Boletim Informativo da Igreja Evangélica Holiness do Brasil Ano XVI No 57 Abr-Mai-Jun/2012 Servir ao Senhor com qualidade Mordomia do que Deus nos confiou N o mês de abril nós, trabalhadores brasileiros, somos obrigados a fazer nossa declaração do imposto de renda. É um momento de correcorre para conseguir todos os documentos comprobatórios do ano-base. Cada vez mais, a Receita Federal está fechando o cerco por meio de cruzamentos de dados com computadores superpotentes, e o número de contribuintes retidos na malha fina tem crescido ano a ano. O que acontece no âmbito pessoal também extrapola para o âmbito institucional. A Convenção das Igrejas Evangélicas Holiness do Brasil é uma organização religiosa sem fins lucrativos e como tal também está sujeita às leis brasileiras, porque “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas” (Rm 13.1). Nesse sentido, devemos enviar corretamente os dados e documentos aos órgãos competentes. Há mais de 15 anos, a Diretoria da Convenção (DC), interessada em se ajustar à legislação brasileira, contratou um escritório de contabilidade especializado em instituições religiosas, que organizou os documentos fiscais e contábeis da denominação. Com a conclusão desse trabalho, o próximo passo foi a emancipação administrativa das igrejas, obtendo para cada uma o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), número que as identifica na Receita Federal. A DC também está, há algum tempo, fortalecendo os seus departamentos. Hoje, temos oito departamentos independentes ligados à DC, cujo diretor nem sempre é um membro da diretoria. A regionalização já é uma realidade. Neste ano, acontecerá o segundo Concílio Regional em cada uma das quatro regiões do Brasil. Até então, os concílios eram anuais e centralizados. Conforme proposta aprovada em um dos Concílios, foi estabelecido que o presidente da DC não deve ser pastor titular da igreja para onde foi nomeado e o seu tempo de trabalho terá como prioridade as atividades da DC. Dessa forma, seria desejável que residisse onde se localiza a Sede Nacional da Convenção. O que faltava se concretizou no começo deste ano com, a mudança do presidente para São Paulo. Com a descentralização, a DC tem procurado atender e cumprir as decisões conciliares definidas pela Assembleia Geral. Também tem promovido mudanças para atender às necessidades da legislação do país. Dessa forma, pensamos estar colaborando com a obra que Deus nos confiou, fazendo-nos mordomos fiéis. Da mesma maneira, desejamos que cada igreja local e cada membro das igrejas exerça com zelo o seu ministério. Que as igrejas locais e suas diretorias também procurem atender às solicitações com qualidade e no tempo previsto, para o bom andamento de todo esse processo, visto que as suas ações têm impactos na estrutura geral. “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” Cl 3.23-24 Ciro Y. Minei Membro da Diretoria da Convenção e membro da IEH do Bosque A boa semente que frutifica a cem por um O s concílios deste ano serão realizados nas regiões, com um enfoque mais local. Nesta edição, você vai saber um pouco mais sobre os projetos, os sonhos e as ações da 3ª Região. Os planos de expansão do evangelho entusiasmam pelo prenúncio de novas vidas. Nos Temas Estratégicos, conheça o que fazemos como Igreja Evangélica Holiness do Brasil. Como num mural de oportunidades, conhecemos vários ministérios. São muitas possibilidades de atuação. Tão importante quanto ver as realidades de forma mais localizada e pontual é saber como caminhar rumo ao futuro como uma só família de fé. Para isso, vamos refletir em mais três valores que sinalizam o que é ser Holiness. Conhecendo a realidade de nossos irmãos, vivamos a verdade de Jesus como parte do mesmo Corpo de Cristo, sob a bandeira da santidade. Que o Senhor nos ajude a manter vivos os sonhos Dele para nossa Igreja, a arregaçar as nossas mangas para o imenso trabalho a ser feito e a plantar as boas sementes vindas do seu depósito. 2 Novos pastores de longa data “Eu o chamei” A IEH do Brasil recebe mais um casal de ministros para o campo de Assaí, no norte do Paraná. O pr. Wanderley Nunes da Costa e a pra. Clara, paulistas de nascimento, são casados há 49 anos, têm duas filhas naturais e uma de coração e mais 5 netos. O pr. Wanderley e a pra. Clara iniciaram o ministério pastoral em 1968, auxiliando a Igreja Metodista de Mandaguari. Pastorearam mais de 10 igrejas, várias das quais plantadas por eles no Paraná, em Santa Catarina e no Mato Grosso. Por duas ocasiões, o pr. Wanderley exerceu a função de Superintendente na Igreja Metodista, cargo equivalente ao de Coordenador de Região na nossa denominação. Em 2007, foi jubilado pela Igreja, esperando desfrutar de tranquila aposentadoria após anos de trabalho cuidando do rebanho do Senhor. Sem se desvincular totalmente do trabalho pastoral, auxiliava uma igreja Batista em Rondonópolis e experimentava o cuidado de outro rebanho, o de gado bovino, quando Deus o chamou novamente. Sentado num trator, o pr. Wanderley ouviu de Deus: “Sabe, o que você está fazendo muita gente pode fazer melhor. Mas aquilo para o qual eu o chamei, não tem muita gente que sabe fazer.” Isso se repetiu por mais algumas vezes, até que o casal compreendeu que Deus os direcionava, após dois anos de “aposentadoria”, a retornar ao ministério pastoral de tempo integral. Em 2010, o pr. Shinze Yahiro, da igreja de Londrina, e o sr. Luiz Suzuki procuraram o casal com a proposta de assumirem a nova igreja que se formava em Assaí. O sr. Luiz já conhecia o pr. Wanderley dos tempos em que este havia sido o seu pastor na Igreja Metodista, em Assaí mesmo. Neste ano, o casal recebeu formalmente a nomeação