CEAV – CIRCULO de ESTUDOS ABEL VARZIM Curso de Formadores: “DESENVOLVIMENTO e SOLIDARIEDADE” Uma Proposta de Educação para a Cidadania Sessão de Abertura: Leite Garcia, Eng.º Juan Ambrosio, Dr. Hélder Fráguas, Juiz de Direito 2005.10.26 Patrocínios forum abel varzim António Leite Garcia, Eng.º EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA Em nome do Forum Abel Varzim, cabe-me a honra de prazer de abrir esta sessão que constitui a conferência inaugural de um curso com a designação de "Uma Proposta de Educação para a Cidadania". Começarei por uma pequena introdução teórica a este tema, realçando a importância dos Direitos Humanos na promoção do Bem Comum. Logo de seguida, apresentarei as linhas gerais dos sonhos e ambições do FAV quanto a acções de formação. Programa em que esta sessão se insere. No fim da minha exposição, darei a palavra à irmã Dr.ª Maria Filomena Gouveia, que apresentará os aspectos organizativos próprios deste curso, referindo e agradecendo aos patrocinadores e apoiantes. Devo uma explicação e um pedido de desculpa pela ausência do Sr. Dr. António Maria Pereira, impedido de estar presente. Felizmente, os Dr. Hélder Fráguas e Dr. Juan Ambrosio, presentes a meu lado, desenvolverão e concretizarão o tema desta nossa Conferência Inaugural. Antes do encerramento da sessão, prevemos um pequeno período de debate. Direitos Humanos, Base da Educação para a Cidadania Ainda muito recentemente, Sua Santidade Bento XVI, recebendo diplomatas acreditados no Vaticano, lembrou que a Igreja não cessa de proclamar e de defender os direitos humanos fundamentais. E recordou que falar de direitos humanos significa referir-se ao Bem Comum da Humanidade. Significa ter o desejo e reconhecera possibilidade de edificar uma comunidade mais fraterna, de construir um mundo em que cada pessoa seja mais amada e ajudada. Notemos que a base de todos os direitos humanos é a dignidade da pessoa humana. E tenhamos presente que da concepção bíblica do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, resultou uma noção da dignidade da pessoa que permanece um valor essencial, mesmo para aqueles que não aderem a uma fé religiosa. Para os cristãos, a melhor regra para orientar os Direitos Humanos continua a ser: "Fazei aos outros tudo aquilo que quereis que os outros vos façam" (Mt 7, 12). Todavia, devemos reconhecer que a secularização da sociedade não é um mal. Até proporciona um ambiente mais propício para a realização da famosa frase de Jesus "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mt 22, 21). Expressão que sugere muito mais do que pagar os impostos «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 1 forum abel varzim devidos ao poder político. Na verdade, é um programa de acção que não consente a utilização do nome de Deus para oprimir os homens. Nem permite que nenhum poder humano pretenda substituir Deus. E, nesta linha de pensamento, não podemos deixar de nos alegrar com acrescente atenção dirigida à causa da dignidade da pessoa e dos direitos humanos, por crentes e por não crentes. Alegria que se estende à sua gradual codificação e inclusão na legislação, tanto a nível nacional como internacional, como sucede na Declaração Universal dos Direitos do Homem, onde se afirma "O reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos, iguais e inalienáveis, constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo". No entanto, apesar desta crescente codificação ser desejável e até imprescindível, a promoção dos direitos humanos não pode limitar-se à sua protecção no plano jurídico. Deve basear-se numa política verdadeiramente humana, desenvolvendo o sentimento da justiça e da bondade; que inspire e instaure a dedicação ao bem comum, fortalecendo e consolidando as convicções fundamentais acerca da verdadeira natureza da comunidade política e acerca do recto exercício da autoridade pública e dos seus limites. (GS 73) Apesar de não resolver todos estes problemas, a política