SÓCIO 141 CONFERÊNCIA CGE/OE – O GOLFE: O DESPORTO E A ECONOMIA ABERTURA Caro Colega Bastonário e amigo, Dr. Francisco Murteira Nabo e demais Dirigentes da OE; Caros Representantes dos Parceiros do CGE; Caros Presidentes e demais Dirigentes de Clubes de Golfe; Caros Conferencistas, a quem agradeço a pronta disponibilidade de virem partilhar connosco os seus conhecimentos e que peço me permitam distinguir nestas palavras introdutórias o Presidente da FPG e amigo, Eng. Manuel Agrellos pela ajuda que nos prestou; Caros jovens Alunos do Colégio dos Salesianos, da disciplina da área de projecto Golf on Move; Caras e Caros Colegas, Economistas e Golfistas. A todos, a Direcção do CGE agradece a presença. As minhas primeiras palavras são, de especial cumprimento, para o nosso Bastonário pelo acolhimento, sem hesitação, da iniciativa do CGE que aqui tenho a honra de representar. Tanto mais que, estando em fim de mandato, 1 poderia facilmente encontrar, nesse facto, justificação para não abraçar a iniciativa. Eu também cesso os cargos dos Órgãos Sociais da Ordem que exerci, desde a sua fundação e para a qual contribui. Tal como contribui para a fundação do CGE. É por estas razões que certamente compreenderão que tenha para mim significado especial esta conferência realizada ao abrigo de um protocolo que promovi e que contou com o indispensável interesse do Bastonário e o apoio da Secretária-Geral, Dr.ª. Leonor Aires. Por isso, a Direcção do CGE conta com a disponibilidade e interesse da futura Direcção da Ordem, em particular do Bastonário eleito, Dr. Rui Martinho, que aqui cumprimento, para continuação do desenvolvimento do protocolo que o Clube celebrou com a Ordem, apenas há 4 meses, em Julho do corrente ano e que já deu frutos significativos: o Torneio de golfe da Ordem (o segundo), inserido na semana dos Novos Economistas, em 22 de Outubro; a marcação do próximo para 22 de Outubro de 2011; o arranque do programa de iniciação de novos jogadores ─ programa gratuito nas suas primeiras fases, ao abrigo do protocolo que o Clube celebrou com a NevadaBob’s; e esta Conferência. Não podia o CGE não ter esta iniciativa: após 17 anos de desenvolvimento e consolidação da sua existência, com diferentes momentos de digna intervenção desportiva e ética – que levam congéneres a 2 distinguirem-nos como referência – não podia a Direcção do Clube esquecer que os seus sócios, que jogam golfe, são economistas. Podíamos tê-lo feito sem a Ordem dos Economistas? Podíamos. Mas não era a mesma coisa. Primeiro, porque assim melhor evidenciamos a ligação golfista/economista e melhor iluminamos o contributo para a economia do nosso país do desporto que praticamos com performance variada e variável mas com enorme gosto e enorme capacidade para suportar a adversidade dos maus dias e vontade firme de regresso no dia seguinte. E, segundo, porque assim podemos deixar à Ordem o desafio para aprofundar as análises desse contributo. Designadamente, porque sabemos que alguns temas que aqui vão ser abordados são-no pela primeira vez, havendo por isso alguma escassez de informação que seria desejável aprofundar. O formato escolhido foi, propositadamente, de desagregação dos temas porque, deste modo, melhor se poderia referenciar as matérias mais significativamente relacionadas com a modalidade desportiva e, também, porque assim cada conferencista poderia debruçar-se sobre a sua actividade, focalizando-a no Golfe. E aqui renovamos os nossos agradecimentos a todos os que, Parceiros, ou não, do CGE, tão prontamente se disponibilizaram a vir partilhar connosco os seus conhecimentos. 3 A questão pertinente que se põe neste encontro, nas análises e nas informações que se seguirão, é: qual o contributo do golfe para a Economia portuguesa, através de cada uma das actividades que se revêem nos temas da Conferência? De outro modo, o Golfe é causa de que efeitos, actuais e potenciais, no âmbito do tema da cada apresentação? - Que influência, e que responsabilidade, tem o desporto federado no desenvolvimento do golfe e na formação de novos jogadores? Quantos são os jogadores federados em Portugal? Quantos são espectáveis para os próximos 5 anos e com base em que promoção? - Que montante de investimentos foram realizados nos últimos anos e serão realizados nos próximos produzindo que efeitos? - Que características técnicas e comportamentais no campo são exigidas? Que exigências coloca o golfe de aplicação útil à actividade económica? - Que valor de vendas tem sido gerado pelo turismo do golfe? E pela Hotelaria devido ao golfe? E qual o volume de construção potenciado pelo golfe? - Que problemas ou preocupações coloca o golfe à saúde? E qual o valor dos actos clínicos decorrentes da prática do golfe? - Que efeitos no emprego são produzidos pelas áreas da actividade económica a montante e a jusante do golfe? - Como impacta o golfe o ambiente? Que necessidades de água tem de facto o golfe? E de energia? E como satisfazê-las eficientemente? Que impactes negativos produz, de facto, o Golfe? E positivos? 4 - Que geram para a economia o vestuário, a moda, o material de campo e o de jogo? Quanto dos seus valores corresponde a importação? E quanto a fabrico nacional? E como pode este ser aumentado? - Que papel desempenham as tecnologias de informação e comunicação aplicáveis ao golfe? - Finalmente, que papel têm tido os media no desenvolvimento, na expansão, do desporto? Qual a relação dos media com o golfe? - Que mitos há que eliminar? E qual o contributo dos media para essa eliminação? Vamos pois ouvir com atenção o que os oradores nos têm para dizer sobre estas e outras questões pertinentes ao tema da conferência. Mas permita-se-me que deixe uma reflexão: Como sabemos, um dos pressupostos da economia é a obtenção de qualquer produto, nos vários níveis da sua cadeia de valor, a custo baixo. Outro pressuposto consiste em que a Oferta deve ser cobrável, em tempo útil e a Procura solvível, no tempo útil. E outro pressuposto ainda consiste no facto de a Oferta de todos os produtos se deslocar, de modo vário, para onde há Procura. Todavia, o advento da Net – cuja utilização comercial se inicia nos primeiros anos da década de 90 –, ao eliminar as históricas e decrescentes barreiras à 5 comunicação, veio permitir que a Procura se desloque/busque a Oferta, não importa onde. A reflexão que recordotem que ver, designadamente, com a questão “Como compatibilizar a rentabilidade de investimentos, voltados, em certos períodos do ano, para a satisfação de mercados externos com as necessidades de desenvolvimento doméstico consistente da actividade desportiva que, passando também pela formação de novos golfistas e pelo seu acesso facilitado à prática do golfe, passa forçosamente também pela promoção e divulgação do que já agora se faz?” Vamos pois ouvir muitas respostas, na expectativa de que o desporto contribua para que a economia faça um backswing correcto, que favoreça um follow through necessário ao finishing consistentemente eficaz. Saudações golfistas. 6