0
LIARA MARIEL NEDEL
LEVANTAMENTO DA EFICIÊNCIA DO ADUBO FOLIAR KIP CULLERS
NA CULTURA DA SOJA E DO TRIGO
Ijuí - RS
Dezembro 2014
1
LIARA MARIEL NEDEL
LEVANTAMENTO DA EFICIÊNCIA DO ADUBO FOLIAR KIP CULLERS
NA CULTURA DA SOJA E DO TRIGO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Agronomia, Departamento de
Estudos Agrários, da Universidade Regional
do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
Orientadora: Profª: Cleusa A. M. Bianchi Krüger
Ijuí
Dezembro 2014
2
TERMO DE APROVAÇÃO
LIARA MARIEL NEDEL
LEVANTAMENTO DA EFICIÊNCIA DO ADUBO FOLIAR KIP CULLERS
NA CULTURA DA SOJA E DO TRIGO
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita.
Ijuí (RS), 11 de dezembro de 2014.
Profª Dra. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger ______________________________
DEAg/UNIJUÍ – Orientadora
Prof . MSc. Sandra Fernandes
DEAg/UNIJUÍ
______________________________
3
Dedico esta conquista a toda a minha família,
pelo apoio e incentivo para que pudesse concluir
este curso superior.
4
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, por ter oportunizado a realização deste curso.
À minha orientadora, Professora Dra. Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger, pela
dedicação na orientação deste trabalho de conclusão de curso.
Aos agricultores que participaram da pesquisa, pela disponibilidade das informações.
A todos os colegas de curso, pela amizade e companheirismo.
Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), professores e funcionários, pelo
apoio, amizade e pelos ensinamentos prestados durante a vida acadêmica.
5
LEVANTAMENTO DA EFICIÊNCIA DO ADUBO FOLIAR KIP CULLERS
NA CULTURA DA SOJA E DO TRIGO
Aluna: Liara Mariel Nedel
Orientadora: Profª Cleusa A. M. Bianchi Krüger
RESUMO
A pesquisa aborda o tema “Levantamento da eficiência Produto Comercial Kip Cullers nas
culturas da Soja e do Trigo”, tendo sido realizada com o de conhecer o desempenho do adubo
foliar Kip Soja e Kip Trigo, a partir da visão dos usuários, produtores da região Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul. Como metodologia, foi realizada uma revisão bibliográfica e
uma pesquisa exploratória, expondo as características de uma determinada população. A
pesquisa envolveu uma sequência de dados, que foram transformados em gráficos e tabelas.
Foram realizadas entrevistas com produtores dos municípios de São Luiz Gonzaga, Doutor
Maurício Cardoso, Giruá, Novo Machado, Tucunduva, Tuparendi e Santo Cristo, que
utilizaram KipTrigo, e com produtores de Catuípe, Ijuí, Eugênio de Castro, Jóia e Santa Tecla,
que utilizaram KipSoja. Os resultados obtidos foram os esperados. Constatou-se que, com a
tecnologia Kip, é possível um incremento de produtividade de 10% a 25%, de acordo com
cada lavoura, porém é preciso levar em consideração outros fatores que agregam altos
rendimentos, como adubação e sanidade da lavoura. Para a análise do teste t, verificou-se que
alguns produtores, mesmo tendo utilizado Kip, a média não foi significativa. Isto pode ter
sido influenciado pelas condições climáticas, variedade utilizada e épocas de aplicação.
Palavras-chave: Produto Comercial Kip Cullers. Trigo KipTrigo. KipSoja. Cultura da soja.
6
SURVEY OF THE COMMERCIAL PRODUCT KIP CULLER EFFICIENCY
ON SOYBEAN AND WHEAT PRODUCTION
Aluna: Liara Mariel Nedel
Orientadora: Profª Cleusa A. M. Bianchi Krüger
ABSTRACT
This research approaches the following topic: “Survey of the Commercial Product Kip Culler
efficiency on Soybean and Wheat production”. This research was conducted aiming to
recognize the performance of Kip Soybean and Kip Wheat foliar fertilizers from the
viewpoint of the Northwest region of Rio Grande do Sul State growers. As methodology, a
literature review and a exploratory research were conducted, emphasizing the characteristics
of one specific population. The research involved a sequence of data that were transformed in
graphics and tables. Interviews with growers utilizing Kip Wheat in São Luiz Gonzaga,
Doutor Maurício Cardoso, Giruá, Novo Machado, Tucunduva, Tuparendi and Santo Cristo
cities were conducted. Moreover, interviews with growers utilizing Kip Wheat in Catuípe,
Ijuí, Eugênio de Castro, Jóia and Santa Tecla cities were also conducted. It was observed that
the Kip technology holds a possible increase in productivity of 10% to 25%, according to
each field. However, it is necessary to take into consideration other factors that add to high
yields such as fertility and crop health. Utilizing t test analysis, it was verified that for some
growers utilizing the Kip technology had shown no significant average gain. This fact can be
due to the influence of weather conditions, variety choice and application time.
Key words: Commercial Product Kip Cullers. Wheat KipTrigo. KipSoja. Soybean
production.
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Comparação da produtividade (Kg ha-1) do trigo com e sem aplicação de Kip
Cullers....................................................................................................................................... 25
Figura 2. Comparação do pH do trigo com e sem aplicação de Kip Cullers ........................... 25
Figura 3. Comparação da produtividade (Kg ha-1) de soja com e sem aplicação de Kip
Cullers....................................................................................................................................... 30
Figura 4. Rendimento da soja com aplicação de Kip ............................................................... 38
Figura 5. Rendimento da soja com aplicação de Kip ............................................................... 38
Figura 6. Rendimento da soja com aplicação de Kip ............................................................... 39
Figura 7. Rendimento da soja sem aplicação de Kip ................................................................ 39
Figura 8. Rendimento da soja sem aplicação de Kip ................................................................ 40
Figura 9. Rendimento da soja sem aplicação de Kip ................................................................ 40
Figura 10. Peso de hectolitro de trigo (Ph) com aplicação de Kip ........................................... 43
Figura 11. Peso de hectolitro de trigo (Ph) com aplicação de Kip. .......................................... 43
Figura 12. Peso de hectolitro de trigo (Ph) sem aplicação de Kip ........................................... 44
Figura 13. Peso de hectolitro de trigo (Ph) sem aplicação de Kip ........................................... 44
Figura 14. Rendimento do trigo com aplicação de Kip ............................................................ 45
Figura 15. Rendimento do trigo com aplicação de Kip ............................................................ 45
Figura 16. Rendimento do trigo sem aplicação de Kip ............................................................ 46
Figura 17. Rendimento do trigo sem aplicação de Kip ............................................................ 46
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9
1 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 11
1.1 ASPECTOS RELACIONADOS À PRODUTIVIDADE DO TRIGO .............................. 12
1.2 ASPECTOS RELACIONADOS À PRODUTIVIDADE DA SOJA ................................. 13
1.3 FERTILIZAÇÃO FOLIAR NAS PLANTAS .................................................................... 14
1.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO FOLIAR ....................................... 14
1.5 FERTILIZACAO FOLIAR E AS CULTURAS ................................................................ 16
1.6 KIP CULLERS ................................................................................................................... 16
1.7 O QUE É ESSE PRODUTO EXATAMENTE? ............................................................... 18
1.8 KIP SOJA ........................................................................................................................... 18
1.8 KIP TRIGO ........................................................................................................................ 19
2 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 21
2.1 TIPO DE PESQUISA ......................................................................................................... 21
2.2 PASSOS DA PESQUISA................................................................................................... 21
2.3 QUESTIONÁRIO .............................................................................................................. 21
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................23
CONCLUSÃO......................................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 34
ANEXOS ................................................................................................................................. 37
9
INTRODUÇÃO
Atualmente, no Rio Grande do Sul a soja é a cultura que detêm maior área de plantio
oscilando ao redor de 4 milhões de hectares. Seu rendimento em média, tem sido crescente e
atribuído à melhoria da tecnologia aplicada à cultura, pelo emprego de materiais genéticos de
bom potencial produtivo. Participa da economia de pequenos, médio e grandes
estabelecimentos rurais do Estado, estando presente em 33,14% deles (142.487 unidades
produtivas). A soja é o 4º grão mais produzido no mundo, atrás do milho, trigo e arroz, sendo,
portanto a oleaginosa mais produzida. O Brasil é o 2º maior produtor de soja e vem
aumentando gradualmente a produção desse produto (REUNIÃO DA PESQUISA DE SOJA
DA REGIÃO SUL, 2005).
