UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Ciências Contábeis
Cristiane Aparecida Alves dos Santos
Maria Cristina Rodrigues Barreto
Vanessa Cássia Pinheiro Videschi
FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA AUXILIAR PARA ANÁLISE DE
INVESTIMENTOS EM PEQUENAS EMPRESAS
Ana Lucila Golin – ME
Pirajuí – SP
LINS – SP
2009
CRISTIANE APARECIDA ALVES DOS SANTOS
MARIA CRISTINA RODRIGUES BARRETO
VANESSA CÁSSIA PINHEIRO VIDESCHI
FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA AUXILIAR PARA ANÁLISE DE
INVESTIMENTOS EM PEQUENAS EMPRESAS
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado à Banca Examinadora do Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium,
curso de Ciências Contábeis, sob a
orientação do Prof. M. Sc. Ricardo Yoshio
Horita e orientação técnica da Profª. M. Sc.
Heloisa Helena Rovery Silva.
LINS - SP
2009
Santos, Cristiane Aparecida Alves; Barreto, Maria Cristina Rodrigues,
Videchi, Vanessa Cássia Pinheiro.
Fluxo de Caixa Como Ferramenta Auxiliar Para Análise De
S234f
Investimento Em Pequenas Empresas: Ana Lucila Golin - ME / Cristiane
Aparecida Alves dos Santos, Maria Cristina Rodrigues Barreto, Vanessa
Cássia Pinheiro Videchi. – – Lins, 2009.
54p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências
Contábeis, 2009
Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da Silva
1. Fluxo de Caixa. 2. Investimento. 3. Planejamento de Caixa. I. Título.
CDU 657
CRISTIANE APARECIDA ALVES DOS SANTOS
MARIA CRISTINA RODRIGUES BARRETO
VANESSA CASSIA PINHEIRO VIDESCHI
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita
Titulação: Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de
São Carlos.
Assinatura: ________________________________
1º Prof.(a) _______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
Assinatura: ________________________________
2º Prof.(a) _______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
Assinatura: ________________________________________
Dedico a Deus, por me dar a vida, me abençoar e iluminar meus
caminhos em mais uma etapa importante de minha vida. Dedico a minha filha
Phawani, por existir e me incentivar a cada momento para que eu concluísse
este curso, e por sempre se manter forte na minha ausência, podendo assim
continuar caminhado em busca do sonho de vencer, onde a esperança me faz
acordar, olhar e saber que tenho um grande e prospero caminho a seguir na
vida. Dedico a Dona Cida, Vó Hilda e minha mãe Sueli por me apoiar e ajudar
nos momentos mais difíceis para que eu conseguisse concluir meus estudos e
chegar até aqui. Dedico aos orientadores do meu grupo: Ricardo Yoshiro Horita
e Heloisa Helena Rovery Silva que estiveram ao nosso lado, nos auxiliando e
entendendo os momentos difíceis passados e pela competente e dedicada
orientação. Dedico a minhas amigas e companheiras: Maria Cristina e Vanessa
que ao longo deste projeto não se opuseram em compartilhar de suas vidas
para que pudéssemos concluí-lo, mesmo com todos os obstáculos pessoais
enfrentados durante esses quatro anos, conseguimos sempre manter a alegria,
aprendemos muito e dividimos experiências, pela garra e por não pouparem
esforços em momento algum para o sucesso desse trabalho. Obrigada a todos,
que suas vidas sejam abençoadas hoje e sempre!!!
Cristiane
A Deus por sempre iluminar o meu caminho e encher o meu coração de
força e entusiasmo pra concluir este trabalho. Aos meus tios e primos “irmãos”
Geralda e Doni, Jane e Doninho, por tudo que fizeram por mim, ao meu pai
Cícero pelo esforço, dedicação em todos os momentos desta e de outras
caminhadas. Ao meu sogro e minha sogra por me ensinar a sua sabedoria e
me instruindo a viver com dignidade. A minha cunhada Juliane, pela amizade e
carinho, ao meu concunhado Gilberto pela sua imparcialidade. Ao meu noivo
Neto por existir, pela paciência e por ser a minha fortaleza. Amo muito vocês! A
Claudia a Lucila e a dona Marta que estiveram ao meu lado incentivando e
apoiando. E também a minha amiga e companheira desse trabalho Vanessa,
pela paciência e amizade, fazer parte dessa conquista e ao seu lado foi uma
experiência jamais esquecida, que a nossa amizade continue sempre. A minha
amiga Tiara, pelos conselhos e momentos que passamos ao longo desses
quatro anos, jamais esquecerei a sua amizade. A minha companheira de grupo
Cristiane, pela sua dedicação. A todos os professores envolvidos que ao longo
desses anos sempre nos instruíram.
Cristina
Dedico a Deus por me dar a oportunidade de trilhar meu caminho ao
lado de pessoas tão importantes e especiais. Pessoas como minha mãe que
desde cedo me ensinou o caminho certo e que ao longo do tempo me
incentivou pra que eu seguisse em frente de cabeça erguida. Agradeço pela
existência do meu irmão Felipe que é o alicerce da minha vida. Ao meu sogro e
sogra que não mediram esforços para me ajudar. Agradeço ao meu pai que
esteve sim longe de mim, mas presente a todo instante no meu coração, ele
que me deu horizontes pra que eu pudesse sonhar e concretizar o desejo de
ter uma família unida, e através do meu marido Denis e dos meus “filhotes”
pude ter essa alegria e o agradeço por me apoiar sempre nas minhas decisões
e estar presente em todos momentos e em tantos outros que ainda virão.
Agradeço imensamente, pelos amigos que fiz durante esses quatro anos, a
minha amiga Tina que sempre serena e centrada me apoiou e incentivou por
mais estranha que fosse minha decisão, a minha amiga Tiara que sempre foi
muito sincera e que esteve sempre presente, a minha amiga Camila que
sempre me apoiou e a minha companheira Cristiane que compartilhou de
muitos momentos na concretização deste sonho. Foram dias alegres, tristes,
emocionantes, angustiantes, tivemos conquistas, derrotas, rimos, choramos...
Enfim, posso dizer que tive momentos inesquecíveis!
Vanessa
AGRADECIMENTOS
A DEUS, pela vida, por tudo que somos e tivemos a oportunidade de
conquistar.
Ao Professor Ricardo Horita, por todos os momentos compartilhados
nesta caminhada em busca do conhecimento que nos conduziu com amizade e
carinho, passando seus conhecimentos com competência e dedicação.
Paciente e prestativo incentivou-nos para que tivéssemos determinação e
concluíssemos o trabalho com a objetividade da proposta, concretizando um
sonho.
À professora Heloisa Helena Rovery da Silva, que nos orientou com
tanta dedicação e sempre esteve presente nos momentos difíceis nos
auxiliando e incentivando.
À proprietária e funcionários da empresa Clau e Lú Modas que nos
recebeu com carinho e sonhou junto conosco permitindo a realização desse
projeto.