esforça-se por fornecer soluções para as relações dos homens entre si. E a participação na vida política resulta mais natural e generalizada se se der maior atenção à educação cívica, nas famílias, nas escolas e nas associações juvenis. Propósito que dá uma grande importância à dimensão educativa da promoção dos Direitos Humanos. Programa de educação, que, para além da informação sobre os direitos de cada um, deve cultivar a preocupação pela denúncia da sua violação naqueles que nos são próximos, e que tem; de incluir o reconhecimento dos deveres de cada um face aos outros. E quando as relações de convivência se colocam em termos de direitos e de deveres, os homens abrem-se ao mundo dos valores culturais e espirituais, como os da verdade, da justiça, da caridade e da liberdade, tomando-se mais solidários, quer nas relações de maior proximidade quer nas de nível global. Passo a um rápido panorama da Grande Ambição do FAV: Uma Universidade Popular Objectivo > Valorização Humana na Área Social Dirigir sobretudo as atenções para líderes, quadros e agentes do sector social e, secundariamente, para a juventude escolar ou no início da vida profissional. Cursos a Desenvolver Prioritariamente: Dignidade da Pessoa e Direitos Humanos Construção da justiça e da paz. «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 2 forum abel varzim (Direitos humanos: públicos, económicos, sociais e ambientais. Declaração universal dos direitos humanos e Pacem in Terris). Entrada e Participação na Vida Colectiva. Organização social e política. Graus de exercício de cidadania: meia cidadania, sem consciência dos direitos e deveres; consciência passiva; cidadãos participativos. Voluntariado e intervenção social, cívica e política. Características de organizações eficientes, como as promover e animar? Funcionamento de assembleias-gerais. Animação e condução de reuniões, redacção de relatórios, condução de entrevistas de intervenção, programação de actividades. Preparação para a Intervenção na Sociedade. Noções de direito geral {Introdução geral ao direito da família, ao direito do trabalho, ao direito das associações, ao direito dos consumidores e dos utentes de serviço público, e ao direito das obrigações em geral). Noções gerais de comércio e de organização empresarial Segurança e prevenção, no trabalho, em casa e na cidade Desenvolvimento sustentável e sobriedade numa sociedade consumista. Apoio à Entrada na Vida Profissional. Direitos e deveres no meio do trabalho. Aspectos burocráticos: horários, recibos, impostos. Aperfeiçoamento profissional: Planeamento da própria formação e escolha de chefes e orientadores. Sindicatos e associações de trabalhadores. Formação Pessoal e Auto-realização Gestão do tempo e das amizades. Tempos livres e media. Orientação profissional: Escolha de profissão e espírito de serviço. Gestão da carreira e duma vida auto realizada. Reorientação dos 40 anos. Metodologias: Formação na acção Novas tecnologias Actividades lúdicas Formação de formadores (procurar efeitos multiplicativos e habilitarmo-nos a satisfazer pedidos que nos vêm sendo dirigidos) Validação e Certificação de Competências «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 3 forum abel varzim Dificuldades a Vencer: Precisamos de ajuda, de muita ajuda. Para organização, difusão e realização Necessitamos do vosso apoio espiritual E dos vossos talentos: tempo, dinheiro, conhecimentos e influências. Podem começar por se fazerem sócios do FAV, por se inscreverem neste curso, ou por se oferecem para participarem na organização de um dos próximos. Termino a minha intervenção, não sem lembrar que nos situamos no âmbito Formação para a partilha e para o bem comum Temas do ICNE, e assim nos inserimos na nova evangelização da nossa sociedade e da sociedade europeia «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 4 forum abel varzim Juan Francisco Garcia Ambrosio, Dr. O DESAFIO DE UMA PROPOSTA Porque uma Educação