Para atingir altas produtividades é necessário conhecer práticas culturais compatíveis
com produção econômica, aplicadas para maximizar a taxa de acúmulo de matéria seca no
grão. As principais práticas de manejo que devem ser consideradas são: semeadura na época
recomendada para a região de produção; escolha de cultivares mais adaptadas; uso de
espaçamentos e densidades adequados a essas cultivares; monitoramento e controle das
plantas daninhas, pragas, doenças e redução das possíveis perdas de colheita (RITCHE et
al.,1apud MARCHESAN, 2005).
A soja é uma cultura de dias curtos, ou seja, é sensível a um determinado fotoperíodo,
o qual varia de acordo com as características das cultivares quanto ao ciclo (precoce, médio e
tardio). As épocas de semeadura influenciam diretamente na duração do ciclo da cultura,
sendo que em plantios tardios as plantas tendem a reduzir seu ciclo, devido principalmente a
aproximação do fotoperíodo indutivo e consequente florescimento, reduzindo a fase de
crescimento vegetativo, pois a diminuição do fotoperíodo estimula plantas a entrarem em
florescimento mais rapidamente. Com isso, as plantas acumulam menor quantidade de matéria
seca, tendendo a reduzir o seu potencial produtivo.
Em relação ao trigo, é uma cultura de ciclo anual, cultivada durante o período de
estação fria e representa, juntamente com a soja, uma das culturas de maior importância
econômica para o RS. O grão é utilizado para o consumo humano, é alimento básico para
cerca de 30% da população mundial e fornece em torno de 20% das calorias consumidas pelo
homem, pois possui uma grande quantidade de amido no grão além de conter uma proteína
denominada de glúten que não é encontrada em outros alimentos. Além disso, é utilizada para
1
RITCHE, S. W. et al. How a soybean plant develops. Ames: Iowa State University of Science and
Thechnology-Cooperative Extension Service, 1994.
10
consumo animal na forma de ração, quando não atinge a qualidade exigida para consumo
humano.
Sabe-se que para alcançar o potencial produtivo das espécies produtoras de grãos, a
nutrição das plantas deve ser adequada conforme a disponibilidade de nutrientes no solo. Para
isto é recomendada uma adubação de base envolvendo os elementos nitrogênio (N), fósforo
(P) e potássio (K) e outra de cobertura, basicamente com N, que é o elemento mais requerido
pelas plantas, considerando os nutrientes essenciais. Um dos instrumentos que pode facilitar
uma nutrição equilibrada para a planta e promover acréscimo no rendimento de grãos pode ser
o emprego de adubação foliar, desde que a espécie apresente resposta positiva, bem como seja
evidente as deficiências minerais presentes no solo. A adubação foliar pode ser utilizada
objetivando-se: correção das deficiências; complemento à adubação do solo; suplemento à
adubação da planta no estádio reprodutivo ou durante todo o ciclo da cultura.
Nesse sentido, o conhecimento da resposta das espécies de soja e trigo, em cultivares
de elevado potencial de rendimento de grãos, a adubação foliar representa fator importante de
estudo, principalmente quanto à adoção da técnica e da resposta ao adubo foliar específico
KIP CULLER.
O adubo foliar KIP CULLER é descrito como um fertilizante foliar que estimula a
fotossíntese da planta, determinando maior produtividade de grãos. Trata-se de um pacote
tecnológico desenvolvido para as principais culturas, dentre as quais: soja (kip soja), cana-deaçúcar (kip cana), feijão (kip feijão), milho (kip milho), trigo (kip trigo), arroz (kip arroz),
citrus (kip citrus) e algodão (kip algodão), este aplicado durante todo o seu ciclo2.
O objetivo do presente trabalho é conhecer o desempenho do adubo foliar “kip soja” e
“kip trigo”, a partir da visão dos usuários, produtores da região Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul.
2
Comunicação pessoal do Engenheiro Agrônomo Anderson Costa, obtida em maio 2013.
11
1 REVISÃO DA LITERATURA
A produtividade da soja depende da produção de fotoassimilados que é oriunda do
complexo fotossintético, de modo que os fatores que resultam em queda na área foliar, afetam
a produção de grãos. Dentre esses, os insetos herbívoros figuram-se como um dos mais
importantes, uma vez que afetam diretamente o potencial fotossintético da planta
(WEBER3apud PELUZIO, 2002). No entanto, o sucesso da cultura está no equilíbrio das
práticas de manejo, atrelados a data adequada de semeadura, como também a fertilidade do
solo.
A eficiência da adubação foliar depende do estádio de desenvolvimento das plantas,
condições climáticas e a natureza do fertilizante utilizado. Além disso, o pH baixo da solução
pulverizante permite menores danos nas folhas além de aumentar a capacidade de absorção
pela folha. Entretanto, esta alternativa de adubação é ainda pouco utilizada, principalmente
em cereais de inverno, como o trigo. Já na cultura da soja, a adubação foliar tende a ser
bastante utilizada, principalmente com cultivares de elevado potencial produtivo.
O produto chamado “kip soja” é aplicado entre os estádios de desenvolvimento V3 e
V5, antes do “engalhamento”, para que o produto quebre a dominância apical e faça com que
os ramos cresçam de forma uniforme, junto à haste principal da planta. Uma segunda etapa de
aplicação seria no estádio R1, quando a soja emite suas primeiras flores. A importância desta
aplicação é segurar o maior número possível de flores no pé. Por fim, no estádio R4-R5 é
aplicado “kip grãos”, este balanceado com os nutrientes certos para o enchimento destes
grãos4.
O “kip trigo” é aplicado na fase de perfilhamento da cultura do trigo, permitindo com
que todos os perfilhos cresçam de forma uniforme, resultando em espigas uniformes,
elevando seu peso de hectolitro (PH) e acarretando maiores produtividades5.
Os produtos Kip têm a promessa de ampliar os rendimentos das culturas, entretanto,
falta reunir informações que atestem a sua devida eficiência.
3
WEBER, C.R. Effects of defoliation and topping simulating hail injury to soybeans.In: AgronomyJournal,
Madisson, v. 47, n. 6, p. 262-266, 1955.
4
Idem.
5
Idem.
12
1.1 ASPECTOS RELACIONADOS À PRODUTIVIDADE DO TRIGO
Para que as culturas possam se desenvolver e expressar seu potencial de rendimento,
é necessário conhecer sua ecofisiologia, os fatores e condições ambientais ideais e manejo
desta cultura. O trigo é um cereal de clima frio, portanto com fotossíntese do tipo C3. Sua
taxa fotossintética é influenciada por fatores como temperatura, água, radiação solar e
estrutura e arquitetura foliar (FLOSS, 2006).
A faixa ideal de temperatura, para que ocorra a germinação e o desenvolvimento das
folhas do trigo, é de 20a 25ºC. Para o afilhamento, temperaturas entre 15 e 20ºC são
apropriadas. No estádio reprodutivo, a temperatura ótima para fertilização vai de 18 a 24ºC
(LAZZAROTTO, 1992; BORTOLINI, 2007). Entretanto, em áreas quentes, a temperatura na
superfície do solo pode exceder, chegando a 45ºC ou mais, reduzindo o estande final de
plantas. Além disto, o teor de umidade mínima para que ocorra a germinação das sementes de
trigo é de 35 a 45% da massa seca da semente (TERUEL; SMIDERLE, 1999).
As estruturas reprodutivas são sensíveis e sofrem danos com temperaturas próximas
a 0ºC. As geadas provocam o congelamento dos nós e entre-nós, interrompendo o fluxo de
água e nutriente e causando a morte da planta e de afilhos novos.
Para a região Sul do Brasil, os principais problemas climáticos da triticultura, são o
excesso de umidade relativa do ar (setembro – outubro), ocorrência de geadas no
espigamento, chuvas na colheita e granizo (RODRIGUES, 2003). Além disto, a deficiência
hídrica é outro fator que causa redução da produção, principalmente quando ocorre nos
períodos de: iniciação floral até o desenvolvimento da inflorescência, antese e fertilização, e
formação dos grãos (SLATYER, 1969).
A taxa fotossintética em trigo aumenta com o aumento do índice da área foliar (IAF).
Em geral, 90 a 95% de glicídios nos grãos são derivados da fixação do CO2, posterior a
antese. A produção de grãos pode ser relacionada com a duração e taxa de fotossíntese após a
antese. No entanto, a fotossíntese antes da antese e durante a fase de formação das espigas
pode influenciar profundamente a produtividade, pelos seus efeitos sobre o número e tamanho
de grãos. Além disto, as aristas contribuem com 11 a 21% do rendimento de grãos. Os
compostos orgânicos armazenados na cariopse são provenientes da fotossíntese realizada
pelas glumas e aristas da própria inflorescência, da fotossíntese das folhas durante o período
de enchimento de grãos e pelos produtos elaborados previamente à antese e que estavam
armazenados nos colmos da planta (FLOSS, 2006).
