ANOI Loriga - Fevereiro de 1950 N." 12 POR A BEM TUDO DE E LORIGA POR TODOS E DA - RE GIAO EDITOR: José Luís de Pina - LORIGA ADMINISTRADOR: Armando Leitão - LORIGA TRABALHANDC ... Publicados que estão após a saída deste número 12 ~xemplares do nosso jornal, «A NEVE» vai en~rar 110 segundo ano da sua publicaç:ão. Não pretenemos por ora analisar a sua acç:ão externa, as suas :vantagens, ou o·s louros que. .poderá vir a colher de ·~n1ro. Não. Queremçs sim, chamar a público a.atençao dos nossos leitores <para alguns prohlemas, que se prendem com a vida do jornal. •Poucos poderão fazer ideia do trabalho que repr~enta cada exempla-r que aparece, desde o conse• gu1r-se a cola·bora?o até à paginação e distribuição. 1 ~d,? desde a «a~aptaç:ão)>, dos artigos aleijados, ate a colagem de cmtas e ·selos para a ex.pedição é ~eito com entusiasmo e carinho por meia dúzia de Jovens de boa vontade. A orgânica dum jornal é assaz complicada e com isso temos de contar. A cada passo surgem proble" tnas a 1'~ol vcr e uma série e pequenas tarefas a que quase todos se 'furtam. Justifica-o a experiência. O jornal é de Todas e todos temos de ser para o jornal. Mas o jornal )á aca·ba por sair. Não 'Pode porém, continuar 'assim. A ((Neve» é o órgão mensal de Loriga, a bem da Região. Porém na pcriocidadc ele tem falhado, raramente ·:saindo na devida altura. Não e.Stá em discussão a causa. Só <!Ueremos lembrar ser condição necessária e sufkiente à existência dum jornal a sua periocidade. Ela é a verdadeira respiração dum jornal: · E como sabemos respiração alterada, vida em perigo. A .s~ída do · jornal, iuegular, gera o desintere;se dos le1tores. ·O .e:foito causado por um número saido apaga-se•. se não vier outro n·úme-ro reacender o .fogo. O jornal pode .não morrer, e então fica en· trevado vivendo com achaques constantes, destruindo-se lentamente. Um dos grandes males de «A NEVE», tem sido a irregularidade da .sua publicação. As causas têm sido várias: desde a consecµção dos artigos até à demora na -tipografia e di;ficuldade de dist1'ibuição. Mas a causa mestr<1 é a colaboração; é sempre rnoroso conseguir a colaboração stmcicnte para org:mizar um novo número. E curioso que a maior P<irte das vezes escreve quem não tem ·nada para dizer e cala-se quem é capaz de fazer coisa acertada e conveniente. . Estamos certos que na nossa terra é. entre Doutores e Estudantes ou pessoas dotadas df. boas faculdades ~oderia ser recrutado um grupo relativamente numeroso de colaboradores. T.e.mos a certeza, que entre os ~rig~ensi:s ~~lhados -pela3 5 partes do mundo, eXlStem .meia duua deles, que poderiam colaborar no s:u ·Jornal. Temos vjvido especialmente de colahor:ça~ extr~nha de pessoas amigas, cujo exemplo nao e segmdo .p or aqueles, que em situa• çã~ passiva e desínteressa?a ·se limitam a pagar ·ª sua õtssmatura, quando podenam levar mais longe a sua comparticipaçio em •benefício do jornal. Esta apatia, terá que terminar, .pois que a expansão que.1á tem o nosso jornal, deve ser para todos ·nó.s motivo de orgulho e estímulo para aqueles -que isolados em torre de marfim, podendo colaborar Votam O ;orna} ao mÚs condenável ostracismo, Analisámos já dois aspectos importantes da vida do nos..co jornal - - periocidade e colaboração - falta-nos falar do ponto fundamenta!: A questão económica é o rfundamento de <toda a orÇ'a~izaçio material. Sem uma ·boa .organizaç:ão t!conom1c.a nem <cA NEVE» n~m nenhum jornal do (Co1tlnn11 na 11áüa11 4) DIRECTOR E PROPihF.TÁRIO: Dr. Carlos leltã.o Bastos R. Marquês da Fronteira, 84-J.0 - REDACl'OR: Eng. Emílio Leitã o Paulo LORIGA Lisboa COMP. E IMPRESSO: • União Gráfica• - R. Santa Marta, 4B- Lisboa ~~@U ~<b:OM ~~T© ~~ii~/A.~H© Em artigo recentemente inseTido nas colunas do jornal c<A Guarda» vimos frisad<1s as vantagens advindas, com a ligação da estrada Coimbra-Covilhã, para a indi1stria, comércio e turismo desta tão im•portantc região. É sem dúvida que, empenhados como estamos no saneamento industrial do País, e considerando esta região inteiramente interessada' ne~e ·saneamento, pelo grau elevaqo atingido pela sua indústria, a imprensa regional não podia 'ficar alheia perante um acontecimento que reputamos decisivo, quer no alargamento de horizontes para novos empreendimentos, quer numa maior intensificação das diver~s activi<lades· ~conómicas que aqui e ali se impuzeram já ao respeito e consideraç:ão de ··todos aqueles que vêm no p'rogresso o grau de vitalidatle du'm J'O';o.· Ninguém ignora os ingente.S c.-porfiados esforços com que Loriga tem _contribuído para .a grandeza e prosperidade desta região, caminbàndo na vanguardá dos povos, que incond icionalmente se votaram ao dever sagrado da luta pela vida em prol da necessidade inpcriosa dum caminhar mais rápido na senda do progresso. A sua actividade industrial va.i-se avolumando, sendo constante a valorização das diferentes instalações !fabris,- com novos edifícios que se levantam e novas máquinas que -se instalam. Os bnifícios, as malhas, a fundição e a mecânica são indústri;is que patenteiam assinalados progressos, assegurando a vida a uma importante massa operária'. ded.icada, laboriosa, con&cia dos ~eus deveres profiss10na1s e amante da ordem, adversa ao cantar de s~reias de seus ~retenses amigos doutras ·b andas. qu~ visam o seu av1!tamento e degencra~ão. E certo que o nosso colega «A Guarda» tornou pú~l icos os benefi::ios que esta região passa a usufruir com a recente ina-ugunção da ponte de Alvoco da Serra, que deu' assim ligação definitiva à estrad~ 5=o!mbra-~~viJ:hã; .porém, numa imperdoável negligen-c1a, om1t1u Longa da lista dos principais centros que duma ·maneira particular beneficiarão na sua mdústria de mais um ·factor de assinalada gran. . deza. Loriga lastima a indiferenp com que é tratada_ e, tepudia animosidades com que pretendem deprrm1-la, e com ·nobreza .e lealdade sabe colocar-se sobran~eira à' incompreensão de alguns e ao despreso de muitos. POSTO DE ASSIST·ÊNCIA SOCIAL A Comissão Administrativa do Posto de Assist_ê ncia Social de Loriga, vem por este méio tornar público, que pelo ilustre Governador Civil ·do nosso d istrito, lhe foi enviado um cheque n~ v~lo; de 10.000$00 (dez mil escudos), contribu1çao daquele Governo Civil, para a instalação do referido Posto. . Interpretando a .alegria de todos os loriguenses. ao verem finalmente reconhecida esta premente necessidade da sua terra , agradecendo em nome de todos a Comissão vem t estemunhar publ icarnente, a expressão ·da sua eterna gratidão e reconhecimento. Esperando podermos continuar a contar com o decidido apoio das autoridades superiores, em que temos depositadas fundadas esperanças, aguardamos confiadamente o subsídio do Estado, a fim de darmos início a uma vasta A COM 1SSÃO e eficiente assistência · socia) EFEITOS DA CRISE A -cri~c pavorosa -que assola o mundo e caprichosamente se vai estendendo a todos os povos, mesmo àqueles mais dotados de riquezas na turais, tem-se 1feito sentir sobremaneira no seio do nossa ~ov~, ~ue na maior .parte se encontra sujeito à con, tm~encia da red_u~ão do trabalho, de cujos proventos mats que msuf1c1entes não consegue auferir ~enão . uma defeituosa e prcéiria alir(lentação. Há que encarar o "phiíb'!ima cõm espírito claro e justo. pois é apenas ~prõ{i{í~'Ó.':'das: dificuldades do momento da hora preserité: · : , As virtudes heróicas .do povo estão à prova e aqueles a <i!1"r:' a 'f ortuna dotou com um pouco maís de benevolenc1a, compete na medida do possível o ~ofr:men!o e ~ an~stia daqueles que, eivados por~o.mcntaneo mfortumo, arrastam as mais terríveis. d rftculdades geradas pelo período fat ídico duma cri, se tormentosa. . A análise da situação real esclarece que as dificu~dades, por .singular capticho do destino têm in, vadido todas as dases, como impondo-lhes um credo comum de glorificação e exaltação ao no~o destino eterno. Po.rém, o nível de uns para outros é assás d j, verso, impondo-se por dever de consciência e cari, dade cristã um sacrifício a mais dos que ainda po, dem para atenuar um pouco o sacrifício imenso dos que muito precisam. .i'.i com o coração dilacerado que contemplamos um mundo novo de criancinhas, que já :sdfrem ar, dentemente com o rigor insano dessa crise -tremen, da. que egois~a. n em aos inocentes perdoa! Então é 'Vê-los definhar, sem pão, quase nus, de saca ao om·bro a caminho da escola! Es.ses pequeninos .ser:s• lutando já pela vida na aprendizagem das •primeiras let·rás, assemelham-se muito àqueles heróis, que na .frente de •bat<tlha in .. diferentes ao ribombar do canhão e à chuva 'sa~~ g·r enta da metr~lh~, enfrentam impávidos a morte, abençoando a Patna 1 A esses entes, nossos irmãos mais novos, serão n.o futurohoe_ntregues os destinos da nossa tern, e as-~1ste-nos Je o dever sagrado de minorar ao máximo o seu prematuro sofrer. _ Como .riobre seria a .nossa acção e quantas bênçaos descenam do Trono da Majestade Divina para todos que, em massa. acorressem ao chamamento que . Ela_ nos faz .desde ª. eten:id~de c10 que fizerdes ao mais pe:<Juenmo; ~ mim propr10 o fareis,>. Pors bem, 1a que o ano de 1950 é santo e nós. q ue crenl<ls na . santas _ ·sua sant·d . i ade, tornemos .mats as noss~s acçoes .e mais .felizes os desamparado!