Boletim Informativo da Igreja Evangélica Holiness do Brasil
Ano XVI
No 57
Abr-Mai-Jun/2012
Servir ao Senhor
com qualidade
Mordomia do que Deus nos confiou
N
o mês de abril nós,
trabalhadores brasileiros,
somos obrigados a fazer
nossa declaração do imposto de
renda. É um momento de correcorre para conseguir todos os
documentos comprobatórios do
ano-base. Cada vez mais, a Receita
Federal está fechando o cerco por
meio de cruzamentos de dados
com computadores superpotentes, e o número de contribuintes
retidos na malha fina tem crescido
ano a ano. O que acontece no
âmbito pessoal também extrapola
para o âmbito institucional.
A Convenção das Igrejas
Evangélicas Holiness do Brasil é
uma organização religiosa sem fins
lucrativos e como tal também está
sujeita às leis brasileiras, porque
“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há
autoridade que não venha de Deus; as
autoridades que existem foram por ele
estabelecidas” (Rm 13.1). Nesse sentido, devemos enviar corretamente
os dados e documentos aos órgãos
competentes.
Há mais de 15 anos, a Diretoria
da Convenção (DC), interessada
em se ajustar à legislação brasileira,
contratou um escritório de contabilidade especializado em instituições religiosas, que organizou os
documentos fiscais e contábeis da
denominação. Com a conclusão
desse trabalho, o próximo passo
foi a emancipação administrativa
das igrejas, obtendo para cada uma
o Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), número que as
identifica na Receita Federal.
A DC também está, há algum
tempo, fortalecendo os seus departamentos. Hoje, temos oito departamentos independentes ligados à
DC, cujo diretor nem sempre é um
membro da diretoria.
A regionalização já é uma
realidade. Neste ano, acontecerá
o segundo Concílio Regional em
cada uma das quatro regiões do
Brasil. Até então, os concílios eram
anuais e centralizados.
Conforme proposta aprovada
em um dos Concílios, foi estabelecido que o presidente da DC não
deve ser pastor titular da igreja
para onde foi nomeado e o seu
tempo de trabalho terá como prioridade as atividades da DC. Dessa
forma, seria desejável que residisse
onde se localiza a Sede Nacional
da Convenção. O que faltava se
concretizou no começo deste ano
com, a mudança do presidente
para São Paulo.
Com a descentralização, a DC
tem procurado atender e cumprir
as decisões conciliares definidas
pela Assembleia Geral. Também tem promovido mudanças
para atender às necessidades da
legislação do país. Dessa forma,
pensamos estar colaborando com
a obra que Deus nos confiou,
fazendo-nos mordomos fiéis.
Da mesma maneira, desejamos
que cada igreja local e cada membro das igrejas exerça com zelo o
seu ministério. Que as igrejas locais
e suas diretorias também procurem
atender às solicitações com qualidade e no tempo previsto, para
o bom andamento de todo esse
processo, visto que as suas ações
têm impactos na estrutura geral.
“Tudo o que fizerem, façam de
todo o coração, como para o Senhor,
e não para os homens, sabendo que
receberão do Senhor a recompensa
da herança. É a Cristo, o Senhor, que
vocês estão servindo.” Cl 3.23-24
Ciro Y. Minei
Membro da
Diretoria da
Convenção e
membro da
IEH do Bosque
A boa
semente
que
frutifica
a cem
por um
O
s concílios deste ano
serão realizados nas
regiões, com um enfoque mais local. Nesta edição,
você vai saber um pouco mais
sobre os projetos, os sonhos e
as ações da 3ª Região. Os planos de expansão do evangelho
entusiasmam pelo prenúncio
de novas vidas.
Nos Temas Estratégicos,
conheça o que fazemos como
Igreja Evangélica Holiness do
Brasil. Como num mural de
oportunidades, conhecemos
vários ministérios. São muitas
possibilidades de atuação.
Tão importante quanto ver
as realidades de forma mais
localizada e pontual é saber
como caminhar rumo ao futuro
como uma só família de fé.
Para isso, vamos refletir em
mais três valores que sinalizam
o que é ser Holiness. Conhecendo a realidade de nossos
irmãos, vivamos a verdade de
Jesus como parte do mesmo
Corpo de Cristo, sob a bandeira da santidade.
Que o Senhor nos ajude a
manter vivos os sonhos Dele
para nossa Igreja, a arregaçar
as nossas mangas para o imenso trabalho a ser feito e a plantar as boas sementes vindas do
seu depósito.
2
Novos pastores
de longa data
“Eu o chamei”
A
IEH do Brasil recebe mais
um casal de ministros para
o campo de Assaí, no norte
do Paraná. O pr. Wanderley Nunes
da Costa e a pra. Clara, paulistas
de nascimento, são casados há 49
anos, têm duas filhas naturais e
uma de coração e mais 5 netos.
O pr. Wanderley e a pra. Clara
iniciaram o ministério pastoral
em 1968, auxiliando a Igreja
Metodista de Mandaguari. Pastorearam mais de 10 igrejas, várias
das quais plantadas por eles no
Paraná, em Santa Catarina e no
Mato Grosso. Por duas ocasiões,
o pr. Wanderley exerceu a função
de Superintendente na Igreja Metodista, cargo equivalente ao de
Coordenador de Região na nossa
denominação.
Em 2007, foi jubilado pela
Igreja, esperando desfrutar de
tranquila aposentadoria após anos
de trabalho cuidando do rebanho
do Senhor. Sem se desvincular
totalmente do trabalho pastoral,
auxiliava uma igreja Batista em
Rondonópolis e experimentava
o cuidado de outro rebanho, o
de gado bovino, quando Deus o
chamou novamente.
Sentado num trator, o pr.
Wanderley ouviu de Deus: “Sabe, o
que você está fazendo muita gente
pode fazer melhor. Mas aquilo
para o qual eu o chamei, não tem
muita gente que sabe fazer.” Isso
se repetiu por mais algumas vezes,
até que o casal compreendeu
que Deus os direcionava, após
dois anos de “aposentadoria”, a
retornar ao ministério pastoral de
tempo integral.
Em 2010, o pr. Shinze Yahiro,
da igreja de Londrina, e o sr. Luiz
Suzuki procuraram o casal com
a proposta de assumirem a nova
igreja que se formava em Assaí. O
sr. Luiz já conhecia o pr. Wanderley dos tempos em que este
havia sido o seu pastor na Igreja
Metodista, em Assaí mesmo. Neste
ano, o casal recebeu formalmente
a nomeação por parte da Diretoria da Convenção, depois de já
estar servindo há algum tempo na
localidade.