13
Outros fatores que influenciam no desenvolvimento da cultura do trigo é o solo e a
nutrição, que são tão importantes quanto o clima. É considerado um solo ideal para esta
cultura, aquele que apresenta 30% de argila, 50% de areia e 5 a 8% de matéria orgânica, pH
entre 5,5 a 6,5, sendo o pH ótimo para o crescimento vegetativo e reprodutivo entre 6,2 e 6,8,
solos ácidos ou alcalinos danificam o trigo indiretamente, por efeito nos nutrientes
disponíveis, alumínio tóxico (BAYMA, 1960; TERUEL; SMIDERLE, 1999).
Segundo as recomendações técnicas da cultura do trigo, a densidade de semeadura
deve ser de 300 a 400 sementes por metro quadrado, com espaçamento entre linhas de 17 a 20
cm e profundidade de 3 a 5 cm. Além disto, o adubo deve ser depositado a 5 cm abaixo ou ao
lado da semente. A época de semeadura é de 10 de maio a 30 de junho (MAPA, 2014).
1.2 ASPECTOS RELACIONADOS À PRODUTIVIDADE DA SOJA
A disponibilidade de radiação solar é um dos fatores que mais limitam o crescimento
e desenvolvimento das plantas, em especial a soja. Toda energia necessária para a realização
da fotossíntese, processo que transforma o CO2 atmosférico em energia metabólica, é
proveniente da radiação solar (TAIZ; ZIEGER, 2004).
Quando as plantas recebem adequado suprimento de água e nutrientes, a produção de
fitomassa é controlada pela radiação solar disponível (MONTEITH, 1965). Entretanto, apenas
uma parte dessa radiação incidente é aproveitada pela planta, sendo dependente de parâmetros
físicos, biológicos e geométricos. Dentre esses, o índice de área foliar é um dos fatores que
mais afetam a interceptação da radiação (SHIBLES; WEBER, 1965).
Para a cultura da soja, a radiação solar está relacionada com a fotossíntese, elongação
de haste principal e ramificações, expansão foliar, pegamento de vagens e grãos e, fixação
biológica (CÂMARA, 2000). De acordo com Shibles e Weber (1965), o total de fitomassa
produzida pela soja, depende da percentagem de radiação fotossinteticamente ativa
interceptada e da eficiência de utilização dessa energia pelo processo fotossintético.
Em contrapartida, altas intensidades de radiação solar absorvidas pelas plantas
podem levá-las a saturação luminosa, diminuindo a eficiência no uso da radiação (JIANG et
al., 2004; ADAMS; ADAMS, 1996). Portanto, pode-se dizer que para a fotossíntese a
radiação solar é um dos fatores que mais influencia a produtividade da cultura.
14
1.3 FERTILIZAÇÃO FOLIAR NAS PLANTAS
As plantas, para que possam se desenvolver e produzir, necessitam. além de água,
luz, oxigênio e gás carbônico, também de diversos nutrientes minerais, que por definição, são
divididos em macro (N, P, K, Ca, Mg e S) e micronutrientes (Zn, B, Mn, Cu, Fe, Mo, Co e
Cl).
A adubação foliar destina-se às correções de micronutrientes e macronutrientes com
o objetivo de complementar a adubação via solo. Esse processo pode significar economia na
utilização de fertilizantes porque, via solo, a eficiência no aproveitamento dos nutrientes é
reduzida devido, entre outros, aos processos de lixiviação e imobilização de elementos
(BISSANI et al, 2004).
Os mecanismos da absorção foliar de nutrientes podem variar conforme as
substâncias aplicadas, bem como a espécie da planta que recebe a fertilização. As folhas são
órgãos especializados para a fotossíntese. A adubação foliar pode reduzir o tempo de retardo
entre aplicação e a absorção pela planta, o que poderia ser importante durante uma fase de
rápido crescimento, podendo também contornar o problema de restrição de absorção de um
nutriente do solo. Por exemplo, a aplicação foliar de nutrientes minerais como: ferro,
manganês e cobre pode ser mais eficiente do que a aplicação via solo, onde eles são
adsorvidos às partículas do solo se tornando menos disponíveis ao sistema radicular.
Para que a aplicação foliar de nutrientes seja bem sucedida, os danos às folhas devem
ser minimizados. Se a aspersão foliar for aplicada em um dia quente, quando a evaporação é
mais alta, os sais podem se acumular na superfície da folha e provocar queimadura na mesma.
A aplicação em dias frescos ou à tardinha, ajuda a aliviar este problema.
A entrada dos nutrientes na cutícula, sua translocação através dela, e a entrada no
apoplasto, constituem a absorção passiva ou penetração (CAMARGO, 1970).
O movimento de substâncias contra um gradiente químico, de uma menor para uma
maior concentração, é chamado de transporte ativo. A absorção é mais lenta e irreversível, a
entrada ocorre no citosol ou vacúolo.
1.4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO FOLIAR
Alguns fatores podem influenciar a absorção foliar, como Estrutura: a absorção de
solutos é favorecida quando há cutículas mais finas e alta frequência de estômato. Entretanto,
15
cutículas espessas, poucos estômatos e ectodesmos, assim como a alta pilosidade das folhas
dificulta a penetração e absorção dos solutos pela planta.
Se o período de contato da folha com a solução for suficientemente longo, a
diferença na velocidade de absorção tende a desaparecer. A absorção foliar é maior nas
regiões da nervura principal e nas margens da folha, sendo menos intensa das regiões do ápice
e da base (RODRIGUES, 2003).
Hidratação das folhas: Cutículas bem hidratadas são bastante permeáveis à água e
aos hidrossolutos. Cutículas desidratadas são quase impermeáveis (RODRIGUES, 2003).
Idade das folhas: A absorção de solutos, em soluções aquosas é muito mais intensa
nas folhas novas do que nas adultas e nas velhas, pois as folhas novas estão em alta atividade
metabólicas. As substâncias lipoidais, penetram com muito mais facilidade nas folhas mais
velhas, devido a maior quantidade de ceras e de cutina que compõe a sua cutícula
(RODRIGUES, 2003).
Temperatura do ar: A elevação da temperatura leva a uma aceleração de absorção,
favorecendo também a evaporação de solução na superfície das folhas, aumentando a
concentração dos solutos aplicados, o que favorece a penetração de maior quantidade de íons
no apoplasto. Porém temperaturas muito altas provocam a desnaturação de enzimas e
proteínas, que se refletirá na absorção. Além disto, temperaturas baixas podem concentrar o
orvalho e formar neblina, mantendo as folhas molhadas, favorecendo a lavagem das folhas
(RODRIGUES, 2003).
Disponibilidade de água no solo e umidade: A planta com boa disponibilidade de
água no solo mantém túrgida as suas células e boa hidratação na cutícula, favorecendo a
penetração foliar. A baixa umidade atmosférica é prejudicial à absorção foliar, favorecendo a
evaporação rápida da solução, diminuindo o tempo de contato desta com a superfície das
folhas e aumentando a concentração dos solutos a níveis tóxicos. Além disto, há o
favorecimento da transpiração, levando ao murchamento e assim diminuindo a
permeabilidade da cutícula aos nutrientes (RODRIGUES, 2003).
Intensidade luminosa: Quanto maior a intensidade luminosa, maior será a absorção
da folha. Por outro lado, a luz intensifica a produção de cera superficial da folha, aumentando
a sua hidrorrepelência e dificultando a penetração das soluções aquosas (RODRIGUES,
2003).
Aplicação das pulverizações foliares :A pulverização com gotas muito grandes,
molham em excesso a folha, provocando gotejamento e escorrimento da solução para o solo.
16
As adubações foliares devem ser feitas, sempre tendo em vista a capacidade de retenção da
solução pelas folhas (RODRIGUES, 2003).
Ângulo de contato: Para que a penetração ocorra, é necessário que a superfície foliar
seja molhada. Os agentes molhantes aumentam o contato e a absorção do adubo
(RODRIGUES, 2003).
1.5 FERTILIZAÇÃO FOLIAR E AS CULTURAS
O nitrogênio aplicado às folhas durante os estádios tardios de crescimento na cultura
do trigo melhora o conteúdo protéico das sementes. Rosolem e Machado (1991), observaram
que a adubação nitrogenada via foliar, é de 34 a 62% mais eficiente que a adubação via solo.