>. .seiamos. cristãos, apóstolos dum cristianismo sentido• meditad · 'do, ten d o b em p resente as . . • o e vivi verdades divinamente enunciadas há vinte séculos. ~ certo que. cada um prat:ca a caridade segunde> os dJtames da sua consciência mas creio que me não levareis a mal um alvitre:· As crianças das e;:colas aspiram ao saber e à luz, mas ? . ~proyeitamento d.e muitas é reduzido dadas a~ d1f1c1enc1.as_ da sua parca alimentaç:ão. , Pots bem, <r1staos do melhor quila te, que cada um dos que possa, 1'eceba em sua casa uma criança e repart:_ com e!a as suas abenç:oadas refeições! . _E~ta~ vereJs co~o ela será mais forte, a sua mteltgenc1a mais viva e o seu reconhecimento eterno! E. P. FEVEREIR0-1950 "· A NEVE 2 BAPTIZAOOS - N• Jgrcja Paroquial de Loriga, recebcr..im o Santo Sacramemo do blptismo as seguintes crianças: Maria dos Anjo5, filha de Ant6nio Nunes Luís e Macia Teresa Nunes; Fernando Ambrósio, filho de Ani6nio Alves ·Pereira e Maria da Anunciação de H ora Ambrósio; ·Eduardo, filho de Mário .Pinro L11is e Carlinda Nunes Ca r· doso: Marta de Lourdes. filha de António Fcrn;indes. Carreira e de Alice Gomes Lages: António, .filho de António •Duarte Santos de Brito e Maria dos Anjos Mendes da Sil~ .Ya:' Maria . .Lúcia, .filha de António Duarte SJ.ntos de Brito e de Maria dos Anjos Mendes da Silva: Fernando, filho de Alberto Marques Silvestre e de Floripes Mendes Monteiro; Vfror Manuel, filho de José A lves .Pereira e de Maria <le ·Jesus Mendes da CoSLa; António, filho de José Fernan· des Conde ·e de Ester de Brito de ~csus; Mário, filho de Emílio Fernandes LuG.1s e de Ploripes Antunes ·Ferreira e Carlos filho de 1)osi< Manud Pereira e Rosa Joaquina T e· nsa Galvão . As nossas felicitações. ÓBITOS - Fa!Ccer.a.m: Em 13 de Janeiro - José Lopes dt: Brito, 73 anos de jdade, {ilho de António Lopes de Brito t Brígida Antunes. ·· · 13-1 Abílio Simão Mendes, 18 meses de idade, fi, !ho de José Simão e Maria do Caqno de Jesus. • 18-1 António Pinto Fernandes, 2 anos de idade, ·fj. lh~ de Carlos Fernandes Prata e de Cedlia de Jesus. " . 25-1 M.1ria Lucília Mendes dos Santos, 2 dias de rdatlé, filha de António :Duarte Santos de Brito e Mari.i dos Anjos Mendes da Silva. : . 28-r - Armando Pina L'llís dos Santos, ::t meses de' idade, filho de Plácido :Pinto Luís dos Santos e Maria José Alves :Nunes de Pina. CASAMENTOS - Na lgr.eja Paroquial contrairam 0 SJnto sacrameMo do Matrimónio: Armando Gomes Ap3rício e Maria Lucíl~ Mendes da Sil:-a;_.Fernando ·A~naral C~rrcia e Laura Mendes de jesus: Joaquim Gomes Melo e Mana Natalina Moura: A~b::;.no Alves dos ·santos e Maria do Carmo Rodrigues Abranches. As .nossas feliCitações, . C.ARRElRAS REGULARES DE PASSAGElROS Consta-nos ~ue a Empresa Automobilist:i. Arganilense de Jorges, Mar1.1no & C.'. requereu a concessão ciuma. car0reira regu!ar de .passageiros, entre a Covilhã e Coimbra. · Também a Auto União de. Serr.a da Estrela, requereu a. concessão. duma carreir.a regular de passageiros, entre Covilhã e Nel..s. Concluida como ;se encontra já a est~ada de Jigasão de Alvoco com Unhais da Serra, único obstáciilo que at'é há yuuco· impedia o es:abelecíir.emo de carreiras .regulares de opassagciros, entre a Covilhã e Coimbra, servindo uma im•pOrt.lntc região industrial, estamos cer.tos dê que as en:iêiades (»mpercmes não deixar5o de atender os pedido.s, o <iue vem beneficia1' mui tos ·povos, nomeadamente, S. Romão, Loriga, Alvoco da Serr.i. Unhais da Serra, Tortoiendo e .aquelas duas cidades, que t.'lperam já -usufruir desse be nefício. ... GRUPO DESPORT:JVO .LORIGUENSE - Na última reunião da Assembleia Geral. foi dada posse aos novos cor•POS ,gerentes, dos quais fazem •parte: Assembleia Geral:· .Presidente - Manuel Gomes Lei• (fo; 1.0 secretário - António Pinto Ascenção e 2.• secre• ·t:!rio ·- .fosé Leitão de Bri;o. Direcção: Presidente - António Leitão de Brito: 'Vice·presidcnte - Carlos Simões :Pereira; secret;Írio - Carlos Nunes Cab'r;1l ,Júnior e· tesoureiro - Joaquim Gonçalves de Brito. , .Orndo con.tinuidacle à obra encetada pelos seus ante• cessores • .a nova direcção está envida.ndo os seus melhores esforços no sentido de levar a cabo a conMruçâo do campo dt jogos. Um campo onde des.porto i:iossa 'Pr~ticar-sc. em todas as .s,uas modalidades, é de f.acto indispensável a uma agtemi:ição desportiva. · o • SOCIEDADE DE DEFESA E PROPAGANDA' DE LORIGA "-- •Em assemblc~ geral foram eleitos e· já tom11• ram posse dos seus cargos, ós seguintes sócios: .. . Assemb~ia Geral: Presidente - António Ca-br:il .Lei• t5o: i.0 sec.retár·i o - António Leitão de Brito e 1.0 secrct'áno -· António Nunes Luls. Direcção: PreJidente - António Nunes Ri.beiro; · secre• tário - Joaqui m Goncalves de Brito e tesoureiro - WaldeNunes de Brito. . . No decorrer da sessão, o sr. Câbral Leitão, usando da 'Jlala..vra. salientou .a conveniêncià de :i. Socied~de se inte· ·rcssar não .só :reios assuntos de · caracter interno, mas tam• :bém pelos que, de qualquer modo, .possam contribuir para o progresso de Loríga, visto tratar-se duma Sociedade de Defesa e .Propaganda de , Loriga. mar .SOCIEDAiOE RiECREATrv A E DE PROT.ECÇÃO À ESCOLA - Fo·i neleita ia sua direccâo que é consti:uida · . i>elos segui ntcs sócio.s: · · .Presidente ·- Abílio Luís D uarte :Pina; secretário Amónio Nunes de i>ina e tesoureiro - José Gomes Lages. SOCIEDADE RECREATJVA E MUSICAL LORTGUENSE - IDeixou de exercer o c1rgo de regente da Banda MUBical, a sim pedido, o Sr. António de Brito Pereira, Iuhção que desempenhou durante muitos anos com ge·ral agrado dos loriguenSC$. Em sua substituição, foi elei10 ·regente, oPOr unanimidade, o sr. Ant6nio Pinto Ascen· çio, moço cheio .de bo.a vontade e considerado execu• ·tante, sendo por oproposta sua eleito !õub-regente, o sr. António ~ Brito Amaro. Por proposta também do novo regente, foi ·exarado na acta da scssio um voto de louvor ao seu anrcccssor, gesto q ue mereceu os melho:es aplausos de tod:i " assistência. JOSÉ LOURENÇO GONÇ_l\LVES SINDICATO .DOS ·I NDUSTRIAIS DE LANIFICIOS - Foi eleito seu presidente, o sr. Ancó11io Ou.arte dos Santos que, 0pclas •u:is qu:ilidadcs de trabalho e convívio, Em Alvoco da Serra faleceu no dia 22 de J~ goza de muita .simpatia, sendo seu antecessor, o sr. José neiro último, o sr. José Lourenço Gonçalves. vtu~ Duar<e Jorge, operário mui;o considerado quer peles colevo, de 62 anos. gas quer pelos pa~õcs da fábrica Leitão & lrmãos L.•b, onde Homem dotado de bons sentimentos e generocxerçe .'