Instrumentação Industrial Autor: Perez Instrumentação - Nível 1 AULA V - Instrumentos de Nível Instrumentação - Nível 2 Instrumentação - Nível Objetivos 9 Estudar Elementos e Transmissores de Nível Mais Utilizados 9 Precisar Inventários (contidos em tanques e em vasos) 9 Em grande parte das aplicações essa medição dispensa grande precisão. 9 Em apenas algumas aplicações, tais como níveis de reatores, água em caldeiras, tancagem em produtos comercializados (compra e venda) é que a precisão pode vir a ser importante. Instrumentação - Nível 3 Instrumentação - Nível Indicador de Nível tipo Régua 9 Bóia que flutua na superfície do produto, transmitindo seu movimento, através de um cabo, a um cursor que indica o nível numa escala graduada. Instrumentação - Nível 4 Instrumentação - Nível Chaves de Nível Tipo Bóia 9 Bóia que flutua acompanhando o nível ou interface de dois produtos em um tanque com diferentes densidades. 9 Montagem Lateral ou de Topo. 9 Indicação ON-OFF Instrumentação - Nível 5 Instrumentação - Nível Chaves de Nível Tipo Bóia Instrumentação - Nível 6 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) 9 Principio dos vasos comunicantes. 9 Indicação Local 9 Tipos: 9Tubular 9Pouco utilizado 9Tubo de vidro com varetas metálicas para proteção mecânica 9Pouca resistência a choques Instrumentação - Nível 7 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) Instrumentação - Nível 8 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) Plano 9Por reflexão (reflex) para acentuar contraste líquido-vapor devido a diferença dos índices de refração entre líquido e vapor (gás): Líquido (reflexão parcial) – apresenta tonalidade escura. Vapor ou Fase Gasosa (reflexão total) – apresenta tonalidade clara. 9Transparente – quando se deseja perceber a cor de cada produto nas interfaces líquido- líquido. Permite a instalação de iluminadores. Instrumentação - Nível 9 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) Instrumentação - Nível 10 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) ( a ) Visor reflex ( b ) Visor transparente 1 - Parafuso tipo “U” 2 - corpo 3 - Junta de vedação 4 – Vidro 5 - Junta almofada 6– Espelho 7 - Porca Instrumentação - Nível 11 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) Visor reflex Instrumentação - Nível 12 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) Visor Transparente Instrumentação - Nível 13 Instrumentação - Nível Visor de Nível (LG) Montagem do visor em seções 9 Recomenda-se que o comprimento de um visor não seja maior que 750 mm ou mais que 3 seções. Instrumentação - Nível 14 Instrumentação - Nível Indicador de Nível Magnético 9 Um ímã integrado a bóia permite a visualização do nível de um tanque ou vaso através da atração de elementos magnéticos. Instrumentação - Nível 15 Instrumentação - Nível Medidor tipo Borbulhador 9Aplicáveis na presença de líquidos corrosivos, viscosos ou que se solidificam a temperatura ambiente (tanque aquecido). Ex: Tanque de Enxofre em URE (Unidade de Recuperação de Enxofre). 9O ar é injetado no tanque a uma pressão pouco superior ao head correspondente ao nível máximo (aproximadamente 20% acima da máxima pressão hidrostática do tanque). A pressão de ar irá equilibrar a coluna líquida (ρgh), acompanhando sempre suas variações. A diferença de pressão entre a controladora de pressão e a coluna de fluido é absorvida pelo rotâmetro. Instrumentação - Nível 16 Instrumentação - Nível Medidor tipo Borbulhador Instrumentação - Nível 17 Instrumentação - Nível Medidor tipo Borbulhador Instrumentação - Nível 18 Instrumentação - Nível Medidor tipo resistência variável Instrumentação - Nível 19 Instrumentação - Nível Medidor por Empuxo 9 Também conhecidos como Displacer (Deslocamento Variável). 