UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Débora Washimi Pereira Diego Pereira Monteiro Juliano Miguel da Câmara Lima COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E COMUNICAÇÃO ON LINE Bracol Holding Ltda. – Lins LINS – SP 2008 DÉBORA WASHIMI PEREIRA DIEGO PEREIRA MONTEIRO JULIANO MIGUEL DA CÂMARA LIMA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E COMUNICAÇÃO ON LINE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Especialista Paulo José Manzoli Godinho e orientação técnica da Profª M.Sc Heloísa Helena Rovery da Silva. LINS – SP 2008 Pereira, Débora Washimi; Monteiro, Diego Pereira; Lima, Juliano Miguel da Câmara P49c Comunicação empresarial e comunicação on line: Bracol Holding Ltda / Débora Washimi Pereira; Diego Pereira Monteiro; Juliano Miguel da Câmara Lima. -- Lins, 2008. 114p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2008 Orientadores: Paulo José Manzoli Godinho; Heloisa Helena Rovery da Silva 1. Comunicação on line. 2. Bracol. 3. Comunicação Interna. 4. Relações interpessoais. I Título. CDU 658 DÉBORA WASHIMI PEREIRA DIEGO PEREIRA MONTEIRO JULIANO MIGUEL DA CÂMARA LIMA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E COMUNICAÇÃO ON LINE Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em: ___/___/______. Banca Examinadora: Profº Orientador: Profº Especialista Paulo José Manzoli Godinho Titulação: Especialista em Administração Hospitalar pela União de Associados de Ensino de Ribeirão Preto Assinatura: ___________________________ 1º Prof. (a): ______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ______________________________ 2º Prof. (a): ______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:______________________________ RESUMO Numa organização a comunicação é uma ferramenta fundamental para a obtenção de sucesso nos negócios e cumprimento de metas, sendo praticada da melhor maneira possível. A migração de documentos, informações e decisões empresariais em ambiente on line foram absorvidas pelo cotidiano organizacional, e trouxeram consigo um grande desdobramento nas opções de utilização, seja de maneira isolada ou em ambiente de rede no trabalho. Na Bracol Holding Ltda, fabricante de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s) foi possível verificar a sua dinâmica com relação à comunicação interna e aprofundar os efeitos do processo de comunicação on line, avaliando as interferências que produz no relacionamento interpessoal da organização. Os métodos e técnicas utilizados foram preponderantes para verificar esse processo de comunicação na empresa. Da forma como é utilizada, pode tanto dificultar como também auxiliar de maneira eficaz a comunicação e as tomadas de decisões dentro da organização. Segundo resultados obtidos pela pesquisa realizada na empresa, constatou-se que o processo de comunicação on line, tema central da pesquisa em questão, não interfere nas relações interpessoais. Já a análise do comportamento da comunicação corporativa no Brasil, pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), evidenciou um investimento ineficiente na área de comunicação de várias empresas de grande porte existentes no país. Foi realizada uma comparação entre as pesquisas, demonstrando os principais gargalos do processo comunicativo existentes nas organizações. Um dos resultados obtidos pela ABERJE foi que as organizações investem muito pouco em comunicação interna e poucas possuem departamentos de comunicação, agindo juntamente com a área de recursos humanos. Outra constatação confirmada pela afirmação da maioria dos funcionários entrevistados é que a comunicação interna não atende completamente às necessidades de informação deles e da empresa. Palavras-chave: Comunicação on line. Bracol. Comunicação interna. Relações interpessoais. ABSTRACT In an organization, communication is an essential tool to obtain success on business and to achieve goals, being practiced on the best way possible. The migration of files, information and business decisions in an on line environment was absorbed by the organizational routine and brought along a great flexibility on the options of utilization, even on a single way or through the business net work. On Bracol Holding Ltda, producer of Individual Protection Equipments (IPE), it was possible to verify their dynamic related to internal communication and to deepen the effects of the on line communication process, evaluating the interferences it makes on the interpersonal relationship on the organization. The methods and techniques used were significant to check on this communication process in the company. The way on which it is used it can either make difficult or also assist effectively the communication and making the decisions inside the organization. According results obtained of the research consummated in the company, it was testified that the on line communication process, main theme of the research pointed here, doesn’t affect interpersonal relations. But the analyses of corporative communication behavior in Brazil, research consummated by the Brazilian Business Communication Association (BBCA), became evident an inefficient investment in the area of communication on several big companies in the country. A comparison was done between the researches, demonstrating the main gaps on the communicative processes existing in the organizations. One of the results obtained by BBCA was that the organizations don’t invest much in intern communication and few of them have communication departments, acting close to the human resources area. Another point was testified and confirmed by most of the employees interviewed which is that intern communication doesn’t assist completely their information needs and also the company’s. Keywords: On line Communication. Bracol. Intern communication. Interpersonal relations. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Unidade em Lins .................................................................................21 Figura 2: Organograma departamento de P&D .................................................23 Figura 3: Organograma departamento de Produção e Manufatura ..................23 Figura 4: Organograma departamento de Produção e Solados .......................24 Figura 5 Organograma departamento de GQT..................................................24 Figura 6: Organograma departamento de PPACP ............................................24 Figura 7 Organograma departamento de Controladoria ...................................25 Figura 8: Organograma departamento de Vendas ...........................................25 Figura 9: Organograma departamento de Gestão de Pessoas ........................25 Figura 10: Organograma departamento de Suprimentos .................................25 Figura 11: Organograma departamento de Marketing ......................................26 Figura 12: Organograma departamento de Custos ...........................................26 Figura 13: Organograma departamento de TI ...................................................26 Figura 14: Unidade de Castanhal ......................................................................28 Figura 15: Os produtos comercializados ...........................................................29 Figura 16: Área de P&D ....................................................................................33 Figura 17: Processo comunicativo ....................................................................44 Figura 18: Sexo .................................................................................................72 Figura 19: Faixa etária ......................................................................................73 Figura 20: Cargo ...............................................................................................73 Figura 21: Número de funcionários ...................................................................74 Figura 22: Modelo de gestão .............................................................................74 Figura 23: Status de comunicação corporativa .................................................75 Figura 24: Setores responsáveis pela comunicação .........................................76 Figura 25: Estrutura das equipes ......................................................................77 Figura 26: Tamanho das equipes ......................................................................78 Figura 27: Espaço na área de atuação .............................................................79 Figura 28: Veículos de comunicação gerencial .................................................80 Figura 29: Principais veículos de comunicação interna ....................................81 Figura 30: Periodicidade de utilização ...............................................................82 Figura 31: Outros veículos disponíveis aos funcionários ..................................83 Figura 32: Comunicação digital .........................................................................84 Figura 33: Comparativo de investimento ..........................................................85 Figura 34: Investimentos atuais ........................................................................86 Figura 35: Necessidades de informação ...........................................................86 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Idade .................................................................................................59 Tabela 2: Formação educacional ......................................................................59 Tabela 3: Tempo de empresa ...........................................................................60 Tabela 4: Tem computador em casa .................................................................60 Tabela 5: tem noções de informática ................................................................61 Tabela 6: Como você considera o processo de comunicação em sua área de atuação .............................................................................................................61 Tabela 7: As informações via mural e jornal da empresa, como você as classificaria .................................................................................................... ..61 Tabela 8: Você utiliza comunicação on line ......................................................62 Tabela 9: Se sim, como você a classificaria .....................................................62 Tabela 10: Atribua notas de acordo com as faixas em relação a comunicação por escrito ..........................................................................................................63 Tabela 11: Atribua notas de acordo com as faixas em relação a comunicação interpessoal (contato) ........................................................................................63 Tabela 12: Atribua notas de acordo com as faixas em relação a comunicação on line ................................................................................................................64 Tabela 13: Atribua notas de acordo com as faixas em relação a comunicação por escrito com contato pessoal ........................................................................64 Tabela 14: você acredita que a comunicação on line .......................................65 Tabela 15: Vantagens da comunicação on line ................................................65 Tabela 16: Desvantagens da comunicação on line ...........................................66 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Componentes de calçados produzidos ............................................31 Quadro 2: Produção do primeiro semestre de 2008 .........................................34 Quadro 3: Clientes ............................................................................................35 LISTA DE SIGLAS ABERJE: Associação Brasileira de Comunicação Empresarial a.C.: antes de Cristo CNPJ: Cadastro nacional de pessoa jurídica CNV: Comunicação não violenta DATABERJE: Instituto ABERJE de Pesquisa d.C.: depois de Cristo DST´s: Doenças sexualmente transmissíveis EPI`s: Equipamentos de proteção individual GQT: Gestão da Qualidade Total IBM: International Business Machines ICQ: I Seek You, em português, "Eu procuro você" I.E.: Inscrição estadual ISO: International Organization for Standardizatin - Organização Internacional para Padronização LP: Pong play – Disco de vinil MSN: Messenger PC: Personal computer – computador pessoal P&D: Planejamento e Desenvolvimento PPACP: Planejamento Programação Produção PU: Poliuretano PVC: Poli cloterto de vinila TI: Tecnologia da Informação TPU: Poliuretano termoplástico WWW: World Wide Web Acompanhamento e Controle de A DEUS Por me conceder a oportunidade de ter realizado mais uma etapa de minha vida, que mesmo nos momentos mais difíceis, a fé em ti me faz me superar qualquer obstáculo. AOS MEUS AMADOS PAIS ALICE E LEOCLIDES Que não mediram esforços em nenhum momento, abrindo mão de suas vontades, me ensinando a viver um dia de cada vez, que para conseguir algo é preciso lutar por ele, que em qualquer dificuldade ou até mesmo tropeço, devo me levantar e prosseguir sempre de cabeça erguida. Dedico todo este esforço a vocês, obrigada e amo muito vocês! AO MEU QUERIDO IRMÃO ROGÉRIO Pelos vários dias de minha vida em que você me ajudou na escola. Pelas noites mal dormidas que, quando eu tinha medo, você segurava a minha mão. Por me proteger, mesmo à distância ou sem que eu soubesse. Por estar sempre ao meu lado. Talvez me falta coragem de dizer pessoalmente, mas saiba o quanto você é importante em minha vida! Meu irmão, meu amigo, meu companheiro, meu exemplo...Obrigada! Te amo, Gé! AO MEU QUERIDO DANILO Este ano não deve ter sido fácil para nós, por isso dedico este trabalho também a você, que esteve presente em minha vida em todos os momentos, sempre me apoiando, sabendo compreender com muito carinho o meu comportamento, ouvindo meus desabafos e me confortando com seu ombro amigo. Obrigada, lindo! AOS MEUS AMIGOS DIEGO E JULIANO Por todo o empenho e esforço que ao longo deste tempo mostraram-se cada vez maior. Pelas alegrias vividas, pelo tempo investido, pelas horas que vocês agüentaram meu mau-humor. Obrigada meninos pela dedicação e amizade! Débora Esse trabalho de conclusão de curso não poderia deixar de dedicar aos meus amigos Juliano Miguel e Débora Washimi, ao meu pai José, a minha mãe Neuza, a minha irmã Débora, aos meus professores e mestres, pessoas fundamentais na minha vida para a concretização desse projeto e fonte de inspiração e progresso durante esses quatro anos, tanto em nível acadêmico, profissional e pessoal. A todos vocês minha sincera gratidão! Diego AOS MEUS PAIS Dedico a realização dessa etapa importante de minha vida aos seres responsáveis por minha existência, pessoas que incondicionalmente sempre me amaram e estiveram do meu lado me apoiando nos momentos difíceis, além de comemorar e vibrar em cada conquista. Sr. Jesuíno e D. Idalina tenho muito a agradecer por tudo que fizeram por mim, pois me ensinaram a viver e a batalhar pelo que desejo e a me tornar uma pessoa melhor a cada dia. Amo vocês! A MINHA IRMÃ Quero dedicar também, este trabalho tão importante a minha amada irmã, Juliana, que sempre me ajudou e me apoiou nos momentos em que precisei. Sempre me orientou em alguma duvida dando dicas vindas sempre em boas horas, além de ter muita paciência comigo. Este é um momento especial para dizer o quanto você é especial para mim Mana. Que Deus sempre a abençoe! AOS MEUS PARCEIROS DE TCC DÉBORA E DIEGO Pessoas com as quais passei muitos anos de minha vida, onde pudemos aprender a nos respeitar, nos entender e um círculo em que a verdadeira amizade sempre existiu e sedimentou-se a cada dia. Por tantas noites e tantos dias trabalhando muito para que o fruto desse esforço fosse apresentado agora com tamanha qualidade. Quero que saibam que por mais que à distância nos separe esse sentimento jamais se apagará, obrigado por todo empenho meus amigos! AOS MEUS FAMILIARES Que sempre torceram por mim, pelo meu sucesso e me incentivaram dando conselhos em momentos de dúvida e angústia e por devotarem tanta confiança em mim. Um grande abraço e um muito obrigado especial a vocês! Juliano AGRADECIMENTOS A DEUS Agradecemos a Deus a oportunidade de viver que nos dá a cada dia, a nossa família que é a fonte de nossa força, nosso porto seguro. Por tudo que nos oferece em nossas vidas, por toda força de superação em nossas dificuldades e pelas conquistas obtidas. Pois toda fé em Ti Senhor nos dá sustentação para nunca desistir, para termos paciência nas adversidades e estímulo para continuar sempre a praticar o bem! AOS PROFESSORES GODINHO E HELOÍSA Ao professor Godinho por nos aceitar como orientandos e por confiar em nossa capacidade no desenvolvimento de um trabalho tão importante. Por nos propor um tema que ainda não tinha