Além disto, segundo Henz (2008), a aplicação de fungicidas associados a micronutrientes,
como Zn, Mn e Mo, no estádio de florescimento, proporcionam maior manutenção da área
foliar verde. Afirmando que a nutrição pode afetar as propriedades bioquímicas, como
redução de compostos fenólicos, atuando como inibidores do desenvolvimento de pragas e
moléstias.
Kappes, Golo e Carvalho (2008), ao estudarem o efeito do B (Boro) aplicado em
diferentes doses e épocas em pulverizações foliares na cultura da soja, constataram que o
estádio V5 foi o mais indicado. Além disto, as doses testadas apresentaram influência
significativa positiva sobre altura de planta, porém não influenciaram na produtividade final.
Entretanto, segundo Bevilaqua, Silva e Possenti (2002), a aplicação de Ca e B via foliar
aumentou o peso de grãos por planta de soja em solos de várzea.
Atualmente a utilização de adubos foliares tem crescido em diversas culturas, como
uma prática a mais para possibilitar maiores rendimento de grãos. Neste sentido,
aproximadamente há três anos surgiu no mercado um novo pacote tecnológico, denominado
de Kip Cullers. Este, na verdade é um produto aplicado via foliar, que promete maiores
rendimentos de grãos.
1.6 KIP CULLERS
O produto foi criado por um produtor dos EUA e chegou ao Brasil por intermédio de
cooperativas e produtores que estiveram nos EUA visitando as lavouras que utilizam o
produto. O criador do produto é o Sr.Kip Cullers. Este, também é produtor de grãos e criou o
17
produto com seu nome, além disto, não revela a fórmula da alta produtividade que obtém na
produção de culturas, mas diz que segue a legislação brasileira ao divulgar apenas os
elementos usados. Refere-se que é um fertilizante que facilita a fotossíntese da planta, e que,
por isso, acaba tendo mais energia para produzir. Diz que:
Como a Coca-Cola, não revelo a fórmula, mas posso dizer que é um fertilizante que
facilita a fotossíntese da planta, que acaba tendo mais energia para produzir. O
produto, chamado de KT 100, está sendo fabricado no Brasil pela Origem Química,
de Cravinhos (SP), e é indicado para soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. A ideia
é que ele permita elevar em 15% a produtividade. O fato é que o mundo precisará de
um aumento na produção de grãos, e acredito que eu posso ajudar o Brasil e o
mundo a elevar a colheita e combater a fome6.
Considerado o “rei” da produtividade de soja e milho no Mundo, apesar do foco
comercial de propagar a sua fórmula tida como revolucionária, os índices alcançados por Kip
chamam a atenção: recorde de 173 sacas por hectare de soja e 361 sacas de milho por hectare.
A propriedade de Kip Cullers, em Missouri, nos Estados Unidos, seria considerada apenas de
médio porte em Mato Grosso. São 5 mil hectares plantados com milho, 2 mil hectares com
hortifrutigranjeiros e 800 hectares de soja, contudo, as produtividades alcançadas em sua
fazenda fizeram-no parar até na revista Times, uma das principais do Mundo. Ele atinge
produtividades entre 6.600/7.200 até 10.380 Kg por hectare na produção de soja transgênica,
além de produtividades entre 14.500 até 18.050 Kg de milho por hectare. Kip Cullers relata
para o Informativo do Agronegócio (2011) que: foram cerca de 20 anos de pesquisa própria
para chegar a esses índices expressivos de produtividade. Através das suas experiências com
fertilizantes, o autodidata criou nesse período uma fórmula para obter esses resultados
superlativos. Ele afirma ter criado uma linha própria de fertilizantes que asseguram tais
produtividades. Assim como a Coca-Cola, ele não entra em detalhes da fórmula. Argumenta
apenas que os produtos facilitam a fotossíntese das plantas, que acabam produzindo mais
(INFORMATIVO DO AGRONEGÓCIO, 2011).
Com condições climáticas e de solo ideais, Kip Cullers externa que o produtor
brasileiro também poderá usar agora sua tecnologia para atingir altas produtividades. O norteamericano continua fazendo testes em sua propriedade. Ele conseguiu recordes mundiais em
2005, 2006 e em 2010. Em 2005, o pico tinha sido 134 sacas de soja por hectare. O objetivo é
chegar a 200 sacas por hectare em produtividade de soja e a 500 sacas de milho por hectare.
Com a nova tecnologia em fertilizantes, o norte-americano entende que o Brasil tem
6
Kip Cullers em entrevista a Revista Globo Rural. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/
Revista/Common/0,,ERT277288-18281,00.html>. Acesso em: 20 jun. 2013.
18
condições de dobrar a produção, sem aumentar a área plantada. Inclusive, atesta que, com a
nova demanda mundial por alimentos e pressão por preservação ambiental, o Mundo tem
condições de produzir mais alimentos sem necessidade de desmatamento, ou abertura de
novas áreas. Em 2011, o custo para ter esse diferencial de produtividade girou em torno de
3,33 sacas de soja por hectare, em torno de R$ 149,00 por hectare, adverte Kip Cullers. Nesse
caso, com a aplicação da fórmula inovadora de fertilizantes, assegura ainda que fica
dispensado o uso de outros adubos foliares(INFORMATIVO DO AGRONEGÓCIO, 2011).
1.7 O QUE É ESSE PRODUTO EXATAMENTE?
Kip Cullers é um produtor norte-americano da cidade de Purdy, Missouri, que ficou
famoso pelos seus recordes de 392 sc/ha de milho e 173 sc/ha de soja. Um homem do campo,
simples, sequer foi a uma universidade, mas como apaixonado pelo campo sempre buscou
novas formas de aumentar sua produtividade. Por isso, passou mais de 20 anos em pesquisas
próprias para tentar criar algo “a mais” para suas culturas, já que seu solo é muito bem
manejado e adubado e o clima da região favorece a agricultura (REVISTA AGRO DBO,
2012).
Em meio a erros e acertos, ele chegou a um produto que pode ser um dos precursores
das altas produtividades. Trata-se de um pacote tecnológico desenvolvido para as principais
culturas aplicado durante todo seu ciclo (REVISTA AGRO DBO, 2012).
A metodologia é bem simples, nutrir a planta durante todo o seu ciclo de vida é bem
melhor do que nutri-la toda de uma vez, portanto ele estudou os períodos vegetativo e
reprodutivo das plantas e utilizou destes seus produtos para este ganho de produtividade
(REVISTA AGRO DBO, 2012).
1.8 KIP SOJA
O produto que comercialmente chama-se KipSoja deve ser aplicado entre os estádios
V3 a V5 da planta, antes do engalhamento, para que o produto quebre a dominância apical e
faça com que os ramos laterais da soja cresçam de forma uniforme junto à haste principal.
Além disto, o produto tende a agir também no desenvolvimento radicular.
Uma segunda etapa de aplicação entra no estádio R1 da soja, quando ela solta suas
primeiras flores. Por fim, no estádio R4 – R5 entra um produto por nome KipGrãos
19
balanceado com os nutrientes certos para o enchimento destes grãos (que já serão em maior
quantidade do que o normal).
Tanto o produto KipSoja como o KipGrãos não descrevem suas formulações , a
empresa apresenta no rótulo algumas garantias mínimas que não representam tudo o que se
tem nos produtos.
Vantagens do kip soja:
- Desenvolvimento vegetativo no fluxo de energia captada da fotossíntese;
- Promover maior engalhamento na planta, resultando em um maior número de
vagens por planta;
- Age na divisão celular, proporcionando grãos maiores e mais pesados;
- Estimula a trofobiose através da nutrição, auxiliando a planta em sua resistência
natural contra doenças;
- Promove melhor desenvolvimento radicular e enraizamento (FOLDER CASA
CAMERA, s.d.).
1.9 KIP TRIGO
Um dos grandes problemas da cultura do trigo é a falta de padronização de seus
perfilhos, tendo um maior e principal (denominado perfilho mãe), e os outros perfilhos em
alturas desiguais. Esta falta de padronização resulta posteriormente em espigas de trigo
desuniformes, sendo cada uma de um tamanho e cada uma tendo uma intensidade luminosa
diferente. Resultando em um trigo com pouca produtividade e com o PH ( peso de grãos de
trigo em um volume conhecido) baixo7.
Baseado nisso, Kip Cullers criou um produto chamado KipTrigo que quando
aplicado na fase de perfilhamento do trigo, faz com que todos os perfilhos cresçam de forma
uniforme, acarretando em espigas uniformes e futuramente em maiores produtividades e
maior PH8.
Junto com o KipTrigo também é aplicado o KipGrãos na fase de emborrachamento
que tem como função tornar também padrão os grãos de trigo9.
7
Comunicação pessoal do Técnico Engenheiro Agrônomo Anderson Gomes Costa
Idem.
9
Idem.