por parte da Diretoria da Convenção, depois de já estar servindo há algum tempo na localidade. Com um ministério ativo de evangelização, visitas e cuidado pastoral, o pr. Wanderley comenta que se sente “em casa” ao pastorear uma igreja Holiness. Fala com empolgação sobre retomar a evangelização no Paraná. Ao ler o livro da história da denominação, soube que uma marca importante no início da caminhada Holiness foram os Cultos de Santificação, característica também de vários dos seus anos de trabalho pastoral. Dessa forma, o casal de pastores, na casa dos 70 anos, renova sua consagração e prossegue com ânimo e disposição no trabalho do Senhor. Liana Goya Abril/Maio/Junho de 2012 Novos Obreiros Editorial Pr. Wanderley e a pra. Clara recebem a posse da DC e a benção da diretoria da IEH de Londrina Valores Holiness Bíblia como regra de fé e prática, ensinada de forma fiel e contextualizada Palavra de Deus ou “mãe de todas as heresias”? Todas as igrejas evangélicas afirmam que a Bíblia é a sua “única regra infalível de fé e prática”, ou seja, a única autoridade para sua teologia. Contudo, dependendo de como a interpretamos, podemos chegar a conclusões bem diferentes e, não raro, a doutrinas e práticas estranhas. E é por isso que se diz também com frequência que “a Bíblia é a mãe de todas as heresias”. Se a Bíblia vai ser ou não a Palavra de Deus para nós hoje depende de como a interpretamos e aplicamos. Deus nos deu a revelação registrada na Bíblia de modo progressivo, ao longo da história, comunicando-se com os seres humanos inseridos em sua própria cultura e época. Ou seja, Deus em cada momento comunicou sua mensagem de modo que as pessoas podiam entendê-la em sua língua e em seu contexto histórico-social. E com frequência, a compreensão que os primeiros receptores da revelação tiveram de uma passagem bíblica era bem diferente da que boa parte dos cristãos tem hoje do mesmo texto. Por exemplo,“roupa de homem”em Deuteronômio 22.5 não significava para os israelitas do tempo de Moisés calça comprida ou bermuda, mas roupa com formato de vestido, com algum detalhe que a caracterizava como masculina. A moda mudou muito desde Moisés... Bíblia, livro para hoje e para todas as épocas Essa Palavra de Deus tinha mensagem relevante não só para nós hoje, mas também para os seus primeiros ouvintes ou leitores, e para todas as pessoas em todos os lugares e em todos os tempos. Isso significa, por exemplo, que o livro de Malaquias não foi escrito só para os cristãos de hoje que precisam aprender sobre o dízimo, mas primeiro para os judeus do Século V a.C. que, tendo voltado do cativeiro, necessitavam se arrepender de novo e, depois deles, para todos os crentes mergulhados em desânimo, ceticismo e infidelidade. E o Apocalipse não visava somente a ensinar sobre o fim do mundo a nós hoje, mas a encorajar primeiro os cristãos perseguidos pelo impe- Interprete as palavras da Bíblia à luz de seu contexto histórico e social, e interprete as partes da Bíblia à luz do seu todo rador Domiciano no fim do Século I e, depois, todos os crentes de todas as épocas submetidos a sofrimento por amor a Cristo. Dicas para uso correto da Bíblia Ao estudar uma passagem bíblica, portanto, precisamos primeiro tentar entender qual era a mensagem de Deus para os primeiros ouvintes ou leitores da Palavra dentro de seu contexto e, depois, meditar sobre como essa mensagem se aplica hoje a nós em nosso contexto bem diferente. Devemos também comparar nossas conclusões sobre um texto com o que a Bíblia ensina em outros trechos. Uma vez que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (II Tm 3.16), não podemos aceitar uma interpretação que coloque a Escritura contra a própria Escritura. Precisamos observar sempre a regra fundamental da hermenêutica bíblica (ciência e arte da interpretação bíblica): “a Escritura interpreta a própria Escritura”, ou seja, a Bíblia explica a própria Bíblia. Na prática, devemos seguir sempre dois princípios básicos: “interprete as palavras da Bíblia à luz de seu contexto histórico e social”; e “interprete as partes da Bíblia à luz do seu todo”. E devemos sempre avaliar nossa interpretação à luz da vida e do ensino de Jesus Cristo, o nosso padrão. Por exemplo,“cruz” não é só “dificuldade” ou “provação”. Para Jesus e seus ouvintes,“tomar a cruz” significava carregar o madeiro e caminhar para o local de execução sob o ódio da multidão. Como isso se aplica à nossa vida hoje? Um valor inegociável A Igreja Holiness é herdeira da Reforma Protestante, que resgatou a Palavra e a traduziu para a linguagem do povo. John Wesley, que fincou nossas raízes, disse: “Sou homem de um livro só”. Nossa igreja nasceu quando homens de Deus leram a Palavra, meditaram sobre como ela se aplicava à sua vida (nem sempre com a devida exatidão acadêmica) e obedeceram prontamente. Continuemos a usar todos os recursos disponíveis hoje para interpretar corretamente, viver e ensinar a Palavra. Pr. Norio Yamakami Pastor da IEH de Americanópolis/SP 3 Expandindo o Reino de Deus no Paraná O 2º Concílio da 3ª Região aconteceu entre os dias 25 e 27 de maio, nas dependências do Aca Shalom, em Londrina. Participaram cerca de 50 pessoas, entre pastores, cooperadores e representantes das igrejas de Curitiba, Londrina e Maringá e dos pontos missionários de Assaí, Foz do Iguaçu e Paranaguá. O presidente esteve presente com mais dois membros da Diretoria da Convenção. Pela segunda vez consecutiva, o tema foi “Expandindo o Reino de Deus no Paraná”. A palavra igreja, ou ekklesia, significa chamados para fora, lembrou o pr. Shinze Yahiro, coordenador da região na abertura do concílio. A 3ª Região é a menor de todas as da denominação em