Marcas de uma igreja verdadeira
Por Daniel Hyde © Ligonier Ministries.
Tradução e revisão: Mairê Giles
As citações bíblicas são extraídas da tradução
Nova Versão Internacional
E-book compilado e publicado por
Chamados Cristãos
Disponível em http://chamadoscristaos.wordpress.com/
Primeira edição do e-book em português: Janeiro de 2013.
Esse e-book é foi compilado a partir de uma série de artigos
publicados em: http://www.ligonier.org/blog/marks-truechurch-introduction/
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Capítulo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
A Pura Pregação da Doutrina do Evangelho
Capítulo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
A Pura Administração dos Sacramentos
Capítulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
A Disciplina na Igreja
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
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introdução
Tristemente, vivemos numa época na qual a igreja é vista mais
ou menos como uma miscelânia. Existem todos os tipos e espécies de igrejas, provendo aos consumidores múltiplas opções
dentre as quais podem escolher o que eles gostam. Isso era de
certa forma verdade na época da Reforma, uma vez que haviam
igrejas Católicas Romanas, Ortodoxicas, Anabatistas, Luteranas
e Reformadas. Hoje a situação é ainda mais confusa, uma vez
que diversas organizações se autonominam igrejas. Nós temos
de tudo, desde seitas teológicas, como A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias, a milhares de igrejinhas não-denominacionais, às, assim chamadas, igrejas da “linha principal”,
e diversos outros tipos entre estas. As palavras da Confissão
Belga são tão verdadeiras hoje como eram quando foram originalmente escritas: “todas as seitas que existem no mundo assumem
para si mesmas o nome da Igreja” (Artigo 29).
Os Reformadores examinaram cuidadosamente a Palavra de
Deus a fim de responder a questão de quais igrejas eram de
fato igrejas. Embora houvesse algum debate entre os teólogos
Luteranos e Reformados, e até entre os próprios teólogos Reformados, as igrejas Reformadas eventualmente aceitaram a
crença de que a Palavra revelava três marcas externas essenciais
pelas quais qualquer pessoa discernente poderia determinar se
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alguma dada congregação era realmente uma igreja: “As marcas
pelas quais a verdadeira Igreja é conhecida são estas: Se há pura
pregação da doutrina do evangelho; se ela mantém a pura administração dos sacramentos conforme instituídos por Cristo; se a disciplina da igreja é exercida na punição do pecado” (Confissão Belga,
Artigo 29).
Estas três marcas de uma igreja verdadeira - pura pregação do
evangelho, pura administração dos sacramento, e disciplina estão em contraste com as marcas de uma igreja falsa, de forma
que a Confissão Belga continua: “No que diz respeito à falsa igreja, ela atribui mais poder e autoridade a si mesma e a seus ritos religiosos do que à Palavra de Deus, e não se submete ao jugo de Cristo.
Ela também não administra os sacramentos conforme ordenados por
Cristo em Sua Palavra, mas acrescenta e estrai dela, conforme acha
adequado; ela coloca sua dependência mais em homens do que em
Cristo; e persegue aqueles que vivem piedosamente de acordo com a
Palavra de Deus e que a repreendem por seus erros, cobiça e idolatria” (Confissão Belga, Artigo 29).
As igrejas Reformadas não são motivadas a falar acerca das
“verdadeiras” e “falsas” igrejas para satisfazer seu ego ou por arrogância, mas por um desejo sincero de ver todos os filhos e filhas de Deus em igrejas que nutrem suas almas. Nós certamente
oramos para que o Espírito Santo nos conceda uma determinação contínua de pregar puramente o evangelho, a puramente
administrar os sacramentos, e a exercer a disciplina na igreja, e
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que Ele nos proteja de atribuir mais poder e autoridade a nós
mesmos do que à Palavra, de recusarmos nos submeter ao jugo
de Cristo, de acrescentar ou extrair dos sacramentos de Cristo,
de confiar mais em homens do que em Cristo, e de perseguir
aqueles que vivem vidas piedosas. Nós oramos para que estas
coisas sejam verdade a nosso respeito por causa do propósito de
Deus para Sua igreja: “À esta Igreja católica visível, Cristo concedeu o ministério, os oráculos, e as ordenanças de Deus, para a união
e aperfeiçoamento dos santos, nesta vida, até o fim do mundo: e assim, através de sua própria presença e Espírito, de acordo com sua
promessa, a torna eficaz para tal” (Confissão de Fé de Westminster, 25.3).