RESUMO
A importância do fluxo de caixa para as pequenas empresas tem se
tornado um importante instrumento na gestão de negócios. A cada dia as
empresas buscam meios eficazes que dêem condições para competirem de
modo que atinja seus objetivos e ganhe destaque perante os concorrentes. O
fluxo de caixa constitui-se em instrumento fundamental para que a empresa
possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Logo, o fluxo
de caixa deverá refletir com perfeição a situação econômica em termos
financeiros para projeções futuras. A crescente complexidade do processo
administrativo leva os gestores a buscarem incansavelmente alternativas para
superar os desafios encontrados no seu dia-a-dia. A escassez de recursos
financeiros e o elevado custo para sua captação, juntamente com a falta de
planejamento e controle, têm contribuído para que muitas empresas encerrem
suas atividades. Em épocas de crise o gestor precisa de informações contábeis
precisas e oportunas para apoiar o seu processo decisório. O presente trabalho
visa demonstrar aos gestores das empresas os benefícios da implementação
da ferramenta do fluxo de caixa para tomadas de decisões direcionadas a
investimentos. O fluxo de caixa adaptado à empresa Ana Lucila Golin ME.
propõe avaliar a situação atual do fluxo de suas disponibilidades assim como
prever com tempo hábil a necessidade de captação de recursos com melhores
vantagens ou aplicação dos excessos de caixa disponível. O estudo permite ao
gestor a visualização das reais necessidades e melhorias que obterá em
projetos futuros. Baseando-se em dados de anos anteriores e estimativa de
crescimento do mercado, os gestores poderão determinar quanto a
organização dispõe de recursos, bem como utilizar as disponibilidades da
melhor forma. Por fim, as análises e estimativas apresentadas oferecem dados
imprescindíveis para um planejamento e gestão de caixa para novos
investimentos.
Palavras-chave: Fluxo de caixa. Investimento. Planejamento de caixa.
ABSTRACT
For small companies the cash flow has becoming an important
instrument for business management. Every day more companies seek for
effective means that offer them conditions to compete in a way that they reach
their objectives and win highlight before their competitors. The cash flow is an
fundamental instrument that permits the company have agility and security on
its financial activities. Than, the cash flow will reflect perfectly the economic
situations, in financial terms, for projections in the future. The increasing
complexity of the administrative processes make the managers search for
alternatives to overcame the challenges found daily. The lack of financial
resources and the high costs for its capitation, jointly the lack of planning and
control, theses factors has added to many companies end up their activities. In
time of crisis the manager needs the right and timely accounting information for
supporting on his decisions. The present paper aim to demonstrate to the
managers the benefits of the implantation of the cash flow instrument for
making decisions directed to investments. The cash flow adapted to the
company Ana Lucila Golin ME propose assesses the flow’s actual situation from
its availability and foresees beforehand the necessity the resources capitation
with best advantages or application of the cash flow excesses which are
available. This study the manager to see the real necessity and improvement
that future projects will bring to the company. Based on data from previous
years and estimates from growth market, managers can determine how much
resources the organization has and how to use the cash in the best way.
Finally, the analysis and estimates presented provide essential data for
planning and managing cash for new investments.
Keywords: Cash Flow, Investment, Planning cash.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Demonstração método direto e indireto..............................................19
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Fluxo de Caixa Diário 2008 (1).........................................................30
Quadro 2: Fluxo de Caixa Diário 2008(2)..........................................................31
Quadro 3: Fluxo de Caixa Anual 2008...............................................................31
Quadro 4: Desempenho de 2007.......................................................................32
Quadro 5: Desempenho de 2008.......................................................................33
Quadro 6: Abertura de Empresa – 2009............................................................34
Quadro 7: Fluxo de Caixa Anual – Projeção 2009.............................................35
Quadro 8: Análise considerando as duas unidades em funcionamento............36
Quadro 9: Prazo Recuperação..........................................................................37
Quadro 10: Retorno de investimento em função da taxa mínima de
atratividade........................................................................................................38
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
ACIMP - Associação Comercial Industrial de Pirajuí
A.M - Ao Mês
CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais
DAM – Documento de Arrecadação Municipal
EXG - Extra Grande
FASB - Financial Accounting Standards Board
FC – Fluxo de Caixa
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
GRE – Guia de Recolhimento de Emolumentos
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social
ISS - Imposto Sobre Serviço
MDIC - Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior
ME - Média Empresa
NEPR – Número total de períodos de pagamento em um empréstimo ou um
investimento
PAGTO - Pagamento
PIB - Produto Interno Bruto
PP – Pequeno Pequeno
SN – Simples Nacional
TIR - Taxa Interna de Retorno
TMA - Taxa Mínima de Atratividade
VP - Valor Presente
VPL - Valor Presente Líquido
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................12
CAPÍTULO I – FLUXO DE CAIXA ....................................................................14
1
DEFINIÇÃO DE FLUXO DE CAIXA.......................................................14
1.1
Utilização da ferramenta para tomada de decisões................................15
1.1.1 Gestão de caixa......................................................................................15
1.1.2 Tipos de fluxo de caixa...........................................................................16
1.1.3 Importância do fluxo de caixa.................................................................16
1.1.4 Administração de contas a pagar e receber...........................................17
1.1.5 Ciclos da empresa: financeiro e operacional..........................................18
1.1.6 Fluxo de caixa realizado e projetado......................................................18
1.1.7 Direcionamento de possíveis excedentes financeiras............................20
CAPÍTULO II – BOUTIQUE CLAU E LU MODAS............................................21
2
EMPRESA ESTAGIADA........................................................................21
2.1
Características empresariais de moda...................................................22
2.1.2 Descrição da empresa............................................................................23
2.1.3 Política adotada pela empresa Clau e Lu Modas...................................23
2.1.4 Contabilidade da empresa......................................................................24
2.1.5 Gestão financeira....................................................................................25
2.1.6 Gestão de caixa......................................................................................26
2.1.7 Expectativa da empresa para implantação da ferramenta.....................27
CAPÍTULO III – ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA NA EMPRESA CLAU E
MODAS..............................................................................................................28
3
INTRODUÇÃO........................................................................................28
3.1
O fluxo de caixa na boutique Clau e Lu modas......................................29
3.1.1 Proposta de modelo da ferramenta do fluxo de caixa direto,.................30
3.1.2 Levantamento histórico do fluxo de caixa das empresas.......................32
3.1.3 Planejamento de investimento utilizando excedentes de caixa..............34
3.1.3.1Projeção do fluxo de caixa x retorno desejado......................................35
3.1.3.2Estimativas de fluxo de caixa diferencial para que o investimento seja
viável..................................................................................................................37
3.1.4 Comentário e considerações..................................................................38
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................................................................39
CONCLUSÃO....................................................................................................40
REFERÊNCIAS.................................................................................................41
APÊNDICES......................................................................................................43
ANEXOS............................................................................................................48
INTRODUÇÃO
Atualmente, em um mercado extremamente competitivo e repleto de
constantes mudanças, os gestores de caixa precisam a todo o momento tomar
decisões sobre o futuro de suas empresas. Cada empresa, de uma forma ou
de outra, busca constantemente diferenciar-se para obter êxito em seus
negócios e atingir os resultados esperados. Neste sentido, essas decisões não
podem ter falhas para que a saúde financeira do empreendimento não seja
afetada.
