DESEMBARGADOR MIGUEL MONICO NETO Quero agradecer ao Des. Marcos Alaor pelo convívio de cinco anos. E completamos cinco anos agora em janeiro de 2011. Confesso que aprendi muito. Falo isso com grande sinceridade. Nesse período todo, só pude aprender com Vossa Excelência, em termos de conhecimento, de tolerância, de organização; a vida como magistrado tomou outro rumo pra mim, não via a vida da magistratura como hoje eu vejo, não enxergava a magistratura como agora enxergo, exatamente por não ter tido a experiência de Vossa Excelência. Aliás, experiência que Vossas Excelências tiveram. Hoje enxergo que esse sacerdócio exige muito de nós, exige muito do profissional. Só agradeço pela tolerância que tiveram comigo. Confesso que aprendi demais aqui. A Lorenza também, com toda essa calma, com toda atenção que me deu, juntamente com o pessoal da 2ª Câmara. E ao Doutor Glodner que além de tê-lo aqui na câmara, tive a satisfação de dividir aposento por 15 dias, em nossa viagem pelo Canadá, na qual pude conhecê-lo melhor. Já o admirava antes e hoje o admiro mais ainda, pela sua calma, pela sua tranquilidade, pela sua simplicidade como homem, como cidadão sensível às questões sociais; por ser um juiz que só traz orgulho para a magistratura. Agradeço-lhe por ser meu amigo e assim o considero também. E aos funcionários que sempre me prestigiaram, sempre me ajudaram. Vou voltar aqui, mas, estou fazendo isso, porque é uma despedida formal. Não gosto de despedidas, não gosto de fazer discursos, mas tem que ser feito e eu só queria agradecer a todos pela atenção que me dispensaram durante esse período todo. JUIZ GLODNER LUIZ PAULETTO Prezado Des. Miguel Monico, no tocante às referências a mim dirigidas por vossa excelência, digo que a recíproca é verdadeira, pois, também tenho a agradecer a oportunidade que tive em substituí-lo nesta Câmara durante suas férias, aproveitando para externar meus agradecimentos a todo o seu gabinete pela acolhida e assessoramento, ressaltando a forma competente e organizada com que trabalha a equipe. Em outras oportunidades, como hoje, tive o privilégio de integrar o colegiado com vossa excelência, quando amealhei lições, nas tantas vezes que votei aderindo às suas teses, quanto nas oportunidades em que divergiu das minhas. Vossa Excelência sempre demonstrou a serenidade e firmeza que deve ter um magistrado, e isso realmente nos orgulha em tê-lo como colega nesta Corte. E, como sou juiz convocado desta Corte, quem sabe poderemos nos encontrar num futuro próximo na composição da Câmara Criminal, na qual vossa excelência exercerá doravante a judicatura. Que o Grande Arquiteto do Universo vos ilumine nesta jornada. DESEMBARGADOR MARCOS ALAOR DINIZ GRANGEIA Eu pretendia me despedir de Vossa Excelência no dia 13, mas não poderia deixar de me manifestar neste momento, como Presidente da Câmara e também em nome do Des. Roosevelt, que está em gozo de suas merecidas férias. Quero dizer à Vossa Excelência que as pessoas não são insubstituíveis, mas, por certo, deixam suas pegadas por onde passam. Essas pegadas refletem o que são estas pessoas e, hoje, com quase 5 anos de convivência, após a instalação desta Câmara, podemos dizer, com orgulho, que o Des. Monico por aqui passou e deixou, de forma indelével, as suas pegadas, marcadas pelo senso de justiça, pela sua vontade de construir consensos com os demais membros da Câmara, naquilo que foi possível, sem transigir com o que não fosse possível, garantindo um período de convivência harmônica no qual todos aprendemos, porque, juntamente com vossa Excelência e o Des. Roosevelt, tivemos a honra de instalar esta câmara e construímos, sem demérito às demais, um novo paradigma de julgamentos. A nossa câmara sempre se destacou quer pela velocidade e qualidade que imprimiu aos julgamentos quer pelas novidades administrativas. Cito aqui, como exemplos, a remessa antecipada dos votos para os demais membros da Corte e o uso de novas tecnologias como o uso do Plenário Eletrônico; novidades que, no primeiro momento, foram vistas por alguns com reservas, mas que hoje são copiadas como prática rotineira no Tribunal. E isso tudo já faz parte de sua vida, des. Miguel Monico, como patrimônio daquele que deixou de ser órgão acusador e passou a ser o órgão julgador. É uma mudança muito grande na vida de qualquer pessoa, mas tenha certeza, Vossa Excelência, que a absorção desse novo parâmetro na sua vida ocorreu, a meu modo de ver, de forma completa. Os seus ensinamentos, as suas posições ficarão para sempre gravadas nos anais desta Câmara, de forma que nós sempre poderemos consultá-los como referência para o balizamento de julgamentos futuros. Da minha parte, em particular, ganhei um ótimo revisor. Pudemos sempre manter um relacionamento de estrito cumprimento do dever, mantendo as posições que podiam ser mantidas, avançando no que se poderia avançar, sempre buscando o sentimento de máxima justiça. De outro giro, ganhei um grande amigo, porque nesse período, ladeando o gabinete com Vossa Excelência, pude sempre contar com seu apoio nas horas em que precisei de um ouvido, quando necessitei discutir assuntos pessoais. Tenho certeza que essa convivência continuará, pois nossa amizade foi construída em bases sólidas, com pureza de alma e sentimentos. Desta forma, como Presidente da Câmara e como amigo, resta-me lamentar a sua ida, já que, nas trocas de ideias sempre resisti a essa hora. Mas chega um momento em que as imposições da hora nos fazem refletir e concluir que não é mais possível tê-lo entre nós. Afinal, a recém-criada 2ª Câmara Criminal precisa de alguém que já esteja no tribunal e tenha também profundo conhecimento do Direito Penal, para lá contribuir com a excelência de julgamentos. Vossa Excelência poderá, por certo, contribuir em muito para o sucesso dessa nova empreitada. Sai da cena da 2ª Câmara Cível o desembargador Miguel Monico. Ficam seus exemplos e ensinamentos. Desejo à Vossa Excelência sucesso e felicidades nessa nova empreitada, na certeza de que o sucesso vai ser obtido e a felicidade alcançada. Às vezes o sucesso não se traduz em felicidade, mas eu tenho certeza que, na sua vida, ambos coincidirão. Seja feliz na 2ª Câmara Criminal. Sinta-se como o soldado que pode dizer: Missão finda, dever cumprido, consciência tranquila. Que Deus lhe abençoe e lhe permita um profícuo trabalho, como o que foi atingido nesta Câmara, no curso desses quase cinco anos. Parabéns.