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Capítulo 1
A Pura Pregação da
Doutrina do Evangelho
A mais fundamental das três marcas da igreja verdadeira é pura
pregação do evangelho. Afora do evangelho pregado, não há
igreja.
Nós vemos isso no exemplo de nosso Senhor, que começou seu
ministério terreno com a pregação:
“Daí em diante Jesus começou a pregar: “Arrependam-se, pois o
Reino dos céus está próximo.” (Mateus 4:17)
E, o concluiu enviando Seus apóstolos para pregar e continuar
Sua obra:
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês,
até o fim dos tempos.” (Mateus 28:19-20)
O apóstolo Paulo endereçou a importância da pregação da
doutrina da justificação quando ele disse:
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver
quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está
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escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas! “No
entanto, nem todos os israelitas aceitaram as boas novas. Pois Isaías
diz: “Senhor, quem creu em nossa mensagem? “Conseqüentemente,
a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a
palavra de Cristo.” (Romanos 10:14-17)
Para pregar o evangelho de maneira pura, o ministro deve
pregar que os pecadores são justificados somente pela graça
gratuita de Deus, a qual é recebida somente através da fé, a qual
é um presente de Deus, e que esta fé é colocada e se mantém
somente sobre Jesus Cristo o Justo. A igreja deve trabalhar de
forma que aqueles sentados em seus bancos entendam que,
“Minha esperança está sobre nada menos que o sangue e a
justiça de Jesus”. Foi a perda desta verdade na Igreja Católica
Romana que de tal forma perturbou os Reformadores. Como
o Reformador italiano Peter Martyr Vermigli (1499-1562),
disse sobre a Igreja Católica: “Eles sem dúvidas corromperam a
doutrina, uma vez que negam o que a Escritura afirma: que somos
justificados somente pela fé.”
Os Reformadores entenderam que a justificação só era pregada
de maneira pura quando a Palavra era “corretamente manejada”
(2 Timóteo 2.15). Uma parte de usar a Palavra de maneira
devida envolve reconhecer que ela tem dois elementos: lei e
evangelho. A lei deve ser pregada em todo o seu terror, enquanto
o evangelho deve ser pregado em todo o seu conforto, algo que
a lei não pode fazer:
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“Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida
pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do
homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado
na carne,a fim de que as justas exigências da lei fossem plenamente
satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o
Espírito.” (Romanos 8:3-4)
Colocando de maneira simples, os Reformadores nos ensinaram
a pregar a Cristo crucificado:
“Nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo
para os judeus e loucura para os gentios.” (1 Coríntios 1.23)
Se uma igreja prega qualquer outro “evangelho”, seja a pregação
explicíta de “fé mais obras” ou alguma versão insidiosa de “entre
pela fé, permaneça pela obediência”, ela não está em conformidade com o ensino de Cristo mas, com o ensino de um anticristo impostor:
“Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além
dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também
o Filho.” (2 João 9)
Qualquer coisa que não seja a doutrina da justificação sola fide
é o que Paulo chamou de “outro evangelho”, o qual trás consigo
uma anátema eterna:
“Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente
aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evan9
gelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de
Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho
diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já
dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!” (Gálatas
1:6-9)
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Capítulo 2
A Pura Administração
dos sacramentos
A segunda das três marcas de uma igreja verdadeira é a pura
administração dos sacramentos.
Os dois sacramentos que o próprio Cristo instituiu são:
- O Batismo: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me
dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu
lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”
(Mateus 28:18-20).
- A Ceia do Senhor: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu
graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e
comam; isto é o meu corpo’. Em seguida tomou o cálice, deu graças
e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o
meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para
perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei
deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo
com vocês no Reino de meu Pai’” (Mateus 26:26-29).