Dentre as ferramentas para dar suporte às tomadas de decisões, o fluxo
de caixa permite ao gestor ter um controle mais eficiente de seus recursos.
Pode-se constatar que a elaboração e a análise deste instrumento financeiro
permite tal apoio, pois, além de orientar os caminhos de novas decisões, é uma
ferramenta obrigatória para avaliação de desempenho de caixa.
É importante
evidenciar todos os benefícios gerados pela análise dos instrumentos
financeiros. Isso destaca o fato de que, uma tomada de decisão baseada em
informações precisas proporciona decisões com diminuição de riscos,
permitindo à empresa um diferencial frente a concorrentes e transmitindo
certeza aos investidores.
O atual trabalho aborda a necessidade de uma gestão empresarial
acompanhar a performance da empresa através de sua capacidade de geração
de caixa. Destaca o fluxo de caixa como uma ferramenta que possibilita o
planejamento e o controle dos recursos financeiros, ajustando uma visão clara
da gestão de seu capital de giro, prevendo limitações dos recursos disponíveis
para a tomada de decisões.
O projeto e a edificação do fluxo de caixa podem evitar situações
prejudiciais às empresas, tais como: falta de caixa, descumprimento de suas
obrigações, falta de crédito no mercado e imprevistos que podem causar uma
série de falhas na condução de um empreendimento. Tanto a carência quanto
excesso de caixa podem ser geridos através das informações oriundas do fluxo
de caixa.
A preparação da pesquisa teórica e prática foi realizada na empresa Ana
Lucila Golin - ME, localizada na cidade de Pirajuí / SP, que tem como atividade
empresarial o comércio varejista de roupas feminina e acessórios, sem a
confecção das mercadorias, existente no mercado com sua atividade há 10
anos.
Durante a pesquisa surgiu o questionamento: O fluxo de caixa como
ferramenta da gestão financeira, proporciona uma importante ferramenta de
gestão de caixa da empresa, possibilitando o planejamento para novos
investimentos?
Para responder a pergunta acima foi elaborado um estudo de caso com
base no fluxo de caixa dos dois últimos anos considerando os resultados
obtidos para simulações utilizando taxas, prazos e planejamento de um novo
investimento, não comprometendo a continuidade da empresa.
A pesquisa de campo foi realizada utilizando-se dos seguintes métodos
de Estudo de caso e Observação sistemática, e técnicas abaixo:
a) Roteiro de estudo de caso (Apêndice A);
b) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B);
c) Roteiro do Histórico para proprietário (Apêndice C);
d) Roteiro de entrevista para os profissionais da área (Apêndice D).
A estruturação do trabalho se faz da seguinte maneira:
O Capítulo I relata os fundamentos da ferramenta fluxo de caixa,
conceitos teóricos, objetivos e sua importância.
O Capítulo II trata da boutique Ana Lucila Golin ME., sua constituição
física e jurídica, seu segmento de mercado e sua perspectiva de crescimento.
O Capítulo III aborda as simulações e a implementação do fluxo de caixa
considerando as análises obtidas.
O trabalho finaliza com a apresentação da Proposta de Intervenção e a
Conclusão.
CAPÍTULO I
FLUXO DE CAIXA
1
DEFINIÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
De acordo com Silva (2005), a demonstração do fluxo de caixa permite
avaliar as alternativas de investimentos e as razões que provocam as
mudanças da situação financeira das empresas, as formas de aplicação do
lucro gerado pelas operações e até mesmo os motivos das eventuais variações
do capital de giro.
Assaf Neto e Silva (1997 p. 38) explicam que fluxo de caixa de maneira
ampla, “é um processo pelo qual a empresa gera e aplica seus recursos de
caixa determinados pelas várias atividades”.
Para Zdanowicz (2000), fluxo de caixa é o instrumento que permite
demonstrar as operações financeiras que serão realizadas pela empresa,
facilitando a análise e a decisão de comprometer os recursos financeiros, de
relacionar as linhas de crédito menos onerosas, de determinar o quanto a
organização dispõe de capitais próprios, bem como utilizar as disponibilidades
da melhor forma possível.
Tofoli (2008 p.69) diz que o fluxo de caixa é um instrumento (planilha)
pelo qual é planejado as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa.
Funciona como uma agenda sofisticada onde são registrados todos os
recebimentos esperados e pagamentos programados, num certo período.
Em conjunto dos conceitos apresentados, o fluxo de caixa visa às
atividades desenvolvidas através das entradas e saídas de caixa, assim como
operações financeiras do ativo circulante, disponibilidades e liquidez da
empresa.
1.1
Utilização da ferramenta para tomada de decisões
Diante preocupação dos gestores em obter informações mais precisas
para ter uma boa administração, a ferramenta que melhor demonstra a
disponibilidade de recursos imediatos é o fluxo de caixa. É de fundamental
importância em todas as etapas da gestão empresarial, seja no planejamento,
na execução
das atividades ou na avaliação
do
desempenho dos
administradores e na análise do resultado.
É importante ressaltar que o caixa é o centro dos resultados, para
tomada de decisões financeiras, e representa a “disponibilidade
imediata” ou seja, é diferente do “resultado econômico contábil”.
(SILVA, 2005, p. 11)
Para Frezatti (1997), o Fluxo de Caixa é de fácil captação para todos os
interessados. Dá condições para a tomada de decisões com relação aos
recursos, tornando a empresa mais competitiva e proporcionando um ambiente
adequado para a atração de investimentos e também para a obtenção de
financiamentos, tanto no presente como para o futuro.
Cenários macroeconômicos devem ser previstos e adotados, simulando
as informações na aproximação das metas estabelecidas. Nesse ambiente,
mais uma vez a presença do risco induz o empreendedor a tomar um caminho
mais curto, optando pela prática da elisão fiscal como tábua de salvação.
1.1.1 Gestão de caixa
O gerenciamento de entrada e de saída de recursos está intimamente
relacionado com a gestão do caixa, sendo assim um importante instrumento de
apoio a decisões.
Para Silva (2005), uma empresa que quer manter-se no mercado de
maneira saudável ou crescer de maneira sustentada, precisa ter uma visão
ampla, não se comprometendo apenas com a tesouraria (caixa), mas também
com aspectos como: coordenar integralmente o fluxo de caixa, buscar
melhores oportunidades de aplicação de recursos nas atividades operacionais,
manter o nível de liquidez em consonância com objetivos da diretoria, entre
outros.
1.1.2 Tipos de fluxo de caixa
A concorrência das empresas exige que elas tenham uma eficiência na
gestão de seus recursos financeiros. A empresa precisa ter uma visão
detalhada e objetiva das finanças, este é um dos fatores mais importantes para
sua permanência no mercado. Para isso existe o fluxo de caixa planejado que
auxilia nas tomadas de decisão e é capaz de antecipar as ações a serem
executadas para não serem surpreendidas e estarem desprevenidas, assim
alcançando metas satisfatórias.