sido abordado, apostando em nossa competência, além de todo o tempo dedicado ao esclarecimento de nossas dúvidas e a paciência nos momentos de decisão. À professora Heloísa que com toda sua atenção pôde dedicar tempo importante e muita paciência em todas as nossas dúvidas quanto à parte referente aos métodos e técnicas que deveríamos utilizar neste trabalho. Somos muito gratos a vocês, pois se não fosse por isso, não teríamos vencido essa etapa. AO UNISALESIANO Que nos ofereceu toda estrutura para a execução do curso. De modo especial a todos os mestres que sempre nos orientaram desde o primeiro ano a nos tornar pessoas mais responsáveis, e por todo conteúdo que nos passaram. Também aos funcionários que acabaram se tornando nossos amigos passando pela portaria, audiovisual, reprografia, biblioteca e tantos outros setores. À BRACOL HOLDING LTDA. Que nos cedeu a oportunidade de realizar um estudo em suas instalações e aos funcionários com os quais tivemos contato direto. O nosso muito obrigado. Débora, Diego e Juliano Só depende de nós... "Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim." (Charles Chaplin) SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................17 CAPÍTULO I – BERTIN LTDA. DIVISÃO EPI’S ...............................................19 1 O GRUPO BERTIN .................................................................................19 1.1 Histórico da BRACOL..............................................................................20 1.2 Missão ....................................................................................................22 1.3 Visão .......................................................................................................22 1.4 Organograma da BRACOL Holding Ltda. – Divisão EPI’s ......................23 1.5 Unidades estratégicas .............................................................................26 1.5.1 Unidade Lins............................................................................................27 1.5.2 Unidade de Castanhal .............................................................................27 1.6 Marca ......................................................................................................28 1.7 Produto ....................................................................................................29 1.7.1 Botas de PVC ..........................................................................................30 1.7.1.1 Linha Acqua Flex ...................................................................................30 1.7.1.2 Linha Acqua Fort ...................................................................................30 1.7.1.3 Linha Acqua Lev ....................................................................................30 1.7.2 Calçados .................................................................................................31 1.7.3 Luvas ......................................................................................................32 1.7.3.1 Linha TD-VULC .....................................................................................32 1.7.3.2 Linha Látex Nat. Dp. ..............................................................................32 1.7.3.3 Linha Látex Nit. Rt .................................................................................32 1.7.3.4 Linha PU-5000 ......................................................................................32 1.7.3.5 Linha PVC C/ST L .................................................................................32 1.8 Planejamento e desenvolvimento ...........................................................33 1.9 Produção .................................................................................................33 1.10 Estratégias competitivas .........................................................................34 1.11 Atuação de mercado ...............................................................................34 1.12 Clientes....................................................................................................34 1.13 Concorrentes ..........................................................................................36 1.14 Qualidade de vida ...................................................................................36 1.15 Responsabilidade social .........................................................................36 CAPÍTULO II – A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO ..........................................38 2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COMUNICAÇÃO .................................38 2.1 Cronologia da comunicação ....................................................................38 2.1.1 Só no papo ..............................................................................................39 2.1.2 A mensagem eternizada..........................................................................39 2.1.3 Reprodução em série ..............................................................................39 2.1.4 A mensagem sem fronteiras....................................................................40 2.1.5 A ilusão do mundo real............................................................................40 2.1.6 Tudo ao mesmo tempo agora..................................................................41 2.2 Conceituando comunicação ....................................................................41 2.3 Elementos da comunicação.....................................................................41 2.4 Formas da comunicação .........................................................................44 2.4.1 Comunicação social.................................................................................45 2.4.2 Comunicação em massa .........................................................................45 2.4.3 A comunicação interpessoal....................................................................46 2.4.4 Comunicação intrapessoal.......................................................................47 2.4.5 Comunicação através de símbolos..........................................................48 2.4.6 Comunicação visual.................................................................................48 2.4.6.1 Design gráfico X comunicação visual ...................................................49 2.4.7 Comunicação audiovisual .......................................................................49 2.4.8 A comunicação segmentada ..................................................................49 2.4.9 A comunicação ciberespacial .................................................................50 2.4.10 A comunicação não violenta ..................................................................50 2.5 Semiótica ................................................................................................51 2.5.1 Semiótica e semiologia: Dois nomes para duas tradições .....................52 2.6. Comunicação empresarial ......................................................................53 2.7 Comunicação on line ..............................................................................55 CAPITULO III – A PESQUISA...........................................................................61 3 INTRODUÇÃO ........................................................................................61 3.1 Apresentação da pesquisa na Bracol Holding Ltda. ...............................62 3.2 Resultado da pesquisa na empresa .......................................................62 3.3 Como anda a comunicação interna nas empresas nacionais ................71 3.3.1 A pesquisa da ABERJE ..........................................................................72 3.3.1.1 Perfil dos funcionários ...........................................................................72 3.3.1.2 Caracterização as empresa ..................................................................73 3.3.1.3 Modelo de gestão ..................................................................................74 3.3.1.4 Status da comunicação corporativa ......................................................75 3.3.1.5 Setores responsáveis pela comunicação ..............................................76 3.3.1.6 Estrutura das equipes ...........................................................................77 3.3.1.7 Tamanho das equipes ...........................................................................77 3.3.1.8 Espaço na área de atuação ..................................................................78 3.3.1.9 Veículos de comunicação gerencial ......................................................79 3.3.1.10 Principais veículos de comunicação disponibilizados .........................80 3.3.1.11 Periodicidade de utilização ..................................................................81 3.3.1.12 Outros veículos disponíveis aos funcionários .....................................82 3.3.1.13 Comunicação digital ............................................................................83 3.3.1.14 Comparativo de investimentos ............................................................84 3.3.1.15 Investimentos atuais ...........................................................................85 3.3.1.16 Necessidades de informação ..............................................................86 3.3.1.2 Resultado da pesquisa realizada pela ABERJE ....................................87 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ......................................................................89 CONCLUSÃO ....................................................................................................90 REFERÊNCIAS .................................................................................................91 APÊNDICES ......................................................................................................94 17 INTRODUÇÃO A intenção deste trabalho de conclusão de curso é compreender os efeitos do processo de comunicação on line, onde a empresa BRACOL Holding Ltda., pertencente ao Grupo Bertin e situada na cidade de Lins, foi a empresa escolhida para ser analisada. A comunicação dentro da organização pode ser definida como ferramenta de estratégia para gestão de negócios, já que com ela é possível vencer desafios, atravessar fronteiras, reinventar procedimentos, procurando acima de tudo unir forças e talentos para o bem da organização. Entre os objetivos atingidos estão conceituar os tipos de comunicação mais utilizados nas empresas, avaliando o processo de comunicação na empresa, bem como os meios mais utilizados. Demonstrar as vantagens e desvantagens da comunicação on line, apontando as influências nas tomadas de decisões decorrentes deste tipo de comunicação, evidenciando os seus efeitos nas relações interpessoais, juntamente com a realização de uma pesquisa direta com os colaboradores sobre a comunicação na empresa. A pesquisa em questão pretendeu explorar os vieses da comunicação on line na empresa BRACOL, com a intenção de demonstrar que quando ela não é bem utilizada, pode atrapalhar ao invés de auxiliar no processo da tomada de decisão ou até mesmo o fato de se comunicar dentro da organização. Diante da análise proposta, questiona-se: A comunicação on line é ferramenta que possibilita diagnosticar interferências no relacionamento interpessoal da empresa? A hipótese é a proposta de que a comunicação on line proporciona uma alternativa viável, confiável e eficaz à empresa no processo de tomada de decisão e disseminação de informações, entretanto pode interferir no relacionamento interpessoal da empresa. O embasamento teórico deu-se através de método histórico, onde foram observados os dados e evolução da comunicação organizacional, como suporte para desenvolvimento do estudo de caso realizado na empresa BRACOL, analisando a comunicação on line, bem como seus benefícios e dificuldades de utilização. Foram utilizados também os métodos de observação 18 sistemática e estatístico, com o objetivo de verificar os efeitos causados nas relações interpessoais pela comunicação on line. Elaborado em três capítulos, o primeiro aborda a empresa BRACOL Holding Ltda., delimitando sua participação no Grupo Bertin, sua atuação no mercado, seus clientes, estrutura organizacional, os concorrentes e seus produtos. O segundo capítulo foi desenvolvido abordando a história e a evolução da comunicação, os diversos tipos de comunicação com destaque para a comunicação on line, foco do estudo. No último capítulo encontram-se os resultados da pesquisa sobre as interferências que a comunicação on line traz no relacionamento interpessoal e a eficiência que leva ao processo decisório da organização. 19 CAPÍTULO I BERTIN LTDA – DIVISÃO EPI´s 1 O GRUPO BERTIN De uma única unidade na década de 70 a um gigante industrial, o movimento expansionista do Grupo Bertin revela o perfil de uma corporação que nasceu genuinamente brasileira, determinada a investir em marcas fortes, a conquistar mercados e a enxergar adiante do seu tempo com a certeza de poder contribuir com o desenvolvimento econômico e social e a fomentar o intercâmbio entre nações, unindo bandeiras, comércios, culturas e povos. O Grupo Bertin é um holding de capital 100% nacional, que atua nos segmentos de agroindústria e infra-estrutura. Sediada em Lins, no interior do estado de São Paulo, a empresa possui várias unidades produtivas distribuídas pelo país, formando um conglomerado industrial que atende o mercado interno e mais de 80 países, nos cinco continentes. No segmento de agroindústria, o Grupo Bertin segue a estratégia da verticalização e aposta no aproveitamento total da cadeia produtiva bovina, com foco em nove divisões de negócios. A Bertin Agropecuária investe na criação de gado de corte e em pesquisas para melhoramento genético das linhagens sendo reconhecida mundialmente pelos resultados obtidos. Criados a pastos, os bovinos são rastreados desde a sua origem, o que garante um rígido controle sanitário. Profissionais especializados são responsáveis por conferir homogeneidade, segurança, bem-estar e qualidade em todos os procedimentos adotados. Na entressafra, o gado é mantido em confinamentos, com uma alimentação natural à base de volumosos e silagens. A Bertin Alimentos leva sabor e maciez diferenciados aos pratos mais seletos do mundo, combinando tradição, credibilidade em segurança alimentar. São cortes selecionados de carne in-natura e industrializada. Auditada pelo Ministério da Agricultura do Brasil, a empresa recebe missões de diversos 20 países; da escolha da matéria-prima a fabricação e distribuição, tudo é controlado para que haja o máximo de integridade nos alimentos. Além de atuar no atacado, no varejo e em múltiplos canais de venda, o Grupo Bertin ainda mantém uma rede de lojas próprias, o Beef Shopping Bertin com foco no atendimento comercializa carne bovina e outros produtos de parceiros. 1.1 Histórico da BRACOL Uma trajetória de sucesso, a BRACOL, uma das maiores fabricantes de EPI´s do país. No mercado nacional, onde a concorrência é cada vez maior, a empresa se destaca no segmento como uma marca que propicia qualidade e conforto para os usuários de seus produtos. Sendo reconhecida nacionalmente como a marca mais lembrada, quando se fala em calçados de segurança, recebendo o Prêmio Top of Mind em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007. Em 1995 o Grupo Bertin ingressa no mercado de EPI´s com a fabricação de Luvas de Vaqueta e de Raspa de Couro. Na época, os produtos eram identificados comercialmente com a marca Brasan. A partir de abril de 1995, iniciou-se também a produção de calçados de segurança que levaram a mesma marca, voltados para atender a demanda brasileira. A produção de luvas e calçados teve, como objetivo principal, dar vazão a um considerável volume de raspas de couro de vaquetas, de baixa classificação, disponíveis em seus próprios curtumes, que na época, não tinham mercado consumidor garantido em função do excesso de oferta. Em março de 1998, após o início da profissionalização, a nova administração da unidade, em conjunto com o conselho de acionistas, definiu o mercado de calçados de segurança como foco único de suas atividades e estratégias. Entretanto, a marca Brasan durante este período sofreu grande desgaste de credibilidade pelos inconstantes padrões de qualidade e atendimento que eram disponibilizados ao mercado consumidor. 