BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS 1894 1904 1942 TUA ESTRELA SOLITÁRIA TE CONDUZ ! ! CRAQUES ETERNOS Grandes futebolistas Ver página anexa: Anexo:Relação de futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas por ordem alfabética Abelardo de Fischer Mauro Galvão Quarentinha Lamare Flávio Ramos Mendonça Renato Gaúcho Afonsinho Garrincha Mimi Sodré Renato Sá Alemão Geninho Mirandinha Rildo Alex Alves Gérson Moreira Roberto Aluízio Pinto Gérson dos Neco Soares Miranda Amarildo Santos Nei Conceição Rodrigo Áttila Gil Nilo Rodrigues Neto Basso Gilbert Hime Nílson Dias Rogério Baltazar Gonçalves Nílton Santos Rolando de Bebeto Heleno de Octávio Lamare Brito Freitas Moraes Sandro Cao Jairzinho Osmar Sérgio Manoel Carlos Alberto Joel Osvaldo Baliza Sinval Dias Josimar Pampolini Túlio Carlos Alberto Juninho Paraguaio Túlio Maravilha Santos Juvenal Pascoal Valdeir Carlos Alberto Leandrão Patesko Valdo Torres Leandro Ávila Paulinho Victor Carlos Leônidas Criciúma Wágner Roberto Leônidas da Paulistinha Waltencir Carvalho Leite Silva Paulo César Wendell Dé Lúcio Flávio Caju Wilson Gottardo Didi Manga Paulo Sérgio Zagallo Dino da Costa Marinho Paulinho Zé Carlos Dirceu Chagas Valentim Zé Maria Djair Martim Silveira Perácio Zé Roberto Dodô Perivaldo Maurício Donizete Pirillo Ferretti GARRINCHA Para o ingênuo e travesso Mané Garrincha, o futebol era apenas uma brincadeira aprendida nas peladas de bola de meia nos campinhos de Pau Grande, em Petrópolis. Por isso, ele estava à vontade no primeiro treino, em General Severiano: tanto faz dar dribles nesse ou naquele "João", como brincar com os amigos Pincel e Suingue, companheiros nas caçadas do passarinho chamado garrincha. Manoel Francisco dos Santos tinha pernas tortas, a esquerda com 6 cm mais que a outra. Era o Torto, o pontadireita de dribles desconcertantes, arrancadas irresistíveis, A Alegria do Povo. Povo que o amou por duas décadas desde que baixou, em 1953, em General Severiano, depois de tentar a sorte em outros clubes cariocas - Fluminense, Vasco e São Cristóvão não acreditaram que "aquilo" pudesse jogar. O técnico Gentil Cardoso atendeu ao pedido de ex-médio alvinegro Arati, que o vira jogar no Esporte Clube Pau Grande. O resultado do primeiro treino todos sabem: bola entre as pernas de Nílton Santos e a imediata sugestão de contrata- lo. Pelo Botafogo, disputou 608 partidas e marcou 245 gols. Conquistou três Campeonatos Cariocas (1957, 1961 e 1962) e dois Torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964). Pela Seleção Brasileira, conquistou duas Copas do Mundo ( 1958 e 1962), e detém até hoje uma marca impressionante: perdeu apenas uma das 61 partidas que fez com a camisa da Seleção. Mas não só de glória viveu Mané Garrincha. Quando trocou sua mulher Nair e as sete filhas pela cantora Elza Soares, depois da Copa de 1962, ele foi vítima do preconceito do povo e dos próprios amigos. Fora isso, é obrigado a jogar machucado, à base de injeções para aliviar as dores nos joelhos, atingidos pelas chuteiras dos adversários desleais. Não adianta recorrer às rezadeiras: o joelho, já no início de 1963, precisa de operação. Vergonha: o Botafogo se nega a pagar as despesas. É um irresponsável, falta aos treinos, justificam-se os cartolas. Em fins de 1965, o Corinthians, desesperado com o título paulista que não chega desde 1954, leva Garrincha para o Parque São Jorge. Entre fevereiro e outubro de 1966, apenas dez jogos. Começa a queda. Garrincha tenta a sorte no Barranquilla, da Colômbia, mas seu contrato é cancelado em uma semana. O Nacional, de Montevidéu, e o Boca Juniors, de Buenos Aires, desistem de contrata-lo ao constatar nas radiografias a artrose irreversível, em 1968. Garrincha nem mesmo era sombra do lampejo do gênio mostrado com o gol de falta contra a Bulgária, na Copa do Mundo de 1966. Em dezembro de 1968, o Flamengo ainda aposta em Mané. Na estréia contra o Vasco, um fiasco e o clube desiste de tentar salvar Mané. Teimoso, ele acaba na Itália, jogando num time de açougueiros no balneário de Tor Vajanica. De volta, ainda tenta uma última chance no Botafogo de Zagalo. Nada dá. Em 19 de dezembro de 1973, no Jogo da Gratidão, o Maracanã lotado, Garrincha recebe as últimas homenagens de uma torcida que soube admirá-lo como o maior pontadireita do mundo, um gênio. Em janeiro de 1983, festa no céu. Indicado para a seleção dos maiores jogadores do século XX por 250 jornalistas de todo o mundo em junho de 1998, Garrincha foi o maior driblador da história do futebol. Com suas pernas tortas, ele realizou algumas das mais maravilhosas atuações do futebol pelo Botafogo e pela seleção brasileira. Garrincha e Pelé: o Brasil nunca perdeu com os dois juntos Manuel Francisco dos Santos nasceu em Pau Grande a 28 de outubro de 1933 e morreu em 20 de janeiro de 1983. Bicampeão mundial em 1958 e 1962, Garrincha foi o principal jogador na conquista da Copa do Mundo do Chile. Quando Pelé se contundiu no segundo jogo e ficou fora pelo resto do torneio, Garrincha se tornou o grande jogador do Brasil. Alberto Ferreira / AJB "Garrincha, de que planeta vienes?" Contra dois tchecos na final de 62 Jornal El Mercurio, de Santiago, na Copa de 1962 Jornal dos Sports Jogou 60 partidas pela seleção brasileira. Estreou em 18/09/55 contra o Chile no Maracanã. A única derrota foi em seu último jogo, pela copa de 1966, em Liverpool, quando o Brasil perdeu da Hungria de 3 x 1. Com Garrincha, o Brasil conseguiu 52 vitórias e 7 empates. Com Mané e Pelé juntos em campo, o Brasil nunca perdeu. Agência JB "Num só transporte a multidão contrita Em ato de morte se levanta e grita Seu uníssono canto de esperança. Garrincha, o anjo, escuta e atende: _ Gooooool!" Vinícius de Moraes Pelo Botafogo, Garrincha disputou 581 jogos, marcando 232 gols. Estreou como titular em 19/07/53, fazendo três gols na vitória de 6 x 3 sobre o Bonsucesso. Foi campeão carioca em 1957, 1961 e 1962 e do Rio-Saõ Paulo em 1962 e 1964. Alberto Ferreira / AJB Mané jogou também no Corinthians (3v, 2e, 5d, 2 gols), Flamengo (9v, 4e, 2d, 4 gols), Olaria (2v, 4e, 4d e 1 gol), e alguns outros times brasileiros e estrangeiros no final de carreira Garrincha e Amarildo Garrincha e Didi Garrincha e Gerson NÍLTON SANTOS Nílton Santos jogou em quase todas as posições da defesa do Botafogo, mas foi na lateral-esquerda da Seleção Brasileira, na qual permaneceu titular absoluto de 1951 a 1962, que conquistou o título de bicampeão mundial (1958 e 1962). Foi jogador de um equilíbrio extraordinário e no início da carreira, no Flecheiras, da ilha do Governador, gostava de jogar de meia-esquerda. Craque que nasceu com alma de atacante, acabou glorificado pela arte de evitar os gols. O senso de equilíbrio, a classe, a elegância, a segurança que dava ao Botafogo e à Seleção Brasileira consagraram-no como a Enciclopédia do Futebol. Com Nílton Santos surgia no Botafogo um lateral que tinha a estranha mania de atacar, chutar a gol e até marcar. Em 718 partidas que defendeu o alvinegro, marcou 11 gols. Sua categoria levou-o à Seleção Brasileira em 1949 para disputar o Sul-Americano e a Copa Rio Branco. Flávio Costa, que gostava de beques duros e viris, deixou Nílton Santos na reserva na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Mas ele foi campeão do Pan-Americano de 1952, no Chile, e do Sul-Americano de 1953, em Lima. No ano seguinte, foi titular da Seleção na Copa do Mundo na Suíça, sob a direção de Zezé Moreira. Em 1958, saiu do Rio de Janeiro como reserva