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http://www.portaldaindustria.com.br/federacoes/fibra/noticias/2012/08/1,4879/uniao-pelo-desenvolvimento-do-df.html
União pelo desenvolvimento do DF
Numa ação integrada para impulsionar o desenvolvimento econômico do DF, o Governo do Distrito
Federal, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e o setor produtivo se uniram pela primeira
vez para atrair investimentos estrangeiros para a capital do País. Em missão internacional, comitiva
liderada pelo governador Agnelo Queiroz, pelo presidente da CLDF, deputado Patrício e pelo
presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Antônio Rocha, divulgaram Brasília como um
centro tecnológico e digital a empresários e conheceram experiências bem-sucedidas que
transformaram regiões ociosas em grandes parques industriais.
A convergência de esforços ficou evidente na apresentação da palestra Invest in Brasilia (Invista em
Brasilia) em Cingapura, Xangai (China) e Munique (Alemanha). Os três apresentaram as potencialidades da capital federal e demonstraram o alinhamento entre
o Executivo, o Legislativo e o setor produtivo. “Até agora, o Distrito Federal não disputava as oportunidades que o mercado mundial oferecia. Mas esse quadro
mudou. O Brasil vive um momento muito importante, e Brasília, em especial, está despertando o interesse dos empreendedores internacionais. Para atrairmos
investidores, temos que mostrar a união dos poderes com o setor produtivo”, disse o governador.
Segundo o presidente da CLDF, deputado Patrício, a comitiva voltou da viagem internacional com resultados concretos. “Essa troca de experiência foi muito
importante. Constatamos como é possível desenvolver regiões a partir de um planejamento urbano minucioso. É preciso retomar isso na capital federal e
planejar o crescimento do DF para os próximos 30 anos”, disse. Patrício antecipou que o projeto de criação de um centro financeiro em Brasília será colocado
em pauta na Câmara Legislativa assim que forem retomadas as atividades dos deputados distritais neste segundo semestre.
O presidente da Fibra, Antônio Rocha, enfatizou a força econômica do DF e sua capacidade de se expandir. “Brasília reúne as condições para fomentar o setor
produtivo. Seu desenvolvimento econômico é cuidadosamente programado pela atual gestão e plenamente apoiado pelo Poder Legislativo”, afirmou.
Parque Digital – O presidente da Terracap, Antônio Carlos Lins, retornou da missão internacional liderada pelo governador Agnelo Queiroz muito otimista,
especialmente pelo interesse estrangeiro que o Parque Tecnológico Capital Digital despertou. Por isso, segundo ele, é possível que seja prorrogado o período
de consulta pública sobre o projeto por mais 15 dias.
Outro projeto que empolgou Lins é o de criação de um centro financeiro no DF. “Não existe nenhum no Hemisfério Sul, e Brasília tem todas as condições de
hospedá-lo, como Nova York, Hong Kong, Dubai (Emirados Árabes) e Londres”, afirmou.
Além de apresentar os atrativos da Capital Federal aos empreendedores internacionais, os integrantes da comitiva puderam conhecer exitosas experiências
econômicas e urbanas que poderão servir de exemplo para projetos no DF.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Abdon Henrique de Araújo, a transformação de Cingapura em 30 anos foi impressionante. Em
1965, a renda per capita na cidade-estado era de U$ 576 e saltou para aproximadamente U$ 50 mil, em 2011. O desemprego atingia 9% da população em 1965
e caiu para 2,1%, em 2011. “A cidade-estado investiu nas adaptações necessárias ao seu desenvolvimento e na infraestrutura para atrair empresas de todo o
mundo, dentro de um planejamento minucioso”, afirmou.
Para o deputado distrital Cristiano Araújo, o poder de realização dos asiáticos é um exemplo. “Tivemos oportunidade de conhecer novas tecnologias. O que
mais impressionou foi o Parque Industrial e Tecnológico de Suzhou. A meia hora de Xangai, o local é um grande complexo de desenvolvimento econômico”,
destacou.
Segundo ele, o Parque Tecnológico Capital Digital está no caminho certo etem todas as condições de fazer semelhante sucesso ao de Suzhou. “Os projetos
que conhecemos tiveram grande preocupação em investir na capacitação de profissionais para os segmentos da área de tecnologia. É nesse caminho que a
Secretaria de Ciência e Tecnologia aposta e vai investir na capacitação, especialmente a de jovens”, disse.
Resíduos sólidos – A vocação de Brasília para o desenvolvimento verde também foi destacada na missão internacional. Exemplo disso foi a celebração de um
protocolo de intenções assinado entre o GDF e a empresa alemã Steag, uma das maiores especialistas em resíduos sólidos e geração de energia. Ele vai
viabilizar estudos sobre a destinação dos resíduos sólidos no DF e também sobre como usá-los para a produção de energia em usinas térmicas.
