Um celeiro de informações para o homem do campo!
Londrina será
sede de Encontro
de Plantio Direto.
Pág. 4.
Recolhimento
de embalagens
de agrotóxicos
aumenta 20%
no PR
www.agroredenoticias.com.br
Conheça a nova seção
com a agenda dos
principais remates do
País. Pág. 6.
Nº 7, Ano 1 - Junho / Julho de 2008
Bagaço de uva reduz
risco de doenças
cardiovasculares.
Pág. 9.
Meio Ambiente – Projeto vai promover a inclusão sócio-econômica e ambiental
Produtores criam Cooperativa de
Crédito de Carbono
Os dados divulgados
pelo Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), no início de junho, reafirmam o
Paraná como um dos Estados brasileiros que mais recolhem e reciclam embalagens de agrotóxicos do
Brasil. Pág. 9.
Divulgação
No início de junho, os secretários do Paraná, Rasca Rodrigues
(Meio Ambiente), Valter Bianchini
(Agricultura e Abastecimento), e
Nestor Bueno (Planejamento) inauguraram, em Loanda – região Noroeste – a primeira Cooperativa de
Produtores Familiares de Crédito
de Carbono do País (Coopercarbono) a comercializar o gás carbônico, gerado pela manutenção das
florestas em Áreas de Preservação
Permanente (APP). Pág. 4.
Jornalistas
estrangeiros
conhecem o País
do etanol
Regulagem é um
dos segredos da boa
produtividade
Um grupo formado por
12 jornalistas de veículos de diversos países da Europa e da
América do Norte esteve no
mês de junho no País para conhecer de perto o potencial
brasileiro de produção. Pág. 3.
Qualificar a mão de obra rural é uma das
atividades da extensão rural. Em Pitanga/
PR, os agricultores da comunidade de Vila
Nova (meio rural oeste de Pitanga) participaram de um curso ministrado por técnicos
do Instituto Agronômico do Paraná e Emater, em que foram discutidas as melhores
Divulgação
Cooperados
da Cresol
promovem
Assembléia em
Londrina
No dia 14 de junho (sábado), no período da manhã,
cerca de 90 associados da
Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária
(Cresol) se reuniram em Londrina/PR, em Assembléia Extraordinária. Pág. 7.
deiras e pulverizadores. Pág. 11.
SC abre a fronteira
para carnes do Paraná
No final de maio foi restabelecido o transporte de animais, carnes e derivados do Paraná
Leite: Paraná
investe em
capacitação
técnica
para Santa Catarina. Este é o primeiro impacto
positivo do reconhecimento internacional da
Organização de Saúde Animal (OIE), que reconduziu o Paraná à condição de área livre de
febre aftosa com vacinação. A medida também
Divulgação
O governo do Paraná
quer universalizar os conceitos de gestão das propriedades leiteiras para melhorar a
qualidade do leite produzido
no Estado. Pág. 5.
formas de realizar a regulagem de planta-
é válida para os demais estados que recuperaram esta condição. Pág. 6.
Feira Pesca, Lazer e Turismo 2008 será no Catuaí Shopping. Pág.7.
2
junho / julho de 2008
Opinião
A agricultura em tempo de decisões
O
choque dos preços dos alimentos chama a atenção para a
importância da agricultura.
Preços altos alimentam a inflação e têm impactos distributivos negativos; preços
baixos beneficiam os mais
pobres e ajudam a conter a
inflação. No passado, as crises de abastecimento e elevação de preços de alimentos refletiam a falta de
capacidade de resposta aos
incentivos de mercado. Hoje
o diagnóstico se inverteu e
se aceita quase como natural
que os preços agrícolas devem ser baixos e que o problema estaria na má distribuição
de
renda.
A
sustentabilidade dos preços
baixos se apoiou tanto na
impressionante elevação de
produtividade como no uso
inadequado dos recursos naturais. Para além da explosão
da demanda mundial ou do
etanol americano, a crise
atual revela certo esgotamento do padrão anterior.
A agricultura é um segmento politizado, seja em
nome da segurança ou da
ajuda alimentar, da preservação da paisagem rural, da
cultura local e do meio ambiente. Hoje o componente
político se manifesta na decisão de produzir etanol de
milho ou de proibir exportações de trigo, arroz e fertilizantes. Os sinais de mercado
nem sempre são guias adequados para saídas de crises:
o Brasil foi campeão, ao longo das décadas passadas,
de políticas de curto prazo
que comprometeram o desenvolvimento da agricultura. No entanto, parte dos
acertos estratégicos que nos
levaram à vanguarda da produção agrícola mundial se
deveu a decisões que não se
conformavam à solução de
mercado. A criação da Embrapa (em 1971) foi a mais
importante, mas não a única.
A reorganização das cooperativas e a crescente participação privada no setor de
insumos - não sem problemas - consolidaram o padrão
tecnológico que sustenta a
competitividade do agronegócio brasileiro.
Pode-se dizer que em
certa medida o Brasil se antecipou à presente crise, aumentando a participação das
fontes renováveis de energia. No campo tecnológico,
deu-se ênfase a um conjunto
de tecnologias de menor impacto ambiental. O trabalho
de pesquisa (da Embrapa e
demais instituições em geral
esquecidas) permitiu a expansão da soja sem uso do
fertilizante químico nitrogenado. O cultivo mínimo reduziu o consumo de diesel e
o impacto ambiental da mecanização.
Vive-se um novo momento de decisão, e o cená-
rio e as soluções são bem
mais complexos. A agricultura, a tecnologia e os arranjos institucionais, que permitiram
a
excepcional
expansão da produção com
base na elevação da produtividade total dos fatores e
que relegaram o dilema dos
preços ao quase esquecimento, são hoje sujeitos a
maiores e justificáveis restrições ambientais, sociais e
sanitárias. Algumas, no entanto, são produtos da inevitável disputa ideológica,
que confunde etanol de
cana com crise de alimento,
ataca a agricultura em larga
escala como um mal, associa a soja brasileira com
queima de árvores na Amazônia e os transgênicos
como sementes do mal. Há
uma radicalização que dificulta as soluções, tanto na
esfera da tecnologia como
na das instituições. A agricultura preconizada por de-
fensores de um mundo
novo, a orgânica, contribui
para um patamar elevado
de preços da alimentação,
compatível apenas com a situação de países de elevada
renda per capita. As políticas agrícolas protecionistas
da Europa desestimulam o
uso da tecnologia em favor
da “proteção do território”
e jogam os ganhos de produtividade na agricultura no
mundo para os níveis mais
baixos dos últimos 20 anos.
A pesquisa como bem público perdeu capacidade de
promover uma nova Revolução Verde.
O Brasil tem muito a
ganhar com a crise e mais
ainda a contribuir. O essencial é fortalecer a opção estratégica de privilegiar aqueles eixos da pesquisa para
responder à preocupação de
melhorar o uso dos recursos
disponíveis com o menor impacto sobre o meio ambien-
te e sobre o aquecimento
global. A Embrapa é o principal elo com o futuro, mas
sua relevância depende da
capacidade de resistir, hoje,
à tentação de ser solução
para tudo e de fazer de tudo
um pouco. Aplaude-se a decisão do governo atual de
continuar prestigiando a
pesquisa agrícola, mas vale
chamar a atenção para a necessidade de uma clara definição dos objetivos estratégicos. É preciso provar na
prática, diariamente, que
existe coerência em preconizar o aumento da produção
agrícola e atender às novas
demandas de energia e ambientais. Momento de decisão e de responsabilidade
para todos os envolvidos no
agronegócio brasileiro, do
governo à iniciativa privada.
Autores: Antônio Márcio
Buainain e José Maria da Silveira professores do Instituto de Economia
da Unicamp
Aquecimento global: causas e possíveis conseqüências
A revolução industrial,
em meados do século XVIII,
fundamentou o princípio
da era tecnológica moderna tal como a conhecemos
atualmente. No entanto, a
expansão desse processo
imprimiu revés da extrema
necessidade por energia
fóssil, advinda da exploração sistemática e crescente
das reservas de carvão e
petróleo. Retirados do ciclo biogeoquímico natural,
a queima e a utilização
destes combustíveis em
processos industriais, agrícolas e de transformação,
libera um carbono extra
(principalmente como gás
carbônico), aumentando a
concentração de gases de
efeito estufa na atmosfera.
O efeito estufa é um
fenômeno natural, responsável pela vida no planeta.
É o efeito estufa que mantém a temperatura da superfície da Terra em cerca
de 33 0C, bem acima do
que seria na sua ausência
(-18 0C). Entretanto, a emissão de gases de efeito estufa ocorre em nível acima
da capacidade de compensação pelos ecossistemas
naturais e contribui, então,
para o aquecimento global,
acelerado devido à interferência humana desordenada na exploração dos recursos naturais. Estima-se que
esta alteração na concentração atmosférica dos gases de efeito estufa poderá
desencadear um aumento
na temperatura média do
planeta entre 1,8 e 4,0 ºC
nos próximos 100 anos.
Em conseqüência disso, estão sendo previstos
impactos negativos na incidência de algumas doenças
tropicais (como malária,
dengue), na composição e
distribuição geográfica de
sistemas florestais, na dis-
tribuição dos recursos hídricos, no derretimento de
geleiras, erosão e alagamentos de áreas costeiras,
na produtividade das culturas, entre outros.
Para a agricultura, os
cenários previstos para o
Brasil, embora ainda com
grandes incertezas, indicam,
baseados nas culturas adaptadas para as condições climáticas atuais, que poderá
haver redução de área semeada em alguns estados,
além da possibilidade de
ocorrer o deslocamento de
áreas preferenciais de cultivo para diversas espécies.
Para exemplificar, estima-se
que a cultura do café poderá migrar para o Sul do Brasil, enquanto que a área cultivada com soja no RS
sofrerá redução e a área de
trigo, especialmente na região Sul, não será afetada
desde que o regime hídrico
não seja alterado.
Dessa forma, ações
mais efetivas no combate
ao aquecimento global
passam
principalmente
pela substituição da matriz
energética, baseada em
energia de origem fóssil,
por energias alternativas,
como por exemplo, os bio-
combustíveis, a biomassa,
a energia eólica, o biogás,
entre outros, e também
pela substituição de processos industriais.
Portanto, nesse caso,
cabe à sociedade conviver
com o problema, buscando o seu entendimento,
para então adaptar-se, de
forma que seja possível,
ao menos, amenizar as
possíveis conseqüências
advindas das mudanças
climáticas globais.
Autor: Anderson Santi pesquisador da Embrapa Trigo
Expediente
Um celeiro de informações para o homem do campo!
Edição 7 – Ano I - Circulação Nacional
Junho / Julho de 2008
O AgroRede Notícias é uma publicação mensal da Cedilha
Comunicação e Design S/S Ltda.
EDITORIAL
É preciso garantir renda
Estamos a poucos dias do anúncio das medidas de apoio do
Governo Federal para a nova safra de verão. Acreditamos que a
questão do crédito rural pode ser uma importante ferramenta de
trabalho para que o produtor rural brasileiro ajude a reduzir a
pressão inflacionária no mundo, aumentando na próxima safra o
volume agrícola exportado e colaborando mais uma vez para a
geração do superávit na balança comercial.
Além disso, o agricultor brasileiro necessita de crédito rural
suficiente também para o custeio da safra. É preciso dispor de
vantajosos recursos para cobrir gastos com o preparo do solo,
plantio, compra de insumos (sementes, fertilizantes, defensivos
agrícolas, entre outros), com a aquisição ou aluguel de maquinários, contratação de mão-de-obra e com o arrendamento de terras. Até a colheita, o produtor rural necessita de um bom capital
de giro que, muitas vezes, só é obtido com a liberação de verbas
oficiais. Por isso, o crédito rural é um instrumento imprescindível,
que socorre muitos agricultores descapitalizados e que são pressionados pelas constantes altas nos custos de produção.