.l suo actividade há aproxim~ dame111e 5 0 anos . CONCERTO - No último Domingo do passado mês so 'Para com os pobres que nunca batiam à. sU:l porta em vão,'esteve durante alguns anos no Brade 1aneiro, a Band.a de Música, deu um concerto no coreto de S. ~ntónio, em que o novo regente, .na opinião do povo sil, onde à custa de trabalho honesto e esforço q ue ah acorreu, deu boas pcovas dos seus conhecimentos persistente, .grangeou meios de fortuna. musicais e regência. ' Em Alvoco a .Junta da Freguesia teve nele u!ll DIVERSAS - A Juventude Operária Citó'.ica Femini- . dos seus melhores orientadores, pois sempre op!Ona. superío:m7n1e orient.ada pelo Vigário sr. p,c Prata, gresso da terra lhe mereceu muita atenção, tend 0 promoveu aqui um reriro de ·~rês dias, a Que assistiram ali desempenhado proficientemente cargos de dim~i tas meninas não .só de Lorii:a como também de Gour ecção nas, associações civis e religiosas. converveia. S. Romão e Valczim. foi conferente <> pároco de Gousador agradàvel e muito considerado, recebia t~ veia e Assistente Diocesano àa Juve.ntude Católica, sr. P.• bém com muita atenção as pessoas que o víS • António Marcos. tavam. - Encontr.,-sc entre ·n6s o nosso amigo e .assinante, $f. .ultimamente desempenhava as funções de en· Joaquim Augus10 Mend es Fernandes da Cunha. carregado d o P. ·<ia e. T. T .. em tudo revelando se~ -De yisita a •!'essoas de família esteve aqui, o sr- Alum cidadão muito digno de respeito e considerafredo Ma.rttns 'Pereira, pai da sr.• D. Maria Alice Perei~a ção. · . · Abreu. c:onsiderad.a ifunc:onária dos servicos da C. T, T. . Era pai. das Sr.•• D. Manuela, Amâlia e ·Fer... -:- Estiver;im aqui ·também o director. dos serviços dos nanda Abranches Gonçalves. . correios de Viseu sr. Cust6dio Casais e o ~~ofessor sr. MaO seu funeral constituiu uma grande rnani· nuel Joaquim Rebelo. !estação de i)esar, nele se tendo encorporado qua- •E m serviço do .n osso colega •A Vo7. da Serra11 esse toda a gente da freguesia e muitas pessoas da5 teve aqui. o nosso :imigo, sr. Diamantino Lopes Costa. terras circunvizinhas, onde o finado era tatnbétl1 - Com o melhor êxito foi submetida a melil)dro~ inmu!to estimado. tervenção ci:úrgii:a .a Senhora O. Aurora Reis Leitão, esA toda a familla enlutada apresentamos as posa do nosso amigo sr. António Femandcs Leitão e mãe nossas condolências. do nosso caro Administrador Armando Leitão. O seu ·r ápido irestabclecimento .silo os votos sinceros que ' formulamos, . JúLIO U:WNRIQUES VAZ - Para Lou·renço ·Marques partiu no p>1ssado d~ ::>6 a <bordo do paquete Moçambique o sr. Professor Ma.nuel Paranhos da. Beira Joaquim Rebelo, .nosso conterrâneo por casamen~o e que em .Loriga exerceu o seu nobre magistérjo. Foi Deus servido chamar a sua divina .presen· Nas funções qu·e •vai desempenhar nos Caminhos de ça. no passado dia 30 de Janeiro, o carácter rect-0. ·Ferro da Bcira dese}amos os melhores êxitos e as maiores espirito nobre e desemJ)oe1rado. que foi na Ter!S µrosperidades. · Júlio · H enrique Vaz, e que aliado ao seu dinamis- De Valezim :para Escalhão foi trans:erido o nosso mo e trato afãvel. lhe grangeou inúmeras strn· solíci;o colaborador Rev . .Padre António Lourenco. deix.anpatias. do atrái. de si um ~asto de simpatia e saudade. . Exemplar cbefe de familia. era também u!ll A su a jnteligência viva e espontânu aliada a um carácpai modelar. Assegurar o futuro a seus filhos, fol ter ·nobre e à .amizade ·s incera que tributava aos que o talvez .a sua mtssã.o m·ais querida. Eles têm sa~~f r?.de.~~.ªt;"dL\.to~~~~~!ll.-2...§.~ll!i?! -~!'~re;: 4urc~o ,l!m _?c\l:_ ·correspontler· ao-desel<>-mu.is ;:iremente de· seu >~ te.ntico > o o •gv5 $CUS '?aroqwanos. · A lhancui da sua aíma e iovialidade comunicat[va ' O Mário, é já engenheiro electrotécnlco ao ~r'ldk ço da :Empresa Hldueléctrica; o RU1 e o Fernan ?•. .;ijud,.ram :iinrla a impô-lo ao .respeito de quantos com ele dois esLudantes distintos de Agronon1ia e Mediei-: lidavam, quer ~o trato das suas atribuições religiosas. quer na. não tiveram a felicidade de poderem, no dlS na manifestação dos mais variados problemas do es.p!riro. da sua formatura, ter seu pai a compartilhar n& A sua passagem ficou assinalada em Valez.im como uma sua alegria. Fica.r-lhe-á por certo. a satisfação de. estrela diamantina cintilando· as mais pm~s virtuáes cvan· gélius . haverem cumprido a sua vontade. •!\ Nevcn cumprimenta e sauda S. Rev.• fazendo voo seu funeral. foi singularm·e nte concorridO, tos por que i:i sua missão continue sendo como até aqui. a atestnr a admiração e o respeito. que a sua ugu~ Com um abraço, ficamos cientes de que podelTl{)s semra impunha. · ·p re contar cem o bom :imigo que é. Paz à sua alma, e na terra resignação ante a - Está concluído o novo edifício fabril da Firma Nuvontade de Deus. nes Br!to & C." Ld.'. ·fic.;mdo a atestar o espírito de ini«A Neve) apresenta à família enlutada, elll cia1iva que caracteriz:i os ~us sócios. especial aos nossos amigos Mário, R ui e Fernando. Situado dcsafogad.imente numa das mais higiénicas ar· sinceros pêsames. térias da 'Vila, ergue-se majestoso nas suas linhas com capacidade bast.1me P.ara se exccuta·r nela um trabalho ~ão e pro~quo. · Por tão !ouvível empreendimento felicitamos os Ex.'"0 • Sócios. .. - A . r·ua iprinápal di:.s;~ vila continua oferecendo um aspecto r,esagradante. lns1si1mos com as autoridades com• petentcs para, de qualquer forma, porem termo à situação resultante do !~amamento da$ ca lçadas para cxecutão do s• neamento. A<é já -parece ironia!... Para esta te=ra o bem só pode vir acompanhado do mal. Quando se quebrará o enguiço? . ·l ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO. .l . Realixondo-se no .próximo· dia 19 de Mor!;o no Resta1ttonte Costonheiro . do Mauro, peloa t 3 . horas, o Ili Al~oço de Confroterni.:aç.ã o a Comissão pede cr tod0$ as pess?OS que desejem 0$$isti. o fayor de 0 c:omunico~em ~te 12 de Mor!{o poro li' Rua Morquês de Fronteiro 84 1.0 Esq. O preço é o mesmo dos onos anteriorei, ·-··''''~-·-,~--·-···--· IMPRENSA «Notícias de Gouveia• no •.FesteJôu passado dia 12. o seu 36.0 aniversario, e~te nosso ·colega, a quem desejamos muitas prosperidades, para que continue com a mesma elevaç~~ e desassombro; ~ defender os pergaminhos que leg1t11n.1mente conquistou na defesa dos interesses de Gouveia .e sua ~egião. Visado pela Comissão de Censura Agente nos distritos de VISEU, GUARDA E CASTELO BRANCO António Nunes de Brito LOIDGA FEVEREIRO - 1950 A NEVE 3 Cultura geral e cultura especializada Folheando um jornal de estudantes, deparou-se-me, em artigo assinado .por um professor, o seguinte ·passo: ~o ensino tem que abandonar entre nós. para seu prestígio e utilidade ·prática. para bem corresponder às exigências da vida actual e às necessidades urgentes da Nação, o método enciclopédico, a mina da cultura geral, vicio profundamente enraizado na maneira portuguesa; o ensiri.o em Portugal tem que lançar i:Om coragem a ponte Que venca o abismo que o separa da vida, tem que abandonar os seus métodos .generalizadores e teôrlcizantes e ganhar ralzes nas exigências da especialização e da aplicação prática dos conhecimentos. O ensino tem que abandonar a cultura geral Para fomentar .c01n eficiéncia a cultura espectali2ada>. Discordo da forma como está posta a questão. Quere-me parecer que o textQ, confrontado com a anterior ·declaração de d escrença - inserta no mesmo artigo - nos ·m éritos dos o:prodigi~ enclclooêdlcos, que sabem de tudo, de história. :!1losot11a, ciências naturais, fisica, qulmlca, matemâtlca, l ngua,s. economia, finanças, enfim, de· tudo, mas Só lt!Ultissimo pela rama, e em verdade. de nada com fundamentos sérios da sua aplicação na prática>, Pode conduzir os mais desprevenidos à Jdeia de Que o remédio para o mal consiste em abandonar pura e simplesmente ·a cultura geral para trilhar exclustva1nente o caminho da especialização. P.or este critério toda a preparação dos alunos do ensino comercial, por exem·plo, conslsLiria no estudo pormenorizado de contabilidades, esteno-daetilografia, correspondência. comercial e outras matérlas afins. Ninguém - ou quase n inguém - discordará de que uma salutar orientação do ensino se dever á encaminhar decldldamente no· sentido da especialização. Só aqueles que não vivem espiritualmente no presente e pensam como se pensava no século passado, não sentirão esta necessidade Imperiosa e ur.gente. Os problemas da vida moderna são tão complexos que só 'J){)dem ser resolvidos por indivíduos muito competentes em qualquer dos Incontáveis ramos da