do gaúcho Oreco e voltou da Suécia campeão mundial. Em sua estréia, quase levou o técnico Vicente Feola à loucura por avançar. Mas, ao tabelar com Mazola, marcou o segundo gol na vitória de 3 x 0 contra a Áustria. Foi campeão carioca de 1957, 1961 e 1962, e brasileiro de Seleções em 1951. Na Copa do Mundo de 1962, jogou como lateral-esquerdo, mas no Botafogo atuava de quarto-zagueiro. Um dia, em 1964, jogava contra o Vasco e reparou num zagueiro forte que esbanjava saúde. Quis saber quem era e ficou assustado: "Brito, filho de Leonídio Ruas? Meu companheiro de peladas no Flecheiras? Tá na hora de parar". Escolheu um clássico contra o Flamengo, a 13 de dezembro de 1964, para a despedida. O Maracanã estava lotado e Nílton Santos recebeu a mais longa salva de palmas que se conhece no futebol brasileiro. O Flamengo era o grande rival e mais uma vez ele foi vitorioso: uma jogada sua terminou nos pés do juvenil Roberto Miranda, que definiu a vitória de 1 x 0 para o Botafogo. Um adeus como convém aos ídolos. Naquele dia, o esporte brasileiro perdia o futebol mágico de um dos melhores (senão o melhor) laterais-esquerdos do mundo. Um lateral com vocação pelo gol e que sabia como evitá-lo. Perdia a Enciclopédia do Futebol. JAIRZINHO O chute forte, certeiro, o pique veloz, irresistível, excelente condição física e admirável espírito de equipe fizeram de Jairzinho o melhor ponta-direita da Copa do Mundo de 1970 e o artilheiro do Brasil no México. A relação de Jairzinho com o Botafogo começou muito cedo, desde a infância - ainda menino, em 1958, já era gandula no campo da Rua General Severiano. Em 1961, titular nos juvenis, ganha seu primeiro campeonato. Substituindo eventualmente Quarentinha, Zagalo ou Aírton, assume a camisa 7 em 1965, com a venda de Garrincha para o Corinthians. No ano seguinte, é convocado para a Seleção que disputou a Copa do Mundo na Inglaterra, convocação que se repete nas copas seguintes, do México e da Alemanha. No Botafogo, permanece até 1974: o fracasso do Brasil na Alemanha, a insistência de Jairzinho em participar dos ensaios e desfiles pela Escola de Samba Salgueiro, as longas discussões para renovação do contrato acabaram criando um impasse, e o jogador é vendido ao Olympique, de Marselha, no qual já brilhava seu amigo Paulo César Caju. Da França, saiu dono do passe, depois de uma longa suspensão por ter dado uma cabeçada num bandeirinha. Volta ao Brasil, aluga seu contrato ao Cruzeiro e conquista a Taça Libertadores da América em 1976. No ano seguinte, joga pela Portuguêsa, de Acarigua, Venezuela. Jogou ainda pelo Noroeste de Bauru (SP), Fast de Manaus, Wilsterman da Bolívia e, em 1981, retorna ao Botafogo. Em sua volta ao Botafogo, o destino lhe prega uma peça: em 1972, o Botafogo dá uma goleada no Flamengo por 6 x 0, três gols de Jairzinho; em sua volta, em 1981, o Flamengo devolve a goleada - os mesmos 6 x 0. Mas a lembrança guardada pelos botafoguenses é a do Jairzinho artilheiro implacável (em 404 partidas pelo Botafogo, marcou 189 gols), o Furacão da Copa de 1970 HELENO DE FREITAS Heleno de Freitas foi um dos mais notáveis estilistas do futebol brasileiro e sul-americano de todos os tempos. Nascido em São João Nepumoceno (MG), em 1920, aos 13 anos se muda para o Rio de Janeiro e logo entra como sócio do Botafogo, iniciando-se no juvenil. Dois anos depois, o Botafogo extingue o departamento juvenil, o que obriga Heleno a se transferir para o Fluminense. Foi aí que descobriu sua verdadeira posição - centroavante - e onde começou sua longa carreira que o tornariam famoso. Por influência de amigos, briga no Fluminense e volta ao Botafogo. Sua grande oportunidade surge na estréia do Campeonato Carioca de 1940, contra o São Cristóvão, em São Januário: Carvalho Leite, artilheiro e ídolo da torcida, contundido, pede para sair durante o intervalo. Heleno entra no segundo tempo e marca os dois gols que selaram a vitória do Botafogo. Até 1947 foi sempre artilheiro do Botafogo, embora nunca chegasse a campeão do torneio carioca. Junto com a capacidade de goleador, a tendência irresistível às brigas: em 1940, derrotado por 3 x 1 pelo Fluminense no returno, provoca o juiz Mário Vianna e é expulso; em 1942, atraca-se com Lelé, do Madureira, e cria um tumulto tão grande que foi necessária a intervenção da polícia para dominar o conflito; na Gávea, no mesmo ano, agride a pontapés Domingos da Guia; ainda na mesma temporada briga com o treinador Ademar Pimenta; e, em 1945, contra o Madureira, é expulso novamente por Mário Vianna. Briga até com o presidente Benjamim Sodré, que chamara sua atenção pela vida boêmia que levava. Heleno estava sendo derrotado pela doença que o minava, a sífilis. Em 1947, o último contrato com o Botafogo, passa a sofrer nova provocação das torcidas adversárias: é lançado com enorme sucesso o filme Gilda, com Rita Hayworth, que encarna a figura de uma mulher voluntariosa e temperamental. Para irritar Heleno, a galera gritava uníssona "Gilda, Gilda", provocação que levava o craque à loucura. Heleno passa a brigar até com os próprios companheiros. A situação fica insustentável e o presidente Carlito Rocha vende seu passe para o Boca Juniors. No ano seguinte, ainda por seu temperamento, é transferido para o Vasco, quando conquista pela primeira vez o título de campeão carioca. Briga com o técnico Flávio Costa e é vendido ao Atlético de Barranquilla, da Colômbia, onde chega a ganhar estátua em praça pública por suas atuações. Com sífilis cerebral, volta ao Brasil, disputa algumas partidas pelo Santos e termina sua carreira no América (RJ). Joga apenas 20 minutos - no Maracanã, pela primeira vez. Sai de campo expulso - pela última vez.Morre em Barbacena (MG), em 1959, esquecido e abandonado, internado num hospício. QUARENTINHA Waldir Lebrego, o temido Quarentinha, artilheiro do Botafogo do final da década de 50 e início de 60, desconhece a quantidade de gols que marcou ao longo de sua carreira. Calcula que tenha passado dos quinhentos. Do Campeonato Carioca, foi artilheiro por três vezes: em 1958, com dezenove gols; em 1959, com 25; e em 1960, com outros 25. Quarentinha era um artilheiro frio, que pouco vibrava com seus gols, mesmo quando garantiam importantes vitórias do Botafogo. Isso aborrecia os dirigentes e o tornava indiferente perante a torcida. Sua explicação jamais convenceu: "Eu era pago para marcar gols. Não fazia mais que minha obrigação". Era também um pouco irresponsável. Gostava da noite e gastava seu dinheiro em farras. Suas atuações caíram e o presidente Paulo Azeredo, para castigá-lo, atendendo a um pedido do treinador Gentil Cardoso, emprestou-o ao Bonsucesso, cujo técnico, o duro Zezé Moreira, exigia disciplina no time. Mas o castigo que pretendiam dar em Quarentinha foi um tiro que saiu pela culatra: ele terminou o campeonato de 1956 como vice-artilheiro, com 21 gols, um a menos que Valdo, do Fluminense. A vingança de Quarentinha se completou com a vitória do Bonsucesso sobre o Botafogo por 1 x 0, gol dele. Por isso voltou para General Severiano no ano seguinte. Na Seleção Brasileira estreou contra o Chile, no Maracanã, pela Taça Bernardo O'Higgins. Marcou dois gols na goleada de 7 x 0. No segundo jogo, no Pacaembu, marcou o gol da vitória (1x 0), quando faltavam 10 minutos para terminar o jogo. Mas os sonhos de disputar uma Copa do Mundo terminaram com uma contusão no menisco direito. O paraense Waldir Lebrego - Quarentinha, porque tinha na escola o mesmo número 40 do pai - nasceu a 15 de setembro