número de igrejas, que se concentram no estado do Paraná. Elas têm características semelhantes: apresentam forte presença nikkei, são financeiramente autossustentáveis, compõem-se, na maioria, por pessoas mais jovens e têm pastores com perfis parecidos – eles são jovens, mantêm boa amizade e trabalham em cooperação. Isso se reflete na região, onde as igrejas têm trabalhado em intensa cooperação mútua. O projeto para a região é ousado: dobrar o número de igrejas a partir dos três novos pontos já criados, que têm sido fortalecidos nos últimos anos. Apesar de cada ponto estar sob a responsabilidade de uma igreja local, o que se percebe é que os membros das três igrejas entendem isso como um projeto comum e se consideram incluídos tanto nas ações de todos os locais. A Congregação de Assaí trouxe pedido de parceria para a aquisição de um terreno com construção, para abrigar a igreja que está crescendo. Paranaguá está com o alvo de ter algum obreiro residindo na cidade, para dar maior apoio aos trabalhos. Foz do Iguaçu compartilhou os seus desafios. Ouvindo os relatórios e as necessidades, o presidente Luiz Hashimoto desafiou os presentes a orar para que mais pessoas se disponham a sair de seu lugar e ir aonde Deus lhes indicar. “Enxergar as coisas para fora (da igreja) dá retorno e faz parte da vitalidade da igreja”, avalia a pra. Yokimi Yuaça, membro da DC. Kengi Itinose (IEH Curitiba), que já participou de vários concílios gerais, reconhece a importância de entender melhor a realidade de outras regiões e também vê benefícios na realização dos encontros regionais. A vantagem, para ele, é que é possível identificar pontos, dificuldades e experiências das igrejas da região. Dessa forma, é possível obter cooperação e soluções mais adaptáveis para uma realidade parecida. Com esse objetivo de coope- Wanderley Nunes A região planeja dobrar de tamanho Novo endereço da igreja, Rua Pres. Kennedy 195 Participantes do 2º Concílio da 3ª Região Luiz Adriano Teruya Abril/Maio/Junho de 2012 Concílios Regionais 4 ração, sete grupos de ministério comuns às três igrejas estiveram reunidos. Kelvin Nakamura (IEH de Maringá), que esteve presente no grupo da mocidade, considerou importante ver a realidade das outras igrejas e ter motivos mais específicos de oração. Isso também ajuda a levantar projetos, como, por exemplo, o fortalecimento da Federação das Mocidades do Paraná. Fábio Sakama, da IEH de Londrina, que se reuniu com o grupo de ministério de louvor, concorda, dizendo “Você encontra outros, compartilha, se encoraja e se ajuda”. O Pr. Marcos Nomura (IEH Maringá) reflete sobre o concílio: “Foi um momento de informação, desafios e ampliação da nossa visão de igreja local e crescimento, em cumprimento ao chamado do Senhor para este estado”. Foi um concílio muito inspirador, segundo a pra.Yokimi Yuaça, opinião compartilhada pelo pr. Luiz Hashimoto, que acrescentou:“O que impressiona é a ação conjunta das três igrejas da região e o ambiente de unidade que existe entre elas”. No culto de encerramento, o pr. Luiz Hashimoto congratulou os irmãos da 3ª Região sobre a expansão no Paraná e os convidou a continuar esse projeto com vida de santidade. O desafio final foi para que a santidade, a marca Holiness, também seja a semente para os novos campos que florescem. Missões Foz do Iguaçu, arando o novo campo Semente que frutifica e se multiplica P or vários dias e semanas seguidas, a rotina era a mesma. Olhar os sobrenomes de japoneses da lista telefônica, localizar seus endereços em outra lista, envelopar um folheto em português e outro em japonês e orar para que a palavra de Deus frutificasse nos locais para onde os folhetos estavam sendo destinados. Essa era a orientação do pr. Kinji Kajimura para Heloisa Matsuo (posteriormente Shimabukuro), quando era secretária da igreja de Curitiba, no final dos anos 90. Foram vários envelopes e muitos folhetos – de 20 a 30 cartas por semana. Não se sabe se a maioria deles chegou ao destino ou se alguém jogou fora, leu ou teve a vida impactada. uma igreja, mas não se adaptaram; aí, lembraram-se daquela igreja de japoneses.“Quem sabe ali a gente se dá melhor”, disse Márcia, lembrando-se do folheto recebido anos antes. Naquele mesmo mês, o casal foi à Igreja Holiness de Curitiba. Dias depois, o pr. Edu e esposa, acompanhados de mais um casal, visitaram-nos e apresentaramlhes o plano de salvação. O casal Omoto recebeu a palavra com alegria, entregando as suas vidas a Jesus. Depois disso, não deixaram de frequentar os cultos, os grupos familiares e as reuniões da igreja. Em pouco tempo, estavam auxiliando na liderança do curso de Educação de Filhos à Maneira de Deus (GFI). Alegria do encontro Semeando a semente De um deles, porém, sabemos o destino. Um dos envelopes foi parar na casa do casal Celso e Márcia Omoto. Anos antes, aproximadamente em 1995, um irmão de Márcia tinha lhes dado uma bíblia. Quando, em 1999, Celso ganhou uma agenda no trabalho, logo escreveu no espaço reservado a janeiro de 2000: “Procurar uma igreja”. E assim foi. Em janeiro de 2000, Celso disse para Márcia que gostaria de procurar uma igreja. Márcia não entendeu o porquê dessa necessidade e respondeu que a vida estava muito bem daquele jeito; então, para que procurar igreja? Celso respondeu que sentia um vazio e tinha a sensação de que faltava algo. Tentaram O primeiro encontro do casal Omoto com Heloisa ocorreu no dia 25 de maio de 2012, durante o concílio da 3ª Região. O encontro foi pleno de alegria e satisfação, especialmente pela condição em que os Omoto se encontram neste momento – profissionais missionários em novas terras. O casal Omoto, antes membro da IEH de Curitiba, mudou-se para Foz do