O objetivo básico do fluxo de caixa planejado é projetar as entradas
e saídas de recursos financeiros, num determinado período,
avaliando as necessidades de capturar recursos ou aplicar os
excedentes de caixa. (TOFOLI, 2008, p. 69)
Com o fluxo de caixa planejado, o gestor poderá antecipar suas ações e
destinar as sobras de caixa ou até mesmo evitar possíveis problemas como
pagamento de fornecedor atrasado, pagamento de juros, entre outras coisas
que podem trazer transtornos na administração de suas disponibilidades
financeiras.
No caso do fluxo de caixa real, o gestor alimenta planilhas para
constatar o que entrou e o que saiu no dia e em seguida, comparar se o que foi
planejado está de acordo com o fluxo real.
Comparando os dois fluxos, planejado e real, os gestores têm resultados
concretos para tornar a administração mais eficiente para a empresa.
As projeções do fluxo de caixa devem ser atualizadas com base em
fluxo efetivo, fazendo os ajustes nas premissas e condições do
mercado, para chegar o mais perto possível do resultado financeiro
efetivo.(SILVA,2005, p. 61)
1.1.3 Importância do fluxo de caixa
Por meio do fluxo de caixa, é possível ter uma visão antecipada das
necessidades de numerários para atender pagamentos dos compromissos que
a empresa costuma assumir, podendo o administrador financeiro planejar com
antecedência os problemas que venham a surgir ao decorrer das operações.
Conforme Assaf Neto; Silva (1997), o Fluxo de caixa não deve ser visto
como uma preocupação única do setor financeiro, mas deve ter o
comprometimento de todos os setores da organização com os resultados
líquidos de caixa.
O controle e planejamento do fluxo de caixa completam-se, um
acompanha, o outro previne. Um acompanhamento diário reduz as margens de
erro e permite corrigir em tempo hábil, eventuais medidas corretivas. As
projeções são capazes de prevenir e direcionar recursos.
1.1.4 Administração de contas a pagar e receber
Tofoli (2008) afirma que a gestão das contas a pagar está diretamente
ligada ao caixa, ele é um dos assuntos mais atuantes no setor. Sendo assim,
faz-se necessário o uso de planilhas e relatórios para se obter um controle de
caixa qualificado, apurando as receitas despesas e visualizando de forma
organizada e antecipada o cumprimento de suas obrigações e necessidades
com os fornecedores.
O princípio básico da gestão de contas a pagar é não pagar
nenhuma conta antes do vencimento. Existem outras considerações
que devem ser levadas em conta como, por exemplo: possibilidade
de melhores condições de prazos com outros fornecedores;
compreensão entre prazos e descontos e possibilidade de
negociação de contratos de longo prazo. (SILVA ,2005, p.32)
Para José Netto (1999), o setor de contas a receber é de extrema
importância para as empresas, pois é o setor que irá falar o quanto a empresa
tem a receber de seus clientes, assim alimentando o fluxo para as
disponibilidades do período. Junto com esse setor nasce mais um que é a
cobrança, este é responsável por deixar a sua carteira em dia. Uma venda só é
considerada duplicatas a receber mediante a fatura gerada no momento da
emissão da nota fiscal de venda.
1.1.5 Ciclos da empresa: financeiro e operacional
Os ciclos financeiros e operacionais são de fundamental importância no
controle gerencial e gestão de negócios, demonstra com objetividade os prazos
com que a empresa opera.
Conforme Tofoli
(2008), a necessidade de
capital
de giro é
constantemente alterada pela variação dos níveis de operação da empresa –
redução ou elevação dos prazos de pagamentos, de recebimento, estocagem
de produtos em menor ou maior tempo, oscilações consideráveis de venda.
Ciclo Operacional: compreende o período entre a data da compra até
o recebimento de cliente.
Ciclo Financeiro: também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo
entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas.
(TOFOLI, 2008, p.48)
É importante para a empresa sempre buscar alternativas que resultem
em ciclos financeiros reduzidos, observando sempre as limitações do mercado
e o setor econômico inserido.
Com ciclos menores, tem-se o aumento do giro de negócios,
proporcionando maiores retornos sobre os investimentos.
1.1.6 Fluxo de caixa realizado e projetado
As análises das variações servem como um histórico para poder
identificar as possíveis divergências, apontando informações que auxiliam nas
decisões.
Para Silva (2005), fluxo de caixa realizado tem como principal objetivo
informar como será o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros de um
determinado período. Uma boa análise do fluxo de caixa realizado é
fundamental para construir um fluxo de caixa projetado, pois o realizado mostra
as tendências e serve como base para a projeção futura.
Segundo Tofoli (2008), fluxo de caixa projetado pode ser de curto ou de
longo prazo. Em curto prazo, pode identificar as sobras ou falta de recursos da
empresa, podendo assim, traçar melhores estratégias. Em longo prazo, além
de identificar as sobras ou a falta de recursos pode também verificar a
capacidade da empresa de gerar recursos para se autofinanciar, identificar á
capital de giro necessário para o período, mostrar o quanto a empresa e
dependente de capital de terceiro.
O fluxo de caixa realizado pode ser apresentado por meio de duas
formas: o método direto e o método indireto conforme demonstrado na figura 1
Entradas
Operacionais
Lucro Líquido
Mais / Menos
Menos
Ajustes
Saídas
Operacionais
Igual
Geração Interna
de Caixa
Mais / Menos
Geração Operacional de Caixa
Método Indireto
Método Direto
abaixo:
Igual
Fluxo Operacional
Mais / Menos
Geração Não Operacional de Caixa
Igual
Variação do Disponível
Fonte: Sá, 1998 p.36
Figura 1: Demonstração método direto e indireto.
O método direto demonstra os recebimentos e pagamentos derivados
das atividades operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado.
Mostra efetivamente as movimentações dos recursos financeiros ocorridos no
período. Já o método indireto é aquele no qual os recursos provenientes das
atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido, ajustado
pelos itens considerados nas contas de resultado que não afetam o caixa da
empresa.
Outro ponto importante é confrontar o fluxo de caixa realizado com o
projetado, para identificar as variações, se houver, e verificar se as variações
ocorreram por falha da projeção ou na gestão.
1.1.7 Direcionamento de possíveis excedentes financeiros
O bom planejamento dos valores monetários disponíveis em um
determinado momento traz para empresa uma possibilidade de planejamento
buscando fazer projeções de possíveis valores excedentes.
Eles podem ser direcionados de várias formas como pagamento de
dividendos, aquisição de participação societária, aplicação do ativo imobilizado
e diferido, pagamento de empréstimos em longo prazo entre outros
investimentos ou redirecionamento desse benefício.
Um equilíbrio financeiro traz para a empresa grande satisfação.
Possíveis excedentes poderão direcionar o caminho que a empresa planeje
seguir.