de 1933. Jogou no Paysandu, no Vitória-BA, no qual foi artilheiro absoluto em 1953 com 31 gols, e encerrou sua carreira em General Severiano, em 1965, depois de uma vitória fácil sobre o América por 3 x 0, três gols seus, aproveitando passes de Gérson, o Canhotinha de Ouro. O dirigente Brandão Filho quis agradá-lo com elogios e tapinhas nas costas. Quarentinha respondeu que era tudo falsidade e acabou vendido ao América, de Cali, Colômbia, e lá terminou sua carreira de temido artilheiro. PAULO VALENTIN Paulinho Valentin foi para o Botafogo levado pelo técnico João Saldanha para tentar um título que o time não conquistava desde 1948. "Paulinho é um tanque, mas com inteligência. Não é apenas de passar por cima dos zagueiros. Sabe se colocar, jogar com malícia, nunca fugir da área, porque sempre sobra um rebote", justificava Saldanha. Não errara. Na decisão contra o Fluminense, em 1957, o Botafogo goleava de 6 x 2, cinco marcados por Paulinho Valentin, que se sagrava também artilheiro do campeonato. Estava quebrado o jejum do Botafogo. Paulinho Valentin começou no Central, de Barra do Piraí, onde nasceu em 1932. Transferiu-se em seguida para o Guarani, de Volta Redonda, e, em seguida, no ano de 1952, assina contrato com o Atlético Mineiro, do qual passa para o Botafogo. Jogou no Botafogo até 1960, quando é vendido para o Boca Juniors. No Boca, conquistou o Campeonato Argentino por duas vezes, em 1962 e 1964. Curiosidade interessante é que em todos os jogos que disputou contra o River Plate, o grande rival do Boca Juniors, sempre marcou. Vendido para o futebol mexicano, inicia-se o declínio de sua carreira. Volta à Argentina como treinador do time juvenil do Club Trinidad, a 1.200 km de Buenos Aires, pobre e doente. O excesso de fumo e bebida condenou-o. Morreu em 1983. Mas seu futebol brilhante continua na lembrança dos torcedores brasileiros e argentinos, que tiveram a sorte de ter visto esse craque em seus times. DIDI Valdir Pereira, o Didi, foi um meia-armador clássico, inteligente e assustadoramente frio. Voltou da Copa do Mundo de 1958 consagrado como seu melhor jogador pela crítica internacional. Genioso e polêmico, Didi fez da intuição parte de seu folclore. Havia dias em que ele não queria nada com a bola. Ficava no meio-campo, mãos na cintura, agüentando as vaias e as reclamações dos companheiros. "Os fluidos não estão bons, não adianta correr", explicava. Mas, como craque, foi um vitorioso colecionador de títulos ao longo de quinze anos de atividade: campeão pelo Fluminense; bicampeão pelo Botafogo; bi-mundial; e campeão Brasileiro de Seleções. Aplaudido, vaiado, Didi foi um jogador de grande personalidade. O escritor tricolor Nelson Rodrigues o chamava de Príncipe Etíope e o folclórico filósofo da praia Neném Prancha comentou: "Quem o vê andando pela rua, mesmo sem saber quem é, diz logo: 'Este crioulo é algum troço na vida' ". Didi firmou seu primeiro contrato profissional com o Vasco em 1946. Um ano depois, em 1947, estava no Fluminense.Em junho de 1950, Didi inscreveu seu nome na história como o autor do primeiro gol no Maracanã, na disputa entre seleções de novos do Rio e de São Paulo, que os paulistas venceram por 2 x 1. Campeão carioca de 1951, foi convocado para o Pan-Americano de 1952, voltando com o primeiro título internacional conquistado pelo Brasil na exterior. Em 1953, disputou o SulAmericano de Lima e, em 1954, participou da Copa do Mundo na Suíça. Em 1956, na maior transação feita até aquela época, foi vendido ao Botafogo por 1 milhão e oitocentos e cinqüenta mil cruzeiros. Ficou famoso como o inventor da " folha seca", um estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. Pelo Botafogo, Didi disputou 313 partidas, marcando 114 gols e conquistando três Campeonatos Cariocas (1957,1961 e 1962) e um Torneio Rio-São Paulo (1962). Pela Seleção Brasileira, conquistou duas Copas do Mundo (1958 e 1962). Aí, aos 34 anos, resolveu abandonar a carreira de jogador e aceitou convite para ser treinador do Sporting Cristal, de Lima. Exerceu sua nova e vitoriosa carreira e, por teimosia, jogou alguns meses no São Paulo em 1966. Foi novamente treinador, do Sporting Cristal, do River Plate da Argentina, da Seleção Peruana de 1970, na Turquia, do Fluminense e na Arábia Saudita. Só não conseguiu êxito no Botafogo, em 1984. CARVALHO LEITE Carlos Dobbert de Carvalho Leite 25/06/1912 Petrópolis - Rio de Janeiro Jogou no Botafogo entre 1928 e 1941. Conquistou o inédito tetracampeonato carioca de 1932 a 1935, além do título de 1930. É o segundo principal artilheiro da história do clube. Marcou 275 gols em 325 jogos, só foi superado vários anos depois de abandonar os campos por Quarentinha, que marcou 308 gols pelo clube. Dentro da grande área era perfeito, e, com seu chute forte e estilo trombador, consagrou-se com a artilharia do Campeonato Carioca de 1936, 1938 e 1939. No Campeonato Carioca de 1930, aos 18 anos, foi o jogador que mais atuou na campanha do título carioca (vinte vezes), transformando-se no artilheiro da equipe, com catorze gols. Não se intimidava, nem na juventude, com a responsabiliade de vestir a camisa 9 do Botafogo. Quem o viu em ação, no entanto, garante que poderia ter feito ainda mais gols, não fosse uma contusão que sofreu em maio de 1941 contra o Bonsucesso e que tirou para sempre dos gramados, aos 29 anos, um dos maiores artilheiros que o Alvinegro teve em toda sua história. Mesmo depois de abandonar o futebol, Carvalho Leite continuou ligado ao Botafogo. Foi médico do clube durante muitos anos. Carvalho Leite dizia que: "O Botafogo representa tudo para mim. Afinal eu só joguei no Botafogo e me orgulho muito disso. Ainda mais por ter ajudado a acabar com um jejum de 20 anos sem títulos, que se arrastava desde 1910". Foi convocado e disputou as Copas do Mundo de 1930 - aos dezoito anos de idade - e de 1934 pela seleção Brasileira. Nesse mesmo ano, o então jovem goleador foi capaz de superar jogadores já consagrados, como Araken Patusca, para ser o titular da Seleção, na vitória sobre a Bolívia por 4 x 0, na copa do Mundo do Uruguai. MARINHO CHAGAS Francisco das Chagas Marinho 08/02/1952 Natal - Rio Grande do Norte Riachuelo (RN), em 68; ABC (RN), em 69; Náutico, de 70 a 71; Botafogo, de 72 a 76; Fluminense, de 77 a 78; New York Cosmos (EUA), em 79; Forte Lauderdale Strickers (EUA), em 80; São Paulo, de 81 a 83; Fortaleza, em 84; Bangu, de 84 a 85; América (RN), de 86 a 87; e Harlekin Augsburg (ALE), em 88. Campeão paulista de 81 pelo São Paulo e do Torneio Bicentenário dos EUA, em 76, pela Seleção Brasileira. Lateral Esquerdo Quem ia imaginar que aquele garoto comprido e franzino de apenas 18 anos, conhecido como Marinho, lançado pelo treinador interino do Riachuelo, Antônio Castro, um dia chegasse a jogar no futebol carioca. Muito mais integrar a Seleção Brasileira em dezenas de jogos, inclusive na Copa de 74, quando foi apontado como um dos dois maiores laterais do Mundo ao lado do alemão Breitner. Lateral Ofensivo, de chute forte poderosíssimo. Chegou do náutico com fama de bom de bola e foi logo provando que se tratava de um jogador de qualidades acima da maioria dos laterais de sua época Em maio de 1969 Marinho ou Lourão (ele não era ainda conhecido como Marinho Chagas) começou a jogar pelo Riachuelo, um time médio do futebol potiguar, apesar de ter sido vice-campeão em 67. Sua principal característica era ser um lateral audacioso que já se revelara no campo da Salgadeira, próximo à linha férrea da Sampaio Correia. O