O temor é que o volume de recursos destinados para o crédito rural nesta próxima safra fique aquém das necessidades do
setor e seja reduzido. Lideranças e entidades de classe esperam
com ansiedade a divulgação dos novos números. Porém, não basta aumentar o montante ofertado. Como bem disse o ex-ministro
da agricultura, Roberto Rodrigues, o importante é garantir renda
ao produtor para que ele possa resgatar seus compromissos, retomar os investimentos e melhorar sua competitividade.
charge
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Impressão
Gráfica Gazeta do Povo - Londrina
Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados.
3
junho / julho de 2008
Cana-de-açúcar – Profissionais da imprensa assistiram palestras técnicas e visitaram destilaria
Jornalistas estrangeiros conhecem o País do etanol
U
m grupo formado
por 12 jornalistas
de veículos de diversos países da Europa e da América
do Norte esteve no mês de
junho no Brasil para conhecer de perto o país que atingiu o maior sucesso mundial
na substituição da gasolina
por um combustível renovável. Atualmente, o Brasil utiliza etanol no lugar de mais
da metade da gasolina necessária para mover sua frota de veículos leves.
Durante a visita, na
sede da União da Indústria
de Cana-de-Açúcar (UNICA), o presidente da entidade, Marcos Jank, falou
sobre a experiência brasileira acumulada em mais
de 30 anos de produção e
utilização do etanol como
combustível veicular. “Um
dos pontos esclarecidos
foi que a produção da cana-de-açúcar para etanol
ocupa apenas 1% da terra
arável do País e que está
longe da Amazônia”, destacou Jank.
O grupo assistiu ainda a palestras que complementaram a visão sobre
como funciona o agronegócio de cana-de-açúcar
no País. Uma das apresentações foi de Roberto Wa-
ack, presidente do Instituto para o Agronegócio
Responsável (ARES), que
explicou a dinâmica histórica do desmatamento da
Amazônia e que a lavoura
de cana-de-açúcar não
tem relação com a destruição da floresta.
Outro palestrante foi
Nilson Boeta, diretor do
Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), instituição
que há mais de três décadas realiza pesquisa e desenvolve a produção agrícola e industrial do setor.
“Em cinco anos, estaremos
aptos a produzir etanol de
segunda geração, a partir
de celulose de bagaço de
cana”, adiantou Boeta aos
jornalistas.
Convidados
Henry Joseph, gerente de emissão e tecnologia
da Volkswagen Brasil, e
Diogo Donoso, diretor de
mercado de plásticos primários da Dow para a América Latina, foram palestrantes convidados pela
UNICA. Joseph abordou a
alta demanda por carros
flex no Brasil e a participação histórica de sua companhia desde os primórdios dos motores a álcool
combustível, após o lançamento do Proálcool, na década de 1970.
A criação de produtos
derivados da biomassa de
cana-de-açúcar foi o tema
de Donoso, da Dow, empresa química que decidiu
investir no setor canavieiro
do País como fonte alternativa de matéria-prima
para sua futura produção
de resinas plásticas. Junto
com a Crystalsev, uma das
maiores tradings de açúcar
e álcool brasileiras, a intenção é produzir o plástico
verde, a partir de 2011.
Fábrica de Açúcar
Os jornalistas estrangeiros conheceram também
a usina Santelisa Vale, produtora de açúcar e álcool,
acompanhados pelo diretor
de Comunicação Corporativa da UNICA, Adhemar Altieri, e pelo representantechefe da UNICA na América
do Norte, Joel Velasco.
“Este tipo de visita é
um ingrediente essencial
para esclarecer mitos que
circulam freqüentemente na
mídia internacional, ou por
desinformação ou estimulados por setores interessados
em negar os méritos do setor sucroalcooleiro brasilei-
Ministério da Agricultura recebe
proposta de preço mínimo
A Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab)
enviou no início de junho ao
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(Mapa) a proposta de preços
mínimos de cana-de-açúcar
para o Nordeste e o resultado da primeira pesquisa dos
custos de produção desta
cultura, realizada em Pernambuco e Alagoas. Os dados devem ser analisados
pela Secretaria de Produção
e Agroenergia do Mapa, antes de seguirem para aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O trabalho será utiliza-
do como parâmetro para inclusão da cana na Política
de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A previsão é
de que a segunda fase do
levantamento, que será feita
nos estados do Centro-Sul,
ocorra no segundo semestre. De acordo com o gerente responsável pela pesquisa, Asdrúbal Jacobina, a
metodologia utilizada nesse
estudo é baseada em “pacotes tecnológicos, registrando-se as despesas de
insumos, como gasto com
agrotóxicos, máquinas, implementos e mão-de-obra”.
A pesquisa de campo mobi-
lizou cerca de 10 técnicos da
Conab e do Mapa.
PGPAF
O comitê gestor do
programa da agricultura familiar, composto por representantes da estatal, dos
ministérios da Agricultura,
Fazenda e Desenvolvimento
Agrário, vai avaliar os custos
de produção de 13 novos
produtos, entre eles a canade-açúcar, que passarão a
fazer parte do Programa de
Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). A
pesquisa foi feita entre fevereiro e abril deste ano.
ro”, afirmou Altieri. “Não há
nada como a experiência in
loco e com as questões sendo esclarecidas pelas pessoas que trabalham no setor.
Aliás, ajuda muito neste processo quando uma usina
com a qualidade da Santaelisa Vale abre suas portas para
uma visita como esta”, concluiu o diretor da UNICA.
Veículos
Integraram o grupo representantes de veículos de
interesse geral como “The
Guardian” (Grã-Bretanha),
“The Times” (Grã-Bretanha),
“La Vanguardia” (Espanha) e
“El Mundo” (Espanha), e os
especializados na área de
energia como “World Energy” (EUA), “El Mundo del
Petróleo” (México), “Alberta
Oil Magazine” (EUA), “Automotor och Sport” (Suécia),
“Grona Bilister” (Suécia) e
“Vi Bilägare” (Suécia). Correspondentes brasileiros representaram as agências
Bloomberg, Reuters, Dow
Jones e France Presse.
A iniciativa fez parte do
projeto Apex-Brasil/UNICA,
iniciado em janeiro deste
ano, em parceria com a
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada
ao
Ministério
do
Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior. O objetivo do projeto é promover a
imagem do etanol brasileiro
de cana-de-açúcar como
energia limpa e renovável ao
redor do mundo.
Da Redação
Senado aprova MP 413 que beneficia
cooperativas do setor sucroalcooleiro
A Medida Provisória
413, que eleva a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos e
introduz modificações no
sistema tributário, como a
exclusão do ato cooperativo da base de cálculo de
PIS/Pasep e Cofins para
as cooperativas que atuam no setor sucroalcooleiro, foi aprovada no final de maio, pelo Senado
Federal. A MP recebeu 39
votos favoráveis e 20 contrários. Editada no início
do ano pelo governo federal para cobrir parte da
receita perdida com a ex-
tinção da CPMF, originalmente, a MP 413 previa a
elevação da alíquota da
CSLL de 3,65% para 21%,
e não poderia ser excluído da base de cálculo
dessas contribuições, no
caso PIS/Pasep e Cofins,
o ato cooperativo.
As negociações foram
coordenadas por representantes da Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Sindicato e
Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado
do Paraná (Ocepar), com o
apoio do presidente da
Frente Parlamentar do Co-
operativismo (Frencoop),
deputado Odacir Zonta. O
texto aprovado pelo Senado seguiu para a sanção
presidencial. “Foi uma importante vitória, pois mesmo com o aumento de alíquota de 3,65% para 8,40%
referente ao PIS/Pasesp e
à Cofins, permanece a exclusão do ato cooperativo
da base de cálculo das
contribuições das atividades cooperativas do complexo
sucroalcooleiro”,
avalia o analista tributário
da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
Edimir Santos.
Paraná deverá produzir 250 milhões de litros de biodiesel
Até o final de 2009 o
Paraná deverá produzir até
250 milhões de litros de biodiesel. Essa estimativa será
concretizada quando entrarem em operação as plantas
industriais previstas, sendo
que a maior delas será a da
Petrobrás no município de
Palmeira. O número de produtores que cultivam oleaginosas para produção de biodiesel, hoje em torno de 1
mil, deverá avançar para cerca de 30 mil, prevê o coordenador do Programa Paranaense
de
Bionergia,
Richardson de Souza.
As informações foram
anunciadas no seminário
“Ações do IAPAR no Programa Paranaense de Bionergia”, realizado na Secretaria
da Agricultura e do Abastecimento, em Curitiba. No Paraná, o programa de bioenergia
visa
inserir
a
agricultura familiar no cultivo
de oleaginosas para que seja
uma opção de renda segura
na propriedade.
Durante o seminário, o
presidente do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR),
José Augusto Pichetti, entregou ao secretário da Agricultura e do Abastecimento,
Valter Bianchini, os resulta-
dos dos trabalhos do IAPAR
sobre zoneamento agrícola
que já está em vigor para o
amendoim e para o girassol.
Além de Bianchini e Pichetti,
participaram do evento, o diretor de Engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa; o
diretor do Tecpar Bill Jorge
Costa e o gerente de Desenvolvimento Rural Sustentável
do Banco do Brasil, Antonio
Magron.
Zoneamento Agrícola
As duas maiores plantas
industriais previstas no Paraná
são da Petrobrás, no município de Palmeira, e da Agren-
co, em Marialva. Outras empresas de menor porte, como
Biolics, Biopar e Big Franco
deverão se instalar no município de Rolândia.
A fase mais importante
para a introdução de novas alternativas de plantio e de renda é o zoneamento agrícola,
porque reduz as perdas da
cultura em decorrência de
problemas climáticos, disse
Bianchini. A partir desses trabalhos a Secretaria e a Emater
começam a trabalhar com a
organização dos agricultores
para a produção de oleaginosas com alto teor de óleo para
produção do biodiesel. “Esta-
mos semeando uma base sólida e importante para compatibilizar a produção de
biocombustível que não seja
competitiva com a segurança
alimentar”, frisou.
“O desafio é compatibilizar a produção de oleaginosas para a produção de
biodiesel sem competir com
a produção de alimentos”,
disse Bianchini. O secretário
destacou a importância da
substituição de fontes energéticas, que pode indicar o
caminho para a agricultura
ser menos dependente de
energias não renováveis.
Segundo o diretor téc-
nico do IAPAR, Arnaldo Colozzi, as culturas que estão
em estudo no Paraná para
produção de biodiesel são:
amendoim, girassol, nabo
forrageiro, colza, mamona e
tungue. O girassol e o amendoim já estão com o zoneamento agrícola aprovado e a
mamona, em fase de aprovação. Para Colozzi, o ideal é
disseminar o cultivo dessas
oleaginosas em áreas menos
nobres, com dificuldades
para o plantio de culturas alimentares. O objetivo da pesquisa é proporcionar opções
de cultivo de oleaginosas o
ano inteiro.
4
junho / julho de 2008
Cooperativismo – Projeto vai comercializar o gás carbônico, gerado com as Áreas de Preservação Permanente (APP)
Cooperativa de crédito de carbono é inaugurada
N
o início de junho,
os secretários Rasca Rodrigues (Meio Ambiente), Valter Bianchini (Agricultura e Abastecimento), e
Nestor Bueno (Planejamento) inauguraram, em Loanda
– região Noroeste – a primeira Cooperativa de Produtores Familiares de Crédito de
Carbono do país (Coopercarbono) a comercializar o
gás carbônico, gerado pela
manutenção das florestas
em Áreas de Preservação
Permanente (APP).
Os 187 agricultores que
compõem a Cooperativa
possuem propriedades com
aproximadamente 30 hectares e mantiveram as áreas de
Reserva Legal e mata ciliar
intactas. Como forma de estimular a preservação de florestas o governo do Estado
repassou recursos para organizar estes agricultores em
Cooperativa, para armazenar
carbono suficiente para vender seus créditos em um
mercado maior. A Cooperca-
bono já abrirá suas portas
com 40 toneladas de carbono comercializadas.
“É uma ação inédita,
pioneira e premiada que agrega a recuperação do meio
ambiente, fazendo a inclusão
econômica social e ambiental.
Além disso, estes estão nos
ajudando a reconstruir o patrimônio ambiental do Paraná”,
declarou o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
Paraná Biodiversidade
O incentivo para criação
da Coopercarbono é do Programa Paraná Biodiversidade,
com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Emater
e Embrapa. O programa Paraná Biodiversidade contribui
com os custos de implantação
do projeto (cerca de R$ 1,5 mil
por hectare) – para subsidiar a
compra de insumos como cercas, sementes, adubos e formicidas, para o reflorestamento.
“No total, já foram cerca de R$
600 mil”, informou o gerente
do Paraná Biodiversidade, Erich Schaitza. “Já os produtores
entraram com a mão-de-obra
e com o compromisso de manter por 20 anos essas florestas
em formação – produzindo
carbono”, concluiu.
O Paraná Biodiversidade - da Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos - também vai capacitar
os agricultores para que possam selecionar e armazenar
sementes de espécies nativas existentes em sua propriedade, vendendo posteriormente a viveiros e
produtores da região.
Prêmios
O projeto paranaense
que estimula a recuperação
florestal da Reserva Legal e a
inserção de pequenos produtores no mercado de créditos de carbono recebeu
dois prêmios este ano: o Prêmio Expressão Ecologia,
concedido pela Editora Expressão às iniciativas na área
ambiental que se mais des-
tacaram na região Sul do
país em 2007 e o “Prêmio
Von Martius de Sustentabilidade”, idealizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
O trabalho também
despertou o interesse de outros Estados brasileiros. Segundo o engenheiro agrônomo do Embrapa Florestas,
Jarbas Yukio Shimizu, técni-
cos do Mato Grosso entraram em contato com o Embrapa
em
busca
de
informações sobre a metodologia usada no projeto.
Da Redação
Cooperativas movimentam 38 bi e Copacol vai inaugurar frigorífico
crescem mais de 20% ao ano
de peixes na região Oeste do PR
Apesar de responder
por apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto, soma
das riquezas produzidas por
um país), desde que se instalou no Brasil, há mais de
cem anos, o cooperativismo
de crédito não pára de crescer e está presente em mais
de 30% dos municípios brasileiros, segundo dados da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Atualmente, o país conta com
1.148 cooperativas de crédito, responsáveis pela geração de mais de 35 mil empregos diretos e participação
de 3,6 milhões de associados. A OCB apontou ainda
um crescimento de 10% no
número de pontos de atendimento entre os anos de
2005 e 2007. Em dezembro
de 2005, a organização registrava 3.574 unidades de
atendimento, já no mesmo
período do ano passado
esse número passou para
3.938 postos.
Paraná
No Paraná, os resultados também são representativos. Uma das instituições
cooperativistas de maior visibilidade no estado é o Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), que possui 280
postos de atendimento, 262
mil associados e mais de R$
2 bilhões em ativos totais.
Estes valores representam
incremento de 37% em relação ao mesmo período do
ano passado.
De acordo com o presidente da Central Sicredi
APAS 2008: Coamo tem bons
volumes de negócios
Os resultados da Coamo na APAS 2008 - 24º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em
Supermercados - superaram
as expectativas. A novidade
no estande da cooperativa
foi o lançamento da margarina Coamo Light, o mais novo
produto da linha alimentícia
para os supermercadistas e
consumidores. Para o superintendente Comercial da
Coamo, Alcir José Goldoni,
a qualidade dos Alimentos
Coamo que neste ano coloca no mercado a margarina
Light é um dos fatores de sucesso da linha alimentícia
com as marcas Coamo e Primê junto aos consumidores.
“A qualidade dos produtos,
associados a marca que leva
o nome da Coamo e a origem da matéria-prima que é
de soja não-transgênica e
produzida por agricultores
cooperados da Coamo, sem
dúvida alguma, colaboram
para o crescimento e melhor
posicionamento ano após
ano dos Alimentos Coamo
no mercado consumidor”,
destaca Goldoni.
PR, Manfred Dasenbrock,
até dezembro o sistema
pretende inaugurar 20 novas unidades, fazendo com
que o número de associados chegue a 320 mil até o
fim do ano, com um Patrimônio Líquido de R$ 390
milhões. “Esse crescimento
é conseqüência do investimento do sistema em novos
produtos e serviços, como
poupança, previdência e
fundos de investimento. Do
mesmo modo, o planejamento das cooperativas
para 2008 demonstra o
compromisso dos dirigentes, associados e colaboradores com a missão do Sicredi,
preservando
e
validando os valores que
possuímos e construindo a
visão do futuro”, explica.
Sicredi
inaugura nova
unidade
A Sicredi Maringá inaugurou, em maio, nova unidade
de atendimento, no município
de Tamboara, região de Paranavaí, no Noroeste do Paraná.
Este é o 29º posto da cooperativa de crédito e é o quarto ligado à unidade de Paranavaí,
somando-se ao de Graciosa,
Sumaré e Alto Paraná. O presidente da Sicredi Maringá,
Wellington Ferreira, enfatizou
que a introdução de uma nova
estrutura no município será de
extrema importância para dar
suporte aos mais de 500 pequenos produtores da região.
A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata)
vai inaugurar, no final de junho, um frigorífico para abate e industrialização de peixes, em Nova Aurora, região
oeste do Paraná.
Quase metade do investimento de R$ 15 milhões, veio do BRDE (Banco
Regional de Desenvolvimento Sul). “Utilizamos os
recursos do banco na construção da planta, e agora
vamos aplicar mais R$ 8 milhões em capital de giro. O
BRDE é, desde 1973, o
maior parceiro da Copacol”, explicou Valter Pitol,
presidente da cooperativa.
A planta é destinada a abastecer inicialmente o mercado interno, mas tem planos
de exportar aos Estados
Unidos e Europa.
O frigorífico terá capacidade para abater 10 toneladas de tilápia por dia, sendo
que os primeiros produtos
que vai oferecer serão o filé,
isca, hambúrguer e lingüiça
do peixe. “Vamos fazer o lançamento oficial da nova linha
na metade de julho, mas nossa expectativa é aumentar a
produção e diversificar os
produtos conforme a comercialização”, disse Pitol.
Frango
Com mais de 25 anos no
mercado da avicultura, a Copacol vai utilizar sua estrutura
administrativa e comercial
para apoiar o frigorífico de
peixes. “Nosso sistema de integração entre o produtor e a
cooperativa será semelhante
ao processo do frango”, afirmou Pitol. “Em parceria com
o agricultor nós produzimos
os alevinos e entregamos ao
produtor o peixe já com peso
entre 30 e 50 gramas. Depois
que o piscicultor faz a terminação, a cooperativa busca o
peixe nos açudes e realiza o
processo industrial e a comercialização”, detalhou.
De acordo com o secretário da Agricultura do
Paraná, Valter Bianchini, o
novo investimento será importante para dar mais dinamismo ao setor de carnes do Estado. “Nós
queremos retomar o crescimento no setor da piscicultura, por isso estamos
dando, através das secretarias do Meio Ambiente e
da Agricultura todo o apoio
necessário”, disse.
Londrina será sede de encontro de plantio direto
Entre os dias 2 e 4 de
julho, Londrina (Norte do Paraná) recebe o Encontro Nacional de Plantio Direto na
Palha. Em sua 11ª edição, o
evento discute o tema “Produzindo alimentos e energia
com sustentabilidade”. A
programação será desenvolvida no Parque de Exposições Governador Ney Braga,
da Sociedade Rural do Paraná (SRP). A promoção é da
Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (Febrapdp). A exemplo dos anos
anteriores, a organização espera participantes de todo o
Brasil e do exterior. Em 2007,
o encontro foi realizado em
Ponta Grossa, na região dos
Campos Gerais.
Mais informações:
www.febrapdp.org.br
5
junho / julho de 2008
Pecuária de Leite – O objetivo é orientar o crescimento do setor leiteiro com inclusão social
Paraná investe em capacitação técnica
O
governo do Paraná quer universalizar os conceitos de gestão
das propriedades leiteiras
para melhorar a qualidade
do leite produzido no Estado. A estratégia é preparar
as propriedades para que
atendam as perspectivas de
ampliação dos mercados interno e externo de leite e derivados. Para isso, a Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento
(Seab/PR)
começa a implementar o
programa de Apoio à Pecuária Leiteira, coordenado pelo
médico veterinário Newton
Pohl Ribas.
O governo do estado
liberou R$ 7,5 milhões em
recursos do Fundo de Apoio
ao Progresso da Ciência e
da Tecnologia, da Secretaria
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) que estão sendo investidos em
treinamento e cursos de capacitação de produtores,
técnicos e laticínios que
atendem o programa Leite
das Crianças.
De acordo com Ribas,
essa estratégia vai além do
programa Leite das Crianças. O governo do Estado
pretende orientar o crescimento do setor leiteiro
com inclusão social que
prevê a incorporação da
agricultura familiar.
Gestão e Manejo
Com técnicas adequadas de gestão e manejo é
possível ampliar a produtividade do rebanho paranaense entre 20 e 25%. “O Paraná é o segundo maior
produtor de leite do País,
com uma produção anual de
2,7 bilhões de litros e quer
ser o melhor em qualidade
de leite do País”, afirmou o
médico veterinário.
Segundo Ribas, está
havendo um aquecimento
do mercado externo, onde
as cotações de leite em pó
triplicaram em dois anos,
passando de US$ 1.400,00
para US$ 4.200,00 a tonelada. Mas para ter acesso a
esse mercado, produtores e
técnicos precisam estar preparados tecnicamente, justificou.
Para Ribas, produtores
e governo do Paraná já investiram em várias etapas
da pecuária leiteira como
importação de animais e
sêmen e equipamentos
para melhorar a gestão do
setor. Com isso foi construída uma base genética de
qualidade.
Cursos
No momento, estão
previstos a realização de
cursos de capacitação e de
treinamento que irão orientar produtores, técnicos e
indústrias a interpretarem
melhor as recomendações
de gestão da propriedade e
manejo adequado.
A previsão é atender
neste ano 350 produtores
que se tornarão referência
em suas regiões e cerca de
70 laticínios de pequeno e
médio porte em um ano, vinculados ao programa Leite
das Crianças.
Artigo:
Os cursos de capacitação serão ministrados pela
Unicentro, de Guarapuava,
onde os participantes irão
aprender a aplicar o Controle Mensal de Gestão de
Propriedades Leiteiras for-
necido pela Associação Paranaense de Criadores de
Bovinos da Raça Holandesa
(APCBRH).
O laboratório da entidade é referência para todo
o Brasil no cumprimento das
regras da Instrução Normativa 51, onde o produtor
deve encaminhar uma amostra de leite por mês para
análise da qualidade do leite enviado à indústria.
Da redação
Artigo
Como prevenir
transferência de tecnologias ao produtor lesões vacinais?
Confepar promove trabalho de
Desde Novembro de
2004, a Confepar - Cooperativa Central Agroindustrial, de
Londrina/PR, vem desenvolvendo o trabalho inovador de
transferência de tecnologias
junto a seus produtores de
leite. Através de uma equipe
composta por 18 técnicos de
nível superior e mais 32 técnicos de nível médio, a Cooperativa leva a seus produtores,
tecnologias para a produção
de leite, tendo como base a
utilização intensiva de plantas
tropicais.
Neste período, o trabalho é realizado em parceria
com a Embrapa – Centro de
Pesquisa de Pecuária do Sudeste. Periodicamente os
pesquisadores, Artur Chinelato de Camargo e André
Monteiro Novo, visitam as
propriedades assistidas pelos técnicos da Confepar. Todas as propriedades trabalhadas
têm
acesso
a
tecnologias simples e que
exigem pouco ou nenhum
investimento inicial. Tecnologias que por falta de um trabalho de extensão focado na
realidade de cada produtor,
na maioria dos casos não
chegam à pequena propriedade. Deste trabalho, participam hoje, mais de 600 propriedades distribuídas no
estado do Paraná, Mato
Grosso do Sul e na região
oeste de Santa Catarina.
Este investimento na
transferência de tecnologias,
tem por objetivo resgatar
produtores que até então,
pela falta de recursos técnicos e financeiros, se mantinham à margem da atividade,
esquecidos, sem possibilidade de gerar renda suficiente
para a manutenção de sua família na propriedade rural.
No caso da Confepar, são
mais de 8.000 produtores, a
grande maioria em pequenas
propriedades familiares, com
poucos recursos, mas com
muita disposição para o crescimento na atividade leiteira.
Apesar do pouco tempo, o trabalho já apresenta
excelentes resultados, tendo
seu valor reconhecido não só
pelos produtores envolvidos
– devido à infra-estrutura
oferecida pela Confepar que
resulta no desenvolvimento
sustentável da propriedade
e economicamente na produtividade leiteira – como
também pela diretoria da
empresa que aposta no desenvolvimento de seus cooperados.
Filosofia do Trabalho
Em todas as propriedades, antes de se iniciar o trabalho técnico, os produtores
interessados são convidados
a visitar outras propriedades
que já iniciaram o trabalho.
O objetivo é permitir que
produtor que está iniciando
entenda melhor a filosofia
do trabalho que lhe está sendo oferecido, além de ter a
oportunidade de questionar
alguém que já vem executando o trabalho a mais tempo. Além do estímulo, o produtor que está iniciando se
sente mais seguro e confiante para implementar as mudanças na sua propriedade.
A exemplo do que é feito no trabalho desenvolvido
pela Embrapa-Pecuária Sudeste nas propriedades que
participam do projeto de Balde Cheio em diversos estados do Brasil, o produtor
quando procura o trabalho
técnico da Confepar é informado de que neste trabalho
existem direitos e deveres.
O direito: receber, gratuita e periodicamente, a visita
do técnico de campo da cooperativa em sua propriedade
para a realização do trabalho.
Os deveres: fazer as anotações zootécnicas, econômicas e climáticas exigidas para
a execução do trabalho; realizar exames de brucelose e tuberculose em todos os animais do rebanho e descartar
os animais doentes; deixar a
propriedade disponível para a
visita de outros produtores; se
comprometer a executar tudo
o que for previamente combinado entre ele e o técnico que
lhe assiste. No caso do produtor deixar de executar ou de
cumprir com algum destes
pontos, ele está automaticamente fora do trabalho.
Tecnicamente, o projeto consiste na produção de
leite a baixo custo, baseado
no uso intensivo de plantas
tropicais no verão e na utilização de plantas de inverno
e cana-de-açúcar no período frio e seco do ano. A irrigação tem sido utilizada
como ferramenta para a manutenção dos animais em
pastejo o maior tempo possível, sendo aplicada tanto
para as plantas de verão
como para as plantas de inverno. No período de verão
as áreas irrigadas têm garantido lotações médias variando entre 12 e 18 unidades animais por hectare.
Mesmo no inverno, o plantio
de aveia e azevém em consorciamento com as plantas
tropicais, permitem lotações
médias entre 4 e 6 unidades
animais por hectare.
Todo o acompanhamento que a Confepar realiza com os produtores, é fundamental para que chegue à
mesa do consumidor, um
produto nutritivo, saboroso
e de excelente qualidade.
Autor: Marcelo de Rezende
– Engenheiro Agrônomo e
coordenador do trabalho de
transferência de tecnologias ao
produtor da Confepar
O pecuarista brasileiro
tem se esforçado para levar a
lucratividade do seu negócio,
aumentando a qualidade dos
pastos, realizando o melhoramento genético do rebanho,
zelando pela nutrição dos
animais, fazendo o piqueteamento , entre outros.
Além desses cuidados,
outra questão tem se tornado
relevante principalmente entre
os pecuaristas mais tecnificados: a qualidade do produto
produzido, ou seja, a carne.
Gerar produtos de qualidade é o objetivo de qualquer
setor da economia que deseja
crescer e manter-se com credibilidade no mercado, não
sendo diferente na pecuária
de corte, que deve primar em
oferecer ao consumidor uma
carne de qualidade.
As lesões de carcaça, por
sua vez, são um dos fatores importantes que impedem o pecuarista de obter esta qualidade. As lesões são causadas por
produtos injetáveis como antibióticos e vacinas com adjuvantes (veículos) insolúveis que
são irritantes ou que permanecem no local de aplicação. Esta
situação é agravada quando
existe falta de higiene no processo de aplicação como, por
exemplo, agulhas e aparelhos
de aplicação sujos ou em más
condições.
Dois estudos realizados
no Brasil, nos anos de 1998 e
2000, tiveram como objetivo
quantificar as perdas decorrentes das lesões de carcaça
provocadas por produtos injetáveis. O primeiro estudo envolveu 4.000 carcaças de bovinos abatidos em oito
frigoríficos, onde se avaliou as
perdas com lesões na linha de
abate. Observou-se que 69%
das carcaças estavam lesionadas e a perda média por carcaça era de 406 gramas, gerando prejuízos de mais de
uma tonelada de carne imprópria para consumo. O segundo estudo quantificou as lesões de carcaça ma desossa:
dez frigoríficos e 5.000 carcaças foram envolvidas; obser-
vou-se um descarte médio de
carne lesionada da ordem de
128 gramas por carcaça.
Todos estes prejuízos,
sentidos diretamente no bolso
do produtor, eram tidos como
inevitáveis. Mas hoje, podemos minimizar essa perda financeira utilizando veículos
que não lesionam e adotando
práticas higiênicas durante a
aplicação dos produtos.
A indústria veterinária já
oferece produtos que não lesionam. Cabe ao pecuarista
adotá-los, tendo como objetivo o aumento da qualidade e
dos lucros. Num futuro próximo, quando a tipificação de
carcaça for uma realidade, a
qualidade da carne será uma
exigência geral do mercado.
Quem já estiver habituado,
certamente sairá na frente e
conseguirá oferecer um produto melhorado.
Autor: Luigi Carrer Filho Médico veterinário e diretor geral da
Campos e Carrer
6
junho / julho de 2008
Pecuária de Corte - A medida também é válida para os demais estados que recuperaram o status sanitário
SC abre a fronteira para carnes do Paraná
N
o final de maio foi
restabelecido
o
transporte de animais, carnes e
derivados do Paraná para Santa Catarina. Este é o primeiro
impacto positivo do reconhecimento internacional da Organização de Saúde Animal
(OIE), que reconduziu o Paraná
à condição de área livre de febre aftosa com vacinação.
O comunicado da abertura das fronteiras entre os
dois estados foi feito pelo
diretor técnico da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa
Catarina, Gécio Humberto
Meller, que emitiu a Instrução de Serviço nº 4.
“A abertura do mercado interno para animais e
carnes oriundas do Paraná
é o primeiro reflexo positivo”, avaliou o diretor do
Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária, Silmar Bürer. A medida também é válida para
os demais estados que recuperaram a condição de
área livre de febre aftosa
com vacinação.
Ingresso
Conforme a instrução
do governo catarinense
está liberado o ingresso de
suínos, ovinos, caprinos,
bovinos e bubalinos para
abate imediato naquele Estado, assim como carnes
frescas com e sem osso
desses animais. A medida é
extensiva ao leite in natura
e todos os suínos das Granjas de Reprodutores Suínos
Certificados (GRSC).
Segundo Bürer, as plantas industriais do Paraná estão aptas para atender todos
os requisitos exigidos por
um estado de área livre de
febre aftosa sem vacinação
tornando o estado mais competitivo em relação às demais unidades da federação
pela proximidade entre os
dois estados.
Da Redação
Boi sobe mais na região Norte Campos & Carrer
promove cursos de
capacitação
Entre junho de 2007 e
junho de 2008, considerando as 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria,
as cotações da arroba do
boi gordo registraram, em
média, um aumento de
50%. Destaque para Redenção/PA, com 68%; Marabá/
PA, com 66%; Norte do Tocantins, com 64% e Rondônia, com 62%.
Além do ajuste produtivo, fruto da redução de investimentos e do abate de
matrizes, é preciso considerar a forte expansão da capa-
cidade de abate dos Estados
do Norte, com a chegada de
grandes indústrias a partir de
2003/2004. Elas foram atraídas pelo forte crescimento
do rebanho (bem acima da
média nacional ao longo da
última fase de expansão) e
pela melhoria do status sanitário da região.
“Há alguns anos costumávamos dizer que em Rondônia havia pouco boi para
muito frigorífico. Agora a situação virou. Tem muito frigorífico para pouco boi”,
destacam os analistas.
Exportações brasileiras
registram crescimento
As vendas externas de
carnes apresentaram crescimento de 39,8% atingindo o valor de US$ 1,4 bilhão, em comparação a
maio de 2007. Mais uma
vez, o preço influenciou o
resultado já que a quantidade exportada aumentou
10%. O valor exportado de
carne bovina in natura aumentou 5,6% por causa da
elevação de 49,3% dos preços. O volume embarcado
foi 29,3% menor.
Outros Segmentos
As exportações de carne de frango in natura registraram incremento de
60,5% no valor exportado,
graças ao aumento de 27%
dos preços e de 26,4% da
quantidade exportada. As
vendas de carne suína in
natura expandiram-se 65,2%
em valor. O volume exportado foi 17,4% maior e os
preços foram 40,7% superiores, no mesmo período
de 2007.
No caso do Pará, é preciso considerar também as
exportações de gado em pé.
Em 2007 o Estado enviou
para fora do país algo em
torno de 418 mil cabeças, o
equivalente a pouco mais de
11% do abate local (considerando o abate formal e o informal). E os embarques seguem em crescimento.
“Detalhe: a arroba do
boi gordo em Rondônia caminha a passos largos para ser a
primeira, na região Norte, a
alcançar a casa dos R$80,00”,
finalizam os analistas.
Cotações:
cochos para
confinamento
sobem 5%
O mercado de cochos
está aquecido, mediante expectativa de aumento do volume de animais confinados. As
informações são da Scot Consultoria. Em junho, na comparação com o mês anterior, os
preços subiram, em média,
5%. Além do aumento da demanda, é preciso considerar
também o reajuste das cotações das matérias-primas, principalmente cimento e aço.
S E Ç Ã O
21 . junho . 2008
Sábado • 12h
Fazenda Baluarte
Lagoa dos Patos - MG
24 . junho . 2008
Terça-feira • 20h
Restaurante Buddha Bar - Daslu
São Paulo - SP
27 . junho . 2008
Sexta-feira - 20h
e 28 • junho • 2008
Sábado - 12h
Fazenda Fortaleza
Valparaíso - SP
29 . junho . 2008
Domingo - 10h
Fazenda Mata Velha
Uberaba - MG
D E
A equipe técnica da
Campos & Carrer – empresa
londrinense que atua na área
de produtos e serviços veterinários - já deu início, em
maio deste ano, aos cursos
de capacitação e treinamento de mão-de-obra para a
pecuária. O primeiro módulo
tratou do tema “Inseminação artificial para tratadores
de bovinos”.
“Nosso objetivo é a formação de mão-de-obra para
atuar em fazendas de pecuária na lida direta com o rebanho, oferecer aos estudantes
e recém-formados nas áreas
de medicina veterinária e
zootecnia a possibilidade de
um treinamento prático e específico para a área de produção, e facilitar o processamento e a padronização da
coleta de informações dentro da propriedade rural”,
destaca Jefferson Campos,
coordenador técnico da
Campos & Carrer. Os cursos
e treinamentos são promovidos em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade
Estadual de São Paulo
(Unesp/Campus Botucatu) e
IAPAR faz
treinamento
sobre brucelose
e tuberculose
contam com 40 horas de atividades semanais.
Novos Módulos
Os próximos módulos
serão realizados no mês de
julho, agosto e setembro.
Entre os tópicos a serem
abordados estão: inseminação artificial em bovinos
e eqüinos, direcionados a
estudantes; andrologia em
eqüinos e em bovinos –
ambos voltados para estudantes; cirurgia em grandes
animais,
também
direcionado para estudantes; e cursos de casqueamento em bovinos e eqüinos e de manejo racional
em curral, voltados para o
aprimoramento dos profissionais de campo.
Segundo o coordenador técnico da Campos &
Carrer, em breve, será inaugurado na região de Londrina, um amplo centro de treinamento que abrigará os
novos módulos de cursos.
Mais informações sobre inscrições e taxas no website: www.camposecarrer.
com.br ou pelo telefone (43)
3324-7831.
Vinte veterinários ligados ao Departamento de
Fiscalização (Defis) da Secretaria de Agricultura e do
Abastecimento do Paraná
(Seab/PR) participaram do
treinamento “Brucelose e
tuberculose animal”, ministrado por pesquisadores do
Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O curso, realizado
na primeira quinzena de junho, teve aulas teóricas no
centro de treinamento do
Instituto, em Londrina, e
práticas na estação experimental que a entidade mantém em Ibiporã e também
nos laboratórios do curso
de veterinária da UEL.
O treinamento habilita os participantes a realizarem diagnósticos e certificação
de
rebanhos
bovinos e bubalinos, e é
pré-requisito à obtenção
de credenciamento no Ministério da Agricultura
(Mapa) para atuar no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal
(PNCEBT).
L E I L Õ E S
PROGRAME SEUS
INVESTIMENTOS
COM O MELHOR DA
PECUÁRIA
A inauguração desta seção de leilões
vem de encontro à atual grande fase
da pecuária brasileira, puxada pela
crescente demanda por carne de
qualidade no mercado externo e pelo
crescente (e necessário) melhoramento
genético do nosso gado. Os leilões
dessa seção são alguns exemplos
dessa realidade. Todos oferecem a
elite genética da raça Nelore e são
um verdadeiro portal para os melhores
investimentos da pecuária.
Programe-se agora mesmo e faça
grandes negócios.
(43) 3373 7077
05 . julho . 2008
Sábado • 12h
Fazenda Brumado
Barretos - SP
Cuiabá
08 . julho . 2008
Terça-feira • 20h
Buffet Espaço Mercearia
Cuiabá - MT
12 • julho • 2008
Sábado • 12h
Fazenda Guadalupe
Sto Ant.do Aracanguá - SP
18 . julho . 2008
Sexta-feira • 20h
Chácara NNN
Uberaba - MG
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AGENDA DE LEILOES PG DE JORNAL.indd 1
19/6/2008 11:28:01
7
junho / julho de 2008
AgroDestaque – Recursos para o crédito de custeio e investimento podem chegar a R$ 2 milhões
Cresol promove Assembléia em Londrina
N
o dia 14 de junho
(sábado), no período da manhã, cerca de 90
associados da Cooperativa
de Crédito Rural com Interação Solidária (Cresol) se reuniram em Londrina/PR, em
Assembléia Extraordinária.
Na ocasião, os cooperados
analisaram as prestações de
contas da entidade e esclareceram dúvidas sobre a liberação de recursos para a
safra 2008/2009. No final do
encontro, os associados participaram de um almoço de
confraternização.
“O Governo Federal fez
mudanças significativas para
o crédito de custeio e investimento da próxima safra,
principalmente do Pronaf
(Programa Nacional de For-
seus questionamentos”, disse Daniel Moreira Dias, presidente da Cresol Londrina.
Previsão
talecimento da Agricultura
Familiar). Antes era por carta
com letra C, D ou E, e agora
passou a ser feita pela análise do projeto. Isto possibilitou que a agricultor tenha a
capacidade de aumentar
seus investimentos. E este
encontro nos deu a oportunidade de orientar melhor os
nossos associados e sanar
A expectativa é que o
montante destinado em recursos de custeio e investimento para a safra 2008/2009,
aos agricultores que integram a unidade da Cresol na
região de Londrina, seja de
R$ 2 milhões. Em 2007, todo
o sistema Cresol movimentou mais de R$ 303 milhões.
“Além da alteração no
modelo de aquisição do crédito, outra mudança importante foi com a questão dos
juros. Ele passou a ser mais
acessível para a agricultura
familiar”, informou Osni Ramos, presidente da base re-
gional Norte do sistema Cresol no Paraná.
Atualmente, a Cresol
Londrina conta com 278 as-
sociados e tem o apoio do
Banco do Brasil, do BNDES,
da Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Paraná
e do Instituto Emater. Mais
informações: Cresol Londrina – (43) 3329-8290.
Da Redação
Pesca, Lazer e Turismo 2008 será no Catuaí
Renda Agrícola está
tica; pousadas e hotéis fazenApoio
Entre os dias 27 e 31 de
projetada em R$ 153,4 bi
A renda dos principais
produtos agrícolas brasileiros está estimada em R$
153,4 bilhões para 2008, o
que corresponde a 0,69% a
mais que o previsto em maio
deste ano e 17,9% superior
à renda de 2007. Os dados
fazem parte do levantamento mensal da renda agrícola,
elaborado pela Assessoria
de
Gestão
Estratégica
(AGE), do Ministério da
Agricultura,
Pecuária
e
Abastecimento (Mapa).
Entre as culturas de
maior destaque estão a soja,
com renda projetada em R$
43,2 bilhões, e o milho com
R$ 25,9 bilhões. Em relação
à cana-de-açúcar, a projeção
é de R$ 18,8 bilhões. De
acordo com o coordenador
de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia
Gasques, o valor de desempenho da agricultura sinaliza
ao mercado o comportamento e a tendência das
commodities. “A previsão é
que a soja continue, nos
próximos meses, como líder
no ranking do agronegócio
mundial”, ressaltou.
Algumas culturas deverão apresentar redução de
renda, como a uva, com queda de 48% em relação ao resultado alcançado em 2007,
pimenta-do-reino, 27,2%; tomate 22,4%; algodão herbáceo, 8,8%; e mandioca com
2,4%. O cálculo da renda
agrícola é feito por meio da
multiplicação do volume de
produção da safra agrícola,
pelo preço recebido pelos
produtores nas principais
praças do País. O valor real
da renda, descontada a inflação, é obtido pelo Índice
Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da
Fundação Getúlio Vargas.
Geadas atingem milho
safrinha e hortaliças
no Paraná
O Paraná registrou, entre
os dias 16 e 17 de junho, a
ocorrência de geadas. De
acordo com a Secretaria da
Agricultura e do Abastecimento, a lavoura de grande porte
mais suscetível à queda de
temperaturas nessa época do
ano é o milho safrinha. O trigo,
que está em fase de desenvolvimento, até se beneficia da
queda de temperatura nessa
etapa da cultura. Dados preliminares da Secretaria informam que por enquanto não
há danos às lavouras de café.
Em relação às verduras
e hortaliças, os produtores reduzem a área plantada principalmente na região de Curitiba, restringindo as culturas a
algumas espécies como cenoura, beterraba, couve-flor
e repolho, que são mais tolerantes às baixas temperaturas. Os mercados começam a
ser abastecidos por produtos
de outras regiões como o Litoral e o Norte, onde não
costumam ocorrer geadas.
No entanto, os mercados atacadistas já refletem aumento
nos preços dos produtos.
Segundo o diretor do
Departamento de Economia
Rural (Deral), Francisco Simioni, possíveis perdas no
milho safrinha ainda serão
levantadas e os resultados
poderão ser divulgados até
o final do mês de junho.
A preocupação, detalhou
Simioni, é com as regiões onde
se concentra o plantio de milho e foram registradas quedas
fortes de temperaturas como
Toledo, Cascavel e Campo
Mourão, onde as culturas estão em fase de floração e frutificação, que são suscetíveis a
perdas. Juntas essas regiões
respondem por 56% da produção esperada de milho safrinha, que é de 6,4 milhões de
toneladas. “Isso não quer dizer
que toda a área com o milho
nessa região foi afetada porque as geadas ocorrem em lugares diversos”. Simioni destaca que a região Norte do
Estado, onde também há forte
plantio de milho safrinha, não
foi atingida.
agosto, será realizada no
Centro de Eventos do Catuaí
Shopping, em Londrina/PR,
a edição 2008 da Feira Pesca, Lazer e Turismo.
Promovida pelo Kanal 7
– Feiras e Eventos, a mostra
terá a exposição de produtos
e serviços relacionados à área
de pesca amadora e profissional; criação e manejo de
peixes em cativeiro; manipulação de couro de peixes em
confecções e acessórios; náu-
da. Além de opções para áreas e loteamentos rurais;
pacotes de roteiros turísticos;
piscinas e produtos para área
de lazer; soluções para preservação do meio ambiente;
reciclagem; demonstração
de novos recursos para energia alternativa; cursos superiores na área de hotelaria e
turismo; engenharia do meio
ambiente; e acessórios para
práticas de esportes radicais
junto à natureza.
A entrada no evento será
gratuita. O visitante poderá trazer 1 kg de alimento que será
doado para a instituição Provopar. Todos os visitantes que colaborarem com a doação de
alimentos vão participar de sorteios diários de prêmios.
A Feira Pesca, Lazer e
Turismo 2008 conta com o
apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Paraná; Secretaria de Turismo
do Paraná; Instituto Emater;
Instituto Ambiental do Paraná (IAP); Ibama; Londrina
Convention; Agência de Desenvolvimento Turístico do
Norte do Paraná (Adetunorp)
e Prefeitura de Londrina.
Mais informações: www.
pescalazereturismo.com.br ou pelo
telefone: (43) 3324-0594.
8
junho / julho de 2008
Suinocultura – Profissionais de renome mundial abordam temas importantes em palestras e seminários
Futuro da produção é discutido em Fórum
A
“
produção de suínos
no segundo decênio do século XXI (2010 –
2020)”. Este importante tema
norteará as palestras e seminários no IV Fórum Internacional de Suinocultura, dentro da
Pork Expo 2008, que acontecerá de 30 de Setembro a 2 de
Outubro, no Centro de Convenções da Estação Embratel,
em Curitiba/PR.
Para proferir sobre os
assuntos, os principais nomes
da área foram convidados, o
que torna o evento uma excelente oportunidade de assistir a um curso intensivo e
discutir as tendências, novas
técnicas, perspectivas e tudo
que seja relevante ao futuro
da produção de suínos.
De acordo com Flavia
Roppa, organizadora do
evento, a presença dos principais profissionais de cada
área enriquece o conteúdo
das discussões, além de
aproximar o público das novidades na suinocultura.
“Não medimos esforços para
trazer o que há de melhor
para este evento. E foi com
essa filosofia que hoje a Pork
Expo é o maior evento mundial de suinocultura”, afirma
Roppa.
Palestras Magistrais
O Programa Científico
do IV Fórum Internacional de
Suinocultura, como em anos
anteriores, será dividido em
Palestras Magistrais, realiza-
das por profissionais que discutirão temas como economia, mercado global e
consumo; Seminários Técnicos, onde serão abordados
temas como: bem-estar, proteção ao meio ambiente,
manejo, reprodução, genética, sanidade, nutrição e instalações, além da apresentação dos trabalhos científicos,
que serão expostos em forma de pôster. Todos os cursos serão realizados simultaneamente.
A programação e outras informações sobre o IV
Fórum Internacional de Suinocultura podem ser acessadas no endereço eletrônico: www.porkworld.com.br
Da Redação
AVISULAT 2008 terá linhas de Artigo - Produção agroecológica
de suínos: uma alternativa
crédito e financiamento
Os participantes do
AVISULAT 2008 já têm garantia de linhas de crédito e financiamento dos bancos Sicredi, Banco do Brasil e
Banrisul que firmaram parceria como patrocinadores do
evento. O anúncio foi feito
pelo coordenador-geral do
AVISULAT 2008, José Eduardo dos Santos.
“Estas instituições bancárias estarão no Avisulat
para fomentar negócios e
aquisição de equipamentos
através de suas linhas de crédito e financiamentos”, afirmou. Acrescentou que o
banco Sicredi é patrocinador
Ouro, enquanto Banco do
Brasil e Banrisul são patrocinadores Bronze.