Argumenta-se que a decisão de se avaliarem projetos
de investimentos com base nos resultados de caixa, e
não no lucro econômico, é devida a uma necessidade
econômica, relevando a efetiva capacidade da
empresa em remunerar o capital aplicado e reinvestir
os benefícios gerados. (KASSAI et al.,1999, p.60)
CAPÍTULO II
BOUTIQUE CLAU E LU MODAS
2
EMPRESA ESTAGIADA
Ana Lucila Golin – ME, mais conhecida com o nome fantasia Clau e Lu
Modas, encontra-se situada na Rua 9 de Julho, nº 481, centro de Pirajuí – São
Paulo. Tem como atividade empresarial o comércio varejista de roupas
femininas, acessórios e variedades.
Com a instalação em 4 de janeiro de 1999, por sua atual proprietária
Ana Lucila Golin, a empresa Clau e Lu modas iniciou as atividades de venda de
confecções dos mais altos padrões da cidade de Pirajuí, enfatizando o bom
gosto e a parceria com os clientes.
A contratação de funcionárias treinadas e capacitadas possibilita o
atendimento específico capaz de atrair fama e credibilidade em toda região. A
empresa conta com uma equipe terceirizada de profissionais de contabilidade
que apuram os resultados e cuidam da burocracia característica do ramo de
atividade da empresa.
Com o visual moderno e autêntico, a Sra. Ana Lucila coloca em prática o
bom atendimento e simpatia que, junto com estratégias de marketing
conquistam ainda mais clientes para o estabelecimento.
O principal foco é manter a atualização. Para que isto seja possível, a
proprietária visita várias feiras e desfiles para saber o que há de mais novo e
arrojado no mercado da moda. Em decorrência da dedicação empregada,
desde o ano 2001, a empresa ganha por unanimidade o prêmio de melhor loja
de moda feminina e boutique da cidade, que é concedido pela empresa
Qualidade Total – Prêmio Imagem onde os quesitos são: moda, atendimento,
simpatia, originalidade e modernidade.
Esse é mais um crédito que a empresa ganha por ter seriedade e
comprometimento com seus clientes, daí a necessidade de crescimento
priorizando o reconhecimento da empresa.
2.1
Características empresariais da moda
O mercado de confecções tem grande destaque no Brasil. A Associação
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), aponta projetos para
crescimento do setor e evidencia o planejamento estratégico da indústria têxtil
e de confecção para os próximos 15 anos. Envolve o Ministério do
Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC), agências
governamentais, empresários, instituições de ensino, entre outros agentes de
transformação, todos apostando na relevância econômica, política e social
dessa indústria, competitiva globalmente e exportadora de destaque no cenário
mundial.
O setor ocupa a sexta posição no ranking mundial de produtores. É
responsável por 17,5% do PIB brasileiro relativo à indústria de transformação e
pela geração de mais de 1,6 milhão de empregos diretos. A soma dos
empregos diretos, os indiretos e os gerados pelo efeito renda resultam em sete
milhões de pessoas. Considerando os investimentos, a indústria têxtil e de
confecções mantém o ritmo de investimentos dos últimos anos relacionados a
máquinas, equipamentos, tecnologia, treinamento, criação, moda e design. São
mais de US$ 1 bilhão por ano. (Wikipédia,2009)
Por esses dados, nota-se que a indústria de confecção e moda no país
está em constante crescimento, assim surge grande perspectivas e o desejo de
expansão no ramo das lojas de confecções.
Mesmo com alguma experiência, é fundamental que o empresário faça
um planejamento da nova empresa. Nele o empreendedor formalizará os
estudos do que vai ser posto em prática estabelecendo os objetivos que se
pretende atingir, riscos, concorrentes, perfil da clientela, entre outros.
Moda é a tendência de consumo da atualidade. Por se tratar de um
varejo atrativo, pode parecer fácil manter uma loja de roupas femininas, mas
para sobreviver no mercado é preciso fazer o seu diferencial.
A Clau e Lu modas está sempre atenta às tendências do momento e às
necessidades de seus clientes, trabalhando com numeração variada que vai de
PP a EXG e é capaz de atender todos os gostos e tamanho.
Como a boutique está situada em uma cidade pequena, a proprietária
visa sempre à qualidade e a particularidade de cada um, as roupas são
escolhidas peça por peça, evitando o constrangimento dos clientes
encontrarem peças iguais. Ainda há a preocupação de disponibilizar produtos
de marca compatíveis (poder aquisitivo) com o cliente.
Um item relevante é o fato de que a moda é passageira, por isso não
deve ser feito estoque de mercadoria, já que os fornecedores não têm o
compromisso de substituí-las, contribuindo para a desvalorização das peças
em estoque, ficando com giro de estoque baixo e comprometendo os
excedentes que foram destinados para o investimento de estoque.
2.1.2 Descrição da empresa
A Clau e Lu modas está localizada na cidade de Pirajuí – São Paulo,
atualmente com o prédio no centro da cidade e de fácil acesso, a visão é nítida
e privilegiada, pois a fachada é autêntica e única.
A loja tem um bom espaço interno, prateleiras embutidas, balcões, três
provadores apropriados e as mercadorias são organizadas de forma
estratégica e de fácil localização.
Conta com cinco profissionais capacitados e o atendimento é uma das
referências destacadas. A proprietária pessoalmente gerencia a loja,
contribuindo desta forma para o bom andamento das atividades e
direcionamento das circunstâncias ocorridas.
2.1.3 Política adotada pela empresa Clau e Lu Modas
Visando sempre a um ótimo atendimento e satisfação do cliente, na
política da Boutique Clau e Lu Modas foram estabelecidas algumas estratégias:
a) atendentes – Uso de uniformes personalizados, maquiagem, postura
e linguajar adequados, buscando carisma e simpatia no atendimento;
b) comunicação – É feita diretamente com os clientes através de
telefonemas.
Novidades
e
particularidades
são
informadas
imediatamente. Os vendedores são treinados para atender as
características específicas de cada cliente;
c) vendas – As vendas devem seguir os seguintes critérios: vendas à
vista: concedido sempre desconto de 10% sobre o valor da etiqueta e
o pagamento é através de dinheiro, cheque ou cartões de débito.
Vendas a prazo: feita em até três parcelas iguais, cobradas por
promissórias, cartões crédito ou cheques pré-datados;
d) metas de vendas: São estabelecidas no período inicial do ano e
devem ser atingidas mensalmente. As atendentes recebem uma
comissão sobre as vendas, sendo a porcentagem estabelecida pela
proprietária;
e) compras – Geralmente dentro de 30 dias, as compras são efetuadas
pela proprietária, sempre à vista através de dinheiro ou cheque;
f) estoques – Mantido em giro alto pela diversidade de mercadorias.
Evita-se compra de peças que não tenham saída em busca da
constante atualização e investimento parado em estoque alto;
g) produtos – Atender além do vestuário feminino, acessórios diversos
como calçados e bolsas.
Através da política implantada, a empresa é capaz de direcionar seus
objetivos e servir de exemplo para as demais empresas do ramo enfatizando o
sucesso.
