O Reiki como um Contributo para a Prática de Enfermagem: Revisão Sistemática da Literatura Reiki as a contribution to the Practice of Nursing: Systematic Literature Review AUTORES Luís Manuel Mota de Sousa, Doutorando em Enfermagem, Universidade Católica Portuguesa. Mestre em Politicas de Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, Escola Superior Enfermagem de Lisboa. Licenciado em Enfermagem, Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa. Licenciado em Gestão em Saúde. Praticante do 3º Nível Reiki (Mestre), Sistema de Usui Shiki Ryoho. Professor Assistente na Universidade Atlântica: Escola Superior de Saúde Atlântica. Contacto: [email protected]. Sandy Silva Pedro Severino, Mestre em Gestão da Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública. Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias. Licenciada em Enfermagem, Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa. Licenciada em Biologia Humana, University of Toronto. Praticante do 3º Nível Reiki (Mestre), Sistema de Usui Shiki Ryoho. Contacto: [email protected]. Cristina Maria Alves Marques-Vieira, Doutoranda em Enfermagem, Universidade Católica. Portuguesa.Mestre em Comportamento Organizacional, Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação, Escola Superior Enfermagem de Lisboa. Licenciatura em Enfermagem, Praticante do 1º Nível Reiki (iniciada), Assistente no Instituto de Ciências da Saúde de Lisboa da Universidade [email protected] Católica Portuguesa. Contacto: RESUMO O Reiki é uma cura espiritual e energética, sendo considerado um método holístico e sagrado de proporcionar equilíbrio e harmonia nas várias dimensões da pessoa. Pretendemos conhecer o estado do conhecimento sobre o impacto que o Reiki tem enquanto intervenção de enfermagem na saúde das pessoas. Realizou-se uma revisão sistemática de literatura. Foram incluídos estudos que abordassem o Reiki como intervenção de enfermagem, sendo que 27 artigos cumpriam os critérios de inclusão e exclusão. Como resultados obtivemos benefícios no que respeita à diminuição da dor, ansiedade, sintomas de depressão e stress, assim como, o aumento do conforto, relaxamento e qualidade de vida. A sua inclusão na prática de Enfermagem poderá revelar-se como um contributo para um efetivo ganho em saúde. Descritores: Reiki, enfermagem e saúde ABSTRACT Reiki is known as a form of spiritual and energetic healing which uses universal energy, being considered a sacred and holistic method of attaining equilibrium and harmony in all aspects of being. We intend to know the state of knowledge with regards to the role of Reiki in nursing intervention, health and overall well-being. A systematic literature review was performed. Studies that addressed Reiki as a nursing intervention were included, of which 27 articles met the inclusion and exclusion criteria. Reiki presents benefits with respect to decrease in pain, anxiety, depression and stress symptoms, as well as, an increase in comfort, relaxation and increase in quality of life. Its inclusion in the practice of nursing may prove as a contribution to an effective health gain. Descriptors: Reiki, health and nursing. INTRODUÇÃO Os 5 Princípios do Reiki Só por hoje não me irrito ou estou calmo, Só por hoje não me preocupo ou Só por hoje eu confio, Só por hoje sou grato, Só por hoje trabalho arduamente (o meu interior) e Só por hoje, sou bondoso para com todos (os seres vivos, assim como para mim) (1). A saúde é considerada como um bem precioso, por isso, procura-se de forma persistente mecanismos que a complementem, integrem e salvaguardem. Atualmente as pessoas ocidentais recorrem a terapias integrativas em maior número do que no passado, devido ao aumento na insatisfação com os resultados obtidos na saúde com intervenções convencionais. Os defensores da cura energética sustentam que esta melhora a saúde, tanto a nível mental, como físico, através do desenvolvimento pessoal e espiritual. Reiki trata-se de uma forma de tratamento espiritual e energético que utiliza a energia universal. A palavra Reiki provém dos dois kanjis japoneses, onde “Rei” significa espírito e “ki” significa energia ou energia vital/universal (2), assim sendo, é considerado um método holístico e sagrado de conseguir equilíbrio e harmonia nas várias dimensões do ser (físico, emocional, mental e espiritual). Esta forma de tratamento espiritual foi desenvolvida no Japão, pelo Mikao Usui, e introduzido no Ocidente pela Mestre Takata na década de 40 (1, 3) , sendo denominado de método tradicional Usui. O Reiki envolve ritos de iniciação específicos, ensinamentos espirituais e uma herança de mestres oficiais. Um tratamento de Reiki consiste habitualmente, numa sequência de 12 posições de mãos colocadas diretamente no corpo, ou ligeiramente acima do mesmo, nos locais dos chakras (centros energéticos). A imposição das mãos é leve e não manipuladora. O Reiki difere de outras formas de tratamento energético, pois o terapeuta/praticante não utiliza a sua energia vital mas apenas serve de canal energético, também considerado um agente passivo da energia vital, canalizando a energia vital para reequilibrar a energia vital da pessoa de quem está a tratar, ou a sua, consoante o caso. Existem três níveis na prática de Reiki. No primeiro nível, Shoden, o praticante passa por um processo de purificação e fica apto a aplicar Reiki a si próprio e a terceiros. No Okuden, segundo nível, torna-se possível o envio de energia através do espaço e do tempo, através do uso de yantras (Grafia, desenho) e mantras (som). Por último, no terceiro nível, Shinpiden, fica-se apto a transmitir as iniciações e sintonizações do Reiki, podendo potencialmente vir a ser um Mestre de Reiki (1) . Durante o