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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CADERNO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Adriana Danielle da Silva
Thalita Rhayana de Souza
São José dos Campos/ SP
2012
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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CADERNO DO ALUNO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
ADRIANA DANIELLE DA SILVA
THALITA RHAYANA DE SOUZA
Relatório Final de pesquisa apresentado como parte
das exigências da disciplina Trabalho de Conclusão
de Curso à Coordenação de TCC do curso de
Educação Física da Faculdade de Educação e Artes
da Universidade do Vale do Paraíba.
Orientador: Prof. MsC. Adriano Percival Calvo
São José dos Campos/ SP
2012
3
RESUMO
Atualmente, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo vem utilizando
como forma de padronização o Currículo do Estado de São Paulo, pretendendo
contribuir para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos, garantindo
uma base comum para que as escolas funcionem como uma rede. Esse material
funciona como um Caderno Didático para professores e alunos, e que visa a
sistematização de conteúdos em todas as disciplinas, inclusive na Educação Física
Escolar. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a aplicabilidade desse
Caderno, e sua efetivação, junto a cinco professores da disciplina nas aulas de
Educação Física da rede estadual de ensino. A metodologia utilizada foi de natureza
qualitativa, tendo a entrevista semi-estruturada como instrumento de coleta de
dados. Os resultados obtidos apontaram que os professores estabeleceram uma
relação crítica frente a esse material didático e indicaram vantagens e pontos a
serem melhorados na sua utilização no contexto escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Física Escolar. Currículo estado de São
Paulo. Caderno Didático.
4
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6
2
REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... 8
2.1 Breve História do livro didático no Brasil .............................................................. 8
2.2 Currículos do Estado de São Paulo ......................................................................8
2.3 Tendências pedagógicas da Educação Física Escolar........................................9
2.4 As três dimensões da Educação Física .............................................................. 11
2.5 Resolução da Secretaria de Educação de 1970 ................................................13
3
OBJETIVOS ........................................................................................................... 14
3.1 Objetivo Geral ......................................................................................................14
3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 14
4
METODOLOGIA .................................................................................................... 15
4.1 Tipo de Estudo .....................................................................................................15
4.2 Procedimento Ético.............................................................................................. 15
4.3 Participantes ........................................................................................................15
4.3.1 Critérios de Inclusão ......................................................................................15
4.3.2 Critérios de Exclusão.....................................................................................15
4.4 Materiais ...............................................................................................................16
4.5 Procedimentos Experimentais.............................................................................16
4.5.1 Convite à Participação do Estudo ......................................................................... 16
4.5.2 Entrevista .................................................................................................................... 17
4.6-Tratamento dos Dados ........................................................................................17
4.7 Análise de Dados .................................................................................................18
5- RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 19
5.1 A necessidade de mais aulas de Educação Física ............................................19
5.2 A realidade das estruturas da escola e dos alunos............................................20
5
5.3 Limitações e vantagens do Caderno Didático ....................................................22
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 25
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 256
ANEXO A: Resolução da Secretaria de Ensino de 1970 ........................................... 28
ANEXO B: Questionário da Entrevista ........................................................................ 31
ANEXO C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.......................................... 33
ANEXO D: Termo de Consentimento de Uso de Entrevista/Voz ............................... 34
ANEXO E: Termo de Consentimento de Participação da Instituição em Pesquisa .. 35
APÊNDICE: Respostas das Entrevistas.......................................................................36
6
1- INTRODUÇÃO
Após a implantação do Caderno do Professor, e posteriormente o Caderno do
Aluno, na rede estadual de ensino, um questionamento em relação ao rendimento
das aulas específicas de Educação Física acompanhadas desse material pode
surgir.
Esse material didático é de suma importância para o aprendizado escolar.
Porém, na Educação Física ele tem sido pouco explorado pelos professores. O
caderno possui conteúdo diversificado, destacando a ginástica, a dança, a capoeira,
as lutas, os jogos e brincadeiras. Ou seja, ele prioriza conteúdos que dificilmente
seriam trabalhados pelos docentes sem seu suporte. Além disso, tais conteúdos do
caderno são tratados pelos autores de forma que estimulem intensa reflexão que
extravasam
a
aplicação
meramente
prática
sem
justificativas
de
ações
(RODRIGUES; DARIDO, 2011).
A dúvida sobre a eficácia do implemento desta ferramenta de ensino pode
estar ligado (i) às dificuldades encontradas pelos professores em determinados
temas, (ii) à necessidade de recursos estruturais e materiais da escola, e (iii) no
interesse dos docentes em diferenciar suas aulas. Uma das justificativas para esse
receio na implantação do caderno didático de Educação Física o conteúdo proposto
gera (i) conflitos na e (ii) dificuldades de compreensão pela comunidade educativa;
promovido por incapacidade de adequação do conteúdo (i) às peculiaridades
culturais e psicológicas; (ii) às necessidades; (iii) às capacidades; (iv) aos interesses;
(v) aos valores; e (vi) às expectativas da comunidade e indivíduos envolvidos
(GOETZ; LECOMPTE, 1988 apud WITTIZORECKI; MOLINA NETO, 2005)
No entanto, é importante que os professores passem pela experimentação,
pela inovação, pelo ensaio de novos modelos de trabalho pedagógico, e por uma
reflexão crítica sobre a utilização desses implementos educacionais (NÓVOA, 1995
apud FENSTERSEIFER; SILVA, 2011).
Diante da carência de materiais didáticos na área, da sua recente implantação,
e a consequente falta de experiência dos professores com essa ferramenta, é
7
previsto que surgiram diferentes reflexões e interpretações dos docentes a respeito
dos conteúdos e da forma como aplicá-los (RODRGUES; DARIDO, 2011).
Diagnosticar estas interpretações e reflexões possibilita a criação de
prognósticos para melhorar a eficácia da implementação do Caderno do Aluno na
rede pública de ensino, sugerindo (i) readequação do material para melhor
compreensão do material pelo corpo docente; (ii) capacitações diretas ao Professor
Coordenador de Oficinas Pedagógicas e, consequentemente, aos professores que
atuam nas aulas; (iii) maior flexibilidade do conteúdo e metodologia de ensino do
material em função da comunidade na qual está sendo aplicada.
Isto significa que uma pesquisa a respeito das barreiras e facilidades da
aplicação do Caderno do Aluno nas aulas de educação física escolar contribuirá,
indiretamente, para a melhoria geral da educação estadual e, consequentemente,
nacional.
Compreender a articulação do Caderno do Aluno nas aulas de Educação Física
pelos professores torna-se essencial para diagnosticar os impactos dessa iniciativa,
adotada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, na prática docente
de professores de Educação Física escolar da rede pública estadual de ensino.
8
2- REVISÃO DE LITERATURA
2.1- Breve História do livro didático no Brasil
Segundo Freitas e Rodrigues (2008) a trajetória para que os primeiros materiais
didáticos chegassem ao Brasil teve início em 1929, através da criação de um órgão
específico que legislava sobre políticas do livro didático, o Instituto Nacional do Livro
(INL). Ainda afirmam que em 1945, o Estado restringiu ao professor a escolha do
livro a ser utilizado pelos alunos, isso devido ao questionamento sobre a legitimidade
do órgão que atuava na época, a Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD).
Posteriormente, foram criadas outras fundações e programas para o controle desse
material.
A concepção esportivista instalou-se durante a década de 60 com o governo
militar, transformando a Educação Física basicamente em sinônimo de esporte
(DARIDO et al. 2010).
A partir de 1980, o país passa por uma série de transformações políticas, que
desencadeiam o surgimento de novas correntes pedagógicas para a Educação de
forma geral e especificamente para a Educação Física (DARIDO et al., 2010). Em
1985, foi criado o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que atua até hoje
com o objetivo de auxiliar o trabalho pedagógico dos professores (FREITAS;
RODRIGUES, 2008).
Outro aspecto relevante para a história do Livro Didático no Brasil foi publicação
dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1996. Este, por sua vez, veio
com o objetivo de subsidiar a estruturação curricular dos diversos componentes
curriculares existentes nas escolas (BRASIL, 1998).
2.2- Currículos do Estado de São Paulo
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (BRASIL, 2008) elaborou uma
proposta de sistematização de conteúdos, que se chamou Caderno do Aluno. Essa
9
proposta pretende contribuir para a melhoria da qualidade das aprendizagens dos
alunos, garantindo uma base comum para que as escolas funcionem como uma
rede.