Com um ministério ativo de
evangelização, visitas e cuidado
pastoral, o pr. Wanderley comenta que se sente “em casa” ao pastorear uma igreja Holiness. Fala
com empolgação sobre retomar a
evangelização no Paraná. Ao ler o
livro da história da denominação,
soube que uma marca importante
no início da caminhada Holiness
foram os Cultos de Santificação,
característica também de vários dos seus anos de trabalho
pastoral.
Dessa forma, o casal de pastores, na casa dos 70 anos, renova
sua consagração e prossegue com
ânimo e disposição no trabalho do
Senhor.
Liana Goya
Abril/Maio/Junho de 2012
Novos Obreiros
Editorial
Pr. Wanderley e a pra. Clara recebem a posse da DC e a benção
da diretoria da IEH de Londrina
Valores Holiness
Bíblia como regra de fé e
prática, ensinada de forma
fiel e contextualizada
Palavra de Deus ou “mãe de
todas as heresias”?
Todas as igrejas evangélicas afirmam que a Bíblia é a sua “única
regra infalível de fé e prática”, ou
seja, a única autoridade para sua
teologia. Contudo, dependendo de
como a interpretamos, podemos
chegar a conclusões bem diferentes
e, não raro, a doutrinas e práticas
estranhas. E é por isso que se diz
também com frequência que “a
Bíblia é a mãe de todas as heresias”.
Se a Bíblia vai ser ou não a
Palavra de Deus para nós hoje
depende de como a interpretamos e
aplicamos. Deus nos deu a revelação registrada na Bíblia de modo
progressivo, ao longo da história,
comunicando-se com os seres
humanos inseridos em sua própria
cultura e época. Ou seja, Deus em
cada momento comunicou sua
mensagem de modo que as pessoas
podiam entendê-la em sua língua e
em seu contexto histórico-social.
E com frequência, a compreensão que os primeiros receptores da
revelação tiveram de uma passagem
bíblica era bem diferente da que
boa parte dos cristãos tem hoje do
mesmo texto. Por exemplo,“roupa
de homem”em Deuteronômio 22.5
não significava para os israelitas do
tempo de Moisés calça comprida ou
bermuda, mas roupa com formato
de vestido, com algum detalhe que
a caracterizava como masculina. A
moda mudou muito desde Moisés...
Bíblia, livro para hoje e para
todas as épocas
Essa Palavra de Deus tinha mensagem relevante não só para nós hoje,
mas também para os seus primeiros
ouvintes ou leitores, e para todas as
pessoas em todos os lugares e em
todos os tempos. Isso significa, por
exemplo, que o livro de Malaquias
não foi escrito só para os cristãos de
hoje que precisam aprender sobre o
dízimo, mas primeiro para os judeus
do Século V a.C. que, tendo voltado
do cativeiro, necessitavam se arrepender de novo e, depois deles, para
todos os crentes mergulhados em
desânimo, ceticismo e infidelidade.
E o Apocalipse não visava somente
a ensinar sobre o fim do mundo a
nós hoje, mas a encorajar primeiro
os cristãos perseguidos pelo impe-
Interprete as
palavras da Bíblia à
luz de seu contexto
histórico e social, e
interprete as partes
da Bíblia à luz do
seu todo
rador Domiciano no fim do Século I
e, depois, todos os crentes de todas
as épocas submetidos a sofrimento
por amor a Cristo.
Dicas para uso correto da Bíblia
Ao estudar uma passagem bíblica,
portanto, precisamos primeiro
tentar entender qual era a mensagem de Deus para os primeiros
ouvintes ou leitores da Palavra
dentro de seu contexto e, depois,
meditar sobre como essa mensagem se aplica hoje a nós em nosso
contexto bem diferente.
Devemos também comparar
nossas conclusões sobre um texto
com o que a Bíblia ensina em
outros trechos. Uma vez que “toda
a Escritura é inspirada por Deus”
(II Tm 3.16), não podemos aceitar
uma interpretação que coloque a
Escritura contra a própria Escritura.
Precisamos observar sempre a regra fundamental da hermenêutica
bíblica (ciência e arte da interpretação bíblica): “a Escritura interpreta a própria Escritura”, ou seja, a
Bíblia explica a própria Bíblia.
Na prática, devemos seguir
sempre dois princípios básicos:
“interprete as palavras da Bíblia à
luz de seu contexto histórico e social”; e “interprete as partes da Bíblia à luz do seu todo”. E devemos
sempre avaliar nossa interpretação
à luz da vida e do ensino de Jesus
Cristo, o nosso padrão. Por exemplo,“cruz” não é só “dificuldade”
ou “provação”. Para Jesus e seus
ouvintes,“tomar a cruz” significava
carregar o madeiro e caminhar
para o local de execução sob o ódio
da multidão. Como isso se aplica à
nossa vida hoje?
Um valor inegociável
A Igreja Holiness é herdeira da
Reforma Protestante, que resgatou
a Palavra e a traduziu para a linguagem do povo. John Wesley, que
fincou nossas raízes, disse: “Sou
homem de um livro só”. Nossa
igreja nasceu quando homens de
Deus leram a Palavra, meditaram
sobre como ela se aplicava à sua
vida (nem sempre com a devida
exatidão acadêmica) e obedeceram
prontamente.
Continuemos a usar todos os
recursos disponíveis hoje para
interpretar corretamente, viver e
ensinar a Palavra.
Pr. Norio
Yamakami
Pastor da IEH
de Americanópolis/SP
3
Expandindo o Reino de Deus no Paraná
O
2º Concílio da 3ª Região
aconteceu entre os dias
25 e 27 de maio, nas
dependências do Aca Shalom,
em Londrina. Participaram cerca
de 50 pessoas, entre pastores,
cooperadores e representantes
das igrejas de Curitiba, Londrina
e Maringá e dos pontos missionários de Assaí, Foz do Iguaçu e
Paranaguá. O presidente esteve
presente com mais dois membros
da Diretoria da Convenção.
Pela segunda vez consecutiva, o
tema foi “Expandindo o Reino de
Deus no Paraná”. A palavra igreja,
ou ekklesia, significa chamados
para fora, lembrou o pr. Shinze
Yahiro, coordenador da região na
abertura do concílio.
A 3ª Região é a menor de todas
as da denominação em número de
igrejas, que se concentram no estado do Paraná. Elas têm características semelhantes: apresentam forte
presença nikkei, são financeiramente autossustentáveis, compõem-se,
na maioria, por pessoas mais jovens
e têm pastores com perfis parecidos
– eles são jovens, mantêm boa amizade e trabalham em cooperação.