tratamento os bloqueios emocionais são libertados, permitindo que o recetor contacte com sentimentos previamente reprimidos (4). A cura energética tem como foco principal o emergir do inconsciente, de forma a permitir ao sujeito contactar com matéria oculta no seu ser, de uma forma tranquila e relaxada. Um dos benefícios mais mencionados do Reiki, é a capacidade de relaxamento e redução de stress (5) . Face às características desta cura energética, é difícil conduzir estudos para demonstrar a sua eficácia e eficiência na resolução de problemas de enfermagem. Com esta revisão sistemática da literatura pretende-se conhecer o estado do conhecimento sobre o Reiki, enquanto intervenção de enfermagem, na saúde das pessoas. Foram analisados os contributos da investigação realizada entre janeiro de 2001 e Julho de 2012, de forma a compreender a intervenção Reiki e as respostas humanas subjacentes à mesma. De seguida procedeu-se à descrição dos procedimentos metodológicos utilizados nesta revisão sistemática da literatura, depois a descrição e análise dos artigos, terminando com a discussão dos resultados encontrados. Para finalizar, surge a conclusão com os principais resultados e algumas recomendações para um futuro trabalho empírico nesta área. MÉTODO Ao iniciar a revisão sistemática da literatura temos como objetivos conhecer e analisar o estado da arte sobre o impacto que o Reiki tem enquanto intervenção de enfermagem, na saúde e bem-estar das pessoas. A pesquisa corresponde ao período de janeiro de 2001 a julho de 2012. Utilizou-se a questão de investigação: “Qual o papel do Reiki na saúde das pessoas?”. Para responder à mesma, foram incluídos estudos que abordassem o Reiki como intervenção de enfermagem. O Reiki no âmbito de enfermagem além de não ser considerado uma intervenção, também não foi suficientemente estudado, por isso incluiremos todos os estudos empíricos que utilizassem desenhos qualitativos e quantitativos. Como critérios de exclusão foram tidos os artigos que: não apresentavam estudos empíricos; que apresentavam falta de informação para preencher os critérios de análise PI[C]OS - Participantes, Intervenções, Comparações, Resultados (Outcomes) e Estudos (Study Design) (6) ; revisão da literatura e meta-análise; foram publicados antes de 2000; Estudo realizados em animais; e por último, dissertações e teses. Nesta revisão sistemática da literatura utilizaram-se como descritores as seguintes palavras: Reiki; intervention; effects; results/outcomes; nursing/nursing care; health; illness/disease/sickness e wellness/wellbeing/welfare. A pesquisa bibliográfica decorreu em julho de 2012, não só manualmente (na biblioteca de uma universidade da região de Lisboa), como também pesquisas eletrónicas. Recorreu-se a diferentes fontes de informação, como sejam, a Biblioteca Nacional, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), Repositórios da Universidade do Minho, Porto, Coimbra, Lisboa e ISCTE. Acedeu-se à área reservada do sítio da Ordem dos Enfermeiros para pesquisar na Biblioteca do Conhecimento Online (Elsevier - Science Direct (Freedom collection), SpringerLink (Springer/Kluwer), Wiley Online Library (Wiley), Academic Search Complete, PubMed, Web of Science (ISI), Current Contents (ISI), assim como no motor de busca EBSCO Host [CINAHL®, Nursing & Allied Health Collection, British Nursing Index, Cochrane Collection, que inclui: Cochrane Central Register of Controlled Trials; Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR) e Database of Abstracts of Reviews of Effects (DARE), MedicLatina, MEDLINE®]. Pesquisou-se ainda na SciElo e para complementar a pesquisa, o motor de pesquisa Google Scholar. Na seleção de estudos relevantes considerou-se, ainda, as referências bibliográficas mencionadas nos artigos escolhidos. Numa primeira análise através da leitura do título e palavras-chave foram identificados 60 artigos que pareciam importantes para responder à questão em estudo. Destes, após a leitura do abstract, aceitaram-se 27 para a revisão sistemática e rejeitaram-se 33 artigos, tendo em consideração os critérios de exclusão (25 artigos de opinião e 4 revisões sistemáticas e 2 estudos que envolviam animais, 2 estudos que envolviam várias terapias e Reiki). Procedeu-se seguidamente à aplicação das tabelas por nós traduzidas do manual User Manual: Version 5.0 System for the Unified Management do Joanna Briggs Institute, relativamente a Estudos Ensaios clínicos controlados e Randomizados (p.122); Estudos descritivos/ Estudos de series de Casos (p. 124) e Estudos qualitativos (p. 89) (7). Na fase seguinte procedeu-se à leitura integral de cada artigo selecionado, sendo recolhida informação sobre o ano, o país, o(s) autor(es), os participantes, as intervenções, os resultados e o desenho do estudo. Os dados obtidos foram colocados numa tabela, de forma a facilitar a leitura e compreensão da informação, perfazendo um total de 27 artigos (Tabela1). TABELA 1: Autor (es) / Ano/País Assefi N, Bogart A, Goldberg J, Buchwald D. 2008. Estados Unidos da América ÁvilaSansores, G, Participantes Intervenção Comparação Resultados 100 participantes com fibromialgia. Critérios de seleção: falar inglês, >18 anos, diagnóstico médico de fibromialgia, ter uma avaliação de dor >4 numa escala visual análoga (VAS), aceita ser randomizado, manter tratamentos farmacológicos e não farmacológicos durante o estudo, utiliza apenas paracetamol e brufen para o controlo da dor. Utilizados 3 mestres de Reiki femininos (método Usui) com experiência entre 5 a 18 anos; 4 atores semelhantes aos mestres de reiki em termos de faixa etária, género, etnia e aspeto geral para as experiências de controlo. Divididos em 4 grupos de tratamento Tratamento: Um