Segundo Sanches Neto et al. (2011) no início do ano letivo de 2008, foi
implantado o Jornal do Aluno, um tipo de recuperação preliminar para que fossem
elaborados minimamente alguns conteúdos, como uma forma de preparação para o
Caderno. E no mesmo ano, ele foi estreado nas escolas da rede estadual de ensino,
e vem sendo utilizada até os dias de hoje.
No início foi denominado de Proposta Curricular, e a partir de 2010 esta Proposta
se tornou o Currículo do Estado de São Paulo (GOMES; VERONEZI, 2012).
O currículo é a referência para ampliar, localizar e contextualizar os
conhecimentos que a humanidade acumulou ao longo do tempo.
Então, o fato de uma informação ou conhecimento ser de outro lugar,
ou de todos os lugares na grande rede de informação, não será
obstáculo à prática cultura resultante da mobilização desse
conhecimento nas ciências, nas artes e nas humanidades (SÃO
PAULO, 2008).
Segundo Sanches Neto et al., (2011) os conteúdos do Currículo do Estado de
São Paulo da Educação Física são: “Jogo, Esporte, Ginástica, Luta e Atividade
Rítmica”, e no Ensino Fundamental o eixo temático: “Organismo Humano,
Movimento e Saúde”. No Ensino Médio fazem parte os eixos temáticos: “Corpo,
Saúde e Beleza”, “Contemporaneidade”, “ Mídias”, e “Lazer e Trabalho”.
2.3- Tendências pedagógicas da Educação Física Escolar
Inspirado pelo novo momento histórico social do país, na década de 70, surgiu
novos movimentos na Educação Física Escolar. Trazendo com eles várias
concepções, todas elas tendo em comum a tentativa de romper com o modelo
mecanicista, fruto de uma etapa da Educação Física (DARIDO,2005).
Bracht (1999) relata também que nesse período, no mundo e no Brasil, passou a
constituir-se mais claramente um campo universitário na Educação Física. Com base
nessa influência, incorporaram-se as discussões pedagógicas muito influenciadas
10
pelas ciências humanas, principalmente a sociologia e a filosofia da educação de
orientação marxista.
Darido (2005) refere-se a esse movimento destacando 4 abordagens:
desenvolvimentista, interacionista-construtivista, crítico-superadora e sistêmica.
A autora ainda afirma que a Educação Física Desenvolvimentista deve
proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja
desenvolvido através da interação entre o aumento da diversificação e a
complexidade dos movimentos (DARIDO, 2005). Costa (2008) acrescenta dizendo
que esse modelo pedagógico encoraja as características únicas do indivíduo e é
baseada na proposição fundamental de que embora o desenvolvimento motor seja
relacionado com a idade, ele não é dependente da idade, corresponde ao nível de
aprendizado da habilidade de cada indivíduo.
Segundo Bracht (1999) a ideia central é oferecer à criança oportunidades de
experiências de movimento de modo a garantir o seu desenvolvimento normal. O
autor ainda ressalta que sua base teórica é essencialmente a psicologia do
desenvolvimento e da aprendizagem.
A linha Desenvolvimentista enfatiza que as habilidades devem seguir uma ordem
de complexibilidade, partindo de habilidades locomotoras, manipulativas, até as de
estabilização. Os movimentos específicos são mais influenciados pela cultura e
estão relacionados à prática dos esportes, do jogo, e da dança (DARIDO,2005).
Darido (2005) fala sobre a proposta interacionista-construtivista como uma opção
metódica, caracterizada pela busca do desempenho máximo, de padrões de
comportamento sem considerar as diferenças individuais. Tem o objetivo de
selecionar os mais habilidosos para competições e esporte de alto nível, sem levar
em consideração as experiências já vividas pelos alunos.
Ela também define a linha crítica-superadora como modelo que possibilita o
levantamento de questões de poder, interesse, esforço e contestação. Acredita não
somente em como ensinar, mas como adquirimos este conhecimento, valorizando a
questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico. Quanto à seleção de
conteúdos, Darido (2005) ressalta que é preciso fazer com que o aluno confronte os
11
conhecimentos do senso comum com os conhecimentos científico, para ampliar o
seu acervo de conhecimento.
E por ultimo, o modelo Sistêmico. Essa abordagem consiste na preocupação de
garantir a especificidade na medida em que considera o binômio corpo/movimento
como meio e fim da Educação Física Escolar (DARIDO, 2005). Segundo a autora a
função dessa disciplina não está restrita ao ensino das habilidades motoras, mas
também que o individuo possa entendê-las, e usufrua dos padrões e valores que a
cultura corporal do movimento oferece.
Segundo Betti (1991 apud DARIDO, 2005) o principal princípio desta abordagem
é denominado princípio da não exclusão, segundo qual nenhuma atividade pode
excluir qualquer aluno das aulas.
2.4– As três dimensões da Educação Física
O PCN propõe o direcionamento da abordagem dos conteúdos escolares em
procedimentos, conceitos e atitudes (BRASIL, 1998).
A Educação Física escolar teve uma ênfase maior nos conteúdos
ligados à prática, à realização dos movimentos, ao “saber fazer”
(procedimental). Já o “porque fazer” (conceitual) e “como se
relacionar dentro desse fazer” (atitudinal) ficaram em segundo plano
ou não eram desenvolvidos intencionalmente nas aulas
(RODRIGUES; DARIDO, 2006).
Acrescentando a importância de contextualizar a Educação Física como
formação do ser humano como um todo, temos a afirmação:
Sabemos que educação é algo abrangente e que o físico não se
reduz ao organismo humano. Educar o físico parece limitar o conceito
de educação física por aquilo que ela representa, portanto, diante de
um referencial cultural, na qual a própria pedagogia nos oferece
conhecimentos seguros sobre a prática, não seria coerente educar o
físico sem educar o ser humano na sua totalidade (CARMO JUNIOR,
2011).
Um dos motivos alegados pelos professores, para não trabalharem as outras
manifestações da cultura corporal, é a insegurança em relação aos conteúdos que
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não dominam, desenvolvendo apenas os que têm mais afinidade (RODRIGUES;
DARIDO, 2006).
Rodrigues e Darido (2006) ainda avançam dizendo que os conhecimentos
curriculares não se restringem a apenas fatos e conceitos, mas a uma série de
formas e saberes culturais essenciais para que se produza o desenvolvimento e
socialização dos educandos.
A Educação Física envolve atividade física, mas nem toda atividade físic a é
Educação Física (TANI, 2007). Acrescentando, Bracht (2001 apud VENÂNCIO;
DARIDO, 2012) acredita que a Educação Física é responsável por inserir as
pessoas no universo da cultura corporal de movimento, e possibilita a forma
autônoma e crítica dos alunos também nos espaços de lazer, e com isso
consequentemente se torna uma questão importante educacional.
13
2.6- Resolução da Secretaria de Educação de 1970: competência e habilidade
dos educadores da rede pública estadual
A Resolução da Secretaria da Educação de 1970 dispõe sobre os perfis
profissionais, competências e habilidades requeridas dos educadores da rede
pública estadual e os referenciais bibliográficos que fundamentam os exames,
concursos e processos seletivos, e dá providências correlatas. O documento se
encontra na integra em anexo (ANEXO A).
14
3- OBJETIVOS
3.1-Objetivo Geral
Avaliar a aplicabilidade do Caderno do Aluno na Educação Física Escolar.
3.2-Objetivo Específico
(i)Avaliar a opinião de professores do ensino Fundamental e Médio da rede
pública de ensino estadual sobre o rendimento das aulas de Educação Física
Escolar após a implantação do Caderno do Aluno;
(ii)Diagnosticar a efetividade do material nas aulas de Educação Física;
(iii)Apontar questionamentos sobre a disciplina.
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4- METODOLOGIA
4.1-
Tipo de Estudo
A pesquisa teve caráter Experimental, onde foi aplicada uma entrevista
semiestruturada.
4.2-
Procedimento Ético
O estudo foi elaborado conforme as diretrizes e normas regulamentadas de
pesquisa envolvendo seres humanos, segundo a resolução nº 196 de 10 de
outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde –
Brasília/DF.
O projeto de pesquisa foi enviado virtualmente à Plataforma Brasil, base de
Comitês de Ética em Pesquisa. Ou seja, a Plataforma Brasil foi responsável por
receber e encaminhar o projeto de pesquisa a um Comitê de Ética em Pesquisa,
que por sua vez, o avaliou.
O projeto de pesquisa foi aplicado apenas após sua aprovação pelo Comitê
de Ética em Pesquisa.
4.3-
Participantes
Participaram do estudo 5 professores do componente curricular Educação
Física com cargos efetivos da rede pública estadual de ensino de São José dos
Campos, interior do estado de São Paulo.
4.3.1- Critérios de Inclusão
Ministrar aulas para turmas do Ensino Fundamental e/ou Médio na rede
estadual de ensino, em cargo efetivo.
16
4.3.2- Critérios de Exclusão
Professores com cargos efetivos que gozam de licenças, ou que atuam de
forma eventual não participaram da amostra deste estudo.
4.4-
Materiais
Os materiais utilizados neste estudo foram:

Questionário semiestruturado, previamente elaborado e impresso, para
aplicação em formato de entrevista dos participantes (ANEXO B);

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado exclusivamente
para esta pesquisa (ANEXO C);

Termo
de
Consentimento
de
Uso
de
Entrevista/Voz,
elaborado
exclusivamente para esta pesquisa (ANEXO D);

Termo de Consentimento de Participação da Instituição na Pesquisa,
elaborado exclusivamente para esta pesquisa (ANEXO E);

Canetas;

Pranchetas; e

Gravador de voz.
4.5-
Procedimentos Experimentais
4.5-1. Convite à Participação do Estudo
Os pesquisadores foram até às instituições de ensino vinculadas à rede pública
estadual de São José dos Campos/SP, interior paulista. Ao chegar, em cada
instituição, os pesquisadores contataram o responsável pelo local. Foi apresentado a
este responsável o projeto de pesquisa, onde foi proposto o convite à instituição
para sua participação na pesquisa.
Após a aceitação do responsável pela instituição, ele foi convidado a ler e assinar
o Termo de Consentimento de Participação da Instituição na Pesquisa e foi
agendada uma reunião dos pesquisadores com os docentes do componente
curricular Educação Física e o responsável da instituição, preferencialmente na Hora
17
de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) da instituição. O projeto foi apresentado
nesta reunião convidando os professores a participar do projeto. Nos casos
afirmativos, foi fornecido aos professores o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) para que ele compreendesse profundamente os objetivos, e que
os esclarece que seus respectivos dados pessoais serão preservados de divulgação
e que serão tomadas todas as medidas para que o estudo não ofereça riscos às
saúdes física, psicológica e/ou moral dos participantes.
Por fim, estes participantes foram esclarecidos que poderiam, a qualquer
momento, desistir de participar do estudo sem que isso lhes trouxesse prejuízos à
saúde e financeiros. Estando as partes em acordo, foi pedido aos participantes que
assinem o TCLE e em seguida o Termo de Consentimento de Uso de Entrevista.
4.5-2. Entrevista
Os docentes foram convidados a acompanhar o pesquisador individualmente
a uma sala reservada e livre de perturbações perceptivas, localizada na própria
instituição de ensino. Sentado frente ao participante, o pesquisador ligou o gravador
de voz avisando, simultaneamente, o participante desta ação e que a entrevista teve
início. Então, o pesquisador proferiu cada pergunta aguardando a resposta verbal do
participante em seguida. Este processo ocorreu de forma sucessiva até que todas as
perguntas do questionário fossem realizadas e respondidas.
Caso o pesquisador julgasse que a resposta foi insuficiente, ele poderia
replicá-la indefinidamente até julgar que tinha obtido uma resposta satisfatória. Além
disso, o pesquisador fez anotações que julgou necessárias para posterior
interpretação (p.e. anotações sobre comportamentos expressivos do corpo).
Ao final da entrevista, o pesquisador encerrou verbalmente a entrevista com o
participante dispensando-o, e então o gravador foi desligado.
4.6-
Tratamento dos Dados
Os dados gravados na entrevista foram transcritos para um editor de texto
(p.e. Microsoft Word for Windows) mantendo fidelidade às expressões orais e não
18
verbais (p.e. entonações, hesitações, alterações de ritmo) (LUDKE; ANDRÉ, 1986
apud RODRIGUES; DARIDO, 2011).
4.7-
Análise de Dados
Foram realizadas Análises Discursivas:
O processo de análise discursiva tem a pretensão de interrogar os
sentidos estabelecidos em diversas formas de produção, que podem
ser verbais e não verbais, bastando que sua materialidade produza
sentidos para interpretação (CAREGNATO; MUTTI, 2006).
Assim, o intuito foi a interpretação dos discursos coletados na entrevista
conforme tema apresentado por este estudo. Após estas análises, os discursos para
cada questão foram comparados, criando os resultados do estudo.
O projeto esteve seguro quanto aos locais para realização da pesquisa. As
entrevistas foram realizadas em salas das próprias instituições de ensino nas quais
os participantes lecionam. Estas salas tiveram os dispositivos necessários para a
entrevista, tais como mesa e cadeira para receber os participantes, o que é
suficiente para a coleta de dados. Foram contatadas previamente as escolas que
serão realizadas as entrevistas, que demonstraram receptividade ao projeto e
disponibilização de uso dos respectivos recintos juntamente com os materiais
necessários.
Por fim, os pesquisadores se responsabilizaram pelos seus deslocamentos às
instituições de ensino.
19
5- RESULTADOS E DISCUSSÃO
As entrevistas realizadas com os professores encontram-se na integra em
apêndice (APÊNDICE 1).
Na realização da entrevista foi utilizado um roteiro básico de questões
semiestruturado, o qual permitiram que os professores entrevistados expressassem
suas opiniões, ideias e questionamentos sobre o Caderno Didático nas aulas de
Educação Física. Para análise dos dados obtidos, realizou-se o cruzamento dos
discursos relatados com a literatura. A partir dos resultados obtidos foi possível
delinear algumas categorias significativas para o estudo. Dentre elas, destaca-se: a
necessidade de mais aulas de Educação Física, a realidade das estruturas das
escolas e dos alunos, e limitações e vantagens do Caderno Didático.
5.1- A necessidade de mais aulas de Educação Física
Identificou-se no decorrer da entrevista que os professores questionam o
número de aulas de Educação Física por semana, e tem uma posição bastante
crítica quanto a essa necessidade.
Quando questionados sobre o que achavam do Caderno, dos cinco
professores entrevistados, dois responderam que ele era bom, porém o que faltava
era um número maior de aulas para que viessem a trabalhar melhor esse material, e
as aulas de Educação Física propriamente ditas.
O que dificulta é quantidade de aulas, se nos tivéssemos mais tempo
pra trabalhar uma aula teórica e de repente duas pratica, a educação
física iria manter sua essência que é pratica, e a informação estaria
com o aluno também através da aula teórica (PROFESSOR 2).
Ainda sobre essa necessidade, o Professor 4 ressalta a possibilidade de
haver mais aulas de Educação Física, e problematiza o atual número de 2 aulas por
semana.
[...] teriam que ter pelo menos três aulas na semana, para que se
tivessem duas aulas praticas e uma teórica. Sendo duas aulas na
semana, dividi 50% pra aula teórica, e 50% pra aula prática, e é muito
pouco, o aluno devia fazer mais aulas praticas (PROFESSOR 4).
20
Percebemos nas falas dos professores que a possibilidade do aumento no
número de aulas é algo que pode colaborar significativamente com o trabalho
docente, com a exploração desse material didático e com o próprio objetivo da
Educação Física Escolar.
5.2- A realidade das estruturas da escola e dos alunos
Durante
as
entrevistas
pudemos
observar
um
questionamento
dos
professores quanto à estrutura da escola, tanto em relação ao espaço físico, quanto
a materiais disponíveis.
Segundo Darido et al. (2010) os materiais didáticos são instrumentos que
proporcionam ao professor critérios e referências para tomar decisões, tanto na
intervenção direta do processo de ensino-aprendizagem quanto no planejamento e
na avaliação.
Três professores ao serem questionados a respeito do Caderno ressaltaram:
[...] é possível usá-lo, o que muitas vezes o pessoal reclama é que às
vezes a realidade do professor e da escola não confere com a do
caderno. Daqui a pouco ele vem com umas ideias, que se você olhar
na realidade tem situação que você não tem quadra, não tem aquele
material que esta no caderno, daí é complicado. Então é questão de
bom senso, saber como usar e quando usar (PROFESSOR 1).
O Professor 4 ainda acrescenta “[...]Então a escola cria uma situação teórica
para o aluno ter o conhecimento, mas não te da a condição de desenvolver isso na
prática, principalmente na questão de estrutura”.
“Gostei muito do caderno. O problema é que tem algumas coisas que fogem
da realidade, que não tem condições de serem aplicadas, não tem materiais, não
existe estrutura.” (PROFESSOR 5)
Cunha (1989, apud SANCHES NETO et al. 2011) destaca dois pontos a
serem refletidos nesse sentido. O primeiro é que na maioria das vezes as
instituições não expressam claramente seu projeto. E segundo, nota-se que quando
21
o fazem, há uma incoerência entre um discurso que procura ser pouco claro e uma
realidade que é concreta e definida.