mais animado com a desenvoltura do garoto era o sub oficial Castro, que sabia da sua fama de craque. Castro era da Marinha e morava próximo à rua Benjamin Constant, residência de Francisco das Chagas Marinho . "Ele já era um craque, só precisava segurar-se mais atrás porque a esse tempo os laterais não avançavam tanto", frisa Castro, hoje afastado do futebol, após ficar à frente do Riachuelo durante muitos anos. Enquanto isso, de olho em Marinho, José Prudêncio Sobrinho vivia pensando como levar o garoto para o ABC. Deu o estalo e ofereceu algum dinheiro e material esportivo ao Riachuelo, e desse modo foi fácil fisgar o jovem e promissor lateral. Oferecido ao Corinthians em meados de 1972, por CR$ 400.000, Marinho foi recusado. Também esteve próximo de uma transferência para o Flamengo, mas o técnico do time na época era Zagallo, que não quis esperar a sua recuperação de uma lesão leve e preferiu o lateral Mineiro, do Olaria. Apesar de ter a lateral esquerda como posição de origem, Marinho é destro. Em 1972 recebeu a grande oportunidade da carreira. Foi contratado pelo Botafogo-RJ e por lá jogou cinco anos. Um dos mais completos laterais-esquerdo de todos os tempos do futebol mundial. Para a maioria o segundo melhor depois de Nilton Santos. Veloz, subia ao ataque e voltava para marcar com a mesma eficiência. Habilidoso, driblava com extrema facilidade. Técnico, dificilmente errava passe ou cometia a falta. Como se não bastasse tinha potente chute de pé direito, o que lhe valeu o apelido de Bomba do Nordeste. Também chutava muito bem de perna esquerda. Marinho, foi a grande vítima da queda do time do Botafogo nos anos 70. Com a saída de Jairzinho, passou a ser o único craque da equipe. Em 77, foi incluído num dos trocatrocas e acabou indo parar no Fluminense. Em 1979 foi jogar futebol nos Estados Unidos. Jogou no Cosmos neste mesmo ano e no Strikers em 1980. A vontade de voltar ao Brasil não despertou a atenção de muitos clubes, que viam a ausência de três anos de Marinho no cenário nacional como um atraso em sua carreira. Mas o diretor de futebol do São Paulo, Jaime Franco, preocupado com as freqüentes convocações dos jogadores do seu time para a seleção, decidiu fazer uma oferta aos americanos e repatriou o jogador por CR$ 16 milhões (US$ 250 mil, na época). À contragosto do técnico Carlos Alberto Silva, diga-se de passagem. "Se a diretoria o quiser contratar, é problema exclusivamente dela", diria o treinador. Mas Marinho se alegrava por estar de volta e já sonhava com um lugar na seleção de Telê Santana. "No São Paulo, terei todas as condições de voltar à seleção brasileira". Sua estréia pelo time, no entanto, não poderia ter sido mais desastrosa. No começo de 1982, Marinho já pensava em deixar o São Paulo, alegando que o ano anterior havia sido o pior de sua vida ("pessoal, não profissional"). Como as ameaças do lateral eram raramente cumpridas de imediato, ele continuou atuando, só que desta vez seu joelho era o fator de incômodo. Como muitos gols começaram a sair pelo seu setor, outra operação foi necessária. Mesmo com a recuperação, no entanto, o técnico Poy passou a não relacioná-lo nem para o banco. E a diretoria começou a persegui-lo, com imposições ridículas como proibi-lo de jogar tênis e multas de até 20% em seu salário. Seu inimigo número 1 era o diretor Marcelo Marthes, com quem travava discussões públicas em todos os jornais da Capital. Com o vice Paulista de 1982 e modestas colocações nos Brasileiros de 1982 e 1983, Marinho decidiu que era hora de deixar o São Paulo, e comprou o seu passe por CR$ 20 milhões. Sua intenção era vendê-lo para algum time do Oriente Médio por um valor seis vezes maior, o que nunca foi concretizado. Em 1985 voltou para o Rio de Janeiro mas para jogar no Bangu. Em 1986 começou seu caminho de volta para sua região de infância. No segundo semestre de 1986 foi contratado pelo Fortaleza-CE e neste mesmo ano ainda, foi defender as cores do América-RN. Quando se esperava que estaria encerrando sua carreira, Marinho recebeu uma proposta do Harlekin, da Alemanha, e em 1987 saiu mais uma vez do país. Ao final da temporada de 1987, Marinho resolveu encerrar sua carreira e voltar para Natal, no rio Grande do Norte. Em 1989, candidatou-se a vereador, em Natal, pelo PL, mas foi derrotado. O ex-jogador ainda fez um curso de treinador na Itália, mas hoje vive dos rendimentos de imóveis e de uma pousada na Praia da Redinha, em Natal. Tem também duas escolinhas para crianças carentes, em Natal e Nova Iguaçu. Marinho Chagas é o compositor e intérprete da canção "Eu Sou Assim" e atuou em dois filmes. Apesar de jogar por quase 20 anos por clubes. Marinho conquistou apenas um título na carreira. O de campeão paulista de 1981 pelo São Paulo. Como jogador, foi Bola de Prata. prêmio da revista "Placar... por suas atuações nos Brasileiros de 1972,1973 e 1981. Eleito o melhor lateral-esquerda do mundo, em 1974, e o segundo melhor do século. Pela Seleção Brasileira, Marinho Chagas disputou 33 partidas. Depois de uma delas, contra a Polônia, na decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, teve séria discussão com Leão. O goleiro, inclusive, teria dado um tapa no rosto de Marinho, que, segundo o goleiro, falhara no gol da vitória polonesa, marcado por Lato, no jogo que decidiria qual país ficaria com a terceira colocação, um epísódio assombrou o jogador por muito tempo. O goleiro Leão o xingava a cada subida ao ataque. Ao chegar ao vestiário, após a derrota por 1 a 0 do Brasil, Marinho, chorando, foi interpelado pelo goleiro, que não teve dúvidas e começou a agredi-lo e a gritar: "Está feliz agora?" Leão só parou quando Jairzinho o conteve. Há quem diga que após o episódio Marinho nunca mais foi o mesmo jogador. NILO Nilo Murtinho Braga “Pequeno no tamanho, gigante na atuação”. Essa foi a análise que “O Jornal” fez da estréia do atacante Nilo Murtinho Braga na equipe principal do Botafogo, em 4 de abril de 1920, no Torneio Início do Campeonato Carioca, disputado no estádio do Fluminense. O alvinegro não foi bem, sendo eliminado na segunda partida. Mas ganhou um de seus principais craques nas décadas seguintes. Alvinegro de coração, Nilo aprendeu a gostar do clube acompanhando o tio Oldemar Murtinho ao acanhado campo da Rua São Clemente, onde o time mandou seus jogos no campeonato de 1912. Depois de ser campeão infantil pelo Fluminense, em 1916, ele estreou com a camisa alvinegra num jogo dos terceiros quadros, no Carioca de 1919, com vitória (1 a 0) sobre o Flamengo, em General Severiano). Nilo continuou nas equipes secundárias até 1921. A partir de então, seu relacionamento com o clube que amava foi de brigas, algumas, e vitórias, muitas. O Botafogo vivia agitada vida política, que culminou com o afastamento de Oldemar Murtinho, com o que não concordou o sobrinho. Para não enfrentar o time do coração, Nilo se transferiu para o SC Brasil da Segunda Divisão, retomando ao alvinegro no ano seguinte. Mais uma briga levou Nilo de volta às Laranjeiras, em 1924. Pelo Fluminense, foi campeão carioca, disputando ainda os torneios de 1925 e1926. Nilo voltou para General Severiano em 1927, ano em que o clube começou a formar o timaço que venceu cinco títulos no início da década de 30. Artilheiro implacável, Nilo marcou 30 dos 67 gols botafoguenses no torneio do mesmo ano, quatro deles num dia inesquecível: o da goleada de 9 a 2 sobre 0 Flamengo, em casa, a maior da história do clássico. Peça fundamental nas partidas decisivas, Nilo