grupo com 30 minutos de contacto direto com o mestre de Reiki e com o posicionamento das mãos em cada uma das 12 posições; outro grupo de tratamento à distância (aproximadamente a um metro) com mestre. O terceiro e quarto grupo, com características semelhantes, mas em vez de mestre de Reiki era um ator. O tratamento foi realizado duas vezes por semana, durante 8 semanas. O VAS foi avaliado antes, durante (semana 4), no final do tratamento (semana 8) e 3 meses após o final do tratamento. Resultados secundários (funcionamento físico e mental) foram avaliados utilizando o Medical Outcomes Study 36-item ShortForm Health Survey. Realizada análise estatística descritiva. Sessões de 30 minutos, 3 vezes por semanas durante 3 meses Sim Não houve diferença entre o VAS e o resultado funcional para os 4 grupos de tratamento durante ou após o tratamento. A média de analgésicos era 29% mais baixa nos participantes que estavam no grupo dos mestres de Reiki, sendo esta a única diferença. Sim Melhoria no controlo da glicose e colesterol 23 Pessoas com diabetes tipo 2 Desenho do Estudo Quantitativo, RTC, cego. Quantitativo Correlaciona, GómezAguilar P, Tuz-Poot F. 2010. México Birocco N, Guillame C; Storto S et al. 2011. Itália Bowden D, Goddard L, Gruzelier J. 2011. Reino Unido Catlin A, Taylor-Ford R. 2011. Estados Unidos da América DíazRodríguez L, ArroyoMorales M, CantareroVillanueva I et al. 2011a, Espanha Díaz- quasiexperimental 118 pessoas com cancro em quimioterapia 4 sessões de 30 minutos. Não Melhoria do bem-estar, relaxamento, alívio da dor, qualidade do sono, e redução da ansiedade Os participantes com alta ansiedade e / ou depressão que receberam Reiki tiveram uma progressiva melhoria do humor global, sendo significativamente melhor nas cinco semanas seguintes, Não se verificou nenhuma mudança no grupo controlo. Melhoria no conforto e bemestar relativamente aos cuidados usuais (G1) Não encontraram diferenças entre Reiki (G2) e simulação (G3) Quantitativo. Descritivo 40 estudantes universitários, metade com nível alto de depressão e/ou ansiedade e outra metade com nível baixo de depressão e/ou ansiedade 189 Pessoas com cancro num centro de quimioterapia 6 sessões de 30 minutos de Reiki e placebo de Reiki, durante 2 a 8 semanas. Sim G1 – cuidados usuais, sem intervenção de Reiki G2 – 20 minutos de simulação de Reiki G3 – 20 minutos de Reiki Sim 18 Enfermeiras com síndrome de Burnout Um grupo recebeu uma sessão de Reiki de 30 minutos e outro recebeu simulação de Reiki. Sim Aumento da resposta de IgAs e diminuição da pressão arterial diastólica Quantitativo RCT Duplamente cego 21 Profissionais de Sessões de 30 minutos de Reiki e placebo Sim O Reiki tem um efeito sobre o Quantitativo Quantitativo, RTC Quantitativo RCT Duplamente cego Rodríguez L, ArroyoMorales M, Fernándezde-las-Peñas C et al, 2011b, Espanha Gillespie E, Gillespie B, Stevens M. 2007. Reino Unido saúde com burnout sistema nervoso parassimpático RCT Cego 207 pessoas com nefropatia diabética dolorosa (PDN), distribuídas por 3 grupos: um submetido a Reiki (n= 93); simulação de Reiki (n= 88); e Cuidados habituais (n= 26). Com o objetivo de reduzir a dor na pessoa com nefropatia diabética. Os participantes receberam sessões de 25 minutos, na primeira semana 2 sessões, seguindo-se um tratamento semanal durante 12 semanas. Sim O tratamento de Reiki não foi mais efetivo que a simulação de Reiki na diminuição da dor e no aumento da distância percorrida. Os cuidados habituais foram menos efetivos. Quantitativo, RTC, semiduplocego. Hargrove T. 2008. Estados Unidos 10 praticantes de Reiki Entrevistas. Abordagem fenomenológica. Não Os temas que surgiram foram os seguintes: 1) Razões para se tornar um Praticante, 2) Equilíbrio como Saúde, 3) Crescimento Pessoal, 4) Facilitador e Condutor, 5) Confiança e Intuição, 6) autocuidado, 7) Dúvidas e validação, 8) Iniciações e, 9) Sensações durante uma sessão de Reiki. *Qualitativo Kumar R, Kurup P. 2003, Índia 15 pessoas com epilepsia refractária e idades entre os 20 e 30 anos, sendo 8 do género masculino e 7 do género feminino Houve um grupo de controlo (pessoas saudáveis). Foi aplicado Reiki 3 vezes por semana durante 3 meses. Foi colhido sangue em jejum e avaliados os seguintes parâmetros: no início da terapia e no final dos 3 meses de terapia (HMG CoA reductase plasmática, digoxina sérica, magnésio sérico e membrana Na +-K + ATPase). Assim como os níveis no soro de dopamina, a tirosina, noradrenalina, triptofano, serotonina e ácido quinolínico. Sim Os resultados deste estudo revelaram que o Reiki melhora a relação entre corpo, mente e do espírito, e inicia uma redefinição de saúde para os profissionais. Os resultados foram consistentes com pesquisa anterior demonstrando a relação entre Reiki e diminuição da tensão, ansiedade, e aumentou habilidades coping. Antes da intervenção a atividade da HMG CoA redutase e concentração de digoxina sérica estavam aumentadas e RBC membrana Na +-K + ATPase e magnésio no soro estavam reduzidos. Após o tratamento com Reiki a atividade de HMG CoA redutase e concentração de digoxina estava reduzida reduzidas e RBC membrana Na+, K+, ATPase e magnésio séricos estavam aumentados. A concentração de triptofano, ácido quinolínico e serotonina estava aumentada enquanto a dopamina tirosina, e noradrenalina estava diminuída antes do Reiki Quantitativo RTC Mackay N, Hansen S, McFarlane O. 2004. Reino Unido. 