21 No intuito de buscar um novo posicionamento de mercado, prospectando clientes que valorizam a relação custo/benefício, foi lançada, em agosto de 1998, a marca BRACOL como uma nova opção de calçados de segurança para o mercado brasileiro. A marca Brasan foi definitivamente retirada do mercado. A empresa atua na produção de calçados de segurança com tecnologia de solado em poliuretano (PU) monodensidade, bidensidade e poliuretano termoplástico (TPU) bidensidade com injeção direta no cabedal, com sistema de absorção de impacto no calcanhar e distribuição de cargas. Fabrica também calçados com solados especiais à base de borracha natural, nitrílica e vulcanizada. Para elaboração do cabedal são utilizados: couros, materiais sintéticos e acessórios metálicos ou não metálicos, adequando-os à necessidade dos riscos do ambiente de trabalho. No ano de 2002, aproveitando a força da marca BRACOL, a empresa inicia a comercialização de botas de PVC, e em 2003 das luvas sintéticas. Com a evolução da marca no mercado, o Grupo Bertin investiu em uma nova infra-estrutura, tecnologias e produtos evoluindo dos antigos 6.200 m² de área construída para os atuais 33.000 m². Fonte: BRACOL, 2008. Figura 1: Unidade de Lins A BRACOL cresce produzindo os melhores EPI´s, sempre garantindo segurança e conforto. Para isso, investe em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, otimizando a performance e durabilidade de seus produtos, protegendo as pessoas nas mais diversas situações. Com modernos laboratórios, a BRACOL testa todos os lotes produzidos diariamente, conferindo-lhes alta qualidade. 22 Além disso, análises de desempenho feitas em campo, determinam a necessidade de cada cliente e a criação de EPI´s eficientes e confortáveis. Esta dedicação vem da consciência de que todo trabalhador é importante e merece melhor a proteção, a toda hora e em qualquer lugar. Aliados a isso o novo slogan “PORQUE VOCÊ É IMPORTANTE” valoriza o trabalhador e mostra uma BRACOL com consciência de que a responsabilidade do trabalhador vai muito além do seu desempenho no trabalho. Daí a necessidade de segurança e conforto, através do uso de equipamentos de proteção individual da melhor qualidade, pois todos os dias os trabalhadores tem uma casa para voltar, uma família para cuidar. 1.2 Missão O Grupo Bertin considera a qualidade como fator de sucesso, comprometendo-se em manter o sistema de gestão de qualidade, visando uma posição de liderança nos mercados em que atua, conduzindo suas atividades de tal forma a atender ou superar as expectativas de seus clientes, investindo continuamente no desenvolvimento de seus colaboradores, incorporando novas tecnologias, buscando a melhoria continua de seus processos através de práticas seguras, proporcionando retorno compatível ao capital investido e preservando o meio ambiente. 1.3 Visão A BRACOL EPI´s tem como missão produzir e comercializar Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) com a melhor relação custo/benefício do mercado nacional, firmando também nosso compromisso com a segurança e integridade física de todos aqueles que em nossa marca depositam sua confiança. 23 1.4 Organograma da BRACOL Holding Ltda. – Divisão EPI´s O organograma será disposto em forma de áreas para que fique melhor visualizado e todas as áreas reportam a um Diretor Executivo Principal, responsável por toda Unidade. Área de Planejamento e Desenvolvimento (P&D) Diretor Executivo Gerente de P&D Supervisora de P&D Fonte: BRACOL, 2008. Figura 2: Organograma departamento de P&D Área de Produção / Manufatura Diretor Executivo Gerente de Produção / Manufatura Supervisor de Corte Supervisora de Pesponto Supervisor de Montagem BI Supervisora de Pesponto Supervisor de Montagem BI Supervisor de Montagem Mono Supervisor de Montagem Mono Supervisor de Montagem BI Supervisor de Montagem Mono Fonte: BRACOL, 2008. Figura 3: Organograma departamento de Produção e Manufatura Área de Produção / Solados 24 Diretor Executivo Gerente de Produção / Solados Supervisor de Injeção BI Supervisor de Injeção / Acabamento Mono Supervisor de Borracha Supervisor de Químicos / Termoplásticos Supervisor de PVC Fonte: BRACOL, 2008. Figura 4: Organograma departamento de Produção e Solados Área de Gestão da Qualidade Total (GQT) Diretor Executivo Gerente de Gestão da Qualidade Supervisor de Controle da Qualidade Fonte: BRACOL, 2008. Figura 5: Organograma departamento de GQT Área de Planejamento Programação Acompanhamento e Controle de Produção (PPACP) Diretor Executivo Gerente de PPACP Supervisora de Cronoanálise Supervisor de PPACP Fonte: BRACOL, 2008. Figura 6: Organograma departamento de PPACP Área de Controladoria Supervisor de Expedição 25 Diretor Executivo Controller Supervisora Financeira Supervisor de Almoxarifado Fonte: BRACOL, 2008. Figura 7: Organograma departamento de Controladoria Área de Vendas Gerente Nacional de Vendas Supervisora de RCC Coordenador de Vendas Regional Coordenador Administrativo Supervisor de Negócios / Calçados Supervisor de Negócios / Luvas Supervisor Administrativo Supervisor de Negócios / Botas PVC Fonte: BRACOL, 2008. Figura 8: Organograma departamento de Vendas Área de Gestão de Pessoas Diretor Executivo Coordenadora de Gestão de Pessoas Supervisor de Administração de RH Fonte: BRACOL, 2008. Figura 9: Organograma departamento de Gestão de Pessoas Área de Suprimentos Diretor Executivo Gerente de Suprimentos Fonte: BRACOL, 2008. Figura 10: Organograma departamento de Suprimentos 26 Área de Marketing Diretor Executivo Supervisora de Marketing Fonte: BRACOL, 2008. Figura 11: Organograma departamento de Marketing Área de Custos Diretor Executivo Supervisor de Custos Fonte: BRACOL, 2008. Figura 12: Organograma departamento de Custos Área de Tecnologia da Informação (TI) Diretor Executivo Supervisor de TI Fonte: BRACOL, 2008. Figura 13: Organograma departamento de TI 1.5 Unidades estratégicas Com o crescimento da marca no mercado nacional e os constantes investimentos em marketing e divulgação, deparou-se com a necessidade da construção de mais uma unidade produtiva, estrategicamente localizada na cidade de Castanhal, no estado do Pará. 27 1.5.1 Unidade Lins Desde 1995, onde sua venda anual de calçados de couro atingia o patamar de 200.000 pares/ano, a mesma evolui, chegando em 2007 a mais de 3.500.000 milhões de pares/ano. Já em 2007, totalmente reestruturada e em funcionamento em um novíssimo parque industrial com 33.000 m² de área coberta, abrigando dez linhas de produção, totalmente reformulado estrategicamente dentro dos padrões de uma fábrica de EPI´s, sua trajetória de sucesso e crescimento não parou por ai; agora com de 72.000 m² de área total a unidade Lins detém todo o processo e know-how na produção de calçados e também das botas de PVC, com mais de 850 colaboradores diretos empregados. Tamanho investimento trará para os clientes maior diversidade de modelos, calçados cada vez mais confortáveis e de alta performance, sempre baseados em pesquisas tecnológicas e no compromisso BRACOL com a segurança dos trabalhadores. Algumas informações sobre a fábrica de Lins: BRACOL Holding Ltda. Divisão de EPI´s Av. São Paulo, 1805 Bairro Jd. Guanabara CEP: 16.403-266 Lins - SP CNPJ: 01.597.168/0010-80 I.E.: 419.035.596.113 1.5.2 Unidade de Castanhal Localizada em Castanhal, estado do Pará, essa unidade foi escolhida para que a empresa tivesse uma maior agilidade no atendimento aos clientes situados nas regiões Norte e Nordeste. Com seis anos de atividade e um aumento de mais de 35% na produção no último bimestre e mais de 2000 28 clientes em sua carteira, a BRACOL EPI´s Unidade Castanhal, vem sendo apresentada como empresa modelo pelo governo do estado do Pará. Atualmente contando com mais de 190 colaboradores diretos e uma produção diária de 3000 pares, os quais totalmente testados por serem produzidos dentro de um padrão ISO 9001:2000, o que garante ainda mais o padrão de qualidade, premissa essa levada a sério dentro das unidades de negócio do Grupo Bertin. Fonte: BRACOL, 2008 Figura 14: Unidade de Castanhal BRACOL Holding Ltda. Divisão de EPI´s Área total:22.000 m² e construída: 3.050 m² Rod. BR 316, Km 76 CEP: 68.745-000 Castanhal - PA CNPJ: 01.597.168/0036-19 I.E.: 15.209.360-5 1.6 Marca As empresas identificam e distinguem seus produtos pelo uso de marcas. Uma marca é um nome, termo, desenho ou símbolo, ou uma combinação deles, que visa identificar e diferenciar os produtos ou serviços de uma empresa ou grupo de empresas de outras. O nome BRACOL foi a marca escolhida pela Bertin Ltda. – Divisão EPI´s para representar seus produtos, junto ao mercado; são doze anos de altos 29 investimentos em propagandas em listas telefônicas, outdoors, revistas, folders e participação em eventos e feiras para divulgação da marca. O fortalecimento da marca proporcionou à empresa um aumento na competitividade, na participação do mercado e, conseqüentemente, tornou-se presente na cabeça dos consumidores como uma marca que propicia qualidade e conforto para os usuários de seus produtos. É reconhecida, nacionalmente, como a marca mais lembrada quando se fala em calçados de segurança. 1.7 Produto A BRACOL investe em inovações tecnológicas que possibilitam proporcionar ao mercado produtos, com alto padrão de qualidade, direcionados para os mais diversos seguimentos sem perder as sua características principais: durabilidade, conforto e segurança. A manufatura é baseada em estudos de mercado que apontam a necessidade de atender uma classe especial, com necessidades especiais, por isso há constantes lançamentos de produtos inovadores. Fonte: BRACOL, 2008. Figura 15: Os produtos 30 1.7.1 Botas de PVC Única no mercado, desenvolvida especialmente para o público feminino, a linha Acqua Femme tem a opção de cano extra curto, acessórios metálicos especiais para os pés femininos (biqueira e palmilha de aço) e variedades de cores que dão o tom a esta linha, destacando-a como um produto altamente competitivo perante seus concorrentes. 1.7.1.1 Linha AcquaFlex A linha AcquaFlex oferece ótima calçabilidade e design diferenciado. É um produto flexível indicado para atividades diversas. 1.7.1.2 Linha Acqua Fort Produto de alta durabilidade, indicado para atividades que exigem muita resistência. Possui opção com forração térmica e, além das tradicionais cores, há a opção da cor preta com solado vermelho, que confere maior visibilidade do usuário. 1.7.1.3 Linha Acqua Lev Como o próprio nome diz, este modelo apresenta uma bota mais leve, sem abrir mão da resistência. Proporciona ótima aderência, conforto e estabilidade. 31 1.7.2 Calçados Calçados Cabedal Palmilha Forro Solado Numeração Linha couro não nylon PU/PU, PU/TPU, 33 ao 40 Explorer (nobuk) tecido (não- injetado poliéster) bidensidade, PU borracha injetado bidensidade Linha couro não nylon Femme soft tecido (não- colado 33 ao 40 33 ao 46 poliéster) Linha Iron Couro Track não nylon PU/PU, PU/TPU, tecido (não- injetado poliéster) bidensidade, PU borracha injetado bidensidade Linha Couro Masculina não nylon PU/PU, PU/TPU, tecido (não- injetado 33 ao 46 poliéster) bidensidade, PU borracha injetado bidensidade Linha Couro Minas não nylon PU/PU, PU/TPU, tecido (não- injetado Confort 33 ao 50 poliéster) bidensidade, PU borracha injetado bidensidade Linha Nort Couro não nylon PU/PU, PU/TPU, não tecido (não- injetado disponível poliéster) bidensidade, PU borracha injetado bidensidade Fonte: BRACOL, 2008. Quadro 1: Componentes dos calçados produzidos. 32 1.7.3 Luvas 1.7.3.1 Linha TD-VULC Luva confeccionada em náilon e poliéster, revestida com borracha natural na palma, face palmar dos dedos e pontas dos dedos. 1.7.3.2 Linha Látex Nat Dp Luva confeccionada com suporte têxtil 100% algodão; palma e dedos com revestimento em látex natural; punho de malha elastizado. 1.7.3.3 Linha Látex Nit Rt Luva confeccionada com suporte têxtil 100% algodão; revestimento total em látex nitrílico. 1.7.3.4 Linha PU-5000 Luva confeccionada em náilon, revestida com poliuretano na palma, face palmar dos dedos e pontas dos dedos. 1.7.3.5 Linha PVC C/ST L 33 Luva confeccionada com suporte têxtil 100% algodão com revestimento total de cloreto de polivinila (PVC) 1.8 Planejamento e Desenvolvimento – P&D O P&D é de fundamental importância para a competitividade e evolução dos produtos BRACOL. O departamento é responsável pelo desenvolvimento constante de novas tecnologias produtivas, matérias primas e insumos, visando à atualização dos produtos para que eles se mantenham competitivos dentro do mercado, e que essas atualizações resultem em ganhos para os clientes e para a empresa. Fonte: BRACOL, 2008. Figura 16: Área de P&D 1.9 Produção Sempre com grandes resultados e ampliando cada vez mais suas operações, a BRACOL EPI´s obteve uma produção nesse último semestre bem significativa, conforme os dados internos fornecidos: 34 Mês Pares Janeiro 210.643 Fevereiro 175.228 Março 202.083 Abril 172.722 Maio 177.950 Junho 179.230 Total 1.117.856 Média 186.309 Fonte: BRACOL, 2008. Quadro 2: Produção do primeiro semestre de 2008 1.10 Estratégias competitivas As estratégias traçadas pela alta administração da empresa são realizadas com a participação de toda a equipe gerencial, produtiva e equipe de vendas; estas são responsáveis pelo levantamento das necessidades e apontamentos das ações que serão realizadas, durante determinado período, para alcançar os objetivos propostos no planejamento estratégico da empresa junto aos acionistas. 1.11 Atuação de mercado A BRACOL atua no mercado de produtos de primeira linha, onde tem como foco principal atingir diretamente as empresas consumidoras finais, porém, os revendedores e distribuidores têm participação significativa nos volumes comercializados pela empresa. 1.12 Clientes 35 A BRACOL EPI´s possui uma relação de clientes que já utilizam seus produtos/serviços e de clientes com potencial de novos negócios, onde a mesma sempre entra em contato com esses para a divulgação de seus produtos. Entre eles estão alguns: Clientes Município Estado A da Rocha Hozana Manaus AM BT Produtos Industriais Ltda. São Paulo SP Polícia Militar do Estado de São Paulo São Paulo SP Bertin S/A Lins SP Ferramentas Gerais Comércio e Imp. Curitiba PR SP Equipamentos de Proteção ao Trabalhador São Paulo SP Portela Distribuidora Ltda. João Pessoa PB Protevale Equipamentos de Proteção Timbó SC Pan Distribuidora Ltda. Chapecó SC S S Equipamento de Proteção do Trabalho Belém PA Ferramentas Gerais Comércio e Imp. Viamão RS Boi Branco Com. de Artigos de Seguro Santo André SP DR Distribuidora Regional Produtos Ades. Ribeirão Preto SP Ademir de Guia Rodrigues & Cia. Goiânia GO Individual Indústria Alpha Com. de Fard. Equipamento de Feira de Santana BA Proteção Granville Equipamentos de Segurança Santos SP Central Borrachas e Ferramentas Campo Grande MS Prevenseg Equipamentos de Proteção Campinas SP Wadih Homsi São Paulo SP Nordeste EPI Comércio de Equipamentos Lauro de Freitas BA Recife PE Individual Individuais Esperança Nordeste Ltda. Fonte: BRACOL, 2008 Quadro 3: Clientes 36 1.13 Concorrentes A BRACOL EPI´s no intuito de sempre melhorar e aprimorar seus produtos/serviços, sempre está atenta aos movimentos do mercado e de seus concorrentes nos segmentos em que atua. Entre seus principais concorrentes estão: a) PVC: Vulcabrás e Alpargatas b) Calçados: Fujiwara, Mar Luvas, Safet Line, Bom pel, c) Luvas: Promat, Sanro, Seiiki, Mapa, Volk 1.14 Qualidade de vida O Grupo Bertin adota ações de caráter prevencionista nas áreas de saúde, bem-estar e segurança de seus colaboradores, priorizando a integridade física e emocional de suas equipes, proporcionando a todos uma melhor qualidade de vida. São realizadas campanhas de conscientização, treinamentos, auditoria interna e externa, análise de necessidades e pontos críticos e o acompanhamento para a utilização dos equipamentos de proteção individual. A empresa proporciona ainda programas relacionados ao esporte, a integração família-empresa, a qualificação profissional e principalmente a saúde, como orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST´s), prática de ginástica laboral, vacinação, auxílio a fumantes, gestantes e diabéticos. Os colaboradores contam com assistência médica e odontológica para uso pessoal e que pode ser estendido para sua família. 1.15 Responsabilidade social 37 O Grupo Bertin defende atividades pautadas no desenvolvimento sustentável. Todas as plantas possuem licenças ambientais e priorizam ações ecoeficientes, que minimizam e previnem possíveis impactos decorrentes de suas operações. É possível citar alguns projetos como: o combate ao desperdício, estímulo ao voluntariado, resgate da cidadania, inclusão social, arte na rua, cinema para todos, alfabetização, reflorestamento, entre outros. 