Iguaçu em 2006, por causa do trabalho de Celso. Foram com o desafio lançado pelo pr. Key, seu pastor à época, de começar um trabalho Holiness na cidade. Em 2011, o casal recebeu visita regular dos pastores das três igrejas da região, que começaram a realizar cultos mensais na casa dos Omoto, a fim de estabelecer um trabalho na cidade. Em 2012, os cultos passaram a ser realizados semanalmente aos domingos, além das reuniões para estudo bíblico e visitações com assistência do pr. Marcos Nomura e da Igreja de Maringá. O casal Omoto não tem medido esforços para atender solicitamente os interessados no evangelho. Frutificando em outras terras Vindo de outra cidade, o casal tem se esforçado por fazer amizade com os colegas de trabalho e se integrar à comunidade nikkei local. O desafio, agora, é firmar as bases do trabalho, ainda que com o olho esticado para o lado paraguaio, tão carente do evangelho. Há necessidade de mais trabalhadores para a obra do Senhor, tão promissora quanto vasta. Conforme desafiou Heloisa no culto de encerramento do concílio, que o Senhor da Seara levante mais trabalhadores para serem suas testemunhas tanto em Foz do Iguaçu, Maringá, como em Assaí, Londrina, Paranaguá, Curitiba e até os confins da terra. Alguém se dispõe? Celso e Márcia Omoto e Heloisa Shimabukuro 5 Abril/Maio/Junho de 2012 Temas Estratégicos Ministérios relevantes A visão é para 2016, mas muitas igrejas já a alcançaram. Conheça os ministérios relevantes da Igreja Ho A tuar com ministérios que respondam às necessidades de uma sociedade com demandas crescentes e diversas, a fim de contribuir para uma sociedade melhor, é um dos Temas Estratégicos da Visão Holiness 2016. São eles: • Temos um ministério operante de apoio a idosos e cuidadores. • Usamos eficientemente as ferramentas de comunicação disponíveis. • Somos uma igreja que atende às novas demandas espirituais, sociais e familiares, incluindo as pessoas com necessidades especiais e os excluídos da sociedade. • Temos ministério de apoio aos dekasseguis e seus familiares. • Temos um ministério forte e relevante de crianças, adolescentes e jovens. Apoio a idosos e cuidadores Algumas igrejas têm investido em ministérios de apoio a idosos com encontros regulares, sejam semanais, mensais ou semestrais. Na igreja do Bosque (SP), há aproximadamente 30 anos existe o Niji-no-kai, encontro de idosos isseis (japoneses de 1ª geração), cujo desafio é evangelizá-los. Durante esse tempo, 30 pessoas aceitaram a Cristo. O cadastro conta com 92 pessoas registradas, sendo 20 membros da igreja. Os idosos se sentem confortáveis por poderem falar a língua materna e comerem a comida típica, conforme a senhora Shinko Takagi, responsável pelo ministério. A igreja de Maringá (PR) reúne semanalmente cerca de 40 pessoas da língua japonesa, além da classe específica para isseis na Escola Dominical. Alguns membros da igreja também cooperam na administração do asilo Lar de Cristo da cidade. 6 Várias igrejas fazem reuniões semestrais, como Tupã (SP) e Santo André (SP). A programação envolve exames básicos de saúde, brincadeiras, karaokê, almoço e uma meditação. Pessoas de outras religiões são bem aceitas e cativadas com a recepção do grupo. Ainda existe a necessidade de cuidadores de cuidadores de idosos. A tendência atual é que haja cuidadores familiares e cuidadores profissionais, devido ao grande número de idosos que não conseguem vagas em asilos. A pastora Kátia Suzuki, de Santo André, fez o curso de cuidadores de idosos e integra o Grupo de Trabalho com Idosos e Cuidadores, ainda em formação. Segundo ela, a ideia é dar apoio a esses cuidadores, que também precisam de cuidados devido ao desgaste da situação. Ferramentas de comunicação Programas de áudio e vídeos online possibilitam a transmissão dos cultos ao vivo e podem ser armazenados para ser vistos depois. Em 2010, a igreja de Vila Sônia (SP) transmitiu um culto fúnebre realizado no Brasil para membros que estavam fora do país. Há igrejas que transmitem os cultos ao vivo ou pouco tempo depois de encerrados, via online. Esses arquivos ficam armazenados em programas e estão disponíveis para ser acessa- Dinâmica com Shinko Takagi Igrejas, acampamentos e ministérios têm investido em diversas redes sociais dos a qualquer momento. As igrejas do Bosque (SP) e de Londrina (PR) já dispõem dessa tecnologia. Curitiba posta as mensagens no site da igreja em áudio. A igreja de Campo Grande (MS) possui uma equipe de 15 pessoas que se alternam nessa área. Henrique Shuto coordena a equipe, que inclui operadores de câmeras, um responsável pelo áudio e vídeo e alguém para fazer a divulgação nas redes sociais. Os cultos de sábado dos jovens e os cultos de domingo são transmitidos, além de vídeos e clipes musicais editados. Um mix dessa comunicação integrada pode ser visto no evento de adoração Adore 2012, que aconteceu em Panorama. A equipe reuniu vídeos, fotos, podcasts (áudios) e divulgação via redes sociais. O resultado vale a pena ser conferido em: http://adore2012.tumblr.com/ http://adore2012.tumblr.com/updatevideos http://www.livestream.com/adore2012 liness do Brasil E por falar em mídia, a igreja de Pompeia (SP) começou recentemente um programa de rádio aos sábados, na rádio Millenium da cidade. Há também várias igrejas que mantêm sites, blogs e perfis nas redes sociais. Publicações também têm sido um instrumento para evangelização. O devocionário Cada Dia com Deus, organizado pelos pastores Mitsuo e Sizue Namba, tem a tiragem de mil exemplares a cada ano em português, além da versão em japonês. Com textos escritos pelos próprios membros das igrejas, o objetivo é “apresentar a Holiness e, utilizá-lo como ferramenta para