Isso se reflete na região, onde as
igrejas têm trabalhado em intensa
cooperação mútua.
O projeto para a região é ousado: dobrar o número de igrejas a
partir dos três novos pontos já criados, que têm sido fortalecidos nos
últimos anos. Apesar de cada ponto
estar sob a responsabilidade de
uma igreja local, o que se percebe
é que os membros das três igrejas
entendem isso como um projeto
comum e se consideram incluídos
tanto nas ações de todos os locais.
A Congregação de Assaí trouxe
pedido de parceria para a aquisição
de um terreno com construção, para
abrigar a igreja que está crescendo.
Paranaguá está com o alvo de ter
algum obreiro residindo na cidade,
para dar maior apoio aos trabalhos.
Foz do Iguaçu compartilhou os seus
desafios. Ouvindo os relatórios e
as necessidades, o presidente Luiz
Hashimoto desafiou os presentes
a orar para que mais pessoas se
disponham a sair de seu lugar e ir
aonde Deus lhes indicar.
“Enxergar as coisas para fora
(da igreja) dá retorno e faz parte
da vitalidade da igreja”, avalia a
pra. Yokimi Yuaça, membro da DC.
Kengi Itinose (IEH Curitiba), que já
participou de vários concílios gerais,
reconhece a importância de entender melhor a realidade de outras
regiões e também vê benefícios na
realização dos encontros regionais.
A vantagem, para ele, é que é possível identificar pontos, dificuldades
e experiências das igrejas da região.
Dessa forma, é possível obter
cooperação e soluções mais adaptáveis para uma realidade parecida.
Com esse objetivo de coope-
Wanderley Nunes
A região planeja dobrar de tamanho
Novo endereço da igreja,
Rua Pres.
Kennedy 195
Participantes
do 2º Concílio
da 3ª Região
Luiz Adriano Teruya
Abril/Maio/Junho de 2012
Concílios Regionais
4
ração, sete grupos de ministério
comuns às três igrejas estiveram
reunidos. Kelvin Nakamura (IEH de
Maringá), que esteve presente no
grupo da mocidade, considerou importante ver a realidade das outras
igrejas e ter motivos mais específicos de oração. Isso também ajuda a
levantar projetos, como, por exemplo, o fortalecimento da Federação
das Mocidades do Paraná. Fábio
Sakama, da IEH de Londrina, que
se reuniu com o grupo de ministério de louvor, concorda, dizendo
“Você encontra outros, compartilha,
se encoraja e se ajuda”.
O Pr. Marcos Nomura (IEH
Maringá) reflete sobre o concílio:
“Foi um momento de informação,
desafios e ampliação da nossa
visão de igreja local e crescimento,
em cumprimento ao chamado do
Senhor para este estado”.
Foi um concílio muito inspirador, segundo a pra.Yokimi Yuaça,
opinião compartilhada pelo pr. Luiz
Hashimoto, que acrescentou:“O que
impressiona é a ação conjunta das
três igrejas da região e o ambiente
de unidade que existe entre elas”.
No culto de encerramento, o
pr. Luiz Hashimoto congratulou
os irmãos da 3ª Região sobre a
expansão no Paraná e os convidou a
continuar esse projeto com vida de
santidade. O desafio final foi para
que a santidade, a marca Holiness,
também seja a semente para os
novos campos que florescem.
Missões
Foz do Iguaçu, arando
o novo campo
Semente que frutifica e se multiplica
P
or vários dias e semanas seguidas, a rotina
era a mesma. Olhar os
sobrenomes de japoneses da
lista telefônica, localizar seus
endereços em outra lista, envelopar um folheto em português
e outro em japonês e orar para
que a palavra de Deus frutificasse
nos locais para onde os folhetos estavam sendo destinados.
Essa era a orientação do pr. Kinji
Kajimura para Heloisa Matsuo
(posteriormente Shimabukuro),
quando era secretária da igreja
de Curitiba, no final dos anos 90.
Foram vários envelopes e muitos
folhetos – de 20 a 30 cartas por
semana. Não se sabe se a maioria
deles chegou ao destino ou se
alguém jogou fora, leu ou teve a
vida impactada.
uma igreja, mas não se adaptaram;
aí, lembraram-se daquela igreja
de japoneses.“Quem sabe ali a
gente se dá melhor”, disse Márcia,
lembrando-se do folheto recebido
anos antes.
Naquele mesmo mês, o casal
foi à Igreja Holiness de Curitiba.
Dias depois, o pr. Edu e esposa,
acompanhados de mais um casal,
visitaram-nos e apresentaramlhes o plano de salvação. O casal
Omoto recebeu a palavra com
alegria, entregando as suas vidas
a Jesus. Depois disso, não deixaram de frequentar os cultos, os
grupos familiares e as reuniões da
igreja. Em pouco tempo, estavam
auxiliando na liderança do curso
de Educação de Filhos à Maneira
de Deus (GFI).
Alegria do encontro
Semeando a semente
De um deles, porém, sabemos o
destino. Um dos envelopes foi
parar na casa do casal Celso e
Márcia Omoto. Anos antes, aproximadamente em 1995, um irmão
de Márcia tinha lhes dado uma
bíblia. Quando, em 1999, Celso
ganhou uma agenda no trabalho,
logo escreveu no espaço reservado
a janeiro de 2000: “Procurar uma
igreja”. E assim foi.
Em janeiro de 2000, Celso disse
para Márcia que gostaria de procurar uma igreja. Márcia não entendeu o porquê dessa necessidade e
respondeu que a vida estava muito
bem daquele jeito; então, para que
procurar igreja? Celso respondeu
que sentia um vazio e tinha a sensação de que faltava algo. Tentaram
O primeiro encontro do casal
Omoto com Heloisa ocorreu no
dia 25 de maio de 2012, durante o
concílio da 3ª Região. O encontro
foi pleno de alegria e satisfação,
especialmente pela condição em
que os Omoto se encontram neste
momento – profissionais missionários em novas terras.
O casal Omoto, antes membro
da IEH de Curitiba, mudou-se para
Foz do Iguaçu em 2006, por causa
do trabalho de Celso. Foram com
o desafio lançado pelo pr. Key,
seu pastor à época, de começar
um trabalho Holiness na cidade.
