Conheça os vencedores do 2º Prêmio Aliança de
Empreendedorismo Comunitário
Sobre o Prêmio
Nesse ano, o Prêmio contou com o patrocínio master do Instituto Walmart –
que investe em projetos voltados a mulheres, jovens e catadores e do
Programa CATA AÇÃO – cujas ações visam contribuir para a sustentabilidade
econômica e a cidadania plena de catadores de materiais recicláveis e suas
famílias. O objetivo do prêmio é identificar microempreendedores – com
faturamento anual de até R$ 240mil – que se destacam tanto pelo negócio que
empreendem quanto por sua contribuição para o desenvolvimento econômico e
social de sua comunidade.
Nessa edição, o prêmio foi dividido em 5 categorias - Empreendedor
Individual, Mulher Empreendedora, Jovem Empreendedor, Grupo
Empreendedor e Catador Empreendedor. O 1º colocado de cada categoria
receberá um patrocínio de R$ 5.000 (cinco mil reais) para investir em seu
negócio, além de participar de uma capacitação oferecida pela Aliança
Empreendedora em São Paulo durante 3 dias, o 2º colocado de cada categoria
terá a oportunidade de participar também da capacitação da Aliança
Empreendedora em São Paulo.
“Queremos valorizar e premiar microempreendedores que, por seu trabalho e
pelo que ele representa para o lugar onde moram, sirvam de exemplo para o
Brasil”, conta Lina Useche, Co-fundadora e Diretora Executiva da Aliança
Empreendedora.
Foram 162 inscrições recebidas, de 19 estados brasileiros mais o Distrito
Federal.
A entrega do Prêmio será durante o evento oficial de abertura da
Semana Global do Empreendedorismo em São Paulo, a Aliança
Empreendedora terá um espaço entre os painéis e falas de autoridades para
apresentar o 2º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário, e as
histórias dos empreendedores vencedores dos 1ºs e 2ºs
lugares em cada categoria. A agenda completa do evento ainda não foi
divulgada pela Endeavor.
Os cinco vencedores do 2º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário,
são:
Categoria Jovem Empreendedor
1º lugar: Francisco das Chagas Ribeiro Neto
Microempreendimento: Sítio Carijó
Cidade: Pentecoste – Ceará
Contato do Francisco: (85) 9444-1226
Francisco tem 29 anos e é natural de Pentecoste no Ceará. Deixou a cidade
aos 8 anos quando seus pais se separaram e foi morar em Fortaleza com a
mãe, mas nunca deixou de gostar da vida no campo. Depois de trabalhar em
Fortaleza como operador de produção na indústria têxtil, e passar por diversos
trabalhos informais para ajudar a mãe que era empregada doméstica no
sustento da casa, decidiu voltar para Pentecoste e assumir o trabalho na
propriedade rural da família. Na mesma época, fez o curso que a ADEL
(Agência de Desenvolvimento Local) oferecia na região: Formação de jovens
empreendedores rurais. Francisco fez o curso, acessou microcrédito e
começou a criação de frangos caipiras. De R$200,00 mensais, sua renda hoje
é de R$ 1.070,00, o que possibilitou a volta da mãe e dos irmãos para trabalhar
no Sítio Carijó, empreendimento de Francisco.
Francisco e as galinhas caipiras do Sítio Carijó em
Pentecoste.
Categoria Empreendedor Individual
1º lugar: Fernando Chotguis Rosembaum
Microempreendimento: Bicicletaria Cultural
Cidade: Curitiba - Paraná
Contato de Fernando: (41) 9639-2079 e (41) 3153-0022
Fernando tem 33 anos, é artista e cicloativista. Em agosto de 2011, em
parceria com Patrícia Valverde, abriu as portas da Bicicletaria Cultural, um
espaço no centro de Curitiba voltado para atender a necessidade dos ciclistas
de um centro de apoio e formação da cultura da bicicleta, além de um espaço
para a discussão e produção cultural. Estacionamento de bicicletas (área
restrita e coberta), oficina mecânica, aluguel de bicicletas, shows, exposições,
exibição de filmes, curso de mecânica básica, curso de línguas (russo,
sânscrito, inglês e francês) e cursos de consciência corporal estão entre as
atividades oferecidas pelo espaço. O cicloativismo e a produção cultural são as
bases da Bicicletaria Cultural e o espaço tem sido um local de encontro de
artistas e bikers em um fenômeno pioneiro na cidade de Curitiba.
Fernando e sua companheira Patrícia Valverde na
Bicicletaria Cultural
Categoria Mulher Empreendedora
1º lugar: Regina Coelli de Araújo Freitas
Microempreendimento: Favela Orgânica
Cidade: Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Contato de Regina: (21) 8428-4810 e (21) 9290-7784.