O documento prevê também a capacitação de especialistas da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa). "Um protocolo de
intenções como esse é importantíssimo, porque a Alemanha é o país mais adiantado do mundo nessa questão dos resíduos sólidos", disse o diretor-presidente
da Adasa, Vinicius Benevides.
Veja a seguir artigo escrito pelo presidente Antônio Rocha sobre a viagem:
Brasília e seu grande potencial Antônio Rocha
Brasília é um polo de oportunidades. Essa máxima tem sido a frase mais dita durante a missão do GDF, liderada pelo governador Agnelo Queiroz, ao Oriente
Médio, Ásia e Europa, com a minha participação, representando a indústria brasiliense. Em reunião realizada em Cingapura, durante almoço no hotel Shangri-la,
pude apresentar a 20 representantes de empresas locais as potencialidades do DF. E a frase que inicia este texto não é clichê. A Capital Federal do Brasil tem
localização privilegiada, no epicentro de toda a malha rodoviária brasileira. Sendo assim, há, para o DF, perspectiva de investimentos na área de infraestrutura
de transporte, possibilitando a ligação com os principais portos do País. O Polo de Logística encontra-se em fase de implantação e será localizado entre
Samambaia e Recanto das Emas, devendo abrigar empresas de gêneros alimentícios, carnes frescas e congelados. Assim, potencializaremos ainda mais
nosso mercado exportador, que está focado nestes produtos. Nosso Porto Seco ocupa terreno de 200 mil m² e está localizado próximo à cidade de Santa
Maria. Sua infraestrutura dispõe de pátio para veículos pesados e espaço para alfândega e armazenagem. Esta estação aduaneira possibilita o escoamento da
produção pelos corredores estratégicos de transporte do País, sobretudo, pelo corredor Centro-Leste, do qual o DF é consorciado. Além disso, dispomos de 24
Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADE%u2019s), que são concebidas para receber empresas de qualquer porte, desde que estejam em consonância com
a ótica do desenvolvimento econômico e social do DF. Outro atrativo da Capital são os recursos do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), que têm por
objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Centro-Oeste, a partir de financiamentos com juros atrativos. Somente neste ano, o
FCO tem orçamento de R$ 945 milhões para o DF. Nosso carro-chefe do momento é o Parque Tecnológico Capital Digital. Aguardado por anos pelo setor
produtivo local e prestes a sair do papel, será um grande indutor de inovação para o País e de Políticas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). A
expectativa é que o polo tecnológico atraia empresas de todo o País, e até mesmo de referência internacional, com a previsão de instalação de cerca de 1,2 mil
firmas com geração de quase 25 mil empregos diretos. O setor de TIC, como nos países de primeiro mundo, é a clara vocação industrial do DF, o que deve
prospectar vultuosos investimentos. Quando falamos em potencial de consumo, a capital do Brasil possui números que saltam aos olhos. Brasília, com uma
população de 2,5 milhões de pessoas, possui o maior PIB per capita do País, R$ 45.977,59 contra os R$ 15.989,75 da média brasileira. A Companhia de
Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) estima que o PIB do DF tenha ficado em R$ 140,9 bilhões no ano de 2010, sendo o setor público responsável por
mais de 50% desse total. A Capital Federal também é um excelente lugar para se morar, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que se
assemelha ao de países de primeiro mundo. O IDH do DF é de 0,900 %u2013 o maior do País e que se situa acima da média brasileira (0,820). E não podemos
nos esquecer que estamos falando da capital administrativa do País, de onde saem as decisões politicas mais importantes, local, portanto, de negociações e
com um demandante de grande peso, quando se pensa em compra governamental. Este é o nosso cardápio de oportunidades. Brasília tem a responsabilidade
de ser um polo indutor do desenvolvimento do Brasil, mas, devido à proximidade, com mais razão, do Centro-Oeste. E a indústria, o comércio e serviços locais
têm o papel de gerar renda para as famílias que aqui residem, mas não trabalham para o governo. Temos que aumentar nossa participação no PIB local. A
missão do governador Agnelo Queiroz é de grande valia para a implantação de vários projetos que já estão maturados há muito tempo, como o Centro
Financeiro e a Cidade Aeroportuária. O roteiro da viagem abrangeu Dubai, Cingapura, Malásia, China, Alemanha e Itália. Por onde passei, aprendi com o que
não temos, enxerguei o que podemos ter e falei, abertamente, daquilo que podemos oferecer.
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