marcou 69 gols na campanha do tetra em 1932, 1933, 1934 e 1935. Já distante da rotina diária do clube, Nilo continuou jogando esporadicamente até 16 de maio de 1938, quando se despediu do time, num empate em 2 a 2 com o Olaria. Foram ao todo, 176 jogos e 184 gols, que o deixam como o sexto maior artilheiro botafoguense da história. Nilo foi cinco vezes campeão brasileiro com a Seleção Carioca e disputou a Primeira I Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai. Pela Seleção, atuou em 19 partidas, marcando 11 gols. Nilo foi artilheiro dos Campeonatos Estaduais de 1924, 1927 e 1933 Apesar da baixa estatura Nilo tinha disposição para enfrentar os zagueiros. Veloz e habilidoso, usava essas virtudes para penetrar com facilidade nas áreas adversários para as finalizações, que, na maioria das vezes, resultavam em gol. TÚLIO MARAVILHA Túlio Humberto Pereira Costa 02/06/1969 Goiânia - Goiás Classificar Túlio como um grande craque é quase tão injusto, quanto vê-lo apenas como um falastrão incorrigível que se utilizou do marketing para alcançar o sucesso. Nascido em Goiânia, o filho do seu Mussolini, um fiscal aposentado do estado de Goiás, nunca pôde ser reconhecido pela técnica apurada. Mas soube compensar o problema usando a inteligência, aquela que permitia a ele se colocar no lugar certo, na hora certa. Foi com o "faro de gol", como gosta de dizer, que levou o Botafogo ao inédito título nacional em 1995 e escreveu seu nome na históri9a do futebol, tornando-se maior goleador do Campeonato Brasileiro três vezes - 1990,1994 e 1995. Feitos que o transformaram num ídolo inesquecível da torcida botafoguense. Embora tenha sido torcedor do Vila Nova durante toda a infância, Túlio começou a carreira no arqui-rival Goiás. Em 1987, atuando pela categoria juvenil, marcou 22 gols e tornou-se artilheiro do campeonato estadual. As boas atuações despertaram a atenção dos dirigentes do clube goiano, que decidiram profissionalizá-lo um ano depois. O atacante não decepcionou, ficando com a artilharia do Campeonato Goiano em 1988 e 1989. O atacante já havia dado mostras de sua competência aos torcedores do Goiás, faltava a ele reconhecimento nacional. E ele veio em 1990, quando Túlio foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro pela primeira vez, com 11 gols. Não demorou e o irmão gêmeo de Télvio recebeu a primeira proposta para se transferir a Europa. Endividado, o Goiás viu a oferta como a solução para os problemas financeiros pelo qual passava e cedeu o atacante por cerca de US$ 5 milhões ao Sion, da primeira divisão da Suíça. Túlio continuou a marcar gols pelo novo clube, mas não se adaptou ao clima gelado dos Alpes. Por isso, viu com bons olhos o convite do Botafogo para retornar ao Brasil, na metade de 1994. "Apesar de tudo, foi uma grande e importante experiência de vida", diz o atacante. No Botafogo, Túlio atingiu o melhor momento da carreira. Em 1994, foi novamente artilheiro do Brasileiro, embora não tenha conseguido impedir a eliminação do time carioca. Mas já fazia a alegria da torcida com frases de efeito. Certa vez, após uma partida entre Botafogo e Flamengo, na qual marcara o gol da vitória, disse em meio a uma multidão de repórteres: "Minha missão na Terra é fazer gols. Para isso, fui criado." Poucas semanas depois, disse também: "Um dia, serei verbete de dicionário." Mas o jeito brincalhão do atacante, com o qual buscava promover os clássicos, não demorou para gerar conflitos. Irritado com o pouco esforço do companheiro durante um jogo, o zagueiro Wilson Gottardo disparou: "Ele corre pouco e não ajuda a equipe. Não tem feito nada para melhorar a situação do clube." No mesmo ano, foi chamado de "jogador de merda" por Romário, depois que este acabara de ganhar a Taça Guanabara. Quando todos esperavam do atacante uma resposta à altura, Túlio mostrou maturidade, não se envolvendo na polêmica. Pelo contrário: procurou a cada jogo mostrar sua importância para o time, marcando gols. Até se sujeitou a correr mais e ajudar na marcação. Em 1995, provou a Gottardo que este estava errado. Com grandes atuações, voltou a ficar com a artilharia do Brasileiro, dessa vez levando o Botafogo ao inédito título nacional. Marcou 23 gols durante toda a competição, dois deles nos jogos finais contra o Santos. "O gol é minha água. Vivo disso", dizia o atacante, ainda no gramado do Pacaembu, carregado no ombro do zagueiro Gonçalves. "Provei mais uma vez quem é o verdadeiro Rei do Rio." Embora não tenha tido lá grandes chances na seleção brasileira, Túlio sempre foi bem quando convocado. Em 1995, fez 13 gols em 12 jogos e disputou a Copa América. Na competição sul-americana, marcou o gol de empate contra a Argentina por 2 a 2, ajeitando a bola com o braço. Na final, voltou a fazer gol diante do Uruguai, no Centenário, mas transformou-se em vilão ao desperdiçar uma cobrança de pênalti. O erro não impediu que Túlio voltasse a atuar pela seleção ainda em 1995, num amistoso contra a Colômbia. O Brasil venceu por 3 a 1, com dois gols do então artilheiro do Botafogo. "Não sei por que, mas tenho mania pelo número dois", explicou o jogador, depois do jogo. A carreira de Túlio começou a declinar em 1997, quando se transferiu para o Corinthians. Recebido com a pompa de maior atacante do Brasil, logo foi colocado pelo técnico Nelsinho Baptista na reserva de Mirandinha. Ainda assim foi artilheiro do Timão no Campeonato Paulista. "O Nelsinho não gosta de artilheiro", chegou a dizer. Sem clima para continuar no Corinthians, aceitou o pedido do Banco que patrocinava o time paulista e foi jogar no Vitória. No clube baiano, onde formou dupla de ataque com Bebeto, teve poucas chances e foi parar no banco de reservas. Fez somente 11 gols em seis meses. A solução parecia ser voltar ao Botafogo e o atacante aceitou ganhar menos para voltar ao clube no qual se consagrara. Apesar das promessas, decepcionou novamente, anotando somente 19 gols em um ano. Sem clima para permanecer no Fogão, devido a problemas de relacionamento com Bebeto e outros jogadores, Túlio recebeu com alegria a possibilidade de ir jogar no Fluminense, que na época buscava se reerguer depois da queda para a terceira divisão. No Tricolor Carioca, chegou até a marcar alguns gols (12), mas ficou longe do jogador que fez história no Botafogo. No meio de 1999, recebeu proposta do Cruzeiro e foi defender o quinto clube em três anos. Na Raposa, praticamente não atuou, a exemplo do que lhe aconteceu no Vila Nova. Quando todos esperavam que Túlio estivesse acabado, o atacante tratou de calar os críticos. Em 2000, foi para o São Caetano e ajudou o time do ABC a subir para a primeira divisão do Campeonato Paulista. Marcou 18 gols e tornou-se um dos principais ídolos da curta história do Azulão. A boa campanha fez com que Túlio voltasse ao Botafogo pela segunda vez. Mas o atacante decepcionou a torcida, com atuações apagadas e poucos gols. Viu-se obrigado a deixar a "Estrela Solitária" novamente e foi jogar no Santa Cruz. PAULO CÉSAR CAJU Paulo César Lima 16/06/1949 Rio de Janeiro - RJ Pode-se afirmar, sem qualquer dúvida, que Paulo César Lima, o Caju, foi um dos jogadores mais polêmicos de todos os tempos. Foi "bad boy" no tempo em que esse termo sequer existia. Boêmio, brigão e muitas vezes perseguido, principalmente por ser negro, ficou com a fama de 'maldito'. "Sou um negro que não pediu licença aos brancos. Um negro que não pediu, mas exigiu aquilo a que tinha direito", era a explicação de Paulo César, que ganhou o apelido de