Regina tem 31 anos e é natural do interior da Paraíba. Trabalhou como
empregada doméstica em João Pessoa e lá recebeu um convite para mudar-se
para o Rio de Janeiro, trabalhando também como doméstica, mas ganhando
um pouco mais. No Rio Regina começou a trabalhar com uma mulher que
valoriza a cozinha com produtos naturais, orgânicos e integrais. E foi aí que ela
aprimorou o amor pela cozinha, tomou gosto pelos produtos naturais e pela
culinária orgânica. Fez um curso de culinária no SENAC, e logo depois, surgiu
um edital de projetos no Morro da Babilônia, comunidade onde mora. Depois
de muita orientação do projeto, Regina apresentou a ideia de trabalhar com o
ciclo do alimento, através de oficinas para a comunidade (oficinas de consumo
e desperdício; de princípios da permacultura com a construção de
composteiras caseiras e de valores nutricionais). Regina começou o
empreendimento com pouco recurso, pois não foi contemplada pelo edital da
primeira vez. No segundo ano recebeu recurso do mesmo edital e hoje, a
Favela Orgânica promove hoje práticas saudáveis e sustentáveis de
alimentação aliadas ao prazer de cozinhar, através de buffets, oficinas e
participação em eventos sobre o ciclo do alimento e o consumo consciente
para todos. Dentre os vários clientes da Favela Orgânica, estão: Prefeitura do
Rio de Janeiro, Philips e Sebrae.
Regina Coelli (de verde), ou Regina Tchelly, como
prefere ser chamada, trabalhando na Favela Orgânica
Categoria Grupo Empreendedor
1º lugar: Associação das Mulheres Pescadoras do Iperoba – AMUPI
Cidade: São Francisco do Sul – Santa Catarina
Contato de Aglair: (47) 3444-4219 e (47) 9119-5416
A Associação das Mulheres Pescadoras do Iperoba surgiu em 2010 da
necessidade das mulheres pescadoras da região em gerar mais renda e
estabilidade ao agregar valor aos produtos da pesca artesanal. Trabalham 9
mulheres na Associação, e os produtos oferecidos pelas pescadoras são, além
dos peixes, produtos derivados como caldos, filés, lingüiça de peixe, bolinho e
camarão a milanesa. O beneficiamento do peixe permitiu as mulheres acabar
com a figura do atravessador, oferecendo assim à comunidade diretamente
produtos de qualidade e inovadores, como a lingüiça de peixe. As mulheres
hoje alugam o próprio espaço de trabalho, têm o reconhecimento da
comunidade local e já comercializam para o PNAE – Programa Nacional de
Alimentação Escolar – oferecendo alimentos saudáveis para as crianças da
região.
Empreendedoras da Associação das Mulheres
Pescadoras do Iperoba
Categoria Catador Empreendedor
1º lugar: Cooperativa Mista de Trabalho e Produção de Coleta Seletiva,
Reaproveitamento e Reciclagem do Lixo Ltda. – Aguapé
Cidade: Munhumirim – Minas Gerais
Contato de Rosangela: (33) 9965-9493
A Cooperativa surgiu em 2005, impulsionada pelo fechamento do lixão da
cidade, quando os catadores que trabalhavam lá perceberam que precisavam
buscar outra fonte de renda. Nessa época, a ONG Ponto Terra reuniu os
catadores para conversar sobre o lixo e o cooperativismo. Após as reuniões e
apoio da ONG, surgiu a Cooperativa Aguapé. Dois anos após sua constituição,
a Cooperativa pleiteou junto à prefeitura da cidade a gestão da Usina de
Triagem e Compostagem da cidade. E conseguiu através da assinatura de um
contrato de prestação de serviço para Prefeitura de Manhumirim. A cooperativa
emprega 20 pessoas, e de 2008 para cá, vêm conseguindo cada vez mais
apoio e capacitação para poder oferecer melhores salários aos cooperados.
Um dos objetivos da cooperativa é conseguir Certificação Internacional SA
8000 (em andamento) para abrir novos mercados com indústrias e para
logística reversa. O trabalho dessa cooperativa é exemplo para muitas
organizações de catadores no país, que buscam todos os dias que seu
trabalho seja reconhecido pelas prefeituras municipais.