38 CAPÍTULO II A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO 2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COMUNICAÇÃO A comunicação não foi sempre o que é hoje, assim como o Homem, de início a comunicação era apenas uma forma de estar ligados entre si, de se entenderem, qualquer sinal servia para comunicar, podia ser um simples gesto corporal, mas o homem na sua evolução vem tendo necessidades maiores de informações. A comunicação foi se tornando cada vez mais ampla, de gestos corporais, passou a ser por sons transmitidos por cada homem, não podendo dizer palavras, porque o homem só começou a formar palavras muito tempo depois. Com o conhecimento da palavra foram surgindo novas formas de comunicação: os gestos corporais, os sons e as formas de falar eram comunicação de curta distância. Para se comunicar a longa distância com outras tribos ou outro grupo social, essa distância era uma barreira a ultrapassar, conquistada através da utilização de meios que na pré-história permitia como os sons do tambor, os fumos, e outros sinais que serão decodificados pelos receptores desses sinais. A comunicação é uma necessidade básica do ser humano. Mesmo para alimentar-se e sobreviver e até mesmo reconhecer-se como pertencente ao gênero humano, o indivíduo necessita comunicar-se com as demais pessoas. (SIVIERO, 2001, p. 29) A história da comunicação divide-se em comunicação interpessoal, de elite, de massa e individual e ainda um quinto episódio que começa a marcar o tempo atual: a comunicação em ambiente virtual. 2.1 Cronologia da comunicação 39 Através da cronologia é possível compreender como tudo foi acontecendo: 2.1.1 Só no papo A fala surge quando gestos, expressões faciais e o uga-uga da PréHistória não são mais suficientes. 2.1.2 A mensagem eternizada A escrita libera o cérebro da tarefa de memorizar. Com ela, o saber pode ser acumulado fora do corpo e é possível deixar registros que serão vistos mesmo depois da morte. A palavra escrita torna-se sagrada e os livros, pilares das religiões. 3500 a.C.: Os egípcios criam os hieróglifos. 4000 a.C.: Já havia serviço de correio entre chineses. 8000 a.C.: As primeiras inscrições em cavernas são dessa data. 2.1.3 Reprodução em série A prensa, inventada por Gutenberg em 1452, permitiu a reprodução fiel e a difusão de uma mesma mensagem. Os acontecimentos circulam com rapidez. Notícias ganham alcance continental, de forma periódica. Instala-se a idéia da liberdade de imprensa: é preciso dizer tudo. 305 d.C.: Primeiras prensas de madeira inventadas na China. 1450: Jornais aparecem na Europa. 1650: Primeiro jornal diário aparece na Alemanha. 40 2.1.4 A mensagem sem fronteiras O ar é um suporte mais dinâmico e democrático do que as folhas de papel. Com os veículos de massa, é possível atingir uma multidão de anônimos. As ondas do rádio encurtam distâncias. O telégrafo e o telefone possibilitam a comunicação instantânea - com a interação quase imediata de emissor e receptor - e, por isso, funcionam quase como extensões do corpo. (HISTÓRIA..., 2005) 1835: O telégrafo elétrico é inventado por Samuel Morse. 1876: Alexander Graham Bell patenteia o telefone elétrico. 1887: Emile Berliner inventa o gramofone. 1894: O italiano Marconi inventa o rádio. Trinta anos depois, o veículo está no auge da sua popularidade. 1899: Primeira gravação magnética, ponto de partida de fitas cassete. 1948: Inventado o Disco de Vinil (LP) de vinil de 33 rotações. 2.1.5 A ilusão do mundo real A comunicação audiovisual poupa o esforço da imaginação. Da urgência de captar o movimento de uma sociedade industrializada, surge a fotografia. Logo o cinema cria a ilusão do movimento real. A TV traz o mundo para dentro da sala - e, com ela, as mensagens publicitárias. Há uma nova maneira de perceber o planeta: é o começo da globalização. (HISTÓRIA..., 2005) 1827: Joseph Nicéphore Niépce faz a primeira fotografia de que se tem notícia. 1888: Aparece a câmera fotográfica de filme de rolo. 1895: Os irmãos Lumière inventam o cinema na França. 1910: Thomas Edison faz a demonstração do primeiro filme sonoro. 1923: A televisão é inventada por Vladimir Kosma Zworykin. 1927: Primeira transmissão de televisão na Inglaterra. 1934: Inventado o videotape 41 2.1.6 Tudo ao mesmo tempo agora O mundo virtual é um imenso arquivo de dados sempre disponível. Não há fronteiras: tudo está ligado em rede planetária. E um minúsculo aparelho é capaz de nos dar acesso a todo esse universo. Os impactos da internet mudam as relações de trabalho, o aprendizado e a vida social. É preciso rever alguns conceitos, como a liberdade de expressão. 1971: Surge o primeiro disquete de computador. 1976: Inventado o computador pessoal Apple I. 1981: Vendido o primeiro PC da IBM. 1994: Nasce a World Wide Web. 2.2 Conceituando comunicação A origem da palavra comunicação veio do latim communicatio que significa está encarregado de, com o acréscimo do prefixo co e seu significado é reunião. Tem-se a idéia de uma atividade realizada conjuntamente, terminada e completada com tio, que reforça a idéia de atividade. Comunicação: comum+ação, onde significa ação em comum, se tenha em conta que o algo em comum refere-se a um mesmo objetivo da consciência e não as coisas que se diz materiais. Já comunicação dentro da organização pode ser definida como ferramenta de estratégia para gestão de negócios, já que com ela é possível vencer desafios, atravessar fronteiras, reinventar procedimentos, procurando acima de tudo unir forças e talentos para o bem da organização. Somente com a ajuda da comunicação é possível que as tarefas distribuídas entre várias pessoas que integram a empresa sejam realizadas corretamente e estejam dirigidas aos mesmos objetivos. (ARANTES, 1998 apud SCHULER, 2004, p.28) 2.3 Elementos da comunicação 42 A comunicação é um processo social em que duas ou mais partes trocam informações ou compartilham significados. Trata-se de um processo de mão-dupla e que acontece durante um certo tempo. Cada elemento do processo de comunicação é fundamental, pois não tem um começo, um fim, uma seqüência fixa de eventos. Se um deles falhar, a mensagem pode não ser transmitida adequadamente. Diz Berlo: A teoria da comunicação reflete esse ponto de vista de processo. O teórico da comunicação rejeita a possibilidade de que a natureza consista em acontecimentos ou ingredientes separáveis de todos os demais acontecimentos. Alega que não se pode falar em o começo ou o fim da comunicação, nem dizer que determinada idéia veio de uma fonte específica, que a comunicação ocorre apenas numa direção. A base do conceito de processo é a crença de que a estrutura da realidade não pode ser descoberta pelo homem; ela tem de ser criada pelo homem. (BERLO, 1997, p. 34). Segundo Lacombe (2005), cada parte do processo de comunicação é descrito a seguir: Emissor: é o indivíduo, o grupo ou a organização, interessado em comunicar algo. Na comunicação em grupo ou em organizações, uma pessoa pode enviar uma mensagem em nome da empresa. O emissor é responsável pela preparação da mensagem, sua codificação e inserção no meio da transmissão. Em alguns casos, o receptor escolhe o emissor, da mesma maneira como um decisor procura informações vindas de indivíduos confiáveis. Codificação: é o processo pelo qual a mensagem – num primeiro momento elaborado na mente de alguém – é transformada em símbolos passíveis de ser transmitidos. Os símbolos podem ser palavras, números, imagens, sons ou gestos e movimentos físicos. O emissor deve codificar (transformar) a mensagem em símbolos que o receptor seja capaz de decodificar (entender) adequadamente – emissor e receptor devem atribuir o mesmo sentido aos símbolos. Quando várias pessoas utilizam os símbolos de uma mesma língua, entendem os significados que eles têm. “O código é uma peça essencial na estrutura da comunicação, pois é a partir dele que um estímulo físico qualquer pode virar signo”. (BLIKSTEIN, 2006, p. 38) Transmissão: é o processo pelo qual os símbolos que representam a mensagem são enviados ao receptor. O meio é o canal, ou caminho, de 43 transmissão. Diferentes meios possuem diferentes capacidades de transmissão de informações. Há mais capacidade de transmissão em uma conversa presencial do que numa carta, uma vez que a conversa permite a comunicação verbal e a não-verbal. É importante que o emissor escolha o meio que melhor corresponda ao tipo de mensagem a ser enviada e compreendida. Decodificação: é o processo pelo qual o receptor interpreta o significado da mensagem que lhe foi enviada. Ele utiliza seu conhecimento a sua experiência para entender os símbolos da mensagem; em alguns casos, pode consultar uma autoridade, como um dicionário ou um livro de códigos. É somente no estágio da decodificação que o receptor se torna mais ativo. O significado que ele atribui aos símbolos pode ser igual ou diferente daquele planejado pelo emissor. Se os significados diferirem, a comunicação é quebrada e a má interpretação, provável. (LACOMBE, 2005) Receptor: é o indivíduo, um grupo, uma organização ou ainda um indivíduo agindo como representante de um grupo que recebe os símbolos codificados. Ele decide se codifica a mensagem, se faz esforço para entendê-la ou se responde. Além disso, o receptor a quem a mensagem se destina pode não recebê-la – dependendo do meio, dos símbolos usados pelo emissor e do nível de atenção de receptores potenciais, a mensagem pode ser recebida por pessoas alheias à comunicação estabelecida. Caso o receptor não se concentre no emissor, naquilo que é comunicado ou o meio, é provável que a mensagem se perca. Feedback: é a resposta (retorno) do receptor à mensagem. Por meio dele o emissor fica sabendo se o receptor a recebeu e compreendeu. “O feedback assume fundamental importância de maneira a se poder avaliar e rever aquilo que foi transmitido e captado”. (MARTINELLI; ALMEIDA, 1997 apud SIVIERO, 2001, p. 36) Ruído: é qualquer distúrbio que provoque interferência ou distorções na comunicação. Ele pode ocorrer em qualquer fase do processo. O tipo principal, chamado ruído de canal, está associado ao meio. Estática de rádio, imagens fantasmas na televisão ou vírus em e-mail são alguns exemplos. Quando o ruído interfere nos processos de codificação e decodificação, pode resultar em envio e recebimento deficientes das mensagens. Emoções também são consideradas ruídos. 44 O processo de comunicação é um círculo que conecta o emissor e o receptor e opera em ambas as direções. A comunicação só se completa quando o emissor sabe que o receptor entendeu a mensagem. Fonte: LACOMBE, 2005, p.124 Figura 17: O processo comunicativo 2.4 Formas da comunicação O modelo de comunicação pode ser usado como meio descritivo do comportamento pessoal de qualquer membro, como pode ser aplicado em diferente nível de análise para descrever os trabalhos da entidade em sua qualidade de rede de comunicação. As principais formas de comunicação nas organizações são a verbal (escrito e oral) e a não-verbal (gestual). Eles estão inter-relacionados e podem aparecer em conjunto ou não. Comunicação não-verbal: inclui todos os elementos associados com a comunicação humana que não expressos oralmente ou pela escrita. Envolve expressões faciais e movimentos físicos, voluntários ou não. Os olhos são o componente mais expressivo, assim como os movimentos físicos e a linguagem corporal. Elementos do ambiente, como prédios, espaço do escritório e mobília também transmitem mensagens. 45 “O comunicador eficaz deverá reconhecer que, debaixo das palavras pronunciadas existe um vasto número de símbolos e sinais humanos”. (SILVA, 2007, p. 46) Comunicação verbal: é a comunicação feita através da fala e da escrita, sendo que a comunicação verbal oral é a mais comum e refere-se à emissão de palavras e sons que usamos para nos comunicar, tais como dar instruções, entrevistar ou informar, já a comunicação verbal escrita é o registro de observações, como pensamentos, interrogações, informações e sentimentos. É possível dentro deste tipo de comunicação identificar algumas outras: 2.4.1 Comunicação social É um campo de conhecimento acadêmico que estuda a comunicação humana e questões que envolvem a interação entre os sujeitos em sociedade. A comunicação social lida com as técnicas de transmissão da informação, o formato com que a informação é transmitida, e os impactos que a informação terá na sociedade e a relação entre os sujeitos em uma situação comunicativa. Grande parte de sua prática está associada ao estudo da Teoria Da Comunicação. A Comunicação Social possui diversas especialidades, como o jornalismo, a publicidade e a editoração, o rádio e TV, as relações públicas, e a comunicação empresarial/assessorias de imprensa, o cinema e a produção cultural. No Brasil, algumas dessas áreas reservam-se a empregar apenas profissionais habilitados em cursos superiores de Comunicação Social. 2.4.2 Comunicação em Massa Apesar de a comunicação autentica ser a que se assenta sobre um esquema de relações simétricas – numa paridade de condições entre emissor e receptor, na possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-se – os meios de comunicação de massa são veículos, 46 sistemas de comunicação num único sentido (mesmo que disponham de vários feedbacks, como índices de consumo, ou de audiência, cartas dos leitores). Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o comunicador conta com imediato e continuo feedback da audiência, intencional ou não, e levam alguns teóricos da mídia a afirmar que aquilo que obtemos mediante os meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é uma via de dois sentidos e, portanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa. Podem-se citar os meios de comunicação de massa mais comuns, que são: televisão, rádio, jornal revistas e internet. Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdos selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos. Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certos comportamentos e aquisição de certos produtos. (COMUNICAÇÃO, 2008) Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizarem que tipo de informação está sendo veiculada por esses meios, como ao receptor das informações ter visão crítica para selecionar e internalizar as informações que considerar úteis para si, denunciando os abusos aos órgãos competentes. 2.4.3 A comunicação interpessoal É um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que se passa a considerar, portanto, interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções, toda a bagagem que traz consigo. O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um receptor. Cada qual tem seu repertório cultural exclusivo e, portanto transmitirá a informação segundo seu conjunto de particularidades e o receptor agirá da mesma maneira, segundo o seu próprio 47 filtro cultural. A fim de minimizar esses choques culturais convencionou ferramentas e meios de múltiplas utilizações que passam a ser usados pelas pessoas na comunicação interpessoal. Como exemplo, pode-se considerar a fala, a mímica, os computadores, a escrita, a língua, os telefones e o rádio. Como todo processo de comunicação, os ruídos existentes devem ser minimizados pelo melhor nível de qualidade que o emissor possa dispor e o receptor deve se portar da maneira mais aberta para receber a informação em questão. “A escolha dos meios de comunicação e a utilização das ferramentas disponíveis devem ser observadas de modo a facilitar todo o processo com o menor índice de ruído possível”. (COMUNICAÇÃO, 2008) Uma vez transmitida à informação, o receptor processa e, segundo seus objetivos transforma-a em conhecimento. O importante na comunicação interpessoal é o cuidado e a preocupação dos interlocutores na transmissão dos dados ou das informações em questão para que se obtenha o sucesso no processo desejado. O sucesso na comunicação não depende só da forma como a mensagem é transmitida, a compreensão dela é fator fundamental, lembre-se que se vive em sociedade e cultura diversificada, e o que às vezes parece obvio para você, pode não parecer para seu interlocutor. Deve-se sempre ser objetivo e claro na comunicação, nunca presumindo que ele já sabe, e não precisar ficar explicando, porque isso é obvio. A comunicação depois de transmitida de forma correta ao seu interlocutor, deve ter um acompanhamento para ele saber se está agindo de forma correta, ou se precisa corrigir ou melhorar, esse processo chamamos de feedback. 2.4.4 Comunicação intrapessoal É a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma, corresponde ao diálogo interior onde debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas. Está de certa forma, relacionada com a reflexão. Esta 48 é um tipo de comunicação em que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode ou não existir um meio por onde a mensagem é transmitida. Um exemplo do primeiro tipo é a criação de diários. A qualidade da comunicação na empresa sofre grande influência da chamada comunicação intrapessoal. Este é um nível da comunicação que se processa no interior de um mesmo indivíduo. A comunicação intrapessoal reflete e alimenta nossas crenças, cultura, valores, hábitos, virtudes, defeitos e infinitos condicionamentos responsáveis pela nossa dificuldade em mudar muitas coisas que gostaríamos de mudar em nossas vidas; se a comunicação intrapessoal não abre espaço para estas mudanças, elas não ocorrem. (COMUNICAÇÃO, 2008) 2.4.5 Comunicação através de símbolos O uso da simbologia é uma forma de comunicação não verbal, por exemplo: sinalização, logotipos, ícones, são símbolos gráficos constituídos basicamente de formas, cores e tipografia. Através da combinação destes elementos gráficos é possível exprimir idéias e conceitos numa linguagem figurativa ou abstrata, o grau de conhecimento de cada pessoa é que determina qual a sua capacidade de interpretação entre linguagem não verbal de uma linguagem verbalizada, fala-se do uso de símbolos (linguagem não verbal) e seus significados (linguagem verbal). As cores mais utilizadas neste processo são àquelas de maior contraste cromático, tais como: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, branco e preto, tanto isoladamente quanto combinadas. Um exemplo é o uso do amarelo e preto para comunicações na área de segurança rodoviária. 