Por causa de nossa constante luta com o pecado, a visível Palavra
dos sacramentos, suplementa a audível Palavra do evangelho
pregado, pois Deus “uniu (os sacramentos), à palavra do
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evangelho, a fim de melhor apresentar a nossos sentidos, tanto
aquilo que Ele significa para nós por sua Palavra, quanto aquilo
que ele trabalha interiormente em nossos corações” (Confissão
Belga, Artigo 33). Como a pregação do evangelho cria fé,
os sacramentos confirmam tal fé dentro de nós (Catecismo
de Heidelberg, Q&A 65); assim como a circuncisão foi para
Abraão “como sinal, como selo da justiça que ele tinha pela fé”
(Romanos 4:11).
A fim de administrar os sacramentos de maneira pura, a igreja
deve fazê-lo “conforme instituído por Cristo” (Confissão
Belga, Artigo 29). Isso significa, primeiramente, que ela deve
reconhecer que existem apenas dois sacramentos: o batismo e
a Ceia do Senhor; e, que ela, portanto, rejeita os outros cinco
sacramentos da Igreja Católica Romana como sacramento
falsos (Catecismo de Heidelberg, Q&A 68). Em segundo lugar,
isso siginifica que ela deve administrar os sacramentos sem as
cerimônias e elementos não-bíblicos que foram acrescentados
a eles no decorrer da história, como encontramos na Igreja
Católica Romana.
O batismo deve ser administrado unicamente com água, no
nome do Deus triuno, e por um ministro ordenado (Mateus
28.18-20). Se o batismo é feito no prédio da igreja ou na praia;
se o batismo é feito em uma pia batismal ou em um tanque; se
ele é feito por aspersão, entornamento de água ou imersão; e, se
o ministro aspergi, entorna ou imerge uma ou três vezes; tudo
isso é indiferente.
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A Ceia do Senhor é administrada de forma pura quando o
pão (seja levedado ou não), e vinho são dados àqueles que
professam fé e são membros da igreja de Cristo; estejam as
pessoas ajoelhadas, sentadas ou em pé. Isso deve ser feito com
a recitação das palavras de fundação (como o exemplo de Paulo
em 1 Coríntios 11.23-26); com o partir do pão (“tomando o
pão, o partiu”); e, com uma oração com respeito ao pão e ao
vinho (“e, tendo dado graças”).
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Capítulo 3
A Disciplina na Igreja
A terceira marca de uma igreja verdade, disciplina, tem um
conotação muito negativa em nossa cultura, mas a ideia bíblica
é tanto positiva como negativa.
Um pessoa inserida na igreja pelo batismo e é nutrida, ou
disciplinada, pela pregação do evangelho e pela administração
da Ceia do Senhor. Todos os verdadeiros crentes devem ser
disciplinados dessa maneira até o Senhor volte; assim, eles
devem receber a pregação da Palavra através de seus pastores e
devem participar da Ceia do Senhor quando ela é servida pelos
anciãos. Através destes meios, os líderes da igreja desempenham
o maneira positiva de disciplina na igreja. Ela é positiva no
sentido de que os membros são encorajados, fortalecidos e
reforçados através dos meios determinados por Deus e dos
mensageiros determinado por Deus.
As Escrituras exortam os crentes:
“Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade
deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas.
Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não
um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.” (Hebreus
13:17)
Em contraste, a disciplina em sua forma negativa envolve a
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“punição do pecado” (Confissão Belga, Artigo 29), naqueles
que não se arrependeram.
A disciplina promove a santidade de Deus:
“De novo a palavra do Senhor veio a mim, dizendo: ‘Filho
do homem, quando Israel morava em sua própria terra, eles
a contaminaram com a sua conduta e com suas ações. A sua
conduta era à minha vista como a impureza menstrual de uma
mulher. Por essa razão derramei sobre eles a minha ira, porque
eles derramaram sangue na terra e porque se contaminaram
com seus ídolos. Eu os dispersei entre as nações, e eles foram
espalhados entre os povos; eu os julguei de acordo com a
conduta e as ações deles. E, por onde andaram entre as nações,
eles profanaram o meu santo nome, pois se dizia a respeito
deles: ‘Esse é o povo do Senhor, mas assim mesmo ele teve
que sair da terra que o Senhor lhe deu’. Tive preocupação com
o meu santo nome, o qual a nação de Israel profanou entre as
nações para onde tinham ido.’” (Ezequiel 36:16-21).
“Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês,
imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de
alguém de vocês possuir a mulher de seu pai. E vocês estão
orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e
expulsar da comunhão aquele que fez isso? Apesar de eu não
estar presente fisicamente, estou com vocês em espírito. E já
condenei aquele que fez isso, como se estivesse presente. Quando
vocês estiverem reunidos em nome de nosso Senhor Jesus,
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estando eu com vocês em espírito, estando presente também
o poder de nosso Senhor Jesus Cristo, entreguem esse homem
a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja
salvo no dia do Senhor.” (1 Coríntios 5:1-5)
A disciplina protege a igreja contra contaminação:
“O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco
de fermento faz toda a massa ficar fermentada?” (1 Coríntios
5:6)
“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma
raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a
muitos. Não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que
por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como
filho mais velho.” (Hebreus 12:15-16)
“Continue a lembrar essas coisas a todos, advertindo-os
solenemente diante de Deus, para que não se envolvam em
discussões acerca de palavras; isso não tem proveito, e serve
apenas para perverter os ouvintes. Procure apresentar-se a Deus
aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que
maneja corretamente a palavra da verdade. Evite as conversas
inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem cada
vez mais para a impiedade. O ensino deles alastra como
câncer; entre eles estão Himeneu e Fileto. Estes se desviaram
da verdade, dizendo que a ressurreição já aconteceu, e assim a
alguns pervertem a fé.” (2 Timóteo 2:14-18)
A disciplina restaura o rebelde, tornando clara a seriedade de
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sua resistência à Palavra de Cristo e à igreja:
“Entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja
destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor.” (1
Coríntios 5:5)
“Se alguém tem causado tristeza, não o tem causado apenas a
mim, mas também, em parte, para eu não ser demasiadamente
severo, a todos vocês. A punição que lhe foi imposta pela maioria
é suficiente. Agora, pelo contrário, vocês devem perdoar-lhe
e consolá-lo, para que ele não seja dominado por excessiva
tristeza. Portanto, eu lhes recomendo que reafirmem o amor
que têm por ele. Eu lhes escrevi com o propósito de saber se
vocês seriam aprovados, isto é, se seriam obedientes em tudo.
Se vocês perdoam a alguém, eu também perdôo; e aquilo que
perdoei, se é que havia alguma coisa para perdoar, perdoei na
presença de Cristo, por amor a vocês, a fim de que Satanás
não tivesse vantagem sobre nós; pois não ignoramos as suas
intenções.” (2 Coríntios 2:5-11)
“Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração
perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário,
encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que
se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido
pelo engano do pecado.” (Hebreus 3:12-13)
“E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao
amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja,
segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos
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outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.”
(Hebreus 10:24-25)
“Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento,
mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça
e paz para aqueles que por ela foram exercitados. Portanto,
fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes.
‘Façam caminhos retos para os seus pés’, para que o manco não
se desvie, mas antes seja curado. Esforcem-se para viver em paz
com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá
o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus.
Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação,
contaminando a muitos. Não haja nenhum imoral ou profano,
como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos
de herança como filho mais velho.” (Hebreus 12:11-16)
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Conclusão
Onde aqueles que buscam a verdade encontram o legítimo Jesus
Cristo, Seu legítimo evangelho, um igreja legítima? Ao buscarem
as três marcas bíblicas da pregação, da administração dos dois
sacramentos e do exercício da disciplina piedosa na igreja; a
pessoa diligente e sensata pode encontrar o artigo genuíno.
Com tantas “igrejas” presentes em qualquer comunidade local,
é imperative que se encontre uma congregação que seja um
“igreja” cristã verdadeira; na qual Jesus Cristo verdadeiramente
se encontra com Seu povo na Palavra e nos sacramentos, e
os pastoreie através da disciplina de Seus exercida por seus
ministros, os pastores e os anciãos.
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Marcas de uma igreja verdadeira