evangelização”, diz Sizue. Excluídos da Sociedade Nesse campo há várias iniciativas, como os institutos denominacionais Amar, de Suzano (SP), e Aba, no bairro de Itaquera, na cidade de São Paulo. Ambos trabalham com crianças carentes. Além desses, há programas como o da igreja de Jetuba (SP), que em parceria com a prefeitura de Caraguatatuba utiliza a quadra da igreja para aulas de judô, três vezes por semana. Uma das moças que começou a fazer aula é membro da igreja e está indo para o campeonato paulista da Federação Paulista de Judô. A igreja de Cuiabá (MT) faz um cultinho para cerca de 50 crianças no bairro de Jardim Fortaleza e, ao final, distribui lanches, que é única refeição do dia para muitas delas, segundo Michelle Igarashi, coordenadora do ministério. Já a igreja de São José dos Campos (SP) atua na área de educação, com aulas semanais de alfabetização de adultos (Alfalit) há 10 anos. Nesse tempo, aproximadamente 60 pessoas terminaram o curso com novas perspectivas de vida. Norio e Lucy Yamakami, pastores da igreja de Americanópolis (SP), coordenam o Acampamento Conte Comigo, que visa a levar crianças e mães de baixa renda para um acampamento diferenciado. Os custos são cobertos por pessoas que “apadrinham”esses acampantes e a equipe é formada por voluntários. Iniciativas pessoais como essa acontecem em outras áreas, como a Carreta da Saúde organizada pelo dr. Roberto Kikawa (SP), que leva a saúde aos que têm menos acesso a ela: www.projetocies.org.br/ Grupo Flechas de Luz, de Maringá index.php Ministério com crianças, adolescentes e jovens Os acampamentos da denominação são trabalhos bem consolidados e atingem aproximadamente 200 pessoas em cada temporada, entre crianças, adolescentes e jovens. Além disso, há os ministérios denominados King’s Kids – grupos de artes, esportes ou serviço ligados à organização missionária Jovens com uma Missão (Jocum) –, como o Holy Art (Campo Grande/ MS), Karis Kids (Curitiba/PR) e o Louvarte (Londrina/PR). Aliás, a dança em seus mais variados estilos tem atraído muitos jovens para grupos específicos. Em Maringá (PR), o grupo Flechas de Luz faz coreografias ensaiadas, en- Ministério de adoração através da dança, em Bastos quanto em Bastos (SP) o grupo não ensaia, mas adora espontaneamente a cada culto. Na igreja do Bosque (SP), os jovens e adolescentes ensaiam o Street Dance, uma modalidade conhecida como dança de rua que utiliza um estilo de música e movimentos bem diferenciados. Em várias igrejas da denominação, atrativos como músicas, esportes, aulas de idiomas e muito mais têm sido oferecidos aos jovens, que são um dos pontos fortes da nossa igreja. Acampamento Conte Comigo tem como foco crianças e mães de baixa renda Enfim... Sim, temos muitos ministérios frutificando. Mas ainda há muito a se fazer: apoio a dekasseguis e familiares, a pessoas com necessidades especiais e aos próprios cuidadores de idosos, como consta nos Temas Estratégicos. Refletir em como cada igreja local pode atuar e em como eu, como membro local, também posso contribuir é o nosso desafio até 2016. 7 Abril/Maio/Junho de 2012 Valor Holiness Unidade e diversidade no Espírito Santo E sse tema-valor tem dois pontos focais em tensão criativa. Duas expressões fazem contraste com o que está na elipse. Antônimos do nosso valor, “Unidade e Uniformidade”, “Diversidade e Desunião” divergem e desvirtuam o que desejamos ressaltar, formando um conjunto completamente desinteressante para nós. Unidade Diversidade “Uniformidade” é decorrência de uma unidade pobre. E “desunião” é decorrência pobre da diversidade. Elas perdem a tensão criativa que a conjunção de Unidade com Diversidade implica. I. Unidade Espiritual e Diversidade de línguas, origens e culturas “Unidade e Diversidade”, em Ef 2,3 e 4, trata de como os cristãos judeus devem acolher os novos cristãos gentios como membros de uma única família de Deus. “Gentios” – no caso, gregos, romanos e pagãos de diferentes tipos – denota diversidade étnica, linguística e cultural. Diversidade que continua com a posição sócio-econômica-educacional. No Pentecostes (At 2.7-11), vemos o milagre da comunicação realizada pelo Espírito Santo, autor da unidade espiritual, ao se ouvir as 8 grandezas de Deus proferidas por pessoas de grande diversidade de línguas, origens e culturas. Esse evento pontual e profético ao nascer da igreja primitiva vai se cumprindo à medida que avançam as missões nos diversos quadrantes do mundo. O resultado na historia da igreja e das missões está em Ap 7.9. 1. Ao valorizar a Unidade e Diversidade no Espírito Santo, dizemos, nós que inicialmente éramos étnica, linguística e culturalmente uniformemente japoneses, que agora estamos a caminho de uma diversidade maior. Irmãos de outras etnias são muito bem-vindos como dons de Deus para o nosso crescimento e amadurecimento. 2. Significa também que damos muito valor à vida e ao ministério de nossos irmãos que trabalham entre outros grupos, seja no Japão, China, Índia, nordeste do Brasil, Tinga, Castanhal, Cuiabá ou Sapezal. Sabemos que cada grupo humano tem, da parte de Deus, dons e talentos que, entregues no altar do Senhor, serão santificados e servirão para testemunho, ensino e edificação. II. Unidade no Senhor e Diversidade de Ministérios Em Efésios, é mencionada a Diversidade de Ministérios (4.11) e a Unidade do Senhor (4.5, 11, 13). Em cada igreja local e na denominação, temos obreiras e obreiros com uma diversidade de dons, talentos e ministérios concedidos por Deus. “Os dons (espirituais) são diversos mas o Espírito é o mesmo” (12.4). Assim, os serviços e ministérios que se realizam provêm de um só Espírito (1 Co 12 e 13). A figura do corpo humano ilustra