8
20
Com todo este pacote tecnológico, é possível um incremento de produtividade de 10
a até 25% de acordo com cada lavoura e outros fatores como adubação de base, sanidade,
etc10.
10
Idem.
21
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 TIPO DE PESQUISA
O presente estudo é caracterizado como uma pesquisa exploratória, pois expõe
características de determinada população ou de determinado fenômeno. Não tem
compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal
explicação (GIL, 1999). Portanto, busca-se verificar a utilização do Kip Culler por produtores
de soja e trigo, via entrevistas.
Quanto aos meios de investigação, o presente estudo é classificado como estudo de
caso, pois será pesquisa cooperativa ou colaborativa, com base empírica, que é concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo.
2.2 PASSOS DA PESQUISA
A pesquisa envolveu uma sequência com as seguintes etapas:
- pesquisa de campo para identificar agricultores que representam os tipos apontados
como público alvo;
- após esta identificação foram realizadas entrevistas com produtores da região
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul referentes a resultados da safra de soja e trigo no
ano de 2014.
2.3 QUESTIONÁRIO
Foram realizadas entrevistas com produtores da região noroeste do Rio Grande do
Sul, indicados pelo revendedor do produto KIP. As questões realizadas estão apresentadas
abaixo:
Nome do produtor
Local
Área com produto(quantos hectares)
Culturas
Cultivares
Doses do adubo (Kip) e doses de outros fertilizantes
22
Estádios de aplicação
Rendimento de grãos do tratamento Kip
Rendimento de grãos da testemunha
Manejos utilizados
De posse dos resultados das entrevistas os mesmos foram tabulados e apresentados em
quadros. Além disto, os dados de rendimento de grãos da soja e rendimento de grãos e PH do
trigo com e sem a aplicação de KIP, foram analisados estatisticamente pelo teste t (em anexo).
Estes Dados estão apresentados em gráficos em forma de pizza, indicando quando a
produtividade ou PH foram superiores a média mais um desvio padrão.
23
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No quadro 1 estão apresentados os resultados dos questionários aplicados aos
produtores de trigo. Considerando as informações referentes ao Município de Doutor
Maurício Cardoso é possível verificar que, os produtores entrevistados empregaram a mesma
cultivar, Quartzo. As datas de semeadura foram praticamente as mesmas, no entanto houve
uma diferença na produtividade de grãos na utilização de Kip, isto pode ter sido causado por
diferença nas quantidades de adubação empregadas, conforme observado no quadro. Em que
houve uma maior aplicação de N, O nitrogênio é considerado um dos elementos mais
importante para os organismos vivos, visto que atua na formação de ácidos nucléicos (DNA e
RNA), na formação de enzimas, aminoácidos e proteínas. Atua ainda, de forma efetiva no
processo de fotossíntese, principalmente na formação da enzima rubisco, que atua nos
fotossistemas da planta. Também é importante para a manutenção da coloração verde, pela
ação sobre a clorofila. Tem efeito ainda na diferenciação de tecidos e na emissão de estruturas
vegetativas
e
reprodutivas,
como
gemas
floríferas,
frutíferas,
afilhos
e
folhas
(MALAVOLTA, VITTI e OLIVEIRA, 1997).
A quantidade de N absorvida pela planta durante seu ciclo afeta o teor de proteínas do
grão, pois na fase de enchimento de grãos, a síntese de proteínas e de amido compete por
fotossintetizados. Assim, quando a necessidade pelo elemento estiver satisfeita, o N é usado
para a formação de proteínas, caso contrário, os fotoassimilados que seriam convertidos em
proteínas, são transformados em carboidratos (KOLCHINSKI E SCHUCH, 2004).
Indiretamente o nitrogênio é muito importante para o rendimento de grãos, pois o
elemento se distribui no dossel da cultura, tanto na parte vegetativa quanto reprodutiva,
contribuindo para o desenvolvimento das estruturas da planta e potencializando sua
capacidade de crescimento, interceptação e captação de radiação e consequentemente,
contribui para a formação de fotoassimilados e no enchimento de grãos, aumentando o
rendimento da cultura (SLAFER, 2004).
Observa-se que a área tratada com Kip e a área testemunha, nos chegou-se a alta
produtividade, devido os manejos de adubação e fitossanitários empregados por cada
produtor, de acordo com a necessidade e recomendação agronômica da cultura.
Possivelmente esta diferença de produtividade ocorreram devido a aplicação de Kip
em momentos mais adequados, que parecem ser no início do perfilhamento e no início do
emborrachamento. A aplicação de N em cobertura proporcionou altas produtividades, assim
como os aspectos biológicos e físicos do solo podem ter contribuído para os altos rendimentos
observados.
24
A aplicação da tecnologia kip Cullers na área tratada, determinou maior produção,
comparada a testemunha, no entanto o produtor II do município de Doutor Maurício Cardoso,
não obteve resultado, possivelmente devido a aplicação da tecnologia fora do protocolo, no
qual o resultado não foi expressivo comparado ao produtor III, que executou o protocolo de
aplicação conforme recomendação técnica do fabricante.
Nos municípios de Tuparendi, Tucunduva e Santo Cristo, percebe-se, assim como nos
demais produtores, que as maiores produtividades ocorreram quando houve maior
disponibilidade de N. Em Tuparendi houve um incremento de 18%, em Tucunduva um
incremento de 7% e em Santo Cristo 17% nas áreas com Tecnologia Kip devido a aplicação
conforme a recomendação.
Em Novo Machado, o produtor I obteve um incremento de 11% de produtividade e o
produtor II um incremento de 8% comparada a área não tratada. Já, em Giruá, dentre os
produtores entrevistados, o produtor I empregou a variedade Quartzo e o II a Pioneiro, o
plantio foi realizada em datas distintas, porém cada produtor realizou mesmo tratamento para
área tratada com Kip e para testemunha. O produtor I obteve um incremento de 10% na área
tratada e o produtor obteve um incremento de 13%na área tratada, comparados com a
testemunha, isto pode indicar que a reposta Kip pode ser também dependente da cultivar
utilizada.
Conforme os gráficos do pH (em anexo), o mesmo foi afetado pela aplicação de Kip.
Os produtores número 1, 2, 3 e 7 obtiveram pH acima da média.
Estádios de Aplicação
V3 = 3 trifólios
R1 = início florescimento
R5.1 = início formação de vagens
O manejo é de acordo com a particularidade de cada lavoura, sendo que o mesmo
manejo de adubação, tratamento com fungicida e inseticida, é o mesmo realizado para a área
da testemunha e o mesmo para área com Kip11.
Todas as áreas amostradas com Kip e sem Kip foram em áreas localizadas na mesma
lavoura, buscando a uniformidade física, química e biológica com Kip e sem Kip (lado a
lado).
11
Comunicação pessoal do Técnico Engenheiro Agrônomo Anderson Gomes Costa.
25
Figura 1: Comparação da produtividade (Kg ha-1) do trigo com e sem aplicação
de Kip Cullers
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Figura 2: Comparação do pH do trigo com e sem aplicação de Kip Cullers
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
26
Quadro 1: Síntese dos sistemas produtivos de trigo com emprego ou não de Kip – resultado de entrevista com produtores
Município
São Luiz
Gonzaga
Dr. Mauricio
Cardos
Giruá
PRODUTOR
Variedade
Kg/
ha
Data
Plantio
Fase Aplicação
KIP TRIGO 3
L/há
Fase Aplicação
KIP Grão 3 L/há
Adubação
Ph
Kip
PRODUTIVI
DADE KIP
PhTestemu
nha
PRODUTIVIDADE
TESTEMUNHA
INCREMEN
TO
PRODUTIVIDADE
Produtor 1
Quartzo
170
05/jun
Perfilhamento
Médio
Emborrachamento
Avançado
250 kg 8-16-24
2 cobertura ureia 100 kg em
cada aplicação
80
54,45
78,5
50,95
4,5
Produtor 2
BRS 328
150
15/mai
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
290 kg 12-30-20
2 cobertura ureia 120 kg em
cada aplicação
81
75
80,1
65,72
9,28
Produtor 3
Quartzo
170
28/mai
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
250 kg 8-20-20
1 cobertura ureia 150kg
-
76,06
-
70,54
5,52
Produtor 4
Nova Era
160
31/mai
Perfilhamento
Médio
Inicio
Emborrachamento
200 kg 8-16-24
1 cobertura ureia 140kg
78
46,8
76,8
41,02
5,78
Produtor 5
Quartzo
170
05/jun
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
200 kg 8-16-24
1 cobertura ureia 140kg
80
55,89
78
49,63
6,26
Produtor 6
Quartzo
180
27/mai
Perfilhamento
Médio
Emborrachamento
Avançado
300 kg/há de 12 - 30 -20
- 100 kg ureia em 2
aplicações em cobertura,
82
69
80
65,5
3,5
Produtor 7
Quartzo
180
31/mai
Perfilhamento
Médio
Emborrachamento
Avançado
290 kg 12-30-20
100 kg ureia em 2
aplicações em cobertura,
82
73,72
80,6
73,71
-
Produtor 8
Quartzo
180
02/jun
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
350 kg 8-20-20
250 kg ureia em 2
aplicações em cobertura
(150kg +100),
82
98,54
79
92,18
6,36
Produtor 9
Quartzo
160
08/jun
Perfilhamento
Médio
Inicio
Emborrachamento
280 kg 8-20-20 = Plantio
Cobertura 300 de 8 - 20 20.