activldade humana. E esta competência só pode ser a-dqulrida ·p ela concentração das ·faculdades ·de cada um de nós em uma direcção •bem determinada. · Também está geralmente compreendido e demonstrado que os inétodos teoricizantes e .enclclopêdicos ··que ainda h oje caracterizam a Escola Por tuguesa, poderão produzir ·palradores do sala ou , de café, aüornados duma pseudo-erudição. capazes de discutirem todos os assuntos, sem de nenhum deles perceberem verdadeiramente ou, na melhor das hipóteses, pessoas dota-Oas de uma cultura superficial, ainda que brilhante, mas · raras ".'ez~ formarão cidadãos eapazes de .fazer algo de utll pela colectivldade. . E, finalmente, é duma evldêncià .gritante que a Escola actual está absolutamente desligada -cta vida, que ensina. .montanh~s de coisas inúteis, desprezando outras Indispensáveis -e que proporciona à maioria dos estudantes uma .falsa concepção da reaUc;lade. E que só umii. reduzidlssima falange de hero!s ·ou afortunados consegue su:1>erar o sistema e criar a estrutur a mental necessária p ara realizar a usa •m issão na s ociedade. ·Mas, como 'Pode o reconhecimento destas verdades palpitáveis levar-nos a ver na total supressão da c:cultura geral» a panacelra para tão graves moléstias? É dlfícll, ev1dentemente, estabelecer o significado preciso da.· expressão <cultura ·gera.li>; não tentarei, -sequer, a deflniçá<>. Mas julgo que não· será muita presunção nem erro .grave supor -que o somatório de conhecimentos e de experiências q ue possam criar no individuo' uma lúcida consclênc!a dele ·Próprio e de tudo o que o rodeia, glnasticando-lhe o cérebro, desfazendo o véu que se inter.põe entre ele e a :realidade, numlnando o ·caminho que a sua inteligência terá de percorrer, num a palavra, tudo Quanto con tribua .par a. a formação de uma mentalldade . esclarecida, estará Intimamente relacionado com · a chamada ccultura· geral». . . Quer dizer, «cultura .gerai. e ccultura enciclopedl~~~. sao. me parece, coisas bem diversas quase dina diametralmente opostas. ' Se aceitarmos que a "cultura geral> tem realmente o object!vo que lhe atr ibui, como poderemos dizer que a ·Esco!a, abandonando-a, se integre na sua verda<letra missão? .. 0 É, sem dúvida, désej áve1, mesmo lndtspensáve1 ttue um engenheiro hidráulico conheça. amplamente os problemas da hidráulica é a.s leis que regem o curso dos rios e saia da escola com a capa. cidade de resolver todos os problemas que, -n a sua .esfera de aeção, possam sur.gtr. Mas serâ admissiVel que esse engenheiro escreva com erros de ortografia e mau estilo a sua própria língua, que de~conheça a organização de uma célula, que não ~a capaz de ligar duas ideias sobre a Revolução · · .anc.e sa? •E como obterá estas noções tão eleme1ntares sem estudar ·Português, Biologia .ou Hls""r a? Parece-me excelente e até imprescindível que um contabilista esteja na plena posse da teoria e da prática da Contabll!dadc e acho simplesmente magnifico que ele se t.enha especializado num <ios seus ratnos, o ramo ·bancário, por exemplo. Mas é. a meu ver, lamentô.vel que ele nunca tenha lido um Auto de Gll Vicente. que ign ore cm absoluto a;; leis da atracção universal e se sinta incapaz de explicar satisfatoriamente as fases da Lua, lacunas que o estudo da Literatura .Portuguesa da Física e da Cosmografla teriam evitado... ' Também não vejo a vantagem que poderá advir para a comunidade ,do facto <le um ad,•ogado não saber resolver uma equação. de um médico lgnorar os princípios da Economia ·P olltlca ou de um agrónomo ·s er completamente alheio às ma!s elementares regras de Direito. Creio que, reformando o ensino neste sentido destruiriam um exagero para cairmos noutro. Llbertariamos o estudante da orgia de luzes desencontradas do enciclopedismo, ·que o cegam pelo e:ccessivo, .para mergulhar nas trevas <lo analfabet1Smo intelectual, ·que do mesmo modo ó não deixariam ver. Teriamas assim demolidas as espantosas lnstltulções nacionais - a Sebenta, o Compêndl-0, a Teoria sem :Prática - geradoras de retóricos es.tére.is, copistas sem iniciativas, papagaios sem origmahdade, para erigir em seu lu"'ar um magnifico monumento -à Inconsciência. º Teriamas, em eontraste co1n os super-homens que ~ Escola a~tualmente modela, uma produção em serie de autómatos sem personalidade com certas faculdades hipertrofiadas e toctas as outras a trofladas. Não creio q ue .ganhássemos com a troca. • • * A ·Escola não tem por missão exclusiva preparar cientistas ou técnicos; compete-lhe na mesma medida a maravilhosa função de educar. Arrebatar-lha é, certamente, dlmlnui-la. Certo ê que a. vida _impõe eada. vez mais ao homem de hoje uma cuidada e minuciosa especialização, mas exige-lhe também que seja Home.m, em toda a acepção da :Palavra. A sua actividade mental não se ir á exercer somente no escritório, no tribunal, na sala de operações ou na fábrica; a sua atenção, a sua inteligência vão ser solicitadas ainda que em menor escala, em multas outras d irecções ; o exerc1cio dos deveres clvlcos, o voto. por exemplo, exige-lhe uma esclarecida consciência politica, a leiti:ra dos jornais diários requer uma razoô.vel noçao dos problemas nacionais e internacionais a sua. vida -conjugal não poderá ser perfeita sem c~r:ecto conhecimento da fisiologia., psicologia e higiene das relações sexuais, a visita .a um museu a um teatro, a um cinema, a uma sala de concer~ tos, será pràtlcamente inutil se -a sua senslblltdade estética não estiver educada. Ora estes requisitos Indispensáveis para a formação de uma personalidade, compete à Escola, ·mais <10 que a qualquer outra entidade elaborá-los; sã:o eles qoe const ituem a sua faceta educativa, que de nenhum m octo exclui a sua função especlalizadora. Só conser vando e aperfeiçoando n a Escola a sua função educadora, ·ela •P oderá aj udar a transformar a sociedade P ortuguesa, forjando o n1a1or número p ossfvel d ç lndlvlduos cultos, capazes de construiiem. ~ seu próprio futuro, contra a miséria, conr a a ignora.nc,a, contra a fome. . flaro que, quando digo «O maior número pos51v; ~e 1ndlviduos <:ultos•. não quero, como ironiza a · ça de Queiroz «fazer de ~da .aamponés um filóso~o>. Cultura é uma coisa, erudição é outra; a ~a!ona dos homens pode, sem dúvida ser consc1enclallzada. ' Nem pretendo que cada h omem seja capaz de tocar o «Clalr de !Lune> ou a 4'S infonia Patética> p intar um quadro como ..Café, ou escrever um 11~ vro_tie envergadura de «As Vinh as da Ira, ou "C'apitaes d a Areia~. ·Mas julgarei magn!flco 0 nível mental duma sociedade, em que a n1a1oria esteja apta a apreciar conscientemente Beethoven e Tschalkowsky, •Portlnarl, Stelnbeek e Jorge Amado E que Isto não é utopia, provam-no alguns países mais adiantados d~ que o nosso, que ao mesmo tempo que intensificam extraord!nària·mente a especialização, difundem e alargam a cultura, de alto a baixo áa. sociedade, de forma a que ela penetre em todas as <:lasses e em todas as Profissões; ·nesses paises, a rádio, -0 cinema. a imP~ensa, etc. servem ·de veiculo t r ansmissor da m alfadada ~culLura gera1"; e, n as escolas ensina-se, entr e outras coisas, música, canto, arte dramática, :pintura, ·etc. · . Simplesmente, não há misturas. Começam por ministrar durante alguns anos, ger almen te 6 ou mais, uma. instrução primária que ultrapassa consid~ràvelmente o âmbito da nossa e que, estando bem ·mais relacionada com as realidades da vida ê destinada a todas as crianças em idade escolar' ·s em olhar a meios de fortuna ou outros particu~ larismos. tDepois, os jovens seguem para a escola secundária que lhes dará vasta "cultura geral> considerada necessâria para ingressarem nos cursos superiores, que serão forteme nte especializados, ?U .·Para as escolas profissionais, igualmente um espec1alizadas. • INSISTINDO É no .Largo da .Praça que se continua a proceder à venda dos géneros alimentícios, não obst;1n te a ii:~st.