Nessa mesma linha de raciocínio, ainda podemos ressaltar a posição do
Professor 2, que indaga o Caderno sobre a realidade da classe, em relação a idade
dos alunos e de suas realidades.
Alguns erros no sentido de criar algumas situações que na pratica
vira fantasia, como por exemplo, você confeccionar raquete de tênis
com jornal e jogar com alunos do 3º ano do ensino médio. Então tem
algumas coisas desse nível que eu acho que ficaram fora da
realidade, mas de uma maneira geral, eu acho interessante
(PROFESSOR 2).
No entanto, o Professor 3 salienta a importância da adaptação do professor
quanto a atividades que julga não ser adequada para determinada classe, ou
comunidade em que a escola está inserida.
Na realidade eu me adapto a qualquer série, dependendo do local em
que a escola é inserida, da comunidade. Se não dá pra trabalhar
determinada matéria ou determinado esporte naquela comunidade
vou me adaptando. Então eu sempre usei isso como objetivo nas
minhas aulas, e sempre gostei de trabalhar de acordo com o meio em
que a escola é inserida, a comunidade loca. (PROFESSOR 3).
Os autores ainda afirma que um ponto a ser levado em consideração em
relação à proposta didática é o impedimento da formação crítica dos alunos, já que
estes não conseguem compará-la com suas realidades, muitas vezes não
favorecem a aproximação do seu contexto e das experiências dos alunos (DARIDO
et al., 2010).
Rodrigues e Darido (2011), em estudo realizado com professores de
Educação Física para avaliar a aplicabilidade de um possível livro didático na
modalidade do basquetebol, entendem que o professor preparado para trabalhar
com o livro didático tem condições claras de identificar possíveis incoerências do
material didático. Sendo assim, ele pode modificar a forma de abordar o tema ou até
mesmo descartá-lo. E ao contrário disso, se compreenderem que há importância
para os alunos, pode utilizá-lo em suas aulas.
22
5.3- Limitações e vantagens do Caderno Didático
Ao longo das entrevistas os professores apontaram aspectos positivos e
negativos em relação ao Caderno Didático, e de que forma esse material poderia
colaborar ou dificultar o seu trabalho docente.
O
primeiro
aspecto
negativo
salientado
por
todos
os
professores
entrevistados está relacionado à resistência dos alunos frente ao Caderno do Aluno.
Eles afirmam que a princípio os alunos rejeitam o material, mas através de
“negociações” e “combinados” eles acabam o aceitando.
Mesmo diante dessa resistência à imposição ideológica, Sanches Neto et al.
(2011) afirma que o avanço do professorado necessita de um rumo coletivo. No qual
se caracteriza o Currículo do Estado de São Paulo.
O que tem certa resistência é do aluno que faz uma ideia da
educação física mais relacionada a pratica, ao movimento, ao correr,
a brincar, pular. Quando você tem uma ideia no caderno mas na
teoria cria a resistência da turma, de um ou outro. Os alunos falam
“professor vamos pra quadra hoje”, daí tem que falar: “vamos dar uma
olhada nesse caderno aqui”, você tem que convencer o aluno ou
mostrar pra ele que a pratica dele está sustentado em uma teoria
(PROFESSOR 1).
Outro professor também fala sobre sua estratégia de convencer os alunos a
trabalharem com o Caderno:
Eles se acostumaram, mas eles não gostaram muito. Os alunos
também têm na cabeça que a educação física é pratica, é o
movimento. É aquela hora que ele vai sair daquela aula de
matemática e vai estar livre, é uma libertação, então têm que fazer
muitas negociações, eu passo uma parte teórica e depois nos vamos
pra quadra, ai assim eles acabam se comportando bem. Pela vontade
deles não é parte teórica não (PROFESSOR 2).
O Professor 5 ainda acrescenta dizendo “Eles não gostam da parte teórica,
Educação Física para eles é pratica.”
Pode-se incluir ainda nesse mesmo aspecto o discurso do Professor 3
quando questionado quanto a receptividade dos alunos com a aplicação do
Caderno:
23
Eles gostam. No começo não querem fazer, mas fazemos uns
combinados. Às vezes eles rejeitam, mas quando se fala da
importância eles valorizam e acabam gostando. Respeito e faço essa
troca de respeito, ai entra a parte de valores (PROFESSOR 3).
Segundo Darido et al. (2010) o que afastou a Educação Física dos livros
didáticos dos alunos é a concepção que as aulas se restringem a oferecer um
conhecimento que advém da repetição e da prática dos movimentos.
Outro aspecto que alguns professores ressaltaram como uma questão a ser
repensada, quanto ao Caderno, está ligado à integridade das aulas de Educação
Física na escola. Eles identificam a importância das dimensões conceitual e
atitudinal fortemente exploradas pelo material, porém justificam a importância da
parte prática na formação desses alunos como um ser que precisa se movimentar e
também no aspecto de formação de seu caráter através das vivências práticas,
situações problemas características da dimensão procedimental.
O enfoque da educação física mudou hoje o enfoque deixou de ser
esportivo e virou informativo. A informação que vale, eu vejo com
ressalvo, no meu ponto de vista a educação física tem um punho
pratico muito importante, você tem que desenvolver na criança o
desejo de praticar, o conhecer é importante mais como algo a mais[...]
(PROFESSOR 2).
O Professor 4 em seu discurso sobre a importância de se ter mais aulas
conclui dizendo “O aluno devia fazer mais aulas praticas”.
Podemos ainda completar com esta indagação com o discurso:
O caderno trata de uma maneira muito teórica, uma coisa é você
estar na sala de aula ouvindo que a educação física desenvolve o
raciocínio, outra coisa é você colocar aquele aluno num jogo pratico,
que ele vai desenvolver realmente o raciocínio, ele vai pensar
(PROFESSOR 2).
Darido e Rangel (2008) falam de conteúdos como forma de base objetiva da
instrução-conhecimento sistematizada e são viabilizadas pelos métodos de
transmissão e assimilação. Os autores ainda afirmam que quando nos referimos a
conteúdos, estamos englobando conceitos, ideias, fatos, processos, princípios,
regras, modos de atividade, métodos de aplicação e compreensão, hábitos de
estudos, de trabalho, de lazer e de convivência social, valores, convicções e
atitudes.
24
No que diz respeito a aspectos positivos do Caderno Didático, os professores
apresentam inúmeras vantagens que esse material poderia proporcionar ao trabalho
docente.
Eles afirmam que o material didático colaboram com o seu trabalho a nível de
direcionamento, de atualização, e de mais informações para os alunos.
O Professor 1 salienta a importância de ter uma material de auxilio
pedagógico mesmo tendo bastante experiência em sua docência:
Porque na verdade ele seria um “modulo norte”. Você entra na sala
de aula, você tem esse caderninho, ai dado a sua bagagem,
experiências, suas vivencias, você faz até muito mais com o
caderninho. Então ele serve até como subsidio, muitas vezes
recomendados para o professor, existem outras fontes que você
busca ideias, são informações pra trabalhar (PROFESSOR 1).
O Professor 2 embora traga uma certa resistência à maneira em que o
Caderno está sendo inserido nas aulas de Educação Física, fala sobre a vantagem
ter esse material como um subsidio: “É um amparo de conteúdo, é uma
diversificação da parte teórica que é importante na educação física também.” Em
uma outra questão ele ainda responde: “Eu acho que ele é um recurso importante,
você está trabalhando o cognitivo dos alunos, passando informação, [...] pra mim foi
muito boa eu entro no assunto do caderno e procuro me aprofundar mais.
O Professor 4 diz que o Caderno é bom, e tem um conteúdo razoável. Ele
ressalta a importância do material para que os alunos adquiram algum conhecimento
relativo à Educação Física.
25
6- CONCLUSÃO
A discussão quanto à aplicabilidade do Caderno Didático nas aulas de Educação
Física é ainda um assunto muito polêmico na literatura. No presente estudo,
pudemos observar algumas posturas contrárias ao material, e outras a favor.
Um primeiro aspecto apontado pela avaliação do Caderno nos professores foi
que o aumento da carga horária da disciplina Educação Física pode colaborar muito
para a exploração do material e das aulas propriamente ditas.
Eles ainda apontam que a escola deveria proporcionar a estrutura e os materiais
de acordo com a proposta apresentada pelo Caderno, para que se houvesse
coerência e melhor aplicabilidade do mesmo.
Destacam como relevante o papel do Currículo no direcionamento das aulas, e a
valorização da disciplina em um aspecto geral.