Caju por ter pintado os cabelos desta cor, para o fato de ser considerado tão problemático. No entanto, se algumas atitudes extra-campo o condenavam, suas jogadas dentro das quatro linhas maravilharam amantes do futebol por todo o mundo. Caju atuou por grandes equipes brasileiras como Botafogo, Fluminense e Grêmio, pelo Olympique, de Marselha, e participou ainda das Copas de 1970 e 1974 com a seleção brasileira. Nascido em 1949, na favela da Cocheira, no Rio de Janeiro, Paulo César tinha o mesmo sonho de qualquer menino pobre: fazer sucesso no futebol, e sair da miséria. Como a favela ficava no bairro de Botafogo, nada mais natural que ele fosse tentar a sorte no alvinegro de General Severiano. Como não lhe faltava talento, logo foi aprovado para treinar no clube. Em 1961, aos 11 anos, foi levado para passar a noite de Natal na casa do amigo Fred, filho do então jogador Marinho. "Comi, de uma só vez, galinha ensopada, pudim de leite e pudim de coco", recorda-se, brincando. O menino Paulo César despertou a simpatia de todos na casa, e acabou sendo adotado por Marinho, a quem passou a chamar de pai. Em 1967, aos 18 anos, Caju concretizou de vez seu sonho, ao se tornar jogador do time principal do Botafogo e participar de sua primeira temporada no Glorioso. Seu futebol habilidoso e provocador foi logo chamando a atenção, e em pouco tempo se tornou conhecido no Rio de Janeiro. Na final da Taça Guanabara do mesmo ano, consagrou-se ao marcar os três gols da vitória do Botafogo por 3 a 2 sobre o América, de virada. Era apenas o começo da vitoriosa carreira. Ainda em 1967, Paulo César foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, e se tornou conhecido de vez, em todo o país. Nesta época também conheceu as noites cariocas e sua fama de boêmio começou. Além disso, tinha a característica de falar o que pensava, sem papas na língua, e isso começou a lhe gerar uma série de inimigos no futebol e fora dele. Envolvido em confusões fora do campo, mas brilhando no Botafogo e na seleção, o ponta-esquerda participou da Copa de 70, no México, e ajudou o Brasil a conquistar a Jules Rimet, porém apenas como reserva. Naquele tempo, o Brasil era um verdadeiro celeiro de gênios, e estar no grupo já era motivo de alegria para qualquer jogador. "Sou o único tricampeão com fama de ruim", costumava dizer sobre si mesmo, devido à já espalhada fama de problemático. Destro, sempre brigava quando era escalado na ponta-esquerda. Mas desfilava pela lateral do campo com a bola grudada aos pés. Era tão técnico que substituiu Gérson nas partidas contra a Romênia e Inglaterra, na Copa de 1970, sem afetar o ritmo do time. Polêmico, vivia brigando com dirigentes. Foi para o Flamengo em 1972. Já veterano, foi contratado pelo Grêmio, em 1983, para ser campeão do mundo interclubes, contra o Hamburgo da Alemanha. Relação de futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas por ordem alfabética Esta seção faz uma relação de futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas por ordem alfabética. Estão listados apenas jogadores da equipe profissional que estiveram com contrato assinado e/ou atuaram pelo clube. Além de seu nome, há a informação de sua posição e o ano de atuação pelo clube. A relação pode carecer de alguns nomes pois ainda está em construção. Os jogadores com asterisco (*) tem-se imprecisões sobre sua posição ou ano de atuação pelo clube. Ver: Anexo:Relação de futebolistas do Botafogo de Futebol e Regatas por ordem alfabética (No acesso a este link você poderá saber a ficha dos jogadores que se encontrarem em azul.) A Abedi - Robson Vicente Gonçalves - meia (2008) Abel Carlos da Silva Braga - zagueiro (1982 a 1984) Abelardo de Lamare - atacante (1904 a 1911*) Adalberto - goleiro - (1957*) Ademílson Correa - atacante (2002) Ademir Fonseca - zagueiro (1987*) Adhemaro de Lamare - meio-campo (1904 a 1911*) Adriano Nascimento Felício - meia-armador (2007 a 2008) Afonsinho - Afonso Celso Garcia Reis - meio-campo (1965 a 1970) Aílton dos Santos Ferraz - meia-armador (1997) Alan - zagueiro (2001) Alarcón - meia-esquerda (1955) Francisco Terra Alberoni - volante (2007) Alê - Alexandre Luiz Fernandes - volante (2006) Alemão - Ricardo Rogério Brito - volante (1982 a 1986) Alemão - Sandro Hélio Müller - zagueiro e cabeça-de-área (1998 a 1999 e 2001) Alessandro da Conceição Pinto - lateral-direito (2007 a 2009) Alex Bruno Costa Fernandes - zagueiro (2007) Alex Guimarães da Silva - goleiro (1995 a 1997*) Alex Alves Ferreira - atacante (2004 a 2005) José Alexandre Alves Lindo - meia-armador (2001 a 2002) Alexandre Gaúcho - Alexandre de Ávila Vieira - meia (2001) Alexsandro da Silva Batista - atacante (2008) Alisson Guirra Reis Calçado - volante (2005 a 2006) Almir Lopes de Luna - atacante, meia e volante (2002 a 2005) Aluízio Pinto Vieira de Mello - atacante (1916*) Álvaro Soares - atacante (1904 a ?*) Álvaro Cordeiro da Rocha Werneck - goleiro e atacante (1904 a ?*) Fernando Alvez - goleiro (1987) Amarildo Tavares da Silveira - ponta-de-lança (1961 a 1963) José Amoroso Filho - atacante (1961 a 1963) Ânderson Moura - meia-armador (2004 a 2005) André - Lateral (1993) André Luiz Barretto Silva Lima - centro-avante (2007) André Luís Garcia - zagueiro (2008) André Silva Gomes - lateral-esquerdo (1995 a 1996) Andrey - zagueiro (2003*) Antoninho - atacante (1973*) Araty - meio-campo (1951*) Ariel Augusto Nogueira - meio-campo (1929 a 193?*) Antônio Ariosto de Barros Perlingeiro - atacante (1950 a 1951) Arízio - goleiro (1951*) Arlindo Correia Pacheco - atacante (1917 a 1922*) Javier Artero López - meio-campo (1999 a 2000) [1] Jorge Ricardo Artigas Carrica - meia-armador - 2006 Artur Duarte Oliveira - meia-armador (2001) Asprilla - Christiano Luiz Rodrigues - zagueiro (2005 a 2007) Ataliba - Carlos Eduardo Soares - volante (2006) José Ataliba Sampaio - atacante (1906*) Athirson Mazzoli e Oliveira - lateral-esquerdo e meia (2007) Áttila de Carvalho - atacante (1933 a 1934 e 1938 a 1940*) Augusto Pedro de Souza - lateral-esquerdo (2000) Aymoré Moreira - goleiro e ponta-direita (1936 a 1946) Oswaldo Ávila - meio-campo (1948*) B Baltazar Maria de Morais Júnior - atacante (1984 a 1985) Fábio Baltazar Corrêa - volante (2001) João Bandoch - zagueiro (1999*) Basílio Viana Júnior - meia (1904*) Oscar Alberto Américo Basso - zagueiro (1949*) João Batista Leite da Silva - volante (2009) Bebeto - José Roberto Gama de Oliveira - atacante (1998 a 1999) Beheregaray - atacante (1918*) Berg - Ninimbergue dos Santos Guerra - meia (1987 a 1990) Beto - Joubert Araújo Martins - meia (1994 a 1996) Bill - Fabiano Godoy Barrozo - lateral-esquerdo (2006) Braguinha - José Braga - atacante (1946 a 1948) Bravo - atacante (1952*) Hércules Brito Ruas - zagueiro (1971 a 1972*) Bruno dos Santos Sá - zagueiro (2001) Bruno Heleno Pereira da Silva - lateral (2002) Carlos Bruno Gomes Costa - zagueiro (2008) C Caio Ribeiro Decoussau - meia e atacante (2004 a 2005) Wolnei Caio - meio-campista (1999) C. Calvert - meia (1906*) Marcelo Ramiro Camacho - meia e atacante (2003 a 2004) Cañete - ponta-direita (1956*) Carlinhos - meio-campista (1999) Carlinhos - volante (2001) Carlito Rocha - Carlos Martins da Rocha - (Década de 1910*) Carlos Alberto Gomes de Jesus - meia (2008) Carlos Alberto Pereira Silveira - volante (2002 e 2004) Carlos Alberto Torres - lateral-direito (1971) Carlos Germano Schwambach Neto - goleiro (2002) Carvallo - zagueiro (1947*) Cassiano - meia-armador (2004) Juan Guilhermo Castillo Iriart - goleiro (2008 a 2009) César Luis Prates - lateral (1999 e 2005) Christian Corrêa Dionísio - atacante (2006) Chemp - atacante (1937*) Cicinho - Cícero João de Cezare - lateral-direito (2001) Cid - meia (1944*) Marko Ciurlizza - volante (2001) Claiton Alberto Fontoura Santos - volante (2006) G. Clapshol - atacante (1916) Claudemir - lateral {2002) Cláudio - atacante (2001) Cléber - volante (2001) Cleber - zagueiro (2000) Cleberson Souza Santos Góis - zagueiro (2002) Clóvis - lateral-esquerdo (2005) Ernest H. Coggin - goleiro (1907*) D Daniel Lins Cortês - lateral-esquerdo (2003 a 2005) Daniel Carlos Jorge - atacante (2001 a 2002) Daniel Freire Mendes - atacante (2001) De Lima - atacante (1987*) Hugo De León - zagueiro (1991) Eduardo Delani Santos Leite - atacante (2004) Diaz - atacante (1943*) Dênis - Denisson Ricardo de Souza - zagueiro (2000 a 2001) Dida - Eduardo Gabriel dos Santos Filho - lateral-direito (2006) Didi - Valdir Pereira - meio-campo (1956 a 1958, 1960 a 1962, 1964 e 1965) Diego José Clementino - atacante (2009) Diguinho - Rodrigo Oliveira de Bittencourt - volante (2005 a 2008) Dill - Elpídio Barbosa Conceição - atacante (2003 a 2004) Dimba - Editácio Vieira de Andrade - atacante (1997 a 1998 e 2000 a 2001) Dione José de Almeida - volante (2001) Djair Kaye de Brito - meio-campo (1989 a 1990 e 1997 a 1998) Djalma - goleiro (1998) Dodô - Ricardo Lucas - atacante (2001 a 2002, 2006 e 2007) Osmar Donizete Cândido - atacante (1989 a 1990, 1995 a 1996 e 2000 a 2001) Dudu - Eduardo Francisco da Silva Neto - atacante (2002) E Edinho - lateral (2001) Edgar de Matos Albino - zagueiro (2003) S. N. Edrupt - atacante (1916*) Edimar Teodoro da Silva - zagueiro (1999) Edivaldo Medeiros da Silva - atacante (2003) Édson José da Silva - zagueiro (2008) Edson Moreira dos Reis Júnior - volante (2007) Eduardo Coutinho da Silva - volante (1999) Eduardo da Silva Nascimento Neto - zagueiro, lateral-esquerdo e volante (2008 a 2009) Eliseu da Silva Valansuelo - lateral (2003) Élvis Gustavo Oliveira de Sá - meia (2004 a 2005) Émerson Carvalho da Silva - zagueiro (2005) Émerson Pereira Nunes - zagueiro (2008 a 2009) Engel - meia (1938*) Luis Miguel Escalada - atacante (2008) Esquerdinha - Rogério Fonseca da Silva - meia-armador (2002) F Fabiano - lateral Fabiano Soares Pessoa - volante (1987* e 2001 a 2002) Fábio - goleiro (1999) Fábio Penchel de Siqueira - atacante (2002 a 2004) José Fábio Santos de Oliveira - atacante (2008) Fábio Augusto Castro Carvalho - volante (1999) Leandro Fahel Matos - volante (2009) Fabio Reis - atacante (2004) Felipe de Oliveira Conceição - atacante (1998 a 2002) Felipe Barreto Adão - atacante (2006) Felipe Patavino Saad - zagueiro (2006) Fernando Henrique Mariano - volante (2003 a 2004) Alexis Ferrero - zagueiro (2008) Fernando Ferretti - atacante (1967 a 1971) Rodolfo José Fischer - atacante (1972 a 1976) Flavinho - Flávio Damião Medina Nogueira - lateral (2006) Flávio Pinto de Souza - lateral-direito (2007) Flávio Pará - lateral-direito e volante (2008) Flávio da Silva Ramos - goleiro e atacante (1904 a 1913) Ricardo França - volante (1996 a 1998) Franquito - ponta-direita (1944) G Gabriel - lateral-esquerdo (2009) Marcos Aurélio Galeano - volante (2002) Galego - lateral-esquerdo (1999) Alexandre Tadeu Gallo - volante (1999) Garrincha - Manoel dos Santos - ponta-direita (1953 a 1965) Gedeil da Silva Daudt - volante (2003 a 2004) Geraldo - meia (2003*) Geraldo Clemente de Paiva Júnior - meia (2001 a 2002) Gérson de Oliveira Nunes - meio-campo (1964 a 1969) Gil - Gilberto Ribeiro Gonçalves - atacante (2008) Gilmar Jorge dos Santos - zagueiro (2003 a 2004) Gílson - atacante (2001) Gláuber Rodrigues da Silva - meia-armador (2005 a 2006) Gláucio Rodrigues dos Santos Bastos - atacante (2003 a 2005, 2006 e 2007) González - atacante (1942*) Graham Bell - zagueiro (1939*) Guilherme de Cássio Alves - atacante (2005) Gustavo Lazzaretti de Araújo - zagueiro (2004) Gustavo Rodrigues Ferreira - lateral-direito (2000) Gutiérrez - atacante (1936*) H Heleno de Freitas - atacante (1937 a 1947) Helinho - Hélio Ricardo Dias da Conceição - meia (198?*) Henrique - goleiro (2007) Hugo Guimarães Silva Almeida - atacante (2004 a 2005) Hernande Gomes Flores - atacante (2001) I Igor Nascimento Soares - zagueiro (2007) Índio - Tázio da Silva Henrique - lateral-direito (2008) Iran Andrielle de Oliveira - lateral-esquerdo (2007 e 2008) Iranildo Hermínio Ferreira - meia-armador (1995) J Jairzinho - Jair Ventura Filho - atacante (1962 a 1974 e 1981 e 1982) Jean Carioca - meia (2009) Jéfferson de Oliveira Galvão - goleiro (2003 a 2005) Jefferson Vieira da Silva - lateral-esquerdo (1991 a 1992, 1995 e 1996 a 1997) Jéfferson Feijão - Jéfferson Marques da Conceição - atacante (2006) João Carlos de Souza - zagueiro (2004) Joaquim Flávio Ribeiro Pires - lateral-esquerdo (2008) Joílson Rodrigues Macedo - meia-armador e lateral-direito (2005 a 2007) Jonílson Clovis Nascimento Breves - volante (2005) Jorge Henrique de Souza - atacante (2007 a 2008) Jorge Luiz Matheus de Almeida - zagueiro (1997 a 1998 e 1999 a 2000) Jorginho - meia-armador (2006) Jorginho Paulista - Jorge Henrique Amaral de Castro Nascimento - lateral (2003 a 2004) Jougle Manoel Rodrigues - meia-armador (2007 a 2009) Juca - Juliano Roberto Antonello - meio-campo (2005 e 2006 a 2007) Júlio César Jacobi - goleiro (2005 a 2007) Juninho - Anselmo Vendrechovski Júnior - zagueiro (2005 a 2007 e 2009) Aluísio da Silva Neres Júnior - volante (1999 a 2002) Júnior César Eduardo Machado - lateral-esquerdo (2006) K Kléber Guerra Marques - goleiro (2001 a 2002) L Laidlaw - zagueiro (1944*) Laio Azeredo dos Santos - atacante (2008 a 2009) Roberval Lázaro de Alcântara Filho - goleiro (2003 a 2004) Leandrão - Leandro Costa Miranda - atacante (2003) Leandrinho - atacante (2004) Leandro Coronas Ávila - volante (1995 e 2001) Leandro Augusto Oldoni Stachelski - meia (2000) Leandro Hercílio Carvalho da Silveira - volante (2004 a 2007) Leandro Eugênio Soares - lateral-esquerdo (1997 a 2000 e 2001 a 2002) Leandro Luchese Guerreiro - volante (2007 a 2009) Léo Gaúcho - atacante (2006) Léo Silva - Hugo Leonardo Silva Serejo - volante (2009) Leonardo da Silva Moura - lateral-direito e meio-campo (1999 e 2001) Leonardo Inácio Raphael Nunes - lateral-esquerdo e volante (2001 a 2002) Sebastião Leônidas - zagueiro (1967 a 1971*) Leônidas da Silva - atacante (1935 a 1936) Aparecido Francisco de Lima - atacante (2006) Lira - Lirodiou Gonçalves - lateral-esquerdo (2006) Astolpho Junio Lopes - goleiro (2003 a 2009) Lucas Antônio Silva de Oliveira - meia-armador (2008 a 2009) Luciano Silva Almeida - lateral-esquerdo (2007 a 2008) Lúcio - Lucenilde Pereira da Silva - atacante (2002) Lúcio Flávio dos Santos - meia-armador (2006 a 2008) Luís Carlos Capixaba - Luís Carlos Inocêncio - meio-campo (2006) Luís Cláudio - atacante (2004) Luís Guilherme Loreno Marcelino Alves - goleiro (2008 a 2009) Luís Mário Miranda da Silva - atacante (2007) Luiz Carlos - lateral (1998) Luizão - Luiz Carlos Bombonato Goulart - atacante (2004) Lugano - goleiro (1955*) Lyndson da Silva Lage - atacante (2005 a 2006) M Maciel - lateral (1998) Magno Santos de Almeida - meia (2006 a 2007) Maicon Thiago Pereira de Souza - meia (2006) Maicosuel Reginaldo de Matos - meia (2009) Marcelinho - Marcelo Henrique de Aguiar Quarterole - atacante (2005 a 2006) Marcelinho - Marcelo Santos Oliveira - meia e atacante (2008) Marcelinho Paulista - Marcelo José de Souza - volante (1997 e 1999 a 