Em 2011, o casal recebeu visita regular dos pastores das três
igrejas da região, que começaram
a realizar cultos mensais na casa
dos Omoto, a fim de estabelecer
um trabalho na cidade. Em 2012,
os cultos passaram a ser realizados semanalmente aos domingos,
além das reuniões para estudo
bíblico e visitações com assistência
do pr. Marcos Nomura e da Igreja
de Maringá. O casal Omoto não
tem medido esforços para atender
solicitamente os interessados no
evangelho.
Frutificando em outras terras
Vindo de outra cidade, o casal tem
se esforçado por fazer amizade
com os colegas de trabalho e se
integrar à comunidade nikkei
local. O desafio, agora, é firmar as
bases do trabalho, ainda que com
o olho esticado para o lado paraguaio, tão carente do evangelho.
Há necessidade de mais trabalhadores para a obra do Senhor, tão
promissora quanto vasta. Conforme desafiou Heloisa no culto
de encerramento do concílio, que
o Senhor da Seara levante mais
trabalhadores para serem suas
testemunhas tanto em Foz do
Iguaçu, Maringá, como em Assaí,
Londrina, Paranaguá, Curitiba e
até os confins da terra. Alguém se
dispõe?
Celso e
Márcia Omoto
e Heloisa
Shimabukuro
5
Abril/Maio/Junho de 2012
Temas Estratégicos
Ministérios relevantes
A visão é para 2016, mas muitas igrejas já a alcançaram. Conheça os ministérios relevantes da Igreja Ho
A
tuar com ministérios que
respondam às necessidades de uma sociedade com demandas crescentes e
diversas, a fim de contribuir para
uma sociedade melhor, é um
dos Temas Estratégicos da Visão
Holiness 2016. São eles:
• Temos um ministério operante
de apoio a idosos e cuidadores.
• Usamos eficientemente as ferramentas de comunicação disponíveis.
• Somos uma igreja que atende
às novas demandas espirituais,
sociais e familiares, incluindo as
pessoas com necessidades especiais e os excluídos da sociedade.
• Temos ministério de apoio aos
dekasseguis e seus familiares.
• Temos um ministério forte e relevante de crianças, adolescentes
e jovens.
Apoio a idosos e cuidadores
Algumas igrejas têm investido
em ministérios de apoio a idosos
com encontros regulares, sejam
semanais, mensais ou semestrais. Na igreja do Bosque (SP), há
aproximadamente 30 anos existe o
Niji-no-kai, encontro de idosos isseis
(japoneses de 1ª geração), cujo desafio é evangelizá-los. Durante esse
tempo, 30 pessoas aceitaram a Cristo. O cadastro conta com 92 pessoas
registradas, sendo 20 membros da
igreja. Os idosos se sentem confortáveis por poderem falar a língua
materna e comerem a comida típica,
conforme a senhora Shinko Takagi,
responsável pelo ministério.
A igreja de Maringá (PR) reúne
semanalmente cerca de 40 pessoas
da língua japonesa, além da classe
específica para isseis na Escola Dominical. Alguns membros da igreja
também cooperam na administração
do asilo Lar de Cristo da cidade.
6
Várias igrejas fazem reuniões
semestrais, como Tupã (SP) e
Santo André (SP). A programação
envolve exames básicos de saúde,
brincadeiras, karaokê, almoço e
uma meditação. Pessoas de outras
religiões são bem aceitas e cativadas com a recepção do grupo.
Ainda existe a necessidade de
cuidadores de cuidadores de idosos. A tendência atual é que haja
cuidadores familiares e cuidadores
profissionais, devido ao grande
número de idosos que não conseguem vagas em asilos. A pastora
Kátia Suzuki, de Santo André, fez
o curso de cuidadores de idosos e
integra o Grupo de Trabalho com
Idosos e Cuidadores, ainda em
formação. Segundo ela, a ideia é
dar apoio a esses cuidadores, que
também precisam de cuidados
devido ao desgaste da situação.
Ferramentas de comunicação
Programas de áudio e vídeos online
possibilitam a transmissão dos
cultos ao vivo e podem ser armazenados para ser vistos depois. Em
2010, a igreja de Vila Sônia (SP)
transmitiu um culto fúnebre realizado no Brasil para membros que
estavam fora do país. Há igrejas
que transmitem os cultos ao vivo
ou pouco tempo depois de encerrados, via online. Esses arquivos
ficam armazenados em programas
e estão disponíveis para ser acessa-
Dinâmica com
Shinko Takagi
Igrejas, acampamentos e
ministérios
têm investido
em diversas
redes sociais
dos a qualquer momento. As igrejas do Bosque (SP) e de Londrina
(PR) já dispõem dessa tecnologia.
Curitiba posta as mensagens no
site da igreja em áudio.
A igreja de Campo Grande (MS)
possui uma equipe de 15 pessoas
que se alternam nessa área. Henrique Shuto coordena a equipe, que
inclui operadores de câmeras, um
responsável pelo áudio e vídeo e
alguém para fazer a divulgação nas
redes sociais. Os cultos de sábado
dos jovens e os cultos de domingo
são transmitidos, além de vídeos e
clipes musicais editados. Um mix
dessa comunicação integrada pode
ser visto no evento de adoração
Adore 2012, que aconteceu em
Panorama. A equipe reuniu vídeos,
fotos, podcasts (áudios) e divulgação via redes sociais. O resultado
vale a pena ser conferido em:
http://adore2012.tumblr.com/
http://adore2012.tumblr.com/updatevideos
http://www.livestream.com/adore2012
liness do Brasil
E por falar em mídia, a igreja de
Pompeia (SP) começou recentemente um programa de rádio aos
sábados, na rádio Millenium da
cidade. Há também várias igrejas
que mantêm sites, blogs e perfis nas
redes sociais.
Publicações também têm sido
um instrumento para evangelização. O devocionário Cada Dia com
Deus, organizado pelos pastores
Mitsuo e Sizue Namba, tem a tiragem de mil exemplares a cada ano
em português, além da versão em
japonês. Com textos escritos pelos
próprios membros das igrejas, o
objetivo é “apresentar a Holiness
e, utilizá-lo como ferramenta para
evangelização”, diz Sizue.
Excluídos da Sociedade
Nesse campo há várias iniciativas,
como os institutos denominacionais Amar, de Suzano (SP), e Aba,
no bairro de Itaquera, na cidade de
São Paulo. Ambos trabalham com
crianças carentes. Além desses,
há programas como o da igreja de
Jetuba (SP), que em parceria com a
prefeitura de Caraguatatuba utiliza
a quadra da igreja para aulas de
judô, três vezes por semana. Uma
das moças que começou a fazer
aula é membro da igreja e está
indo para o campeonato paulista
da Federação Paulista de Judô.
