Diretora do MPEG
Ima Célia Guimarães Vieira
Coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação
Nilson Gabas Junior
Coordenação de Comunicação e Extensão
Nelson Rodrigues Sanjad
Coordenação de Museologia
Horácio Higuchi
Chefe do Serviço de Educação e Extensão Cultural
Luiz Fernando Fagury Videira
Coordenador do Projeto Clube do Pesquisador Mirim
Luiz Fernando Fagury Videira
Grupo “Os Bastidores da Fauna do PZB”
Instrutoras do Grupo
Raquel Ferreira do Carmo e Tâmara do Carmo Rego Pereira
Pesquisa e texto
Integrantes do Grupo “Os Bastidores da Fauna do PZB”
Ilustrações
Jonilson Lima de Souza e Raimundo Cleber Teixeira Couto
Colaboração
Equipe do Serviço de Educação e Professora Maria do Socorro Mello Gomes (UEES Astério de Campos)
Apoio Técnico Científico
Antônio Messias Costa, Aline Amaral Imbeloni, Thatiana Andrade de Figueiredo Maria de Nazaré da Silva Nascimento (Setor Fauna / SPZ)
Recursos Didáticos
Biblioteca Clara Galvão e Coleção Didática Emília Snethlage
Revisão final
Ana Conceição Borges de Oliveira
Elaboração
Pesquisadores Mirins do Grupo
“Os Bastidores da Fauna do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi”
Amanda Havila dos Santos Farias
Lana Carla Menezes Fernandes
Amaury Barbosa
Larissa Menezes da Silva
Ana Caroline Ramos Santa Brígida
Lucas Matheus Nascimento Pereira
André Luiz Sacramenta Junior
Luis Augusto Barbosa Quaresma
Arthur Santos da Silva
Pablo Matheus Maia da Silva
Ferdinando Cantuária Lopes Ferreira Neto
Patrick Cunha Cordovil
Gabriel Rodrigues Santa Brígida Videira
Rafael Chaves Melo
João Salviano Pereira Neto
Rafael Pinheiro Guedes
Juliane O. Santa Brígida
Raíssa Kimily Monteiro Carvalho
Kallyssa Conceição Batalha
Yan Faria dos Santos
Organização
Raquel Ferreira do Carmo
Tâmara do Carmo Rego Pereira
Apresentação
O
grupo Os Bastidores da Fauna do Parque Zoobotânico é uma turminha muito especial que comemora o
aniversário de 10 anos do Clube do Pesquisador Mirim com uma novidade: a inclusão de surdos.
A grande dúvida ao trabalhar com uma turma inclusiva dentro do Projeto era se as crianças ouvintes teriam
alguma dificuldade ou barreira para interagir com as crianças surdas.
Após um ano de pesquisa o que foi observado é que a inclusão é possível quando se permite o acesso destes
indivíduos em todos os seguimentos da sociedade. Logo, nesse ano de convivência, mostramos que é possível fazer
ciência, amizade e aprender cidadania, conhecendo e respeitando as diferenças.
Desse modo, nosso projeto de pesquisa resultou no kit “Fauna em Sinais”, que além de informar alguns gestos da
língua das pessoas surdas, apresenta uma das maiores curiosidades dos visitantes do Museu Goeldi: de onde vieram os
animais do Parque?
Por isso, realizamos pesquisas sobre cada espécie, entrevistamos os visitantes e os funcionários do Setor de
Fauna, que nos apresentaram um pouco dos bastidores do seu trabalho.
Para concluir, selecionamos entre as espécies estudadas, os quinze animais mais citados em nossas pesquisas de
campo e agora os apresentamos a vocês.
Descubra como chegaram ao Parque estes animais e aprenda um pouco sobre a língua dos surdos: a língua de
sinais.
Nós aprendemos muita coisa, agora é sua vez!
Instrutoras e Pesquisadores Mirins do Grupo
“Os Bastidores do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi”
Experiências do Grupo
Vinte crianças, entre elas, oito surdas, estudantes de 3ª a 5ª séries – que fazem parte do Grupo dos Bastidores da Fauna
do Parque do Clube do Pesquisador Mirim - durante as pesquisas realizadas, conheceram bem de perto o trabalho dos veterinários
do Setor de Fauna do Parque do Museu Goeldi.
Isso – feito por meio de entrevistas; visitas técnicas; pesquisa de campo e de opinião com visitantes e funcionários do
Parque – permitiu ao grupo constatar que a grande curiosidade sobre o dia-a-dia do Parque é: de onde vieram os animais?
Ao fim das pesquisas, as doze crianças ouvintes além do conhecimento cientifico aprenderam noções de LIBRAS e do
universo que envolve a pessoa surda.