9 Nesse tipo de medidor, não há praticamente movimento físico do deslocador (que se encontra totalmente submerso). Instrumentação - Nível 20 Instrumentação - Nível Medidor por Empuxo 9 Utilizado em medição de interfaces. A medida que a interface se desloca, o peso “aparente” do deslocador se modifica. E=gXA(ρ1- ρ2)+ ρ2gLA Pap=Preal - E onde X altura da interface, A área do deslocador, L comprimento do deslocador e ρ1 e ρ2 densidades dos dois fluidos que formam a interface. Instrumentação - Nível 21 Instrumentação - Nível Medidor por Empuxo E = ρ gV = ρ 1 gV 1 + ρ 2 gV 2 = ρ 1 gXA + ρ 2 g (L − X )A E = ρ 1 gXA + ρ 2 gLA − ρ 2 gXA E = (ρ 1 − ρ 2 )gXA + ρ 2 gLA A Constante L Função apenas de X, altura da interface X Instrumentação - Nível 22 Instrumentação - Nível Medidor por Empuxo 9 Limitações: 9Fluidos Agressivos (contato direto com o fluido) 9Range de Medição até 3 metros 9O peso do deslocador deve ser suficiente para submergir na mais alta densidade de operação. 9 Vantagens em relação a bóia: 9 Maior faixa de medição 9 Calibração mais fácil 9 Menor probabilidade de alarme falso devido a turbulências pois o cabo está sob constante tensão mecânica Instrumentação - Nível 23 Instrumentação - Nível Medidor por Empuxo Instrumentação - Nível 24 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão 9Principio de Funcionamento: Altura da Coluna de Líquido Diretamente Proporcional a Pressão ρgh. 9A medição pode ser: Com apenas o peso do líquido (Tanque Aberto) Pelo Diferencial entre 2 tomadas (Tanque Fechado) Instrumentação - Nível 25 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão 9Ajuste de Elevação do Instrumento Instrumentação - Nível 26 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão 9Nível no mínimo: Pd = PH – PL = (ρg(y+z)+ Patm) – Patm= ρg(y+z) 9Nível no máximo Pd = PH– PL = (ρg(y+z+x)+ Patm) – Patm= ρg(y+z+x) 9 A calibração é feita em altura de água (polegadas de água) P = ρgh Págua = ρ a gh ρgh ρ P = = = SpGr Págua ρ a gh ρ a Densidade P = SpGr × Págua Instrumentação - Nível 27 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão 9Exemplo: Para SpGr=0.8, x=80”, y=5” e z=10”, calcular o range de calibração e o span do instrumento em termos de pressão. 9Resposta: 12” ~ 76” H2O span de 64”H2O Instrumentação - Nível 28 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão 9Ajuste de Supressão do Instrumento Instrumentação - Nível 29 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão 9 Hipótese: Fase Vapor não condensa na tomada de baixa ⇒ Similar ao caso anterior 9 Hipótese: Fase Vapor condensa na tomada de baixa ⇒Nível no mínimo: Pd = PH – PL = (ρg(y+z)+ Po) – (ρg(d+z)+Po)= ρg(y-d) ⇒ Nível no máximo Pd = PH – PL = (ρg(y+z+x)+ Po) – (ρg(d+z)+Po)= ρg(y+x-d) 9Exemplo: Para SpGr=0.8, x=70”, y=20” e d=100”, calcular o range de calibração e o span do instrumento em termos de pressão. 9Resposta: range: -64” H2O @-8” H2O span:56” H2O Instrumentação - Nível 30 Instrumentação - Nível Medidor de Nível por Pressão Instrumentação - Nível 31 Controle de Nível na Retificadora Correção do nível em unidades de comprimento (H em metro, por exemplo) ∆Plido = ρ real gH ∆PDensimetro = ρ real ghDensimetro Dividindo ∆Plido ρ real gH = ∆PDensimetro ρ real ghDensimetro ∆Plido H = ∆PDensimetro hDensimetro H= ∆Plido ∆Plido × hDensimetro → H = k ∆PDensimetro ∆PDensimetro Instrumentação - Nível 32 Controle de Nível na Retificadora Correção de nível com a H em percentagem ∆ Pcalibração = d projeto × H = Paltura ⇒ 0 a 100 % ∆ PLT = d real × H d real ↑⇒ ∆ PLT ↑ ∆Pcorrigido = ∆PLT × d proj d real Instrumentação - Nível 33 Instrumentação - Nível Medidor ultra-sônico 9Utiliza como principio de operação a reflexão do sinal. D=ct/2, onde c é a velocidade de propagação 9Um sinal sônico gerado pelo sensor sofre reflexão em um obstáculo (por exemplo, a superfície de um produto no tanque) e retorna ao tanque após decorrido um tempo. 9O termo ultra-sônico é geralmente utilizado mas operam, normalmente, na faixa audível ou range sônico de 7,5kHz a 600kHz. 9Não entram em contato com o fluido sendo, portanto, indicados para medição com fluidos agressivos. 9Melhores condições de operação com um meio de propagação limpo e sem obstruções. Se for necessário medir o nível abaixo dos obstáculos internos do vaso (agitadores, bóias), haverá erro na medição. Instrumentação - Nível 34 Instrumentação - Nível Medidor ultra-sônico 9Pulse Burst Radar X Onda Contínua com Modulação em freqüência Instrumentação - Nível 35 Instrumentação - Nível Medidor ultra-sônico 9A medição do nível por ultra-som depende da temperatura do meio gasoso que se propaga (já que a velocidade de propagação da onda sobre um meio depende de sua temperatura). Portanto, pode ser necessário o uso de compensação de temperatura na velocidade de propagação ao inferirmos o nível. 9Se a superfície líquida for turbulenta ou coberta com espuma, a reflexão do sinal pode acontecer antes de incidir sobre o nível propriamente, gerando um erro de medição. 9A presença de partículas sólidas na fase gasosa pode prejudicar a leitura devido a dispersão do sinal em sua trajetória. 9O medidor ultra-sônico necessita de ar ou de outro gás como meio de transmissão. Já o radar, que veremos a seguir, se propaga também no vácuo. Instrumentação - Nível 36 Instrumentação - Nível Medidor ultra-sônico Instrumentação - Nível 37 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Princípio de operação: utiliza o mesmo princípio do radar convencional (ultra-sônico) com reflectometria no domínio do tempo (TDR), diferenciando-se pelo uso de uma sonda guia de ondas; 9Fabricantes de referência: Magnetrol, Khrone, Rosemount 9Componentes: unidade transmissora e receptora e sonda guia de ondas; Instrumentação - Nível 38 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9 TDR – Time Domain Reflectometry o Utiliza pulsos eletromagnéticos para medir nível ou distâncias; o Quando um pulso emitido alcança uma descontinuidade dielétrica (criada pela interface), parte do pulso é refletido; Instrumentação - Nível 39 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) Instrumentação - Nível 40 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9O uso do guia de ondas viabiliza sinais de menor intensidade, diminuindo assim a potência requerida e possibilitando a alimentação pelo par de 4 a 20 mA. Como o sinal é concentrado em torno de uma guia de ondas, a medição é pouco afetada pela proximidade à parede e a obstáculos dentro do tanque, turbulência e espumas. O instrumento pode ser instalado dentro do tanque/vaso ou utilizando câmaras externas novas ou já existentes. Existem três tipos de guias de onda: coaxial, dupla (rígida ou flexível) simples (rígida ou flexível) Instrumentação - Nível 41 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Guia de Onda Coaxial É a guia de ondas de maior eficiência. Seu funcionamento é semelhante ao de um cabo coaxial, confinando toda energia eletromagnética entre a haste interior e o tubo exterior. Esta configuração torna o GWR imune a interferências por obstáculos próximos a sonda, além de permitir aplicações em meios com baixos valores de constante dielétrica. Esta configuração fechada da sonda também o torna mais sensível a erros de medição pela formação de revestimento e acúmulo de material entre as partes interior e exterior da sonda. Instrumentação - Nível 42 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Guia de Onda Dupla 9É uma guia de ondas que possui eficiência menor que a sonda coaxial, já que não confina o sinal eletromagnético. Este tipo de sonda apresenta menor sensibilidade que as sondas coaxiais. Sua construção a torna menos sensível a formação de revestimento, sendo que a formação de pontes de material entre as hastes e a deposição sobre os espaçadores podem levar à medições incorretas. Como o campo eletromagnético se distribui em torno das hastes, este tipo de sonda é sensível à obstáculos localizados muito próximos as suas hastes (100 mm). Instrumentação - Nível 43 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Guia de Onda com Haste Simples 9O campo eletromagnético se distribui de forma diferente das sondas anteriores. Nestas sondas, o pulso se propaga do topo (referência de terra) para baixo com formato tetraédrico. É a que apresenta menor eficiência devido ao espalhamento do pulso. Estas sondas são pouco afetadas pela formação de revestimento ou acúmulo de material (importante em unidades como o coque), contudo são mais sensíveis a presença de obstáculos singulares localizados em sua proximidade (menos de 450 mm). Instrumentação - Nível 44 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Exemplos: D=ct/2 L=E-D Instrumentação - Nível 45 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Exemplos: Instrumentação - Nível 46 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Características Aumenta Coaxial Duplo Simples Coaxial Duplo Simples Potência Aumenta sensibilidade a obstrução Aumenta Coaxial Duplo Instrumentação - Nível Simples sensibilidade a obstáculos 47 Instrumentação - Nível Radar de Onda Guiada (GWR) 9Vantagens: Medição de níveis com líquido tóxico Alta precisão Tolera turbulência da superfície e espuma no líquido 9 Desvantagens Caro Não pode ser aplicado em medições com sólidos por causa do sinal fraco de reflexão; Instrumentação - Nível 48 Instrumentação - Nível Medidor de Vibração 9Principio de Funcionamento: Quando a interface ou nível do produto atinge o sensor, ocorre mudança de vibração do mesmo, atuando uma chave. Instrumentação - Nível 49 Instrumentação - Nível Medidor de Capacitância 9Principio de Funcionamento: A medida que a superfície do nível for subindo ou descendo, variamos o εr (permissividade dielétrica) do capacitor formado entre o vaso (primeira placa) e o sensor (segunda placa) ⇒ C= kAεr/d2 ⇒Xc=1/(wC) Instrumentação - Nível 50 Instrumentação - Nível Medidor de Capacitância 9Com o nível do tanque aumentando, o valor da capacitância aumenta progressivamente a medida que o dielétrico ar é substituído pelo dielétrico líquido a medir. Com contato Sem contato Instrumentação - Nível 51 Instrumentação - Nível Medidor Radioativo Principio de Funcionamento: 9O sistema de medição por raios gamas consiste em uma emissão de raios gamas (ondas eletromagnéticas com alto poder de penetração) montado verticalmente na lateral do tanque. Do outro lado do tanque teremos um câmara de ionização que transforma a radiação Gama recebida em um sinal elétrico de corrente contínua. Como a transmissão dos raios é inversamente proporcional a altura do líquido do tanque, a radiação captada pelo receptor é inversamente proporcional ao nível do líquido do tanque, já que o material bloquearia parte da energia emitida. 9Aplicação na Petrobras em tambores de coque 9 Requer licença legal Instrumentação - Nível 52 Instrumentação - Nível Medidor Radioativo Instrumentação - Nível 53 Instrumentação - Nível Medidor Magneto-restritivo 9O tubo guia (1") contém um cabo condutor por onde é injetado um pulso de corrente em intervalos fixos. A interação do pulso de corrente com o campo magnético gerado pelo flutuador cria uma força induzida de origem eletromagnética (F = Bli), levando a uma torção no cabo. Esta torção gera uma tensão localizada que se propaga a uma velocidade prédeterminada a partir do ponto do flutuador em ambas as direções do condutor. Um elemento sensor piezo magnético, montado juntamente com o transmissor converte esta tensão em um sinal de pulso elétrico, permitindo captar o momento que a torção chega ao sensor. Um microprocessador mede o intervalo de tempo entre o pulso de corrente transmitido e o pulso convertido a partir da propagação do esforço mecânico de torção. Instrumentação - Nível 54 Instrumentação - Nível Medidor Magneto-restritivo Instrumentação - Nível 55 Instrumentação - Nível Tabela de comparação Instrumentação - Nível 56