A igreja de Cuiabá (MT) faz um
cultinho para cerca de 50 crianças
no bairro de Jardim Fortaleza e, ao
final, distribui lanches, que é única
refeição do dia para muitas delas,
segundo Michelle Igarashi, coordenadora do ministério.
Já a igreja de São José dos Campos (SP) atua na área de educação,
com aulas semanais de alfabetização de adultos (Alfalit) há 10 anos.
Nesse tempo, aproximadamente
60 pessoas terminaram o curso
com novas perspectivas de vida.
Norio e Lucy Yamakami, pastores
da igreja de Americanópolis (SP),
coordenam o Acampamento Conte
Comigo, que visa a levar crianças
e mães de baixa renda para um
acampamento diferenciado. Os
custos são cobertos por pessoas que
“apadrinham”esses acampantes e a
equipe é formada por voluntários.
Iniciativas pessoais como essa
acontecem em outras áreas, como
a Carreta da Saúde organizada
pelo dr. Roberto Kikawa (SP), que
leva a saúde aos que têm menos
acesso a ela: www.projetocies.org.br/
Grupo Flechas de Luz, de Maringá
index.php
Ministério com crianças, adolescentes e jovens
Os acampamentos da denominação são trabalhos bem consolidados e atingem aproximadamente
200 pessoas em cada temporada,
entre crianças, adolescentes e jovens. Além disso, há os ministérios
denominados King’s Kids – grupos de artes, esportes ou serviço
ligados à organização missionária
Jovens com uma Missão (Jocum) –,
como o Holy Art (Campo Grande/
MS), Karis Kids (Curitiba/PR) e o
Louvarte (Londrina/PR).
Aliás, a dança em seus mais
variados estilos tem atraído muitos
jovens para grupos específicos. Em
Maringá (PR), o grupo Flechas de
Luz faz coreografias ensaiadas, en-
Ministério de adoração através
da dança, em Bastos
quanto em Bastos (SP) o grupo não
ensaia, mas adora espontaneamente
a cada culto. Na igreja do Bosque
(SP), os jovens e adolescentes ensaiam o Street Dance, uma modalidade conhecida como dança de rua
que utiliza um estilo de música e
movimentos bem diferenciados.
Em várias igrejas da denominação, atrativos como músicas,
esportes, aulas de idiomas e muito
mais têm sido oferecidos aos jovens, que são um dos pontos fortes
da nossa igreja.
Acampamento
Conte Comigo tem como
foco crianças e
mães de baixa
renda
Enfim...
Sim, temos muitos ministérios
frutificando. Mas ainda há muito a
se fazer: apoio a dekasseguis e familiares, a pessoas com necessidades
especiais e aos próprios cuidadores
de idosos, como consta nos Temas
Estratégicos.
Refletir em como cada igreja local
pode atuar e em como eu, como
membro local, também posso contribuir é o nosso desafio até 2016.
7
Abril/Maio/Junho de 2012
Valor Holiness
Unidade e diversidade
no Espírito Santo
E
sse tema-valor tem dois
pontos focais em tensão
criativa. Duas expressões
fazem contraste com o que está
na elipse. Antônimos do nosso
valor, “Unidade e Uniformidade”,
“Diversidade e Desunião” divergem e desvirtuam o que desejamos
ressaltar, formando um conjunto
completamente desinteressante
para nós.
Unidade
Diversidade
“Uniformidade” é decorrência
de uma unidade pobre. E “desunião” é decorrência pobre da
diversidade. Elas perdem a tensão
criativa que a conjunção de Unidade com Diversidade implica.
I. Unidade Espiritual e Diversidade de línguas, origens e
culturas
“Unidade e Diversidade”, em
Ef 2,3 e 4, trata de como os
cristãos judeus devem acolher
os novos cristãos gentios como
membros de uma única família de
Deus. “Gentios” – no caso, gregos,
romanos e pagãos de diferentes
tipos – denota diversidade étnica,
linguística e cultural. Diversidade que continua com a posição
sócio-econômica-educacional. No
Pentecostes (At 2.7-11), vemos o
milagre da comunicação realizada pelo Espírito Santo, autor da
unidade espiritual, ao se ouvir as
8
grandezas de Deus proferidas por
pessoas de grande diversidade de
línguas, origens e culturas. Esse
evento pontual e profético ao
nascer da igreja primitiva vai se
cumprindo à medida que avançam
as missões nos diversos quadrantes do mundo. O resultado na
historia da igreja e das missões
está em Ap 7.9.
1. Ao valorizar a Unidade e
Diversidade no Espírito Santo,
dizemos, nós que inicialmente éramos étnica, linguística e
culturalmente uniformemente
japoneses, que agora estamos
a caminho de uma diversidade
maior. Irmãos de outras etnias
são muito bem-vindos como
dons de Deus para o nosso crescimento e amadurecimento.
2. Significa também que damos
muito valor à vida e ao ministério de nossos irmãos que trabalham entre outros grupos, seja
no Japão, China, Índia, nordeste
do Brasil, Tinga, Castanhal,
Cuiabá ou Sapezal. Sabemos
que cada grupo humano tem,
da parte de Deus, dons e talentos que, entregues no altar do
Senhor, serão santificados e servirão para testemunho, ensino e
edificação.
II. Unidade no Senhor e Diversidade de Ministérios
Em Efésios, é mencionada a Diversidade de Ministérios (4.11) e
a Unidade do Senhor (4.5, 11, 13).
Em cada igreja local e na denominação, temos obreiras e obreiros
com uma diversidade de dons,
talentos e ministérios concedidos
por Deus.
“Os dons (espirituais) são diversos
mas o Espírito é o mesmo” (12.4).
Assim, os serviços e ministérios
que se realizam provêm de um só
Espírito (1 Co 12 e 13).
A figura do corpo humano
ilustra como, na Igreja, há diversidade de funções, mas todos
colaboram para a obra do ministério. Há menção de “órgãos que
parecem mais fracos”, “menos
dignos”, “não decorosos”, mas
todos são necessários e importantes.
Há também uma pequena
hierarquização de funções (12.28).
O apóstolo pede que os mais
fracos ou os aparentemente menos dignos ou honrosos recebam
atenção especial (12.22-24); e
enfatiza que a grande lei que
prevalece no corpo é a lei da
unidade orgânica e a mutualidade
(cf 12.26).