45 voluntários saudáveis, distribuídos por 3 grupos: MehlMadrona L, Renfrew N, Mainguy B. 2011. EUA 35 Pessoas com VIH Meland B. 2009. Estados Unidos da América 6 participantes entre os 68 e os 91 anos, com diagnóstico de demência, G1- Um grupo esteve em repouso durante o período de tratamento; G2 - Reiki durante 30 minutos, seguido de 10 minutos de repouso; G3 - Posições de reiki por pessoa não iniciada, durante 30 minutos, seguido de 10 minutos de repouso. Os dados foram colhidos após um período de 15 minutos de descanso antes da intervenção e 30 minutos após a intervenção. Sessões de 90 minutos de Reiki aplicadas semanalmente durante 3 anos. Realizadas entrevistas Aplicado uma sessão de 20 min de Reiki, 2 vezes por semana durante 4 semanas. Um enfermeiro registava a tensão arterial e a frequência cardíaca antes e depois de cada sessão. Sim Não Não Após intervenção a concentração de triptofano, ácido quinolínico e serotonina estava reduzida, contudo, a dopamina tirosina e noradrenalina estavam aumentadas. A frequência das crises pós-Reiki mostrou uma diminuição significativa. Este estudo indica que o Reiki tem algum efeito sobre o sistema nervoso autónomo, nomeadamente, a diminuição significativa da frequência cardíaca e tensão arterial. Maior capacidade de lidar com vícios e gerir o aconselhamento, cicatrização de feridas, melhoria na contagens das célula T e maior capacidade na execução nas atividades de vida diária. Referiram menos ansiedade após cada sessão cumulativamente durante as próximas 3 semanas. Existiu uma diminuição da ansiedade Quantitativo RTC, cego. Qualitativo Qualitativo, Quantitativo. ansiedade e dor. A escala de Wong-Baker foi utilizada para avaliar o estado geral e a dor de cada doente antes e após cada sessão. Mitchell K. 2006. Canadá 4 pares de utentepraticante (amostra de conveniência) Entrevistas antes e depois da intervenção. Entrevista telefónica 48 horas após. Abordagem fenomenológica. Não Richeson N, Spross J, Lutz K, Peng C. 2010. Estados Unidos da América 20 idosos selecionados aleatoriamente que apresentavam dor, ansiedade e depressão. Divididos em dois grupos (intervenção e controlo). Foi aplicado um questionário antes e após a intervenção com Escala de Ansiedade de Hamilton, de depressão (Geriatric Depression Scale-Form Short), Escala de Faces para avaliar a dor, tendo sido também avaliada a frequência cardíaca e a pressão arterial. O grupo experimental recebeu uma sessão de Reiki de 45 minutos, 1 dia por semana, durante 8 semanas. A sessão foi aplicada por mestres em Reiki (com 8 a 10 anos de experiência). A sessão incluía a técnica Sim em 5 doentes. 3 pessoas fizeram o estudo com dor, sendo que 1 refere uma diminuição de 1 ponto na escala da dor, e outro uma diminuição de 3 pontos. Alívio de sintomas específicos, bem como efeitos mentais e emocionais, tais como diminuição da ansiedade e uma melhor capacidade de lidar com situações estressantes foram experimentados por doentes. Despertar espiritual e conexão foi atribuída às sessões de Reiki. Alguns profissionais experientes referiram diferentes experiências sensoriais que atribuíram à energia Reiki. Foram observadas diferenças significativas entre os grupos, relativamente à avaliação da dor, depressão e ansiedade. A análise de conteúdo revelou cinco grandes categorias de respostas: Relaxamento; Melhoria dos sintomas físicos, do humor e do bem-estar; Curiosidade e o desejo de aprender mais, Melhoria do autocuidado e *Qualitativo Qualitativo. Salach M. 2006. Estados Unidos da América Salomé G. 2009. Brasil 8 doentes com Alzheimer ou demência e que tinham depressão e / ou ansiedade 3 Enfermeiros e 3 auxiliares de enfermagem Sewduth S. 2009. África do Sul Shiflett S, Nayak S, Bid C et al. 2002. Estados tradicional de imposição técnicas avançadas de Reiki como o Nentatsu-ho, Byosen Reikian-ho e Reiji-ho. Foram feitas entrevistas semiestruturadas e feita análise de conteúdo. 4 receberam sessões de Reiki e 4 receberam uma simulação de Reiki de 30 minutos por sessão, uma vez por semana durante oito semanas. Respostas sensoriais e cognitivas ao Reiki. Sim No grupo Reiki verificou-se uma redução da tensão arterial e da depressão e ansiedade *Quantitativo RCT Entrevistas semiestruturadas após a aplicação do Reiki. Não Qualitativo 7 pessoas com VIH Num período de 6 meses, 7 pessoas portadoras de VIH fizeram sintonização em Reiki, autocura de 21 a 30 dias. Foram feitas entrevistas. Não 50 pessoas com AVC subagudo (31 homens e 19 mulheres). Os participantes foram distribuídos por 3 grupos randomizados: o tratamento por um mestre de Reiki, o tratamento por um praticante Reiki do primeiro nível, e Sim Sentiram a ativação da sua energia, que acalmaram suas dores, promovendo um relaxamento corporal e diminuindo a ansiedade Melhoria dos sintomas, aumento do nível de energia, melhoria do padrão de sono, diminuição da depressão e ansiedade, maior consciência espiritual e maior capacidade de lidar com situações stressantes, raiva, depressão e autoculpa, Estes resultados positivos permitiram que os entrevistados procurassem emprego, deixassem relações pessoais destrutivas e voltassem para os familiares. Não se verificaram diferenças na funcionalidade e na depressão. As diferenças encontradas devem-se às *Qualitativo Quantitativo, RTC. Unidos da América Shore A. 2004. Estados Unidos América tratamento de Reiki simulado. Foram realizadas 10 sessões de 30 minutos ao longo de duas semanas e meia. Foram aplicados questionários com a medida de independência funcional (MIF) e uma escala de depressão (CES-D). Foi feito tratamento estatístico. 