2.1.4 Contabilidade da empresa
A contabilidade da empresa é terceirizada tendo como responsável o
Escritório Contábil Coltri S/C Ltda., localizado na Rua Rachid Cury n. 143,
Centro - Pirajuí – SP, de propriedade do Sr. Coltri, devidamente habilitado o
qual mantém a escrituração contábil e fiscal organizada, de acordo com os
princípios fundamentais da Contabilidade.
Cumpre a seguinte rotina mensal: no início do mês, é entregue pela Clau
e Lu Modas toda documentação necessária para a escrituração fiscal e
contábil. No escritório são realizados os lançamentos e as apurações dos
impostos como o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF)
que tem seu período de pagamento no 10° dia do mês subsequente de sua
apuração. Também é realizada a escrituração contábil onde é apurado o
balancete e no final do exercício, é feito o livro diário.
Toda documentação do departamento pessoal, como folha de
pagamento e recolhimento de seus encargos sociais também são de
responsabilidade do escritório.
A empresa utiliza o serviço do escritório desde o início de suas
atividades e paga os honorários todo dia 10 de cada mês de acordo com o
estabelecido pelas partes. Ela mantém-se fiel ao profissional contábil, pois o
escritório oferece serviços e subsídios capazes de mantê-la informada e
atualizada de suas obrigações fiscais, trabalhistas e legais.
2.1.5 Gestão financeira
A empresa opera com uma rotina mensal de procedimentos. Tem um
prazo médio de recebimento de vendas de 30 dias em um determinado
período. Cumpre com os vencimentos de necessidades básicas como água,
energia elétrica, telefone e impostos, não precisa se preocupar com
fornecedores, pois suas compras são efetuadas à vista numa média de 25 dias,
pela proprietária, em fornecedores habituais na cidade de São Paulo e não se
descuida na busca de fornecedores para variedade e modernidade do estoque.
As contas a receber são controladas manualmente e organizadas pelo
setor administrativo da empresa. Ao efetuar uma venda, é emitida a nota fiscal:
a primeira via é entregue ao cliente, a segunda é encaminhada ao escritório
para escrituração contábil, a terceira via fica arquivada na empresa para
controle de estoque, cobrança e vendas. O nível de inadimplência é de 1,25%
das vendas líquidas, pois não se concedem novos créditos até a regularização
da dívida.
As contas a pagar também são controladas manualmente e arquivadas
em pastas, sendo separadas as contas que devem ser pagas por data de
vencimento, como o aluguel e encargos no decorrer do mês e agendadas
diretamente pelo setor administrativo. As primeiras vias das notas referentes às
compras vão para o escritório, que é o responsável pela escrituração contábil,
e as segundas, ficam em arquivos na empresa. Todos os pagamentos do mês
depois de quitados também são enviados ao escritório.
O pagamento de honorários contábeis, aluguel, funcionários e impostos
são feitos de acordo com seus vencimentos. Parte dos recebimentos é
destinado à renovação de estoque e o excedente, descontados os gastos do
mês, é aplicado em uma poupança.
Os fornecedores são bem selecionados, para oferecer toda a segurança
e credibilidade ao cliente, quanto a qualidade da mercadoria, sempre mantendo
uma boa relação entre ambos.
Parte do lucro da empresa é destinada para futuros investimentos e
ampliações, como uma nova unidade.
Atualmente, a empresa não trabalha com grandes estoques, justamente
para evitar que a mercadoria se torne desatualizada, buscando obter um giro
de estoque alto. Por esses motivos, as compras são efetuadas no período de
trinta dias.
2.1.6 Gestão de caixa
Alguns fatores interferem na captação de recursos, segundo Tófoli
(2008). Algumas estratégias básicas devem ser empregadas pela empresa na
administração eficiente do caixa:
a) retardar, tanto quanto possível, o pagamento de valores a pagar, sem
prejudicar o conceito de crédito da empresa, aproveitando, porém,
quaisquer descontos financeiros favoráveis;
b) girar os estoques com a maior rapidez possível, evitando falta de
estoque que podem resultar interrupção ou perdas de vendas;
c) receber o mais cedo possível os valores a receber, sem perder
vendas futuras, devido às técnicas rígidas demais de cobranças.
Os descontos financeiros, se economicamente justificáveis, podem ser
aproveitados.
A empresa gerencia a captação e desembolso de caixa de maneira
cuidadosa a fim de evitar futuras situações desagradáveis. Atualmente não
necessita recorrer ao auxílio de empréstimos ou valores de instituições
financeiras, trabalha de maneira disciplinada tendo os recebimentos em dia na
data de seus vencimentos, podendo ter uma visão mais ampla de suas
necessidades.
2.1.7 Expectativa da empresa para implantação da ferramenta
Com a perspectiva de perpetuação da empresa, a proprietária espera
um total controle dos seus excedentes de caixa, para que ele ofereça uma
base para tomada de decisões, buscando melhorar a administração dos
recursos, valorização da empresa existente e investimento em nova unidade.
CAPÍTULO III
ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA NA EMPRESA CLAU E MODAS
3
INTRODUÇÃO
O fluxo de caixa é de extrema importância para o acompanhamento da
saúde financeira da empresa, demonstrando a capacidade de gerar as
disponibilidades de caixa dentro de determinado período, auxiliando no
planejamento e decisões para melhor gerenciamento de seus recursos.
Diante disto, foi elaborado um estudo de caso na empresa Ana Lucila
Golin ME., empresa de pequeno porte do ramo de comércio varejista de roupas
feminina, acessórios e variedades.
Devida a pretensão de abrir uma nova unidade, foi feito um
levantamento do fluxo de caixa da atual loja referente os períodos de 2007 e
2008, utilizando os dados fornecidos pela empresa. Por meio da organização
do fluxo, foram projetadas simulações para analisar a viabilidade de carrear
recursos para novos investimentos.
Foi desenvolvido um modelo de fluxo de caixa através dos métodos de
estudo de caso e observação sistemática, onde o gestor poderá visualizar em
quanto tempo ele terá o retorno de um novo investimento.
Por meio da elaboração do fluxo em planilhas, foram utilizadas técnicas
de análise de investimentos, determinando valores da Taxa Interna de Retorno
(TIR) e Valor Presente Liquido (VPL). Estes dados fornecem parâmetros para
decidir a viabilidade ou não da expansão do atual empreendimento.
3.1
O fluxo de caixa na boutique Clau e Lu modas
Os valores apresentados neste trabalho foram disponibilizados pela
empresa através do livro de caixa.