como, na Igreja, há diversidade de funções, mas todos colaboram para a obra do ministério. Há menção de “órgãos que parecem mais fracos”, “menos dignos”, “não decorosos”, mas todos são necessários e importantes. Há também uma pequena hierarquização de funções (12.28). O apóstolo pede que os mais fracos ou os aparentemente menos dignos ou honrosos recebam atenção especial (12.22-24); e enfatiza que a grande lei que prevalece no corpo é a lei da unidade orgânica e a mutualidade (cf 12.26). III. Unidade do Reino de Deus e Diversidade Denominacional Quando há espírito de unidade, cada iniciativa recebe o apoio necessário, e tudo se torna possível. Quando há desunião, até os recursos presentes na igreja se tornam inoperantes e inúteis. Na unidade, dom de Deus, até projetos que parecem grandes e difíceis demais tornam-se factíveis por meio de recursos antes escondidos que o Senhor torna visíveis e efetivamente úteis no avanço do Reino. Um recurso aparentemente pequenino, num clima de unidade espiritual, é multiplicado pelo Senhor e pelos irmãos que o apoiam. Nas mãos do Senhor, o resultado pode ser inesperadamente grande. Pr. Key Yuasa Pastor da IEH da Liberdade/SP Valor Holiness Busca de uma vida de intimidade com Deus I ntimidade com Deus é um relacionamento com ele. A revelação de Deus como Trindade mostra a própria natureza de Deus. Deus não é um eterno solitário, mas uma comunhão de pessoas que se relacionam dinamicamente, numa coreografia, numa dança eterna que forma uma única essência. Ao criar o ser humano e lhe dar a sua imagem e semelhança, Deus quis que os homens, embora criaturas, participassem desse relacionamento. Para isso, os seres humanos teriam que ser livres e assim, livremente, participar dessa comunhão com a Trindade. A perda da intimidade Infelizmente, houve uma ruptura quando o ser humano escolheu ser autônomo e seguir o seu próprio caminho. Ao quebrar esse relacionamento com Deus, surgiram outras rupturas. Houve ruptura dentro do próprio homem. Gênesis 3 diz que Adão sentiu medo e vergonha e se escondeu de Deus. Ele não conseguia mais se relacionar adequadamente consigo. Ao fugir de Deus, Adão fugiu de si mesmo. Sentiu vazio, inadequação, culpa, complexo. Houve ruptura com o próximo, na ocasião representado por Eva. Da cooperação, comunhão e complementaridade surgiu a acusação. Eles não conseguiam relacionar-se mais “sem roupa”. Houve também ruptura com a Natureza, que se tornou hostil. É nesse contexto que se desenvolve a vida e a história dos homens. Desgraças naturais, injustiça, violência, sofrimento, transtornos de ordem pessoal e social e, por fim, morte. A única razão para a existência da história humana é que Deus se propôs redimir, resgatar e salvar os homens e a natureza, mesmo que isso custasse a sua vida. Toda a história bíblica é a história de Deus agindo para a salvação, que culmina com a vinda do próprio Deus ao mundo dos homens na pessoa de Jesus. O retorno à intimidade perdida O ponto culminante da obra de Cristo para a salvação foi a cruz. Antes de ir para a cruz, em Jo 17, Je- Jesus está pedindo pela restauração do relacionamento perdido... Deus nunca desistiu da sua criação sus faz uma oração conhecida como sacerdotal, uma conversa entre ele e o Pai. Jesus pede que sejamos santificados, para que possamos ser um com ele e com o Pai, assim como Eles são um. Isso significa que Jesus está pedindo a recuperação, a restauração da comunhão, do relacionamento perdido pela rebelião ocorrida no Éden. Deus nunca desistiu da sua criação – para isso Jesus foi para a Cruz. Mediante o sacrifício de Cristo e pelo seu sangue, somos santificados, perdoados, justificados, purificados. Graças a isso, agora podemos voltar ao seio de Deus. O apóstolo Paulo diz que agora temos paz com Deus (Rm 5.1) e Hebreus diz que, com ousadia, podemos adentrar o Santo dos Santos. Em Cristo Jesus, e somente nele, podemos começar a restabelecer o relacionamento pessoal com Deus, pois esse sempre foi, é e será a Sua intenção para conosco. Por isso a Bíblia diz que, quando algum perdido volta a Deus, há uma explosão de alegria no Céu. Sobre esse assunto, não seria melhor colocar coisas práticas como “10 passos para ter intimidade com Deus”? Para mim, se não entendermos esse ato de Deus em Cristo para nos santificar como a base do nosso relacionamento e comunhão com o Senhor, facilmente podemos cair no legalismo dos fariseus ou no orgulho humanista. A profundidade do nosso pecado, só Deus pode resolver. Só ele pode nos limpar, purificar, santificar para que possamos ser novamente admitidos à Sua presença três vezes Santa. Pela fé, somos chamados a começar e desenvolver essa comunhão com o nosso Criador. Nesse contexto, todas as disciplinas espirituais, como oração, leitura bíblica, meditação, jejuns, têm o seu lugar. À medida que caminhamos com esse Alguém, vamos crescendo na intimidade, até aquele dia em que Paulo e João afirmam que vamos vê-lo face a face. Um dia, veremos o mundo restaurado. Nesse dia, vamos olhar para a história pessoal, da humanidade e do mundo e afirmar, com o coração pleno de gratidão e alegria: valeu a pena existir! Pr. Hitoshi Watanabe Pastor da IEH de Campinas/SP 9 Talitha Minaguchi Abril/Maio/Junho de 2012 Fatos e Notas Concílio 3ª Região As igrejas do estado do Paraná (Curitiba, Londrina e Maringá) realizaram o seu 2º Concílio Regional entre os dias 25 e 27 de maio, nas dependências do Acampamento Shalom, em Londrina. Help Tohoku Foi realizado na Semana Santa, de 6 a 8 de abril, o já tradicional Retiro de Páscoa da 2ª Região. Embora algumas igrejas não tenham podido participar, o número de pessoas foi bem significativo, 130. O preletor foi o pr. Roberto