiu.
Na manhã seguinte, acordou bem cedo e marcou uma reunião
com o senhor Cenoura, o coelho, o senhor Bagunceiro, o macaco, e o
senhor Pequenino, o ratinho, e tudo isso só por causa do ovo.
Quando todos chegaram lá e viram o ovo, começaram a pensar
no que tinha dentro do ovo.
O Barriga pensava que era mel, o Cenoura pensava que era cenoura, o Bagunceiro, claro, pensava que era banana, e o Pequenino?
Você está pensando em queijo?
Então você acertou!
Como você sabe, ratos adoram queijo.
Todos eles ficaram esperando o ovo chocar, e uma hora depois,
ufa, finalmente o ovo começou a chocar!
Todos estavam muito ansiosos, mas infelizmente nasceu uma
43
tartaruga, e os pensamentos deles foram se despedaçando.
Mas eles acharam muito estranho ter nascido uma tartaruga
naquele ovo. Então, ouviram um barulho esquisito, olharam para
trás e, para surpresa deles, um menino e uma menina observavam
as tartaruguinhas nascerem.
Eles que tinham colocado o ovo lá!
44
“O processo de leitura possibilita essa operação maravilhosa
que é o encontro do que está
dentro do livro com o que está
guardado na nossa cabeça.”
Ruth Rocha
46
47
C a r ol i n a
4º ano C
48
A VIDA DE GUTO
Produção escrita de Carolina Mantovani Sampaio Barros
Guto era um menino do seu tamanho, sua cabecinha era povoada de muitos sonhos e desejos a realizar. Era um menino esperto e
muito inteligente! Ele só tinha um problema: era um garoto abandonado, vivia nas ruas da cidade de São Paulo.
Um dia, Guto estava sentado na sarjeta, quando viu uma loja de
brinquedos do outro lado da esquina. Ela era toda colorida e bonita,
chamava a atenção de todos que passavam por lá. Então, Guto caminhou até a loja e ficou olhando os brinquedos da vitrine. De dentro
dela saiu um senhor e disse:
— Ei, garoto! Você não mora na rua?
— Sim – disse Guto.
— Quer trabalhar na minha loja de brinquedos? Estou ficando
velho e cansado, preciso de um ajudante.
O menino quase não podia responder de tanta alegria, pois já
sonhava com essa oportunidade.
Sem muito pensar, logo aceitou o convite.
Guto trabalhava com tanto amor pelos brinquedos que até
adaptava aqueles que, aparentemente, não tinham mais utilidade.
49
Foi ficando cada vez mais conhecido por consertar brinquedos tidos
como sucatas.
Com essa oportunidade, Guto pôde estudar e se formar engenheiro. Na faculdade onde estudava, conheceu, sem saber, uma linda garota, que era neta do dono da loja de brinquedos onde havia
começado a trabalhar.
Guto trabalhava, mas estudava muito, até que se tornou dono
de uma rede de lojas de brinquedos.
Infelizmente, o dono da loja morreu pouco antes do seu casamento, e Guto fez uma homenagem ao falecido, ajudando mais meninos de rua a ter um futuro melhor.
50
“Ler exercita a imaginação, aguça a curiosidade e desperta o interesse pelo desconhecido.”
Maurício de Sousa
J ul i a
4º ano D
52
GABRIELA, A FADA
Produção escrita de Julia Larrubia Silva
Gabriela saiu para colher flores em um terreno que fica ao lado
de sua casa. Já com a cestinha repleta de flores coloridas e perfumadas, resolveu voltar para casa. Foi então que Gabriela percebeu
que uma das flores tinha uma pétala de cada cor do arco-íris. Então,
Gabriela decidiu pegar a flor, mas sem querer espetou o dedo em um
espinho! Depois de minutos, uma nuvem toda colorida começou a
girar em torno dela. Gabriela ficou assustada, nunca tinha visto aquilo na vida e exclamou:
— O que está acontecendo?
Depois de um instante, Gabriela tinha asas enormes e seu cabelo estava todo rosa. Gabriela não estava entendendo nada, mas,
depois de alguns minutos, percebeu que tinha virado uma fada! De
repente, um homem superfeio caiu do céu e gritou bem alto:
— Ataquem, poeiras negras!
