Um celeiro de informações para o homem do campo! Londrina será sede de Encontro de Plantio Direto. Pág. 4. Recolhimento de embalagens de agrotóxicos aumenta 20% no PR www.agroredenoticias.com.br Conheça a nova seção com a agenda dos principais remates do País. Pág. 6. Nº 7, Ano 1 - Junho / Julho de 2008 Bagaço de uva reduz risco de doenças cardiovasculares. Pág. 9. Meio Ambiente – Projeto vai promover a inclusão sócio-econômica e ambiental Produtores criam Cooperativa de Crédito de Carbono Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), no início de junho, reafirmam o Paraná como um dos Estados brasileiros que mais recolhem e reciclam embalagens de agrotóxicos do Brasil. Pág. 9. Divulgação No início de junho, os secretários do Paraná, Rasca Rodrigues (Meio Ambiente), Valter Bianchini (Agricultura e Abastecimento), e Nestor Bueno (Planejamento) inauguraram, em Loanda – região Noroeste – a primeira Cooperativa de Produtores Familiares de Crédito de Carbono do País (Coopercarbono) a comercializar o gás carbônico, gerado pela manutenção das florestas em Áreas de Preservação Permanente (APP). Pág. 4. Jornalistas estrangeiros conhecem o País do etanol Regulagem é um dos segredos da boa produtividade Um grupo formado por 12 jornalistas de veículos de diversos países da Europa e da América do Norte esteve no mês de junho no País para conhecer de perto o potencial brasileiro de produção. Pág. 3. Qualificar a mão de obra rural é uma das atividades da extensão rural. Em Pitanga/ PR, os agricultores da comunidade de Vila Nova (meio rural oeste de Pitanga) participaram de um curso ministrado por técnicos do Instituto Agronômico do Paraná e Emater, em que foram discutidas as melhores Divulgação Cooperados da Cresol promovem Assembléia em Londrina No dia 14 de junho (sábado), no período da manhã, cerca de 90 associados da Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária (Cresol) se reuniram em Londrina/PR, em Assembléia Extraordinária. Pág. 7. deiras e pulverizadores. Pág. 11. SC abre a fronteira para carnes do Paraná No final de maio foi restabelecido o transporte de animais, carnes e derivados do Paraná Leite: Paraná investe em capacitação técnica para Santa Catarina. Este é o primeiro impacto positivo do reconhecimento internacional da Organização de Saúde Animal (OIE), que reconduziu o Paraná à condição de área livre de febre aftosa com vacinação. A medida também Divulgação O governo do Paraná quer universalizar os conceitos de gestão das propriedades leiteiras para melhorar a qualidade do leite produzido no Estado. Pág. 5. formas de realizar a regulagem de planta- é válida para os demais estados que recuperaram esta condição. Pág. 6. Feira Pesca, Lazer e Turismo 2008 será no Catuaí Shopping. Pág.7. 2 junho / julho de 2008 Opinião A agricultura em tempo de decisões O choque dos preços dos alimentos chama a atenção para a importância da agricultura. Preços altos alimentam a inflação e têm impactos distributivos negativos; preços baixos beneficiam os mais pobres e ajudam a conter a inflação. No passado, as crises de abastecimento e elevação de preços de alimentos refletiam a falta de capacidade de resposta aos incentivos de mercado. Hoje o diagnóstico se inverteu e se aceita quase como natural que os preços agrícolas devem ser baixos e que o problema estaria na má distribuição de renda. A sustentabilidade dos preços baixos se apoiou tanto na impressionante elevação de produtividade como no uso inadequado dos recursos naturais. Para além da explosão da demanda mundial ou do etanol americano, a crise atual revela certo esgotamento do padrão anterior. A agricultura é um segmento politizado, seja em nome da segurança ou da ajuda alimentar, da preservação da paisagem rural, da cultura local e do meio ambiente. Hoje o componente político se manifesta na decisão de produzir etanol de milho ou de proibir exportações de trigo, arroz e fertilizantes. Os sinais de mercado nem sempre são guias adequados para saídas de crises: o Brasil foi campeão, ao longo das décadas passadas, de políticas de curto prazo que comprometeram o desenvolvimento da agricultura. No entanto, parte dos acertos estratégicos que nos levaram à vanguarda da produção agrícola mundial se deveu a decisões que não se conformavam à solução de mercado. A criação da Embrapa (em 1971) foi a mais importante, mas não a única. A reorganização das cooperativas e a crescente participação privada no setor de insumos - não sem problemas - consolidaram o padrão tecnológico que sustenta a competitividade do agronegócio brasileiro. Pode-se dizer que em certa medida o Brasil se antecipou à presente crise, aumentando a participação das fontes renováveis de energia. No campo tecnológico, deu-se ênfase a um conjunto de tecnologias de menor impacto ambiental. O trabalho de pesquisa (da Embrapa e demais instituições em geral esquecidas) permitiu a expansão da soja sem uso do fertilizante químico nitrogenado. O cultivo mínimo reduziu o consumo de diesel e o impacto ambiental da mecanização. Vive-se um novo momento de decisão, e o cená- rio e as soluções são bem mais complexos. A agricultura, a tecnologia e os arranjos institucionais, que permitiram a excepcional expansão da produção com base na elevação da produtividade total dos fatores e que relegaram o dilema dos preços ao quase esquecimento, são hoje sujeitos a maiores e justificáveis restrições ambientais, sociais e sanitárias. Algumas, no entanto, são produtos da inevitável disputa ideológica, que confunde etanol de cana com crise de alimento, ataca a agricultura em larga escala como um mal, associa a soja brasileira com queima de árvores na Amazônia e os transgênicos como sementes do mal. Há uma radicalização que dificulta as soluções, tanto na esfera da tecnologia como na das instituições. A agricultura preconizada por de- fensores de um mundo novo, a orgânica, contribui para um patamar elevado de preços da alimentação, compatível apenas com a situação de países de elevada renda per capita. As políticas agrícolas protecionistas da Europa desestimulam o uso da tecnologia em favor da “proteção do território” e jogam os ganhos de produtividade na agricultura no mundo para os níveis mais baixos dos últimos 20 anos. A pesquisa como bem público perdeu capacidade de promover uma nova Revolução Verde. O Brasil tem muito a ganhar com a crise e mais ainda a contribuir. O essencial é fortalecer a opção estratégica de privilegiar aqueles eixos da pesquisa para responder à preocupação de melhorar o uso dos recursos disponíveis com o menor impacto sobre o meio ambien- te e sobre o aquecimento global. A Embrapa é o principal elo com o futuro, mas sua relevância depende da capacidade de resistir, hoje, à tentação de ser solução para tudo e de fazer de tudo um pouco. Aplaude-se a decisão do governo atual de continuar prestigiando a pesquisa agrícola, mas vale chamar a atenção para a necessidade de uma clara definição dos objetivos estratégicos. É preciso provar na prática, diariamente, que existe coerência em preconizar o aumento da produção agrícola e atender às novas demandas de energia e ambientais. Momento de decisão e de responsabilidade para todos os envolvidos no agronegócio brasileiro, do governo à iniciativa privada. Autores: Antônio Márcio Buainain e José Maria da Silveira professores do Instituto de Economia da Unicamp Aquecimento global: causas e possíveis conseqüências A revolução industrial, em meados do século XVIII, fundamentou o princípio da era tecnológica moderna tal como a conhecemos atualmente. No entanto, a expansão desse processo imprimiu revés da extrema necessidade por energia fóssil, advinda da exploração sistemática e crescente das reservas de carvão e petróleo. Retirados do ciclo biogeoquímico natural, a queima e a utilização destes combustíveis em processos industriais, agrícolas e de transformação, libera um carbono extra (principalmente como gás carbônico), aumentando a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. O efeito estufa é um fenômeno natural, responsável pela vida no planeta. É o efeito estufa que mantém a temperatura da superfície da Terra em cerca de 33 0C, bem acima do que seria na sua ausência (-18 0C). Entretanto, a emissão de gases de efeito estufa ocorre em nível acima da capacidade de compensação pelos ecossistemas naturais e contribui, então, para o aquecimento global, acelerado devido à interferência humana desordenada na exploração dos recursos naturais. Estima-se que esta alteração na concentração atmosférica dos gases de efeito estufa poderá desencadear um aumento na temperatura média do planeta entre 1,8 e 4,0 ºC nos próximos 100 anos. Em conseqüência disso, estão sendo previstos impactos negativos na incidência de algumas doenças tropicais (como malária, dengue), na composição e distribuição geográfica de sistemas florestais, na dis- tribuição dos recursos hídricos, no derretimento de geleiras, erosão e alagamentos de áreas costeiras, na produtividade das culturas, entre outros. Para a agricultura, os cenários previstos para o Brasil, embora ainda com grandes incertezas, indicam, baseados nas culturas adaptadas para as condições climáticas atuais, que poderá haver redução de área semeada em alguns estados, além da possibilidade de ocorrer o deslocamento de áreas preferenciais de cultivo para diversas espécies. Para exemplificar, estima-se que a cultura do café poderá migrar para o Sul do Brasil, enquanto que a área cultivada com soja no RS sofrerá redução e a área de trigo, especialmente na região Sul, não será afetada desde que o regime hídrico não seja alterado. Dessa forma, ações mais efetivas no combate ao aquecimento global passam principalmente pela substituição da matriz energética, baseada em energia de origem fóssil, por energias alternativas, como por exemplo, os bio- combustíveis, a biomassa, a energia eólica, o biogás, entre outros, e também pela substituição de processos industriais. Portanto, nesse caso, cabe à sociedade conviver com o problema, buscando o seu entendimento, para então adaptar-se, de forma que seja possível, ao menos, amenizar as possíveis conseqüências advindas das mudanças climáticas globais. Autor: Anderson Santi pesquisador da Embrapa Trigo Expediente Um celeiro de informações para o homem do campo! Edição 7 – Ano I - Circulação Nacional Junho / Julho de 2008 O AgroRede Notícias é uma publicação mensal da Cedilha Comunicação e Design S/S Ltda. EDITORIAL É preciso garantir renda Estamos a poucos dias do anúncio das medidas de apoio do Governo Federal para a nova safra de verão. Acreditamos que a questão do crédito rural pode ser uma importante ferramenta de trabalho para que o produtor rural brasileiro ajude a reduzir a pressão inflacionária no mundo, aumentando na próxima safra o volume agrícola exportado e colaborando mais uma vez para a geração do superávit na balança comercial. Além disso, o agricultor brasileiro necessita de crédito rural suficiente também para o custeio da safra. É preciso dispor de vantajosos recursos para cobrir gastos com o preparo do solo, plantio, compra de insumos (sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, entre outros), com a aquisição ou aluguel de maquinários, contratação de mão-de-obra e com o arrendamento de terras. Até a colheita, o produtor rural necessita de um bom capital de giro que, muitas vezes, só é obtido com a liberação de verbas oficiais. Por isso, o crédito rural é um instrumento imprescindível, que socorre muitos agricultores descapitalizados e que são pressionados pelas constantes altas nos custos de produção. O temor é que o volume de recursos destinados para o crédito rural nesta próxima safra fique aquém das necessidades