III. Unidade do Reino de Deus e
Diversidade Denominacional
Quando há espírito de unidade,
cada iniciativa recebe o apoio necessário, e tudo se torna possível.
Quando há desunião, até os recursos presentes na igreja se tornam
inoperantes e inúteis.
Na unidade, dom de Deus, até
projetos que parecem grandes e
difíceis demais tornam-se factíveis
por meio de recursos antes escondidos que o Senhor torna visíveis
e efetivamente úteis no avanço
do Reino. Um recurso aparentemente pequenino, num clima de
unidade espiritual, é multiplicado
pelo Senhor e pelos irmãos que
o apoiam. Nas mãos do Senhor,
o resultado pode ser inesperadamente grande.
Pr. Key Yuasa
Pastor da IEH
da Liberdade/SP
Valor Holiness
Busca de uma vida de
intimidade com Deus
I
ntimidade com Deus é um
relacionamento com ele. A revelação de Deus como Trindade
mostra a própria natureza de Deus.
Deus não é um eterno solitário, mas
uma comunhão de pessoas que se
relacionam dinamicamente, numa
coreografia, numa dança eterna que
forma uma única essência.
Ao criar o ser humano e lhe
dar a sua imagem e semelhança,
Deus quis que os homens, embora criaturas, participassem desse
relacionamento. Para isso, os seres
humanos teriam que ser livres e
assim, livremente, participar dessa
comunhão com a Trindade.
A perda da intimidade
Infelizmente, houve uma ruptura
quando o ser humano escolheu ser
autônomo e seguir o seu próprio
caminho. Ao quebrar esse relacionamento com Deus, surgiram
outras rupturas.
Houve ruptura dentro do próprio
homem. Gênesis 3 diz que Adão
sentiu medo e vergonha e se escondeu de Deus. Ele não conseguia
mais se relacionar adequadamente
consigo. Ao fugir de Deus, Adão
fugiu de si mesmo. Sentiu vazio,
inadequação, culpa, complexo.
Houve ruptura com o próximo,
na ocasião representado por Eva.
Da cooperação, comunhão e complementaridade surgiu a acusação.
Eles não conseguiam relacionar-se
mais “sem roupa”. Houve também
ruptura com a Natureza, que se
tornou hostil.
É nesse contexto que se
desenvolve a vida e a história
dos homens. Desgraças naturais,
injustiça, violência, sofrimento,
transtornos de ordem pessoal e
social e, por fim, morte.
A única razão para a existência
da história humana é que Deus se
propôs redimir, resgatar e salvar
os homens e a natureza, mesmo
que isso custasse a sua vida. Toda
a história bíblica é a história de
Deus agindo para a salvação, que
culmina com a vinda do próprio
Deus ao mundo dos homens na
pessoa de Jesus.
O retorno à intimidade perdida
O ponto culminante da obra de
Cristo para a salvação foi a cruz.
Antes de ir para a cruz, em Jo 17, Je-
Jesus está
pedindo pela
restauração do
relacionamento
perdido... Deus
nunca desistiu
da sua criação
sus faz uma oração conhecida como
sacerdotal, uma conversa entre ele
e o Pai. Jesus pede que sejamos
santificados, para que possamos
ser um com ele e com o Pai, assim
como Eles são um. Isso significa
que Jesus está pedindo a recuperação, a restauração da comunhão,
do relacionamento perdido pela
rebelião ocorrida no Éden.
Deus nunca desistiu da sua criação – para isso Jesus foi para a Cruz.
Mediante o sacrifício de Cristo
e pelo seu sangue, somos santificados, perdoados, justificados,
purificados. Graças a isso, agora
podemos voltar ao seio de Deus. O
apóstolo Paulo diz que agora temos
paz com Deus (Rm 5.1) e Hebreus
diz que, com ousadia, podemos
adentrar o Santo dos Santos.
Em Cristo Jesus, e somente nele,
podemos começar a restabelecer o
relacionamento pessoal com Deus,
pois esse sempre foi, é e será a Sua
intenção para conosco. Por isso a
Bíblia diz que, quando algum perdido volta a Deus, há uma explosão de alegria no Céu.
Sobre esse assunto, não seria
melhor colocar coisas práticas como
“10 passos para ter intimidade com
Deus”? Para mim, se não entendermos esse ato de Deus em Cristo
para nos santificar como a base do
nosso relacionamento e comunhão
com o Senhor, facilmente podemos
cair no legalismo dos fariseus ou no
orgulho humanista.
A profundidade do nosso
pecado, só Deus pode resolver.
Só ele pode nos limpar, purificar, santificar para que possamos
ser novamente admitidos à Sua
presença três vezes Santa. Pela
fé, somos chamados a começar e
desenvolver essa comunhão com
o nosso Criador. Nesse contexto,
todas as disciplinas espirituais,
como oração, leitura bíblica,
meditação, jejuns, têm o seu lugar.
À medida que caminhamos com
esse Alguém, vamos crescendo na
intimidade, até aquele dia em que
Paulo e João afirmam que vamos
vê-lo face a face.
Um dia, veremos o mundo
restaurado. Nesse dia, vamos olhar
para a história pessoal, da humanidade e do mundo e afirmar,
com o coração pleno de gratidão e
alegria: valeu a pena existir!
Pr. Hitoshi
Watanabe
Pastor da IEH
de Campinas/SP
9
Talitha Minaguchi
Abril/Maio/Junho de 2012
Fatos e Notas
Concílio 3ª Região
As igrejas do estado do Paraná
(Curitiba, Londrina e Maringá)
realizaram o seu 2º Concílio Regional entre os dias 25 e 27 de maio,
nas dependências do Acampamento Shalom, em Londrina.
Help Tohoku
Foi realizado na Semana Santa, de
6 a 8 de abril, o já tradicional Retiro
de Páscoa da 2ª Região. Embora algumas igrejas não tenham podido
participar, o número de pessoas foi
bem significativo, 130. O preletor
foi o pr. Roberto Shinze Yahiro, da
IEH de Londrina. Leia mais em:
http://holiness.org.br/horah/?p=522
Mocidade da 3ª Região
As mocidades das igrejas de Curitiba, Londrina e Maringá realizaram o seu retiro entre os dias 6 e
8 de abril em Maringá. O tema do
evento foi “Jovens transformando
o Paraná”, e o preletor foi o pr.