ênci~ aliás compreensível com que nos temos d1ngtdo as autoridades locais. J:> saúde pú-bl!c.a está posta etn cheque pefo falta de interesse venf1cada .pel.ls referidas autoridades ~ a agl.01~1eração d~ p~ssoas ao Domingo toma quas~ 1mprat1cavel . o ·tr.msito dos fiéis que obrigatoriam7nte por ah fl<lssam para a -caminho da igreja cumprirem o seu dever de cristãos. C~mpreendemos q~e ~aia. empreendimentos que requ~1ram som~s cons1dcrav~is para a sua realização e embora, muitas vozes, seiam urgentes à satisfação. d~ interesses imediatos do povo, temos ele nos desiludir com a sua realização, atentas as dificuldades de obtenção de 'fundos, quase '!emprc estranhos ao arbítrio de autarquia local. Po.rém, .a par desses empreendimentos à base fi. nance1ra, outros :há que, por singelo manifesto de <~~preensão e boa vontade, bastarao para dar via, b.1lidadc a ~c-rtas empresas que, a despeito ela carência de capital, podem elevar muito o l'!Ível de vida do .povo. Est~ neste caso ~ tra.n~er~ncia da Praçi para ]u. gar mais amplo, mais h1g1eruco e melhor localiz;ido e. só lamentamos a pouca consideração e o muito desinteresse pela, saú~e pública, que o nosso alvitre tem m-er~1do a enttdade admin~trativa competente. Ta~ atitude surpreende-nos tanto q uanto é certo o desvelo .com que outros problemas têm sido tratados e muitos deles coroados do melhor êxito. No nosso papel de bons cidadãos assiste-nos 0 de· ver de respeua.r e fazer respeit.al' a autoridade leg~Jn:iente constituída, mas reivindicamos também 0 ~JreJto de conden;ir. erros e faltas, que ;n05 é confendo pela nossa qualidade de cidadãos livres e amantes do progresso da nossa terra. A própria a~izade que . trib~tamos aos compon:nte~ d~ ?!'g~nis~o adrnm1strat1vo local creio que nao ficara d11rn11u1da pelo !facto de os chamarmos à atenção e ~s reprovamos mesmo em atitudes que, âa sua parte. ~ulguemos menos .felizes. Ad'~i~istra: é coiab_orar e colab01ar ~ participai" na admm1straçao e, amtstosamente todos directa ou indirectamente, nos poderemos pronunci~r. E vistas as coisas, despretenciosa e muito sincerament~, apelamos, espero que pela última vez, para a cr1ter10~ compreensão da Junta de Freguesia, ·.para que. hoie e não amn!hã se dec.ida enve.redar pelo cammho que justamente lhe é recomendado. .. -,-------------............... ---~· "Migalhas de Ciência" O telescópio O telescópio é um ap.lre]ho que .serve para vermos nuis .p~no e melho; o que, naturalmente, fica distanre e, por isso, .pouco ·Visível ou mesmo invisível. Este apa~clho e.x1raordin:irio a que já cham.1 ram a "chave «;!os ceusD ·f.01 11.\ado, •pela primeira vez. '!)elo célebre Ga!1!eu, no sec. XV.li e apesàr de, então, 11.pcnas cod nsegu_ir sete au mcmo~, como vulgarmente se diz, 0 sábio e.se 00 nu, -com e 1 e, muitos astros novos. ·~o~ meados do séc. XVIH construiram-se os famosos telescop~os de Herschel e Lord Rosse, instrumentos u.., ...ssombraram o m undo de então, q . Mas .ª ~iê.ncia não ·~r~ e, assim, se construiram os amda mais .ramosos ~ele:icop1os dos Observatórios de y er• kcs. e de Monte Wilson. O de Yerkes, at é há pouco 0 maior . do muodo, tem ,um metro de diâmetro, tiove de comprimento, a par.e~ ~ovei pesa virr:e toneladas e encurta 250.000 vezes a d~ancia. ·M as ·parece-me. utu já corutiuido o da Califór.nia que t~tn de abertura cinco metro e meio e encurta as distãnoas t.000.000 de vc:z.cs. Ê com est~ aparelho .potentíssimo que nós iremos admi• rar as maravilh as do céu, para, depois, admirarmos as maravilhas da terr.a. CARLOS P. ASCENÇA.O J?est e modo se consegue formar e n genheiros, arqu1tectos. agrónomos, cientistas, contablllstas professores, advogados, médicos, operários e em-' p;egados competentes, sem prejuízo da sua formaçao mental, e se resolve com simplicidade um problema na aparência insolúvel. . Ora. parece-me bem que o que se faz noutros pa1~es também se pode fazer no nosso, pois não esta ~e ~anelra alguma provado que o nosso po.: vo seJ~ 1nfer ior a qualquer outro em aptidões ou intel!gencla. EDMUNoo DA SILVA RODRIGUES A NEVE FEVEREIR0-1950 CONVE.RSANDO ªªª ·Joaquim António, de f.ato bem cuidado e domingueiro, aproxima-se do local denominado «praça" para entreter seu ócio de dia de descanso, em dois dedos de cavaco com seu primo Manuel que 'Já ·para ali tinha ido também• .movido pelo mesmo interesse e v er mercadejar os géneros que se estendem rua tfora, já que durante a ·semana 1nteira. des s·e cansam 11a labuta do amanho das suas ~erras e tratamento das uas vacas leiteiras. Joaquim António, de carácter jovial e alegre que já ali topara o seu amigo •Manel, este sempre pronto a críticas 1! apreciações no que de novo se bz lá ma terra e dispara - e ntão, Manel como vai '!gora a tua bezerra? a ·tua «manjona>> já dá mais "uma pinga de leite? etc. Manel que se gaba de ser o melhor ·tratador dos lameiros, dos «Avenais» rL· •posta: olha Joaquim, sohre a 'bezerra ninguém a leva por menos de r5 ·n otas, porque está. booira que nem :urna me.nin~ c.asad~ira ... quanto à minhJ. <cmanjo. ria» aquilo e dar leite que me p aTece encheria uma ·vazilha do tamanho do -cantaro magro... e leva . lá ~~a! olh~ o ti Zé Bernardo, que ainda agora de lá veio e viu fazer a ordenha, disse: ó Manel, o leite que dá a tua vaca dava para and ar a -roda duma fábrica!. .. Já vês que cá o Manel não 'é da laia d e ·muitos -que para aí há. -qu-e têm os i<alimais2> na loja ~'morrer de ifome e depois querem ieite; -sabes como eles o arra njam, Joaquim?! É com a água das levadas e depois dizem os senhores doutores «vetrinários>' que não ·têm · uma coisa a que chamem c<visseminas>> ou lá como lhes chamam, aue eu não entendo daquelas coisas: se dcs até pÕr da rem uma sovelada no rabo do alimal, a que chama \cbascinall sabem se estão tísicas ou ;não!!. .. M as deixemos lá estas coisas que não são para nós. Joaquim! já reparaste nestas coisas que a Se. ~'hora Junta anda a fazer? E m que Manel! T u não veis home, -como isto stá! ontetn ·quando vinha para casa dei tal !HUpadai> que a «tomba}l dos meus «hutes» ,foi para o diabo!. .. . . A V 1SO Aos nossos assinantes. do ultramar e estrangeiro, que ainda não procederam à liquidação da sua assinatura, mesmo aqueles a quem já foi envia.do recibo elucidativo, pedimos 0 favor de enviarem a respec tiva importância à nossa Administração, segundo a tabela seguinte (anual) . Ultramar ... .. . 25$00 Estrangeiro 30$00 ]. L. P. ANTóNIO AUGUSTO LOURENÇO Na impossibilidade de me despedir pessoalmente de todos os Amigos no Concelho de Seia venho par este meio :faze-lo e ofere~er-lhes a minha casa em Escalhão, com um abraço cordial. ... ~ t ""' - • ,__, ** t l} mund-0 poderá viver. Antes de mais nada, trata-se de estudar como se arranjará o fundo económico; depois é preciso sabê-lo empregar da melhor forma. Quem lida com estes assunto5 sabe, muito ·bem que a principal fonte de llrn jornal é a publícidade. Em todas as emergências, a publicidade supre todas as faltas. Temos de encarar o problema económico de frente. Não julguem os nossos leitores. ouc neste aspecto o jornal corre mal. Não. Isso seria· a ruinà. Lutam<rs porém com certas dificuldades na organi, zação perfeita dos nossos serviços, pois que. ating~' do o nosso jornal vários pontos àe todos os contl' nentes as cobranças se tomam muito d ifíceis na maior parte das vezes. Temos que contar aqui com a generosidade. dos nos~s leit~res do est~ngeiro., para que nos remetam a importância da sua assinatura, conforme nota publicada noutro local. Ccrc~ de 250 assinantes ainda não liquidaram a sua á.SS1' natura o {}Ue dificulta sobremaneira a nossa missão· Valeu-nos nesta emergência a dedicação e por vezes :º sacrifício. dos nos!os anunciantes que nos gararit1rilm a publicação, com regularidade, da nossa página de anúncios. ' . , :Pretendem~. agora lançar uma campanha publi, c~tana. ~s anun.