Por outro lado, eles vêm como ponto a ser repensado, a mudança do enfoque
das aulas, que deixaram sua essência prática de lado, e apontam como dificuldade a
resistência dos alunos frente ao material.
O Currículo do Estado de São Paulo ainda traz consigo muitas dúvidas, mas é
uma ferramenta que vem com o intuito de beneficiar a Educação Física Escolar.
Diante
desses
questionamentos,
acreditamos
que
as
considerações
aqui
apresentadas possam colaborar com futuros estudos relacionadas à prática
pedagógica coletiva.
26
7- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física.
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a
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27
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2,
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Educação Física escolar: a visão dos professores. Motriz: Revista de Educação
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TANI, Go. Educação física, vida e movimento: introdução a educação física escolar.
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VENÂNCIO, Luciana; DARIDO, Suraya Cristina. Educação física escolar e o projeto
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professores de Educação Física na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre.
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<http://seer.ufrgs.br/Movimento/index>.
Acesso
em:
17
fev.
2012.
28
ANEXO A
Educação
GABINETE DO SECRETÁRIO
Resolução SE 70, de 26-10-2010
Dispõe sobre os perfis profissionais, competências e habilidades requeridas dos
educadores da rede pública estadual e os referenciais bibliográficos que
fundamentam os exames, concursos e processos seletivos, e dá providências
correlatas.
O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou o Comitê Gestor para
elaboração de provas de que trata a Resolução SE nº 69, de 1º.10.2009, resolve:
Artigo 1º- Fica aprovado o Anexo desta resolução, que apresenta os perfis
profissionais, competências e habilidades requeridas dos educadores da rede
pública estadual nos exames, concursos e processos seletivos, promovidos por esta
Pasta, e os referenciais bibliográficos que fundamentam esses certames.
Perfil:
Educação Física
Ensinar Educação Física é tratar pedagogicamente dos conteúdos culturais
relacionados às práticas corporais. É reconhecer o patrimônio disponível na
comunidade para aprofundá-lo, ampliá-lo e qualificá-lo criticamente. O ensino da
Educação Física proporciona aos alunos melhores condições para usufruto,
participação, intervenção e transformação das manifestações da cultura de
movimentos. Recorre à situações didáticas que promovem a análise e a
interpretação dos jogos, danças, ginásticas, lutas e esportes, concebidos como
textos historicamente produzidos e reproduzidos pelos diversos grupos que
coabitam a sociedade. Portanto, significa conhecer o contexto no qual são
produzidas estas práticas corporais, tratar pedagogicamente este conteúdo
específico, conhecer os alunos e o currículo (programa de ensino), promover
práticas de avaliação que levem o aluno ao conhecimento de si, da vida em grupo,
da aprendizagem de conteúdos e da ética. Nas aulas, os artefatos culturais
receberão, quando necessário, novos sentidos e significados, a fim de que se
estabeleçam as condições necessárias para um diálogo respeitoso entre os alunos e
destes com a pluralidade de formas expressivas presente na paisagem social.
Competências do professor de Educação Física
1. Reconhecer as manifestações da cultura corporal como formas legítimas de
expressão de um determinado grupo social, bem como artefatos históricos, sociais e
políticos.
2. Conhecer e compreender a realidade social para nela intervir, por meio da
produção e ressignificação das manifestações e expressões do movimento humano
com atenção à variedade presente na paisagem social.
29
3. Demonstrar atitude crítico-reflexiva perante a produção de conhecimento da área,
visando obter subsídios para o aprimoramento constante de seu trabalho no âmbito
da Educação Física escolar.
4. Ser conhecedor das influências sócio-históricas que conferem à cultura de
movimentos sua característica plástica e mutável.
5. Dominar os conhecimentos específicos da Educação Física e suas interfaces com
as demais disciplinas do currículo escolar.
6. Relacionar os diferentes atributos das práticas corporais sistematizadas às
demandas da sociedade contemporânea.
7. Dominar métodos e procedimentos que permitam adequar as atividades de ensino
às características dos alunos, a fim de desenvolver situações didáticas que
potencializem o enriquecimento da linguagem corporal por meio da participação
democrática.
8. Demonstrar capacidade de resolver problemas concretos da prática docente e da
dinâmica da instituição escolar, zelando pela aprendizagem e pelo desenvolvimento
do educando.
9. Considerar criticamente características, interesses, necessidades, expectativas e
diversidades presentes na comunidade escolar nos momentos de planejamento,
desenvolvimento e avaliação das atividades de ensino.
10. Ser capaz de articular no âmbito da prática pedagógica os objetivos e a prática
pedagógica da Educação Física com o projeto da escola.
Habilidades do professor de Educação Física
1. Analisar criticamente as orientações da Proposta Curricular de Educação Física e
sua adequação para a Educação Básica.
2. Identificar em diferentes relatos de experiências didáticas, os elementos
relevantes às estratégias de ensino adequadas.
3. Identificar dificuldades e facilidades apresentadas pelos alunos por ocasião do
desenvolvimento de atividades de ensino.
4. Reconhecer nas diferentes teorias e métodos de ensino as que melhor permitem
a transposição didática de conhecimentos sobre os jogos, esportes, danças, lutas e
ginásticas para a Educação Básica.
5. Reconhecer aspectos biológicos, neurocomportamentais e sociais aplicáveis em
situações didáticas, que permitam trabalhar a Educação Física na perspectiva do
currículo.
30
6. Conhecer os fundamentos teórico-metodológicos da Proposta Curricular de
Educação Física, a fim de subsidiar a reflexão constante sobre a própria prática
pedagógica.
7. Identificar estratégias de ensino que favoreçam a criatividade e a autonomia do
aluno.
8. Analisar criticamente os conhecimentos da cultura de movimento disponíveis aos
alunos, discriminando os procedimentos que utilizaram para acessá-los.
9. Identificar instrumentos que possibilitem a coleta de informações sobre o
patrimônio cultural da comunidade, visando um diagnóstico da realidade com vistas
ao planejamento de ensino.
10. Interpretar contextos históricos e sociais de produção das práticas corporais.
11. Reconhecer e valorizar a expressão corporal dos alunos, bem como do seu
desenvolvimento em contextos sociais diferenciados, estabelecendo relações com
as demais práticas corporais presentes na sociedade.
12. Analisar criticamente a presença contemporânea maciça das práticas corporais,
fazendo interagir conceitos e valores ideológicos.
13. Identificar as diferentes classificações dos jogos, esportes, danças, lutas e
ginásticas e os elementos que as caracterizam.
14. Reconhecer os fundamentos das diversas funções atribuídas às práticas
corporais (lazer, educação, melhoria da aptidão física e trabalho).
15. Relacionar as modificações técnicas e táticas das modalidades esportivas às
transformações sociais.
16. Analisar os recursos gestuais utilizados pelos alunos durante as atividades e
compará-los com os gestos específicos da cada tema.
17. Identificar as formas de desenvolvimento, manutenção e avaliação das
capacidades físicas condicionantes.
18. Identificar as variáveis envolvidas na realização de atividades físicas voltadas
para a melhoria do desempenho.
19. Identificar a organização das diferentes manifestações rítmico-expressivas
presentes na sociedade.
20. Analisar os reflexos do discurso midiático na construção de padrões e
estereótipos de beleza corporal e na espetacularização do esporte.
31
ANEXO B
Entrevista
Código do Participante: ___________
1- Data que se formou em Licenciatura em Educação Física?
2- Data que iniciou atividades docentes?
3- Data que iniciou atividades docentes na rede estadual de ensino com cargo
efetivo?
4- Quais foram suas impressões iniciais sobre o Caderno do Aluno? Ou seja, o
que você achou do Caderno Didático na sua implantação?
5- Quais são as suas impressões sobre o Caderno do Aluno? Ou seja, o que
você acha do Caderno do Aluno?
6- Você atuava como docente na rede estadual de ensino antes da inserção do
Caderno Didático?
7- Antes do Caderno Didático, ao planejar suas aulas, utilizava algum livro
didático? Qual?
8- Em sua opinião, o Caderno do Aluno dificulta seu trabalho? De que forma?
9- Em sua opinião, o Caderno do Aluno colabora com o seu trabalho? De que
forma?
10- Em porcentagem, quanto do conteúdo do Caderno do Aluno você utiliza em
suas aulas?
11- O caderno do Aluno permite flexibilidade de uso de diferenciados
métodos/pedagogias de aula?
12- O Caderno do Aluno permite flexibilidade do conteúdo conforme as
necessidades e interesses do público alvo?
13- Qual das atividades você considera mais interessante? Por quê?
14- Qual das atividades você não usaria? Por quê?