2.4.6 Comunicação visual É todo meio de comunicação expresso com a utilização de componentes visuais, como signos imagens, desenhos, gráficos, ou seja, tudo que pode ser 49 visto. O termo comunicação visual é bastante abrangente e não precisa ser limitado a uma única área de estudo ou atuação, embora o termo possa ter o mesmo sentido de design gráfico. 2.4.6.1 Design gráfico X comunicação visual Antes do uso do termo design gráfico ser adotado, o termo comunicação visual servia para determinar a área de atuação do designer gráfico (comunicador visual). Mas como alguns consideravam o termo comunicação muito abrangente, problema às vezes enfrentado por comunicadores sociais, o termo em inglês para projeto foi adotado. Isso foi disputado por muitos, mas a decisão foi mantida e, em se tratando de design, comunicação visual é sinônimo de design gráfico. 2.4.7 Comunicação audiovisual É todo meio de comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes visuais (signos, imagens, desenhos, gráficos) e sonoros (voz, música, ruído, efeitos onomatopéicos), ou seja, tudo que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido. 2.4.8 A comunicação segmentada É um desdobramento do modelo de comunicação de massa. Ela ocorre pelos meios de comunicações tradicionais como jornais, rádios, TVs, cinema, cartazes ou internet, porém diferentemente do modelo de comunicação de massa, atinge grupos específicos, classificados de acordo com características próprias e preferências similares. 50 “A comunicação segmentada tem a particularidade de atingir um número maior, porém mais específico de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor”. (COMUNICAÇÃO, 2008) 2.4.9 A comunicação ciberespacial Apresenta a capacidade de grande escala da comunicação de massa, ou seja, pode atingir diversos receptores simultaneamente, mas o público não é anônimo o que permite a personalização do conteúdo para cada receptor e suas necessidades. Na comunicação ciberespacial, o retorno do receptor é maior e ganha mais nova denominação: interatividade. A comunicação ciberespacial se apresenta como comunicação de massa ao atingir um grande público e como comunicação interpessoal ao se apresentar como uma via de duas mãos. 2.4.10 A comunicação não violenta (CNV) É um modelo desenvolvido por Marshall Rosenberg que busca que os povos se comuniquem de maneira eficaz e com empatia. Enfatiza a importância de expressar com observações, sentimentos, necessidades e ordens de clareza uns aos outros, de maneira que evitem uma linguagem classificatória que rotule ou enquadre os interlocutores ou terceiros. Aqueles que usam a comunicação não violenta (chamada também de comunicação empática) consideram que todas as ações estão originadas numa tentativa de satisfazer necessidades humanas, mas tentativas de fazê-la evitando o uso de medo, da falha, da vergonha, da acusação, da coerção e das ameaças. (COMUNICAÇÃO, 2008) O ideal desta comunicação é que para ter necessidades, desejos, anseios, esperanças não sejam satisfeitos às custas de outra pessoa. 51 Um princípio-chave da comunicação não violenta e a capacidade de se expressar sem usar julgamentos de bom ou mau, do que está certo ou errado, porque é essa a razão do acento em expressar sentimentos e necessidades são postas, em vez de críticas ou juízos de valor. (COMUNICAÇÃO, 2008) 2.5 Semiótica O termo semiótica foi introduzido por Charles Sanders Peirce (18391914), filósofo e matemático norte-americano, que concebeu a semiótica como um estudo da linguagem enquanto lógica, uma lógica dialética. Na antiga Grécia dialética equivalia ao conceito de diálogo. O movimento dialético/dialógico vê os fenômenos em processo, ou seja, as coisas não são interpretadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimentos. Nada está pronto, acabado; o fim de um processo é sempre o início de outro, um canal que se abre à comunicação para o diálogo. (ANGELINI, 2003) O fundamento de semiótica encontra-se na teoria geral dos signos, cujo termo vem da raiz grega semeion (signo). “A semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido”. (SANTAELLA, 1983) (...) Portanto, quando dizemos linguagem, queremos nos referir a uma gama incrivelmente intrincada de formas sociais de comunicação e de significação que inclui a linguagem verbal articulada, mas absorve também, inclusive, a linguagem dos surdos-mudos, o sistema codificado da moda, da culinária e tantos outros. Enfim, todos os sistemas de produção de sentido aos quais o desenvolvimento dos meios de reprodução de linguagem propiciam hoje a difusão. (SANTAELLA apud ANGELINI, 2003, p.20) O ouvinte que recebe e compreende a significação de um discurso adota uma atitude responsiva ativa concordando ou discordando total ou parcialmente e essa atitude do ouvinte está em elaboração constante durante todo o processo de audição e de compreensão desde o início do discurso. (ANGELINI, 2003) A semiótica pode se apresentar de vários tipos, pois se voltam à investigação de signos e/ou significação. O que diferencia um tipo de semiótica de outro é a concepção e a delimitação de seu campo de estudo. Assim, essa 52 variedade foi construída à medida que os estudos divergiam em seus pressupostos. (SEMIÓTICA..., 2008) 2.5.1 Semiótica e semiologia: Dois nomes para duas tradições Não raros são os autores que identificam objetivamente semiótica e semiologia. No entanto, há autores que vislumbram na diferença terminológica diferenças objetivas. As diferenças entre semiologia e semiótica têm sido tematizadas, sobretudo no confronto entre os respectivos fundadores contemporâneos: Saussure e Peirce. Para Saussure o ato sémico estabelece uma relação entre dois indivíduos. Em sua concepção a semiologia tem limites e há objetos não semiotizáveis. Por fim, concebe o signo como uma entidade psíquica com duas faces, em que significante e significado se condicionam mutuamente. (FIDALGO, 1998). Já Peirce parte da idéia que a semiosis exige a intervenção de uma personagem: o intérprete. Estabelece que a semiótica não tem limites e integra tudo em um espaço ilimitado. Concluindo que o signo é fundamentalmente um processo de mediação, e abre, portanto, para uma dimensão de infinitude. (FIDALGO, 1998). Signo é como qualquer coisa que, de um lado, é assim determinada por um Objeto e, de outro, assim determina uma idéia na mente de uma pessoa, esta última determinação, que denomina o Interpretante do signo, é, desse modo, mediatamente determinada por aquele Objeto. Um signo, assim, tem uma relação triádica com seu Objeto e com seu Interpretante. (SANTAELLA, 2000, p. 12) Com efeito, é a diferente concepção de signo que, segundo Jeanne Martinet, distingue a semiótica americana da semiologia européia. A semiótica americana tende a ver apenas no signo uma identidade de face única, ao passo que a semiologia estuda os sistemas de unidades de duas faces. Na esteira de Saussure, os semiólogos europeus entendem por signo a entidade significante/significado em que qualquer significante por mais complexo ou mediato que seja tem sempre como correlato último um significado. Em contrapartida, os semióticos americanos concebem o signo apenas como 53 significante que remete sempre para um outro significante numa cadeia sígnica interminável. (FIDALGO, 1998) 2.6 Comunicação empresarial Os avanços – e conseqüente utilização nas organizações – das novas tecnologias da informação, como a Internet e os sistemas de softwares revelam a ascensão de inúmeras estratégias organizacionais essenciais para o alcance dessa vantagem competitiva, revolucionando as técnicas de produção e a relação do homem com o trabalho, redefinindo assim as fronteiras da comunicação organizacional, assim como da cultura da organização. A comunicação passa a assumir um caráter estratégico, reafirmando sua importância no processamento das funções administrativas internas de desenvolvimento efetivo das demais ações organizacionais, assim como no relacionamento extra-organizacional. (MATTANA et al., 2006, p. 2) A comunicação não pode mais ser tratada como uma ferramenta, e sim como um elemento estratégico da empresa e fonte transformadora da gestão empresarial, buscando dar sustentação e vitalidade organizacional às suas metas de continuidade no mercado. (MATTANA et al., 2006) Em equilíbrio ao tradicional desenho organizacional verticalizado –, propicia o surgimento de um novo perfil empresarial, assinalado pela organização também aberta, atuando em rede e fundamentada na informação. (MATTANA et al., 2006) Em âmbito organizacional, a comunicação versa sobre “um processo relacional entre indivíduos, departamentos, unidades e organizações” (KUNSCH, 2003, apud MATTANA et al., 2006, p.3). Ela ocorre por meio de redes - formal e informal - e de fluxos - ascendente, descendente, horizontal e diagonal. Os computadores ao serem absorvidos pelo cotidiano organizacional, trouxeram consigo um grande desdobramento nas opções de utilização seja de maneira isolada ou em ambiente de rede no trabalho. Possuem um papel organizacional fundamental na conjuntura sócio-econômica mundial atual, de concorrência mercadológica global, pois possibilitaram a emergência de uma comunicação efetiva, por meio de uma rede com outros 54 computadores, dentro da organização e, mesmo, (NORTON, 1996 apud MATTANA et al., 2006, p.5) fora dela Em âmbito organizacional, a implementação de softwares provocou uma profunda mudança cultural. Isso porque, segundo Norton (1996 apud MATTANA et al., 2006, p. 6), “eles liberaram alguns grupos dos burocráticos sistemas de gerenciamento de informações e permitiram que os indivíduos redefinissem seu trabalho e descobrissem uma nova maneira de trabalhar”. As tecnologias ingressaram no mundo dos negócios de modo surpreendente e irreversível, mudando progressivamente a gestão empresarial e o modo como os empreendimentos fazem negócios. Uma expressiva parte da burocracia corporativa, devido à drástica diminuição dos custos com os sistemas computacionais, foi suprimida pela adesão a softwares aplicativos. Ademais, essa revolução atingiu outra área na organização, a comunicação. A ascensão de softwares específicos refina seu caráter estratégico, tornando-se uma forma inovadora de suporte à comunicação organizacional. (MATTANA et al., 2006, p.6) O gerenciamento just-in-time da comunicação, proporcionado por instrumentos de intercâmbio de informação virtuais digitalizados, remodela os padrões organizacionais de produção, armazenamento e envio de relatórios, formulários e outros formatos de comunicação organizacional tradicionais. Os mais conhecidos, como o correio eletrônico, ou, simplesmente, e-mail, a Internet e a Intranet os transformam em documentos eletrônicos, os quais juntos, formam uma corrente de dados, que fluem diretamente de um computador para o outro, independentemente da distância entre os sujeitos comunicacionais. (NORTON, 1996 apud MATTANA et al., 2006) Por meio do serviço da Internet surgiu a sua vertente Intranet, rede de computadores fundamentada nos padrões da Internet, porém de acesso privado. Esse sistema utiliza-se da tecnologia da World Wide Web (WWW) e desponta nas organizações para agilizar, de modo eficiente, a comunicação entre os funcionários e assegurar coerência nas informações, possuindo garantia contra acessos não autorizados. Uma aplicação Intranet eficaz irá oferecer aos seus empregados uma forma de colaborar; partilhar conhecimento de uma forma que verdadeiramente traga valor à iniciativa de gestão de conhecimento de uma empresa. (BATISTA apud MATTANA et al., 2006, p.7) 55 A migração de documentos organizacionais para o ambiente on line, além de reduzir a impressão e distribuição de papéis, agiliza o atendimento aos funcionários, em detrimento ao tradicional modo de requerimento de informações nas organizações, onde “o empregado solicita a seu supervisor o envio de pedidos para a cadeia de decisões e fica aguardando a resposta, [o que] leva a demora e erros” (AURÉLIO apud MATTANA et al., 2006. p.8). Tais documentos passam a assumir um caráter dinâmico, pois a gestão de informações torna-se precisa e ágil. Ademais, propiciam o acesso global, antes inexistente, devido à tangibilidade das informações, e a construção de uma nova interseção cultural, interativa, baseada em princípios de compartilhamento de informações e colaboração entre os sujeitos organizacionais. (AURÉLIO apud MATTANA et al., 2006. p.8) A importância que a virtualização da comunicação digital assume na sociedade capitalista globalizada e, igualmente, demonstrou que as tecnologias digitais on-line, voltadas para a comunicação organizacional, são uma revolução nas opções de relacionamento organizacional. A adesão aos softwares aplicados à comunicação, emergentes no final do século XX, configuram uma mudança cultural no âmbito das organizações, por redimensionarem as fronteiras da comunicação, assim como os valores percebidos pelos funcionários, reorientando seus comportamentos. (MATTANA et al., 2006) 2.7 Comunicação on line A comunicação organizacional tem foco nas redes de rumores e os meios eletrônicos utilizados para facilitá-la. A comunicação eletrônica vem sendo aprimorada e enriquecida pela tecnologia da computação, isto inclui o correio eletrônico, redes intranet e extranet, e a videoconferência. Como ferramenta de comunicação o e-mail apresenta benefícios como: mensagens escritas, editadas e armazenadas e transmitidas rapidamente, podem ser lidas de acordo com a conveniência do receptor e seus custos são muito baixos. Suas desvantagens são: distração do trabalho sério, ausência de conteúdo 56 emocional, pois as pistas não-verbais de uma conversa pessoal ou da entonação de voz transmitem informações importantes que não aparecem no correio eletrônico, apesar da tentativa de expressar emoções através de ícones; além disso, tende a ser frio e impessoal, não sendo o canal ideal para mensagens que provocam reações emocionais e que exigem empatia e apoio social. (ROBBINS, 2005) O sistema postal eletrônico, o e-mail, foi utilizado para esse intercâmbio de informações na organização. No entanto, também registrou um esgotamento ao longo de sua utilização, devido à sobrecarga de informações que continha, de modo não-organizado, despontando a necessidade organizacional de pesquisa e desenvolvimento de uma ferramenta específica para comunicação, de acesso via Internet. Ainda que com um relativo êxito inicial, o e-mail sofreu com a barreira conhecida como administrativa. (MATTANA et al., 2006, p. 9) Por fim, favorece a espiral de conflitos que chega a duplicar os antagonismos quando comparado à comunicação face a face. Por isso, a gestão do conhecimento é um processo de organização e distribuição do saber coletivo da empresa de maneira a fazer com que a informação certa chegue à pessoa certa, na hora certa, sendo bem executada dando à empresa uma vantagem competitiva e um desempenho organizacional melhor. Contudo, diversas barreiras podem dificultar ou distorcer a comunicação eficaz, são elas: a filtragem; a percepção seletiva, sobrecarga de informação, emoções, linguagem e medo da comunicação. (ROBBINS, 2005) O propósito da comunicação é compartilhar informações e expressar sentimentos e emoções. Nas organizações as pessoas se comunicam por meios escritos (cartas, memorandos, e-mails, relatórios e similares), meios orais (mais utilizado) e não-verbais (expressões faciais e linguagem corporal, layout do escritório). Então, gerenciar a comunicação organizacional significa compreender os numerosos problemas que interferem nela. Tais problemas podem surgir no próprio processo de comunicação e em fatores como: diferença de status, pressões provocadas pela necessidade de cumprimento de prazos e sobrecarga de informação. Assim, um número menor de níveis de gestão e o espírito de equipe aperfeiçoado dessas divisões proporcionam a melhora dos fluxos de comunicação. (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006) O meio escolhido para se transmitir uma mensagem tem influência, senão a comunicação fica truncada. E-mail e telefone, por exemplo, não são boas opções para cobrar um trabalho, o