Aquele homem se chamava Barbatana, e as poeiras negras
eram aranhas que tinham o poder de fazer tudo virar lixo! Barbatana
queria poluir todo o mundo! Para se defender das aranhas, Gabriela
pôs a mão para frente, mas do nada saiu um arco-íris que matou todas as poeiras negras. Gabriela agitou-se e falou:
53
— Que máximo, é só eu pôr a mão para frente que sai um arco-íris mágico!
Barbatana saiu voando, bravo. E Gabi começou a rir. Ela saiu
andando e viu um bilhete caído no chão. Nele estava escrito que
Barbatana ia poluir o mundo todo e ela teria que ir até o castelo para
derrotá-lo. No final estava escrito que ela tinha que pensar que estava voando para conseguir.
Gabriela pensou que ia voar até o castelo de Barbatana. E você
acredita? Quando olhou para baixo, estava voando! Então acelerou
e, quando viu Barbatana, atirou seus raios de arco-íris e o matou.
Voltou para casa e falou para si mesma:
— Missão cumprida! Mas tem um problema: como vou esconder as asas?
Uma fadinha veio e falou:
— Não se preocupe! Quando você falar: “quero ser gente”, suas
asas vão sumir, e quando você falar: “quero ser fada”, suas asas vão
voltar!
54
“Escrever é a arte mais difícil
de se desenvolver.”
Ziraldo
Eds on
4º ano F
56
MARIA EM BUSCA
´
DA HISTORIA
IDEAL
Produção escrita de Edson Kenzo Takei
Quando eu era bem pequena, gostava muito de ouvir histórias.
Cresci um pouquinho, fui para a escola e passei a gostar muito de ler.
Um dia, lendo um livro que pegara emprestado na biblioteca
da escola, resolvi que, quando eu crescesse, ia fazer um livro, um
livro tão legal que todo mundo gostaria de ter. Quando fiquei adulta,
resolvi começar o meu livro, então peguei uma máquina de escrever
da minha avó e comecei a escrever.
No início, percebi que estava sem ideias, que estava repetindo
muito. Então, resolvi procurar alguma coisa nos livros de minha casa,
mas nenhum me interessava nem me dava uma ideia.
Foi, então, que resolvi passear um pouco pela rua para ver se
algo me chamava a atenção para começar o livro.
Andei pra lá e nada, andei pra cá e nada, continuava sem ideias.
Até que tive uma ideia genial! Fui para minha casa e comecei a escrever.
Fiquei milionária, comprei uma casa e um carro. Tudo por causa daquela história. E sabem por que fiquei rica? Porque não contei
sobre coisas imaginárias, mas contei sobre minha procura sobre a
história ideal.
57
Então, queria dizer uma coisa antes de terminar: “Não desista do seu sonho, procure torná-lo realidade, talvez você fique rico
como eu.”
Até a próxima história!
58
“Quando eu era criança, durante
muito tempo pensei que livros
nascessem como as árvores,
como os pássaros.
Quando descobri que existiam
autores, pensei: também quero
fazer um livro.”
Clarice Lispector
I s a be l a
4º ano G
60
O GIGANTE NICOLAU
Produção escrita de Isabela Schibuola Saldanha
Nicolau era um gigante muito malcheiroso. Ele morava numa
caverna no meio da montanha.
Os habitantes do lugar tinham muito medo dele porque, se alguém encostasse nele ou sentisse o seu cheiro, ia desmaiar.
Um dia, teve uma expedição para as montanhas e os turistas
não sabiam sobre o Nicolau! Então um turista estava muito perto da
caverna e perguntou para o guia logo entrando na caverna:
— Esta caverna é histórica?
— Não entre aí! – disse o guia.
— Por que não?
— Porque aí mora o gigante Nicolau e, se cheirasse o cheiro
dele, você desmaiaria!
Todos ouviram e foram embora!
O Nicolau ficava muito triste! Ele sempre se perguntava:
— Por que eu sou assim? Por que eu sou diferente?
No dia seguinte, um mago apareceu na caverna. O gigante perguntou para o mago bem bravo:
— O que você faz aqui?
61
— Ontem ouvi seu pensamento, e vim para ajudar!
O ogro, não tão bravo, disse:
— Se você pudesse me transformar em humano, você me ajudaria!
— E eu posso! – disse o mago.
Então, como num passe de mágica, o ogro se transformou em
um humano.
— Nossa, não acredito! Obrigado! Gostei da minha voz! – disse
Nicolau.