çiantes pagarão para que os seus ar' t1gos seiam realmente reclamados. Preciso é dar-lhes essa certeza. E isso ~ó é possív el fazendo cem que <1A NEVE» saia com regularidade. Expansão não se' rá descabido frisar - já a tem. E esta é a maior ga' rantia que lhe poderemos oferecer. F. : t? 11ó~ inil (Gfintlnuaçao da Estas calçadas estivam ainda gei tosas... lá isso estavam,. .. mas d eu-lhe na 11gana>1 para «esgravetarem» tudo só para colocarem um çano .pela n1a a-cima, dizem eles que é para a g1mte ·ter casas de :banho_; ~im Joaqu im, .n ão sei se entendes ... que eu desta 1dade•.para tomar banho é a .ribeira das Cou. relas, é não é 1.odos os anos... e vai daí, como ía dizendo, as nossas rua'S mais pa-recem terras de lavradio, iburaco aqui, buraco acolá, e mal a pessoa se descuida, zás! corpo .n o chão. O melhor é ainda di~erem, que agora vão ser calcetadas, parece que assim a modos de uquartos» mas não é de .pão de trigo, como dizem que são em Valhelhas, salvo seja, llUls pedrinhas todas ja-nota-s. Ontem ouvi uma conversa .na loja do Fran<Ísco, que as casas vão ser cortadas, como -quem corta manteiga ... .e vai desde o Adro até l Carreira, para :f icar ·uma avenida à maneira .das de Li~boa. Que me dizes a isto, Joaquim? ·Digo-te amigo !Manel, que entre o dizer e o .f azer é que está o «busiles» e como há mais quem peça do que quem dê, 'tudo ficará na mesma ou pior, mas o melhor é JJão nos ralarmos e termos mais cautela por mor do tropeções!... e adeus que são horàs de levar a minha t urina à água ... . ... '". TRABALHANDO ..• . ... "* .. SAPATARIA <<ERNESTO» · ·de Ernesto da Silva Sempre grande ~ortido de .calçado para homem, .. senhora e crianças, para todos os preços § "' úlTIMAS NOVIDADES "' ::'.:) "' o "'o w .- o '< "' Rua Cândido dos Reis 31 1 SE 1 A Tipa de Rece ptor BX 31!8 A e BX 388 U HOJE MESMO ADQUIRA UM PHILJPS Consulte o agente: ·António Nunes Brito ...... t •• . ' t . .. ... , .... . ... .,. •• . DROGAS TINTAS PRODUTOS QUIMlCOS PER.FUMARIAS PAPELARIA · ARTIGOS ESCOLARES ARTIGOS DE CAÇA E PESCA • t • h • • N' .. , • ,. * .. , LORICA . 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E quanto me assustaria ail'tda se a vossa p el).a lu~ m\nosa e a vossa contínua amabilidade me não afir~sem ·que sou uma boa intérpréte da Mocidade de ho)e! Essa a frase que me enche de alegria. essa a r~sf?<>sta ao meu anseio de saber observar e conhecer 0~ JôVens como eu. Assim, afastada qualqlier hesitação ou incerte:ia. abraço mais corajosamente a nossa luta. . .. Em corroboração da minha atitude,. v~m o nosso ep1co lembrar-me que "é fraqueza desistir da causa começada», embora cu esteja convicta de que nunca desistiria, vi:sto tei' ar.mas bastantes pa.r a me defender-. O difícil é saber manejar essas armas. E, como vedes·, logo no começo da vossa carta, senti-me invadida duma felicidade espi:ritual jamais ~u-plantada por qualquer outra felicidade. Uma- feli• tidade de conceito sentimental e filosófico, jamais Contido nas páginas dum dicionário. Não a felicidade contida na trilogia Afortunado;Ditoso-Feliz, porque, bem analizados. esses sinón'imos referem-se ·mais a um aspecto material. · E, quanto às condições para se ser feliz ou à ma• neira pela qual vós me ensinais a conquistar tal bem, não posso ainda concordar convosco. · Defendendo apenas a nossa felicidade, podería-mos eliminar os estados de espírito que a ela 'se opu-· sessem; vós sabeis. porém, que esses estados vêm de wdo o que nos rodeia. da própria felicidade que observ;irnos nos outros. De que nos ser".e ter todos os recursos materiais t. portanto; ser <eafortunados», ter mais que o suficiente pára viver e uma inteligência - que por, vezes ainda nos mostra mais claramente as duras realidades --e ·por .conseguinte ser· «ditosos>r ... E se o aspecto ·ex.t erior' ·Se coaduii.a com os nossos ·desejos. e nós sentimos •<felizern, não perderá tudo isto grande parte do seu brilho à vista de tantos sem recursos. pobres de espírito e desprotegidos da sorte? Ser-se feliz à vista deste quadro não será egoís,. ·m o? Só conseguiria ser feliz· uma alr:na que se embrenhasse em si própria, mas o nosso espírito afasta•st dalguma coisa que repele. ' apenas mo.mentâneamente. É essa a felicidade que eu compreendo no escritór e no artista. Enquanto embevecido na concepção da sua obra, ele goza uma ventura completa; mas só \1esse éstado é felit porqu~ ao :abstrair-se desse sol)ho, ao abrir os olhos, fie.a l!pivora~o com tudo o que o- rodeia, tal como' um ébrio ao sair do seu estado etí- Educar e instruir O dever do bom Profe~sor não é só ministrar aos .alunos o ensinamento das disciplinas a que a Lei o obriga. mas sim conduzir ;is crianças à educação• ao asseio, à ordem, ao método, e arreigar-t:hes no es· pÍrito todos os «dcvere$» -que cada- um tem para consigo próprio, para com a Família. para com os conhccido·s, ou desconhecidos. Convem lbastante usar de prémios (:scolares: por comportamento, por aplicação, pcir asseio, por obediência. etc. Lembro-me que vi :na Bélgica os Professores distri:buirem pequenas tir.as..,de .papel de côt, impressas com várias in'Scrições: · -· Nunca .faças o que não queres que te fa, çam; - Amai-vos tqdos como irmãos: - Sê respei~oso para <:om os velhos: - Protege os teus camaradas ·mais. novos; - Protege os pássaros, os ninhos, as árvores, as flores; - P·r atica t odos os dias, qualquer .acto bom: - 1Defe11de os animais maltratados: Etc. Os alunos .iam colando os seus prémios aos cader-hos e aos livros, para a tQdo o momento terem presente tão ·úteis conselhos e-orgulharem-se de '})OS· suir a. maior quantidade po;sível daquelas tirinhas de papel de. côr. Eis uma exc·elente ideia a pôr em prática pelas Escolas .primárias das .nôs!;as aldeias. Marquesa de V alvcrde ~'0 Acaba dt· sair mais ·u m núme10 deste magnífico .sema> nário ilusrraclo·, que se .publica em Lisboa, todas as quintas-feira~. ao ·preço de 1$50. N:is suas .1::> .páginas. de grande formaro; podem os leitores <:le 1odas as idades e de ambos os sexos, .e ncontrar interes,<ances ·no.v,eL~s. ·traduzidas dos melhores escritores contemporâne<>s americanos, além ôu.-na desenvolvida .secção dê passatempos, com prémios sem~nais de 5o$oo e 20$00, •paiav.ra• <mui.das. curiôsidades, .aetualidadcs univer· sais, etc. «0 MUNDO IDE AV.ENTÜRAS•, ·q ue se intitula, com ;:azão. o jornal da gente jwein de todas as ida<les, pode ser rcquisi1acio para a sua redacçio, :rua do Arsenal. 60-2. 0 , Lisboa. __ ..... _______....._.....____...,__... _.., ACRADEC·IMENTO A :família de Aurota Reis Leitão, que .pot motivo da sua doença esteve internada ·na Liga dos Amigos dos Hospit~is em Lisboa, e que entrou cm fran<:a convalescença, vem -p ar este ·m eio, na impossrhilidade de o faze-r pessoalmente. testemunhar, ·a todas as cpessoas que de qualquer modo, se interessaram pelo seu estado de saúde, a expressão do seu em Primavera OLGA (Con/imrripio dá pág, tíJ Emissora Nacional de H.ádiofus5.o, poderia esta importante organização nacional, .fomentar neste ponto um dos seus maiores porta-vozes. A corrente alterna,. é fornecida. ,pelo inesgotável manancial que lhe for.necem as lagôas e covões; quanto ao resto das instalaç-Oei não é 1'a~ de temeridades para urna. Insti tuição de setneihante natureza. A expensas locais. isso é o'bra para ficar no estudo e ptojccto, mas com a comparticipação oficial. será um facto de fácil resolução 1 Os cstudios a instalar em Loriga, verfente do ponto mais pitoresco da Serra da Estrela poderiam ser anexos a uma das pousadas já preconizadas pelo Ilustre Director deste .jornal - O Dr. Carlos Leitão Bastos, no seu criterio~p estud.o turístico sobre .a criação do .Polígono da Serra da Estreia. A Direcção da Emis~ora Nacional de Rádío'fusão e o Secretariado Naci.onal de Cultura Popula·r e In<form'ação, seriam o elo para que o Cír<:ulo Turístico fosse um facto e o Emiss.or Regio·nal, o futuro porta•VOZ da charn;tda de -forasteiros· para as belezas do nosso Portugal. O:s Serviços Meteorológi<:os Nacionais, teriam ali também bons colabor<1dorcs. po.is junto a uma Pousada ·e Emissor Regional. poder-se-ia manter com o pcsseal privativo urna ópt1ma Estação Meteorolqgica ·Nacional. naquele ponto. Não somos profetas, ~as com uma cajeirada·tiro ·enfiar-se-ia uma org.i.nização dentro de uma «mu<:he», que muito valorizaria Portugal e, sobretudo o desenvolvimento de 'Uma zona de tur.ism.o que a pesar da boa vontade dos particulares, nunca .poderá atingir· o -fim a que tem jus, ·sem a com• participação. do Estado. AO .POLIGONO TURÍSTICO DA SERRA DA ESTRELA SUA ESTAÇÃO EMISSORA DE RADIOFUSÃO - SERVIÇOS.METEOROLÓGICOS E POl.JSADAS RE.SiPECTlVAS, DESEJAMOS UM FUTURO RA1DIOSO NUMA E•POCA' MUITO 1 PRóXlMA. NAS !MÃOS DE EMPRESAS PARTJ, ·cULARES OU DAS ENTl,DADES OFICIAIS! OXALÁ O JORNAL «A ·NEVE» SEJA O PORTO DE ABERTURA DO MAIS BELO E I1\o1PORT ANTE CENTRO TURfSTlCO DAS TERRAS LUSAS! LOBITO - DIA [)E NATAL DO ANO DE 1949. António Fernandes Gomes _............