do setor e seja reduzido. Lideranças e entidades de classe esperam com ansiedade a divulgação dos novos números. Porém, não basta aumentar o montante ofertado. Como bem disse o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, o importante é garantir renda ao produtor para que ele possa resgatar seus compromissos, retomar os investimentos e melhorar sua competitividade. charge Conselho Editorial Leonardo Mari Olavo Alves Sérgio Mari Jr. Editor-Chefe Olavo Alves Mtb 4285/17 Editoria de Arte Cedilha Comunicação e Design Colaborador Marcus Vinicius Rodrigues da Silva (arte) Cristiano Mazzo (comercial) Departamento Comercial Cedilha Comunicação e Design Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7 CEP 86061-000 Londrina - PR Telefone: (43) 3025-3230 / (43) 9978-9388 E-mail: [email protected] Impressão Gráfica Gazeta do Povo - Londrina Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados. 3 junho / julho de 2008 Cana-de-açúcar – Profissionais da imprensa assistiram palestras técnicas e visitaram destilaria Jornalistas estrangeiros conhecem o País do etanol U m grupo formado por 12 jornalistas de veículos de diversos países da Europa e da América do Norte esteve no mês de junho no Brasil para conhecer de perto o país que atingiu o maior sucesso mundial na substituição da gasolina por um combustível renovável. Atualmente, o Brasil utiliza etanol no lugar de mais da metade da gasolina necessária para mover sua frota de veículos leves. Durante a visita, na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o presidente da entidade, Marcos Jank, falou sobre a experiência brasileira acumulada em mais de 30 anos de produção e utilização do etanol como combustível veicular. “Um dos pontos esclarecidos foi que a produção da cana-de-açúcar para etanol ocupa apenas 1% da terra arável do País e que está longe da Amazônia”, destacou Jank. O grupo assistiu ainda a palestras que complementaram a visão sobre como funciona o agronegócio de cana-de-açúcar no País. Uma das apresentações foi de Roberto Wa- ack, presidente do Instituto para o Agronegócio Responsável (ARES), que explicou a dinâmica histórica do desmatamento da Amazônia e que a lavoura de cana-de-açúcar não tem relação com a destruição da floresta. Outro palestrante foi Nilson Boeta, diretor do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), instituição que há mais de três décadas realiza pesquisa e desenvolve a produção agrícola e industrial do setor. “Em cinco anos, estaremos aptos a produzir etanol de segunda geração, a partir de celulose de bagaço de cana”, adiantou Boeta aos jornalistas. Convidados Henry Joseph, gerente de emissão e tecnologia da Volkswagen Brasil, e Diogo Donoso, diretor de mercado de plásticos primários da Dow para a América Latina, foram palestrantes convidados pela UNICA. Joseph abordou a alta demanda por carros flex no Brasil e a participação histórica de sua companhia desde os primórdios dos motores a álcool combustível, após o lançamento do Proálcool, na década de 1970. A criação de produtos derivados da biomassa de cana-de-açúcar foi o tema de Donoso, da Dow, empresa química que decidiu investir no setor canavieiro do País como fonte alternativa de matéria-prima para sua futura produção de resinas plásticas. Junto com a Crystalsev, uma das maiores tradings de açúcar e álcool brasileiras, a intenção é produzir o plástico verde, a partir de 2011. Fábrica de Açúcar Os jornalistas estrangeiros conheceram também a usina Santelisa Vale, produtora de açúcar e álcool, acompanhados pelo diretor de Comunicação Corporativa da UNICA, Adhemar Altieri, e pelo representantechefe da UNICA na América do Norte, Joel Velasco. “Este tipo de visita é um ingrediente essencial para esclarecer mitos que circulam freqüentemente na mídia internacional, ou por desinformação ou estimulados por setores interessados em negar os méritos do setor sucroalcooleiro brasilei- Ministério da Agricultura recebe proposta de preço mínimo A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) enviou no início de junho ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a proposta de preços mínimos de cana-de-açúcar para o Nordeste e o resultado da primeira pesquisa dos custos de produção desta cultura, realizada em Pernambuco e Alagoas. Os dados devem ser analisados pela Secretaria de Produção e Agroenergia do Mapa, antes de seguirem para aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). O trabalho será utiliza- do como parâmetro para inclusão da cana na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A previsão é de que a segunda fase do levantamento, que será feita nos estados do Centro-Sul, ocorra no segundo semestre. De acordo com o gerente responsável pela pesquisa, Asdrúbal Jacobina, a metodologia utilizada nesse estudo é baseada em “pacotes tecnológicos, registrando-se as despesas de insumos, como gasto com agrotóxicos, máquinas, implementos e mão-de-obra”. A pesquisa de campo mobi- lizou cerca de 10 técnicos da Conab e do Mapa. PGPAF O comitê gestor do programa da agricultura familiar, composto por representantes da estatal, dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Desenvolvimento Agrário, vai avaliar os custos de produção de 13 novos produtos, entre eles a canade-açúcar, que passarão a fazer parte do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). A pesquisa foi feita entre fevereiro e abril deste ano. ro”, afirmou Altieri. “Não há nada como a experiência in loco e com as questões sendo esclarecidas pelas pessoas que trabalham no setor. Aliás, ajuda muito neste processo quando uma usina com a qualidade da Santaelisa Vale abre suas portas para uma visita como esta”, concluiu o diretor da UNICA. Veículos Integraram o grupo representantes de veículos de interesse geral como “The Guardian” (Grã-Bretanha), “The Times” (Grã-Bretanha), “La Vanguardia” (Espanha) e “El Mundo” (Espanha), e os especializados na área de energia como “World Energy” (EUA), “El Mundo del Petróleo” (México), “Alberta Oil Magazine” (EUA), “Automotor och Sport” (Suécia), “Grona Bilister” (Suécia) e “Vi Bilägare” (Suécia). Correspondentes brasileiros representaram as agências Bloomberg, Reuters, Dow Jones e France Presse. A iniciativa fez parte do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro deste ano, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O objetivo do projeto é promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo. Da Redação Senado aprova MP 413 que beneficia cooperativas do setor sucroalcooleiro A Medida Provisória 413, que eleva a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos e introduz modificações no sistema tributário, como a exclusão do ato cooperativo da base de cálculo de PIS/Pasep e Cofins para as cooperativas que atuam no setor sucroalcooleiro, foi aprovada no final de maio, pelo Senado Federal. A MP recebeu 39 votos favoráveis e 20 contrários. Editada no início do ano pelo governo federal para cobrir parte da receita perdida com a ex- tinção da CPMF, originalmente, a MP 413 previa a elevação da alíquota da CSLL de 3,65% para 21%, e não poderia ser excluído da base de cálculo dessas contribuições, no caso PIS/Pasep e Cofins, o ato cooperativo. As negociações foram coordenadas por representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Paraná (Ocepar), com o apoio do presidente da Frente Parlamentar do Co- operativismo (Frencoop), deputado Odacir Zonta. O texto aprovado pelo Senado seguiu para a sanção presidencial. “Foi uma importante vitória, pois mesmo com o aumento de alíquota de 3,65% para 8,40% referente ao PIS/Pasesp e à Cofins, permanece a exclusão do ato cooperativo da base de cálculo das contribuições das atividades cooperativas do complexo sucroalcooleiro”, avalia o analista tributário da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Edimir Santos. Paraná deverá produzir 250 milhões de litros de biodiesel Até o final de 2009 o Paraná deverá produzir até 250 milhões de litros de biodiesel. Essa estimativa será concretizada quando entrarem em operação as plantas industriais previstas, sendo que a maior delas será a da Petrobrás no município de Palmeira. O número de produtores que cultivam oleaginosas para produção de biodiesel, hoje em torno de 1 mil, deverá avançar para cerca de 30 mil, prevê o coordenador do Programa Paranaense de Bionergia, Richardson de Souza. As informações foram anunciadas no seminário “Ações do IAPAR no Programa Paranaense de Bionergia”, realizado na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em Curitiba. No Paraná, o programa de bioenergia visa inserir a agricultura familiar no cultivo de oleaginosas para que seja uma opção de renda segura na propriedade. Durante o seminário, o presidente do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), José Augusto Pichetti, entregou ao secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, os resulta- dos dos trabalhos do IAPAR sobre zoneamento agrícola que já está em vigor para o amendoim e para o girassol. Além de Bianchini e Pichetti, participaram do evento, o diretor de Engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa; o diretor do Tecpar Bill Jorge Costa e o gerente de Desenvolvimento Rural Sustentável do Banco do Brasil, Antonio Magron. Zoneamento Agrícola As duas maiores plantas industriais previstas no Paraná são da Petrobrás, no município de Palmeira, e da Agren- co, em Marialva. Outras empresas de menor porte, como Biolics, Biopar e Big Franco deverão se instalar no município de Rolândia. A fase mais importante para a introdução de novas alternativas de plantio e de renda é o zoneamento agrícola, porque reduz as perdas da cultura em decorrência de problemas climáticos, disse Bianchini. A partir desses trabalhos a Secretaria e a Emater começam a trabalhar com a organização dos agricultores para a produção de oleaginosas com alto teor de óleo para produção do biodiesel. “Esta- mos semeando uma base sólida e importante para compatibilizar a produção de biocombustível que não seja competitiva com a segurança alimentar”, frisou. “O desafio é compatibilizar a produção de oleaginosas para a produção de biodiesel sem competir com a produção de alimentos”, disse Bianchini. O secretário destacou a importância da substituição de fontes energéticas, que pode indicar o caminho para a agricultura ser menos dependente de energias não renováveis. Segundo o diretor téc- nico do IAPAR, Arnaldo Colozzi, as culturas que estão em estudo no Paraná para produção de biodiesel são: amendoim, girassol, nabo forrageiro, colza, mamona e tungue. O girassol e o amendoim já estão com o zoneamento agrícola aprovado e a mamona, em fase de aprovação. Para Colozzi, o ideal é disseminar o cultivo dessas oleaginosas em áreas menos nobres, com dificuldades para o plantio de culturas alimentares. O objetivo da pesquisa é proporcionar opções de cultivo de oleaginosas o ano inteiro. 