Nicolau saiu pelas ruas sem se preocupar com nada! Ele não
dava bola para nada!
E então o mago apareceu e disse para Nicolau:
— Você precisa se misturar com as outras pessoas!
— Como eu faço isso?
— Simples! Você precisa ser descolado, rico, alguma coisa desse
tipo.
— Já sei, eu vou ser rico! Mas como eu vou conseguir o dinheiro?
— Trabalhando muito!
— Vou trabalhar como médico!
— Claro! – disse o mago.
Anos se passaram e o Nicolau estava rico.
Ele comprou uma mansão, uma Ferrari, etc. Mas ele não estava
feliz.
— Por que você não está feliz? – perguntou o mago.
62
— Porque estou sentindo que está faltando alguma coisa na mi-
nha vida, mas não sei o quê.
Os dois pensaram, até que o mago falou:
— O amor!
— E onde eu compro isso?
— Você não compra o amor, você sente!
No dia seguinte, eles foram à padaria.
Nicolau sentiu o amor pela primeira vez.
Ele não parava de olhar para uma menina, então o mago cochichou para ele:
— Vai lá falar com ela!
— Está bem.
Ele foi à mesa onde sentava a moça e disse:
— Olá, eu sou Nicolau!
Depois de eles se conhecerem, Nicolau falou:
— Quer jantar comigo hoje à noite?
— Claro.
— Te pego às 8 horas!
Já era noite e Nicolau estava indo pegar a Laura, e eles foram
jantar.
Depois de anos, eles já eram namorados e um dia Nicolau perguntou para Laura.
— Quer se casar comigo?
— Sim, claro que eu aceito.
Houve o casamento e eles tiveram três filhos!
Enfim, Nicolau encontrara o amor!
63
A li n e
4º ano I
64
´
OS SENTIMENTOS DA MUSICA
Produção escrita de Aline Rocha Omori
Guto era um menino do seu tamanho, sua cabecinha era povoada de muitos sonhos e desejos a realizar. Era um menino esperto e
muito inteligente! Ele só tinha um problema: era um garoto abandonado, vivia nas ruas da cidade de São Paulo.
Um dia, Guto estava sentado na sarjeta quando ouviu um músico tocando maravilhosamente. Sentiu um aperto no coração e pensou: “Me apaixonei pela música!”
Chegou mais perto do homem, olhou bem, sentiu que ele estava triste e perguntou o que havia ocorrido.
– Estou tocando e expressando meus sentimentos!
– Como assim?
– A música é uma mágica!
– Me senti triste quando ouvi sua música! Acho que o senhor
está triste! Mas menos do que eu...
– O que houve com você, garoto?
Depois de muita conversa, eles acabaram ficando amigos. O homem levou o garoto para casa, para conhecer sua esposa, e a encontrou chorando. A esposa perguntou:
65
– Quem é esse garoto?
– É um menino que se apresentou enquanto eu tocava.
O menino perguntou:
– Por que ela está chorando?
– A mesma coisa de sempre! – disse o marido.
O homem, que se chamava Marcos, levou o garoto para um
quarto, para conversarem um pouco:
– Por que ela estava chorando? – perguntou de novo o menino.
– Vou te contar! Está vendo este quarto?
– Sim! Por que ele tem um berço?
– Há uns nove anos, Laura, minha esposa, estava grávida; chegamos com o bebê e, no dia seguinte, ele havia sumido. Nós fomos
à delegacia e não teve jeito, o garoto havia desaparecido, mas continuamos a procurar. Somos uma família triste e pobre desde então.
– Então este quarto era do bebê?
– Sim!
– Sinto muito! Também me sinto muito triste pelo fato de não
ter pais. Meu maior sonho é ter uma família, uma escola e uma casa!
– Posso tentar te adotar!
Depois de muito pensarem, resolveram adotar Guto.
– Muito obrigado! Amo muito vocês! Não tenho uma família
biológica, mas sim uma grande família do coração!
– Mas, afinal, quem é a sua família? – perguntou Marcos.
– Não sei, só sei que fui pego por um ladrão e depois fugi!
66
Certo dia, quando Marcos foi colocar Guto para dormir, viu que
ele tinha uma correntinha e perguntou:
– O que é isso?
– Uma correntinha com meu nome. Acho que foi quando eu era
bebê que me deram!
– Não pode ser!
Marcos saiu correndo e foi falar com Laura.