Alguns comentários em relação ao fluxo de caixa apresentado neste
trabalho serão relatados a seguir:
a) no demonstrativo apresentado observa-se a não quitação mensal das
contas de água e luz. O principal motivo é o acordo feito entre os
lojistas que dividem o mesmo prédio. É estabelecida pela proprietária
do imóvel uma meta de consumo mensal; quando ocorrem
excedentes sobre a meta é repassado para os locadores, onde o
valor é dividido igualmente;
b) a conta Associação Comercial Industrial de Pirajuí (ACIMP) que
fornece o serviço de consultas da atual situação dos consumidores
no comércio de Pirajuí, trabalha da seguinte maneira: o associado
que dispõe das consultas paga uma da mensalidade em que o valor
varia conforme o ramo da atividade da empresa. Além desta
mensalidade, é cobrada uma taxa de cinqüenta centavos pela
consulta de cheque feita por telefone e de trinta e cinco centavos
feita através da Internet e o vencimento se estabelece até o 15º dia
do mês;
c) para o pagamento dos impostos como Contribuição Social Lucro
Líquido (CSLL), Simples Nacional (SN), é usado o Documento de
Arrecadação de Receitas Federais (DARF), o Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS) e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS), são recolhidos através da Guia de Recolhimento de
Emolumentos (GRE), e o Imposto Sobre Serviço (ISS) através do
Documento
de
Arrecadação
Municipal
(DAM),
todos
esses
documentos o escritório de contabilidade que presta serviço à
empresa calcula e envia para a mesma providenciar os pagamentos
devidos;
d) em relação ao pró-labore, no ano de 2008 foram realizadas duas
retiradas significativas. O motivo é o fato da idealização de um novo
investimento, uma nova unidade. Para isso, apostou em promoções,
brindes, vitrines, ar condicionado e conforto para a conquista de mais
clientes, realizando futuramente a ampliação do negócio. Vale
ressaltar que, a maneira correta de enquadrar esta retirada não seria
pro labore e sim em investimentos em infra-estrutura e propaganda.
Em 2008 pode-se notar, pelo fluxo de caixa, que a empresa apresentou
um bom desempenho comparando a 2007 que em vários meses teve o
caixa com valores negativos. O principal motivo para o melhor desempenho
de 2008 foi o aumento das vendas em 69,6% e as despesas que se
mantiveram estáveis.
3.1.1 Proposta de modelo da ferramenta do fluxo de caixa direto
Como proposta de modelo da ferramenta fluxo de caixa, foram
desenvolvidas duas tabelas: uma demonstra o movimento diário, conforme
quadro 1 e 2, e a outra, quadro 3, demonstra o movimento mensal. Os dois
modelos são compostos com as entradas, saídas e o saldo obtido na apuração.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 1: Fluxo de Caixa Diário 2008 (1)
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 2: Fluxo de Caixa Diário 2008 (2)
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 3: Fluxo de Caixa Anual 2008
3.1.2 Levantamento histórico do fluxo de caixa das empresas
A elaboração dos fluxos de caixa histórico de 2007 e 2008 foi obtida
através das informações fornecidas pela empresa que será apresentada a
seguir:
No ano de 2007, o desempenho da empresa não foi muito favorável
como mostra o quadro 4. O fluxo de caixa apresentou resultados instáveis, uma
vez que os saldos apresentaram valores positivos e negativos no decorrer do
ano devido às baixas vendas.
Fonte: Dados da empresa
Quadro 4: Desempenho de 2007
Apesar de ter duas retiradas altas do caixa da empresa, em 2008,
quadro 5, a situação já foi bem mais favorável, pois as vendas tiveram melhor
desempenho.
Fonte: Dados da empresa
Quadro 5: Desempenho de 2008
A proprietária idealiza um novo investimento, uma nova unidade do
mesmo porte da existente. Para tal, o crescimento dos valores em 2008
evidencia uma boa perspectiva, já que os excedentes em sua maioria foram
positivos e as análises apontam a possibilidade do retorno do investimento
dentro de um determinado período de tempo. Evidentemente deve-se analisar
se esta melhoria no desempenho foi devido ao fato das ações realizadas em
2008 para o aumento das vendas, e se a previsão futura segue a mesma
tendência.
3.1.3 Planejamento de investimento utilizando excedentes de caixa
A estimativa para abertura de uma nova unidade do mesmo porte é de
65.000,00, considerando documentos, mobiliários, locações, contratações,
entre outras, conforme demonstrado no quadro 6.
Fonte: Dados da empresa
Quadro 6: Abertura de Empresa – 2009
Para a análise deste projeto de abertura da nova unidade, foram feitas
algumas adaptações no fluxo de caixa de 2008 para fazer uma projeção para
2009.
Foram feitas duas retirada pró-labore de 2008 que foram carreadas para
benfeitorias na loja existente. Desta forma, como não serão mais necessárias
estas retiradas, o valor do pró-labore será estimado tomando como base o
valor das retiradas no final de 2008, acrescida de um percentual adotado em
20%, ou seja, R$ 370 x 1,2 = R$ 444,00. A projeção de 2009 é apresentada no
quadro 7, abaixo.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 7: Fluxo de Caixa Anual Projetado de 2009
3.1.3.1
Projeção do fluxo de caixa x retorno desejado
Para a análise de viabilidade desta nova loja, será estimado um fluxo de
caixa uniforme para 2009. Para tanto, será calculado o VPL representativo para
2009 (um ano) considerando uma taxa de juros de uma aplicação financeira
conservadora, 0,6% a.m (índice da poupança), utilizando as informações do
quadro 8.
Para determinar o VPL, será utilizado o modelo de cálculo apresentado
por Samanez (2006). Para obtenção do valor foi utilizada a função VPL do
Excel para efetuar este cálculo. O valor obtido será distribuído uniformemente
em 12 meses.
Para a realização do cálculo foi utilizada a função PGTO, no Excel,
considerando Nper = 12 (meses), VP = VPL obtido anteriormente e a taxa de
0,6% am. Considerando que a nova unidade será aberta na mesma cidade,
haverá divisão dos seus clientes entre as duas lojas, desta forma, as vendas
serão divididas, e conseqüentemente o fluxo de caixa da loja também será
dividido.
Para a análise da viabilidade deste novo investimento, será considerado
apenas o valor incremental do fluxo de caixa. Assim, por exemplo, se cada loja
conseguir manter um fluxo de caixa líquido equivalente a 85% do previsto para
cada loja em 2009, o fluxo de caixa líquido incremental será igual a 85% + 85%
= 170%, ou seja, o valor incremental será de 70% por abrir a nova unidade.
Estes dados são apresentados no valor de R$ 2.734,24 conforme quadro 8.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 8: Análise considerando as duas unidades em funcionamento
Tomando como base o fluxo de caixa incremental, será calculada a taxa
interna de retorno do investimento, em função do tempo esperado de retorno.
Será utilizada a função TAXA do Excel, onde serão introduzidos no campo
Nper o tempo de retorno desejado, o valor mensal do fluxo de caixa
incremental no campo PGTO e o valor do investimento R$ 65.0000,00 no
campo VP. O resultado é apresentado no quadro 9 a seguir :
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 9: Prazo Recuperação
3.1.3.2 Estimativas de fluxo de caixa diferencial para que o investimento seja
viável.
A seguir é feita uma análise considerando qual deveria ser o
comportamento do Fluxo de Caixa Incremental, em função da taxa mínima de
atratividade mensal de 3%, 5% e 7%, e os respectivos prazos de recuperação
de capital conforme quadro 10.