Shinze Yahiro, da IEH de Londrina. Leia mais em: http://holiness.org.br/horah/?p=522 Mocidade da 3ª Região As mocidades das igrejas de Curitiba, Londrina e Maringá realizaram o seu retiro entre os dias 6 e 8 de abril em Maringá. O tema do evento foi “Jovens transformando o Paraná”, e o preletor foi o pr. Santareno Miranda. Leia mais em: http://holiness.org.br/horah/?p=490 Falecimento No dia 6 de abril, o sr. Kentaro Teruya, pai dos ministros Ezequiel, Haroldo e Liliam Teruya faleceu aos 80 anos, em decorrência de acidente com máquina agrícola, a cerca de 30 km de Presidente Prudente. Foi socorrido pelo pr. Haroldo em sua propriedade, no município de Santo Expedito, mas não resistiu, vindo a falecer na Santa Casa de Presidente Prudente. O funeral foi realizado no dia 7 de abril, com a presença de muitos pastores, que foram prestar suas condolências à família. 1ª Região B Cerca de 160 pessoas das igrejas de Campinas, Suzano, Jetuba, Tinga e São José dos Campos, que compõem a 1ª Região B, reuniram-se nos dias 21 e 22 de abril em Santa Isabel, nas proximidades de Jacareí. 10 O 2º Encontrão realizado pela região teve como objetivo promover e aperfeiçoar a comunhão entre as igrejas. Assuntos como igreja emergente, igreja eletrônica, mega igrejas e igreja bíblica foram apresentados pelos pastores, seguidos de um fórum para debates. “A proposta principal foi levar cada um a refletir e, juntos, chegar a conclusões e ampliar a visão e o conhecimento sobre o tema”, explica Silas Yamamoto. Participantes do Retiro de Páscoa da 2ª Região Reunião da DC A Diretoria da Convenção esteve reunida para sessão ordinária entre os dias 4 e 6 de junho, na cidade de Pompeia/SP. Festa Caipira Missões no Peru O pr. Luiz Hashimoto, presidente da CIEHB, e o pr. Augusto (Guto) Umeki, Diretor do Depto. de Missões, fizeram uma viagem missionária ao Peru entre os dias 18 e 22 de maio. Os pastores estiveram em Lima para conhecer a “Mision Cristiana Holiness”, que tem o irmão Francis Oishi à frente do trabalho. Conte Comigo Um grupo de voluntários liderados pelo pr. Norio e por Lucy Yamakami realizou, de 18 a 20 de maio, no Aca Shalom, mais um acampamento “Conte Comigo”, destinado a crianças que participam dos projetos sociais da Igreja Holiness. Estiveram presentes 40 crianças e adolescentes, 5 mães e 38 voluntários. A participação das crianças e adolescentes dos projetos foi possível graças ao apadrinhamento de pessoas que custearam suas despesas no evento. http://holiness.org.br/horah/?p=600 No dia 2 de junho, foi realizada a 17ª edição da Festa Caipira, em São Paulo. Com uma forte influência japonesa, a Festa Caipira ofereceu pratos como udom, yakisoba e tempurá, oferecidos pelas igrejas da 1ª Região. A renda do evento é destinada ao Instituto Amar Holiness, em Suzano, e ao Instituto Aba Holiness, em Itaquera. Neste ano, o evento contou com o auxílio dos irmãos de Niterói e da Elisa, de Tangará da Serra. Agradecimentos Eduardo Goya Mocidade da 2ª Região A Caravana Holiness de ajuda à Região Nordeste do Japão (Tohoku), afetada pelo tsunami do ano passado, foi realizada de 26 de maio a 1º de junho, na cidade de Kesennuma, com cerca de 10 voluntários de Toyota e Toyohashi. A outra caravana parte para lá no dia 29 de junho. Da esq. para a dir.: Alcyneu Zemmuner (Instituto Amar), Mário Koga (Instituto Aba), pr. Luiz Hashimoto (presidente da DC) e Ciro Minei (organizador da Festa Caipira) Reclamações, críticas ou sugestões? Mande um e-mail para [email protected] Visite também o Hora H Online no endereço http://holiness.org.br/horah/ Retiro de Pastores 1ª Região Os pastores e suas famílias estiveram reunidos em retiro nas dependências da IEH Americanópolis, entre os dias 7 e 9 de junho. Arquivo pessoal especiais a todos os que contribuíram para o sucesso do evento. realizou o seu tradicional bazar com a venda de materiais doados no dia 16 de junho. A renda será utilizada na conclusão da construção das instalações físicas do projeto. Informações: Rosa Saito (11) 2071-9554 ou Érica Aguena (11) 2071-8077. Retorno ao Japão Concílio da 4ª Região O concílio da 4ª Região foi realizado entre os dias 7 e 10 de junho, na cidade de Três Lagoas. O tema do evento foi: “Cidadão do Reino – Santidade, Compromisso e Missão”, com o texto-base de At 28.31. Bazar do Aba O Instituto Aba Holiness, localizado em Itaquera, na cidade de São Paulo, O casal de missionários japoneses Harutoshi e Chiharu Miura, da Missão Sul América (Nambei Senkyo kai), retornou no dia 26 de junho ao Japão, após 14 anos de cooperação com a IE Holiness do Brasil. Os missionários serviram principalmente na cidade de Manaus, à frente da escola de ensino fundamental mantida pela missão e em cooperação com a Holiness local. Outras notícias no Hora H Online Festa da Cidade em Tangará: http:// holiness.org.br/horah/?p=595 Projeto de Saúde em Paranaguá: Maiku, Yohei, Chiharu e Harutoshi Miura http://holiness.org.br/horah/?p=589 “O Segredo da Tartanina” recebe o Prêmio Areté: http://holiness.org.br/ horah/?p=564 Agenda Pastores da 2ª Região X-Camp 2 Os pastores da 2ª Região reúnem-se em retiro nos dias 12 e 13 de junho, nas dependências do Aca Panorama. Aca Japão As igrejas Holiness brasileiras no Japão realizarão um acampamento de verão para crianças e jovens nos dias 28 de agosto a 2 de setembro. O preletor do Aca é o pr. Hiroshi Nishigori do Seminário Bíblico de Tóquio. Depto. de Educação De 26 a 29 de junho, o Depto. de Educação realizará o Módulo Especial de Treinamento para Obreiros em Formação, nas dependências da igreja do Bosque. Os temas de estudo serão: Panorama do Velho Testamento, Teologia do Velho Testamento e Aconselhamento Pastoral. Informações: pra. Yokimi Yuaça, pelo e-mail yokimiy@ yahoo.com.br, ou pastores Fábio e Cristiane Yunomae, pelo e-mail [email protected] Concílio Região Japão Na edição anterior (Hora H 56), foi informado que o concílio do Japão ocorreria nos dias 3 e 4 de maio, em Shizuoka. O evento não foi realizado nessa data, pela impossibilidade da ida de um membro da DC. A nova data marcada para o concílio da Região Japão é 11 e 12 de agosto, em Shizuoka. amor de Deus no maior festival da comunidade nikkei do Brasil. Concílio Regional Skate, hip-hop, street dance, grafite, DJ, pirofagia, batalha freestyle (rap) estão no programa do X-Camp 2, que ocorrerá no Aca Panorama, de 6 a 9 de julho. Mais informações: A 2ª Região se reunirá em concílio de 7 a 9 de setembro, nas dependências do Aca Panorama. O tema do concílio será “Quem somos, o que pretendemos”e o preletor será o pr. Key Yuasa, da IEH da Liberdade. www.acampamentopanorama.com.br O concílio da 1ª Região está marcado para os dias 21 e 22 de setembro, no Recanto Canaã, em Santa Izabel. Festival do Japão Encontro de Mulheres As igrejas da 1ª Região marcarão presença no Festival do Japão, que será realizado de 13 a 15 de julho, em São Paulo, servindo a comunidade no Espaço da 3ª Idade. Boa oportunidade de manifestar o Nos dias 15 e 16 de setembro, será realizado o terceiro Encontro de Mulheres, em Pompeia. A missionária Tais Machado falará sobre o tema “Fragilidade e Força”. Informações: [email protected] 11 Abril/Maio/Junho de 2012 Grão de Mostarda Emaús: encontros inesperados E ncontrei, ou melhor, encontramos Jesus. Estávamos indo pelo caminho que leva a Emaús eu e meu amigo Cleopas, parente do Senhor. Encontramo-nos com o Senhor quando não queríamos encontrar ninguém. Queríamos ficar sozinhos com nossas indignações e indagações. Por que o mataram? E agora, como fica a esperança que depositamos nele? Era essa a nossa conversa, quando da sombra de um cipreste surgiu a silhueta que não reconhecemos ser do Senhor. De nós se aproximou como quem ia para onde íamos. Como alguém que nada sabia sobre o que acontecera ao Senhor. Curioso, indagou-nos a razão de nossas perplexidades. Encontramo-nos com o Senhor onde não esperávamos encontrá-lo. Falávamos dele como se fosse de um morto. Um corpo a se desfazer no silencioso e fétido sepulcro de José de Arimateia. Todavia, ei-lo ali conosco, ouvindo-nos falar dele como se ele ali não estivesse. Esperávamos impressioná-lo com nossa falta de esperança. Impressionou-nos ao fim de nosso encontro que a esperança que julgávamos perdida encontrounos quando a julgávamos sepultada para sempre. Encontramo-nos com o Senhor numa hora em que não imaginávamos. No crepúsculo, tudo parece sombrio. As trevas começam a prevalecer. O ambiente lúgubre parece levar consigo os últimos raios de esperança de um novo amanhecer. Tal era o estado de nossa alma. Que momento mais estranho para aparecer! Por que não esperou amanhecer e associar essa revelação ao despontar da aurora? Por que escolheu o entardecer? Será que ele quis contrastar a revelação que haveria de fazer ao sentimento de nossa alma e ao que víamos com nossos olhos? Encontramo-nos com o Senhor no partilhar da sua Palavra bendita. A começar daquilo que escreveu Moisés, ele começou a nos descortinar o que jamais havíamos visto. Quantas vezes havíamos lido Moisés e os Profetas? Nunca havíamos associado aquelas palavras antigas à bendita pessoa do Senhor. Naquele partilhar das Escrituras, ficamos sabendo de quem elas falavam. Encontramos nelas um novo significado. Nunca mais a leremos da forma como líamos antes de encontrálo naquele caminho de Emaús. Cada sentença, cada frase, cada porção das Escrituras se encontra saturada de sua presença graciosa e santa. Ela se tornou para nós o que já era desde o princípio: testemunha viva do ressurreto Senhor. Encontramos-nos com o Senhor ao redor da humilde mesa da comunhão. Uma mesa humilde, ao rés do chão batido. Um catre duro e empoeirado parecia macio e confortável. Uma mesa que nos envergonharíamos de oferecer a um nobre viajante, todavia, única de que dispúnhamos, serviu para comportar o maior de todos os banquetes de que dois mortais poderiam participar. Quase nos esquecemos de trazer o pão. Cleopas não queria perder uma só palavra que ele nos dizia. Muito menos eu. Antes do pão de cereal, o agradável pão da alma foi servido com fartura. Encontramo-nos com o Senhor no partir do pão da comunhão. Ao partir o pão que lhe entregamos às mãos, qual raio de um novo dia, uma luz brilhou em seus olhos. Não pudemos nos conter, não havia mais dúvida: era o Senhor, o Cristo ressurreto. Olhamos firmemente para ele, vimo-lo por um relance partindo o pão e dizendo, agora com o olhar: sou eu, estou vivo e falo convosco! Parecia tudo muito confuso, como desaparecera? Parecia tudo muito claro, nós o havíamos encontrado no caminho, andado com ele até ali, sentado à mesa com ele e vimo-lo partir o pão. Sabíamos que havíamos encontrado o Senhor. Mas será que nós realmente o havíamos encontrado? Não seria ele que nos havia encontrado? Nossa esperança agora é: encontrarmo-nos novamente com ele em sua casa, ao redor de sua mesa, quando, enfim, ele mesmo partirá o pão eterno da eterna e doce comunhão. Pr. Marcos Henrique de Araújo Pastor da IEH de Pompeia/SP Hora H é uma publicação da Igreja Evangélica Holiness do Brasil. Presidente: Luiz Hashimoto. Vice-presidente: Sérgio Yuaça. Redação: Cibele Sugano, Liliana Watanabe, Liana Goya. Edição: Liana Goya. Revisão: Edison M. de Rosa. Projeto gráfico e diagramação: Fernando Oki. Tiragem desta edição: 2.200 exemplares. Correspondência: Rua Berta, 216 – São Paulo/SP – CEP 04120-040. E-mail: [email protected] 12