– Deixa eu ver! Deixa eu ver! Guto, você é meu filho – disse
Laura.
– O quê?
– Quando você nasceu eu coloquei uma correntinha com o
nome Guto! Vamos fazer o teste de DNA!
Uma semana depois, chegou o resultado!
– Uhu – gritou Guto.
O menino havia descoberto quem eram seus pais! Realizou seu
grande sonho!
Depois, o pai tocou uma linda canção, a mesma que deixou o
garoto triste.
– Você só reconheceu a música porque foi a que eu cantei quando você nasceu! – disse o pai.
67
I s a b el l a
4º ano I
68
~
A INDECISAO
Produção escrita de Isabella Dotta Machado
Pompeo era o cachorro de Ricardo. Ele acompanhava o dono
em tudo. Mas Ricardo estava agora muito triste, pois seus pais resolveram que se mudariam para um apartamento onde não era permitido ter cachorro. Foi então que Ricardo ficou indeciso entre doar
Pompeo ou se mudar.
Ricardo ficou pensando por dias, olhava para o cachorro e olhava para o panfleto do apartamento novo.
O apartamento tinha 500 m2 e já vinha com a mobília. Ricardo
teria que pagar metade e custava muito caro, mas ele achava que
valia a pena.
No trabalho, Ricardo disse ao seu melhor amigo:
– Eu acho que vou doar Pompeo.
– Por que você vai doá-lo? Ele é o golden mais bonzinho e bonitinho do mundo!
Ricardo ficou mais indeciso ainda.
À noite, Ricardo dormia com Pompeo na cama e tinha a mania
de conversar com o cachorro. Quando Pompeo ouviu que seu dono
tinha a opção de doá-lo, começou a chorar. Ricardo o acalmou e foi
69
dormir.
No dia seguinte, Ricardo iria visitar o novo apartamento com
seus pais. Todos se impressionaram como o apartamento era grande, bonito e até vinha com uma TV de LED de 67 polegadas!
Ricardo foi para casa com seus pais e pensou se valia a pena
perder Pompeo.
Mas, quando ele menos esperava, recebeu um e-mail que dizia:
“Para você que quer comprar nosso apartamento, mudamos uma de
nossas regras, agora serão permitidos cães no edifício!”
Ricardo pulou de alegria, falou para Pompeo, falou para seus
pais e falou que iria se mudar!
E aconteceu exatamente o que seu pai tinha lhe falado: que sua
vida iria mudar.
70
“O importante é motivar a
criança para a leitura, para a
aventura de ler.”
Ziraldo
I s adora
5º ano A
74
O ROUBO
Produção escrita de Isadora Coelho Pereira Gabriades
É 2004. Na França, 7 de abril. Ao sair de seu apartamento, o
detetive Closeau se espanta ao ver tudo aquilo para alguma coisa só:
“Extra, extra”!
Havia acontecido. Não havia mais volta. Era o roubo.
O grande museu francês tinha sido vítima do roubo de um dos
maiores quadros do mundo inteiro. Foram chamar Closeau, claro –
por que não um dos melhores detetives para solucionar um caso tão
horrível? Além do mais, por que só um, se podiam chamar todos:
Closeau, da França; Karan de Hum, da Índia; Mike Show, dos Estados
Unidos; e por fim, Scarlet Mon Hales, da Inglaterra.
Closeau, sempre com vontade de conhecê-los, espera ansiosamente a chegada dos três. Dois, na verdade. A mãe de Scarlet havia
ficado doente e ela teve de adiar o voo e permanecer mais na Inglaterra.
Closeau, ao ver Mike e Karan, os leva até seu carro, que agora
está a caminho do grande museu francês.
— O inspetor Lestrade, do museu, quer nos ver em seu escritório. – diz Closeau.
75
Ao chegar ao escritório de Lestrade, todos ficam espantados ao
vê-lo morto! Closeau, ao sentir o cheiro do sangue, viu que aquilo
não era o que pensava e, sim, ketchup!
Se aquilo era ketchup, o que o teria matado? Levam o inspetor
para o hospital e descobrem algum veneno em sua comida que lhe
causara a morte.
Nesse exato momento, chega Scarlet, pedindo desculpas por
ter se atrasado.
Mas Closeau repara que havia alguma coisa em seu bolso, grande e vermelha, então, em disparada, Closeau pula de repente em
cima de Scarlet e tira de seu bolso um pote de Ketchup!