Fonte: Elaborado pelos autores
Quadro 10: Retorno de investimento em função da taxa mínima de atratividade
Taxa de Retorno da Atratividade
3.1.4 Comentário e considerações
Considerando o quadro 9, o FC incremental deve ser relativamente alto,
considerando os dados históricos, para que o investimento seja viável. Para
exemplificar, se a proprietária desejar ter uma TMA de 5% am, com um retorno
do investimento em 5 anos terá que ter um fluxo de caixa incrememtal de R$
3.400,00/mês, ou seja, as duas lojas devem manter, cada uma, o movimento
obtido em 2008.
Analisando o quadro 10 é apresentado a TIR relativamente baixa. Para
exemplificar, a taxa de retorno em três anos será apenas de 2,44%am, e em 10
anos, 4,2%am, isto supondo que cada loja manterá 85% do movimento obtido
em 2008.
Com os dados apresentados, cabe à proprietária fazer uma análise mais
ampla levando em conta sua experiência e o mercado atual, uma vez que foi
apresentada apenas uma estimativa considerando os dados fornecidos e que
as simulações foram feitas analisando-se um fluxo de caixa de resultados
negativos em 2007 e melhores resultados em 2008.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Diante do exposto propomos:
a) a elaboração do fluxo de caixa utilizando o modelo apresentado
neste trabalho conforme demonstrado no capítulo III. Esta ferramenta
irá auxiliá-la na decisão da viabilidade de se abrir um novo negocio
do mesmo ramo;
b) um rigoroso controle dos gastos classificando da maneira correta,
por exemplo, não classificar como pro labore as retiradas para
benfeitorias. Fazer da maneira correta;
c) registrar
as
vendas
parceladas
nos
respectivos
meses
de
recebimento;
d) a reclassificação das compras considerando a melhor forma sendo
ela com dinheiro ou financiamentos, aproveitando os descontos,
sempre em função do seu capital de giro atendendo as
necessidades do empreendimento.
e) propõe-se,
também
que
as
retiradas
de
pró-labore
sejam
programadas, avaliando no fluxo de caixa os períodos de maiores
disponibilidades direcionando ajustes necessários.
Com o auxílio do fluxo de caixa e com as simulações apresentadas, a
proprietária poderá ter idéia das condições necessárias para a viabilidade de
um novo investimento.
CONCLUSÃO
A identificação antecipada das necessidades ou sobras de caixa
transformou o Fluxo de Caixa num dos mais importantes instrumentos para o
gestor financeiro da empresa. Muitas empresas não valorizam esta ferramenta,
mas a sua utilização proporciona grandes benefícios.
Conforme o trabalho realizado, percebe-se que é fundamental à
empresa pesquisar o mercado atual e futuro do ramo de confecções com base
em experiências no meio e aplicar o fluxo de caixa de maneira planejada e
consciente desfrutando das vantagens e benefícios que a ferramenta oferece.
Cabe ao gestor absorver os impactos de um novo investimento para que
o mesmo traga retornos desejáveis.
O estudo feito foi de extrema importância, pois proporcionou-nos um
maior conhecimento dos métodos que os gestores possam utilizar na tomada
de suas decisões fazendo com que as decisões sejam embasadas de forma
técnica através de suposições e simulações capazes de fornecer dados
fundamentais para a tomada de decisão. Trabalhando com dados fornecidos
pela empresa, intensificando a realidade do estudo, foi possível observar o
andamento das operações e projetar valores demonstrando benefícios e
desvantagens em um novo empreendimento.
Com todos os pontos abordados, conclui-se respondida a pergunta
problema que questiona se o fluxo de caixa como ferramenta da gestão
financeira, proporciona uma importante ferramenta de gestão de caixa da
empresa, possibilitando o planejamento para novos investimentos, sendo que
os gestores têm os cálculos e simulações feitas diante do fluxo de caixa
apresentando e obteve-se êxito nas análises.
Acreditamos que o tema abordado ainda possui muitos aspectos que
devem ser estudados. O trabalho realizado contribui para estudos mais
avançados e abre horizonte para novas pesquisas na área.
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instrumento fundamental para o gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas,
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SÁ, Carlos Alexandre de. Gerenciamento do fluxo de caixa. Apostila, São
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TÓFOLI, I. Administração financeira empresarial: uma tratativa prática.
Campinas: Arte Brasil, 2008.
ZDANOWICZ, J. E. Fluxo de Caixa. 8. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000.
WIKIPÉDIA. Moda. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Moda>. Acesso
em: 13 junho de 2009.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Roteiro de estudo de caso
I INTRODUÇÃO
Serão apresentados os métodos e técnicas utilizados na pesquisa de campo,
assim como o período de coleta de dados para o estudo de caso, pesquisa e
análise de entradas e saídas de caixa de maneira a buscar desenvolver meios
capazes de fornecer dados eficazes para tomada de decisões.
II RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO
a) Análise do fluxo de caixa para possíveis investimentos e direcionamento de
excedentes financeiro.
b) Depoimentos de profissionais da área e dos proprietários da empresa.
III DISCUSSÃO
Confronto entre teoria e pratica utilizada pela empresa
IV CONCLUSÃO SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE
PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS A SEREM UTILIZADAS.
APÊNDICE B – Roteiro de observação Sistemática
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa: ...............................................................................................................
Localização: ..........................................................................................................
Cidade:...................................................Estado: ...................................................
Ramo de Atividade:................................................................................................
Porte: .....................................................................................................................
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Histórico da empresa
2 Tipos de controle de caixa
3 Descrição do fluxo de caixa
4 Sistema de compra e venda
5 Sistema de recebimento
6 Propaganda e marketing
7 Negociação crédito
8 Localização do estabelecimento
APÊNDICE C – Roteiro para Proprietário
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo no ramo:.....................................................................................................
Especialidades:......................................................................................................
Experiências profissionais .....................................................................................
Experiências profissionais atuais:..........................................................................
Cidade:...................................................................................................................
II PERGUNTAS ESPECIFICAS
1 Quais benefícios o fluxo de caixa irá trazer para o estabelecimento?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 Quais os pontos que poderiam ser melhorados para obter um
desenvolvimento das funções desempenhadas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3 Como vê o futuro da empresa implantando o sistema de fluxo de caixa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
APÊNDICE D – Roteiro para Profissionais da área
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo no ramo:.....................................................................................................
Especialidades:......................................................................................................
Experiências profissionais .....................................................................................
Experiências profissionais atuais:..........................................................................
Cidade:...................................................................................................................
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 Qual experiência com o fluxo de caixa e o que esta ferramenta traz para
empresa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 Em que momento e preciso recorrer ao fluxo de caixa para tomada de
decisões?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3 E aconselhável outra empresa implantar o fluxo de caixa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
ANEXOS
ANEXO A – Logotipo da Empesa
ANEXO B – Fotos da empresa
Foto 1: Vitrine da empresa: Clau e Lu Modas
,
Foto 2: Cabideiro da empresa (1)
ANEXO C – Fotos da empresa
Foto 3: Cabideiro da empresa (2)
Foto 4: Prateleiras da empresa
ANEXO D – Fotos da empresa
Foto 5: Provadores da Empresa
Foto 6: Proprietária e colaboradores da empresa
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