79
49
77,8
44
5
27
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
290 kg 12-30-20
2 cobertura ureia 55 kg em
cada aplicação
80
59,83
78,2
52
7,83
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
300 kg 8-20-20 = Plantio
- 120 kg Ureia
81
72
80
64
8
05/jun
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
280 kg 8-20-20 = Plantio
- 200 kg Ureia
82
71,5
80
65,2
6,3
180
08/jun
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
81
80,79
79
74,34
6,45
Quartzo
180
04/jun
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
79
71,28
77,9
57,87
13,41
Quartzo
180
30/mai
Inicio
Perfilhamento
Inicio
Emborrachamento
79
74,61
77,2
61,65
12,96
Produtor 10
Pioneiro
140
Novo
Machado
Produtor 11
Quartzo
160
Novo
Machado
Produtor 12
Quartzo
170
Tucunduva
Produtor 13
Quartzo
Tuparendi
Produtor 14
Santo Cristo
Produtor 15
Fonte: Dados da Pesquisa, 2014.
20/jun
300 kg 12-30-20
2 cobertura ureia 100 kg em
cada aplicacao
300 Kg/há de 8-16-24
- 10 kg de ureia 30 dias
após plantio
- 100 Kg de urei 20 dias
após a primeira aplicação
300 kg 5-20-20
2 cobertura ureia 100 kg em
cada aplicação
28
No quadro 2 estão apresentados os resultados dos questionários aplicados aos
produtores de soja. As entrevistas foram realizadas nos municípios de Catuípe, Ijuí, Eugênio
de Castro, Jóia e Santa Tecla, nos quais foram amostrados diferentes produtores, diferentes
áreas e diferentes cultivares. Para todas as áreas, a adubação e os manejos fitossanitários são
os mesmos realizados na área testemunha e os mesmos tratados com tecnologia Kip Cullers,
sendo que objetivou-se verificar se houve o incremento de produtividade da área tratada com
Kip Cullers e da área testemunha.
Sendo que para cada área amostrada foram aplicados 3 litros/ha de Kip Soja, na fase
V3( três trifólios verdadeiros) mais 3 litros/ha de Kip Soja na fase R1( florescimento) e 3
litros /ha de Kip Soja na fase R5.1 (início da formação de canivete).
No município de Catuípe, foram avaliados 8 produtores que aplicaram a tecnologia
Kip Soja, entre os 8 produtores foram avaliadas 6 variedades diferentes, sendo que o produtor
1 e o produtor 5 que utilizaram a variedade Magna, obtiveram 20,81% e 11,39% de
incremento na produtividade, estes obtiveram uma média de 8,68 sacas a mais.
Os produtores que utilizaram a variedade Nidera 5909, obtiveram uma média de
15,17% de incremento de produção, correspondendo a 8,58 sacas a mais.
Os produtores que utilizaram a variedade Potência obtiveram 19,68% de incremento e
um total de 11,15%a mais de produtividade comparado a área testemunha.
O produtor que utilizou a variedade Força obteve 7 sacas a mais, 13,46% de
incremento, comparada a área testemunha. E o produtor 3 que utilizou a variedade Turbo
obteve 7,28 sacas a mais de incremento, total de 10,56%.
No município de Ijui, os produtores que utilizaram a variedade Potência, obtiveram
uma média de 11,58 a mais de incremento, ou seja, 7,15 sacas a mais comparada com a
testemunha.
Os produtores 3, 4 e 5 utilizaram as variedades VMax, Magna e Turbo
respectivamente, na variedade VMax obteve-se um incremento de 19,42%, na variedade
Magna obteve-se 17,95% e na variedade Turbo 9,43% ou seja, 15,58 sacas/ha a mais, 11,91
sacas/ha a mais e 4,79 sacas/ha a mais de incremento de produtividade comparada a área
testemunha.
Sendo que para região de Ijuí, obteve-se um resultado médio de 8,95 a mais de
incremento entre as variedades e áreas amostradas.
Os produtores amostrados no município de Eugenio de Castro, utilizaram diferentes
variedades, dentre elas, Potencia, NA 6411, Ativa e Força.
29
Os produtores 2 e 3 utilizaram a variedade NA6411, os quais obtiveram uma média de
16,77% de incremento, ou seja, 9,24 sacas/ha a mais comparado a área testemunha.
Já os produtores 2, 3 e 4 utilizaram a variedade Potência, Ativa e Força, nas quais
obtiveram 24,38%, 21,31% e 7,81% respectivamente de incremento na área tratada com Kip,
resultando assim uma produção de mais 10,04 sc/ha, 12,47 sc/ha e 4,04 sc/ha comparada a
área testemunha.
Nos municípios de Jóia e Santa Tecla, foram avaliados 2 produtores, estes utilizaram
as variedades NA 4823 e Potência.
No município de Jóia com a variedade NA 4823, obteve-se um incremento de 17,60%
na produtividade, e para o município de Santa Tecla com
a variedade Potência, um
incremento de 28,86%, ou seja Jóia teve 12,45 sc/ha a mais e Santa Tecla 17,98 sc/ha a mais.
Entre todos os municípios amostrados , obteve-se uma média de 16,14% a mais de incremento
para as áreas tratadas com tecnologia Kip Cullers e uma média de 9,53sacas a mais na
produtividade.
Constatou-se que o resultado obtido para cada variedade são distintos, na qual com
possível interferência de incidência pluviométrica, condição solo, clima, assim como o
manejo adotado por cada produtor.
30
Figura 3: Comparação da produtividade (Kg ha-1) da soja com e sem aplicação de
Kip Cullers.
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
31
Quadro 2: Síntese dos sistemas produtivos da soja com emprego ou não de Kip – resultado de entrevista com produtores
Município
PRODUTOR
Variedade
Fase
Aplicação
KIP SOJA 3
L/há
Fase
Aplicação
KIP SOJA
3 L/há
Fase
Aplicação
KIP Grão 3
L/há
Adubação
PRODUTIVIDADE
KIP
PRODUTIVIDADE
TESTEMUNHA
Produtor 1
Magna
V3
R1
R5.1
350 kg 02.23.23, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
53,03
41,99
Produtor 2
NA 5909
V3
R1
R5.1
300kg 02.23.23, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
73,72
63,57
Produtor 3
Turbo
V3
R1
R5.1
350 Kg 02.23.23, + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
68,84
61,57
Produtor 4
Potência
V3
R1
R5.1
250 Kg 02.23.23, + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
46,34
35,59
Produtor 5
Magna
V3
R1
R5.1
200 kg 02.20.20, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
55,54
49,21
Produtor 6
Potência
V3
R1
R5.1
300 Kg 02.18.18, + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
71,49
59,93
Produtor 7
Força
V3
R1
R5.1
300 Kg 02.23.23, + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
52
45
Produtor 8
NA 5909
V3
R1
R5.1
280kg 02.20.20, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
42,28
35,27
Produtor 9
Potência
V3
R1
R5.1
250 kg 02.23.23, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
76,47
70,81
Produtor 10
Potência
V3
R1
R5.1
280 kg 02.23.23, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
59,41
52,62
Produtor 11
VMAX
V3
R1
R5.1
280 Kg 02.30.20, + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
80,2
64,62
Produtor 12
Magna
V3
R1
R5.1
200 Kg 02.18.18 + 150KgKCl ,
6lt/há Kip Soja + 3lt/há Kip Grão
66,36
54,45
Catuípe
Ijui
32
Produtor 13
Turbo
V3
R1
R5.1
200 Kg 02.18.18 + 100 Kg KCl, +
6lt/há Kip Soja + 3lt/há Kip Grão
50,79
46
Produtor 14
Potência
V3
R1
R5.1
250 Kg 02.23.23 , + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
56,68
47,66
Produtor 15
NA6411
V3
R1
R5.1
300 Kg 02.20.20, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
49,24
39,17
Produtor 16
Potência
V3
R1
R5.1
250 kg 02.20.20, 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
41,17
31,13
Produtor 17
NA6411
V3
R1
R5.1
280 kg 02.23.23, + 6lt/há Kip Soja
+ 3lt/há Kip Grão
64,18
55,77
Produtor 18
Ativa
V3
R1
R5.1
350 kg 02.23.23, + 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
58,49
46,02
Produtor 19
Força
V3
R1
R5.1
350 kg 02.23.23, + 6lt/há Kip Soja +
3lt/há Kip Grão
51,71
47,67
Joia
Produtor 20
NA 4823
V3
R1
R5.1
260Kg DAP, 300 Kg KCl aplicados
à Lanço, 6lt/há Kip Soja + 3lt/há
Kip Grão
70,7
58,25
Santa Tecla
Produtor 21
Potência
V3
R1
R5.1
250 kg 02.18.18 + 150 Kg Kcl, +
6lt/há Kip Soja + 3lt/há Kip Grão
66,92
48,94
Eugenio de Castro
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
33
CONCLUSÃO
O adubo foliar Kip Cullers promoveu maior rendimento na cultura da soja e do trigo,
acarretando em altas produtividades.