— Para que é esse pote?— pergunta Closeau.
— Para nada! Eu juro!— diz Scarlet.
— Prendam-na!
Então, Scarlet admite que foi ela quem envenenou o inspetor,
porque achava que ele sabia que era ela quem tinha roubado o quadro.
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“Ideias todo mundo tem. Como é
que entram na cabeça da gente?
Entram porque a gente lê, observa, conversa, vê espetáculos.”
Ruth Rocha
B re n o
5º ano C
78
A BANANA QUE
QUERIA AVENTURA
Produção escrita de Breno Rudella Tonidandel
Em um dia qualquer, uma aventureira banana, que morava em
uma cozinha, decidiu aventurar-se pela casa, em vez de ficar só na
cozinha pelo resto de sua pequena vida.
O objetivo dela era recuperar a casca de seu irmão, que a havia
perdido em uma guerra contra os kiwis.
Então ela começa sua aventura pela casa pequena em que vive,
mas que para ela é enorme. No meio de sua aventura, um felino
maligno aparece em sua frente para devorá-la em pedacinhos. Mas,
quando tudo parecia perdido, a banana joga a sua casca para que ela
fique toda pelada, mas faz com que o felino caia e não consiga mais
levantar do chão.
Depois que recuperou sua própria casca, foi à procura da casca
de seu irmão. A banana procurou em todos os lugares da casa: no
cômodo, no armário, na gaveta... Enfim, em todos os lugares da casa,
mas ela só não procurou em um lugar, um balde gigante, que não
cheirava nada bem (era o lixo).
A banana olhou a seu redor e achou que procurar dentro do lixo
iria ser uma furada, até que ela se lembrou de seu avô, João Banana
Bobão, que dizia que todo lugar que tinha cheiro podre tinha uma
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casca de banana.
Logo depois que a banana se lembrou dessas palavras, entrou
no lixo com a maior confiança de que iria achar a casca de seu irmão,
e lá estava ela, a casca de seu irmão. Com muito cuidado, pegou a
casca de seu irmão e saiu em disparada para a cozinha.
Quando finalmente chegou à cozinha, entregou a casca de banana para seu irmão e viveram felizes.
(Até que foram devorados pelos humanos!)
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“Um país se faz com
homens e livros.”
Monteiro Lobato
A na L aura
5º ano E
82
MINHA AVENTURA NO BRASIL
Produção escrita de Ana Laura Dias Nascimento Rodrigues
Estava tranquilo em minha terra, a África, quando ouvi um grito
e fui ver o que era.
Quando vi, havia um homem branco levando todos que estavam lá, crianças, adultos e até bebês, para um imenso navio.
Tentei fugir, mas duas mãos me agarraram por trás, então tinha
sido levada para o navio também.
A viagem não foi nada boa, mas pensei em um pequeno lado
bom, pelo menos eu estava com a família. Uma coisa que não sabíamos era que iríamos nos separar.
Quando chegamos ao Brasil, ficamos sentados naquele chão
cheio de pedras tomando aquele sol quente.
Só ficava observando a conversa dos brancos, quando um chegou perto de mim e disse:
— Quero este aqui... E este aqui também.
Fui trabalhar na fazenda de um homem. Ele ficava me mandando fazer milhares de coisas, principalmente vender doces em uma
cidade, mesmo que eu não quisesse; resumindo, eu era obrigada a
fazer coisas contra a minha vontade.
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Sempre conseguia ter um bom lucro, mas quem ficava com a
maior parte era ele. E sempre me dizia para comprar roupas novas,
sapatos e comida.
Até que, um dia, ouvi a conversa de dois brancos sobre uma tal
carta de alforria, e que, se eu juntasse muito dinheiro, poderia comprar minha liberdade.
Então, toda vez que aquele homem me mandava trabalhar, eu
fazia o possível para obter mais vendas. Quando dei o dinheiro ao
meu senhor, a minha parte foi maior, pois eu tinha vendido mais.
Consegui juntar tudo, mas ele vivia dizendo que ainda faltava.
Até que, um dia, os filhos do meu patrão voltaram da Europa
com ótimas ideias na cabeça, quer dizer, pra mim eram boas, mas,
para o meu patrão, nada boas. Ele achava um absurdo ter que pagar
caro por mim e ter que me libertar.