Santareno Miranda. Leia mais em:
http://holiness.org.br/horah/?p=490
Falecimento
No dia 6 de abril, o sr. Kentaro
Teruya, pai dos ministros Ezequiel,
Haroldo e Liliam Teruya faleceu aos
80 anos, em decorrência de acidente com máquina agrícola, a cerca de
30 km de Presidente Prudente. Foi
socorrido pelo pr. Haroldo em sua
propriedade, no município de Santo
Expedito, mas não resistiu, vindo a
falecer na Santa Casa de Presidente
Prudente. O funeral foi realizado
no dia 7 de abril, com a presença de
muitos pastores, que foram prestar
suas condolências à família.
1ª Região B
Cerca de 160 pessoas das igrejas de
Campinas, Suzano, Jetuba, Tinga e
São José dos Campos, que compõem a 1ª Região B, reuniram-se
nos dias 21 e 22 de abril em Santa
Isabel, nas proximidades de Jacareí.
10
O 2º Encontrão realizado pela região
teve como objetivo promover e
aperfeiçoar a comunhão entre as
igrejas. Assuntos como igreja emergente, igreja eletrônica, mega igrejas
e igreja bíblica foram apresentados
pelos pastores, seguidos de um
fórum para debates. “A proposta
principal foi levar cada um a refletir
e, juntos, chegar a conclusões e ampliar a visão e o conhecimento sobre
o tema”, explica Silas Yamamoto.
Participantes
do Retiro de
Páscoa da
2ª Região
Reunião da DC
A Diretoria da Convenção esteve
reunida para sessão ordinária entre
os dias 4 e 6 de junho, na cidade
de Pompeia/SP.
Festa Caipira
Missões no Peru
O pr. Luiz Hashimoto, presidente da CIEHB, e o pr. Augusto
(Guto) Umeki, Diretor do Depto.
de Missões, fizeram uma viagem
missionária ao Peru entre os dias 18
e 22 de maio. Os pastores estiveram
em Lima para conhecer a “Mision
Cristiana Holiness”, que tem o irmão
Francis Oishi à frente do trabalho.
Conte Comigo
Um grupo de voluntários liderados pelo pr. Norio e por Lucy
Yamakami realizou, de 18 a 20 de
maio, no Aca Shalom, mais um
acampamento “Conte Comigo”,
destinado a crianças que participam dos projetos sociais da Igreja
Holiness. Estiveram presentes
40 crianças e adolescentes, 5 mães
e 38 voluntários. A participação
das crianças e adolescentes dos
projetos foi possível graças ao
apadrinhamento de pessoas que
custearam suas despesas no evento. http://holiness.org.br/horah/?p=600
No dia 2 de junho, foi realizada a
17ª edição da Festa Caipira, em São
Paulo. Com uma forte influência
japonesa, a Festa Caipira ofereceu
pratos como udom, yakisoba e
tempurá, oferecidos pelas igrejas
da 1ª Região. A renda do evento
é destinada ao Instituto Amar
Holiness, em Suzano, e ao Instituto
Aba Holiness, em Itaquera. Neste
ano, o evento contou com o auxílio
dos irmãos de Niterói e da Elisa, de
Tangará da Serra. Agradecimentos
Eduardo Goya
Mocidade da 2ª Região
A Caravana Holiness de ajuda à
Região Nordeste do Japão (Tohoku),
afetada pelo tsunami do ano passado, foi realizada de 26 de maio a 1º
de junho, na cidade de Kesennuma,
com cerca de 10 voluntários de
Toyota e Toyohashi. A outra caravana
parte para lá no dia 29 de junho.
Da esq. para a dir.: Alcyneu Zemmuner (Instituto Amar), Mário Koga (Instituto Aba), pr. Luiz
Hashimoto (presidente da DC) e Ciro Minei
(organizador da Festa Caipira)
Reclamações, críticas ou sugestões? Mande um e-mail para [email protected]
Visite também o Hora H Online no endereço http://holiness.org.br/horah/
Retiro de Pastores 1ª Região
Os pastores e suas famílias estiveram reunidos em retiro nas dependências da IEH Americanópolis,
entre os dias 7 e 9 de junho.
Arquivo pessoal
especiais a todos os que contribuíram para o sucesso do evento.
realizou o seu tradicional bazar com
a venda de materiais doados no dia
16 de junho. A renda será utilizada
na conclusão da construção das instalações físicas do projeto. Informações: Rosa Saito (11) 2071-9554 ou
Érica Aguena (11) 2071-8077.
Retorno ao Japão
Concílio da 4ª Região
O concílio da 4ª Região foi realizado entre os dias 7 e 10 de junho,
na cidade de Três Lagoas. O tema
do evento foi: “Cidadão do Reino
– Santidade, Compromisso e Missão”, com o texto-base de At 28.31.
Bazar do Aba
O Instituto Aba Holiness, localizado
em Itaquera, na cidade de São Paulo,
O casal de missionários japoneses
Harutoshi e Chiharu Miura, da
Missão Sul América (Nambei Senkyo
kai), retornou no dia 26 de junho
ao Japão, após 14 anos de cooperação com a IE Holiness do Brasil.
Os missionários serviram principalmente na cidade de Manaus, à
frente da escola de ensino fundamental mantida pela missão e em
cooperação com a Holiness local.
Outras notícias no Hora H Online
Festa da Cidade em Tangará: http://
holiness.org.br/horah/?p=595
Projeto de Saúde em Paranaguá:
Maiku, Yohei,
Chiharu e
Harutoshi
Miura
http://holiness.org.br/horah/?p=589
“O Segredo da Tartanina” recebe o
Prêmio Areté: http://holiness.org.br/
horah/?p=564
Agenda
Pastores da 2ª Região
X-Camp 2
Os pastores da 2ª Região reúnem-se em retiro nos dias 12 e 13
de junho, nas dependências do
Aca Panorama.
Aca Japão
As igrejas Holiness brasileiras no
Japão realizarão um acampamento
de verão para crianças e jovens nos
dias 28 de agosto a 2 de setembro.
O preletor do Aca é o pr. Hiroshi
Nishigori do Seminário Bíblico de
Tóquio.
Depto. de Educação
De 26 a 29 de junho, o Depto.
de Educação realizará o Módulo Especial de Treinamento
para Obreiros em Formação, nas
dependências da igreja do Bosque.
Os temas de estudo serão: Panorama do Velho Testamento, Teologia
do Velho Testamento e Aconselhamento Pastoral. Informações: pra.