Constatou-se que é possível um incremento de produtividade de 10 a 25% de acordo
com cada lavoura, conforme orientações do pacote tecnológico, mas também é preciso levar
em consideração outros fatores que agregam altos rendimentos aliados a tecnologia Kip, como
adubação e sanidade da lavoura.
Verificou-se ainda que os resultados obtidos para cada variedade são distintos,
havendo uma possível interferência de incidência pluviométrica, condição de solo, assim
como o manejo adotado por cada produtor.
Foi realizada a análise dos dados do Teste t, na qual se verificou que alguns
produtores, mesmo utilizando o adubo foliar Kip Cullers, a média não foi significativa. Isto
pode ter sido influenciado pelas condições climática e demais manejos utilizados. Assim
como, houve um incremento de rendimento variável, resultado da interação dos componentes
do sistema de cultivo (variedade, condições edafoclimáticas e época de aplicação).
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMS, D.B.; ADAMS, W.W.N. The role of xanthophylls cycle carotenoids in the
protection of photosynthesis. In: Trends in Plant Science Reviews, v.1, n.1, p.21-26, 1996.
BAYMA, C. Trigo. Rio de Janeiro: Serviço de Informação Agrícola. In: Estudos Técnicos,
v. 2, p. 443, 1960.
BEVILAQUA, G.A.P.; SILVA, P.M.F.; POSSENTI, J.C. Aplicação foliar de cálcio e boro e
componentes de rendimento e qualidade de sementes de soja. In: CiênciaRural, Santa Maria,
v. 32, n.1, p. 31-34, 2002.
BISSANI, C. A. et al. Fertilidade dos solos e manejo de culturas. Porto Alegre: Gênesis,
2004.
BOFF, José Tiago. Épocas de aplicação de nitrogênio e seus efeitos emcomponentes de
produção em trigo. Projeto (Curso de Agronomia) – Universidade Regional do Noroeste do
Estado
do
Rio
Grande
do
Sul,
Ijuí,
2010.
Disponível
em:
<http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/647/Jos%C3%A9
%20-%20tcc%20Formatado%20Net.Copy.pdf?sequence=1>. Acesso em: 16 jun. 2013.
BORTOLINI, M. Análise do sistema de cultivo de trigo de alto rendimento na região de
Ijuí. 68 p. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Regional do Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2007.
CÂMARA, G.M.S. Soja: tecnologia da produção II. Gil Miguel de Sousa Câmara (editor).
Piracicaba: G.M.S. Câmara, 2000.
CAMARGO, P. N. de. Princípios de nutrição foliar. São Paulo: Agronômica Ceres, 1970.
COSTA, Anderson Gomes. Entrevista Engenheiro Agrônomo, 2013. Informação pessoal.
FOLDER CASA CAMERA. Folder, s.d.
FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas: o estudo que está por trás do que se vê. 3.
ed. Passo Fundo, Ed. Universidade de Passo, 2006.
GEWEHR, Ewerton. Padrão tecnológico de trigo e seus efeitos no aproveitamento do
nitrogênio fertilizante e residual. Projeto TCC - Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2011.
GIL, A.C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas 1999.
HENZ, G. Trigo bronzeado. Rev. Cultivar: grande culturas, n, 112, p. 22-24, out., 2008.
INFORMATIVO do Agronegócio, Sorriso/MT, n. 172, 2011. Disponível em:
<www.sindicatoruraldesorriso.com.br/.../16092011061700Informativo%2...>. Acessoem: 02
abr. 2013.
35
JIANG, A.C.D. et al. Leaf orientation, photorespiration and xanthophyll cycle protect young
soybean leaves against high irradiance in field. In: Environmental and Experimental
Botany, p.1-10, 2004.
KAPPES, C.; GOLO, A.L.; CARVALHO, M.A.C. de. Doses e épocas de aplicação foliar de
boro nas características agronômicas e na qualidade de sementes de soja. In: Scientia
Agrária, Curitiba, v. 9, n. 3, p. 291-297, 2008.
LAZZAROTTO, C. Avaliação da produtividade da cultura do trigo (TriticumaestivumL.),
em função da época de semeadura, na região de Dourados. Piracicaba, 71 p. Dissertação
(mestrado) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo,
1992.
MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em:
<http://www.agricultura.gov.br/>. Acessado em janeiro de 2014.
MARCHESAN, C.F. Elaboração do rendimento da cultura da soja (Glycine Max): efeito
de datas de semeadura e espaçamento entre linhas. Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2005.
MONTEITH, J.L. Light distribution and photosynthesis in field crops. In: Annals of Botany,
v. 29, p.17-37, 1965.
PELUZIO, J. M. et al. Influência do desfolhamento artificial no rendimento de grãos e
componentes de produção da soja. In: Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 26, n. 6, p. 11971203, nov./dez. 2002. Disponível em: <http://www.editora.ufla.br/revista/26_6/art11.pdf>.
Acesso em: 22 mar. 2013.
REUNIÃO DA PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL. Indicações técnicas para a cultura
da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2005/2006. FAMV/UPF, 2005.
REVISTA Globo Rural. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com/Revista/
Common/0,,ERT277288-18281,00.html>. Acesso em: 20 jun. 2013.
RODRIGUES, J. D. Fisiologia vegetal e sua importância tecnológica de aplicação de
defensivos. Biológico, São Paulo, v. 56, n.1-2, p. 59-61, jan./dez., 2003.
ROSOLEM, C. A. MACHADO, J. R. Eficiência da cobertura nitrogenada via solo e foliar
em trigo. Científica, SP, v.19, p.9-14.1991.
SHIBLES, R.M.; WEBER, C.R. Leaf area, solar radiation interception, and dry matter
production by various soybean planting patterns. In: Crop Science, v.6, p.575-577, 1965.
SLATYER, R. O. Physiological significance of internal water relations to crop yield. In:
EASTIN, F. A.; SULLIVAN, C. Y.; VAN BAVEL, C. H. M. Physiological aspects of crop
yield. Madison: WI. Inst., 1969. p. 53-83.
TAIZ, L.; ZIEGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed., Porto Alegre: Artemed, 2004.
36
TERUEL, D. A.; SMIDERLE, O.J. Trigo (Triticumaestivum L.). In: CASTRO, P. R. C.;
KLUGE, R. A. Ecofisiologia de cultivos anuais: trigo, milho, soja, arroz e mandioca. São
Paulo: Nobel, 1999.
VALENTINI, Ana Paula Fontana. Fertilizantes foliares e seus efeitos em caracteres de
importância agronômica em trigo. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2008.