Só fiquei olhando se não sobrava para mim. Então senti que o
filho do patrão não ficou nada feliz, pois seu pai não dava a mínima
atenção ao que ele dizia.
Ele se juntou com todos os seus amigos, fez uma vaquinha,
comprou minha carta de alforria e da minha família também.
Mas não tínhamos para onde ir, então encontrei com um escravo que nos disse que havia um lugar que, quando o escravo foge, ele
vai para lá e que o nome desse lugar era Zumbi.
Fui para lá e morei por muito tempo, com muita água, alimento
etc. e, é claro, principalmente com muito respeito.
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“Uma criança tem a tendência
de comer com a mão.
Ela só usa talheres porque vê os
pais usando. É a mesma coisa
com os livros.”
Ana Maria Machado
I s a be l a
5º ano H
86
^
EU ENCONTREI A ATLANTIDA
Produção escrita de Isabela Santos Martinez
Um dia, eu estava me preparando para uma competição de natação, mas era uma competição diferente, era no oceano Atlântico!
Eu estava me preparando no vestiário quando o alto-falante falou, em um som meio abafado que não dava muito para entender,
mas o ouvi dizendo:
— Senhores pais e alunos, a competição começa em 5 minutos!
Eu não acreditei no que estava ouvindo, ainda estava pelado no
vestiário!
— Alunos, a competição vai começar! Antes, alguns avisos! Primeiro, tentem não se matar! Segundo, lembrem-se: é o mar, vocês
podem se perder a qualquer instante, vão sempre para o Norte.
— Tá ok, vamos continuar! Preparar, apontar, JÁ! BEEEEMMM!!!!!!
— Eu pulei na água e nadei o mais rápido possível e, sem querer, comecei a ir para o Leste e dei de cara com uma sereia. Ela disse:
— Gabriel Faria, você tem o poder da água! Seu pai é Poseidon,
você pode respirar embaixo d’água, você não vai morrer, venha comigo, seu pai te espera.
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— Como assim? Meu pai morreu em um acidente de carro!
— Eu explico depois, vamos!
Ela me levou para uma cidade nas profundezas. Lá no fundo,
avistei a cidade de ouro! Tinha muitos esqueletos no chão, eu logo
percebi que era Atlântida, só que não estava vazia, estava cheia de
sereias, e o rei Netuno estava em um trono feito de ossos de pessoas
mortas. O meu “novo pai” estava no meio da cidade em um trono de
ouro, era lindo!
Eu não sabia o que fazer, então, me agachei meio sem jeito e
falei:
— Papai?— ele fez uma cara desconfiada.
— Filho, quero que guarde segredo sobre esta cidade. Os mortais vão querer nossa grande riqueza, a lenda é verdadeira. Eu sei
que está assustado, mas se acalme, está tudo bem, todos somos
amigos e companheiros.
Eu me sentia o cara mais estranho do mundo. Eu estava falando
com um deus como se isso fosse a coisa mais normal do mundo!
Eu estava com muito medo, minhas pernas não paravam de mexer, estava segurando meu choro quando algo revirou minha alma,
uma luz muito forte apareceu, Poseidon olhou para trás e arregalou
os olhos!
A luz se aproximou e ficou mais perto e dentro dela tinha uma
mulher. Eu a reconheceria em qualquer lugar, era minha mãe!
Eu, minha mãe, Poseidon, que agora era meu pai, passamos a
morar em Atlântida, a cidade perdida!
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“Sem livros, dificilmente se
aprende a gostar de ler.”
Ruth Rocha
Luc as
5º ano I
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UM JOGADOR DE FUTEBOL
Produção escrita de Lucas de Almeida Pires
Um menino chamado Caio adorava jogar futebol. Ele sonhava
em ser um jogador profissional quando crescesse.
Ele jogava futebol em todos os recreios. Jogava muito bem. Ele
até foi para a seleção do clube dele.
Teve um jogo da seleção em que ele fez quatro gols! O primeiro
foi um lindo gol de falta, o segundo, ele driblou o time todo e chutou
no cantinho, o terceiro, seu amigo Felipe cruzou e ele cabeceou sem
chances para o goleiro e, finalmente, o quarto gol foi de pênalti.