4 junho / julho de 2008 Cooperativismo – Projeto vai comercializar o gás carbônico, gerado com as Áreas de Preservação Permanente (APP) Cooperativa de crédito de carbono é inaugurada N o início de junho, os secretários Rasca Rodrigues (Meio Ambiente), Valter Bianchini (Agricultura e Abastecimento), e Nestor Bueno (Planejamento) inauguraram, em Loanda – região Noroeste – a primeira Cooperativa de Produtores Familiares de Crédito de Carbono do país (Coopercarbono) a comercializar o gás carbônico, gerado pela manutenção das florestas em Áreas de Preservação Permanente (APP). Os 187 agricultores que compõem a Cooperativa possuem propriedades com aproximadamente 30 hectares e mantiveram as áreas de Reserva Legal e mata ciliar intactas. Como forma de estimular a preservação de florestas o governo do Estado repassou recursos para organizar estes agricultores em Cooperativa, para armazenar carbono suficiente para vender seus créditos em um mercado maior. A Cooperca- bono já abrirá suas portas com 40 toneladas de carbono comercializadas. “É uma ação inédita, pioneira e premiada que agrega a recuperação do meio ambiente, fazendo a inclusão econômica social e ambiental. Além disso, estes estão nos ajudando a reconstruir o patrimônio ambiental do Paraná”, declarou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. Paraná Biodiversidade O incentivo para criação da Coopercarbono é do Programa Paraná Biodiversidade, com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Emater e Embrapa. O programa Paraná Biodiversidade contribui com os custos de implantação do projeto (cerca de R$ 1,5 mil por hectare) – para subsidiar a compra de insumos como cercas, sementes, adubos e formicidas, para o reflorestamento. “No total, já foram cerca de R$ 600 mil”, informou o gerente do Paraná Biodiversidade, Erich Schaitza. “Já os produtores entraram com a mão-de-obra e com o compromisso de manter por 20 anos essas florestas em formação – produzindo carbono”, concluiu. O Paraná Biodiversidade - da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - também vai capacitar os agricultores para que possam selecionar e armazenar sementes de espécies nativas existentes em sua propriedade, vendendo posteriormente a viveiros e produtores da região. Prêmios O projeto paranaense que estimula a recuperação florestal da Reserva Legal e a inserção de pequenos produtores no mercado de créditos de carbono recebeu dois prêmios este ano: o Prêmio Expressão Ecologia, concedido pela Editora Expressão às iniciativas na área ambiental que se mais des- tacaram na região Sul do país em 2007 e o “Prêmio Von Martius de Sustentabilidade”, idealizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. O trabalho também despertou o interesse de outros Estados brasileiros. Segundo o engenheiro agrônomo do Embrapa Florestas, Jarbas Yukio Shimizu, técni- cos do Mato Grosso entraram em contato com o Embrapa em busca de informações sobre a metodologia usada no projeto. Da Redação Cooperativas movimentam 38 bi e Copacol vai inaugurar frigorífico crescem mais de 20% ao ano de peixes na região Oeste do PR Apesar de responder por apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país), desde que se instalou no Brasil, há mais de cem anos, o cooperativismo de crédito não pára de crescer e está presente em mais de 30% dos municípios brasileiros, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Atualmente, o país conta com 1.148 cooperativas de crédito, responsáveis pela geração de mais de 35 mil empregos diretos e participação de 3,6 milhões de associados. A OCB apontou ainda um crescimento de 10% no número de pontos de atendimento entre os anos de 2005 e 2007. Em dezembro de 2005, a organização registrava 3.574 unidades de atendimento, já no mesmo período do ano passado esse número passou para 3.938 postos. Paraná No Paraná, os resultados também são representativos. Uma das instituições cooperativistas de maior visibilidade no estado é o Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), que possui 280 postos de atendimento, 262 mil associados e mais de R$ 2 bilhões em ativos totais. Estes valores representam incremento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente da Central Sicredi APAS 2008: Coamo tem bons volumes de negócios Os resultados da Coamo na APAS 2008 - 24º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados - superaram as expectativas. A novidade no estande da cooperativa foi o lançamento da margarina Coamo Light, o mais novo produto da linha alimentícia para os supermercadistas e consumidores. Para o superintendente Comercial da Coamo, Alcir José Goldoni, a qualidade dos Alimentos Coamo que neste ano coloca no mercado a margarina Light é um dos fatores de sucesso da linha alimentícia com as marcas Coamo e Primê junto aos consumidores. “A qualidade dos produtos, associados a marca que leva o nome da Coamo e a origem da matéria-prima que é de soja não-transgênica e produzida por agricultores cooperados da Coamo, sem dúvida alguma, colaboram para o crescimento e melhor posicionamento ano após ano dos Alimentos Coamo no mercado consumidor”, destaca Goldoni. PR, Manfred Dasenbrock, até dezembro o sistema pretende inaugurar 20 novas unidades, fazendo com que o número de associados chegue a 320 mil até o fim do ano, com um Patrimônio Líquido de R$ 390 milhões. “Esse crescimento é conseqüência do investimento do sistema em novos produtos e serviços, como poupança, previdência e fundos de investimento. Do mesmo modo, o planejamento das cooperativas para 2008 demonstra o compromisso dos dirigentes, associados e colaboradores com a missão do Sicredi, preservando e validando os valores que possuímos e construindo a visão do futuro”, explica. Sicredi inaugura nova unidade A Sicredi Maringá inaugurou, em maio, nova unidade de atendimento, no município de Tamboara, região de Paranavaí, no Noroeste do Paraná. Este é o 29º posto da cooperativa de crédito e é o quarto ligado à unidade de Paranavaí, somando-se ao de Graciosa, Sumaré e Alto Paraná. O presidente da Sicredi Maringá, Wellington Ferreira, enfatizou que a introdução de uma nova estrutura no município será de extrema importância para dar suporte aos mais de 500 pequenos produtores da região. A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) vai inaugurar, no final de junho, um frigorífico para abate e industrialização de peixes, em Nova Aurora, região oeste do Paraná. Quase metade do investimento de R$ 15 milhões, veio do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento Sul). “Utilizamos os recursos do banco na construção da planta, e agora vamos aplicar mais R$ 8 milhões em capital de giro. O BRDE é, desde 1973, o maior parceiro da Copacol”, explicou Valter Pitol, presidente da cooperativa. A planta é destinada a abastecer inicialmente o mercado interno, mas tem planos de exportar aos Estados Unidos e Europa. O frigorífico terá capacidade para abater 10 toneladas de tilápia por dia, sendo que os primeiros produtos que vai oferecer serão o filé, isca, hambúrguer e lingüiça do peixe. “Vamos fazer o lançamento oficial da nova linha na metade de julho, mas nossa expectativa é aumentar a produção e diversificar os produtos conforme a comercialização”, disse Pitol. Frango Com mais de 25 anos no mercado da avicultura, a Copacol vai utilizar sua estrutura administrativa e comercial para apoiar o frigorífico de peixes. “Nosso sistema de integração entre o produtor e a cooperativa será semelhante ao processo do frango”, afirmou Pitol. “Em parceria com o agricultor nós produzimos os alevinos e entregamos ao produtor o peixe já com peso entre 30 e 50 gramas. Depois que o piscicultor faz a terminação, a cooperativa busca o peixe nos açudes e realiza o processo industrial e a comercialização”, detalhou. De acordo com o secretário da Agricultura do Paraná, Valter Bianchini, o novo investimento será importante para dar mais dinamismo ao setor de carnes do Estado. “Nós queremos retomar o crescimento no setor da piscicultura, por isso estamos dando, através das secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura todo o apoio necessário”, disse. Londrina será sede de encontro de plantio direto Entre os dias 2 e 4 de julho, Londrina (Norte do Paraná) recebe o Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha. Em sua 11ª edição, o evento discute o tema “Produzindo alimentos e energia com sustentabilidade”. A programação será desenvolvida no Parque de Exposições Governador Ney Braga, da Sociedade Rural do Paraná (SRP). A promoção é da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (Febrapdp). A exemplo dos anos anteriores, a organização espera participantes de todo o Brasil e do exterior. Em 2007, o encontro foi realizado em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. Mais informações: www.febrapdp.org.br 5 junho / julho de 2008 Pecuária de Leite – O objetivo é orientar o crescimento do setor leiteiro com inclusão social Paraná investe em capacitação técnica O governo do Paraná quer universalizar os conceitos de gestão das propriedades leiteiras para melhorar a qualidade do leite produzido no Estado. A estratégia é preparar as propriedades para que atendam as perspectivas de ampliação dos mercados interno e externo de leite e derivados. Para isso, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab/PR) começa a implementar o programa de Apoio à Pecuária Leiteira, coordenado pelo médico veterinário Newton Pohl Ribas. O governo do estado liberou R$ 7,5 milhões em recursos do Fundo de Apoio ao Progresso da Ciência e da Tecnologia, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) que estão sendo investidos em treinamento e cursos de capacitação de produtores, técnicos e laticínios que atendem o programa Leite das Crianças. De acordo com Ribas, essa estratégia vai além do programa Leite das Crianças. O governo do Estado pretende orientar o crescimento do setor leiteiro com inclusão social que prevê a incorporação da agricultura familiar. Gestão e Manejo Com técnicas adequadas de gestão e manejo é possível ampliar a produtividade do rebanho paranaense entre 20 e 25%. “O Paraná é o segundo maior produtor de leite do País, com uma produção anual de 2,7 bilhões de litros e quer ser o melhor em qualidade de leite do País”, afirmou o médico veterinário. Segundo Ribas, está havendo um aquecimento do mercado externo, onde as cotações de leite em pó triplicaram em dois anos, passando de US$ 1.400,00 para US$ 4.200,00 a tonelada. Mas para ter acesso a esse mercado, produtores e técnicos precisam estar preparados tecnicamente, justificou. Para Ribas, produtores e governo do Paraná já investiram em várias etapas da pecuária leiteira como importação de animais e sêmen e equipamentos para melhorar a gestão do setor. Com isso foi construída uma base genética de qualidade. Cursos No momento, estão previstos a realização de cursos de capacitação e de treinamento que irão orientar produtores, técnicos e indústrias a interpretarem melhor as recomendações de gestão da propriedade e manejo adequado. A previsão é atender neste ano 350 produtores que se tornarão referência em suas regiões e cerca de 70 laticínios de pequeno e médio porte em um ano, vinculados ao programa Leite das Crianças. Artigo: Os cursos de capacitação serão ministrados pela Unicentro, de Guarapuava, onde os participantes irão aprender a aplicar o Controle Mensal de Gestão de Propriedades Leiteiras for- necido pela Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH). O laboratório da entidade é referência para todo o Brasil no cumprimento das regras da Instrução Normativa 51, onde o produtor deve encaminhar uma amostra de leite por mês para análise da qualidade do leite enviado à indústria. Da redação Artigo Como prevenir transferência de tecnologias ao produtor lesões vacinais? Confepar promove trabalho de Desde Novembro de 2004, a Confepar - Cooperativa Central Agroindustrial, de Londrina/PR, vem desenvolvendo o trabalho inovador de transferência de tecnologias junto a seus produtores de leite. Através de uma equipe composta por 18 técnicos de nível superior e mais 32 técnicos de nível médio, a Cooperativa leva a seus produtores, tecnologias para a produção de leite, tendo como base a utilização intensiva de plantas tropicais. Neste período, o trabalho é realizado em parceria com a Embrapa – Centro de Pesquisa de Pecuária do Sudeste. Periodicamente os pesquisadores, Artur Chinelato de Camargo e André Monteiro Novo, visitam as propriedades assistidas pelos