melhor é conversar. (ROCHA, 2008, p,43) 57 Com o crescente número de pessoas que utilizam a internet para enviar e-mails, conversar em salas virtuais de bate-papo, comprar, vender, pesquisar, buscar informações sobre diversos interesses, surge a dúvida sobre a interferência da comunicação on line no comportamento emocional das pessoas. Na comunicação real, as pessoas são mais flexíveis menos rígidas nas suas posições. Na comunicação on-line, o que se escreve tornase inflexível, defensivo e documentado. (SANTOS, 2005, p.19) Escrevendo perde-se a espontaneidade da comunicação, pois não existe espaço para a linguagem não-verbal, a comunicação eletrônica é mais racional, técnica e formal, no entanto, compromisso, empatia, capacidade de negociação são elementos importantes para construir um relacionamento salutar e estável. (SANTOS, 2005) A internet surgiu na década de 60 como ferramenta de comunicação militar alternativa nos Estados Unidos. No Brasil este meio só chegara em 1995 com a atuação do governo federal, no sentido de ampliar uma infra-estrutura necessária para as empresas privadas. No entanto, entre 1996 a 1997 o crescimento foi espantoso, chegando a atingir quase 1000% de internautas (de 170 mil para 1,3 milhão). Em janeiro de 2000, o número havia triplicado para 4,5 milhões, uma quantidade que aumenta gradativamente com a facilidade do acesso. (MONTEIRO, 2001) A finalidade da internet era ser um meio de comunicação alternativo e foi no que se transformou, pois é menos invasivo que o telefone e menos formal que a carta, além do uso de softwares que permitem a utilização da internet como canal de voz, sendo uma opção mais econômica para os telefonemas internacionais e interurbanos. O e-mail, por exemplo, tornou-se a atividade mais freqüente da internet com 39%, superando a navegação na World Wide Web (WWW), em busca de informações e serviços (35%). Pode-se dizer que a internet é um meio híbrido, embora criado como meio de comunicação interpessoal, possui características de meio de comunicação de massa, podendo negar essas características dependendo da utilização da rede. (MONTEIRO, 2001, p.32) Através disso, comunicar-se ficou mais prático, basta ligar o computador e conectar-se a internet, um modo mais fácil de se aumentar o círculo social. Isso se transformou em mania, seja no trabalho, em casa, lan houses, ou em outros lugares. Através do e-mail, que é considerado um pioneiro nesse 58 vínculo, pode-se resolver problemas, comunicar-se de maneira mais rápida e econômica. Foram criados também os comunicadores instantâneos, permitindo conversas reservadas com contatos já estabelecidos, como I seek you (ICQ) e o Messenger (MSN). A complexidade inerente às novas formas de se comunicar tem levado algumas organizações a oferecer treinamento para que seus profissionais falem melhor e se exponham cada vez mais. Para o sociólogo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Álvaro Gullo, a comunicação virtual cresce devido à dificuldade do contato humano e pessoal da sociedade moderna. Há pessoas que defendem este tipo de ferramenta de trabalho, já que garantem existir uma enorme economia e rapidez na troca de informação, tornando-o mais produtivo o seu desempenho. (TAVARES, 2004) Contrariando o sociólogo, a professora Rosana Soares Lima, da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (USP) diz que a tecnologia continuou sendo aprimorada a partir da necessidade de agregar contatos e aumentar o círculo social. (TAVARES, 2004). Estudiosos da comunicação acreditam que a idéia do vínculo social pela Internet começou com o e-mail, que trouxe a resposta rápida que a carta não tinha. Logo as pessoas perceberam que poderiam trocar mensagens o dia inteiro, mas o hábito da conversa teclada teria surgido com as antigas salas de bate-papo. (TAVARES, 2004) Para Regina Prado, assessora de imprensa do campus da USP-RP, o correio eletrônico representa ainda a maior revolução da Internet. E ressalta que a Internet agilizou o trabalho, a conversa por e-mail é mais produtiva, ficou mais fácil divulgar as coisas, contudo, confessa que a carga de trabalho aumentou como conseqüência dessa agilidade, pois verifica a caixa de e-mail a todo instante mesmo que não esteja esperando nada. (PRADO apud TAVARES, 2004) Segundo André Guerhard, responsável pelo correio eletrônico oficial da Universidade, o uso do correio eletrônico continua crescendo. Existem 16 mil endereços cadastrados com o @usp e a média de pedidos de inserção são de 50 e-mails por semana, e diariamente o servidor recebe cerca de 200 mil mensagens o que equivale a 10 e-mails por pessoa. (TAVARES, 2004) 59 Diante disso, a revista Você/SA fez uma entrevista com um consultor americano, Mike Song que orienta como usar o e-mail de maneira produtiva. Segundo pesquisa realizada pelo consultor com funcionários de grandes empresas descobriu que eles gastam cerca de 40% do dia administrando caixas de correio. Perdem-se tempo, energia e dinheiro. Nos Estados Unidos, o prejuízo é de 300 bilhões de dólares por ano em horas remuneradas. (PENNA, 2007) Os principais problemas relacionados a e-mails são a quantidade e a qualidade, pois envia-se e recebe-se uma quantidade excessiva de mensagens o que levam a interrupções contínuas e desnecessárias no trabalho e a qualidade de nossos e-mails é muito baixa. As pessoas gastam boa parte do seu tempo e energia tentando entender o significado daquilo que recebem, e outro problema é a quantidade de mensagens falsas que circulam na rede, afirma Song. (PENNA, 2007) Quem sofre mais com essa avalanche de e-mails são os gerentes, pois recebem comunicados de subordinados, superiores e pares. Empresas que trabalham com muita informação como as do setor financeiro, planos de saúde, de mídia e de tecnologia, também estão mergulhadas em e-mails. (PENNA, 2007) A melhor maneira de se escrever um e-mail é postar o assunto de forma objetiva, como uma manchete de jornal, é preciso estimular o destinatário a abrir a mensagem. No corpo do e-mail, a informação central vem sempre em primeiro lugar e se for fazer um pedido devese escrever o que quer e depois contextualizar concluindo com gentilezas e uma assinatura sólida, diz o consultor. (PENNA, 2007, p.55) Para gastar-se menos tempo com as mensagens deve-se enviar menos, diminuindo o número de destinatários e não abusar de ferramentas como Responder a todos, e Com cópia a destinatários secundários da mensagem (Cc). Em segundo lugar, organizar melhor as informações. Criar um número limitado de pastas denominadas a partir do conteúdo delas, e não das pessoas que enviou. Por fim, orientar as boas práticas de e-mail, ou sofra com suas mensagens inúteis e mal escritas. (SONG apud PENNA, 2007) Assim, evidencia-se a importância da comunicação para o sucesso das organizações em uma economia internacionalizada, como uma ferramenta 60 estratégica de gestão de uso interno e externo, sendo o foco de atenção e de evolução permanente nas empresas. No próximo capítulo é apresentado o estudo de caso realizado na BRACOL Holding Ltda. e todos os resultados obtidos a partir dela. Há também a comparação dessa com uma pesquisa de cunho nacional realizada no ano passado, tendo como finalidade uma melhor compreensão de todo o cenário nacional. 61 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO A BRACOL empresa que atua no setor de equipamentos de proteção individual, possui pela sua grandeza uma estrutura, onde a comunicação interna precisa estar bem alinhada para que os objetivos da organização sejam atingidos com eficiência e eficácia. Informações da equipe de vendas para o setor de produção, decisões da diretoria para os departamentos de marketing e de pesquisa e desenvolvimento, são algumas das atividades normais da empresa que precisam do auxílio de uma comunicação bem desenvolvida para uma boa sintonia entre os seus departamentos. Com o objetivo de analisar a comunicação empresarial, suas formas e efetividade foi realizada uma pesquisa na BRACOL Holding Ltda., onde buscou-se entender a forma de comunicação e a valorização do processo de comunicação efetuado pela empresa. Nesse trabalho utilizaram-se os seguintes métodos e técnicas: Método de estudo de caso - teve como objetivo analisar a comunicação on-line na empresa, bem como seus benefícios e dificuldades de utilização pelos funcionários, verificando também, se esse meio de se comunicar não dificulta o relacionamento entre os funcionários. Método de observação sistemática – foram observados e analisados as maneiras como os funcionários se comunicam para repassar informações ou decisões entre funcionários, gerentes e subordinados e seus efeitos dentro da organização. Método histórico da comunicação da empresa – os dados e evolução da comunicação organizacional foram levantados, dando suporte para o desenvolvimento do estudo de caso. Método estatístico – utilizou-se uma pesquisa direta com os colaboradores do setor administrativo e produtivo da BRACOL, no período de 62 Junho a Julho de 2008, por meio de formulário (apêndice F). Com esse método foi possível identificar o perfil do participante no processo de avaliação sob as formas aplicadas e instrumentação da comunicação, tendo o objetivo de verificar os efeitos causados nas relações interpessoais pela comunicação on line. As técnicas utilizadas foram: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B) Roteiro do Histórico da Comunicação na Empresa (Apêndice C) Roteiro de entrevista para os Gerentes e Supervisores (Apêndice D) Roteiro de entrevistas para os Assistentes de Produção (Apêndice E) Formulário de pesquisa para os Gerentes, Supervisores, Assistentes e Funcionários (Apêndice F) Outros registros: serão usados materiais ilustrativos. 3.1 Apresentação da pesquisa na BRACOL Holding Ltda. Para analisar o processo de comunicação, sua instrumentação e satisfação foram distribuídos 170 questionários, contando com 104 respondentes, correspondendo 12,23% do total de funcionários da BRACOL. A população pesquisada está estratificada nos níveis de gerência, supervisores, assistentes e operários. 3.2 Resultado da pesquisa na empresa A pesquisa demonstra que o processo de comunicação na BRACOL Holding Ltda. é identificado como eficiente pela maioria dos seus funcionários nos diferentes níveis. Para chegar a essa análise foram elaboradas sete perguntas onde constava a identificação e qualificação do profissional, além da 63 sua opinião sobre a comunicação interna da empresa. Abaixo encontra-se a demonstração dos resultados obtidos: Tabela 1: Idade Idade F Fr% 18 a 19 anos................... 5 4,81 20 a 30 anos................... 68 65,38 31 a 40 anos................... 19 18,27 41 a 50 anos................... 6 5,77 > de 50 anos................... 6 5,77 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 A faixa etária dos funcionários que trabalham na BRACOL gira em torno de 20 a 30 anos com 65,38%, seguido dos que tem 31 a 40 anos abrangendo 18,27% e 11,54% tem mais de 41 anos, onde observa-se que a empresa possui um quadro de funcionários com pouca idade. Tabela 2: Formação Educacional Formação F Fr% Ensino Fundamental Incompleto...... 10 9,62 Ensino Fundamental Completo......... 7 6,73 Ensino Médio Incompleto.................. 10 9,62 Ensino Médio Completo.................... 48 46,15 Ensino Superior Incompleto.............. 14 13,46 Ensino Superior Completo................ 11 10,58 Não Responderam............................ 4 3,85 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 A formação educacional dos entrevistados possui grande maioria com ensino médio completo com 46,15% e funcionários com ensino superior completo e incompleto representam 24,04% do total. 64 Tabela 3: Tempo de Empresa Tempo F Fr% Menos de 1 ano.............. 38 36,54 1 a 5 anos....................... 38 36,54 6 a 10 anos..................... 12 11,54 mais de 10 anos............. 15 14,42 Não Responderam......... 1 0,96 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 A empresa apresenta em torno de 73% do quadro de funcionários com menos de cinco anos, e apenas 14,42% acima de 10 anos, conforme tabela 3. Tabela 4: Tem computador em casa Especificação F Fr% SIM.................................. 58 55,77 NÃO................................ 45 43,27 Não Responderam.......... 1 0,96 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 Observa-se de acordo com a tabela 4 que 55,77% dos funcionários possui um computador em casa. Tabela 5: Tem noções de informática Alternativa F Fr% SIM................................. 58 55,77 Um pouco......................... 31 29,81 NÃO................................. 14 13,46 Não responderam............ 1 0,96 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 65 Em relação ao nível de conhecimento sobre informática é possível observar que mais de 85% sabe pelo menos um pouco quanto a utilização dessa tecnologia. Tabela 6: Como você considera o processo de comunicação adotado em sua área de atuação Qualidade F Fr% Ótimo............................... 15 14,42 Bom................................. 73 70,19 Regular............................ 9 8,65 Péssimo.......................... 4 3,85 Ruim................................ 2 1,92 Não Responderam.......... 1 0,96 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 O processo de comunicação é avaliado com praticamente 85% como ótimo e bom pelos funcionários na área em que atuam, tendo quase 6% de avaliação como péssimo e ruim, demonstrando na tabela 6 um alto grau de satisfação na comunicação interna da empresa, englobando todos os meios de comunicação disponíveis na BRACOL. Tabela 7: As informações via mural e jornal da empresa, como você as classificaria Qualidade F Fr% Ótimo............................... 23 22,12 Bom................................. 56 53,85 Regular............................ 22 21,15 Ruim................................ 0 0,00 Péssimo........................... 0 0,00 Não Responderam.......... 3 2,88 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 66 Ganha destaque as informações via mural e jornal da empresa que recebem 76% de aprovação como bom e ótimo, e praticamente não apresenta qualquer tipo de rejeição. Tabela 8: Você utiliza a comunicação on line Especificação F Fr% SIM................................... 40 38,46 NÃO................................. 62 59,62 Não Responderam........... 2 1,92 --------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. Na tabela 8, 59,62% responderam que não utilizam a comunicação on line dentro da empresa, pois grande parte dos colaboradoes está na produção e não se comunicam por esse meio. Tabela 9: Se sim, como você a classificaria Qualidade F Fr% Ótimo............................. 10 25 Bom .............................. 25 62,5 Regular.......................... 3 7,5 Ruim.............................. 1 2,5 Péssimo......................... 0 0 Não Responderam........ 1 2,5 ---------- ∑F= 40¹ ∑Fr%=100 ¹ ∑F ≠ 104 em razão de respostas múltiplas. Fonte: Dados coletados pelos autores 2008. Praticamente 87,5% dos funcionários que utilizam a comunicação on line, vêem esse meio como ótimo ou bom para repassar informações, decisões e ordens dentro da organização. Isso, no entanto, levando em consideração que os entrevistados que responderam atuam diretamente com esse meio de comunicação. 67 Tabela 10: Atribua notas de acordo com as faixas em relação a Comunicação por escrito Notas F Fr% 0 a 3................................ 17 16,35 4 a 6................................ 26 25,00 7 a 9................................ 26 25,00 10.................................... 14 13,46 Não Responderam.......... 21 20,19 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. Já a comunicação por escrito apresenta índices um pouco diferentes em relação ao anterior, pois 16,35% atribuem suas notas entre 0 a 3, 25% da amostra caracteriza-a com notas regulares de 4 a 6, e 38% aproximadamente atribuem a nota de 7 a 10. Tabela 11: Atribua notas de acordo com as faixas em relação à Comunicação interpessoal (contato) Notas F Fr% 0 a 3................................ 6 5,77 4 a 6................................ 23 22,12 7 a 9................................ 28 26,92 10.................................... 26 25,00 Não Responderam.......... 21 20,19 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. A comunicação interpessoal, ou seja, o relacionamento face-a-face, conforme identifica a tabela 11, apresenta níveis melhores de aprovação, pois 27,89% categorizam de 0 a 6, 26,92% lhe atribuem notas de 7 a 9, e os demais entrevistados, que somam 25% dos questionários categorizam-na com a nota máxima. No entanto, houve um grande número abstenções, cerca de 20,19% dos que participaram. 68 Tabela 12: Atribua notas de acordo com as faixas em relação à Comunicação on line Notas F Fr% 0 a 3................................ 20 19,23 4 a 6................................ 18 17,31 7 a 9................................ 