O AVISULAT 2008 - Feira de Equipamentos, Serviços e Tecnologia - reunirá
três dos mais importantes
setores do agronegócio
gaúcho, aves, suínos e laticínios, que movimentam juntos, anualmente, aproximadamente R$ 12 bilhões. O
evento será de 19 a 21 de
novembro, em Bento Gonçalves. Um cenário favorável
envolve os três segmentos.
O consumo de carne de
frango cresce acima da demanda por carne bovina; a
indústria do leite registra
um momento positivo com
a chegada de novas empresas no RS; e a carne de suínos passa a ser vista como
outra carne branca, sem oferecer risco à saúde.
Seminários
O potencial dos três setores será debatido em palestras e seminários durante
os três dias do evento no
Centro de Exposições Fundaparque. Os participantes
vão traçar perspectivas para
o agronegócio e buscar soluções para problemas que
afligem as agroindústrias
como a elevação do preço
do milho, principal ingrediente das rações animais.
As novidades tecnológicas serão apresentadas
durante a feira que ocupará
uma área de 3 mil metros
quadrados e conta com a
adesão de 60 expositores,
até o momento.
O AVISULAT 2008 é
promovido pela ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura), SIPS/RS (Sindicato da
Indústria de Produtos Suínos), e SINDI-LAT/RS (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados).
O coordenador-geral, José
Eduardo dos Santos, secretário executivo da ASGAV,
informa que o slogan é
“Unindo Segmentos para
Fortalecer o Amanhã”.
Exporural 2008 já
está com inscrições
abertas
A ACCOBA - Associação
dos Criadores de Ovinos e Caprinos da Bahia - informa que
já estão abertas as inscrições
para a Exporural 2008, em Salvador, que será realizada no
período de 9 a 17 de Agosto
de 2008. O grande destaque
deste ano é a realização da Nacional Dorper que ocorrerá no
pavilhão de caprinos e ovinos
e contará com a presença dos
principais criatórios do Brasil.
Para a realização da Nacional
Dorper, a ACCOBA terá o
apoio da ABCDORPER – Associação Brasileira dos Criadores
Dorper - e do Núcleo Dorper
da Bahia.
A Exporural ocupa uma
área de 250 mil metros quadrados, e objetiva a disseminação de novas tecnologias
aos agricultores e pecuaristas, proporcionando aos mesmos a oportunidade de conhecer e adquirir animais de
qualidade para melhoramento genético em suas propriedades. O evento agropecuário é uma realização da
Secretaria da Agricultura do
Estado e da Associação Baiana de Criadores de Cavalos
(ABCC) e se destina às diversas atividades do agronegócio, proporcionando também
lazer e diversão ao público.
Mais informações:
www.accoba.com.br
Na região sul do Brasil, a
produção de suínos foi por
muito tempo uma das principais atividades da agricultura
familiar, a qual tinha grande
importância sócio-econômica
por promover ingresso e possibilidades de trabalho, assim
como, de renda para as famílias. Porém, em função do modelo produtivista na agricultura, o sistema de produção de
suínos sofreu grandes mudanças, resultando na oligopolização da atividade e, consequentemente, especialização
das propriedades, alto uso de
insumos industriais e intensivo
confinamento dos animais.
Atualmente, grandes grupos
econômicos dominam toda a
cadeia produtiva de suínos,
principalmente o beneficiamento e a comercialização.
Para os pequenos e médios produtores fica muito
difícil competir com as grandes empresas por uma “fatia”
de mercado. Por outro lado, a
demanda por produtos diferenciados, como os alimentos
produzidos em sistemas
agroecológicos, com mais
qualidade e preços superiores, parece ser uma saída importante para a agricultura
familiar. Estes sistemas são
baseados em padrões específicos que visam a obtenção
de agroecossistemas otimizados, os quais devem ter sustentabilidade social, ecológica e econômica.
Na concepção agroecológica de produção, desde que o clima assim o permita, os animais devem
permanecer ao ar livre (a
campo) durante toda sua
vida produtiva. Nos últimos
anos, a produção de suínos a
campo, integrada com sistemas agrícolas sobre restevas
ou pastagens cultivadas ou
em sistemas agroflorestais,
vem se expandido, principalmente, na Europa, devido a
razões econômicas e do
grande interesse, por parte
dos consumidores, em carnes provenientes de sistemas de criação que respeitem o bem-estar animal e
preservem o meio ambiente.
Em algumas regiões da
Espanha e Portugal a produção de suínos é realizada em
sistemas agroflorestais, onde
os animais nativos (suínos ibéricos) são alimentados basicamente com castanha do carvalho. A carne destes suínos
contém altos níveis de ácidos
graxos polinsaturados, benéfico à saúde do consumidor. Os
produtos comercializados, defumados e carne “in natura”,
recebem um selo de qualidade com indicação geográfica,
o que o valoriza substancialmente no mercado.
Com o resgate de conhecimentos existentes sobre a criação de suínos a
campo e o surgimento de
novas informações, aparece,
também, a possibilidade de
valorizar-se a utilização de
forrageiras de boa qualidade
nutricional para o pastejo direto de suínos adultos, essencial à redução do custo
de produção.
Autor: Denyse Maria Galvão
Leite - Doutora em zootecnia e
pesquisadora do Instituto Agronômico
do Paraná (IAPAR) / Unidade Regional
de Ponta Grossa. Contato: leited@
iapar.br
Paraná lidera produção de milho
e poderá suprir Sul e Sudeste
Com uma alta de 15,1%
na produção de milho prevista para a atual safra
2007/2008, com 15,945 milhões de toneladas, o Paraná terá um papel importante
no abastecimento das regiões Sul e Sudeste, regiões
onde a indústria brasileira
de processamento de carnes de aves e suínos está
concentrada em cinco Estados (Paraná, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais).
Dependente do milho
para a composição de rações,
o setor alega problemas de
abastecimento local e reivindica paridade fiscal nas importações (mesmo nas compras interestaduais) em relação às
exportações do produto.
“Considero uma reivindicação
justa, pois essa campanha não
prejudica as exportações brasileiras de milho”, avalia Odacir
Klein, presidente-executivo da
Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho.
Klein nota que, em todos os Estados mencionados,
com exceção do Rio Grande
do Sul, a previsão é de aumento de produção, de acordo com a mais recente Avaliação de Safra Agrícola
2007/08, da Companhia Nacional de Abastecimento –
Conab, referente a maio. Em
Santa Catarina, por exemplo,
a produção crescerá 10,2%,
passando de 3,863 milhões
de toneladas para 4,257 milhões de toneladas na safra
atual. O mesmo acontecerá
em São Paulo, onde a produção aumentará de 3,982 milhões de toneladas para 4,156
milhões de toneladas, representando uma alta de 4,4%.
Igual percentual de crescimento ocorrerá em Minas
Gerais, com a produção de
milho passando de 6,256 milhões de toneladas para 6,532
milhões de toneladas.
Conab
A própria Conab, no final de maio, ao avaliar o balanço de oferta e demanda
de milho para 2008, anteviu
uma situação justa no tocan-
te à oferta e demanda. Segundo ela, a oferta total deverá ser de 65,077 milhões
de toneladas (estoque inicial mais produção e mais
importação de 600 mil toneladas), e a demanda total de
65,077 milhões de toneladas
(consumo interno de 44 milhões, mais exportações de
11 milhões e mais 10 milhões para o estoque de
passagem, em toneladas).
“Acreditamos que este
ano possa ocorrer o mesmo
que no ano passado, quando
houve muito temor de que as
exportações pudessem prejudicar o consumo interno, o
que não aconteceu”, observou o presidente-executivo
da Abramilho “Temos que ter
em mente de que milho dentro do Brasil existe. A questão
de se ir buscá-lo nesse estado ou em outro é uma decisão puramente comercial de
cada uma das empresas e a
Conab tem concorrido para
regular os processos de escoamento e suprimento”, finalizou Odacir Klein.
9
junho / julho de 2008
Fruticultura – resíduos da fruta resultam em fontes de fibras e antioxidantes naturais de baixo custo
Bagaço de uva reduz risco de doenças do coração
U
ma pesquisa realizada na Faculdade
de Saúde Pública (FSP) da
Universidade de São Paulo
(USP) constatou que o bagaço de uva (casca e semente da fruta), que é um
subproduto do processamento de vinhos e sucos,
reduz o risco de doenças
cardiovasculares. “Esse bagaço representa uma ótima
fonte de fibras e antioxidantes naturais de baixo
custo”, afirma a nutricionista Emília Yasuko Ishimoto,
autora da tese “Efeito de
subprodutos da uva no perfil lipídico e antioxidante
em hamsters”, defendida
em maio deste ano.
Para avaliar a capacidade antioxidante, ou seja,
o quanto seria possível inibir os radicais livres a partir
do consumo de bagaço de
uva, a pesquisadora optou
por distinguir os bagaços
de uva em bagaço do vi-
nho, variedade Carbernet
Sauvignon e bagaço do
suco, variedade Isabel. A
partir disso, cada um deles
passou por três etapas de
processamento – desidratação, trituração e peneiração – para obtenção das
farinhas do bagaço do vinho e do suco e de seus
respectivos extratos concentrados.
Mediante ensaio biológico, 60 hamsters foram submetidos a uma mesma dieta,
a qual se diferenciou apenas
no aspecto relativo à fração
de gordura consumida. Divididos igualmente em um total de seis grupos, um deles
foi mantido como grupo
controle (receberam alimentação normal), outro teve sua
dieta acrescida por óleo de
coco e quatro grupos foram
tratados com subprodutos
da uva, sendo dois com os
extratos e dois com as farinhas de vinho.
Avaliação Sensorial
Amostras de sangue e
fígado foram coletadas
após quatro semanas de
experimento para avaliação
do perfil lipídico (gordura)
e da capacidade oxidante.
Os hamsters tratados com
bagaço de uva apresentaram uma redução de 16% a
32% do colesterol total em
relação aos grupos que não
ingeriram o composto.
“Esse dado indica que houve uma melhora significativa do perfil lipídico e antioxidante nos grupos que se
alimentaram com o bagaço
e, portanto, tiveram redução de risco das doenças
cardiovasculares”, explica
Emília Ishimoto.
A pesquisadora optou
por realizar também uma
avaliação sensorial a partir
do desenvolvimento de
dois tipos de sorvete – sorbet (o popular “de massa”)
e picolés preparados com
bagaços de vinho e suco –
cujos atributos sensoriais
foram testados por 43 pessoas, por meio de um método para medir a aceitação
do paladar em uma escala
variável sobre o sabor.
“Na análise sensorial,
somente o picolé de bagaço
do vinho não preencheu totalmente os requisitos de
aceitação, mas, apesar disso,
todos os produtos avaliados
sensorialmente apresentaram potencial de comercialização”, ressalta. “As farinhas
de bagaço de uva possuem
características promissoras
como ingredientes funcionais, tanto no aspecto biológico quanto sensorial.”
A tese de doutorado
foi orientada pela professora Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres, do Departamento de Nutrição, da
FSP. Ela informa que já obtiveram o pedido de patente
da invenção: farinha de ba-
gaço de uva e os outros produtos gerados pela pesquisa. O registro foi solicitado
em março. “Até o momento, temos duas empresas in-
teressadas e estamos abertas para outras aplicações
da patente”, informa Elizabeth Torres.
Da Redação
Citricultores discutem prioridades para o setor
Durante a 13ª Reunião
da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Citricultura, no mês de junho, em
Cordeirópolis (SP), representantes do setor discutiram a importância da adoção de medidas para
conter o avanço da greening (doença que atinge
citros como laranja, limão
e tangerina). Em breve, a
Câmara encaminhará as
reivindicações do setor
produtivo ao secretário de
Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.
Outro tema debatido
na reunião foi a criação de
uma estação quarentenária
especializada em citros, que
facilita o processo de proteção genética. “O setor privado encaminhará nota técnica
à Embrapa para verificar a
possibilidade da instalação
dessa estação no Distrito Federal”, explicou o assessor
especial do ministro, Aguinaldo José de Lima.