técnicos da Confepar. Todas as propriedades trabalhadas têm acesso a tecnologias simples e que exigem pouco ou nenhum investimento inicial. Tecnologias que por falta de um trabalho de extensão focado na realidade de cada produtor, na maioria dos casos não chegam à pequena propriedade. Deste trabalho, participam hoje, mais de 600 propriedades distribuídas no estado do Paraná, Mato Grosso do Sul e na região oeste de Santa Catarina. Este investimento na transferência de tecnologias, tem por objetivo resgatar produtores que até então, pela falta de recursos técnicos e financeiros, se mantinham à margem da atividade, esquecidos, sem possibilidade de gerar renda suficiente para a manutenção de sua família na propriedade rural. No caso da Confepar, são mais de 8.000 produtores, a grande maioria em pequenas propriedades familiares, com poucos recursos, mas com muita disposição para o crescimento na atividade leiteira. Apesar do pouco tempo, o trabalho já apresenta excelentes resultados, tendo seu valor reconhecido não só pelos produtores envolvidos – devido à infra-estrutura oferecida pela Confepar que resulta no desenvolvimento sustentável da propriedade e economicamente na produtividade leiteira – como também pela diretoria da empresa que aposta no desenvolvimento de seus cooperados. Filosofia do Trabalho Em todas as propriedades, antes de se iniciar o trabalho técnico, os produtores interessados são convidados a visitar outras propriedades que já iniciaram o trabalho. O objetivo é permitir que produtor que está iniciando entenda melhor a filosofia do trabalho que lhe está sendo oferecido, além de ter a oportunidade de questionar alguém que já vem executando o trabalho a mais tempo. Além do estímulo, o produtor que está iniciando se sente mais seguro e confiante para implementar as mudanças na sua propriedade. A exemplo do que é feito no trabalho desenvolvido pela Embrapa-Pecuária Sudeste nas propriedades que participam do projeto de Balde Cheio em diversos estados do Brasil, o produtor quando procura o trabalho técnico da Confepar é informado de que neste trabalho existem direitos e deveres. O direito: receber, gratuita e periodicamente, a visita do técnico de campo da cooperativa em sua propriedade para a realização do trabalho. Os deveres: fazer as anotações zootécnicas, econômicas e climáticas exigidas para a execução do trabalho; realizar exames de brucelose e tuberculose em todos os animais do rebanho e descartar os animais doentes; deixar a propriedade disponível para a visita de outros produtores; se comprometer a executar tudo o que for previamente combinado entre ele e o técnico que lhe assiste. No caso do produtor deixar de executar ou de cumprir com algum destes pontos, ele está automaticamente fora do trabalho. Tecnicamente, o projeto consiste na produção de leite a baixo custo, baseado no uso intensivo de plantas tropicais no verão e na utilização de plantas de inverno e cana-de-açúcar no período frio e seco do ano. A irrigação tem sido utilizada como ferramenta para a manutenção dos animais em pastejo o maior tempo possível, sendo aplicada tanto para as plantas de verão como para as plantas de inverno. No período de verão as áreas irrigadas têm garantido lotações médias variando entre 12 e 18 unidades animais por hectare. Mesmo no inverno, o plantio de aveia e azevém em consorciamento com as plantas tropicais, permitem lotações médias entre 4 e 6 unidades animais por hectare. Todo o acompanhamento que a Confepar realiza com os produtores, é fundamental para que chegue à mesa do consumidor, um produto nutritivo, saboroso e de excelente qualidade. Autor: Marcelo de Rezende – Engenheiro Agrônomo e coordenador do trabalho de transferência de tecnologias ao produtor da Confepar O pecuarista brasileiro tem se esforçado para levar a lucratividade do seu negócio, aumentando a qualidade dos pastos, realizando o melhoramento genético do rebanho, zelando pela nutrição dos animais, fazendo o piqueteamento , entre outros. Além desses cuidados, outra questão tem se tornado relevante principalmente entre os pecuaristas mais tecnificados: a qualidade do produto produzido, ou seja, a carne. Gerar produtos de qualidade é o objetivo de qualquer setor da economia que deseja crescer e manter-se com credibilidade no mercado, não sendo diferente na pecuária de corte, que deve primar em oferecer ao consumidor uma carne de qualidade. As lesões de carcaça, por sua vez, são um dos fatores importantes que impedem o pecuarista de obter esta qualidade. As lesões são causadas por produtos injetáveis como antibióticos e vacinas com adjuvantes (veículos) insolúveis que são irritantes ou que permanecem no local de aplicação. Esta situação é agravada quando existe falta de higiene no processo de aplicação como, por exemplo, agulhas e aparelhos de aplicação sujos ou em más condições. Dois estudos realizados no Brasil, nos anos de 1998 e 2000, tiveram como objetivo quantificar as perdas decorrentes das lesões de carcaça provocadas por produtos injetáveis. O primeiro estudo envolveu 4.000 carcaças de bovinos abatidos em oito frigoríficos, onde se avaliou as perdas com lesões na linha de abate. Observou-se que 69% das carcaças estavam lesionadas e a perda média por carcaça era de 406 gramas, gerando prejuízos de mais de uma tonelada de carne imprópria para consumo. O segundo estudo quantificou as lesões de carcaça ma desossa: dez frigoríficos e 5.000 carcaças foram envolvidas; obser- vou-se um descarte médio de carne lesionada da ordem de 128 gramas por carcaça. Todos estes prejuízos, sentidos diretamente no bolso do produtor, eram tidos como inevitáveis. Mas hoje, podemos minimizar essa perda financeira utilizando veículos que não lesionam e adotando práticas higiênicas durante a aplicação dos produtos. A indústria veterinária já oferece produtos que não lesionam. Cabe ao pecuarista adotá-los, tendo como objetivo o aumento da qualidade e dos lucros. Num futuro próximo, quando a tipificação de carcaça for uma realidade, a qualidade da carne será uma exigência geral do mercado. Quem já estiver habituado, certamente sairá na frente e conseguirá oferecer um produto melhorado. Autor: Luigi Carrer Filho Médico veterinário e diretor geral da Campos e Carrer 6 junho / julho de 2008 Pecuária de Corte - A medida também é válida para os demais estados que recuperaram o status sanitário SC abre a fronteira para carnes do Paraná N o final de maio foi restabelecido o transporte de animais, carnes e derivados do Paraná para Santa Catarina. Este é o primeiro impacto positivo do reconhecimento internacional da Organização de Saúde Animal (OIE), que reconduziu o Paraná à condição de área livre de febre aftosa com vacinação. O comunicado da abertura das fronteiras entre os dois estados foi feito pelo diretor técnico da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Gécio Humberto Meller, que emitiu a Instrução de Serviço nº 4. “A abertura do mercado interno para animais e carnes oriundas do Paraná é o primeiro reflexo positivo”, avaliou o diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária, Silmar Bürer. A medida também é válida para os demais estados que recuperaram a condição de área livre de febre aftosa com vacinação. Ingresso Conforme a instrução do governo catarinense está liberado o ingresso de suínos, ovinos, caprinos, bovinos e bubalinos para abate imediato naquele Estado, assim como carnes frescas com e sem osso desses animais. A medida é extensiva ao leite in natura e todos os suínos das Granjas de Reprodutores Suínos Certificados (GRSC). Segundo Bürer, as plantas industriais do Paraná estão aptas para atender todos os requisitos exigidos por um estado de área livre de febre aftosa sem vacinação tornando o estado mais competitivo em relação às demais unidades da federação pela proximidade entre os dois estados. Da Redação Boi sobe mais na região Norte Campos & Carrer promove cursos de capacitação Entre junho de 2007 e junho de 2008, considerando as 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações da arroba do boi gordo registraram, em média, um aumento de 50%. Destaque para Redenção/PA, com 68%; Marabá/ PA, com 66%; Norte do Tocantins, com 64% e Rondônia, com 62%. Além do ajuste produtivo, fruto da redução de investimentos e do abate de matrizes, é preciso considerar a forte expansão da capa- cidade de abate dos Estados do Norte, com a chegada de grandes indústrias a partir de 2003/2004. Elas foram atraídas pelo forte crescimento do rebanho (bem acima da média nacional ao longo da última fase de expansão) e pela melhoria do status sanitário da região. “Há alguns anos costumávamos dizer que em Rondônia havia pouco boi para muito frigorífico. Agora a situação virou. Tem muito frigorífico para pouco boi”, destacam os analistas. Exportações brasileiras registram crescimento As vendas externas de carnes apresentaram crescimento de 39,8% atingindo o valor de US$ 1,4 bilhão, em comparação a maio de 2007. Mais uma vez, o preço influenciou o resultado já que a quantidade exportada aumentou 10%. O valor exportado de carne bovina in natura aumentou 5,6% por causa da elevação de 49,3% dos preços. O volume embarcado foi 29,3% menor. Outros Segmentos As exportações de carne de frango in natura registraram incremento de 60,5% no valor exportado, graças ao aumento de 27% dos preços e de 26,4% da quantidade exportada. As vendas de carne suína in natura expandiram-se 65,2% em valor. O volume exportado foi 17,4% maior e os preços foram 40,7% superiores, no mesmo período de 2007. No caso do Pará, é preciso considerar também as exportações de gado em pé. Em 2007 o Estado enviou para fora do país algo em torno de 418 mil cabeças, o equivalente a pouco mais de 11% do abate local (considerando o abate formal e o informal). E os embarques seguem em crescimento. “Detalhe: a arroba do boi gordo em Rondônia caminha a passos largos para ser a primeira, na região Norte, a alcançar a casa dos R$80,00”, finalizam os analistas. Cotações: cochos para confinamento sobem 5% O mercado de cochos está aquecido, mediante expectativa de aumento do volume de animais confinados. As informações são da Scot Consultoria. Em junho, na comparação com o mês anterior, os preços subiram, em média, 5%. Além do aumento da demanda, é preciso considerar também o reajuste das cotações das matérias-primas, principalmente cimento e aço. S E Ç Ã O 21 . junho . 2008 Sábado • 12h Fazenda Baluarte Lagoa dos Patos - MG 24 . junho . 2008 Terça-feira • 20h Restaurante Buddha Bar - Daslu São Paulo - SP 27 . junho . 2008 Sexta-feira - 20h e 28 • junho • 2008 Sábado - 12h Fazenda Fortaleza Valparaíso - SP 29 . junho . 