37 35,58 10.................................... 8 7,69 Não Responderam.......... 21 20,19 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. Na comunicação on line, tema principal da pesquisa, identifica-se um relativo equilíbrio onde essa é classificada como pouco eficiente por 19,23% dos respondentes, a parcela referente a 17,31% atribui notas de 4 a 6, e a maioria dos entrevistados define notas de 7 a 10, representando 43,27%. Tabela 13: Atribua notas de acordo com as faixas em relação à Comunicação por escrito com contato pessoal Notas F Fr% 0 a 3................................. 8 7,69 4 a 6................................. 22 21,15 7 a 9................................. 29 27,88 10..................................... 24 23,08 Não Responderam........... 21 20,19 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. De acordo com os resultados obtidos que foram demonstrados na tabela 13, quase 29% classificaram notas de 0 a 6, ou seja, ruim ou regular e aproximadamente 50% atribuíram notas de 7 a 10, ou seja, bom ou ótima em relação a eficiência na comunicação por escrito com contato pessoal percebida nos relacionamentos internos. 69 Tabela 14: Você acredita que a comunicação on line Alternativa F Fr% Melhora o relacionamento interpessoal........... 45 43,27 Dificulta o relacionamento interpessoal........... 11 10,58 Impede o relacionamento interpessoal............ 10 9,62 Não influencia no relacionamento interpessoal 29 27,88 Não Responderam........................................... 9 8,65 ---------- ∑F=104 ∑Fr%=100 Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. Nota-se claramente que os entrevistados atribuem que a comunicação on line, destaque da pesquisa, melhora o relacionamento interpessoal com 43,27%, já cerca de 20% admite que dificulta ou impede a pratica de boas relações e 27,88% dos respondentes entende que não influencia no relacionamento. Tabela 15: Dentre as descritas cite 3 vantagens da comunicação on line Alternativa F Fr% Rapidez (contato)............................................. 27 14,84 Facilidade......................................................... 16 8,79 Baixo custo....................................................... 13 7,14 Registro de comunicação ................................ 20 10,99 Confiabilidade .................................................. 8 4,40 Facilidade expressão de idéias ....................... 9 4,95 Agilidade (prazo de execução) ........................ 13 7,14 Comodidade .................................................... 11 6,04 Possibilidade de comunicação interpessoal .... 0 0,00 Resposta prejudicada por não estabelecer 56 30,77 Não Responderam........................................... 9 4,95 ---------- ∑F=182¹ ∑Fr%=100 comunicação on line ........................................ ¹ ∑F ≠ 104 em razão de respostas múltiplas. Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008 70 As vantagens atribuídas a comunicação on line se distribuem por diversos itens como rapidez, registro de comunicação, facilidade, baixo custo e agilidade no prazo de execução sem contudo representar índice isolado significativo para qualquer um deles. Tabela 16: Dentre as descritas cite 3 desvantagens da comunicação on line Alternativa F Fr% Falta de contato pessoal ........................................ 28 15,82 Falta de significado e importância na comunicação. 5 2,82 Dificuldade de obter feedback ................................. 17 9,60 Tempo estendido para consenso ............................ 16 9,04 Falta de possibilidade para consenso ..................... 5 2,82 Excesso de contatos aleatórios no serviço ............. 8 4,52 Falta de clareza ou entendimento da mensagem ... 15 8,47 Dificuldades de repassar idéias complexas ............ 16 9,04 Resposta 50 28,25 Não Responderam .................................................. 17 9,60 ---------- ∑F = 177¹ ∑Fr%=100 prejudicada por não estabelecer comunicação on line ................................................ ¹ ∑F ≠ 104 em razão de respostas múltiplas. Fonte: Dados coletados pelos autores, 2008. Quando analisadas as desvantagens quanto as interferências causadas pela comunicação on line as respostas que mais se destacam foram: a falta de contato pessoal, a falta de feedback, o tempo despendido para consenso, a falta de clareza e o entendimento representando 51,97% das dificuldades. Com relação a análise da qualificação da comunicação on line identificase que 25% não responderam a pesquisa por não terem acesso a tal meio de comunicação. Apesar de ser ressaltado que a comunicação on line não dificulta o relacionamento interpessoal, é necessário ponderar que nos níveis de produção isto está dificultado pela falta de acesso e que na pesquisa introdutória do Trabalho de Conclusão de Curso, obteve-se um ressalte 71 significativo dos funcionários que acreditaram que o relacionamento ficou prejudicado. 3.3 Como anda a comunicação interna nas empresas nacionais Apesar do reconhecimento de todos de que o processo de comunicação é importante para o ambiente organizacional, pouco ou nada se faz para a determinação de uma Política de Comunicação na empresa. Normalmente, somente em grandes corporações é possível encontrar um esforço maior de tornar a comunicação um processo reconhecido e científico nas comunicações, pois de uma maneira geral nas empresas a qualidade da comunicação está prejudicada. A adoção de algumas técnicas como os jornais internos, os murais, os boletins não merecem a atenção devida pelas empresas, são peças produzidas com base nas experiências de outras empresas, mas que não atendem especificamente a cultura e a necessidade da empresa. É comum ressaltar a eficiência da famosa Rádio Peão, infelizmente muito mais carregada de negatividade do que na produção de uma comunicação salutar e produtiva, mas que não pode deixar de ser considerada efetiva e eficiente no seu objetivo, assuntos mais variados, geralmente distorcidos e imprecisos fluem com uma facilidade espantosa na empresa, da diretoria ao nível operacional da hierarquia, todos já sabem das demissões que irão ocorrer no próximo semestre, com nomes, cargos, motivos e outros. A falta de uma política de comunicação nas empresas acaba por tomar sua forma de comunicar-se bem menos eficiente que a Radio Peão, e sabemos o quanto isto produz de desconforto, constrangimento, improdutividade, desmotivação e, muitos outros aspectos entre os colaboradores de uma empresa. Para entender o que pode ou deve ser feito, baseando-se na Pesquisa de Comunicação Interna da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial que reuniu 164 empresas classificadas como as 1000 maiores empresas do Brasil de acordo com a Revista Exame (edição 2007). A amostra contempla também nove bancos, que estão entre os maiores do país. Juntas 72 estas empresas empregaram mais de um milhão de funcionários e os grupos as quais pertencem, faturaram aproximadamente U$ 360 milhões no ano de 2006. Este valor representou 33,7% do PIB brasileiro de 2006, cerca de R$ 1,066 trilhões. O modelo da pesquisa foi desenhado para abordagem com autopreenchimento on line. No entanto, 137 empresas foram abordadas por telefone, com aplicação de questionários. 3.3.1 A Pesquisa da ABERJE A pesquisa tem o objetivo de mapear os avanços e comparar dados com as pesquisas sobre o mesmo tema, realizadas em 2002 e 2005. É, portanto, a rodada sobre a Comunicação Interna de 2007. Os aspectos abordados enfocam o status da comunicação nas empresas, a estrutura de equipes, a formação de gestores, os meios de comunicação mais utilizados, além de investimentos na área. Após estudo realizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), foram evidenciados os seguintes resultados. 3.3.1.1 Perfil dos funcionários Quanto ao perfil dos funcionários constatou-se que: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 18: Sexo 73 O mercado de comunicação corporativa é composto predominantemente por mulheres, contendo 76,2% de participação no mercado. Registre-se que nos cargos de diretoria os homens acabam sendo a maioria, conforme está apresentado na figura 18. Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 19: Faixa etária A distribuição etária da amostra concentra 56,1% de seus profissionais entre 31 e 50 anos, sendo que a faixa de 31 a 40 anos é representada por 34,1% e os com idade entre 41 a 50 anos, tem a margem de 22% da amostra verificada. Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 20: Cargo Profissionais de vários cargos de comunicação foram abordados, desde diretores até assistentes. Nos cargos de gestão de primeira linha encontra-se um terço da amostra, na coordenação, supervisão e assessoria outro terço e nos cargos técnicos (especialistas, analistas e assistentes), os demais participantes. 74 3.3.1.2 Caracterização da empresa Na questão quanto o número de funcionários percebeu-se que a caracterização da empresas e composta por: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 21: Número de funcionários Cerca de 40% das empresas da amostra empregam mais de cinco mil funcionários. 3.3.1.3 Modelo de gestão No tocante ao modelo de gestão da comunicação corporativa nesta empresa Você diria que: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 22: Modelo de gestão 75 Em 2007, os percentuais das pesquisas de 2005 foram praticamente mantidos quanto ao modelo de gestão da comunicação. Vale destacar que não existe um plano integrado de comunicação em 49% das empresas do ramo de serviços e 57% das indústrias. Nas empresas que não têm um plano integrado, 41% dos entrevistados afirmaram que a comunicação é vista pela alta gestão como área estratégica (67,7% na amostra), e 39% disseram que a mesma é percebida como área de apoio (22,6% na amostra). 3.3.1.4 Status da comunicação corporativa O status da comunicação corporativa no organograma é a seguinte: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 23: Status da comunicação corporativa Quanto ao status da comunicação corporativa apresentou-se que a variação dos índices da pesquisa de 2005 é pequena. Diretoria e gerentes 76 cuidam igualmente da comunicação corporativa. Chama atenção o fato que 47% empresas que têm uma diretoria de comunicação são européias. 3.3.1.5 Setores responsáveis pela comunicação Nas empresas a Comunicação Interna está sob responsabilidade das áreas de: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 24: Setores responsáveis pela comunicação A comunicação interna tem mudado dentro das organizações com o passar do tempo, pois antes era dividida entre diretorias e gerências de Comunicação / Relações Públicas e Recursos Humanos, no ano de 2007 a comunicação interna passou a se reportar também às áreas como Assuntos Corporativos / Institucionais e até mesmo presidência da empresa, diminuindo 77 a participação dos departamentos de Comunicação / Relações Públicas e Marketing. 3.3.1.6 Estrutura das equipes O trabalho de comunicação interna funciona da seguinte forma: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 25: Estrutura das equipes Aumentou 6,9 pontos percentuais o índice de empresas que trabalham com equipe própria no processo de comunicação interna. Esse aumento não há relação entre tamanho de equipes e contratação de equipes internas e sim com a diminuição do trabalho com equipes interna e externa auxiliando a comunicação interna. 3.3.1.7 Tamanho das equipes A quantidade de funcionários que trabalham na área de comunicação interna é: 78 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 26: Tamanho das equipes Conforme a figura 26 aumentou o número de empresas que têm, em sua equipe de comunicação interna, entre quatro e cinco funcionários, representando 30,5 pontos percentuais, ao passo que diminuiu o número de empresas que têm mais de dez funcionários, com 10,4% do total da amostra, e uma pequena queda na participação de equipes com até três funcionários, com 40,2%. Registre-se que esses profissionais trabalham apenas na área de comunicação interna e que a pesquisa contou com uma alternativa nula na edição de 2007. 3.3.1.8 Espaço na área de atuação No decorrer dos anos diminuiu a liderança da área de comunicação interna o percentual de profissionais formados em Jornalismo, enquanto se tem uma recuperação no percentual de profissionais formados em Relações Públicas, resultado constatado na figura 27. 79 Área de formação acadêmica do profissional de comunicação interna está dividida em: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 27: Espaço na área de atuação 3.3.1.9 Veículos de comunicação gerencial Vale destacar, como foi apresentado na figura 28, que na pesquisa do ano passado, 2007, 32,9% dos entrevistados declararam que não existe um tipo de comunicação voltado exclusivamente para o nível gerencial. Não houve destaque para nenhum outro meio de comunicação, já que as respostas estão bastante pulverizadas. Tipos de comunicação voltados exclusivamente ao nível gerencial. 80 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 28: Veículos de comunicação gerencial 3.3.1.10 Principais veículos de comunicação disponibilizados Na pesquisa de 2007, o jornal impresso é apontado como o principal veículo de comunicação interna por 22,6% dos entrevistados, recuperando sua posição tradicional. Isto acontece após o boom da Intranet – percebido na pesquisa de 2005 – que atualmente é o segundo principal veículo. Nessa questão também se registra a grande dispersão de respostas. O principal meio de comunicação interna da empresa constatado foi: 81 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 29: Principais veículos de comunicação interna 3.3.1.11 Periodicidade de utilização No decorrer dos anos em que a pesquisa foi realizada, percebeu-se um ligeiro crescimento da periodicidade do principal veículo de comunicação interna: diária. Esse fato pode ser explicado pela necessidade de atualização constante das informações, acompanhando a agilidade dos meios de comunicação, de forma geral, no mundo atual. Em relação ao veículo mencionado sua periodicidade é a seguinte: 82 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 30: Periodicidade de utilização 3.3.1.12 Outros veículos disponíveis aos funcionários Pela visualização do gráfico da figura 31, fica nítida a diversidade de veículos de comunicação interna utilizada pela empresas. Intranet e jornal mural estão presentes na grande maioria com um percentual de aproximadamente 87% e 83% respectivamente, demonstrando que esses dois meios ainda são predominantes. Assim como revista, newsletter e boletim estão em cerca de metade das empresas. Além destes: faixas, caixas de sugestões, vídeos periódicos, outdoor, etc. Porém, o veículo via e-mail vem ganhando espaço com 21,3% de participação. A existência de outros veículos disponíveis aos funcionários englobam: 83 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 31: Outros veículos disponíveis aos funcionários 3.3.1.13 Comunicação digital Em relação à comunicação digital o percentual aproximado de funcionários que têm acesso a intranet é: 84 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 32: Comunicação digital A intranet está disponível para pelo menos 50% dos funcionários em 62% das empresas. Esse percentual mantém-se ao longo dos anos em que a pesquisa foi realizada (59% em 2002 e 2005). Sendo assim, não houve uma ampla democratização no acesso a Intranet, embora ela esteja presente em 87,2% das empresas. 3.3.1.14 Comparativo de investimentos Considerando os últimos dois anos, em relação à comunicação interna, foi dito que: 85 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 33: Comparativo de investimentos Os investimentos em comunicação interna se estabilizaram, conforme os dados da pesquisa. O percentual de respondentes que afirmaram que os investimentos aumentaram muito vem decrescendo ao longo dos anos. 3.3.1.15 Investimentos atuais Comparado com 2005, aumentou o percentual de empresas que investem menos de 500 mil reais por ano: 28,2% e em 2005 contra 35,4% em 2007. Vale ressaltar que 20,7% dos entrevistados não sabiam qual era o investimento atual da empresa em comunicação interna. Desses, quase metade ocupa cargos de analista/especialista e estão concentrados nas áreas de recursos humanos. Aproximadamente os investimentos em comunicação interna atualmente chegam a: 86 Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007. Figura 34: Investimentos atuais 3.3.1.16 Necessidades de informação Pensando na comunicação interna o ponto de vista dos empregados é o seguinte: Fonte: Pesquisa ABERJE, 2007 Figura 35: Necessidades de informação 87 A comunicação ainda não atende totalmente os funcionários. Chama atenção ao fato que, entre os entrevistados que disseram que a área de comunicação interna atende completamente essa necessidade, 77% trabalham em empresas em que a alta gestão vê a comunicação como área estratégica e, em 87% delas, há um plano integrado de comunicação. 