-..... A - ............ ___ ...___..._ __ .._ __ Ie<:çmhecimento. LUSALITE * Chapas onduladas para cobert_uras licºo. - . Eu não q uero chamar egoísta ao Outono; mas também não quero supor que vós pretendais, com as vossas . afirmações, exper!mentar a .sensibilidade e o coração· da juventude. Deveis 'saber por vós . próprió, porque já percotreste 'a vossa estr<idâ, que a Primavera ficaria inconsol.á vel e nãó viraria a cara · a um companheiro desafortunado, para se entregar totalmente a uma feli, ·cidade que só para ela chegasse. E. assim, eu não posso aceder ao convite que me f.i.zeis de procurar a felicidade da rnesrria maneira que vós. Perdoai, portanto.Esperai ate ao ano de 1970, e então, de Outono para Outono. talvez possamos chegar a um acordo, que por agora se mostra U)Jl pouco inaceitáveJ. · Não creio . ilu.são vo5sa ch~gardes ate lá, porque estou. cqnvencida que os ventos do Invernei terão entpeoho VOS COt;1Setvàr bem firme, para apre• ciarem o' valor com que sabei~ domar as ideias ou.s;icks ·desta inconformista ... Mundo de aventuras" Rádio tlub do Serra da Estrela ' Chapas 1isas para tectos Em fr.anca <onvalesccnça encóntra-sc já cm casa -ele seus ,pais, o H .' ,D. Aurora Reis Leitão. que na Liga dos Amigos dos Hospitais :foi sujcit·a a uma intervenção cirúrgica, conforme noticiámos. · Fazen1os votos ·i>eio seu rápido e franco restabelecimento.· , - Enconira-se doe_n te o menino F'c.r.nando- Ma.nucl Moura . Rebelo gentil iilhin?<? do nosso amigo Prof. M. Joa.quim Rebelo. Votos 'rap1da.s melhor.as. -. De Lo:ign <;h~garam " Lisboa Júlio Augusto Lciião e •Elvira qesus Paulo. · · Chapas decorativas Tubos de SANOLITE, para · esgotos e condução de águas sem pressão Tubos de LUSALITE parâ alta pressão ALPAIATARIA ACADÉMICA DE Depósitos, ·colmeias, etc. Agente e Depositário nos concelhos tARLOS FERNANDES * DRTI 6DEIRJ\ Gouveia e Seia <8:> Agente e Depositário nos concelhos de . lúLIO ABRANTES MANTA CONFECÇõES PARA HOtviENS, SENHORAS E CRIANÇAS Gouveia -Tel. 44 LO RIGA FEVEREIRO - 1950 A NEVE 6 ·A lvitra-se a criação A BEM POR DE 11JOO do L-ORIGA E DA RE GIÃO E POR TODOS VOSA<O Rádio Elnb oa Serra da Estrela a a a por ARTUR V ARATOJO Estatificado perante a montra do restaurante, o homem tinha os olhos füos na comida exposta, alheando-se do mundo exterior e ruióoso que o cercava, indifuenre. Contudo dois homens, num passeio de fronte. observavam-no, argutos. por detrás dum jornal diário. P.lSsou 1:1 mão pela cara de barb a hirsuta, .num gesto de desalento e soltando um suspiro Fundo desviou os olhos, fixa.ndo-os agora num •ponto imaginário da calçada. Este= assim absorto uns curtos momentos: depois. com um leve bater de .pálpebras :voltou à realidade e .retomou o anoor v:tgaroso, as mã9s metidas nos bolsos dum sobretudo esfiampado. Súbito, sentindo no braço, O · contacto m~rno duma mão amiga, voltou-se, rápido, os olhos desmedida• mente abertos como os da presa fugitiva, t1ma expres~ão inter.rogante na face pálida. Ofüaram-no condoído e ele pareceu sossegar, a custo 1omando ás pala·vr:is que saíram num rôuqueijo inquiridor: - Que me querem? -Venha da{ j~ntar ,<:onoosco ... Baixou os olhos, córando, mas assentiu com um movim't·nto de cabeça. Nada disseram a té à sobremesa. A face do homem ganhava cor à medida que comfa. Os outros dois obser.varam-lh e disfarçadamente os gestos e n~o os espantou se.quer as maneiras corrcctas àe que ~e servia. Havia nele qualquer coisa que transpirava educação. Rcsolver;im-se a quebrar o silêncio. - Não quer m;iis nada?.. . Não se acanhe, se quiser peça! - acrescentou 'Um deles com aparente> franqueza. - Não, muito obrig.ado! - e de novo voltou " c.órar. E ntão o outro chamou o criado, a quem gratificou com generosidade, e saí ram os três voltando .:i englobá-los o silêncio pesado, partilhado no decorrer do jantar. Corno um automato, ele d eixava-se conduzir, cabisbaixo e pensativo. Na ru a ch<imaram ~m carro e fizeram-lhe um sinal. convidando-o .a entrar. Aceitou sem .procurar o raciocínio. A viagem foi curta e o taxi-.parou .numa 1'ua deserta. Apeou-n ~.;mbém sem esperar o conYite.. Após .-i parti'da do carro dois vultos saíram dá ~mbra dum port~l. recortando-se .oo •nevoeiro gélido que fazia. . Começou a compreend er e soo riu. Lev.ant<>u a gola do sobretudo .num gesto •protcctor, e olhou os .recém-vindos. abrangendo -no mesmo golpe de vista o lugar onde se encontrava. Ao fundo ill1l palacete de linhas iusteras ~ecortav~·se, esfumado na penumbra. Os candieiros tinham um 1om baço, as.pugíndo ·Um.1 claridade doe·ntia que não era suficieme p;ita o iluminas; contudo ao fitá-lo. ele recuou visivelmente atemorizado e levantou o braço como para se proteger de alguma coisa invisível que dele emanasse. Notanpo-o um dos homens que o levar:i a jantar, interpelou-o: - Que ~e pass.'.L amigo?... Medo?... Está deserto! acrescentou rec.onfortante depois duma breve · ~usa. . Envergonhado, m as ~m q-ue h ouves-se de 1:odo desaparec~do a primeira impressão q ue exterio:i:ara, ele pareceu mais calmo, e, sem .responder, fitou de novo o -edi fício. A respiração -;1celerada. Os joelhQS bati:im•lhe sob as ·calç;is reme ndadas. enquanto inúmeras 'Picadas lhe alfinetavam o corpo todo. , Numa ·visão cinematográfica passavam-lhe pela menti:, os dezanove el'IQS ant-eriore.s. ... •; • ·-· ... ·-· ... --· ...... ··- --- ......... . Primeiro, <> dia radioso, de sol b rilhante rcf!ec!indo-se na face da sua mulhe:r, maravilhosamente linc!a sob o véu .nupcial. Depois vieram os anos d e- casad<». O dia do n.1$• cimento da filha. A s horas angustios:is q ue <pa.ssara, per' cursor as duma al~ria m.i~avilhosa que em anava, num tode candura e felicidade, daquele pedacito de carne que tinha algo de ~eu. Contra sua vontadt a visão escureceu aí 1lll1 poucó, ipara. voltar ~ proiectar•sc -de 1lovo luminosa. A face da rapari ga , que .fora a causadora involuntária da sua .infelicidade, veio do Além, deixando em segundo plano muitos ·envelopes • .cartas, que tinh am o nome dele · tstampado tm grandes carac:teres. SimL. Haviam sido essas cartas que o tinham .perdido!... M as como haveria sua · sogra tomado ipOS!e del.:is?... Não sabia. N unca o soubera. Oepois <> divórcio, que por ,uma obs· tÍn3ção de orgulho sua mulher requerera. Dois meses depois 'Uffi· desast·r~ vitimaya-a, deixando ao desamparo dos matt·rnais aarínhos; a c:ria nça que ... (Ele e$tava certo disso) .. . <5e ela vivesse seria o agenie seguro duma ·reconciliação. - Po rque não lhe haviam entregado no T r ibunal? ... Nãol Tinham procedido bem 1... Ela meneia-a! A avó a quem fora entregue de-pois. nunc.1 .mais lhe havia con cedido vê-la ..• E já Já iam quase vinte anos!... ls.so fora o fim de tudo. A miséria arreba~.ara-o numa •<>' <!opiante onda de a bsorção. Passou a mão •pela cara e apalpou as rugas precoces que lhe vinca.,~ o rosto. Aquelas n.sgas - cinzeladas · pelo infortunio - eram _.para .ele quase qµe motivo de orgulho. ª.º E ;.quele .palacet e que estava ainda ali em frente dele a atestar ser a únic.1 coisa real de toda essa caleidoscópica fantasia, .fôra o fulcro <le toda a existência. -·. ... ... ... ... ... ... ... ... .. . ... ... ... .. . ... .. . .. . . .. ... Compreendia melhor agora .p orque lhe haviam ofer:• cido jant.u . Mais uma vez o destino se comprar.ia cm troçar dele. T raziam-no para roubar! ... Sim! Roubar o que era seu? Sen iiu invadi-lo umo onda de ·revolt a ... E •porque não? Por pouco não soltou 'Unta gargalh~da denr?