para a Cidadania? APONTAMENTOS PARA UMA REFLEXÃO O título proposto para este painel de conferencistas constitui a Sessão de Abertura de um curso intitulado Desenvolvimento e Solidariedade. Uma proposta de Educação para a Cidadania. O referido curso consta de 5 módulos: Módulo 1 Pressupostos para uma proposta. Que educação para a cidadania? Módulo 2 Conteúdos para uma proposta. O que é ser cidadão? Como ser cidadão? Que cidade? Módulo 3 Iluminação de uma proposta. Apresentação do Fórum Abel Varzim. Módulo 4 Ferramentas para uma proposta. Formação em novas tecnologias. Módulo 5 Construção de uma proposta. Elaboração de um Kit para intervenção nas escolas Os módulos são encabeçados por uma Sessão de Abertura (esta) e clausurados por uma Sessão de Encerramento, ambas abertas ao público em geral (bem como uma outra conferência a realizar no contexto do módulo 2). Confesso que quando pensámos esta estrutura estava longe de pensar que esta tarefa inicial me viria parar entre mãos, pelo que não tive grandes hesitações em defender o título que aqui hoje vos propomos. Sinceramente a tarefa não é fácil. Que dizer de novo acerca da educação para a cidadania, quando constantemente, e das mais variadas maneiras se fala nisto. Que «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 5 forum abel varzim novidade apresentar? Como justificar o desafio? Bem, o problema certamente não iria ser meu pelo que avançamos com o título. E cá estamos hoje e o problema é mesmo meu. A tarefa que me cabe e formulada como está, significa para mim uma tarefa algo arrojada. Como justificar uma educação para a cidadania? Apesar da dificuldade da pergunta penso poder dizer algumas coisas acerca disto. O problema coloca-se mais quanto à maneira de enquadrar esse dizer no contexto do Fórum Abel Varzim. É que eu não sou nenhum conhecedor nem da obra, nem do pensamento do Pe. Abel Varzim e apenas estou a dar os primeiros passos no conhecimento dos objectivos e actividades do Fórum. Dito isto, compreenderão que como subtítulo da minha intervenção eu coloque a expressão 'Apontamentos para uma reflexão'. No fundo é disso mesmo que se trata. O que vou fazer é avançar com algumas notas, a modo de apontamento, que ajudem a enquadrar o passo que o Fórum quer dar com a realização de um curso desta natureza. 1. Porquê uma educação para a cidadania? Vivemos num mundo de contrastes: Mais riqueza Mais bem estar Mais tecnologia (TIC) Mais anos de vida Mais Globalização Mais Mais Mais Mais Mais pobreza luta pela sobrevivência ‘analfabetismo’ morte exclusão Não podemos continuar a construir um mundo com estes contornos. Não podemos continuar a abrir e a aprofundar o abismo que separa um número, cada vez menor, de pessoas que têm tudo e um número, cada vez maior, que não tem nada. Cada vez há mais 'excedentes' humanos. Vivemos preocupados com o 'bem estar' e apercebemo-nos de um certo 'mal estar' existencial. É urgente construir um mundo mais solidário, mais fraterno, mais humano. Este é claramente um dos objectivos do Fórum Abel Varzim. E para isso temos de ter consciência que “o mundo que queremos deixar às nossas crianças depende das crianças que deixarmos ao nosso mundo”. «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 6 forum abel varzim Aqui a educação desempenha um papel fundamental pois o ser humano, podemos de alguma maneira dizer, torna-se também humano através da educação. Que perspectivas educativas? Perspectiva instrucional da educação Perspectiva socializadora da educação (reprodutiva ou antecipadora) Perspectiva personalista da educação A pessoa como centro de toda a acção educativa Hoje entendemos que a educação consiste em colaborar com o educando na sua construção. A educação consiste em ajudá-lo a ser pessoa, a personalizar-se. Sabemos também que não existe sequer a possibilidade de falarmos no conceito pessoa senão o desenvolvermos sobre os eixos da singularidade, da originalidade e da autonomia, ou seja, sobre