46 participantes, entre os 19 e 78 anos, necessitando de tratamento para sintomas de depressão e stress, selecionados de forma aleatória. Posteriormente divididos, aleatoriamente, em 3 grupos (Reiki presencial, Reiki não presencial (à distância); Reiki não presencial placebo. Antes de ser aplicado Reiki foram avaliados através da escala de Beck Depression Inventory (BDI), Beck Hopelessness Scale (HS) e Perceived Stress Scale (PSS), apresentando um valor médio de 13.12 (BDI), indicando uma classificação moderada de depressão. Utilizaram-se 12 Mestres de Reiki e 3 praticantes de Reiki do 2º nível. As sessões de Reiki tinham a duração entre 1h a 1h30, ocorrendo uma vez por semana durante o período de 6 semanas. Doentes que recebiam o placebo pensavam que estavam a receber Reiki, e os que estavam a receber Reiki presencial, pensavam que estavam a receber o placebo. Sim variáveis idade, género e tempo de reabilitação. Os participantes não encontram diferenças entre os praticantes de Reiki e o placebo (simulação de Reiki). As análises post-hoc sugerem que o Reiki tem efeitos limitados no humor e no nível de energia, no entanto estes não se devem à atenção dada à pessoa e ao efeito placebo. As medidas MANOVA (método de análise) demonstraram que existe uma diferença significativa entre o grupo de Reiki presencial e do Reiki não presencial placebo e entre o grupo de Reiki não presencial e o de Reiki não presencial placebo. Esta diferença significativa manteve-se mesmo um ano após o final do tratamento. Não existe diferença significativa entre o grupo de Reiki presencial e o de Reiki não presencial. Apresentaram uma redução significativa nos sintomas depressivos (BDI). Reiki apresenta uma redução a longo prazo dos sintomas Quantitativo, RTC, Cego. depressivos. Vandervaar S. 2011. Canadá 80 mulheres grávidas submetidas a cesariana eletiva Intervenção (n=40) recebeu Reiki à distância. Controlo (n=40) apenas cuidados habituais Sim Não existem diferenças nos dois grupos. Concluiu-se que o Reiki à distância não era adequado como principal método de controle da dor após cesariana. Não houve diferença na redução da dor nos dois grupos. **Quantitativo RCT Vandervaart S, Berger H, Tam C et al. 2011. Estados Unidos da América Vitale M, Grassa M, Lombardi F et al. 2005. Itália 80 Mulheres após cesariana eletiva G1 - cuidados usuais e G2 – cuidados usuais e 3 Sessões de reiki à distância Sim 35 Pessoas com cancro avançado Sessões de Reiki 2 a 3 vezes por semana durante 6 sessões em média. Não Aumentou o relaxamento e satisfação. Melhorou a qualidade de vida global, por diminuição da dor, ansiedade, náuseas e vómitos Quantitativo Descritivo Vitale A. 2009. Estados Unidos da América) Wardell D, Engebretson J. 2001. Estados Unidos da América 11 Enfermeiros praticantes de Reiki Foram realizadas entrevistas e analisadas através do método de Colaizzi. Não Qualitativo Fenomenológi co Pretendia-se estudar os efeitos do Reiki no relaxamento ou redução do stress. Foram avaliados marcadores biológicos relacionados com a redução de stress, nomeadamente IgA salivar e cortisol, pressão arterial, resposta galvânica da pele (GSR), tensão muscular e Não Surgiram temas como gestão do stress diário, auto cura, a espiritualidade e a interconexão de si mesmo e com outros A comparação dos dados antes e após as medidas, demostraram que a ansiedade foi significativamente reduzida, os níveis salivares de IgA aumentaram significativamente, no Amostra de conveniência com 23 indivíduos saudáveis. Quantitativo RCT Duplamente cego Quantitativo. temperatura da pele. Os dados foram colhidos antes, durante e imediatamente após a sessão. entanto, o cortisol salivar não foi estatisticamente significativo. Houve uma queda significativa na pressão arterial sistólica. A temperatura da pele e os resultados do eletromiógrafo (EMG) não foram significativas. Webber G. 2006. Austrália 10 cuidadores praticantes de Reiki Entrevistas semiestruturadas a praticantes de Reiki que cuidam de pessoas com demência Não Whelan K, Wishnia G. 2003. Estados Unidos da América 8 Enfermeiras, mestres em Reiki. Amostragem bola de neve Entrevistas com 17 questões afirmativas/negativas. Análise dos dados através do método de Giorgi. Não O Reiki é uma terapia holística complementar fácil de aprender e fácil de usar, que tem o potencial de melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência, dos seus familiares e cuidadores. Verificou-se uma melhoria do bem estar físico, psicológico, mental e emocional, bem como melhoria da relações e redução de comportamentos negativos após o uso de Reiki. Surgiram os temas benefícios para o praticante, benefícios para os clientes, aumento da perceção sensorial das enfermeiras, aura e chakras, aumento da satisfação dos enfermeiros, vantagens e desvantagens de ser *Qualitativo Qualitativo praticante de Reiki e enfermeiro. Legenda: Ensaio Clínico Aleatório Controlado (Randomized Clinical Trials: RCT). * Dissertação de Mestrado. ** Tese de Doutoramento. RESULTADOS Foram analisados 27 artigos que cumpriam os critérios de inclusão. O número de artigos incluídos e a sua distribuição pelo ano de publicação encontra-se no Quadro 1. Quadro 1: Número de Artigos Publicados por Ano de Publicação Número de Artigos Publicados 8 4 3 2 1 2001 2 2 1 1 2002 2003 2004 2 1 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Ano de Publicação Quanto aos países de origem dos artigos analisados estão especificados no Quadro 2, com o respetivo número de artigos por país. Número de Artigos Publicados Quadro 2: Número de artigos por país de origem 2001-2011 13 1 1 2 1 2 1 2 3 1 País de Origem Dos artigos analisados, 17 apresentam desenhos com metodologia quantitativa (13 são RCT, ou seja, ensaios clínicos aleatórios controlados, em que 8 destes são ensaios clínicos cegos), um apresenta metodologia quantitativa e qualitativa e 9 metodologia qualitativa. Os participantes eram estudantes de enfermagem, enfermeiros, idosos, mulheres grávidas submetidas a cesariana, pessoas saudáveis e enfermeiros com Burnout, pessoas com patologia associada (diabetes tipo 2, Pessoas com cancro, fibromialgia, epilepsia refratária, neoplasias sob