2008 Domingo - 10h Fazenda Mata Velha Uberaba - MG D E A equipe técnica da Campos & Carrer – empresa londrinense que atua na área de produtos e serviços veterinários - já deu início, em maio deste ano, aos cursos de capacitação e treinamento de mão-de-obra para a pecuária. O primeiro módulo tratou do tema “Inseminação artificial para tratadores de bovinos”. “Nosso objetivo é a formação de mão-de-obra para atuar em fazendas de pecuária na lida direta com o rebanho, oferecer aos estudantes e recém-formados nas áreas de medicina veterinária e zootecnia a possibilidade de um treinamento prático e específico para a área de produção, e facilitar o processamento e a padronização da coleta de informações dentro da propriedade rural”, destaca Jefferson Campos, coordenador técnico da Campos & Carrer. Os cursos e treinamentos são promovidos em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp/Campus Botucatu) e IAPAR faz treinamento sobre brucelose e tuberculose contam com 40 horas de atividades semanais. Novos Módulos Os próximos módulos serão realizados no mês de julho, agosto e setembro. Entre os tópicos a serem abordados estão: inseminação artificial em bovinos e eqüinos, direcionados a estudantes; andrologia em eqüinos e em bovinos – ambos voltados para estudantes; cirurgia em grandes animais, também direcionado para estudantes; e cursos de casqueamento em bovinos e eqüinos e de manejo racional em curral, voltados para o aprimoramento dos profissionais de campo. Segundo o coordenador técnico da Campos & Carrer, em breve, será inaugurado na região de Londrina, um amplo centro de treinamento que abrigará os novos módulos de cursos. Mais informações sobre inscrições e taxas no website: www.camposecarrer. com.br ou pelo telefone (43) 3324-7831. Vinte veterinários ligados ao Departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab/PR) participaram do treinamento “Brucelose e tuberculose animal”, ministrado por pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O curso, realizado na primeira quinzena de junho, teve aulas teóricas no centro de treinamento do Instituto, em Londrina, e práticas na estação experimental que a entidade mantém em Ibiporã e também nos laboratórios do curso de veterinária da UEL. O treinamento habilita os participantes a realizarem diagnósticos e certificação de rebanhos bovinos e bubalinos, e é pré-requisito à obtenção de credenciamento no Ministério da Agricultura (Mapa) para atuar no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). L E I L Õ E S PROGRAME SEUS INVESTIMENTOS COM O MELHOR DA PECUÁRIA A inauguração desta seção de leilões vem de encontro à atual grande fase da pecuária brasileira, puxada pela crescente demanda por carne de qualidade no mercado externo e pelo crescente (e necessário) melhoramento genético do nosso gado. Os leilões dessa seção são alguns exemplos dessa realidade. Todos oferecem a elite genética da raça Nelore e são um verdadeiro portal para os melhores investimentos da pecuária. Programe-se agora mesmo e faça grandes negócios. (43) 3373 7077 05 . julho . 2008 Sábado • 12h Fazenda Brumado Barretos - SP Cuiabá 08 . julho . 2008 Terça-feira • 20h Buffet Espaço Mercearia Cuiabá - MT 12 • julho • 2008 Sábado • 12h Fazenda Guadalupe Sto Ant.do Aracanguá - SP 18 . julho . 2008 Sexta-feira • 20h Chácara NNN Uberaba - MG www.programaleiloes.com AGENDA DE LEILOES PG DE JORNAL.indd 1 19/6/2008 11:28:01 7 junho / julho de 2008 AgroDestaque – Recursos para o crédito de custeio e investimento podem chegar a R$ 2 milhões Cresol promove Assembléia em Londrina N o dia 14 de junho (sábado), no período da manhã, cerca de 90 associados da Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária (Cresol) se reuniram em Londrina/PR, em Assembléia Extraordinária. Na ocasião, os cooperados analisaram as prestações de contas da entidade e esclareceram dúvidas sobre a liberação de recursos para a safra 2008/2009. No final do encontro, os associados participaram de um almoço de confraternização. “O Governo Federal fez mudanças significativas para o crédito de custeio e investimento da próxima safra, principalmente do Pronaf (Programa Nacional de For- seus questionamentos”, disse Daniel Moreira Dias, presidente da Cresol Londrina. Previsão talecimento da Agricultura Familiar). Antes era por carta com letra C, D ou E, e agora passou a ser feita pela análise do projeto. Isto possibilitou que a agricultor tenha a capacidade de aumentar seus investimentos. E este encontro nos deu a oportunidade de orientar melhor os nossos associados e sanar A expectativa é que o montante destinado em recursos de custeio e investimento para a safra 2008/2009, aos agricultores que integram a unidade da Cresol na região de Londrina, seja de R$ 2 milhões. Em 2007, todo o sistema Cresol movimentou mais de R$ 303 milhões. “Além da alteração no modelo de aquisição do crédito, outra mudança importante foi com a questão dos juros. Ele passou a ser mais acessível para a agricultura familiar”, informou Osni Ramos, presidente da base re- gional Norte do sistema Cresol no Paraná. Atualmente, a Cresol Londrina conta com 278 as- sociados e tem o apoio do Banco do Brasil, do BNDES, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná e do Instituto Emater. Mais informações: Cresol Londrina – (43) 3329-8290. Da Redação Pesca, Lazer e Turismo 2008 será no Catuaí Renda Agrícola está tica; pousadas e hotéis fazenApoio Entre os dias 27 e 31 de projetada em R$ 153,4 bi A renda dos principais produtos agrícolas brasileiros está estimada em R$ 153,4 bilhões para 2008, o que corresponde a 0,69% a mais que o previsto em maio deste ano e 17,9% superior à renda de 2007. Os dados fazem parte do levantamento mensal da renda agrícola, elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre as culturas de maior destaque estão a soja, com renda projetada em R$ 43,2 bilhões, e o milho com R$ 25,9 bilhões. Em relação à cana-de-açúcar, a projeção é de R$ 18,8 bilhões. De acordo com o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, o valor de desempenho da agricultura sinaliza ao mercado o comportamento e a tendência das commodities. “A previsão é que a soja continue, nos próximos meses, como líder no ranking do agronegócio mundial”, ressaltou. Algumas culturas deverão apresentar redução de renda, como a uva, com queda de 48% em relação ao resultado alcançado em 2007, pimenta-do-reino, 27,2%; tomate 22,4%; algodão herbáceo, 8,8%; e mandioca com 2,4%. O cálculo da renda agrícola é feito por meio da multiplicação do volume de produção da safra agrícola, pelo preço recebido pelos produtores nas principais praças do País. O valor real da renda, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas. Geadas atingem milho safrinha e hortaliças no Paraná O Paraná registrou, entre os dias 16 e 17 de junho, a ocorrência de geadas. De acordo com a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a lavoura de grande porte mais suscetível à queda de temperaturas nessa época do ano é o milho safrinha. O trigo, que está em fase de desenvolvimento, até se beneficia da queda de temperatura nessa etapa da cultura. Dados preliminares da Secretaria informam que por enquanto não há danos às lavouras de café. Em relação às verduras e hortaliças, os produtores reduzem a área plantada principalmente na região de Curitiba, restringindo as culturas a algumas espécies como cenoura, beterraba, couve-flor e repolho, que são mais tolerantes às baixas temperaturas. Os mercados começam a ser abastecidos por produtos de outras regiões como o Litoral e o Norte, onde não costumam ocorrer geadas. No entanto, os mercados atacadistas já refletem aumento nos preços dos produtos. Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, possíveis perdas no milho safrinha ainda serão levantadas e os resultados poderão ser divulgados até o final do mês de junho. A preocupação, detalhou Simioni, é com as regiões onde se concentra o plantio de milho e foram registradas quedas fortes de temperaturas como Toledo, Cascavel e Campo Mourão, onde as culturas estão em fase de floração e frutificação, que são suscetíveis a perdas. Juntas essas regiões respondem por 56% da produção esperada de milho safrinha, que é de 6,4 milhões de toneladas. “Isso não quer dizer que toda a área com o milho nessa região foi afetada porque as geadas ocorrem em lugares diversos”. Simioni destaca que a região Norte do Estado, onde também há forte plantio de milho safrinha, não foi atingida. agosto, será realizada no Centro de Eventos do Catuaí Shopping, em Londrina/PR, a edição 2008 da Feira Pesca, Lazer e Turismo. Promovida pelo Kanal 7 – Feiras e Eventos, a mostra terá a exposição de produtos e serviços relacionados à área de pesca amadora e profissional; criação e manejo de peixes em cativeiro; manipulação de couro de peixes em confecções e acessórios; náu- da. Além de opções para áreas e loteamentos rurais; pacotes de roteiros turísticos; piscinas e produtos para área de lazer; soluções para preservação do meio ambiente; reciclagem; demonstração de novos recursos para energia alternativa; cursos superiores na área de hotelaria e turismo; engenharia do meio ambiente; e acessórios para práticas de esportes radicais junto à natureza. A entrada no evento será gratuita. O visitante poderá trazer 1 kg de alimento que será doado para a instituição Provopar. Todos os visitantes que colaborarem com a doação de alimentos vão participar de sorteios diários de prêmios. A Feira Pesca, Lazer e Turismo 2008 conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná; Secretaria de Turismo do Paraná; Instituto Emater; Instituto Ambiental do Paraná (IAP); Ibama; Londrina Convention; Agência de Desenvolvimento Turístico do Norte do Paraná (Adetunorp) e Prefeitura de Londrina. Mais informações: www. pescalazereturismo.com.br ou pelo telefone: (43) 3324-0594. 8 junho / julho de 2008 Suinocultura – Profissionais de renome mundial abordam temas importantes em palestras e seminários Futuro da produção é discutido em Fórum A “ produção de suínos no segundo decênio do século XXI (2010 – 2020)”. Este importante tema norteará as palestras e seminários no IV Fórum Internacional de Suinocultura, dentro da Pork Expo 2008, que acontecerá de 30 de Setembro a 2 de Outubro, no Centro de Convenções da Estação Embratel, em Curitiba/PR. Para proferir sobre os assuntos, os principais nomes da área foram convidados, o que torna o evento uma excelente oportunidade de assistir a um curso intensivo e discutir as tendências, novas técnicas, perspectivas e tudo que seja relevante ao futuro da produção de suínos. De acordo com Flavia Roppa, organizadora do evento, a presença dos principais profissionais de cada área enriquece o conteúdo das discussões, além de aproximar o público das novidades na suinocultura. “Não medimos esforços para trazer o que há de melhor para este evento. E foi com essa filosofia que hoje a Pork Expo é o maior evento mundial de suinocultura”, afirma Roppa. Palestras Magistrais O Programa Científico do IV Fórum Internacional de Suinocultura, como em anos anteriores, será dividido em Palestras Magistrais, realiza- das por profissionais que discutirão temas como economia, mercado global e consumo; Seminários Técnicos, onde serão abordados temas como: bem-estar, proteção ao meio ambiente, manejo, reprodução, genética, sanidade, nutrição e instalações, além da apresentação dos trabalhos científicos, que serão expostos em forma de pôster. Todos os cursos serão realizados simultaneamente. A programação e outras informações sobre o IV Fórum Internacional de Suinocultura podem ser acessadas no endereço eletrônico: www.porkworld.com.br Da Redação AVISULAT 2008 terá linhas de Artigo - Produção agroecológica de suínos: uma alternativa crédito e financiamento Os participantes do AVISULAT 2008 já têm garantia de linhas de crédito e financiamento dos bancos Sicredi, Banco do Brasil e Banrisul que firmaram parceria como patrocinadores do evento. O anúncio foi feito pelo coordenador-geral do AVISULAT 2008, José Eduardo dos Santos. “Estas instituições bancárias estarão no Avisulat para fomentar negócios e aquisição de equipamentos através de suas linhas de crédito e financiamentos”, afirmou. Acrescentou que o banco Sicredi é patrocinador Ouro, enquanto Banco do Brasil e Banrisul são patrocinadores Bronze. O AVISULAT 2008 - Feira de Equipamentos, Serviços e Tecnologia - reunirá três dos mais importantes setores do agronegócio gaúcho, aves, suínos e laticínios, que movimentam juntos, anualmente, aproximadamente R$ 12 bilhões. O evento será de 19 a 21 de novembro, em Bento Gonçalves. Um cenário favorável envolve os três segmentos. O consumo de carne de frango cresce acima da demanda por carne bovina; a