Agrotóxicos: Recolhimento de
embalagens aumenta 20% no PR
Os dados divulgados
pelo Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), no início
de junho, reafirmam o Paraná
como um dos Estados brasileiros que mais recolhem e
reciclam embalagens de
agrotóxicos do Brasil. Somente nos cinco primeiros meses
deste ano, foram coletadas
1,6 mil toneladas de recipientes - 20% a mais do que o
mesmo período do ano passado (1,3 mil toneladas). Cada
tonelada representa aproximadamente 25 mil embalagens retiradas do meio
ambiente.”Estes altos e crescentes índices de recolhimento refletem o grau de conscientização ambiental dos
agricultores paranaenses”,
afirmou o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. “E também representa o êxito do
trabalho integrado através de
uma parceria público-privada
que evoluiu a realidade da
produção agrícola no Estado”, acrescentou.
Os bons resultados do
sistema de destinação final
são atribuídos à parceria de
sucesso entre agricultores,
indústria fabricante - representada pelo inpEV -, canais
de distribuição e o poder público, no Paraná representado pelas Secretarias da Agricultura e Abastecimento, do
Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, Superintendência
de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, e Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Atualmente o Paraná
conta com 74 pontos de recolhimento de recipientes:
14 centrais instaladas nos
municípios de Cambé, Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Cornélio Procópio,
Maringá, Palotina, Ponta
Grossa, Prudentópolis, Francisco Beltrão, São Mateus
do Sul, Guarapuava, Santa
Terezinha do Itaipu e Umuarama; e mais de 60 postos
licenciados para o recebimento. Com o material resultante da reciclagem das
embalagens são fabricados
12 artigos como barricas de
papelão, conduítes, caixas
de passagem de fios elétricos, embalagem para óleo
lubrificante, sacos plásticos
para descarte de lixo hospitalar, entre outros.
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Mudas
Foi consenso na reunião
que o ambiente onde são produzidas as mudas também
deve estar protegido. Para
isso, a câmara encaminhará
ao Ministério da Agricultura
proposta para uma reunião
com os estados produtores, a
fim de harmonizar os procedimentos de fiscalização.
O Brasil é o maior produtor mundial de citros, sendo que o estado de São Paulo
ocupa o primeiro lugar, responsável por 350 milhões de
caixas do produto por ano. O
País produziu, em 2007, 400
milhões de caixas. “Vale res-
saltar que 80% do suco de laranja é produzido no Brasil. O
setor de citros emprega 400
mil pessoas e, no ano passado, alcançou a receita de US$
9 bilhões”, ressaltou o presidente da Câmara Setorial da
Cadeia Produtiva de Citricultura, Flávio Viegas.
Fonte: MAPA
10
junho / julho de 2008
Avicultura – Participação em feiras internacionais aquece as vendas externas do Grupo
Unifrango amplia exportações para Ásia
A
busca por novas
oportunidades de
negócios no mercado avícola externo angariou bons
resultados para as exportações da Unifrango Agroindustrial, em junho. O período já apresenta boas
perspectivas para a empresa com relação às exportações voltadas para o mercado asiático. Desde o início
do ano, compradores de algumas regiões da Ásia têm
se mostrado receptivos ao
frango brasileiro, ocupando
posições de destaque no
ranking dos países que mais
absorvem a produção avícola do Paraná.
Aliada à boa fase do
mercado asiático, a Unifran-
go intensifica o seu projeto
voltado para a expansão
das exportações por meio
da criação de novas oportunidades de negócios. Recém participante da Sial Xangai 2008 (Asia’s Food
Marketplace), uma das principais feiras do ramo alimentício mundial, o grupo
conquistou resultados acima do esperado com a ida
à China, no mês de maio.
A empresa ampliou sua
carteira de clientes em potencial, a qual teve um saldo
positivo de 130 contatos, e
ainda fechou seis novos contratos com compradores de
Hong Kong. “Com a participação na Sial, em Xangai,
criamos um relacionamento
mais estreito com nossos
clientes, aumentamos nossas opções no mercado e
ainda conseguimos diversificar nossa marca”, destaca
o gerente de exportação do
Grupo, associado da empresa Frangos Canção, Edemir
Trevizoli Júnior.
Meta
Até o final de 2008, a Unifrango Agroindustrial pretende
aumentar em 25% os negócios
centralizados para o mercado
externo. A participação em feiras de grande projeção faz parte do projeto do Grupo voltado para a expansão das
exportações, além da internacionalização da marca e aproximação com o cliente final.
Em outubro deste ano,
a Unifrango irá participar da
Sial – França, em Paris. O
Grupo ainda pretende estar
presente em outros eventos
internacionais como Anuga,
na Alemanha, e a World
Food, em Moscou.
Da Redação
Copacol investe em melhorias Egito decide zerar tarifa de
nas unidades de recebimento importação do frango do Brasil
Considerando o aumento na quantidade de grãos recebidos pela Copacol, na última safra de verão, diversos
investimentos no setor de infra-estrutura e armazenamento
de cereais serão realizados em
algumas das unidades da Cooperativa. O objetivo é atender
melhor os associados, principalmente, em períodos de
maior entrega de produção.
Aprovado pelo Conselho de Administração, o valor
a ser investido é de cerca de
R$ 15 milhões. As obras começam no mês de julho. Os
investimentos serão nas unidades de: Cafelândia, Formosa do Oeste, Jesuítas,
Universo, Palmitópolis e
Central Santa Cruz.
Além de aumentar a capacidade estática da Cooperativa para 42 mil toneladas de
cereais, o investimento possibilitará ainda uma economia
significativa com os fretes pagos para as transportadoras,
no período de grandes volumes de recebimento.
As obras estão previstas para serem concluídas no
início do próximo ano, quando também começa o recebimento da nova safra.
Melhorias
De acordo com o presidente da Copacol, Valter Pitol,
com a profissionalização e utilização de novas tecnologias
pelos produtores, que estão
cada vez mais elevando a sua
produção, os investimentos
da Cooperativa permitirão
melhorar o fluxo de recebimento e amarzenagem da
produção de cereais dos associados. “As melhorias em nossas unidades garantirão maior
agilidade e comodidade aos
produtores, na hora da entrega de suas produções. Assim,
a Copacol mantém o seu trabalho de oferecer todas as
condições necessárias de trabalho e fortalecimento no
campo ao seu quadro social”,
complementa.
O governo do Egito
decidiu zerar a tarifa de importação sobre a carne de
frango por um período determinado. Atualmente, o
mercado egípcio aplica 30%
sobre as importações desse
produto. Com a eliminação
da tarifa, o governo do país
espera conter a inflação e
regularizar o abastecimento
do produto no mercado interno. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo.
O protocolo bilateral
de entendimento sanitário,
que facilitará o comércio
entre o Brasil e Egito, deverá ser assinado em outu-
bro, quando está prevista a
visita do ministro do comércio exterior daquele
país ao Brasil.
Empresários egípcios
manifestaram interesse em
aumentar a exportação de
fertilizantes para o Brasil. A
notícia foi comunicada durante reunião do secretário de
Relações Internacionais do
Agronegócio do Ministério
da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Célio
Porto, com a Associação
Egípcia de Agribusiness, na
cidade do Cairo. O objetivo é
expandir a oferta desses produtos para reduzir o impacto
no preço final dos alimentos.
Exportações
Nos primeiros cinco
meses deste ano, o Brasil
exportou para o Egito cerca
de US$ 222 milhões em produtos do agronegócio. A
carne bovina in natura (US$
68,1 milhões) e o açúcar
(US$ 22,7 milhões) foram os
principais produtos exportados até maio de 2008.
REDE NEWS
Syngenta apresenta bioativador para
algodão e feijão
A Syngenta reforça sua atuação
junto aos produtores de feijão e algodão
com o lançamento do Bion, bioativador
de plantas de alta eficiência. O produto
ativa o sistema imunológico da planta, fazendo com que ela
se defenda sozinha de quaisquer adversidades, sejam doenças ou variações climáticas.
O Bion é o único bioativador de plantas registrado nessa categoria no Brasil. Com ação diferente dos herbicidas e fungicidas, o
Bion não age diretamente sobre os microorganismos. Ele ativa os
mecanismos naturais de defesa da planta e permite sua maior resistência aos fatores de estresse que atingem plantações, tais como
fortes variações climáticas (altas temperaturas), déficit hídrico (falta
de água no solo) ou excesso de água, o qual, na cultura do algodão,
é um dos principais fatores responsável pelo apodrecimento de
maçãs e, conseqüentemente, pela perda de produtividade. Com
isso, garante-se às plantas maior amplitude de defesa.
Com foco nas culturas de algodão e feijão, o Bion reduz os
tradicionais riscos da atividade agrícola ao minimizar as ameaças
naturais do solo e do clima sofridas pelas plantas. “O Bion é a solução para as ameaças naturais relacionadas a fatores climáticos e do
solo”, destaca Leo Zappe, gerente de marketing da Syngenta. “E,
além disso, ajuda a planta a se defender de vírus e bactérias, contra
os quais existem poucos produtos no mercado, que não são suficientes para se atingir níveis satisfatórios de controle”, completa.
A Syngenta oferece todo o suporte técnico necessário ao
produtor rural para as particularidades de aplicação do novo
produto. O Bion deve ser aplicado de forma preventiva e age
ativando o próprio sistema de defesa natural das plantas.
John Deere cria nova diretoria na área de
marketing
A John Deere anunciou mudanças na
área de Marketing para a América do Sul,
com a criação de uma nova diretoria. O diretor de Marketing Paulo Herrmann ocupa agora o novo cargo de diretor de Vendas e Experiência do Cliente
para a América do Sul. Nesse cargo ele vai dirigir toda a organização de Vendas na América do Sul e ficarão também sob
sua responsabilidade as áreas relacionadas às fases da Experiência do Cliente, como o Desenvolvimento de Concessionários, Planejamento de Vendas e Suporte ao Cliente.
Travis Becton é o novo diretor de Marketing para a América do Sul. Sua missão é fortalecer o foco no cliente nos processos de marketing, implementar e executar um programa
integrado de marketing para o continente, identificando no-
vas oportunidades e desenvolvendo o entendimento sobre o
mercado e os clientes.
Paulo Herrmann entrou na John Deere em 1999 como diretor de Marketing e Suporte ao Produto. Em novembro de 2003
tornou-se diretor para o Marketing para a América do Sul.
Travis Becton é bacharel em Economia Agrícola pela Texas Tech University e tem MBA pela Purdue University. Ele iniciou sua carreira na John Deere em 1996 e ocupou vários cargos nos Estados Unidos, incluindo o de Gerente Divisional de
Marketing do Seeding Group, responsável pelas atividades
de marketing dos produtos de plantio na América do Norte.
Pioneer já terá em 2008 sementes de milho Bt
A Pioneer já comercializará na safra de verão de
2008, sementes de milho Bt. Sendo a primeira empresa a registrar híbridos de milho como o gene Bt no
Brasil, com a marca YieldGard®, a Pioneer já nesta
safra comercializará sementes dos seus principais híbridos comerciais. Atualmente, a Pioneer possui 13 híbridos registrados com
essa tecnologia. Os híbridos Pioneer com o gene YieldGard® terão
uma nomenclatura própria que irá diferenciá-los dos híbridos convencionais, isto é, sem o gene YieldGard®. Exceto os híbridos
30F34 (corresponde ao 30F33 com o gene YieldGard®) e o 30A04
(corresponde ao 3041 com o gene YieldGard®) os demais híbridos
terão a letra “Y” no final do número para identificar a tecnologia.
Assim, híbridos como 30F53Y, 30R50Y, 30F80Y, 30K64Y, dentre outros, serão as versões com o gene YieldGard®.