Quanto mais ele crescia, mais gols ele fazia. Até que, em um
jogo, ele tinha feito um gol e, na hora de comemorar, o goleiro empurrou Caio, que bateu a cabeça na trave. Ele desmaiou e sua cabeça
sangrou muito! Ele foi levado para o hospital e, depois de examiná-lo, o médico disse a ele que suas pernas não teriam mais todos os
movimentos.
Assim, quando Caio chutava a bola, ela ia totalmente para fora,
quando ele andava, suas pernas ficavam meio tortas.
Ninguém mais queria tê-lo no time. Mas Caio insistiu... Todos
os dias treinava, treinava muito, até que, um ano depois, Caio sentia
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muito bem as pernas. Então ele começou a jogar futebol outra vez,
melhor do que antes. Ele realizou seu sonho e, anos depois, quando ele tinha 18 anos, virou jogador profissional, jogou no São Paulo,
Real Madrid e em outros grandes times, e, como eu disse no começo, ele realizou seu grande sonho.
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“Os pais que contam histórias
para as crianças vão formar leitores. Leitores de tudo: da vida, do
dia a dia, do outro, do teatro, do
cinema, da TV e da internet.”
Ângela Lago
A r th ur e Fe l i pe
5º ano J
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O BICHO-PAU GIGANTE
Produção escrita de Arthur Emmanuel Dell´Antonia de Alcantara
e Felipe Benevides Crespi
Num belo dia de verão, no parque Trianon, nasceu um inocente
bicho-pau. Mas, infelizmente, por causa da poluição, ele nasceu com
uma doença.
Quando o bicho-pau cresceu, ficou extremamente grande por
causa de sua enfermidade.
O pobre bicho-pau gigante teve que se afastar de toda sua família, pois poderia machucar seus familiares e amigos.
Ele passou semanas, meses, procurando um lugar onde pudesse morar sem ter perigo de machucar alguém. Depois de tanto esforço, ele achou uma casinha pequena, colorida e boa para um bicho-pau como ele.
Ele começou a morar lá. Era um bom local, pois tinha espaço
para dormir, comer e beber.
Passou-se um tempo e o bicho-pau percebeu que tinha que tomar banho. Mas onde?
Saiu de sua humilde casinha e foi procurar um lugar para tomar
banho.
Achou uma fontezinha, que era bem espaçosa, e foi lá tomar
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um belo banho. Começou a se sentir mal, e começou a sentir muita
raiva e ódio! Nunca havia se sentido assim.
Quando acabou de tomar banho, já estava fora de si, começou a
destruir tudo pela frente, não tinha dó de nada e de ninguém.
A cidade estaria perdida! O bicho-pau era poderoso e forte demais para qualquer arma ou pessoa detê-lo.
Quando a cidade já achava que não tinha jeito, apareceu uma
nova esperança... era um ninja discreto mas mortal, e seu nome era
Ferthur.
Quando o bicho-pau estava destruindo um bairro, Ferthur apareceu. Deu um golpe no bicho-pau que fez ele perder uma perna.
Mas o esforço foi em vão, pois nasceu mais uma perna e deixou-o
mais furioso.
Ele se virou e jogou o Ferthur para muito longe, mas, em questão de segundos, Ferthur reapareceu atrás dele e golpeou fortemente.
Então o bicho-pau soltou uma gosma pela boca que imobilizou
o Ferthur. Aproveitando a sua paralização, o bicho-pau começou a
dar rabadas nele. Depois de muita pancada, Ferthur conseguiu sair
da gosma e enfrentou o bicho-pau.
Agora a luta já estava tão rápida que não dava para descrever o
que estava acontecendo, só dava para ver o sangue dos dois seres.
O Ferthur estava quase morrendo e lembrou-se de sua arma.
Tirou uma bomba do bolso e foi mancando em direção ao bicho-pau,
que estava em perfeita condição, mesmo depois da luta.
Ferthur agarrou o bicho-pau com muita força e prendeu a bomba nele.
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A bomba explodiu. O maior ninja de todos os tempos havia
morrido, mas pelo menos o maior vilão da história também havia
ido para o mesmo caminho que Ferthur fez.
Agora, todo mundo que for para o parque Trianon poderá ver a
estátua de Ferthur, o maior e melhor ninja de todos os tempos.
Aquele que se sacrificou por todos nós!