indústria do leite registra um momento positivo com a chegada de novas empresas no RS; e a carne de suínos passa a ser vista como outra carne branca, sem oferecer risco à saúde. Seminários O potencial dos três setores será debatido em palestras e seminários durante os três dias do evento no Centro de Exposições Fundaparque. Os participantes vão traçar perspectivas para o agronegócio e buscar soluções para problemas que afligem as agroindústrias como a elevação do preço do milho, principal ingrediente das rações animais. As novidades tecnológicas serão apresentadas durante a feira que ocupará uma área de 3 mil metros quadrados e conta com a adesão de 60 expositores, até o momento. O AVISULAT 2008 é promovido pela ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura), SIPS/RS (Sindicato da Indústria de Produtos Suínos), e SINDI-LAT/RS (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados). O coordenador-geral, José Eduardo dos Santos, secretário executivo da ASGAV, informa que o slogan é “Unindo Segmentos para Fortalecer o Amanhã”. Exporural 2008 já está com inscrições abertas A ACCOBA - Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos da Bahia - informa que já estão abertas as inscrições para a Exporural 2008, em Salvador, que será realizada no período de 9 a 17 de Agosto de 2008. O grande destaque deste ano é a realização da Nacional Dorper que ocorrerá no pavilhão de caprinos e ovinos e contará com a presença dos principais criatórios do Brasil. Para a realização da Nacional Dorper, a ACCOBA terá o apoio da ABCDORPER – Associação Brasileira dos Criadores Dorper - e do Núcleo Dorper da Bahia. A Exporural ocupa uma área de 250 mil metros quadrados, e objetiva a disseminação de novas tecnologias aos agricultores e pecuaristas, proporcionando aos mesmos a oportunidade de conhecer e adquirir animais de qualidade para melhoramento genético em suas propriedades. O evento agropecuário é uma realização da Secretaria da Agricultura do Estado e da Associação Baiana de Criadores de Cavalos (ABCC) e se destina às diversas atividades do agronegócio, proporcionando também lazer e diversão ao público. Mais informações: www.accoba.com.br Na região sul do Brasil, a produção de suínos foi por muito tempo uma das principais atividades da agricultura familiar, a qual tinha grande importância sócio-econômica por promover ingresso e possibilidades de trabalho, assim como, de renda para as famílias. Porém, em função do modelo produtivista na agricultura, o sistema de produção de suínos sofreu grandes mudanças, resultando na oligopolização da atividade e, consequentemente, especialização das propriedades, alto uso de insumos industriais e intensivo confinamento dos animais. Atualmente, grandes grupos econômicos dominam toda a cadeia produtiva de suínos, principalmente o beneficiamento e a comercialização. Para os pequenos e médios produtores fica muito difícil competir com as grandes empresas por uma “fatia” de mercado. Por outro lado, a demanda por produtos diferenciados, como os alimentos produzidos em sistemas agroecológicos, com mais qualidade e preços superiores, parece ser uma saída importante para a agricultura familiar. Estes sistemas são baseados em padrões específicos que visam a obtenção de agroecossistemas otimizados, os quais devem ter sustentabilidade social, ecológica e econômica. Na concepção agroecológica de produção, desde que o clima assim o permita, os animais devem permanecer ao ar livre (a campo) durante toda sua vida produtiva. Nos últimos anos, a produção de suínos a campo, integrada com sistemas agrícolas sobre restevas ou pastagens cultivadas ou em sistemas agroflorestais, vem se expandido, principalmente, na Europa, devido a razões econômicas e do grande interesse, por parte dos consumidores, em carnes provenientes de sistemas de criação que respeitem o bem-estar animal e preservem o meio ambiente. Em algumas regiões da Espanha e Portugal a produção de suínos é realizada em sistemas agroflorestais, onde os animais nativos (suínos ibéricos) são alimentados basicamente com castanha do carvalho. A carne destes suínos contém altos níveis de ácidos graxos polinsaturados, benéfico à saúde do consumidor. Os produtos comercializados, defumados e carne “in natura”, recebem um selo de qualidade com indicação geográfica, o que o valoriza substancialmente no mercado. Com o resgate de conhecimentos existentes sobre a criação de suínos a campo e o surgimento de novas informações, aparece, também, a possibilidade de valorizar-se a utilização de forrageiras de boa qualidade nutricional para o pastejo direto de suínos adultos, essencial à redução do custo de produção. Autor: Denyse Maria Galvão Leite - Doutora em zootecnia e pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) / Unidade Regional de Ponta Grossa. Contato: leited@ iapar.br Paraná lidera produção de milho e poderá suprir Sul e Sudeste Com uma alta de 15,1% na produção de milho prevista para a atual safra 2007/2008, com 15,945 milhões de toneladas, o Paraná terá um papel importante no abastecimento das regiões Sul e Sudeste, regiões onde a indústria brasileira de processamento de carnes de aves e suínos está concentrada em cinco Estados (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais). Dependente do milho para a composição de rações, o setor alega problemas de abastecimento local e reivindica paridade fiscal nas importações (mesmo nas compras interestaduais) em relação às exportações do produto. “Considero uma reivindicação justa, pois essa campanha não prejudica as exportações brasileiras de milho”, avalia Odacir Klein, presidente-executivo da Abramilho – Associação Brasileira dos Produtores de Milho. Klein nota que, em todos os Estados mencionados, com exceção do Rio Grande do Sul, a previsão é de aumento de produção, de acordo com a mais recente Avaliação de Safra Agrícola 2007/08, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, referente a maio. Em Santa Catarina, por exemplo, a produção crescerá 10,2%, passando de 3,863 milhões de toneladas para 4,257 milhões de toneladas na safra atual. O mesmo acontecerá em São Paulo, onde a produção aumentará de 3,982 milhões de toneladas para 4,156 milhões de toneladas, representando uma alta de 4,4%. Igual percentual de crescimento ocorrerá em Minas Gerais, com a produção de milho passando de 6,256 milhões de toneladas para 6,532 milhões de toneladas. Conab A própria Conab, no final de maio, ao avaliar o balanço de oferta e demanda de milho para 2008, anteviu uma situação justa no tocan- te à oferta e demanda. Segundo ela, a oferta total deverá ser de 65,077 milhões de toneladas (estoque inicial mais produção e mais importação de 600 mil toneladas), e a demanda total de 65,077 milhões de toneladas (consumo interno de 44 milhões, mais exportações de 11 milhões e mais 10 milhões para o estoque de passagem, em toneladas). “Acreditamos que este ano possa ocorrer o mesmo que no ano passado, quando houve muito temor de que as exportações pudessem prejudicar o consumo interno, o que não aconteceu”, observou o presidente-executivo da Abramilho “Temos que ter em mente de que milho dentro do Brasil existe. A questão de se ir buscá-lo nesse estado ou em outro é uma decisão puramente comercial de cada uma das empresas e a Conab tem concorrido para regular os processos de escoamento e suprimento”, finalizou Odacir Klein. 9 junho / julho de 2008 Fruticultura – resíduos da fruta resultam em fontes de fibras e antioxidantes naturais de baixo custo Bagaço de uva reduz risco de doenças do coração U ma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) constatou que o bagaço de uva (casca e semente da fruta), que é um subproduto do processamento de vinhos e sucos, reduz o risco de doenças cardiovasculares. “Esse bagaço representa uma ótima fonte de fibras e antioxidantes naturais de baixo custo”, afirma a nutricionista Emília Yasuko Ishimoto, autora da tese “Efeito de subprodutos da uva no perfil lipídico e antioxidante em hamsters”, defendida em maio deste ano. Para avaliar a capacidade antioxidante, ou seja, o quanto seria possível inibir os radicais livres a partir do consumo de bagaço de uva, a pesquisadora optou por distinguir os bagaços de uva em bagaço do vi- nho, variedade Carbernet Sauvignon e bagaço do suco, variedade Isabel. A partir disso, cada um deles passou por três etapas de processamento – desidratação, trituração e peneiração – para obtenção das farinhas do bagaço do vinho e do suco e de seus respectivos extratos concentrados. Mediante ensaio biológico, 60 hamsters foram submetidos a uma mesma dieta, a qual se diferenciou apenas no aspecto relativo à fração de gordura consumida. Divididos igualmente em um total de seis grupos, um deles foi mantido como grupo controle (receberam alimentação normal), outro teve sua dieta acrescida por óleo de coco e quatro grupos foram tratados com subprodutos da uva, sendo dois com os extratos e dois com as farinhas de vinho. Avaliação Sensorial Amostras de sangue e fígado foram coletadas após quatro semanas de experimento para avaliação do perfil lipídico (gordura) e da capacidade oxidante. Os hamsters tratados com bagaço de uva apresentaram uma redução de 16% a 32% do colesterol total em relação aos grupos que não ingeriram o composto. “Esse dado indica que houve uma melhora significativa do perfil lipídico e antioxidante nos grupos que se alimentaram com o bagaço e, portanto, tiveram redução de risco das doenças cardiovasculares”, explica Emília Ishimoto. A pesquisadora optou por realizar também uma avaliação sensorial a partir do desenvolvimento de dois tipos de sorvete – sorbet (o popular “de massa”) e picolés preparados com bagaços de vinho e suco – cujos atributos sensoriais foram testados por 43 pessoas, por meio de um método para medir a aceitação do paladar em uma escala variável sobre o sabor. “Na análise sensorial, somente o picolé de bagaço do vinho não preencheu totalmente os requisitos de aceitação, mas, apesar disso, todos os produtos avaliados sensorialmente apresentaram potencial de comercialização”, ressalta. “As farinhas de bagaço de uva possuem características promissoras como ingredientes funcionais, tanto no aspecto biológico quanto sensorial.” A tese de doutorado foi orientada pela professora Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva Torres, do Departamento de Nutrição, da FSP. Ela informa que já obtiveram o pedido de patente da invenção: farinha de ba- gaço de uva e os outros produtos gerados pela pesquisa. O registro foi solicitado em março. “Até o momento, temos duas empresas in- teressadas e estamos abertas para outras aplicações da patente”, informa Elizabeth Torres. Da Redação Citricultores discutem prioridades para o setor Durante a 13ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Citricultura, no mês de junho, em Cordeirópolis (SP), representantes do setor discutiram a importância da adoção de medidas para conter o avanço da greening (doença que atinge citros como laranja, limão e tangerina). Em breve, a Câmara encaminhará as reivindicações do setor produtivo ao secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz. Outro tema debatido na reunião foi a criação de uma estação quarentenária especializada em citros, que facilita o processo de proteção genética. “O setor privado encaminhará nota técnica à Embrapa para verificar a possibilidade da instalação dessa estação no Distrito Federal”, explicou o assessor especial do ministro, Aguinaldo José de Lima. Agrotóxicos: Recolhimento de embalagens aumenta 20% no PR Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), no início de junho, reafirmam o Paraná como um dos Estados brasileiros que mais