Cooperados da Aguapé em Manhumirim - MG
Além dos 1ºs lugares, cada categoria premiará os 2ºs lugares com uma
imersão de capacitação da Aliança Empreendedora em São Paulo, são
eles:
Categoria Jovem Empreendedor
Microempreendimento:
Escola
Contato
de
Tony:
(11)
-
Tony Marlon
de
Notícias
9
8125-6009
Tony tem 28 anos e empreende a Escola de Notícias desde 2011
oferecendo serviços de comunicação para organizações sociais em
São Paulo. Geração de conteúdos para sites, portais, e outras
mídias; gestão de redes sociais e páginas institucionais; registro de
ações e projetos socioculturais por meio de documentários e produção audiovisual são alguns
dos serviços oferecidos pela Escola. A ideia da Escola surgiu em 2006 quando Tony
participou do primeiro Ciclo de Formação de Jovens Empreendedores Sociais - Geração
MudaMundo GMM, realizado no Brasil pela Ashoka Empreendedores Sociais.
Categoria Empreendedor Individual – Silvio
José Schorrecke Gonçalves
Microempreendimento: Jornal Regional do
Cajuru
Contato de Silvio: (41) 9822-8366
Silvio tem 32 anos e começou a produzir o primeiro jornal de caráter comunitário do Bairro
Cajuru em Curitiba ainda esse ano, o Jornal Regional do Cajuru. O veículo feito pela
comunidade e para comunidade tem uma linguagem fácil e permite que os moradores do bairro
escrevam e exponham sua opinião no jornal. Além disso, o jornal é distribuído gratuitamente e
é uma alternativa de publicidade barata para os comerciantes da região, que dificilmente teriam
recurso para investir em outra mídia. Como o empreendimento ainda é recente, Silvio está com
um projeto no Portal Impulso, cara captar recurso para a impressão das próximas edições e
realização de oficinas de comunicação gratuitas na comunidade. Confira em:
http://www.impulso.org.br/pt/projects/9-silvio-schorrecke-jornal-comunitario-do-cajuru
Categoria Mulher Empreendedora – Maria Ivoneide do
Vale
Microempreendimento: Instituto Banco Tupinambá
Contato de Maria Ivoneide: (91) 8864 7073
Maria Ivoneide tem 46 anos e abriu o Instituto Banco Tupinambá em
Belém, no Pará, para atender a demanda de microcrédito para empreendedores, empréstimo
para consumo feito com a moeda social e atender como correspondente bancário na região. A
moeda social teve o apoio do Instituto Palmas para começar, e hoje, o Instituto Banco
Tupinambá é um negócio social sustentável, que atende as necessidades da região e além
disso, contribui para que o dinheiro circule dentro da comunidade. O sonho de Maria é que o
Instituto torne-se referencia em economia solidária na região.
Categoria Grupo Empreendedor – Arte Nativa
Contato de Luzimeire: (92) 8101-6305 e (92) 9179-4440
da
Amazônia
O grupo Arte Nativa da Amazônia é um grupo familiar formado por 04 artesãos/ãs que iniciou
em 2010 da necessidade dos integrantes de gerar renda. O grupo escolheu trabalhar com
sacolas para feiras/mercado, bolsas para eventos (seminários, congressos), lixeiras para
campanhas educacionais (algodão cru, juta, TNT), crachás (algodão cru, juta), pasta de palha
para eventos, embalagens p/presente (algodão cru, juta, TNT), sacolinhas para presente (DVD,
CD, etc), embalagens para garrafa (juta), bloco de notas, necessaire (algodão, juta, nylon 600 e
reaproveitamento de banner), mochilas (juta e algodão cru), sempre pensando em valorizar a
cultura local e vender junto com os seus produtos, o conceito de preservação do meio
ambiente. Hoje já atende grandes empresas e instituições como a Whirlpool América Latina e a
Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas.
Categoria Catador Empreendedor – Cooperativa de Agentes
Ambientais FRAGET – COOAFRA
Contato de Elaine: (53) 3281-2399
A Associação de Vilas Reunidas FRAGET se constitui em 1981 com o objetivo de melhorar as
condições de infra-estrutura da cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul. Localizada numa área
de alagamento e próxima ao centro da cidade, muitos catadores de materiais recicláveis
catavam material ao seu redor como forma de gerar renda. A FRAGET cedeu então, um
espaço no terreno da Associação para os catadores se organizarem. Os primeiros anos foram
muito difíceis, pois o grupo demorava cerca de 3 meses para organizar e vender uma carga de
material, e sofria com a falta de equipamentos como prensas e picotadeiras de papel. Passo a
passo a Cooperativa de Agentes Ambientais conseguiu a Licença Ambiental, ampliou o espaço
físico, adquiriu um caminhão via financiamento, e aumentou sua captação de material
reciclável. A COOAFRA hoje coloca em pratica o empreendedorismo, a autogestão, e os
princípios do cooperativismo além de gerar renda direta a 18 pessoas e a mais 30 famílias que
trazem o lixo reciclável e fazem dele sua renda.
Assessoria de Imprensa
Aliança Empreendedora
Luísa Bonin
[email protected]
(41) 3013 2409 e (41) 8802 3868
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Release do 2º Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário