Malhas de Controle Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 1 / 62 Roteiro 1 As Cinco Malhas de Controle Mais Comuns 2 Controle de Vazão Exemplos Sensores 3 Controle de Pressão Pressão de Líquido Pressão de Gás Pressão do Vapor Exemplos Sensores 4 Controle de Nível Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 2 / 62 Malhas de Controle Praticamente todas as malhas de controle em uma planta química podem ser classificadas entre uma das seguintes categorias, de acordo com a variável sendo controlada: vazão pressão: gás, líquido e vapor nível de líquido qualidade do produto temperatura Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 3 / 62 Malhas de Vazão Malhas de controle de vazão são sempre auto-reguláveis e com resposta muito rápida: após a válvula de controle se posicionar em um novo valor, a vazão final será alcançada em frações de segundos, no máximo em poucos segundos. Isto significa dizer que a resposta da malha de vazão depende principalmente dos atrasos do sensor de medida, do controlador, da linha de transmissão e da válvula de controle. Outra característica de malhas de vazão é a presença de muito ruído no sinal de vazão, normalmente associado ao regime turbulento de escoamento. Por esse motivo é que o sensor de vazão deve conter alguma capacidade de filtragem desse ruído, seja por exemplo tornando-o altamente amortecido. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 4 / 62 Malhas de Vazão continuação Entretanto, um sensor muito amortecido não será capaz de corrigir mudanças significativas na vazão. Mesmo assim, ação derivativa deve ser evitada em malhas de vazão. Ação integral é utilizada para eliminar desvio-permanente, pois o ganho proporcional do controlador é ajustado pequeno com o intuito de evitar a amplificação do ruído . Essas flutuações de vazão podem se originar na bomba ou compressor, ou também em mudanças randômicas no padrão de escoamento devido a presença de válvulas, placas de orifício ou outras irregularidades no sistema. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 5 / 62 Malhas de Vazão continuação A maioria dos medidores de vazão usados na indústria (exceto medidores a turbina e magnéticos) apresentam uma relação não-linear entre a diferença de pressão gerada, por exemplo em uma placa de orifício ou tubo venturi, ∆P, e a vazão indicada: √ vazão mássica: W = km ∆Pρ q vazão volumétrica: F = km ∆P ρ onde km é o fator do sensor e ρ é a massa específica do fluido escoando. Por esse motivo, os transdutores e controladores de vazão digitais apresentam a capacidade de extrair a raiz quadrada, linearizando os sinais de vazão. Além disso, caso a massa específica do fluido varie, uma compensação no cálculo da vazão deve ser considerada. No caso de gases, pressão e temperatura devem ser medidas. Em líquidos, mede-se a sua temperatura. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 6 / 62 Malhas de Vazão continuação D P D P T P D D P (a ) m P D P m D P m T P T P D m m D P P (b ) Figura: Esquemas de medidores de vazão por pressão diferencial: (a) sem compensação e (b) com compensação. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 7 / 62 Malhas de Vazão: exemplos Controle da Vazão de uma Corrente de Vapor Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 8 / 62 Malhas de Vazão: exemplos continuação Controle da Vazão de uma Corrente Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 9 / 62 Malhas de Vazão: exemplos continuação Controle da Vazão de um Compressor – Anti-Surto Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 10 / 62 Sensores de Vazão: Placa de Orifício Uma típica placa de orifício é uma restrição colocada na tubulação com uma abertura concêntrica e afiada menor que o diâmetro do tubo. Devido a essa menor área de escoamento, a velocidade do fluido aumenta, causando uma redução na pressão. A vazão pode ser calculada a partir da medição da queda de pressão através da placa de orifício. A placa de orifício é o sensor de vazão mais comumente usado. Entretanto, ela cria uma pressão não recuperável grande devido a turbulência formada em torno da placa, levando com isso a um consumo de energia alto. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 11 / 62 Sensores de Vazão: Placa de Orifício continuação Figura: Placa de orifício. Malhas de Controle (CP2) Figura: Placa de orifício com célula de pressão diferencial. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 12 / 62 Sensores de Vazão: Tubo Venturi O tubo venturi é similar a uma placa de orifício. Contudo, ele é projetado para eliminar a separação da camada limite e, portanto, formar arraste. A mudança na seção transversal do tubo venturi causa a mudança da pressão entre a seção de entrada e a garganta, e a vazão pode ser determinada por essa queda de pressão. Embora com projeto mais caro do que uma placa de orifício, o tubo venturi cria uma pressão não recuperável bem menor. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 13 / 62 Sensores de Vazão: Tubo Venturi continuação Figura: Tubo Venturi. Malhas de Controle (CP2) Figura: Tubo venturi com célula de pressão diferencial. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 14 / 62 Sensores de Vazão: Turbina O fluido circulando através da turbina causa-a rotacionar com uma velocidade angular, que quando constante, é proporcional à vazão do fluido. A frequência de rotação da turbina pode ser medida por elemento magnético, célula fotoelétrica ou engrenagens. Pulsos elétricos podem ser detectados e usados para determinar a vazão. Esse sensor não deve ser usado em escoamentos com detritos ou em situações com grandes e rápidas variações na vazão ou pressão no sistema. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 15 / 62 Sensores de Vazão: Turbina continuação Figura: Esquema de um sensor turbina com transdutor. Malhas de Controle (CP2) Figura: Esquema de um sensor turbina com elemento magnético. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 16 / 62 Sensores de Vazão: Ultrasônico Um medidor de vazão ultrasônico mede a velocidade de um fluido utilizando o princípio do ultrasom. O sensor ultrasônico calcula a diferença de tempo gasto entre dois feixes ultrasônicos, emitidos a favor e contra o escoamento, para atingirem os receptores de ultrasom do lado oposto. Existem outros dois tipos de sensores ultrasônicos: o de reflexão ou Doppler, que requer a presença de partículas refletoras, bolhas ou turbulência e pode ser aplicado em canal de escoamento aberto. Eles não envolvem custos elevados de manutenção e uso porque normalmente são não invasivos ou possuem partes móveis. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 17 / 62 Sensores de Vazão: Ultrasônico continuação Figura: Esquema de um sensor ultrasônico Doppler. Figura: Sensor ultrasônico. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 18 / 62 Sensores de Vazão: Anemômetro de Fio Quente Anemômetros de fio quente usam fios muito finos (na ordem de micrometros), eletricamente aquecidos a uma certa temperatura acima da ambiente. O ar escoando pelo fio acaba por resfriá-lo. Como a resistência elétrica da maioria dos metais é dependente da temperatura do metal (tungstênio é o fio quente mais utilizado), uma relação pode ser obtida entre a resistência do fio e a velocidade de escoamento. Esses sensores são particularmente utéis para medidas com alta precisão. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 19 / 62 Sensores de Vazão: Anemômetro de Fio Quente continuação Figura: Fio quente. Figura: Anemômetro de fio quente. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 20 / 62 Sensores de Vazão: Tubo de Pitot O Tubo de Pitot é usado para medir velocidade local em um determinado ponto do escoamento. O Tubo de Pitot mede duas pressões simultaneamente. A pressão de impacto ou estagnação ou total é medida pela extremidade do tubo orientado para o fluxo de fluido a medir. A pressão estática, isto é, a que não depende do movimento, pode ser medida a partir de um tubo que envolve o primeiro no sentido coaxial e possui orifícios laterais perpendiculares ao movimento. A velocidade de escoamento (e também a vazão) é então calculada pela diferença entre a pressão total e a pressão estática. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 21 / 62 Sensores de Vazão: Tubo de Pitot continuação Figura: Esquema de um Tubo de Pitot. Figura: Tubo de Pitot em medida de vazão. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 22 / 62 Sensores de Vazão continuação Mais informações sobre medidores de vazão podem ser obtidos em referência técnica www.omega.com/techref/flowcontrol.html www.omega.com/literature/transactions/volume4/ tubo de Pitot www.youtube.com/watch?v=D6sbzkYq3_c placa de orificio e venture www.youtube.com/watch?v=oUd4WxjoHKY sensor eletromagnético www.youtube.com/watch?v=f949gpKdCI4 sensor térmico www.youtube.com/watch?v=YfQSf2NBGqc Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 23 / 62 Sensores de Vazão continuação sensor ultrasônico www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Bx2RnrfLkQg www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=S9XmiVkiiSA sensor de turbina www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=S0P8oU9ykc8 seleção de sensor http://www.youtube.com/watch?v=8D-ZtHx8pdQ&feature=player_detailpage Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 24 / 62 Malhas de Pressão de Líquido O controle da pressão de um líquido é essencialmente controle de vazão. O ganho do processo no controle de vazão será sempre igual a 1, enquanto que no controle da pressão o ganho converterá vazão em pressão. C P T P P Figura: Malha de controle de pressão de líquido. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 25 / 62 Malhas de Pressão de Gás A quantidade de gás armazenada em um volume fixo, a temperatura constante, varia diretamente com sua pressão . Aumentando a alimentação, aumenta a pressão de forma similar ao nível de líquido em um tanque. Portanto, uma malha de pressão de gás é semelhante a uma malha de nível de líquido, com a constante de tempo sendo igual a razão entre o volume do sistema e a máxima vazão de gás fornecida pelo sistema. Entretanto, uma malha de controle de gás é auto-regulável, diferentemente de uma malha de controle de nível de líquido: aumentando-se a pressão, a vazão de alimentação decresce e a de saída aumenta. O controle da pressão de um gás é comumente realizado pelo fornecimento de gás ao sistema, ou pela remoção de gás do mesmo. Nesse caso, a pressão é mais fácil de ser controlada, mesmo somente com controlador proporcional. Como conseqüência, desvio permanente é observado na vazão de saída. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 26 / 62 Malhas de Pressão de Vapor Em sistemas com vapor e líquido em equilíbrio, tais como caldeiras, evaporadores e colunas de destilação, o fluido pode mudar de fase com a transferência de calor. Quando a pressão é controlada pela adição ou remoção direta de vapor, a resposta do sistema de controle é semelhante ao controle da pressão de gás. Quando a transferência de calor é o mecanismo usado no controle da pressão do vapor, o sistema de controle comporta-se de forma semelhante ao do controle de temperatura, com atrasos correspondentes a esse tipo de malha de controle. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 27 / 62 Malhas de Pressão de Vapor continuação A pressão do vapor em uma caldeira é normalmente controlada pela manipulação da vazão do combustível e do ar. Em colunas de destilação, a pressão responde tanto ao aquecimento quanto ao resfriamento. O calor fornecido ao refervedor é normalmente utilizado no controle da qualidade do produto de fundo. Enquanto que a remoção de calor no condensador é normalmente usado no controle da pressão na coluna. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 28 / 62 Malhas de Pressão: exemplos Controle da Pressão de uma Corrente de Vapor Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 29 / 62 Malhas de Pressão: exemplos Controle da Pressão de um Compressor – Anti-Surto Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 30 / 62 Sensores de Pressão: Célula de Pressão Diferencial Sensor Capacitivo ou Célula Capacitiva é o sensor mais utilizado em transdutores de pressão. Nele um diafragma de medição se move entre dois diafragmas fixos. Entre os diafragmas fixos e o móvel, existe um líquido de enchimento que funciona como um dielétrico. Como um capacitor de placas paralelas é constituído por duas placas paralelas separadas por um meio dielétrico, ao sofrer o esforço de pressão, o diafragma móvel (que vem a ser uma das placas do capacitor) tem sua distância em relação ao diafragma fixo modificada. Isso provoca alteração na capacitância de um circuito de medição, e então tem-se a medição da pressão. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 31 / 62 Sensores de Pressão: Célula de Pressão Diferencial continuação Estes instrumentos, quando utilizados em medição de nível, medem diferenciais de pressão que são provocados pela coluna líquida presente nos equipamentos cujo nível se deseja medir. O lado de alta pressão do transdutor de pressão diferencial é ligado pela tomada da parte inferior do tanque e o lado de baixa pressão é aberto para a atmosfera. Visto que a pressão estática do líquido é diretamente proporcional ao peso do líquido, este pode ser obtido pela medida do primeiro. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 32 / 62 Sensores de Pressão: Célula de Pressão Diferencial continuação Figura: Esquema de uma célula capacitiva. Malhas de Controle (CP2) Figura: Célula capacitiva. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 33 / 62 Sensores de Pressão: Célula de Pressão Diferencial continuação Figura: Sensor/transdutor de pressão diferencial. Malhas de Controle (CP2) Figura: Nível de tanque medido por pressão diferencial. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 34 / 62 Sensores de Pressão: Extensômetro (Strain Gage) Extensômetro é um transdutor capaz de medir deformações de corpos. Quando o material do extensômetro é deformado sua resistência elétrica é alterada. Quando o corpo sofre uma deformação, o extensômetro aderido à sua superfície tem a resistência elétrica modificada. Essa mudança na resistência é normalmente medida usando uma Ponte de Wheatstone . Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 35 / 62 Sensores de Pressão: Extensômetro (Strain Gage) continuação Figura: Strain gage aplicado sobre uma peça. Malhas de Controle (CP2) Figura: Esquema de medida de pressão com Strain gage. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 36 / 62 Sensores de Pressão: Elementos Piezoresistivos O efeito piezoresistivo descreve a mudança da resistividade de um semicondutor quando sujeito a deformações mecânicas. A piezoresistividade de um semicondutor, como o silício e o germânio, é bem mais sensível a deformações mecânicas do que a mudança da resistência observada em um Strain Gage. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 37 / 62 Sensores de Pressão: Elementos Piezoresistivos continuação Figura: Elemento piezoresistivo aplicado à medida de pressão. Figura: Sensor de pressão diferencial baseado em elemento piezoresistivo. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 38 / 62 Sensores de Pressão: Elementos Piezoelétricos Um sensor piezoelétrico é um transdutor que usa o efeito piezoelétrico para medir pressão, aceleração, deformação ou força convertendo-as em um sinal elétrico. Um material piezoelétrico, como o quartzo, gera uma tensão de saída quando submetido à pressão. Assim, ele pode ser colocado sobre um diafragma, cuja deformação devido à pressão do sistema servirá para medi-la. Os elementos piezoelétricos são mais sensíveis às variações das grandezas do que os piezoresistivos. Estes, por sua vez, são mais sensíveis do que os strain gages, que por sua vez são mais sensíveis do que os elementos capacitivos. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 39 / 62 Sensores de Pressão: Elementos Piezoelétricos continuação Figura: Elementos piezoelétricos. Malhas de Controle (CP2) Figura: Sensor piezoelétrico medindo frequência respiratória. www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 40 / 62 Malhas de Nível Sistemas de controle de nível se apresentam em duas categorias: o nível é uma variável importante do processo a vazão de saída é a variável importante do processo Quanto a exatidão do controle de nível tem-se: o nível deve ser matido praticamente constante a despeito das perturbações no sistema o valor exato do nível não é primordial, desde que o tanque não transborde ou seque Um reator tanque agitado é um exemplo onde o nível deve ser mantido o mais constante possível. Uma diminuição do nível causa uma diminuição do tempo de residência, o qual reduz a conversão da reação, bem como a diminuição da área de transferência de calor. Um aumento do nível pode indicar um conteúdo excessivo no reator. No caso de um refervedor, uma preocupação com o nível é evitar que os tubos conduzindo vapor não fiquem expostos, sem líquido. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 41 / 62 Malhas de Nível continuação A B A lim e n t a ç ã o V a p o r C L C L (a ) (b ) C F Figura: Malhas de nível: (a) reator agitado e (b) refervedor. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 42 / 62 Malhas de Nível continuação Um exemplo onde o nível em si não é importante, pode ser representado pela situação quando várias correntes de saída de diferentes reatores são conduzidas a um tanque para armazenagem. Quando um dos reatores é parado, o nível no tanque começará a diminuir. Um controle de nível, com ampla faixa proporcional, permitirá que o nível seja substancialmente alterado, antes que a corrente de saída do tanque iguale-se à vazão de entrada. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 43 / 62 Malhas de Nível continuação Outro exemplo com o mesmo propósito, é o controle de nível do condensador de uma coluna de destilação. A vazão de refluxo é ajustada para o controle da composição de topo da coluna. A vazão de destilado é usada para a manutenção do nível do condensador. Se o produto de topo for encaminhado ao armazenamento, variações no nível, e por conseqüência na vazão de destilado, são menos importantes, quando comparado com o caso do destilado ser a alimentação de outra coluna. Neste caso, o controle dessa segunda coluna será mais fácil de ser realizado, quando sua vazão de alimentação sofrer pequenas perturbações. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 44 / 62 Malhas de Nível continuação P ro c e s s o A C o n d e n s a d o r C L C T C L P ro c e s s o B (a ) (b ) Figura: Malhas de nível: (a) tanque intermediário e (b) condensador. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 45 / 62 Malhas de Nível continuação A dinâmica do controle de nível é influenciada, principalmente, pelo atraso no tanque. Esse atraso é muitas vezes maior que a maioria dos atrasos do sistema. Em algunas situações, atrasos no sensor de nível e na válvula de controle podem também contribuir na dinâmica dessa malha. Quando a vazão de alimentação é usada para regular o nível e a vazão de saída é fixada por uma bomba, por exemplo, o tanque se comporta como um sistema puramente capacitivo , e não possui auto-regulação. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 46 / 62 Malhas de Nível continuação O nível em refervedores pode apresentar resposta inversa . Isso pode ser um problema para o sistema de controle. Se a energia fornecida ao refervedor aumenta, uma maior expansão de bolhas ocorre no refervedor, indicando um aumento no conteúdo de líquido nele, quando de fato esse conteúdo de líquido será reduzido com o tempo. Neste caso, deve-se medir o nível de líquido com um sensor de pressão diferencial, e não com um sensor de medida da interface líquida. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 47 / 62 Auto-Regulável Um sistema auto-regulável tende a um estado estacionário após a variação da entrada de um valor inicial a outro final constantes. Um sistema integrador é normalmente chamado de não auto-regulável, pois a taxa de variação da saída é independente da saída F F o h (A ) h F = k h (A ) s is te m a a u to -r e g u lá v e l dh A = F0 − k dt q o F s is te m a in te g r a d o r h A dh dt = F0 − F Vazão Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar Nível 48 / 62 Amortecimento Quanto menor o amortecimento (ζ), mais rápida é a resposta, mas com mais oscilação. Quanto maior o amortecimento, a resposta é mais morosa (lenta), mas com pouca ou nenhuma oscilação. Sistema de Segunda Ordem: resposta ao degrau (0≤ζ<1) 1.6 ζ=0,2 ζ=0,4 ζ=0,6 ζ=0,8 1.4 1.2 y/KpA 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 t/τp Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 49 / 62 Amortecimento continuação Observe o comportamento da entrada senoidal e a resposta do sistema de 1a ordem a ela Sistema de Primeira Ordem: resposta senoidal 1 u y 0.8 0.6 0.4 y 0.2 0 −0.2 −0.4 −0.6 −0.8 −1 0 1 2 3 4 5 6 7 t a resposta é atenuada em relação à onda senoidal do sinal de entrada Volta a resposta atrasa em relação à entrada Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 50 / 62 Ruídos com Ação Derivativa Para um sinal erro com muito ruído, embora com média próxima de zero, a ação derivativa calculará ações de comando elevadas, desnecessariamente! Z Kc t de(t) PID: c(t) = cs + Kc · e(t) + e(t) · dt + Kc · τD τI 0 dt e d e /d t 0 t Volta Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 51 / 62 Ruídos com Ação Proporcional Com o aumento do ganho proporcional (Kc ) ocorre a redução do erro e a resposta da malha fechada torna-se mais rápida. Se o sinal erro tem muito ruído, deve-se balancear o efeito do aumento de Kc entre a melhoria da resposta em malha fechada e a amplificação do ruído. PI: c(t) = cs + Kc · e(t) + e Kc Z τI t e(t) · dt 0 s in a l a m p lific a d o 0 t Volta Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 52 / 62 Relação Não-Linear em Medidores de Vazão A relação não-linear observada entre a diferença de pressão gerada, ∆P, e a vazão indicada, em medidores de vazão do tipo placas de orifício e tubo venturi, pode ser representada considerando a conservação de energia no medidor: eq. de Bernoulli: fluido incompressível (ρ independente de P) u2 P + + gz = constante 2 ρ A 1 A 2 V e n tu ri z Malhas de Controle (CP2) 1 z 2 www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 53 / 62 Relação Não-Linear em Medidores de Vazão continuação ( + Pρ1 + gz1 = 22 + Pρ2 + gz2 W = u1 A1 ρ = u2 A2 ρ – vazão mássica ( u22 2 u12 2 u2 u2 2 − 21 = g(z1 − z2 ) + P1 −P ρ u1 = u2 AA21 ! A22 1 P1 − P2 1 − 2 u22 = g(z1 − z2 ) + 2 ρ A1 medidor na horizontal: z1 = z2 u22 1 P1 − P2 = → u2 = r 2 A 1 2 1 2 1 − A2 ρ 2 1− 1 u2 = √ 2 A2 A21 P1 − P2 √ ρ W A2 ρ Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 54 / 62 Relação Não-Linear em Medidores de Vazão continuação A2 W =r 1 2 1− p 2 A2 A21 ∆Pρ = km p ∆Pρ, ∆P = P1 − P2 A placa de orifício provoca uma queda de pressão substancial e com baixa recuperação da pressão. Portanto, deve ser utilizada em situações com elevada pressão de entrada. De construção simples, mas menos precisa. O mesmo não ocorre com o tubo venturi. Ele oferece uma boa recuperação da pressão, sendo indicado para situações com baixa pressão de entrada. De construção mais complexa, apresenta medidas mais precisas. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 55 / 62 Relação Não-Linear em Medidores de Vazão continuação z 1 z 2 z 3 V e n tu ri O r ifíc io P re s s ã o 1 0 0 0 9 5 0 V e n tu ri 9 9 0 O r ifíc io 9 4 0 9 0 0 Figura: Comparação da recuperação de pressão entre tubo venturi e placa Volta de orifício. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 56 / 62 Pressão de um Gás Um gás ideal tem o seu comportamento descrito pela relação PV = nRT Com T e V constantes, RT n V Assim, quando a quantidade de gás aumenta (n) no sistema, a pressão também aumenta. P= Volta Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 57 / 62 Ponte de Wheatstone Uma Ponte de Wheatstone é um circuito elétrico usado para medir a resistência elétrica de um componente (Rx ). Se a razão entre a perna esquerda do circuito R2 /R1 é igual a razão entre Rx /R3 da perna direita do mesmo circuito, então a tensão entre os pontos médios B e C será zero e nenhuma corrente aparecerá indicada no amperímetro V . Este circuito é frequentemente usado em strain gages, elementos piezoresistivos, termômetros de resistência, entre outros. Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 58 / 62 Ponte de Wheatstone continuação Figura: Esquema de uma Ponte de Wheatstone. Volta Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 59 / 62 Resposta Inversa O comportamento dinâmico de certos processos difere drasticamente do que já foi apresentado. Nesses casos, inicialmente a resposta se dirige a uma direção oposta àquela em que irá se estabelecer após a perturbação. Tais comportamentos são chamados de resposta inversa. De fato, a presença de resposta inversa é o resultado de dois efeitos opostos, envolvendo sistemas de 1a e/ou 2a ordem: P ro c e s s o 1 K t p 1 U (s ) -K t p 2 p 1 s + 1 p 2 + + Y (s ) s + 1 P ro c e s s o 2 Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 60 / 62 Resposta Inversa continuação A função de transferência de um sistema com resposta inversa apresenta pelo menos um zero (raíz do numerador de Gp (s)) com parte real positiva; isto é, um zero no semi-plano direito do plano complexo. Sistemas com resposta inversa podem se tornar particularmente difíceis de controlar, merecendo atenção especial. A figura a seguir apresenta o comportamento da saída de um sistema com resposta inversa, constituído pela diferença entre dois sistemas de 1a ordem: Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 61 / 62 Resposta Inversa continuação a Sistema com Resposta Inversa: diferença entre dois de 1 ordem 2 1.5 y 1 0.5 K =2; τ =3 p1 p1 Kp2=1; τp2=1 0 resp. inversa −0.5 −1 0 2 4 6 8 10 12 tempo Volta Malhas de Controle (CP2) www.professores.deq.ufscar.br/ronaldo/cp2 DEQ/UFSCar 62 / 62