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Colégio Dante Alighieri
Corpo docente - (2os a 5osanos):
Presidente:
Dr. José de Oliveira Messina
Diretor Pedagógico:
Prof. Lauro Spaggiari
Assistente de direção (2os a 5osanos):
Profa Mônica regina santos bessa
Coordenação Pedagógica (2os a 5osanos):
Profa Vânia Aparecida Barone Monteiro
Coordenação de Tecnologia Educacional:
Profa Valdenice Minatel Melo de Cerqueira
Orientadora educacional (2os anos):
Profa Ana Fábia Fonseca
Orientadora educacional (2os e 3osanos):
Profa Cláudia Martins Santana Malheiros
Orientadora educacional (4os e 5osanos):
Profa Marina Galvanini
Supervisor do Departamento de Audiovisual:
João Florêncio Souza Filho
Supervisora do Depto. de Editoração/Gráfica:
Vannia Chiodo Silva
Gerente de Marketing:
Fernando Homem de Montes
Alessandra Colombo Rossetto
Aline Pacheco Ferro
Ana Claudia Baldi
Bianca Sabbag Hemsi
Bruna Laurelli Zerlini
Carla Conrado Bacchi
Célia Buendia Paiva
Danielle Cristina Nodari Coser
Delane Cogo de Andrade
Elaine de Menezes Rocha Rosa
Eliane Pincigher Gallinella
Elisete Silva Kilson
Eloá Azzeda Parada
Fátima Cristina Durante Lazarotto
Fernanda De Affonso Marcelo Bankowski
Ivone Josefa Uceda Betti
Julia Fernandes Prado de Toledo
Laura Cristina Sabetta de Oliveira
Laura Oliveira Soares Amary
Mara Carneiro Machado
Marcelle dos Santos Bonetti
Márcia Maria Lins Madeira Marega
Maria Claudia Lima de Souza Vasconcellos
Maria Cristhiane A. da Rocha Ribeiro
Maria de Lourdes Peres Cremon
Marli Cremasco de Azevedo
Miriam Mensitieri
Mônica Cominatto de Freitas
Mônica Rita Di Rienzo Gandara Orlando
Mônica Vianna Hammen
Priscila Gabriela Costa
Regina Carmen Fontenla Merlin
Rosely Scivoletto Mazza Gatti
Silvia Regina Torres Sanches
Solange Bretas Darin
Solange Teodora Paiva Ladeira
Soraya Raineri Pires
Sumaia El Yazigi da Graça
Symone Mara Menezes Oliveira
Thais de Almeida Pedreira
Vera Cristina Bozzani Barretto Veiga
Viviane Cinquetti
Corpo docente - Tec. Educacional (2os a 5osanos):
Adriana de Freitas Pereira de Almeida
Adriana de Freitas Sebastião
Celia Regina Goulart Scheicher
Irene Nedavaska
Pamella Vivian Zuccari Silva
Rosângela Tortora Rozo
Valdenice Minatel Melo de Cerqueira
Verônica Martins Cannatá
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Livro 1a Maratona
Concepção do Projeto:
Mônica regina santos bessa
Vânia Aparecida Barone Monteiro
Valdenice Minatel Melo de Cerqueira
Corpo docente - (2os a 5os anos)
Corpo docente - Tecnologia Educacional (2os a 5os anos)
Criação do Logo da Maratona:
Ilda Nery Loschiavo dos Santos
Capa:
Salvador Messina
Projeto Gráfico:
Verônica Martins Cannatá
Organização:
Adriana de Freitas Sebastião
Célia Regina Goulart Scheicher
Rosângela Tortora Rozo
Revisão:
Luiz Eduardo Vicentin
Fotos:
Departamento de Audiovisual
Apoio:
Barbara Endo
Gabriela Monteiro Cardoso
Vera Lúcia de Freitas Rosa
Livro Digital:
David Henrique da cunha pereira
Thiago Xavier Mansilla Maldonado
Departamentos envolvidos:
Audiovisual
Editoração e Gráfica
Marketing
Tecnologia da Informação
Tecnologia Educacional
Tiragem: 450 exemplares
Distribuição: O livro “1ª maratona: pequenos escritores, grandes leitores” é distribuído gratuitamente.
Não é autorizada a comercialização deste em banca, livraria, loja ou qualquer outro espaço comercial por
parte de pessoa física ou jurídica.
Reprodução: É proibida a reprodução total ou parcial deste livro. Nenhuma pessoa física ou jurídica está
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proibição é válida dentro e fora do território nacional.
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