·ntc. M~ de novo QS com panhei ros o chamavam à rea lidade. M eteram-lhe .na mão um pe<jutnino objecto frio: - A chave! Um minusculo pedaço de metal, igual a um out ro que tantas vezes utilizara. Sentiu deslizar-lhe· para o oolso :algo pe.sado t :anteviu-lhe os con:ornos. Preparavam-se para o acompanhar, mas ele rccu peran· do a c:a\ma convenceu o chefe a deixá-lo oartir só-sinho. Ninguém .profanaria uma •i-tc;ordação ·que erâ querida! Atravessou a rua devagar, mal podendo suster-se nas pernas nervosa~ . ·P~rou um momento em frente da porta, durante a qual a mão, tremendo, lhe contrariava os movimentos. Por fim conseguiu introduzir a chave e dar a voh:1 à lingueta. ,. A •por.ta abr.iu-sc com um rnnger d e gonsos mal lubri.icados. A passos 1!émulos penetrou na escuridão b afien:a. Amparou-se ao corrimão ·para ·não cair e limpou 0 suor que lhe encharcava a fromc esmaecid..1 . .Parecia rec:onhecer no .escuro todas as <r,e miniscéncias com que havia contem•poriudo. Subiu -0 rtsto dos degraus . >Por mais de 'Uma .v ez esteve ·remado a fugir mas uma força invisível retinha-<>. pr.eça?o ao chão, sempre <JUe 'Q tentava. Penetrou no es• <_ntorio, e fechou a -porta com ruído, como aliás sempre tiver:i por h~bito. N ão •pensava. 'Não vivia. O contacto frio duma voz que vinha de qualquer lado, quebrou-lhe o .est ulo hipertenso dos nervos, q ue o mantinham automi1'11zado. O cérebre comecou então a trabalhar. Não lhe haviam garantido. que a · casa estava deserta? ... , Só havia uma ex.plicação. O utr·o gatuno! M as, nS:o! Nmgulm roubaria o que era .seu! . . , . R•efogiou-se no camo mais escuro e esperou. lntroduúu a mão no bolso e co mprimiu o cabõ da arma que sabia lá · estar. . "ºº lado oposto, donde ·par•i ra a voz, soou um estalido e a daridack tépida. óum candeeiro de mesa, envolveu a s.>l.a num halo de luz morna. Arma apertada, h abituado às contrariedades ida vida. ·Voltou-se rápido. Um rosto oval, e maravilhoso de mulhu, que .uns cabelos <:astanhos emolduravam desalinhados. sobressaía <i.3 escuridão da sala. · A luz incidindo-lhe s ob o queixo dava-lhe· ·um aspecto de te r.rível realidade. . Ao fixá-lo, o .roS"to dele desc:ongestionou•.s>a e . caiu par.a frente com baco surdo, ·soltando a arma dos dedos enclavinhados. A rapariga correu sol:>re um so.fá, espargi~o-lhe depois as fontes com água que ela fora buscar, solk1t.a. O ttlari.do quebrou o sil~ncio: - ll. melhor chamarmos a '])Olícial - Niol Consente qu~ termine o meu capricho! Este homem não tem cara de assassino . É um •pobre diabo! - Mas vinha armado! - argumentou o ra pa.z, acres• centando em ~om ·r eprovativo: .Esses teus caprichos!... Po~que haveria mos nós hoj.~ de vir .ficar aqui ena c;asa onde tua mãe ·viveu? A .rapariga .parecia não o esctu.H t sem que ele disso se a.percebesse tirou cuma gaveta um m aço de notas que introduziu no bolso d o inconsciente, julgando conseguir as• sim a remuneração ju91a dum infortúnio. _ .Aos -poucos a ~az.io 'Voltava ao cérebro cansado de emoções do i mprovisado ·gatuno. fitando o .rosto d a ,rapariga que se curvara para eJ.e ·parecia querer de.o;enhar ·na memória -todos os contornos-_ Aqude rosto ... que fô11a o da sua mulher... só podr:na pertencer a um a pessoa .. . sua filha! s:mI «Sua filha_!» ><Sua filhô\h g.ritava-lhe os olhos e o coração. Ao sent1r·lhe a mão gelada ela apertou-lhe entre ias su as. reconfortante. Mas .não era possível continuar o sonho. O passado não lh e -pertencia. Urgia acordar. . A cu.~to ergueu-se do soíá e murmurando palavras 1nccie-rentes de d~culpa, caminhou .para ·a porra. , Nem .p or um rr..qmento ·pensou que lhe pudessem 1mpe~ir a partida. . . Olhou-a de novo, os olhos nublados por lágr1m<1s escaldantes, e saiu . Por pouco não rebotou pelos degr..lus da eS<:adaria. Corr.iou •para o grupo o nde lhe revistaram im~diatamen· te os bolsos' e encontrando o ~ço de nota~. parec:cram du-se p or u :zo'à111::lmente satisfeitos . Meter.iro-lhe uma mão gelada e desap;ireceram no ne<11oeiro. Ele compreendeu a origem do dinheiro e sorriu. 'e nlevado. Como ela era boa ... Olhou mais uma vez a janela do palace;e, oe afastou-se ~ pas.sos lentos, por ·entre as lu~es ner.v osas -que orlavam a ·r ua, bruxele:indo .na neblina. . Mirava a figura da nota, que' ~os ~eus olhos aparecia transmudada num .rosto oval de cabelos cast.anhos em de· .salinho... · No Continente Africano. mormente nos vários recantos da Colónia de Angola, a Portuguese We.s_t Afrika;, como é ,conhecida do Ex terior, existem V2' rios Rádio-Clubsl Se julgam isto uma fantasia do articulista. pa5' saremos a enumerá-los, com a devida vénia do ihw tre Editor do baluarte, pois o espaço que nos reser' va «A NEVE>1, é restrito! As estações emissoras, só em Angola, conUIJl~ como segue, não incluiremos os Postos de Amadores. alguns dos "lua.is .pela sua orgânica e técnica, co~~ nicam com dezenas de correspondentes nas Amtn' cas: Rádio Ciub de Angola, a emissora oficial ~ ciada pelo Governo Geral; Rádio-Club de Nova-Ll~ boa, onde actua o galã e ex-locutor da E. N. Curado Ribeiro e esposa, o qual, criou o comentadíssimo ter" mo: c(UMA. VOZ ;PORTUGUESA EM AFRICJ\Jl• pelo .facto de muitas e muitas haver que nonnal' mente e cotidianamente emanam para o ar a lin~ dos lusíadas; Radiofusora do Lobito, a ~tação pi<>' n eira da Colónia e mais antiga da Á frica, fundab pelo célebre papá da rádio-angola - Álvaro de Cat" valho, vive da propaganda noticiosa: Rádio Club dO Sul de Angola. financiada por dotações do Governo, Geral e da Câmara Municipal do Lobito; Rádio Cl~ de Benguela: com as dotações anteriores e ass~ prosseguem em igualdade de cirC'Unstâncias: o Rá~_f Club do ·Huamlbo: Rádio Club do Bié; Rádio Cwv_ de iMoç.âmedes; Rádio Club da Huila, etc. Têm ~"' mo é de prever os seus associados e além da radi~ fusão, dispõem de ccrinks» para ·patinagem; dan_ça;verbeius e outros desportos. Todas estas estaçoeS. pelos seus serviços humanitários -: _socorros, Ut:ge:D' tes, etc. - são consideradas de uuhdade publica .e como tal ipatr<><:inadas. por Portarias pubfü:adas 11o5 Boletins Oficiais do Governo Geral! * de Em Portugal, observamos uma concentraçao Radiofusoras, em Lisboa e Porto, as quais, por ve:zDt actUª10 f1 horas em que só são ouvidas pelas p~ que se dedicam à ociosidade. . Quanto a Emissoras ela Província. isso é let!'I" nha morta. Ora. a exemplo do que se vê nas jovens terras africanas, ;ulgamos q ue a época dos marasrn~ no nosso •Portugal, já é tempo de passar ao rol dos . . mute1s. A mãe do Império Colonial Português, deveria perfilhar os exemplos d e..,ccendentes, criando radiO'· fusoras provinciais ou distritais q ue, em tempos nor" mais. seriam porta-vo7. do folclore e interesses na' cionais e regionais e nos casos de emergên1:ia, são e!>' sas emissoras, de manifesta utilidade pública, o prorv to socorro ao serviço da Região e da ·Nação! Quem mais rápido do q ue a Rádio pode loca" lizar o medicamento desejado ou o socorro preveiv· tivo! No .tnar - simples enfermeiros, têm execuudo operações urgentes, dirigidas pelos mestres, das e5' tações em terra. No ar, ainda 'não há muito tempO que ~m piloto serviu de parteiro a uma passageira que teve o seu hom sucesso em pleno 'VÔO, gra~ às indicações transmitiaas pela Rádio! E já que de Angola em correspondência para ~ Jom.a] .«A NEVE». estamos levantando <>repto a fa, vor da Cri.açio dé uma Estação Emissora de Radio/ . fusão em Loriga, com a denominaç.âo «RÁDIO OLUB DA SERRA DA ESTRELA » ou ESTAÇÃO RE GJONAL DAS BEIRAS OU DA SERRA . DA ES · TRELA>>. afumamos q ue a exemplo dos serviP prestigiosos que yêm prestando aos habitantes longe dos grandes centros no Império Colonial, tam~· em •Portugal, uma Estação no género do Rádio CI~ ou como dependência da Emissor.i Nacional, no sJ5" tema Regional, •beneficiaria um perímetro rascável e; ficaria colocada em altitude e latitude que abrange' na grande perim~tro. Loriga. está , localizada num ponto excelent~ e com óptimas vias de comunicação para 0 objeeuvo almejado. IDali aos píncaros da serra da Estrela, faz.-se <1 viagém por bons caminhos e excelentes estra'das. A vista que se desfruta da Penha do Gato, Jocal que prognosticamos para a instalação das T ôrres pi" ra as antenas, é maravilhosa. A exemplo dos desdobramentos já existentes da . (Cot1il1111a ·na pag. ;J