acompanhamento paliativo, nefropatia dolorosa, demências, Alzheimer, ansiedade, dor, depressão, stress e Acidente Vascular Cerebral, pessoas com VIH). As amostras variaram entre 4 a 207 participantes. As sessões de Reiki foram aplicadas pelos praticantes de Reiki , desde o nível I (iniciado) ao nível III (mestre), tendo uma duração que variou entre 20 minutos (12) a 3 meses 59) a 1h30 minutos (42) (13) ,1 (21) a3 (11, 42) vezes por semanas, durante 2 semanas . A maioria dos estudos utilizou sessões de 30 minutos (5, 9, 18, 42, 44, 49, 51, 53, . Num estudo, mestres em Reiki sintonizaram os participantes em Reiki, e estes fizeram auto-tratamentos de 21 a 30 dias seguidos que a aplicação foi efetuada durante 3 anos (47). mas também se utilizaram sessões à distância (54) . Encontrou-se um estudo em As maioria das sessões foi presencial, (9, 50, 58) . Os resultados desta revisão sistemática da literatura foram agrupados em duas dimensões: Reiki enquanto intervenção de enfermagem e respostas humanas ao Reiki. Na dimensão Reiki enquanto intervenção de enfermagem, procuram normalizar o processo intervenção de modo a não haver diferenças entre os praticantes Reiki e a simulação de Reiki, de modo a controlar o efeito placebo (5, 9, 13, 18, 44, 45, 49, 53, 59). Nas respostas humanas ao Reiki verificou-se: benefícios no controlo e gestão da dor; benefícios na pessoa com doença oncológica; benefício na pessoa com Alzheimer; benefícios na pessoa com stress, ansiedade e depressão; benefícios neuroendócrinos e imunológicos e benefícios na pessoa com VIH. No controlo e gestão da dor verificou-se uma diminuição do número de analgésicos em pessoas com fibromialgia, após 30 minutos de Reiki, doze posições aplicadas por mestres em Reiki, duas vezes por semana durantes oito semanas (9) ; redução da dor em pessoas com nefropatia diabética dolorosa, após aplicação de sessões de 25 minutos, 2 vezes por semana durante 12 semanas (mas sem diferenças entre grupo simulação e Reiki) (21) ; Não se verificaram diferenças entre cuidados habituais e sessões de Reiki à distância na redução da dor pós-cesariana (50, 58). No âmbito da pessoa com doença oncológica constatou-se um aumento do relaxamento e da satisfação. Verificou-se uma melhoria da qualidade de vida global, por diminuição da dor, ansiedade, náuseas e vómito quando aplicado Reiki de 2 a 3 vezes por semana (43) ; melhoria no conforto e bem-estar após 20 minutos de Reiki (45) e melhoria do bem-estar, relaxamento, alívio da dor, qualidade do sono, e redução da ansiedade após 4 sessões de 30 minutos de Reiki (51) . Em pessoas com doença de Alzheimer e demência observou-se uma melhoria da função mental, memória e comportamento nas pessoas com Doença de Alzheimer, quando aplicado 30 minutos de Reiki, uma vez por semana, durante quatro semanas (14) e diminuição da ansiedade e da dor em pessoas com diagnóstico de demência e dor após 20 minutos de Reiki, duas vezes por semanas durantes quatro semanas (12) . Em pessoas com stress, ansiedade e depressão verificou-se: redução dos sintomas depressivos a longo prazo, em pessoas com sintomas de depressão e stress, após sessões que variavam entre 1h a 1h30 minutos, uma vez por semana, durante seis semanas(13) e melhoria do humor global em estudantes com um índice de ansiedade/ou depressão elevado, quando aplicado 30 minutos de Reiki durante 2 a 8 semanas (53). Nos benefícios do Reiki a nível neuro-endócrino e imunológicos encontrou-se redução da frequência cardíaca e tensão arterial em pessoas saudáveis, após sessões de Reiki de 30 minutos (5) ; redução da frequência de crises de epilepsia refratária, após aplicação de Reiki, três vezes por semana, durantes três meses (11) ; Diminuição dos níveis de ansiedade e tensão arterial e aumentos dos níveis de IgA salivar, em pessoas saudáveis (17) ; Melhoria do colesterol e glicémia em pessoas com diabetes tipo 2, quando aplicado sessões de 30 minutos, 3 vezes por semanas durante 3 meses (42) ; efeito no sistema nervoso parassimpático em profissionais de saúde com burnout após sessões de Reiki de 30 minutos (44) ; aumento da resposta da IgA e diminuição da pressão arterial em enfermeiras com Síndrome de Burnout após 30 minutos de Reiki (49) ; diminuição da tensão em praticantes de Reiki (57) ; Não se verificaram melhorias da funcionalidade e depressão em pessoas com AVC, apenas melhoria do humor e energia (18), Na pessoa com VIH os benefícios encontrados foram maior capacidade de lidar com vícios e gerir o aconselhamento, cicatrização de feridas, melhoria na contagens das célula T e maior capacidade na execução nas atividades de vida diária após 90 minutos de reiki por semana, durante 3 anos (47) e melhoria dos sintomas, aumento do nível de energia, melhoria do padrão de sono, diminuição da depressão e ansiedade, maior consciência espiritual e maior capacidade de lidar com o sress, raiva, depressão e autoculpa, após sintonização em reiki e auto-tratamentos de 21 a 30 dias (54). Em estudos qualitativos foram documentados benefícios gerais tanto para o recetor como para o facilitador/praticante de Reiki. Nos praticantes de Reiki, verificou-se diminuição da ansiedade, e aumento das habilidades de coping (57) ; Gestão do stress, interconexão consigo mesmo e com os outros em enfermeiros praticantes de Reiki (46) ; melhoria do bem estar físico, psicológico, mental e emocional, bem como melhoria da relações e redução de comportamentos negativos após o uso de Reiki em 10 cuidadores praticantes de Reiki (55) ; Referiram benefícios para o cliente e praticante de Reiki e aumento da satisfação dos enfermeiros (mestres em Reiki) (52) e relaxamento corporal e diminuindo a ansiedade em enfermeiros e auxiliares de enfermagem (48) . Num