Conhecer e conviver foi e sempre será a melhor forma de incluir e desenvolver as capacidades de qualquer individuo. E o
Clube do Pesquisador Mirim – Ano 10 – está fazendo a sua parte!
A
seguir alguns termos importantes para que você entenda melhor o universo dos surdos e o material produzido
pelas crianças.
LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. A língua oficial dos surdos brasileiros.
Ouvintes – termo usado para se referir às crianças não surdas.
Surdos – denominação correta a ser utilizada com a pessoa surda. Não utilizar os termos: deficiente, mudos, surdo-mudos e afins.
Alfabeto manual – é o desenho das mãos que formam as letras do alfabeto.
Incluir – não é apenas colocar junto, mas fazer com que haja troca entre as partes envolvidas.
É isso ai!
Com estas informações você vai desvendar com mais facilidade o nosso produto final.
ALFABETO MANUAL
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
A
B
F
G
L
M
S
T
N
U
C
Ç
D
E
H
I
J
K
O
V
P
W
Q
X
R
Y
Z
ARARA AZUL
Anodorhynchus hyacinthinus
Olá!
Fui doada ao Parque do Museu Goeldi em 1999 e sou o único exemplar atualmente por aqui. Minha espécie é
considerada a maior do mundo em comparação com os outros indivíduos da mesma família, podemos alcançar até um metro de
comprimento, somos fiéis, pois nossas uniões são para vida inteira. Aqui no Parque não tenho parceira, atualmente divido o recinto
com um colega da espécie Canindé, mas somos apenas amigos.
O que mais chama atenção em mim: meu tamanho e a cor de minhas penas.
ARARAJUBA
Aratinga guarouba
Eu
e minhas amigas chegamos ao Parque mediante doação particular. Alguns de nossos espécimes são
extremamente dóceis, mas quando ficamos estressadas arrancamos nossas próprias penas. Adoramos viver em bandos
e temos um parceiro para a vida toda.
O que mais chama atenção é que representamos o Brasil com as cores de nossas penas: verde e amarelas.
URUBU REI
Sarcoramphus papa
B io-piratas
tentavam nos vender e a antiga Secretaria do Meio Ambiente (SECTAM) acabou com a alegria deles. Por isso,
eu e meus dois companheiros viemos parar aqui no Museu Goeldi. Infelizmente, por causa dessa tentativa, fiquei cego e não
consigo subir nos troncos como os outros colegas, você sempre vai me ver no chão do viveiro caminhando lentamente. Nossa
espécie é caçadora.
O que mais chama atenção: Não nos alimentamos de carniça podre, o que nos torna diferentes em relação aos nossos parentes
que voam pela feira do Ver-o-Peso e por muitos lugares em Belém
GAVIÃO REAL
Harpia harpyja
E u e minha parceira moramos aqui no Museu Goeldi desde 1988. O IBAMA nos trouxe da cidade de Tucuruí, aqui
no Pará. Fizemos várias tentativas, mas ainda não conseguimos ter filhotes.
O que chama mais atenção: nosso tamanho; a fêmea é maior do que eu e é ela que lidera no viveiro assim como
na natureza, onde vivemos em bando.
CORUJA MURUCUTUTU
Pulsatrix perspicillata
O
nome pode parecer estranho, mas com certeza você já deve ter nos visto aqui no Parque. Conseguimos ter
filhotes com facilidade. Em 2005, um casal distraído deixou cair seu filhote aqui no Museu Goeldi e, quando vieram
buscá-lo, gostaram do local e isso deu origem aos vários familiares que moram nesta área.
O que mais chama atenção: os nossos olhos amarelos enormes.
ARIRANHA
Pteronura brasiliensis
Nasci no ano 2000, no Bioparque Amazônia Crocodilo Safari Zoo, no bairro do Tenoné, aqui em Belém. Cheguei filhote ao
Museu Goeldi e logo fui batizada como Iara. Sou muito brincalhona, mas não se engane, sou temperamental quando mexem
comigo! Por isso, minha espécie é conhecida como onça das águas. Não sou dócil e, às vezes, fico triste; adoro comer peixes;
gosto de viver em bandos e sinto falta de companhia aqui no Parque. O que chama atenção em mim: meus gritos e a rapidez de
meus movimentos na água.
PEIXE-BOI
Trichechus inunguis
M uito prazer, meu nome é Maíra, uma das mais antigas moradoras deste Parque. Nasci em 1953, na ilha do
Marajó; e, com quatro anos de idade, fui trazida para cá. Sou o único exemplar do Museu.
Minha espécie é muito dócil, motivo que fez com que quase desaparecêssemos dos rios. Conseguimos nadar
como os golfinhos: para todas as direções! E dentre os mamíferos aquáticos somos os únicos herbívoros, ou seja, nos
alimentamos apenas de folhas, frutos e plantas aquáticas. O que chama atenção: a leveza de nossos movimentos.