37
ANEXOS
ANEXO A
ANÁLISE T, RENDIMENTO DE GRÃO DA SOJA
Município
Catuípe
PRODUTOR
PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE
KIP
TESTEMUNHA
Kip
Tratamento
rep
RG
João Cadore
53,03
41,99
com
1
1
53,03
com
1
2
73,72
s
3
68,84
s
RudineiFilipin
73,72
63,57
Amaurel Sonego
68,84
61,57
Marcelo Sperotto
46,34
35,59
com
1
4
46,34
ElsoMichelan
55,54
49,21
com
1
5
55,54
Nelson Vieira
71,49
59,93
com
1
6
71,49
Tiago Benetti
52
45
com
1
7
52
RudineiTedeski
42,28
35,27
com
1
8
42,28
Lauri Seifert
76,47
70,81
com
1
9
76,47
com
1
s
s
Nestor Grenzel
59,41
52,62
com
1
10
59,41
Graciano Del Fraire
80,2
64,62
com
1
11
80,2
OdilarIrgang
66,36
54,45
com
1
12
66,36
Antônio Milani
50,79
46
com
1
13
50,79
ErnoTschidel
56,68
47,66
com
1
14
56,68
Francisco Gubert
41,17
31, 13
com
1
15
41,17
Emilio Santoni
49,24
39,17
com
1
16
49,24
VolmarMadke
64,18
55,77
com
1
17
64,18
Airton Rhode
58,49
46,02
com
1
18
58,49
Arno Jung
51,71
47,67
com
1
19
51,71
Joia
São João Mirim
70,7
58,25
com
1
20
70,7
s
Santa Tecla
Leandro Formiguieri
66,92
48,94
21
66,92
s
Ijui
Eugenio de
Castro
com
1
sem
2
1
41,99
sem
2
2
63,57
sem
2
3
61,57
sem
2
4
35,59
sem
2
5
49,21
sem
2
6
59,93
sem
2
7
45
sem
2
8
35,27
sem
2
9
70,81
sem
2
10
52,62
sem
2
11
64,62
sem
2
12
54,45
sem
2
13
46
sem
2
14
47,66
sem
2
15
31, 13
sem
2
16
39,17
s
s
38
sem
2
17
55,77
sem
2
18
46,02
sem
2
19
47,67
sem
2
20
58,25
sem
2
21
48,94
todos média
55,60 S+1DP 66,96
DP
11,36 S+2DP 78,32
2dp
22,72
Rendimento de Grão da Soja com aplicação de
Kip
52,00
53,03
Produtor 1
Produtor 2
Produtor 3
71,49 (s)
73,72 (s)
Produtor 4
Produtor 5
55,54
68,84 (s)
46,34
Produtor 6
Produtor 7
Figura 4: Rendimento da soja com aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Rendimento de Grão da Soja com aplicação de
Kip
Produtor 8
56,68 42,28
50,79
76,47 (s)
Produtor 9
Produtor 10
Produtor 11
66,36
59,41
80,2 (s)
Produtor 12
Produtor 13
Produtor 14
Figura 5: Rendimento da soja com aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
rg
39
Rendimento de Grão da Soja com aplicação de
Kip
Produtor 15
41,17
66,92(s)
Produtor 16
49,24
Produtor 17
Produtor 18
70,70(s)
64,18
Produtor 19
Produtor 20
51,71
58,49
Produtor 21
Figura 6: Rendimento da soja com aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Rendimento de Grão da Soja sem aplicação de
Kip
45,00
41,99
Produtor 1
Produtor 2
63,57
59,93
Produtor 3
Produtor 4
Produtor 5
49,21
61,57
35,59
Figura 7: Rendimento da soja sem aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Produtor 6
Produtor 7
40
Rendimento de Grão da Soja sem aplicação de
Kip
47,66
Produtor 8
35,27
Produtor 9
Produtor 10
46,00
70,81(s)
54,45
52,62
Produtor 11
Produtor 12
Produtor 13
64,62
Produtor 14
Figura 8: Rendimento da soja sem aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Rendimento de Grão da Soja sem aplicação de
Kip
48,94
Produtor 15
31,13
Produtor 16
39,17
58,25
Produtor 17
Produtor 18
55,77
47,67
46,02
Produtor 19
Produtor 20
Produtor 21
Figura 9: Rendimento da soja sem aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
41
ANEXO B
ANÁLISE T, RENDIMENTO DE GRÃO E PH DO TRIGO
Município
PRODUTOR
Ph
Kip
PRODUTIVIDADE
Ph
PRODUTIVIDADE
KIP
Testemunha TESTEMUNHA
Kip
Trat.
rep
ph
OldairBalmann
82
69
80
65.5
Kurt Carlos Kretschner
82
73.72
80.6
73.71
Sandro e Talvane Gresele
82
98.54
79
92.18
Tuparendi
Marcos Brunn
79
71.28
77.9
57.87
Tucunduva
Tales e Flávio
Manjabosco
81
80.79
79
74.34
HardiJaster
81
72
80
64
GesronFitz
82
71.5
80
65.2
Aristides Pedroso
79
49
77.8
44
Paulo Pedroso
80
59.83
78.2
52
Granja Nicola
80
54.45
78.5
50.95
Valderi Dal Pai
81
75
80.1
65.72
Vanderlei Alves Pereira
-
76.06
-
70.54
Dr. Mauricio
Cardos
Novo
Machado
Novo
Machado
Giruá
São Luiz
Gonzaga
RG
ph
rg
com
com
1
1
1 82,00 69,00 S
2 82,00 73.72 S
com
com
1
1
3 82,00 98.54 S
4 79,00 71.28
S
com
1
5 81,00 80.79
s
com
com
1
1
6 81,00 72,00
7 82,00 71.5 S
com
1
8 79,00 49,00
com
1
9 80,00 59.83
com
com
1
1
10 80,00 54.45
11 81,00 75,00
com
com
1
1
12 78,00 46.8
13 80,00 55.89
com
sem
1
2
14 79,00 74.61
1 80,00 65.5
S
sem
sem
2
2
2 80.6 73.71
3 79,00 92.18
S
S
sem
sem
2
2
4 77.9 57.87
5 79,00 74.34
sem
2
6 80,00 64,00
S
S
42
Santo Cristo
Itanir José Frison
78
46.8
76.8
41.02
Itanir José Frison
80
55.89
78
49.63
Humberto Kist
79
74.61
77.2
61.65
sem
2
7 80,00
sem
sem
2
2
8
9
77.8 44,00
78.2 52,00
sem
sem
2
2
10
11
78.5 50.95
80.1 65.72
sem
2
sem
2
sem
2
todos média
DP
2dp
65.2
12 76.8 41.02
13 78,00 49.63
14 77.2 61.65
PH
RG
80,10 60,71 S+1DP 81,39 72,99
1,29 12,27 S+2DP 82,69 85,26
2,59 24,54
43
pH do Trigo com aplicação de Kip
Produtor 1
82,00
(s)
82,00 (s)
Produtor 2
Produtor 3
81,00
82,00 (s)
Produtor 4
Produtor 5
82,00
(s)
81,00
Produtor 6
Produtor 7
79,00
Figura 10: Peso de hectolitro de trigo (Ph) com aplicação de Kip.
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
pH do Trigo com aplicação de Kip
79,00
Produtor 8
79,00
Produtor 9
80,00
80,00
Produtor 10
Produtor 11
Produtor 12
78,00
80,00
81,00
Produtor 13
Produtor 14
Figura 11: Peso de hectolitro de trigo (Ph) com aplicação de Kip.
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
44
pH do trigo sem aplicação do Kip
80,00
Produtor 1
80,00
Produtor 2
Produtor 3
80,00
80,60
Produtor 4
Produtor 5
79,00
79,00
Produtor 6
Produtor 7
77,90
Figura 12: Peso de hectolitro de trigo (Ph) sem aplicação de Kip.
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
pH do trigo sem aplicação do Kip
77,20
Produtor 8
77,80
Produtor 9
78,00
78,20
Produtor 10
Produtor 11
Produtor 12
76,80
78,50
80,10
Produtor 13
Produtor 14
Figura 13: Peso de hectolitro de trigo (Ph) sem aplicação de Kip.
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
45
Rendimento de Grão do Trigo com aplicação de
Kip
Produtor 1
71,50
69,00
Produtor 2
Produtor 3
72,00
73,72 (s)
80,79 (s)
98,54 (s)
Produtor 4
Produtor 5
Produtor 6
71,28
Produtor 7
Figura 14: Rendimento do trigo com aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Rendimento de Grão do Trigo com aplicação de
Kip
Produtor 8
49,00
Produtor 9
74,61(s)
59,83
Produtor 10
Produtor 11
55,89
54,45
46,80
Produtor 12
Produtor 13
75,00(s)
Figura 15: Rendimento do trigo com aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Produtor 14
46
Rendimento de Grão do Trigo sem aplicação de
Kip
Produtor 1
65,20
65,50
Produtor 2
Produtor 3
64,00
73,71(s)
Produtor 4
Produtor 5
74,34
92,18(s)
57,87
Produtor 6
Produtor 7
Figura 16: Rendimento do trigo sem aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014.
Rendimento de Grão do Trigo sem aplicação de
Kip
61,65
Produtor 8
44,00
Produtor 9
52,00
49,63
Produtor 10
Produtor 11
50,95
41,02
Produtor 12
Produtor 13
65,72
Figura 17: Rendimento do trigo sem aplicação de Kip
Fonte: Dados da pesquisa, 2014
Produtor 14
Download

TCC LIARA - Biblioteca Digital da UNIJUÍ