2000) Marcelo - goleiro (1998) Marcelo Augusto Magalhães Ferreira - lateral-esquerdo (1999) Marcelo Uberaba - lateral-direito (2006) Márcio - goleiro (1999) Márcio Vinícius Alípio Gomes - lateral-direito e volante (2002 a 2005) Marcos Leandro Pereira - goleiro (2007 a 2008) Magrão - Giuliano Tadeu Aranda - atacante (2000) Manga - Haílton Corrêa de Arruda - goleiro (1959 a 1968) Marcos Aurélio da Silva Neves - atacante (1999) Marinho Chagas - Francisco das Chagas Marinho - lateral-esquerdo (1972 a 1976) Diogo Marins da Silva - zagueiro (2005 a 2006) Marquinho - Marco Antônio de Mattos Filho - meia (2007) Marquinhos - Marcus André Pereira - lateral-esquerdo (2005) Martim Mércio da Silveira - meio-campo (1930 a 1932 e 1934 a 1940) P. C. Masson - atacante (1916*) Matheus Coradini Vivian - zagueiro (2005) Maurício de Oliveira Anastácio - atacante (1986 a 1987 e 1989) Mauro Geraldo Galvão - zagueiro (1987 a 1990) Max - Maxlei dos Santos Luzia - goleiro (2002 a 2007) Mílton da Cunha Mendonça - meia-armador (1975 a 1982) Cláudio Millar - atacante (2001) Hugh Frederick Millar - ponta-direita (1907*) Mílson Ferreira dos Santos - atacante (1999) Misso - Jadermílson Goes de Melo - lateral-esquerdo (2000 a 2001) Milton Raphael Guimarães Pires - goleiro (2008 a 2009) Moisés Matias de Andrade - zagueiro H. W. J. Monk - atacante (1909*) Monti - zagueiro (1918*) Ismael Moreira Braga - lateral-direito (1967 a 1971) Moreno Aoas Vidal - lateral-esquerdo (2007) C. G.Mutzenbecher - atacante (1909*) Mazolinha - Vágner Aparecido Nunes - meia-armador (1989 a 1991*) N Nélio Roldon Júnior - goleiro (2005 a 2006 e 2007) Neném - Dorismar Felipe de Souza - lateral-direito (2006) Nenzão - zagueiro (2002) Niki - atacante (1995) Nílton Santos - lateral-esquerdo e zagueiro (1948 a 1964) Eduardo Niño - goleiro (1993) Nilson Andrade - atacante - (1977) Nei Conceição - meia-armador - (1971 e 1972) O Odvan Gomes Silva - zagueiro (2002) Jorge Osmar Guarnelli - zagueiro (1970-1979) Oziel França da Silva - lateral-esquerdo (2005) P Pakosdi - meio-campo (1946) Papetti - meio-campo (1944) Patesko - Rodolfo Barteczko - atacante (1934 a 1943*) Paulo César Baier - lateral-direito (1999) Paulinho Criciuma - Paulo Roberto Rocha - ponta-de-lança (1988 a 1989) Paulo Sérgio Coelho Leite - goleiro (1999) Pedrinho - volante (2000) Pena - Renivaldo Pereira de Jesus - atacante (2006) Pereyra Natero - goleiro (1956) Pipa Estevez - Raúl Estevez - atacante (2004) Rodrigo Pontes da Silva - atacante (1998 e 1999) Paulo Henrique - lateral-esquerdo (1971 e 1972) Q Quarentinha - Waldir Cardoso Lebrêgo - atacante (1954 a 1964) R Rafael - zagueiro (2001) Rafael Pereira dos Santos - zagueiro (2007) Rafael Marques Pinto - zagueiro (2004 a 2007) Rafael Vidigal - zagueiro (2007) Ralfe Rodrigues da Conceição - volante (2006) Ramón Menezes Hubner - meia (2005) Raphael Tessaro Schettino - goleiro (2006) Reidner da Silva Lopes - volante (1998 a 2000) Reinaldo - meia (2002) Reinaldo da Cruz Oliveira - atacante (2009) Reinaldo de Souza - atacante (2005 a 2006 e 2007) Renan dos Santos - goleiro (2008 a 2009) Renatinho - Renato José Francelino Neto - lateral-esquerdo (2003 a 2004) Renato Assis da Silva - zagueiro (2007 a 2008) Reginaldo Mendes do Santos - lateral-direito (2000) Ricardinho - Cícero Ricardo de Souza - atacante (2004 a 2005) Ricardinho - Ricardo de Souza Silva - meia (2007) Rildo da Costa Menezes - lateral-esquerdo (1961 a 1966) José Róbson do Nascimento - atacante (2000) Carlos Robston Ludgero Júnior - volante (2008) Rodrigão - Rodrigo Fernandes Alflen - atacante (2002) Rodrigo Juliano Lopes de Almeida - meia (1999 a 2001) Rodrigo Fabiano Machado - zagueiro (2007 a 2008) Rodrigo Vaz Fernandes - lateral (2002 a 2003) Rodrigo de Jesus Sá Teixeira - volante (2008) Rodriguinho - Rodrigo Corrêa Dantas - meia-armador (2008) Roger José Noronha da Silva - goleiro (2007 a 2008) Rogério de Albuquerque Corrêa - zagueiro (2007) Rogério Lantres - ponta-esquerda (1947) Rogério Jervásio de Souza - lateral-direito (2005) Romário Santos Pires - zagueiro (2008) Romeu Mendes Rodrigues - volante (2002) Ronaldo da Silva Oliveira - meia (2001) Ronildo Batista dos Santos - lateral-esquerdo (1999) Rubens - goleiro (1998) Rubens Rodrigues dos Santos Júnior - lateral-esquerdo (2002) Ruiz - atacante (1924) Ruy Bueno Neto - lateral-direito (2004 a 2006) Renato Sá - ponta-esquerda - (1977) Ronaldo Torres - zagueiro - (1977) S Sandro Barbosa Carneiro da Cunha - zagueiro (1999 a 2004) Santamaria - meio-campo (1941) Rafael Felipe Scheidt - zagueiro (2004 a 2006) Cléber Schwenck Tiene - atacante (2004) Sepetiba - Felipe Campos Torres - lateral-direito (2007) Sérgio Manoel Júnior - meia-armador (1994 a 1995, 1998 a 2000 e 2006) Williamis de Souza Silva - meia-armador (2000 a 2001) Spinelli - meio-campo (1945) T Taílson - José Ilson dos Santos - atacante (2001 a 2002) W. H. Teague - meio-campo (1916) Teco - Wender Coelho da Silva - zagueiro (2009) Têti - Márcio de Souza Jotha - meia (2003 a 2004) Tiago Coelho Branco Calvano - zagueiro (2001 a 2002) Tinga - Paulo César Fonseca do Nascimento - volante (2000) Thiago Caetano - zagueiro (2006) Thiago Marín Martir - meia (2006 a 2007 e 2008) Thiago Xavier Rodrigues Corrêa - volante (2005 a 2006) Thiaguinho - Thiago Rocha da Cunha - volante e lateral-direito (2008 a 2009) Tony - Anthony Santos Menezes - zagueiro (2000) Luiz Paulo Neves Tovar - atacante (década de 1940*) Triguinho - Luciano da Silva - lateral-esquerdo (2008) Túlio Lustosa Seixas Pinheiro - volante (2003 a 2005 e 2007 a 2008) Túlio Maravilha - Túlio Humberto Pereira da Costa - atacante (1994 a 1996, 1998 e 2000) Túlio Gustavo Cunha Souza - volante e lateral-direito (2008 a 2009) U Uidemar Pessoa de Oliveira - volante (1996) Ubirajara Mota - Goleiro - (1977) V Rafael Vágner Dias Silva - zagueiro (2007) Valdeir - Valdeir Celso Moreira - meia-armador (1990 a 1991*) Valdir de Moraes Filho - atacante (1999) Valdo Cândido de Oliveira Filho - meia-armador (2003 a 2004) Váldson Mendes Bezerra - zagueiro (2000 a 2002) Valsecchi - atacante (1944*) Vanderlei José Alves - atacante (2008) Vanderlei Luxemburgo da Silva - lateral-esquerdo - (1979 a 1980) Varela - atacante (1988*) Vieira - atacante (1913) Victor Corrêa Gonçalves - goleiro (1930 a 1935) Victor Simões de Oliveira - atacante (2009) Vitor - zagueiro (2002) Claudemir Vitor - lateral-direito (2000) Vitor Castro de Souza - atacante (2007) Vlad Petković - Vladimir Petković - volante (2001) X José Xavier Costa - lateral-esquerdo (2007) Y Não há registro. W Sebastião Wágner de Souza e Silva - goleiro (1993 a 2001) Wando da Costa e Silva - atacante (2006) Wellington Oliveira dos Reis - zagueiro (2009) Wellington Cândido da Silva Júnior - volante (2008 a 2009) Wellington Paulista - Wellington Pereira do Nascimento - atacante (2008) Wendell - meio-campo (2001) William Xavier Barbosa - atacante (2006) Wilson de Souza Conceição - lateral-direito (2001) Wilson Goiano - Wilson Pereira Carvalho - lateral-direito (1994 a 1998) Wilson Roberto Gottardo - zagueiro (1987 a 1990 , 1994 a 1995 e 1995 a 1996) Z Zada - Leonardo Martins Zinelli - meia-atacante (2002) Leandro Sebastian Zárate -atacante (2008 a 2009) Zé Carlos - José Carlos Garcia Leal - lateral-esquerdo e meia (2008) Zé Carlos - José Carlos Santos da Silva - atacante (1997 a 2001) Zé Maria - José Maria dos Santos Motta - zagueiro (Década de 60) Zé Roberto - José Roberto de Oliveira - meia (2005 a 2007) Ziquinha - Flávio Luís Chagas - atacante (2005)