15- O que você achou do encadeamento dos temas e das atividades dentro dos
temas?
16- De forma generalizada, você considera que houve mudanças nas aulas de
Educação Física com a inserção do Caderno do Aluno?
17- Como você considera a receptividade dos alunos com a aplicação do
caderno?
32
18- Profissionalmente, na sua opinião, qual é o objetivo da Educação Física
escolar?
19- Pelo contexto do Caderno do Aluno, você identifica o objetivo da Educação
Física escolar? Qual seria?
20- Quais sugestões você daria para a melhora desse material didático?
33
ANEXO C
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Estamos lhe convidando a participar do estudo intitulado “CADERNO
DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR”. O presente estudo propõe uma
avaliação do Caderno Didático na Educação Física Escolar, que será realizada
através de uma entrevista aplicada a professores de Educação Física, voluntários do
estudo. O objetivo do estudo é detectar a efetividade do material nas aulas. Será
garantido sigilo absoluto com relação à identidade dos participantes, sendo que os
mesmos poderão, em qualquer etapa do estudo, ter acesso aos profissionais
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas.
Sua participação não oferecerá danos de caráter físico ou psíquico. As
informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros voluntários, não
sendo divulgada a identificação de nenhum indivíduo; não haverá despesas
pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e
consultas. Também não haverá compensação financeira relacionada à sua
participação.
Os investigadores são alunas do curso de Educação Física da Faculdade de
Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP): Thalita Rhayana
de Souza e Adriana Danielle da Silva. Este estudo está sendo realizado sob
orientação e responsabilidade do Prof. MsC. Adriano Percival Calvo.
Quaisquer considerações ou dúvidas sobre a ética da pesquisa podem ser
sanadas entrando em contato com os pesquisadores no endereço Av. Shishima
Hifume, n. 2911, Bloco 3, Urbanova, São José dos Campos/SP, fone (12) 3947-1000
ramal 1008.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - -- - - -- - - -- - - - - - -- - - - - - - - Eu, ________________________________________________________, portador
do registro geral (RG) ______________________, declaro que consentimento livre e
esclarecido sobre minha participação neste estudo. Desta forma, afirmo que ficaram
claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem
realizados e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha
participação é isenta de despesas. Portanto, concordo voluntariamente em participar
deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou
durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízos ou perda de qualquer benefício que
eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento deste serviço.
_______________________________
Assinatura do voluntário
Data_____/_____/_______
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e
Esclarecido deste voluntário para a participação neste estudo.
________________________________
Pesquisador
Data_____/_____/_______
1ª VIA - PESQUISADOR
2ª VIA - PARTICIPANTE
34
ANEXO D
Termo de Consentimento de Uso de Entrevista/Voz
Eu,
___________________________________________,
portador
do
Registro Geral (RG) ___________________ autorizo que os registros de minha voz
captadas pelo gravador de voz durante minha entrevista para o estudo intitulado
“CADERNO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR”, executado por Thalita
Rhayana de Souza e Adriana Danielle da Silva, sob orientação e responsabilidade
do Prof. MsC. Adriano Percival Calvo, sejam utilizadas para fins científicos e
acadêmicos, desde que preservem minha identidade.
Sem mais;
______________________________________
Assinatura
35
ANEXO E
Termo de Consentimento de Participação de Instituição em Pesquisa
Venho por meio desta, solicitar autorização desta distinta instituição para a
triagem de colaboradores, os quais participariam do projeto de pesquisa o qual será
aplicado nos professores de Educação Física desta escola. O objetivo desta
pesquisa será avaliar a aplicabilidade do Caderno Didático em suas aulas.
A pesquisa intitulada “CADERNO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR” envolverá uma coleta de dados aplicada através de uma entrevista aos
professores de Educação Física que atuam nesta instituição.
Os resultados obtidos nas entrevistas serão utilizados em Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) pelas alunas Adriana Danielle da Silva e Thalita
Rhayana de Souza, sob a orientação do Professor MsC. Adriano Percival Calvo.
O material e o contato interpessoal não oferecerão riscos de qualquer ordem
aos colaboradores e a instituição. Os indivíduos não serão obrigados a participar das
pesquisas podendo desistir a qualquer momento a sua identificação e da instituição
será confidencial e preservada. Quaisquer dúvidas que existirem agora ou depois,
poderão ser livremente esclarecidas, bastando entrar em contato com (12) 39471000, ramal 1008.
De acordo com o referido acima solicitamos sua autorização para a execução
deste trabalho, o qual foi submetido e posteriormente aprovado por Comitê de Ética
em pesquisa.
Agradeço a atenção antecipadamente, e aguardo sua colaboração;
atenciosamente,
São José dos Campos,
de
de
.
______________________________
Prof. MsC. Adriano Percival Calvo
-------------------------------------------------------Eu, ___________________________________________, portador do
Registro Geral (RG) ___________________ autorizo a participação da instituição
“__________________________________________________________________”,
a qual sou responsável, a participar do estudo intitulado “CADERNO DIDÁTICO NA
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR”, executado por Thalita Rhayana de Souza e
Adriana Danielle da Silva, sob orientação e responsabilidade do Prof. MsC. Adriano
Percival Calvo. Autorizo o uso de uma das salas para que a entrevista, prevista na
pesquisa, seja realizada com os profissionais desta instituição.
Sem mais;
_________________________
Assinatura
1ª VIA - PESQUISADOR
2ª VIA – INSTITUIÇÃO
36
APÊNDICE
RESPOSTAS DAS ENTREVISTAS
PROFESSOR 1 (Ensino Fundamental e Médio)
1-1987
2-1990
3-2001
4- Eu achei ótimo porque ele esta bem consistente, e traz bem explicito a parte
teórica da educação física. Achei fantástico, tanto para eu professor quanto para o
próprio aluno, que teve uma boa compreensão do texto.
5- O caderno pra mim de 0 a 10 eu daria uma nota 8. Porque é possível usá-lo, o
que muitas vezes o pessoal reclama é que às vezes a realidade do professor e da
escola não confere com a do caderno. Daqui a pouco ele vem com umas ideias, ai
que se você olhar na realidade tem situação que você não tem quadra, não tem
aquele material que esta no caderno, daí é complicado. Então é questão de bom
senso, saber como usar e quando usar.
6- Isso, bem antes.
7-Eu usava todos que vinham da própria rede de ensino, ia até a biblioteca puxava
os livros e a partir dali procurava melhorar.
8- Não, não dificulta. O que tem certa resistência é do aluno que faz uma ideia da
educação física mais relacionada a pratica, ao movimento, ao correr, a brincar,
pular. Quando você tem uma ideia no caderno, mas da teoria cria a resistência da
turma, de um ou outro. Os alunos falam professor vamos pra quadra hoje, daí tem
que falar: “vamos dar uma olhada nesse caderno aqui”, você tem que convencer o
aluno ou mostrar pra ele que a pratica dele está sustentado em uma teoria, então é
muito bacana. Eles correm, ai você vai falar de batimento cardíaco eles não sabem o
que é isso, e a gente consegue trabalhar isso. Eu fiz isso com um aluno, é que na
verdade eles não estão habituados a isso.
37
9- Como registro, porque a grande dificuldade da gente é que muitas vezes a gente
“faz e acontece” e não tem registro, então se você tem o caderno, você tem o
registro e tem como comprovar sua pratica.
10- 70%, porque você tem como trabalhar, você pode ate pedir pra um aluno levar e
fazer como tarefa ou pesquisa, e na outra aula você está ali corrigindo, dando nota,
dando ponto.
11- Permite. Porque na verdade ele seria um “modulo norte”. Você entra na sala de
aula, você tem esse caderninho, ai dado a sua bagagem, experiências, suas
vivencias, você faz até muito mais com o caderninho. Então ele serve até como
subsidio, muitas vezes recomendados para o professor, existem outras fontes que
você busca ideias, são informações pra trabalhar.
12- Permite.
13- O que eu considero mais interessante seriam as atividades em que se dá uma
comanda para os alunos. Por exemplo, eu digo “hoje nos vamos à quadra e vamos
ver staffetas”, com essa atividade isso esta acontecendo com eles, no organismo
deles. “Nossa professor alterou o batimento cardíaco- o aluno diz”, então atividades
que procuram conscientizá-los, todas as atividades que o aluno tem uma “sacada”,
nossa funciona, vai.
14- Olha o que eu não usaria, só se o espaço físico não permitisse, como, por
exemplo, o futebol Americano. Você vai desenvolver onde esse jogo aqui? Eu não
usaria, já é uma questão de lógica e bom senso, só o que não dá mesmo. O que
você pode adaptar, o que você pode trazer pra sua realidade, você usa.