Yokimi Yuaça, pelo e-mail yokimiy@
yahoo.com.br, ou pastores Fábio e
Cristiane Yunomae, pelo e-mail
[email protected]
Concílio Região Japão
Na edição anterior (Hora H 56),
foi informado que o concílio
do Japão ocorreria nos dias 3
e 4 de maio, em Shizuoka. O
evento não foi realizado nessa
data, pela impossibilidade da ida
de um membro da DC. A nova
data marcada para o concílio da
Região Japão é 11 e 12 de agosto,
em Shizuoka.
amor de Deus no maior festival da
comunidade nikkei do Brasil.
Concílio Regional
Skate, hip-hop, street dance, grafite,
DJ, pirofagia, batalha freestyle (rap)
estão no programa do X-Camp 2,
que ocorrerá no Aca Panorama, de
6 a 9 de julho. Mais informações:
A 2ª Região se reunirá em concílio
de 7 a 9 de setembro, nas dependências do Aca Panorama. O tema
do concílio será “Quem somos, o
que pretendemos”e o preletor será o
pr. Key Yuasa, da IEH da Liberdade.
www.acampamentopanorama.com.br
O concílio da 1ª Região está
marcado para os dias 21 e 22 de
setembro, no Recanto Canaã, em
Santa Izabel.
Festival do Japão
Encontro de Mulheres
As igrejas da 1ª Região marcarão
presença no Festival do Japão, que
será realizado de 13 a 15 de julho,
em São Paulo, servindo a comunidade no Espaço da 3ª Idade.
Boa oportunidade de manifestar o
Nos dias 15 e 16 de setembro, será
realizado o terceiro Encontro de
Mulheres, em Pompeia. A missionária Tais Machado falará sobre o
tema “Fragilidade e Força”. Informações: [email protected]
11
Abril/Maio/Junho de 2012
Grão de Mostarda
Emaús: encontros inesperados
E
ncontrei, ou melhor, encontramos Jesus. Estávamos
indo pelo caminho que leva
a Emaús eu e meu amigo Cleopas,
parente do Senhor.
Encontramo-nos com o Senhor
quando não queríamos encontrar
ninguém.
Queríamos ficar sozinhos com
nossas indignações e indagações.
Por que o mataram? E agora,
como fica a esperança que depositamos nele?
Era essa a nossa conversa, quando
da sombra de um cipreste surgiu
a silhueta que não reconhecemos
ser do Senhor.
De nós se aproximou como quem
ia para onde íamos.
Como alguém que nada sabia sobre o que acontecera ao Senhor.
Curioso, indagou-nos a razão de
nossas perplexidades.
Encontramo-nos com o Senhor onde
não esperávamos encontrá-lo.
Falávamos dele como se fosse de
um morto. Um corpo a se desfazer no silencioso e fétido sepulcro
de José de Arimateia.
Todavia, ei-lo ali conosco, ouvindo-nos falar dele como se ele
ali não estivesse. Esperávamos
impressioná-lo com nossa falta
de esperança.
Impressionou-nos ao fim de nosso
encontro que a esperança que
julgávamos perdida encontrounos quando a julgávamos sepultada para sempre.
Encontramo-nos com o Senhor numa
hora em que não imaginávamos.
No crepúsculo, tudo parece sombrio.
As trevas começam a prevalecer.
O ambiente lúgubre parece levar
consigo os últimos raios de esperança de um novo amanhecer. Tal
era o estado de nossa alma. Que
momento mais estranho para
aparecer! Por que não esperou
amanhecer e associar essa revelação ao despontar da aurora? Por
que escolheu o entardecer?
Será que ele quis contrastar a
revelação que haveria de fazer ao
sentimento de nossa alma e ao
que víamos com nossos olhos?
Encontramo-nos com o Senhor no
partilhar da sua Palavra bendita.
A começar daquilo que escreveu
Moisés, ele começou a nos descortinar o que jamais havíamos
visto. Quantas vezes havíamos
lido Moisés e os Profetas?
Nunca havíamos associado aquelas
palavras antigas à bendita pessoa
do Senhor. Naquele partilhar das
Escrituras, ficamos sabendo de
quem elas falavam. Encontramos
nelas um novo significado.
Nunca mais a leremos da forma
como líamos antes de encontrálo naquele caminho de Emaús.
Cada sentença, cada frase, cada
porção das Escrituras se encontra
saturada de sua presença graciosa
e santa.
Ela se tornou para nós o que já era
desde o princípio: testemunha
viva do ressurreto Senhor.
Encontramos-nos com o Senhor ao redor da humilde mesa da comunhão.
Uma mesa humilde, ao rés do
chão batido. Um catre duro e
empoeirado parecia macio e
confortável. Uma mesa que nos
envergonharíamos de oferecer a
um nobre viajante, todavia, única
de que dispúnhamos, serviu para
comportar o maior de todos os
banquetes de que dois mortais
poderiam participar.
Quase nos esquecemos de trazer
o pão. Cleopas não queria perder
uma só palavra que ele nos dizia.
Muito menos eu. Antes do pão de
cereal, o agradável pão da alma
foi servido com fartura.
Encontramo-nos com o Senhor no
partir do pão da comunhão.
Ao partir o pão que lhe entregamos
às mãos, qual raio de um novo dia,
uma luz brilhou em seus olhos.
Não pudemos nos conter, não
havia mais dúvida: era o Senhor, o
Cristo ressurreto. Olhamos firmemente para ele, vimo-lo por um
relance partindo o pão e dizendo,
agora com o olhar: sou eu, estou
vivo e falo convosco!
Parecia tudo muito confuso, como
desaparecera? Parecia tudo muito
claro, nós o havíamos encontrado no caminho, andado com ele
até ali, sentado à mesa com ele e
vimo-lo partir o pão.
Sabíamos que havíamos encontrado o Senhor. Mas será que nós
realmente o havíamos encontrado? Não seria ele que nos havia
encontrado?
Nossa esperança agora é: encontrarmo-nos novamente com ele
em sua casa, ao redor de sua
mesa, quando, enfim, ele mesmo
partirá o pão eterno da eterna e
doce comunhão.
Pr. Marcos
Henrique de
Araújo
Pastor da IEH
de Pompeia/SP
Hora H é uma publicação da Igreja Evangélica Holiness do Brasil. Presidente: Luiz Hashimoto. Vice-presidente: Sérgio Yuaça. Redação: Cibele
Sugano, Liliana Watanabe, Liana Goya. Edição: Liana Goya. Revisão: Edison M. de Rosa. Projeto gráfico e diagramação: Fernando Oki. Tiragem desta edição: 2.200 exemplares. Correspondência: Rua Berta, 216 – São Paulo/SP – CEP 04120-040. E-mail: [email protected]
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57 (06/2012) - Igreja Evangélica Holiness do Brasil