recolhem e reciclam embalagens de agrotóxicos do Brasil. Somente nos cinco primeiros meses deste ano, foram coletadas 1,6 mil toneladas de recipientes - 20% a mais do que o mesmo período do ano passado (1,3 mil toneladas). Cada tonelada representa aproximadamente 25 mil embalagens retiradas do meio ambiente.”Estes altos e crescentes índices de recolhimento refletem o grau de conscientização ambiental dos agricultores paranaenses”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. “E também representa o êxito do trabalho integrado através de uma parceria público-privada que evoluiu a realidade da produção agrícola no Estado”, acrescentou. Os bons resultados do sistema de destinação final são atribuídos à parceria de sucesso entre agricultores, indústria fabricante - representada pelo inpEV -, canais de distribuição e o poder público, no Paraná representado pelas Secretarias da Agricultura e Abastecimento, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, e Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Atualmente o Paraná conta com 74 pontos de recolhimento de recipientes: 14 centrais instaladas nos municípios de Cambé, Campo Mourão, Cascavel, Colombo, Cornélio Procópio, Maringá, Palotina, Ponta Grossa, Prudentópolis, Francisco Beltrão, São Mateus do Sul, Guarapuava, Santa Terezinha do Itaipu e Umuarama; e mais de 60 postos licenciados para o recebimento. Com o material resultante da reciclagem das embalagens são fabricados 12 artigos como barricas de papelão, conduítes, caixas de passagem de fios elétricos, embalagem para óleo lubrificante, sacos plásticos para descarte de lixo hospitalar, entre outros. Empresa com mais de 35 anos no mercado, oferece a você cliente, serviços de recondicionamento em: s"OMBAS s#OMANDOS s'UINDASTES s0ISTÜES s$IRE¥ÎO(IDRÉULICA s-ÉQUINAS)NDUSTRIAIS s#A¥AMBAS CAMBÉ BOMBAS HIDRÁULICAS LDTA. Recondicionamento de Bombas e Hidráulicos em geral Av. Inglaterra, 1.776 - Centro - Cambé - PR Fone: 43 3254-3177 / 3035-3177 - Fax: 43 3254-4890 E-mail: [email protected] Mudas Foi consenso na reunião que o ambiente onde são produzidas as mudas também deve estar protegido. Para isso, a câmara encaminhará ao Ministério da Agricultura proposta para uma reunião com os estados produtores, a fim de harmonizar os procedimentos de fiscalização. O Brasil é o maior produtor mundial de citros, sendo que o estado de São Paulo ocupa o primeiro lugar, responsável por 350 milhões de caixas do produto por ano. O País produziu, em 2007, 400 milhões de caixas. “Vale res- saltar que 80% do suco de laranja é produzido no Brasil. O setor de citros emprega 400 mil pessoas e, no ano passado, alcançou a receita de US$ 9 bilhões”, ressaltou o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Citricultura, Flávio Viegas. Fonte: MAPA 10 junho / julho de 2008 Avicultura – Participação em feiras internacionais aquece as vendas externas do Grupo Unifrango amplia exportações para Ásia A busca por novas oportunidades de negócios no mercado avícola externo angariou bons resultados para as exportações da Unifrango Agroindustrial, em junho. O período já apresenta boas perspectivas para a empresa com relação às exportações voltadas para o mercado asiático. Desde o início do ano, compradores de algumas regiões da Ásia têm se mostrado receptivos ao frango brasileiro, ocupando posições de destaque no ranking dos países que mais absorvem a produção avícola do Paraná. Aliada à boa fase do mercado asiático, a Unifran- go intensifica o seu projeto voltado para a expansão das exportações por meio da criação de novas oportunidades de negócios. Recém participante da Sial Xangai 2008 (Asia’s Food Marketplace), uma das principais feiras do ramo alimentício mundial, o grupo conquistou resultados acima do esperado com a ida à China, no mês de maio. A empresa ampliou sua carteira de clientes em potencial, a qual teve um saldo positivo de 130 contatos, e ainda fechou seis novos contratos com compradores de Hong Kong. “Com a participação na Sial, em Xangai, criamos um relacionamento mais estreito com nossos clientes, aumentamos nossas opções no mercado e ainda conseguimos diversificar nossa marca”, destaca o gerente de exportação do Grupo, associado da empresa Frangos Canção, Edemir Trevizoli Júnior. Meta Até o final de 2008, a Unifrango Agroindustrial pretende aumentar em 25% os negócios centralizados para o mercado externo. A participação em feiras de grande projeção faz parte do projeto do Grupo voltado para a expansão das exportações, além da internacionalização da marca e aproximação com o cliente final. Em outubro deste ano, a Unifrango irá participar da Sial – França, em Paris. O Grupo ainda pretende estar presente em outros eventos internacionais como Anuga, na Alemanha, e a World Food, em Moscou. Da Redação Copacol investe em melhorias Egito decide zerar tarifa de nas unidades de recebimento importação do frango do Brasil Considerando o aumento na quantidade de grãos recebidos pela Copacol, na última safra de verão, diversos investimentos no setor de infra-estrutura e armazenamento de cereais serão realizados em algumas das unidades da Cooperativa. O objetivo é atender melhor os associados, principalmente, em períodos de maior entrega de produção. Aprovado pelo Conselho de Administração, o valor a ser investido é de cerca de R$ 15 milhões. As obras começam no mês de julho. Os investimentos serão nas unidades de: Cafelândia, Formosa do Oeste, Jesuítas, Universo, Palmitópolis e Central Santa Cruz. Além de aumentar a capacidade estática da Cooperativa para 42 mil toneladas de cereais, o investimento possibilitará ainda uma economia significativa com os fretes pagos para as transportadoras, no período de grandes volumes de recebimento. As obras estão previstas para serem concluídas no início do próximo ano, quando também começa o recebimento da nova safra. Melhorias De acordo com o presidente da Copacol, Valter Pitol, com a profissionalização e utilização de novas tecnologias pelos produtores, que estão cada vez mais elevando a sua produção, os investimentos da Cooperativa permitirão melhorar o fluxo de recebimento e amarzenagem da produção de cereais dos associados. “As melhorias em nossas unidades garantirão maior agilidade e comodidade aos produtores, na hora da entrega de suas produções. Assim, a Copacol mantém o seu trabalho de oferecer todas as condições necessárias de trabalho e fortalecimento no campo ao seu quadro social”, complementa. O governo do Egito decidiu zerar a tarifa de importação sobre a carne de frango por um período determinado. Atualmente, o mercado egípcio aplica 30% sobre as importações desse produto. Com a eliminação da tarifa, o governo do país espera conter a inflação e regularizar o abastecimento do produto no mercado interno. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. O protocolo bilateral de entendimento sanitário, que facilitará o comércio entre o Brasil e Egito, deverá ser assinado em outu- bro, quando está prevista a visita do ministro do comércio exterior daquele país ao Brasil. Empresários egípcios manifestaram interesse em aumentar a exportação de fertilizantes para o Brasil. A notícia foi comunicada durante reunião do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, com a Associação Egípcia de Agribusiness, na cidade do Cairo. O objetivo é expandir a oferta desses produtos para reduzir o impacto no preço final dos alimentos. Exportações Nos primeiros cinco meses deste ano, o Brasil exportou para o Egito cerca de US$ 222 milhões em produtos do agronegócio. A carne bovina in natura (US$ 68,1 milhões) e o açúcar (US$ 22,7 milhões) foram os principais produtos exportados até maio de 2008. REDE NEWS Syngenta apresenta bioativador para algodão e feijão A Syngenta reforça sua atuação junto aos produtores de feijão e algodão com o lançamento do Bion, bioativador de plantas de alta eficiência. O produto ativa o sistema imunológico da planta, fazendo com que ela se defenda sozinha de quaisquer adversidades, sejam doenças ou variações climáticas. O Bion é o único bioativador de plantas registrado nessa categoria no Brasil. Com ação diferente dos herbicidas e fungicidas, o Bion não age diretamente sobre os microorganismos. Ele ativa os mecanismos naturais de defesa da planta e permite sua maior resistência aos fatores de estresse que atingem plantações, tais como fortes variações climáticas (altas temperaturas), déficit hídrico (falta de água no solo) ou excesso de água, o qual, na cultura do algodão, é um dos principais fatores responsável pelo apodrecimento de maçãs e, conseqüentemente, pela perda de produtividade. Com isso, garante-se às plantas maior amplitude de defesa. Com foco nas culturas de algodão e feijão, o Bion reduz os tradicionais riscos da atividade agrícola ao minimizar as ameaças naturais do solo e do clima sofridas pelas plantas. “O Bion é a solução para as ameaças naturais relacionadas a fatores climáticos e do solo”, destaca Leo Zappe, gerente de marketing da Syngenta. “E, além disso, ajuda a planta a se defender de vírus e bactérias, contra os quais existem poucos produtos no mercado, que não são suficientes para se atingir níveis satisfatórios de controle”, completa. A Syngenta oferece todo o suporte técnico necessário ao produtor rural para as particularidades de aplicação do novo produto. O Bion deve ser aplicado de forma preventiva e age ativando o próprio sistema de defesa natural das plantas. John Deere cria nova diretoria na área de marketing A John Deere anunciou mudanças na área de Marketing para a América do Sul, com a criação de uma nova diretoria. O diretor de Marketing Paulo Herrmann ocupa agora o novo cargo de diretor de Vendas e Experiência do Cliente para a América do Sul. Nesse cargo ele vai dirigir toda a organização de Vendas na América do Sul e ficarão também sob sua responsabilidade as áreas relacionadas às fases da Experiência do Cliente, como o Desenvolvimento de Concessionários, Planejamento de Vendas e Suporte ao Cliente. Travis Becton é o novo diretor de Marketing para a América do Sul. Sua missão é fortalecer o foco no cliente nos processos de marketing, implementar e executar um programa integrado de marketing para o continente, identificando no- vas oportunidades e desenvolvendo o entendimento sobre o mercado e os clientes. Paulo Herrmann entrou na John Deere em 1999 como diretor de Marketing e Suporte ao Produto. Em novembro de 2003 tornou-se diretor para o Marketing para a América do Sul. Travis Becton é bacharel em Economia Agrícola pela Texas Tech University e tem MBA pela Purdue University. Ele iniciou sua carreira na John Deere em 1996 e ocupou vários cargos nos Estados Unidos, incluindo o de Gerente Divisional de Marketing do Seeding Group, responsável pelas atividades de marketing dos produtos de plantio na América do Norte. Pioneer já terá em 2008 sementes de milho Bt A Pioneer já comercializará na safra de verão de 2008, sementes de milho Bt. Sendo a primeira empresa a registrar híbridos de milho como o gene Bt no Brasil, com a marca YieldGard®, a Pioneer já nesta safra comercializará sementes dos seus principais híbridos comerciais. Atualmente, a Pioneer possui 13 híbridos registrados com essa tecnologia. Os híbridos Pioneer com o gene YieldGard® terão uma nomenclatura própria que irá diferenciá-los dos híbridos convencionais, isto é, sem o gene YieldGard®. Exceto os híbridos 30F34 (corresponde ao 30F33 com o gene YieldGard®) e o 30A04 (corresponde ao 3041 com o gene YieldGard®) os demais híbridos terão a letra “Y” no final do número para identificar a tecnologia. Assim, híbridos como 30F53Y, 30R50Y, 30F80Y, 30K64Y, dentre outros, serão as versões com o gene YieldGard®. Para