Para os agricultores e profissionais da área da assistência técnica que queiram conhecer os híbridos, bem como tirar dúvidas
com relação ao uso e benefícios dessa tecnologia, a Pioneer sugere
que procurem o representante Pioneer ou Coordenador Técnico
de sua região, ou entre no site www.pioneersementes.com.br. A
Pioneer estará durante os meses de junho, julho e agosto realizando várias reuniões técnicas, palestras e eventos a exemplo dos Encontros de Difusores de Tecnologia, além de dias de campo em
uma das 240 áreas demonstrativas de milho Pioneer com o gene
YieldGard® instaladas em todo o Brasil. Nesses encontros, irão ser
abordados temas como mecanismo de ação da proteína, manejo
de resistência, áreas de refúgio, normas de coexistência além de
outros temas pertinentes à tecnologia. YieldGard® é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
Alltech inicia pesquisas em biocombustíveis
A Alltech acaba de receber recursos do
governo americano para construir uma biorefinaria nos Estados Unidos. A indústria produzirá biocombustíveis a
partir de celulose proveniente de “switchgrass” (gramínea nativa
da América do Norte), sabugos e resíduos de milho e de algas.
As algas, organismos que necessitam somente de luz so-
lar e dióxido de carbono para sobreviver, podem produzir até
5 mil galões de biocombustível por acre por ano, enquanto o
milho produz apenas 400 galões por acre. Além disso, as algas podem absorver até 450 toneladas de dióxido de carbono por acre quando são cultivadas comercialmente.
O “switchgrass” representará até 30% da matéria-prima e
será convertido em etanol e outros produtos de valor agregado.
“O etanol celulósico utiliza matérias-primas que são facilmente
disponíveis e que aliviam a atual demanda de grãos para a produção do etanol. Com os preços das commodities alcançando
seus níveis máximos e com a previsão de que o etanol utilizará
30% das culturas de milho dos EUA em 2010, devemos centrar
nossa atenção em meios sustentáveis para fontes alternativas de
energia,” diz Pearse Lyons, presidente e fundador da Alltech.
A Alltech recebeu um financiamento de US$ 30 milhões
do Departamento de Energia dos EUA (DOE) para construir
sua Biorefinaria da Comunidade Rural. A fábrica fica em Springfield, Kentucky e empregará 93 pessoas quando estiver operando em plena capacidade. O projeto também recebeu um
incentivo no valor de US$ 8 milhões do Departamento Financeiro de Desenvolvimento Econômico de Kentucky (KEDFA).
Fundação MS divulga resultados com
pesquisas na lavoura de soja
ESTUDO SOBRE A PRÉ-INOCULAÇÃO COM NITROSUPER F-45 PREMIUM® EM ÁREAS COM CULTIVO ANTERIOR DE SOJA – SAFRA 2.007/08
A Fundação MS divulgou neste mês os resultados de
estudos realizados na safra
2007/08 sobre a pré-inoculação
de sementes de soja com o produto NitroSuper Premium.
Os resultados demonstraram que a pré-inoculação é viável em áreas com cultivo anterior
de soja para até 10 dias de antecipação com sementes
não tratadas e cinco dias para sementes tratadas. Segundo pesquisadores da Fundação MS, com este produto, o
agricultor pode inocular a semente de soja e aguardar até
10 dias para fazer o plantio em sementes sem tratamento
com fungicida ou cinco dias para sementes com tratamento, sem qualquer perda na eficiência do produto.
A importação e distribuição deste produto para o
Brasil é feita, exclusivamente, pela Turbosolo, uma empresa especializada em produtos de alta tecnologia para
aumentar os rendimentos na agricultura.
Eng. Agr. M.Sc. Dirceu Luiz Broch
Eng. Agr. M.Sc. Sidnei Kuster Ranno
11
junho / julho de 2008
Grãos – Agricultores de Pitanga, tradicional região produtora de milho e feijão no PR, passam por treinamento
Regulagem é um dos segredos da boa produtividade
Q
ualificar a mão de
obra rural é uma
das atividades da extensão
rural. Em Pitanga/PR os agricultores da comunidade de
Vila Nova (meio rural oeste
de Pitanga) participaram do
curso em que foram discutidas as melhores formas de
realizar a regulagem de plantadeiras e pulverizadores.
Pitanga, que é tradicional na produção de milho e
feijão no Paraná faz parte do
Projeto Centro Sul de Milho e
Feijão. Visando melhorar a
tecnologia de produção e
produtividade destas lavouras, a Emater/PR e o Instituto
Agronômico do Paraná (IAPAR) estão treinando os produtores na regulagem de
plantadeiras e pulverizadores.
Uma boa colheita depende também de um bom
plantio. Na regulagem da
plantadeira busca-se realizar
o plantio na profundidade
correta para cada tipo de
cultura, a boa distribuição da
adubação e uma boa distribuição das sementes por
área. O número de plantas
por área é um passo fundamental para uma boa produção. Numa operação de
plantio bem realizada espera-se ter 55.000 (cinqüenta e
cinco mil) pés de milho por
hectare. Já para o feijão são
esperadas ter 220.000 (duzentos e vinte mil) plantas
por hectare em média.
Pulverizador
No uso do pulveriza-
dor os técnicos do IAPAR,
Dácio Antonio Benassi e
José Alfredo Baptista dos
Santos, salientam que é importante atentar para o pH
da água que vai ser usada
na pulverização. A pressão
de trabalho da bomba de
pulverização e a velocidade
da máquina irão influenciar
no volume de produto espalhado na operação.
O técnico Ari Juarez da
Emater diz que em Pitanga
as condições naturais são favoráveis e em áreas onde o
plantio é bem realizado espera-se uma produção média de 100 sacas de feijão
por alqueire. Para o milho
são esperadas cerca de 400
sacas de milho.
Da Redação
Endividamento: Medidas
para renegociação são
positivas, avalia Ocepar
A Medida Provisória (MP 432) da renegociação das dívidas agrícolas, assinada pelo presidente Lula no final de maio, durante solenidade no Palácio do Planalto, contempla em parte
os pleitos das cooperativas paranaenses. Segundo o presidente do Sistema Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), João Paulo Koslovski, que
participou das negociações em torno da MP,
representando a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), algumas reivindicações
não foram acatadas pelo governo. “Mas, ainda
assim as medidas anunciadas são positivas
para os produtores e cooperativas brasileiras.
Traz avanços que possibilitam a renegociação
e a liquidação de dívidas que vinham sendo
um problema quase sem solução para milhares de agricultores”, afirma.
De acordo com Koslovski, que compareceu a solenidade em Brasília, o setor produtivo defendia que os acordos de renegociação comprometessem no máximo 5% da
renda anual do agricultor, proposta não
aceita pelo governo. “Os prazos dados pelo
governo para quitação de aproximadamente R$ 30 bilhões ficaram muito curtos, os
produtores terão entre quatro a cinco anos,
até 2011 para esta quitação. Nossa proposta era de que este pagamento ficasse atrelado à renda dos produtores, isto não foi
levado em conta pelo governo”, lamentou
o dirigente. Outra preocupação manifestada por Koslovski é que as renegociações
estão centradas apenas aos bancos oficiais
com garantias do Tesouro e dos Fundos
Constitucionais. “Precisamos inserir nestas
negociações os bancos privados e que atuam com crédito rural”, alertou.
Outras medidas
Em contrapartida, Koslovski afirma
que a criação do Fundo de Catástrofe, antigo pleito das cooperativas, “foi uma decisão importante que favorece a expansão
do seguro rural, uma cobertura imprescindível para uma atividade de risco como é
a agricultura”. Outra medida positiva para
o dirigente é a efetiva instalação dos adidos agrícolas junto às embaixadas brasileiras, para a divulgação e ampliação do
mercado para os produtos brasileiros.
Segundo o presidente da Ocepar, embora algumas propostas tenham ficado de
fora do documento final, a MP tem uma boa
abrangência, incluindo dívidas de negociações antigas como a Securitização, Pesa e
Recoop, e também contratos de custeio
mais recentes negociadas nas safras 2003/04
a 2005/06. O montante total passível de renegociação pela MP chega a R$ 75 bilhões.
“Os produtores terão agora melhores condições de quitar seus compromissos, o que faz
justiça a um setor que tanto tem contribuído
para o crescimento da economia brasileira.
Mas alguns pontos não foram contemplados. É preciso manter-se organizado para
prosseguir negociando e avançar rumo à implementação das Medidas Estruturantes,
que prevêem, entre outras ações, uma política sólida de garantia de renda no campo.
Camex estende até agosto
isenção para tarifa de trigo
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou, no início de junho, no Diário Oficial da União uma resolução estendendo para 31 de agosto a importação de
trigo de países fora do Mercosul dentro da
cota isenta do imposto de importação (tarifa externa comum, ou TEC). O prazo inicial era 31 de julho com uma cota de até
um milhão de toneladas. Contudo, para
conter o aumento do preço do trigo em
função da suspensão das exportações do
cereal argentino para o Brasil, o governo
ampliou a cota para 2 milhões e dilatou o
prazo em um mês.
Segundo o Ministério da Agricultura, a
prorrogação do prazo é necessária porque
existe o risco de desabastecimento em julho
e agosto, pois a colheita da safra brasileira
deve atrasar em um mês (de agosto para setembro), devido aos problemas climáticos.
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junho / julho de 2008
agrodestaque
Evento em Assai, no Norte do Paraná, abriu as comemorações do centenário da imigração japonesa
Expoasa reúne o melhor da cultura nipo-brasileira
Entre os dias 6 e 8 de junho, em Assaí, no Norte do
Paraná, foi realizada a 65ª edição da Expoasa – Exposição
Agrícola Regional de Assaí.
O evento, promovido
no Centro Poliesportivo Yonezo Ueno, na Sociedade
dos Amigos de Assaí
(SAMA), reuniu expositores
do setor de maquinários,
veículos, caminhões e motos, além da demonstração
de produtos agrícolas e
apresentações de ikebana,
taiko e matsuri.
A equipe do Jornal
AgroRede Notícias acom-
panhou a solenidade oficial
de abertura da Expoasa,
realizada no dia 7 de junho,
no período da manhã, que
contou com a presença do
presidente da Liga das Associações Culturais de Assaí (LACA) – entidade promotora do evento – Cairo
Koguishi; do prefeito do
município de Assai, Michel
Ângelo Bomtempo; do deputado
estadual,
Luiz
Nishimori; entre outras importantes autoridades.
apoio da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Paraná (seab/PR), do
Instituto Emater, do Banco
do Brasil e da Prefeitura
Muncipal de Assaí.
Confira algumas imagens
da 65ª edição da Exposição
Agrícola Regional de Assaí.
Apoio
A 65ª Expoasa teve o
Imin 100: Londrina homenageia os imigrantes japoneses
Entre os dias 18 e 22 de
junho, o Parque Governador
Ney Braga foi palco do Imin
100 Londrina – evento que
comemorou o centenário da
imigração japonesa no Brasil. Além de apresentações
artísticas e culturais, o Imin
100 Londrina contou com a
presença do Príncipe Naruhito, convidado para a
inauguração da Praça do
Centenário.
Outra importante atração da Imin 100 foi a 47ª Feira Agrícola da Associação
Cultural e Esportiva de Londrina (Acel). Aproximadamente 300 agricultores de
Londrina, Cambé, Ibiporã e
Tamarana expuseram cerca
de 2,5 mil produtos de 150
variedades diferentes, no Pavilhão José Garcia Villar.
Agricultura Familiar
O visitante que esteve
no Parque Ney Braga teve a
oportunidade de conhecer a
cadeia produtiva de produtos como o algodão, milho,
café, citrus, cana de açúcar,
cogumelo, seda, soja e girassol, além de todos os tipos
de frutas, tubérculos, legumes, raízes, plantas medicinais e até alguns menos comuns nos supermercados.
A Feira da Acel se dividiu na parte agrícola e mer-
cado do produtor. Ao lado
da exposição agrícola da
Acel, também foi realizada
a Feira de Sabores, da Emater/Seab, que trouxe produtos da agricultura familiar
de 40 produtores rurais de
todo o Paraná.
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Produtores criam Cooperativa de Crédito de Carbono