3.3.1.2 Resultado da pesquisa realizado pela ABERJE A Comunicação Interna nas grandes empresas do Brasil está se estruturando com o passar dos anos e apresenta-se dividida entre a área de Comunicação Corporativa e Recursos Humanos. Os responsáveis pela gestão da Comunicação Interna são profissionais de Relações Públicas, Jornalismo e formação humana diversificada: Psicologia, Letras, Sociologia, Antropologia, Filosofia entre outras. A área se caracteriza por equipes enxutas, entre três e cinco funcionários. Nas empresas com grandes populações internas as equipes podem ultrapassar 10 funcionários. A maioria das empresas conta com equipes externas de fornecedores variados para a produção de conteúdo de comunicação: revistas, jornais, intranet, campanhas motivacionais internas, vídeos etc. A maioria das empresas consultadas (68%) declara que a Comunicação Interna é parte de um Plano de Comunicação Integrada. Este conceito pressupõe o tratamento alinhado e simultâneo da comunicação para com os públicos interno e externo. A Comunicação Interna dispõe de inúmeros canais de divulgação, sendo o jornal impresso o principal veículo de informação, recuperando o lugar ocupado na edição de 2005 pela intranet. Estudos qualitativos do Instituto ABERJE de Pesquisa (DATABERJE) indicam que os funcionários têm predileção pelos meios impressos, principalmente nas indústrias, cujo acesso aos meios digitais é menor. Existe uma correlação entre Planejamento Estratégico, Diretoria de Comunicação e investimentos na Comunicação Interna. 88 Os investimentos na área estão estabilizados e são tímidos. Uma organização que emprega 5.000 funcionários e investe R$ 500 mil ao ano em Comunicação Interna, aplica R$ 100,00 per capita por ano, o que resulta em R$ 8,30 funcionário / mês. Seguindo o mesmo raciocínio, numa empresa que investe R$ 3 milhões e tem 30.000 funcionários, o valor per capita é exatamente o mesmo. As estratégias de valorização do funcionário pelas empresas, como importante stakeholder na construção de sua reputação, ainda precisam ser incrementadas. Embora a área tenha crescido e se estruturado nos últimos anos, 65% dos profissionais investigados acredita que o trabalho de Comunicação Interna não atende completamente às necessidades de informação dos funcionários. 89 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO A pesquisa feita em relação ao tema proposto conseguiu comparar a teoria, a prática e a vivência percebida dos processos comunicativos pelos funcionários da BRACOL Holding Ltda., com isso evidenciou-se a possibilidade de melhorias nos aspectos relacionados comunicação. Embora a pesquisa constate a satisfação do público interno da empresa quanto às formas de comunicação há itens que podem ser revistos e analisados para implementar propostas de mudança. Partindo desse ponto, propomos: A redução de e-mails de massa, onde muitas vezes repassam-se informações a áreas que não tem relação com o assunto, retardando as ações, pois conforme relatos uma porcentagem significativa afirma perder muito tempo para responder diminuindo a eficiência no trabalho. Instituir uma política de gerenciamento de e-mails para que as mensagens cheguem à pessoa ou setor corretos. Promover as discussões em grupo e o contato pessoal, pois de acordo com entrevistas realizadas evidenciou-se que o meio de comunicação mais eficaz seria o diálogo, ou seja, o contato face-a-face. Desenvolver um padrão para a formulação das mensagens para que as tornem claras e objetivas, pois foi percebido através de entrevistas uma certa dificuldade em receber o feedback, em compreender as mensagens, ou mesmo a circulação de conteúdos inapropriados ao local de trabalho. Pelo porte da empresa e pela complexidade do processo de comunicação, sugerimos a criação do departamento de Comunicação Empresarial que seria responsável pela formulação de uma política de comunicação interna e externa, procurando adequá-la a realidade da empresa e dos níveis existentes. Recomendamos também que a área contemplaria os aspectos de comunicação social, buscando uma integração maior na organização facilitando o processo de relacionamento interpessoal. 90 CONCLUSÃO Com base na conclusão da pesquisa efetuada na BRACOL Holding Ltda. identifica-se que o processo de comunicação não recebe da empresa o tratamento de uma política institucional. As avaliações efetuadas demonstraram que os modelos de comunicação mais conhecidos são adotados e produzem maior ou menor satisfação conforme o item analisado, dentro dessa ótica pode-se admitir que o processo obtém um índice satisfatório e que a comunicação on line não produz grandes interferências no relacionamento interpessoal, ressalvando a condição de que boa parte da linha de produção não tem acesso. Já na pesquisa da ABERJE Comunicação Interna 2007, outros fatores são abordados e demonstram claramente a necessidade da formalização de uma política de comunicação apoiada pela existência de uma estrutura especificamente voltada a tais aspectos. Como foi tratado em todo o trabalho e demonstrado, a área de comunicação deixou de ser apenas um aspecto ou setor da empresa e tornouse uma área estratégica que quando bem administrada resulta em vantagem competitiva. Pois, o fluxo correto de informações agiliza o processo e melhora a qualidade em todos os níveis organizacionais tanto nas relações quantos na produção e satisfação do cliente. Desse modo se dá a necessidade das empresas investirem mais nesse aspecto, pois a estruturação de um sistema de comunicação otimiza o desempenho da organização e pode ser aplicado a qualquer ramo de atividade como exemplo instituições de ensino, financeiras, indústrias, varejo, serviços, dentre outros setores. Identificamos, portanto, que empresas com um nível de estrutura como o da BRACOL, onde além da quantidade de funcionários, existe a diversidade de cultura e de formação técnica profissional, a existência de uma política de comunicação é recomendada. 91 REFERÊNCIAS ABERJE. Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Pesquisa comunicação interna 2007. São Paulo: ABERJE, 2007. Disponível em: <http://www.aberje.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2008. ANGELINI, A. V.M. R. 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Acesso em: 08 abr. 2008. 94 APÊNDICES 95 APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso 1 INTRODUÇÃO Serão descritos os métodos e técnicas utilizados na pesquisa de campo, assim como os objetivos do estudo de caso, período de coleta de dados e as dificuldades e facilidades encontradas. 2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO a) Levantamento do processo comunicativo, bem como a utilização da comunicação on line. b) Depoimento dos profissionais envolvidos no processo de comunicação on line. 3 DISCUSSÃO Análise da teoria levantada, comparada com a prática utilizada, tendo como finalidade verificar se a comunicação on line pode influenciar no relacionamento interpessoal. 4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTO SOBRE 96 APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática I. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Empresa: Localização: Cidade: Estado: Atividade Econômica: Porte: II. ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Estrutura física da empresa. 2 Estrutura organizacional. 3 Os tipos de comunicação existentes. 4 Efeitos causados pela comunicação on line. 97 APÊNDICE C – Roteiro do Histórico da Comunicação na Empresa I. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA Empresa: Localização: Cidade: Estado: Atividade Econômica: Porte: II. ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA 1 Evolução da comunicação na empresa, sendo ela: escrita, falada, on line, formal, informal. 2 Evolução do relacionamento interpessoal após a implantação da comunicação on line. 98 APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para os Gerentes e Supervisores I. IDENTIFICAÇÃO Cargo: Cidade: Formação: Experiências Anteriores: II. PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Qual é a forma de comunicação que V. utiliza? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2 Qual é a forma de comunicação que V. julga mais eficiente? Considerando que possam existir mesclagens de meios. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3 Considerando o índice de desempenho de 0 à 10, que nota você atribuiria em relação a comunicação na BRACOL? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4 Qual a eficiência V. julga na comunicação on line? 99 _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5 Das comunicações on line recebidas, qual é a porcentagem que realmente se refere ao seu interesse? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5.1 E qual é o tempo em média que você se despende para respondê-las? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 6 Na substituição da comunicação interpessoal pela on line, qual é a falta que faz a possibilidade do contato direto, o feedback instantâneo e a facilidade de consciência? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 100 APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista para os Assistentes de Produção I. IDENTIFICAÇÃO Cargo: Cidade: Formação: Experiências Anteriores: II. PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Qual é a comunicação utilizada para os seus supervisores hierárquicos e seus subordinados? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2 Qual é a forma mais efetiva de comunicação V. julga que pode ser adotada para o processo de comunicação com seus subordinados? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3 Você utiliza a comunicação on line? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3.1 Caso a sua resposta seja que não utilize, qual é o meio utilizado? 101 _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3.2 Quais os pontos fortes V. identifica? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3.3 E os pontos fracos? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4 Das comunicações on line recebidas, qual é a porcentagem que realmente se refere ao seu interesse? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4.1 E qual é o tempo em média que V. se despende para respondê-las? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5 Você indicaria um processo de comunicação ou uma mescla para o seu público subordinado? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 102 APÊNDICE F - Formulário de Pesquisa para os Gerentes, Supervisores, Assistentes e Operários I. IDENTIFICAÇÃO Cargo: Cidade: Idade: ( ) Entre 20 a 30 anos ( ) Entre 41 a 50 anos ( ) Entre 31 a 40 anos ( ) Acima de 50 anos Formação: ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Superior Incompleto ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Superior Completo Tempo de empresa: ( ) 1 ano ( ) 6 a 10 anos ( ) 1 a 5 anos ( ) Acima de 10 anos Tem computador em casa? ( ) sim Tem noções de informática? ( ) sim ( ) não ( ) um pouco ( ) não II. PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Como você considera o processo de comunicação adotado em sua área de atuação? ( ) Ótimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Péssimo ( ) Regular 103 2 As informações via mural e jornal da empresa, como você as classificaria? ( ) Ótimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Péssimo ( ) Regular 3 Você utiliza a comunicação on-line? ( ) Sim 3.1 ( ) Não Se sim, como você a classificaria? ( ) Ótimo ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Péssimo ( ) Regular 4 Atribua notas de acordo com as faixas em relação ao modelo de comunicação conforme sua preferência 0a3 4a6 7a9 Comunicação por escrito Comunicação interpessoal (contato) Comunicação on line Comunicação por escrito com contato pessoal 5 Você acredita que a comunicação on line: ( ) melhora o relacionamento interpessoal. ( ) dificulta o relacionamento interpessoal. ( ) impede o relacionamento interpessoal. ( ) não influencia no relacionamento interpessoal. 10 104 6 Dentre as descritas cite 3 vantagens da comunicação on line: ( ) Rapidez (contato) ( ) Facilidade ( ) Baixo custo ( ) Registro de comunicação ( ) Confiabilidade ( ) Facilidade expressão de idéias ( ) Agilidade (prazo de execução) ( ) Comodidade ( ) Possibilidade de comunicação pessoal ( ) Resposta prejudicada por não estabelecer comunicação on line 7 Dentre as descritas cite 3 desvantagens da comunicação on line: ( ) Falta de contato pessoal ( ) Falta de significado e importância na comunicação ( ) Dificuldade de obter feedback ( ) Tempo estendido para a resposta ( ) Falta de possibilidade para consenso ( ) Excesso de contatos aleatórios no serviço ( ) Falta de clareza ou entendimento da mensagem ( ) Dificuldades de repassar idéias complexas ( ) Resposta prejudicada por não estabelecer comunicação on line 105 APÊNDICE G Idade 6% 5% 6% 18% 65% 18 a 19 anos 20 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos > de 50 anos Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 1: Faixa etária Formação Educacional 11% 4% 10% 13% Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto 7% 10% 45% Ensino Médio Completo Ensino Superior Incompleto Ensino Superior Completo Não Responderam Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 2: Formação educacional 106 APÊNDICE H Tempo de Empresa 14% 1% 36% 12% menos de 1 ano 1 a 5 anos 6 a 10 anos mais de 10 anos Não Responderam 37% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 3: Tempo de empresa Tem computador em casa 1% 43% 56% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 4: Possui computador SIM NÃO Não Responderam 107 APÊNDICE I Tem noções de informática 13% 1% 56% 30% SIM Um pouco NÃO Não responderam Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 5: Noções de informática Como você considera o processo de comunicação adotado em sua área de atuação? 9% 1% 4% 2% 14% 70% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 6: Processo de comunicação na área de atuação Ótimo Bom Regular Péssimo Ruim Não Responderam 108 APÊNDICE J As informações via mural e jornal da empresa, como você as classificaria? 21% 0% 3% Ótimo Bom Regular 22% Ruim Péssimo Não Responderam 54% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 7: Classificação de informações via mural e jornal Você utiliza a comunicação on line ? 2% 38% 60% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 8: Utilização da comunicação on line SIM NÃO Não Responderam 109 APÊNDICE K Se sim, como você a classificaria? 8% 0% 3% 3% 24% Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo Não Responderam 62% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 9: Classificação da comunicação on line Atribua Notas de acordo com as faixas em relação ao modelo de comunicação conforme sua preferência Comunicação por escrito 16% 20% 13% 26% 25% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 10: Comunicação por escrito 0a3 4a6 7a9 10 Não Responderam 110 APÊNDICE L Comunicação interpessoal 6% 20% 22% 25% 27% 0a3 4a6 7a9 10 Não Responderam Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 11: Comunicação interpessoal Comunicação on line 19% 20% 8% 17% 36% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 12: Comunicação on line 0a3 4a6 7a9 10 Não Responderam 111 APÊNDICE M Comunicação por escrito com contato pessoal 8% 20% 0a3 4a6 7a9 10 Não Responderam 21% 23% 28% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 13: Comunicação por escrito com contato pessoal Você acredita que a comunicação on line: Melhora o relacionamento interpessoal 9% 42% 28% Dificulta o relacionamento interpessoal Impede o relacionamento interpessoal 10% 11% Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 14: Influências da comunicação on line Não influencia no relacionamento interpessoal Não Responderam 112 APÊNDICE N Dentre as descritas cite 3 vantagens da comunicação on line: Rapidez (contato) Facilidade Baixo custo Registro de comunicação 0% 5% 15% 9% 31% Confiabilidade Facilidade expressão de idéias 7% 0% 6% Agilidade (prazo de execução) 11% 7% 5% 4% Comodidade Possibilidade de comunicação interpessoal Resposta prejudicada por não estabelecer comunicação on line Não Responderam Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 15: Vantagens da comunicação on line 113 APÊNDICE O Dentre as descritas cite 3 desvantagens da comunicação on line: Falta de contato pessoal Falta de significado e importância na comunicação Dificuldade de obter feedback 10% 16% 27% 9% Tempo estendido para consenso 8% 3% 10% Falta de possibilidade para consenso 9% Excesso de contatos aleatórios no serviço] 5%3% Falta de clareza ou entendimento da mensagem Dificuldades de repassar idéias complexas Resposta prejudicada por não estabelcer comunicação on line Não Responderam Fonte: Dados coletados pelos autores Figura 16: Desvantagens da comunicação on line 114 APÊNDICE P Figura 17: Autores do trabalho de conclusão de curso