o eixo da liberdade. Ter a pessoa como o centro de toda a actividade educativa, implica assumir a liberdade como um dos valores fundamentais em todo este processo. Ao falarmos em liberdade entendemos a capacidade de autodeterminação consciente. Contudo toda capacidade de autodeterminação consciente implica necessariamente um referencial de sentido (estamos novamente na linha do ser pessoa, da personalização). As dimensões constitutivas da pessoa humana Parece evidente que se definíssemos a pessoa a partir de uma única dimensão estaríamos a trabalhar exclusivamente num desenvolvimento linear. Tratar-se-ia, pois, da construção da pessoa unidimensional, linear. A este nível a educação consistiria em incentivar ou acumular sucessivos desenvolvimentos numa única direcção. Temos que dar um passo em frente, e pensar a partir de uma dimensão bidimensional. Agora já surgem mais variáveis e a educação torna-se claramente mais complexa, mas também muito mais rica. No entanto, a educação estaria ainda ao nível da superfície. Já não estamos perante a presença da pessoa linear, mas perante a presença da pessoa superficial. É, portanto, necessário dar mais um passo em frente. Só concebendo a pessoa a partir de três dimensões podemos alcançar o volume e a profundidade característica da pessoa humana. «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 7 forum abel varzim A pessoa é uma unidade biológica psico-social transcendente de sentido. Porque é unidade, isso implica que estas três dimensões estão necessariamente inter-relacionadas, inter-actuando e formando um todo. Elas influenciam-se umas às outras, e do seu equilíbrio depende muito o equilíbrio pessoal. A dimensão relacional torna-se aqui também fundamental: Sou pessoa com o outro; Sou pessoa por causa do outro; Sou pessoa por causa de ser para o outro. 2. Que educação para a cidadania (O jeito já aqui está presente) Num primeiro momento é importante dizer que a cidadania de certa maneira se opõe ao indivíduo. É, por isso muito difícil promover a cidadania, promovendo simultaneamente o individualismo. O homem é vida e só há verdadeira vida no encontro. Na nossa vida falamos com muita gente, cruzamo-nos com muita gente, conhecemos muita gente, mas e encontramo-nos com poucos e isso porque para haver encontro é sempre necessário: Dar atenção ao outro Não negar o outro (desenvolvimento e solidariedade) Abrir-se ao outro Ter o coração no coração do outro Desta raiz 'cor', que em latim quer dizer coração, podemos perceber que o recordar, o discordar, o concordar, o decorar, o acordar, entre outras tantas dimensões importantes para a construção da 'cidade' só são possíveis quando o coração entra, ou seja quando existe uma verdadeira relação e encontro. Com os outros só se pode ser de coração Por isso o indivíduo não é capaz de construir a cidadania. Só a pessoa se abre a essa dimensão, porque ela é constitutiva de si própria. É a este nível que devemos situar a questão da cidadania. A cidadania não é pois uma obrigação, mas uma maneira de ser. «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura 8 forum abel varzim Defendemos e preconizamos uma educação como educação para a cidadania não porque esse deva ser o fim último da toda a educação. A educação para a cidadania não é, para nós, o objectivo último da educação. Esse objectivo é, como já várias vezes o dissemos, a construção integral da pessoa. 9 Mas a cidadania é uma das dimensões fundamentais da pessoa e deve por isso ser destacada em todo o processo personalizador, ou seja em toda a educação. Ninguém é pessoa sozinho. Não se trata pois, da pessoa ao serviço da sociedade, trata-se da sociedade ao serviço da pessoa. Para alcançarmos esse objectivo temos claramente que apostar na educação para uma cidadania activa. Queremos construir uma cidade que esteja ao serviço da pessoa, que seja capaz de promover a pessoa toda e todas as pessoas. 