estudo em pessoas submetidas a Reiki, verificou-se a diminuição da ansiedade e uma melhor capacidade de lidar com situações estressantes (56) e em idosos que participaram em sessões de 45 minutos, uma vez por semana, durante oito semanas, referiram sentir: relaxamento, melhoria dos sintomas físicos, do humor e do bem-estar, tiveram curiosidade e desejo de aprender mais sobre o Reiki, bem como, referiram ainda melhoria do autocuidado e das respostas sensoriais e cognitivas (20). DISCUSSÃO Esta revisão sistemática da literatura identificou alguns RCT no âmbito do Reiki. De um modo geral os estudos não refutam a ideia de que o Reiki tem algum potencial como terapia complementar, no entanto, a evidência dos estudos é baixa, uma vez que as amostras têm um número reduzido de participantes. Dos 13 RCT, 8 são estudos cegos(5, 9, 13, 21, 44, 45, 49, 50) , de modo a contornar o efeito placebo do toque do terapeuta. Nesse sentido, foi feita formação a terapeutas de modo a simularem os procedimentos da imposição das mãos. Num estudo não se encontram diferenças de perceção dos recetores, relativamente à intervenção dos terapeutas de Reiki e dos terapeutas que simulavam Reiki (placebo)(8, 9, 18, 45, 53). Nos RCT analisados, verificouse que foram utilizados vários instrumentos para avaliar os resultados, tais como a qualidade de vida, a dor, a depressão e a ansiedade. Desta forma, as diferenças nos resultados podem vir da adequação do instrumento utilizado, em particular da qualidade de vida e da depressão. Apesar da fiabilidade e validade dos instrumentos utilizados, os resultados obtidos, estão sujeitos a enviesamentos (22) . As nossas conclusões são semelhantes às conseguidas anteriormente (23, 24, 22, 25) , sobretudo no que respeita à diminuição da dor, ansiedade, sintomas de depressão e stress, assim como, aumento do confronto, relaxamento e melhoria da qualidade de vida. Estudos realizados anteriormente, também verificaram a diminuição da dor na extração dos dentes molares (26) ; redução da dor nas primeiras 24 horas após histerectomia via abdominal, com aplicação de três sessões de Reiki de 30 minutos (10) A redução da dor, depressão e ansiedade em pessoas com doenças crónicas (27, 28, 29, 30) . Estudos em ratos demonstram haver uma redução dos efeitos do stress ambiental após aplicação de Reiki (31, 32) . Além disso, o Reiki provoca um profundo relaxamento e sensação de bem-estar, com diminuição da dor (33, 30) Reiki a pessoas no pós-operatório de várias cirurgias . Num estudo em que foi aplicado (34) , constatou uma diminuição da dor e uso de medicação analgésica, diminuição da demora média de internamento e aumento da satisfação do cliente. Contudo, há a referir um estudo que não apresentou efeitos na redução do stress psicológico nas mulheres submetidas a biopsia da mama (19) . Relativamente à intervenção em doenças oncológicas os resultados são similares em estudos anteriores, nomeadamente, diminuição da fadiga, dor e ansiedade nas pessoas com neoplasia com aplicação de cinco sessões numa semana (15) e melhoria da qualidade de vida e redução da dor em pessoas em cuidados paliativos por neoplasia em estadio avançado (16). A nível das implicações teóricas que esta terapia pode trazer, considera-se que os enfermeiros estão em condições de liderar a integração de terapias energéticas na prática de cuidados, através de pesquisas no sentido de validar o seu valor (35) . De acordo com a teoria de enfermagem de Watson (36), a dimensão espiritual, ou sagrada, é parte integrante do modelo do cuidado transpessoal que inclui o enraizamento, centralização, intencionalidade, presença, desenvolvimento pessoal, respeito e admiração, aceitação do desconhecido e confiança. Este modelo refere ainda que a esperança pode transformar, tanto o enfermeiro, como a pessoa cuidada. Estas ideias são reforçadas ao ser afirmado que as terapias energéticas fornecem um sentido elevado de consciência espiritual para as partes envolvidas (enfermeiro praticante de Reiki e pessoa com quem presta cuidados) (35). No que diz respeito às implicações práticas, o Reiki habitualmente, está indicado no desconforto físico e psicológico, os enfermeiros poderão ser iniciados em Reiki e aplicar esta terapia na prática clínica. Esta terapia não tem efeitos adversos e precauções (37) , tendo sido aplicada em vários contextos, desde casas residenciais e de enfermagem, instituições psiquiátricas, hospitais, prisões, centros de saúde, centros de reabilitação de no âmbito das dependências, cuidados paliativos, organizações de saúde privadas e centros de VIH/SIDA (28, 30) . Em contextos mais específicos usou-se nos serviços de urgência, serviços de obstetrícia e ginecologia, pediatria e neonatologia e unidade de transplante de orgãos (28) . A nível económico, atualmente a adesão a estas terapias integrativas, requer um grande investimento financeiro anual sendo necessário alguma reflexão por parte dos fornecedores desta terapia no mercado dos cuidados de saúde para a tornar mais acessível. Por isso, é esperado dos enfermeiros estarem conscientes desta realidade, e neste âmbito, se necessário, dar formação a nível da iniciação/sintonização (38) . Em futuras investigações recomenda-se rigor científico, na realização dos RCT, de modo a verificar a relação causa-efeito entre a intervenção Reiki e os resultados clínicos (22) . Neste sentido, os autores dos artigos incluídos nesta revisão sugerem a realização de estudos com amostras mais alargadas (5, 12, 20, 3, 13, 15) , que envolvam pessoas com SIDA, tendências suicidas e neoplasias(13). Além disso, aconselham a realização de RCT cegos para evitar o efeito placebo (8, 16, 15) . A nível dos efeitos do Reiki nos resultados clínicos, os