os agricultores e profissionais da área da assistência técnica que queiram conhecer os híbridos, bem como tirar dúvidas com relação ao uso e benefícios dessa tecnologia, a Pioneer sugere que procurem o representante Pioneer ou Coordenador Técnico de sua região, ou entre no site www.pioneersementes.com.br. A Pioneer estará durante os meses de junho, julho e agosto realizando várias reuniões técnicas, palestras e eventos a exemplo dos Encontros de Difusores de Tecnologia, além de dias de campo em uma das 240 áreas demonstrativas de milho Pioneer com o gene YieldGard® instaladas em todo o Brasil. Nesses encontros, irão ser abordados temas como mecanismo de ação da proteína, manejo de resistência, áreas de refúgio, normas de coexistência além de outros temas pertinentes à tecnologia. YieldGard® é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Alltech inicia pesquisas em biocombustíveis A Alltech acaba de receber recursos do governo americano para construir uma biorefinaria nos Estados Unidos. A indústria produzirá biocombustíveis a partir de celulose proveniente de “switchgrass” (gramínea nativa da América do Norte), sabugos e resíduos de milho e de algas. As algas, organismos que necessitam somente de luz so- lar e dióxido de carbono para sobreviver, podem produzir até 5 mil galões de biocombustível por acre por ano, enquanto o milho produz apenas 400 galões por acre. Além disso, as algas podem absorver até 450 toneladas de dióxido de carbono por acre quando são cultivadas comercialmente. O “switchgrass” representará até 30% da matéria-prima e será convertido em etanol e outros produtos de valor agregado. “O etanol celulósico utiliza matérias-primas que são facilmente disponíveis e que aliviam a atual demanda de grãos para a produção do etanol. Com os preços das commodities alcançando seus níveis máximos e com a previsão de que o etanol utilizará 30% das culturas de milho dos EUA em 2010, devemos centrar nossa atenção em meios sustentáveis para fontes alternativas de energia,” diz Pearse Lyons, presidente e fundador da Alltech. A Alltech recebeu um financiamento de US$ 30 milhões do Departamento de Energia dos EUA (DOE) para construir sua Biorefinaria da Comunidade Rural. A fábrica fica em Springfield, Kentucky e empregará 93 pessoas quando estiver operando em plena capacidade. O projeto também recebeu um incentivo no valor de US$ 8 milhões do Departamento Financeiro de Desenvolvimento Econômico de Kentucky (KEDFA). Fundação MS divulga resultados com pesquisas na lavoura de soja ESTUDO SOBRE A PRÉ-INOCULAÇÃO COM NITROSUPER F-45 PREMIUM® EM ÁREAS COM CULTIVO ANTERIOR DE SOJA – SAFRA 2.007/08 A Fundação MS divulgou neste mês os resultados de estudos realizados na safra 2007/08 sobre a pré-inoculação de sementes de soja com o produto NitroSuper Premium. Os resultados demonstraram que a pré-inoculação é viável em áreas com cultivo anterior de soja para até 10 dias de antecipação com sementes não tratadas e cinco dias para sementes tratadas. Segundo pesquisadores da Fundação MS, com este produto, o agricultor pode inocular a semente de soja e aguardar até 10 dias para fazer o plantio em sementes sem tratamento com fungicida ou cinco dias para sementes com tratamento, sem qualquer perda na eficiência do produto. A importação e distribuição deste produto para o Brasil é feita, exclusivamente, pela Turbosolo, uma empresa especializada em produtos de alta tecnologia para aumentar os rendimentos na agricultura. Eng. Agr. M.Sc. Dirceu Luiz Broch Eng. Agr. M.Sc. Sidnei Kuster Ranno 11 junho / julho de 2008 Grãos – Agricultores de Pitanga, tradicional região produtora de milho e feijão no PR, passam por treinamento Regulagem é um dos segredos da boa produtividade Q ualificar a mão de obra rural é uma das atividades da extensão rural. Em Pitanga/PR os agricultores da comunidade de Vila Nova (meio rural oeste de Pitanga) participaram do curso em que foram discutidas as melhores formas de realizar a regulagem de plantadeiras e pulverizadores. Pitanga, que é tradicional na produção de milho e feijão no Paraná faz parte do Projeto Centro Sul de Milho e Feijão. Visando melhorar a tecnologia de produção e produtividade destas lavouras, a Emater/PR e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) estão treinando os produtores na regulagem de plantadeiras e pulverizadores. Uma boa colheita depende também de um bom plantio. Na regulagem da plantadeira busca-se realizar o plantio na profundidade correta para cada tipo de cultura, a boa distribuição da adubação e uma boa distribuição das sementes por área. O número de plantas por área é um passo fundamental para uma boa produção. Numa operação de plantio bem realizada espera-se ter 55.000 (cinqüenta e cinco mil) pés de milho por hectare. Já para o feijão são esperadas ter 220.000 (duzentos e vinte mil) plantas por hectare em média. Pulverizador No uso do pulveriza- dor os técnicos do IAPAR, Dácio Antonio Benassi e José Alfredo Baptista dos Santos, salientam que é importante atentar para o pH da água que vai ser usada na pulverização. A pressão de trabalho da bomba de pulverização e a velocidade da máquina irão influenciar no volume de produto espalhado na operação. O técnico Ari Juarez da Emater diz que em Pitanga as condições naturais são favoráveis e em áreas onde o plantio é bem realizado espera-se uma produção média de 100 sacas de feijão por alqueire. Para o milho são esperadas cerca de 400 sacas de milho. Da Redação Endividamento: Medidas para renegociação são positivas, avalia Ocepar A Medida Provisória (MP 432) da renegociação das dívidas agrícolas, assinada pelo presidente Lula no final de maio, durante solenidade no Palácio do Planalto, contempla em parte os pleitos das cooperativas paranaenses. Segundo o presidente do Sistema Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), João Paulo Koslovski, que participou das negociações em torno da MP, representando a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), algumas reivindicações não foram acatadas pelo governo. “Mas, ainda assim as medidas anunciadas são positivas para os produtores e cooperativas brasileiras. Traz avanços que possibilitam a renegociação e a liquidação de dívidas que vinham sendo um problema quase sem solução para milhares de agricultores”, afirma. De acordo com Koslovski, que compareceu a solenidade em Brasília, o setor produtivo defendia que os acordos de renegociação comprometessem no máximo 5% da renda anual do agricultor, proposta não aceita pelo governo. “Os prazos dados pelo governo para quitação de aproximadamente R$ 30 bilhões ficaram muito curtos, os produtores terão entre quatro a cinco anos, até 2011 para esta quitação. Nossa proposta era de que este pagamento ficasse atrelado à renda dos produtores, isto não foi levado em conta pelo governo”, lamentou o dirigente. Outra preocupação manifestada por Koslovski é que as renegociações estão centradas apenas aos bancos oficiais com garantias do Tesouro e dos Fundos Constitucionais. “Precisamos inserir nestas negociações os bancos privados e que atuam com crédito rural”, alertou. Outras medidas Em contrapartida, Koslovski afirma que a criação do Fundo de Catástrofe, antigo pleito das cooperativas, “foi uma decisão importante que favorece a expansão do seguro rural, uma cobertura imprescindível para uma atividade de risco como é a agricultura”. Outra medida positiva para o dirigente é a efetiva instalação dos adidos agrícolas junto às embaixadas brasileiras, para a divulgação e ampliação do mercado para os produtos brasileiros. Segundo o presidente da Ocepar, embora algumas propostas tenham ficado de fora do documento final, a MP tem uma boa abrangência, incluindo dívidas de negociações antigas como a Securitização, Pesa e Recoop, e também contratos de custeio mais recentes negociadas nas safras 2003/04 a 2005/06. O montante total passível de renegociação pela MP chega a R$ 75 bilhões. “Os produtores terão agora melhores condições de quitar seus compromissos, o que faz justiça a um setor que tanto tem contribuído para o crescimento da economia brasileira. Mas alguns pontos não foram contemplados. É preciso manter-se organizado para prosseguir negociando e avançar rumo à implementação das Medidas Estruturantes, que prevêem, entre outras ações, uma política sólida de garantia de renda no campo. Camex estende até agosto isenção para tarifa de trigo A Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou, no início de junho, no Diário Oficial da União uma resolução estendendo para 31 de agosto a importação de trigo de países fora do Mercosul dentro da cota isenta do imposto de importação (tarifa externa comum, ou TEC). O prazo inicial era 31 de julho com uma cota de até um milhão de toneladas. Contudo, para conter o aumento do preço do trigo em função da suspensão das exportações do cereal argentino para o Brasil, o governo ampliou a cota para 2 milhões e dilatou o prazo em um mês. Segundo o Ministério da Agricultura, a prorrogação do prazo é necessária porque existe o risco de desabastecimento em julho e agosto, pois a colheita da safra brasileira deve atrasar em um mês (de agosto para setembro), devido aos problemas climáticos. 12 junho / julho de 2008 agrodestaque Evento em Assai, no Norte do Paraná, abriu as comemorações do centenário da imigração japonesa Expoasa reúne o melhor da cultura nipo-brasileira Entre os dias 6 e 8 de junho, em Assaí, no Norte do Paraná, foi realizada a 65ª edição da Expoasa – Exposição Agrícola Regional de Assaí. O evento, promovido no Centro Poliesportivo Yonezo Ueno, na Sociedade dos Amigos de Assaí (SAMA), reuniu expositores do setor de maquinários, veículos, caminhões e motos, além da demonstração de produtos agrícolas e apresentações de ikebana, taiko e matsuri. A equipe do Jornal AgroRede Notícias acom- panhou a solenidade oficial de abertura da Expoasa, realizada no dia 7 de junho, no período da manhã, que contou com a presença do presidente da Liga das Associações Culturais de Assaí (LACA) – entidade promotora do evento – Cairo Koguishi; do prefeito do município de Assai, Michel Ângelo Bomtempo; do deputado estadual, Luiz Nishimori; entre outras importantes autoridades. apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (seab/PR), do Instituto Emater, do Banco do Brasil e da Prefeitura Muncipal de Assaí. Confira algumas imagens da 65ª edição da Exposição Agrícola Regional de Assaí. Apoio A 65ª Expoasa teve o Imin 100: Londrina homenageia os imigrantes japoneses Entre os dias 18 e 22 de junho, o Parque Governador Ney Braga foi palco do Imin 100 Londrina – evento que comemorou o centenário da imigração japonesa no Brasil. Além de apresentações artísticas e culturais, o Imin 100 Londrina contou com a presença do Príncipe Naruhito, convidado para a inauguração da Praça do Centenário. Outra importante atração da Imin 100 foi a 47ª Feira Agrícola da Associação Cultural e Esportiva de Londrina (Acel). Aproximadamente 300 agricultores de Londrina, Cambé, Ibiporã e Tamarana expuseram cerca de 2,5 mil produtos de 150 variedades diferentes, no Pavilhão José Garcia Villar. Agricultura Familiar O visitante que esteve no Parque Ney Braga teve a oportunidade de conhecer a cadeia produtiva de produtos como o algodão, milho, café, citrus, cana de açúcar, cogumelo, seda, soja e girassol, além de todos os tipos de frutas, tubérculos, legumes, raízes, plantas medicinais e até alguns menos comuns nos supermercados. A Feira da Acel se dividiu na parte agrícola e mer- cado do produtor. Ao lado da exposição agrícola da Acel, também foi realizada a Feira de Sabores, da Emater/Seab, que trouxe produtos da agricultura familiar de 40 produtores rurais de todo o Paraná.