15- Está ótimo, está coerente, está sensato. Tem tudo a ver com a educação física
mesmo. Esta dentro.
16- Mudanças na aula não, eu acredito que houve uma mudança na cabeça dos
alunos, eles hoje com o caderno tem uma compreensão melhor do que é a
Educação Física. Está bem explicito, da pra você perceber, e se você não estiver a
par do que esta acontecendo ai o aluno pode fazer uma pergunta pra você e você
não saber responder. Então isso eu percebi aqui na escola, até tem uns
“pilantrinhas” que são preguiçosos e querem tirar de você, mais ele não faz.
38
17- Tem a resistência de uns mais a aceitação de outros.
18- Estaria focado para a formação de cidadão. Um ser crítico, analítico, consciente,
um ser que saiba fazer um paralelo, tanto de uma regra de um jogo como uma regra
da sociedade, isso é o que o nosso objetivo. Tanto é que não se foca em nenhuma
formação de atletas, se tem um que tem um potencial à recomendação é direcionalo para algum centro esportivo. Mas o objetivo principal é o cidadão consciente,
sabedor de onde ele está e do que ele tem que fazer. Não é apenas um jogar bola,
por jogar bola.
PROFESSOR 2 (Ensino Fundamental e Médio)
1-1983
2-1985
3-1987
4-De certa maneira achei bom. É um amparo de conteúdo, é uma diversificação da
parte teórica que é importante na educação física também. Eu só acho que a
estrutura falhou um pouco, eu acho que teria que ter mais aulas de educação física,
por semana, e assim pó diante.
5-Alguns erros no sentido de criar algumas situações que na pratica vira fantasia,
como por exemplo, você confeccionar raquete de tênis com jornal e jogar com
alunos do 3º ano do ensino médio. Então tem algumas coisas desse nível que eu
acho que ficaram fora da realidade, mas de uma maneira geral, eu acho
interessante.
6-Atuava
7-A Educação Física foi se transformando ao longo desses anos. Antigamente se
dava um enfoque muito mais prático, em cima de modalidades esportivas. Nós
39
fazíamos em nível de aula teórica de repente passava um jogo, comentava uma
situação de movimento de jogo com as crianças, agora com essa mudança, essa
parte teórica se tornou mais forte, então a informação, o conhecimento. Mas o que
aconteceu no meu ponto de vista, é que a Educação Física se tornou uma matéria
mais teórica do que pratica. A pratica ficou de lado, hoje o aluno não gosta muito de
fazer a pratica mas ele tem o conhecimento teórico.
8-Não dificulta, eu acho que ele veio para auxiliar. O que dificulta é quantidade de
aulas, se nos tivéssemos mais tempo pra trabalhar uma aula teórica e de repente
duas pratica, a educação física iria manter sua essência que é pratica, e a
informação estaria com o aluno também através da aula teórica. Então ele teria a
informação e teria o habito de praticar a atividade física. Ele gostaria de conhecer
mais profundamente o esporte, criar o gosto pelo esporte. Hoje em dia eles
conhecem muito da teoria, mas não tem tempo de se habituar e gostar da pratica.
9- Ele colabora auxiliando. Eu acho que ele é um recurso importante, você está
trabalhando o cognitivo dos alunos, passando informação, a parte do caderno
embora ainda tenha que ser melhorado, pra mim foi muito boa eu entro no assunto
do caderno e procuro me aprofundar mais. Eu acho que ele é um pouco superficial,
acho que teria que ter um pouco mais de tempo pra se trabalhar o caderno.
10-70%
11-Acho que sim, ele é flexível, nos temos ate que trabalhar com aquilo ali, mas não
é uma coisa “amarrada”, que tem que ser feito, tem flexibilidade.
12-Permite, é o que eu faço. Se você entra numa parte de fisiologia e você vê que o
aluno tem interesse naquilo ali, como a musculação que eles gostam, eu acabo
aprofundando mais, além daquilo que o caderno nos oferece.
13-Essa parte de fundamento de saúde, que eu achei importante. A parte de beleza
e estética que cuida dessa parte de anorexia, de bulimia, a influencia da mídia nas
pessoas, então eu acho que isso é importante que faz o aluno refletir, pensar.
40
Porque as vezes a gente só vai absorvendo não para pra pensar se isso é bom ou
não é.
14-Eu só não uso essas atividades que eu sei que na pratica não vão dar certo, não
vou conseguir atingir o objetivo. Principalmente com determinadas idade, então se
você confecciona alguma coisa de jornal tem idade pra isso, se você de repente fizer
numa 5ª serie dá certo, mas no 3º ano do ensino não vai der certo, eles não vão se
interessar então essas eu não utilizo.
15-Ele é bem superficial, ela não aprofunda. Você consegue passar uma matéria
bem superficial, no caso do esporte ele trata de um conhecimento para o aluno, e
muitas vezes na parte do dia a dia você tem que aprofundar um pouco mais, que é o
que a gente faz na parte prática. Por exemplo, então, eu acho assim tem momentos
que a gente aprofunda mais no conhecimento com o aluno porque o que esta no
caderno não é suficiente.
16-Muita mudança mudou bastante, estamos ai com quase 20 anos trabalhando no
estado e mudou muito. O enfoque da educação física mudou hoje o enfoque deixou
de ser esportivo e virou informativo. A informação que vale, eu vejo com ressalvo, no
meu ponto de vista a educação física tem um punho pratico muito importante, você
tem que desenvolver na criança o desejo de praticar, o conhecer é importante mais
como algo a mais, e como uma parte fundamental. Então, a educação física vem se
transformando nisso, você tem pouco tempo pra trabalhar, a parte pratica fica um
pouco de lado, trabalha mais a parte teórica, isso gera que o aluno não goste
daquilo, e isso vai gerando um ciclo que pra mim é negativo.
17-Eles se acostumaram, mas eles não gostaram muito. Os alunos também têm na
cabeça que a educação física é pratica, é o movimento. É aquela hora que ele vai
sair daquela aula de matemática e vai estar livre, é uma libertação, então têm que
fazer muitas negociações, eu passo uma parte teórica e depois nos vamos pra
quadra, ai assim eles acabam se comportando bem. Pela vontade deles não é parte
teórica não.
41
18-No meu ponto de vista a Educação Física tem a contribuir com a formação do
aluno, formação total do aluno, integral. Ás vezes eles pensam que é só a parte
física e não é, é a cognitiva, é raciocínio, a parte emocional que é muito latente num
jogo, numa atividade que envolve a parte social. Então pra mim é desenvolvimento
integral, agora é importante que você coloque o aluno dentro de uma situação que
ele já, por exemplo, tenha conflitos e dentro desses conflitos você vai ser o mediador
vai ter aqueles momentos que vão ter que fazer trabalhos em grupo, então vai ter
que aprender a trabalhar em equipe, e isso é fundamental na vida deles. Então pra
mim é uma formação integral do aluno.
19-O caderno é um fator a mais, é uma parte a mais que você pode utilizar, mas ele
não substitui a educação física. Ela tem esses objetivos, tem a vivencia prática, e
através das manifestações dela você bater um papo, conversar, a fazer entender
que não é bem por ali. O caderno trata de uma maneira muito teórica, uma coisa é
você estar na sala de aula ouvindo que a educação física desenvolve o raciocínio,
outra coisa é você colocar aquele aluno num jogo prático, que ele vai desenvolver
realmente o raciocínio, ele vai pensar. Então é um suporte teórico que a gente tem,
mais nada.
20-Primeiro corrigir essas situações de interesses, você colocar conteúdos
adequados às faixas etárias, pode principalmente no ensino médio ter uns temas
mais interessantes pra colocar, eles poderiam ser mais aprofundado. O caderno
poderia ser mais direcionado para aquela faixa etária, tem algumas atividades que
não condiz com a faixa etária. Outra questão, eu vejo que pode ser um pouco mais
profundo, os temas relevantes podem ser mais profundos também.
Professor 3 (Ensino Fundamental e Médio)
1-1985
2-1993
3- 1998
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4-Gostei.
5-Veio pra incrementar. O Caderno é muito bom para os alunos, eles valorizam mais
nossa disciplina. Porque hoje eles não estão nem ai, acham que Educação Física é
bola e arte é desenhar só.
6- Sim.
7-Primeiro eu usava minha criatividade, por gostar de musica e ser de família de
músicos, eu sempre usei, sempre me adaptei. Na realidade eu me adapto a
qualquer série, dependendo do local em que a escola é inserida, da comunidade. Se
não dá pra trabalhar determinada matéria ou determinado esporte naquela
comunidade vou me adaptando. Então eu sempre usei isso como objetivo nas
minhas aulas, e sempre gostei de trabalhar de acordo com o meio em que a escola
é inserida, a comunidade local.