PREGUIÇA REAL
Choloepus didactylus
N o Parque do Museu Goeldi, fazemos parte do grupo de animais que vivem livres. Os visitantes mais atentos
conseguem nos encontrar com facilidade, pois nossa espécie é considerada arborícola, ou seja, que vive em árvores.
Antes de morar no Parque vivíamos nas regiões das ilhas e municípios próximos à capital. Uma grande curiosidade de
nossa espécie é que só descemos das árvores uma vez por semana, para defecar, pois precisamos da temperatura do
chão para nos ajudar nesse ato. O que chama atenção: a lentidão dos nossos movimentos.
ANTA
Tapirus terrestris
S ou um filhote ainda, me chamam de Zangão e nasci aqui no Parque, durante as pesquisas do Grupo Fauna do
Clube do Pesquisador Mirim, em 2007. Ainda tenho o corpo todo listrado, mas quando completar um ano estarei igual
aos outros adultos da minha espécie: totalmente marrom e sem listras. Moro com minha mãe Indaiá e com meu pai,
que veio de Carajás em 2000 e com a Abelhuda, que também nasceu no Parque em 2002. Os indivíduos de nossa
espécie são considerados os maiores mamíferos terrestres e por isso nosso lar é um dos maiores do Parque.
O que mais chama atenção: a nossa tromba, menor do que a do elefante e as listras para camuflagem quando
ainda estamos filhotes.
ONÇA PINTADA
Panthera onca
S
omos dois machos, jovens e belos: Guma e Talismã. Nasci em 1999; vim do Maranhão com um ano de idade
doado para o Museu Goeldi, pois meu antigo dono não agüentou me carregar em sua moto depois que cresci. Talismã é
de Macapá e nasceu em 1995. Somos brincalhões e constantemente incentivados a procurar alimento dentro de
caixotes ou pular para capturá-los quando pendurados em galhos ou próximo ao teto. Isso é feito para aguçar nosso
instinto de caça. O que chama mais atenção: as pintas características de nossa espécie que são um tipo de “impressão
digital” – não há animais com pintas iguais.
ONÇA PRETA
Panthera onca
O lá!
Sou a Bemp. Nasci no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi em 1987; e com 20 anos chego à idade
máxima que minha espécie pode alcançar na natureza. Tenho uma concentração maior da substância chamada
melanina, assim como minha mãe Ana Preta, e por isso tenho a tonalidade mais escura do que os outros de minha
mesma espécie. Fiquei muito parada este último ano, melhorei quando comecei a afiar as garras novamente em meu
recinto atual.
O que mais chama atenção: a diferença da cor comparada com os outros da minha espécie.
MACACO-ARANHA
Ateles belzebuth marginatus
Fui batizado de Chicão e junto com meus outros colegas; o Ribamar, o Zecão e a Chica, chegamos ao Parque do
Museu Goeldi a mais de 15 anos; viemos do Centro Nacional de Primatas. Formamos um grupo unido, mas nunca ouve
acasalamento. Nossa espécie vive em torno de 20 anos e está seriamente ameaçada de extinção devido à caça e a
destruição de nosso habitat.
O que mais chama atenção em nossa espécie: a utilização do rabo como um quinto membro.
COBRA SUCURI
Eunectes murinus
S omos
famosas, já fizeram filme sobre nossa espécie. As que não nasceram aqui no Parque chegaram,
principalmente, por meio de doações particulares e capturas. Somos surdas, mas podemos sentir as vibrações do solo
e, por isso, vivemos muito estressadas por causa do movimento dos carros ao redor do Museu. Orientamos-nos por
meio da língua e do que sentimos com nossa pele.
O que chama atenção: podemos alcançar o tamanho de até 8 m e fazemos trocas periódicas de pele.
Referências Bibliográficas
MASCARENHAS, B.;LIMA, M.e OVERAL, W. Animais da Amazônia:Guia Zoológico do Museu Paraense Emílio
Goeldi. Belém: MPEG,1992.
GUEDES, H.; AMORIN, L. Curiosidade Animal:conhecendo os animais do Museu Goeldi. Cartilha do Clube do
Pesquisador Mirim. Belém: MPEG,2000.
MARQUES, S. Mamíferos da Amazônia: para você colorir. Belém, MPEG, 1999, 3ª edição.
VIDEIRA, L. Répteis da Amazônia: para você colorir. Belém, MPEG, 1999.
VIDEIRA, L. Aves da Amazônia: para você colorir. Belém, MPEG, 1992.
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Os Bastidores da Fauna do Parque Zoobotânico