3. Ao 'jeito' do Pe. Abel Varzim Não penso que o Pe. Abel Varzim se tenha preocupado estritamente com a educação para a cidadania. Não eram essas as preocupações do seu tempo. Não era assim que se formulava a construção de um mundo diferente. Mas a verdade é que podemos encontrar nele um 'jeito' capaz de inspirar e dar um sabor diferente ao nosso agir como cidadãos. A verdade é que ele interveio na cidade e levou à intervenção na cidade. E isso, ou eu me engano muito, ou é cidadania. O trabalho que ele fez no âmbito da prostituição, bem como no âmbito do Jornal 'O Trabalhador’, ou da Acção Católica, para citar apenas alguns exemplos, é, a meu ver, disso um inequívoco exemplo. Apresentar timidamente e de maneira telegráfica esse 'jeito' é o que eu agora me vou atrever afazer, a modo de conclusão da minha intervenção (socorro-me neste intento dos livros: Abel Varzim. Um testemunho para hoje, editado pelo Fórum Abel Varzim; Procissão dos Passos. Uma vivência no Bairro alto editado pela Multinova, e Abel Varzim e o seu tempo, de António Cerejo, editado também pela Multinova) Procurava conhecer a sociedade Procurava conhecer as pessoas Fazia isso de coração atento e por isso era capaz de ler e ajudar a ler o livro da vida ("era impressionante a sua capacidade de atender com prejuízo até «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura forum abel varzim da sua própria saúde", testemunha D. João Alves, no prefácio do Livro de António Cerejo) Procurava construir uma cidade diferente Queria 'salvar' a pessoa Homem do seu tempo, foi capaz de ver mais longe e de mudar de rumo, não se contentando com o caminho que até então estava a ser seguido 10 Como testemunho disto tudo, permitam-me reler, com algum pequeno comentário, uma passagem da Procissão dos Passos, que pessoalmente muito me impressionou. Aqui fica bem expressa a tensão que sempre marcou o Pe. Abel Varzim Fiel. Tensão que lhe provocou muitas angustias e sofrimento, mas que sempre o encorajou a andar para a frente na construção de uma nova cidade. O Desafio a que o Fórum Abel Varzim quer responder não é fácil, mas o 'jeito' que herda, e do qual quer ser sempre testemunho, certamente lhe permitirá levar a tarefa a bom porto. Juan Francisco Ambrosio «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura forum abel varzim Aspectos Organizativos A cargo da Dr.ª Maria Filomena Gouveia RSCM; ex-directora do Colégio do Sagrado Coração de Maria, membro da Direcção do FAV e grande animadora deste Curso. CURRICULA: 11 Helder João do Carmo Silva Fráguas Nascido em 1966. Casado e pai de duas filhas; Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa (Universidade Clássica). Foi advogado, notário, docente universitário, formador da Ordem dos Advogados e membro do Conselho de Gestão do Centro de Estudos Judiciários. Actualmente, é Juiz de Direito, exercendo as suas funções no Tribunal Judicial do Seixal. Frequentemente, é palestrante e conferencista. É autor do livro "Se a Justiça Falasse...", com três edições. É cronista em jornais, designadamente: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e O Mirante. É membro do Rotary Club, movimento internacional de líderes profissionais ao serviço da comunidade. Juan Francisco Garcia Ambrosio Nascido em 1962, em Valência de Alcantara, Cáceres, Espanha. Casado e pai de 2 filhos. Licenciado e Mestre em Teologia pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, (tese na área da Cristologia). Foi Director Pedagógico do Colégio Diocesano de Torres Novas (1990/1993) e Vice-Director do Colégio do Sagrado Coração de Maria em Lisboa (1994/1998). É membro da Redacção e da Direcção da Communio. Revista Internacional católica e Docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (desde o ano 1991). Prepara o Doutoramento em Teologia (tema: O Estatuto Antropológico da Dimensão Religiosa) como Bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Lisboa, 26 de Outubro de 2005 «901» - CURSO “EDUCAÇÃO para A CIDADANIA” – Sessão de Abertura