8- Ele não dificulta meu trabalho, porque os alunos com o caderno estão valorizando
mais a nossa disciplina, porque antigamente sempre se valorizava mais o português
e matemática. E com o Caderno eles estão vendo que a Educação Física é
importante, fazem pesquisa, eles olham e veem. Eles estão lendo o Caderno do
Aluno e comentam, acha interessante. Coisa que não faziam porque não liam.
9-Colabora. Não que eu siga a risca, porque dou temas paralelos, como:
Mecanismos do movimento é um tema que passo um pouco da parte de Fisiologia
do movimento, a importância da Educação Física, Sistema Respiratório, Sistema
Digestivo, como funciona tudo. Trabalho a parte, mas nos temas tem tudo a ver.
Fala da saúde, sobre a mídia, ajuda sim.
10-50%
11-Sim.
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12-Só uma coisa que eu fico indignada com o caderno do aluno em parte pelos
alunos. Eu acho assim todo o ano à gente sabe que o conteúdo é o mesmo, se você
pegar o caderno do aluno do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, ou dos outros anos o
conteúdo é o mesmo, eu já fiz comparação. O caderno às vezes fica de lado,
deveria fazer de forma que no primeiro e segundo bimestre fosse um conteúdo só, e
no 3º e 4º bimestre outro caderno. Porque se não fica um monte de caderno que não
são valorizados.
13-Eu procuro aproveitar tudo que tem no caderno, tudo tem a ver com a área.
Deveriam acrescentar a violência, bullying, para poder trabalhar com os alunos
esses temas também.
14-Não tem atividade que eu não usaria.
15-Olha, pra mim o caderno tem me ajudando muito. Na forma da valorização da
Educação Física muito 10, não tem o que falar. Professor que é professor, que gosta
do que faz, é dedicado, você procura fazer bem feito.
16-Sim. Houve valorização dos professores, até mesmo de outras disciplinas,
porque agora nos tratamos de igual para igual, porque antigamente sempre fomos
colocados de lado, a Educação Física não era valorizada. Agora com o Caderno nos
tornamos mais importantes.
17-Eles gostam. No começo não querem fazer, mas fazemos uns combinados. Às
vezes eles rejeitam, mas quando se fala da importância eles valorizam e acabam
gostando. Respeito e faço essa troca de respeito, ai entra a parte de valores.
18-Ter trabalho com o corpo inteiro. Se não cuidar do corpo, da sua saúde como
você vai conseguir dar conta de suas coisas. Primeiro trabalhar mente e corpo, se
você conseguir dar conta do corpo e mente acaba conseguindo dar conta das outras
coisas da vida. Escolher trabalhar corpo e mente saber fazer suas escolhas.
44
19-Sim, porque os conteúdos tem tudo a ver com a saúde, com a mídia. Corpo
saúde e mídia influenciam muito. Alimentação, cuidar da saúde.
20-Teria que ter mais temas de atualidades paralelos, como por exemplo, violência,
drogas, o que esta acontecendo na nossa realidade. E abordar temas que
encadeiam família na escola, porque falta muito isso, a família se envolver mais.
Sexualidade, religião.
PROFESSOR 4 (Ensino Médio)
1-1985
2-1985
3-1987
4-Eu acho bom, que é valido, mas teria que ter mais aulas de Educação Física,
porque a Educação Física é uma aula mais pratica, a teoria tem que vir aliada a
pratica.
5-O caderno é bom, tem um conteúdo bem razoável. Dá para ser usada com os
alunos, para eles adquirirem algum conhecimento relativo à Educação Física.
6-Atuava.
7-Utilizava “O trabalho dirigido em Educação Física”
8-Ele não dificulta, mas como eu disse, teriam que ter pelo menos três aulas na
semana, para que se tivessem duas aulas praticas e uma teórica. Sendo duas aulas
na semana dividi 50% pra aula teórica, e 50% pra aula prática, e é muito pouco, o
aluno devia fazer mais aulas praticas.
45
9-Depois que foram implantadas as duas aulas, e eles colocaram o caderno, nós
estamos trabalhando em cima do Caderno, é o contrario, não é que ele colabora
comigo, eu que tenho que trabalhar em cima dele. É meio imposto o negocio,
entendeu? Apesar de não ser um caderno ruim.
10-Nas aulas teóricas 100%.
11-Parcialmente.
12-Sim, de certa forma sim, na parte dos esportes, ele coloca uma modalidade, mas
você pode flexibilizar e colocar outra no lugar, mas ele vem com as modalidades
fechadas.
13-A parte que fala sobre saúde, essa parte é muito importante para os alunos.
Agora, quando a gente fala de saúde a gente fala em atividade física, então a gente
tem que praticar também. Então a escola cria uma situação teórica para o aluno ter
o conhecimento, mas não te da a condição de desenvolver isso na prática,
principalmente na questão de estrutura.
14-Boxe luta. Para você fazer uma aula de luta na escola você tem que ter uma
condição de desenvolver esse trabalho muito bacana, tem que educar os alunos e
ter toda uma estrutura em volta pra fazer isso coisa que a escola não oferece.
15-Tem. Assim, é bem pessoal, algumas coisas são bacana, mas tem outras meio
vazias, não tem muita utilidade .
16-Da prática não, na verdade nós deixamos de fazer uma atuação que a gente
fazia antes do caderno e teve que mudar por causa dele, só que diminuíram de 3
para 2 aulas, a aula era fora do horário e passou a ser dentro do horário, mudou
muita coisa.
17- É boa. Eles aceitam tem aquele percentual de alunos que vem na escola pra
aprender na boa. Nós temos um percentual muito grande de aluno que vem na
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escola por vir, o que é um problema muito sério da educação hoje em dia, para
ganhar a bolsa família, aquelas coisas toda, para o pai não ser chamado no
Conselho Tutelar.
18-Eu acho que ela tem um objetivo muito amplo. Na questão educacional e na
questão esportiva, nós temos que utilizar os movimentos, a parte dos esportes pra
que o aluno venha gostar de atividade física e que partir daí ele vai ter uma condição
melhor de vida, ser uma pessoa que vai fazer atividade física a vida inteira. E o
esporte como meio de educação mesmo através do esporte ele abra os horizontes
da vida dele. Eu trabalho muito na questão de turma de ACD, então os alunos
viajam, conhecem outros lugares, então a parte educacional deles, que eles não
trazem de casa melhora muito quando eles passam a ter essa convivência.
19- Objetivo que eles passem a ter conhecimento da importância da atividade física
na vida deles. Apesar de que, a minha critica é que eles mostram isso, mas não dão
condições pra que você execute isso. Eu acho que é muito mais importante o aluno
estar lá fazendo, eu ensinado, ele aprendendo lá na quadra, numa carga maior de
aula prática, que isso venha ser amarrado na parte teórica, do que ao contrario, que
é como vem acontecendo.
20-Dentro daquilo que falei, teria que ter uma coisa aliando teoria e a pratica, uma
carga horária maior. A educação física tinha que ser fora do horário, se eles querem
que o aluno fique o tempo todo na escola eles vão ver o discurso lá porque e
preparar.
PROFESSOR 5 (Ensino Médio)
1-2003
2-2012
3-2012
47
4-Gostei muito do caderno. O problema é que tem algumas coisas que fogem da
realidade, que não tem condições de serem aplicadas, não tem materiais, não existe
estrutura.
5-Gosto, mas poderia ser mais dentro da nossa realidade na escola.
6-Sim.
7-Utilizava livros voltados para a prática escolar.
8-Não dificulta.
9-Colabora, ele contribui.
10- 80%
11- Mais ou menos.
12- Ele já vem muito objetivo, sigo adaptando conforme a necessidade da escola.
13- Esportes de quadra, porque os alunos se interessam mais.
14- Atividades que fornecem risco maior no ambiente que não é próprio para a
prática como, por exemplo, o skate. Nesse caso a responsabilidade aumenta.
15- Boa, gostei.
16- Não.
17- Eles não gostam na parte teórica, Educação Física para eles é pratica.
18- Apresentar as modalidades no geral, apresentar uma base e ter opinião critica
de tudo na vida deles.
19- Não, por que esta passando para eles na teoria o que na pratica não se tem
como fazer.
20- O Caderno é bem completo, o problema é nas escolas que não tem materiais de
acordo com a proposta do Caderno. Minha sugestão seria que tenha no Caderno
atividades que condizem com a realidade da escola.
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