autores recomendam estudos para verificar de que modo a utilização do Reiki influência: Os mecanismos imunológicos (18, 17) ; Os fenómenos psiconeuromoleculares, biológicos e ambientais que mediam os processos metabólicos (11); A resistência vascular periférica (5); e a dor e stress (18). Outras questões formuladas foram a formação dos praticantes de Reiki (12), a utilização de música enviesiará os resultados do Reiki (20) e a intensidade e duração do tratamento que poderá não ser adequada quando os participantes têm dor crónica No entanto outros autores (20) (9) . referem a necessidade de realização de estudos qualitativos para esclarecer os benefícios percebidos do Reiki, os problemas de saúde que parecem melhorar, as condições e os resultados obtidos. Estas recomendações são corroboradas por outros autores (23) , salientando a utilização da intervenção Reiki de forma padronizada de acordo com o tipo, frequência e duração da prática, utilizando amostras extensas com grupo controlo. Evidenciam ainda, a importância da utilização de metodologias qualitativas para compreender as vivencias do ponto de vista da pessoa que recebe Reiki. Estas recomendações são apoiadas por outros autores, que reforçam a necessidade de realizar mais investigações com metodologias quantitativas e qualitativas, com amostras alargadas, em vários contextos, com estudos aleatórios, rigidamente controlados (33, 39). CONCLUSÃO Este artigo discute as implicações do Reiki na área da saúde, mais concretamente enquanto intervenção de enfermagem. Considerando que o Reiki é visto como uma terapia que engloba quatro dimensões do ser (física, psicológica, espiritual e emocional), a sua inclusão na prática de enfermagem traduzir-se-á em ganhos em saúde, dado que esta ciência atualmente aborda a pessoa à luz do paradigma da transformação (a pessoa é considerada um ser único, com várias dimensões e indissociável do seu universo) (40) . Os enfermeiros que utilizam este tipo de intervenção, terapia com o toque, aquando a abordagem da pessoa doente, cuidam de forma consciente, espiritual e intencional. Neste contexto, o Reiki trata-se de uma forma de cura espiritual e energética que utiliza energia universal (41). O Reiki oferece benefícios no que respeita à diminuição da dor, ansiedade, sintomas de depressão e stress, assim como, o aumento do conforto, relaxamento e melhoria da qualidade de vida. No que diz respeito às implicações práticas, o Reiki habitualmente, está indicado no desconforto físico e psicológico, sendo que os enfermeiros poderão ser apenas iniciados em Reiki e aplicar esta terapia na prática clínica. Esta revisão sistemática da literatura demonstra que a aplicação Reiki tem vantagens e é um recurso ao nosso dispôr, podendo ser olhada como uma terapia integrativa na prática dos cuidados de enfermagem. Não obstante, será desejável mais estudos para criar uma base de evidência ciêntifica que sustente a implementação da prática de Reiki, no âmbito da enfermagem, estudos estes com qualidade metodológica e uma adequada exibição de resultados. Será necessária investigação integrando todas as áreas de saúde onde a prática de Reiki é aplicável, examinando o seu efeito num grupo de pessoas, durante um período alargado de tempo, utilizando uma intervenção de Reiki padronizada de acordo com o nível do praticante, o tipo do método, a frequência e a duração do tratamento. O Reiki requer uma aproximação, à semelhança de outras terapias integrativas, pois através deste conseguimos um nivelamento dos papeis, reforçando a confiança e a relação terapêutica enfermeiro/pessoas com quem cuidamos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Ramos S, Ramos J. Reiki: As raízes Japonesas - O tronco, ramos e alguns frutos. 4ª Ed.. Lisboa: Dinalivro; 2011. 2. Sell S. Reiki an ancient touch therapy alternatives. Complementary Therapy. 1996; 59 (2), 57-59. 3. Rubik B, Brooks A, Schwartz G. Vitro effect of Reiki treatment on bacterial cultures: Role of experimental context and practitioner well-being. The Journal of Alternative and Complementary Medicine. 2006; 12 (1), 7-13. 4. Hoenervogt T. The Power of Reiki: an ancient hands-on healing technique. London: Gaia Books; 1998. 5. Mackay N, Hansen S, McFarlane O. Autonomic nervous system changes during Reiki treatment: a preliminary study. The Journal Of Alternative And Complementary Medicine. 2004; 10 (6), 1077-1081. 6. Centre for Reviews and Dissemination. Systematic Reviews: CRD´s guidance for undertaking reviews in health care. York. University of York. 2009. Disponível em http://www.york.ac.uk/inst/crd/guidance.htm. Consultado a 8 de Janeiro de 2012. 7. JBI. User Manual: Version 5.0 System for the Unified Management. Assessment and Review of Information. Joanna Briggs Institute’s. 2011. 8. Mansour A, Beuche M, Laing G, Leis A, Nurse J. A study to test the effectiveness of placebo Reiki standardization procedures developed for a planned Reiki efficacy study. Journal of Alternative and Complementary Medicine. 1999; 5 (2), 153-64. 9. Assefi N, Bogart A, Goldberg J, Buchwald D. Reiki for the treatment of Fibromyalgia: A Randomized Controlled Trial. The Journal of Alternativa and Complementary Medicine. 2008; 14 (9), 1115-1122. 10. Vitale A, O’Connor P. The effect of Reiki on pain and anxiety in women with abdominal hysterectomies: A quasi-experimental pilot study. Holistic Nursing Practice. 2006; 20, 263-272. 11. Kumar RA, Kurup PA. Changes in the isoprenoid pathway with transcendental meditation and Reiki healing practices in seizure disorder. Neurology India. 2003; 51, 211-214. 12. Meland B. Effects of Reiki on pain and anxiety in the elderly diagnosed with dementia: a series of case reports. Alternative Therapies. 2009; 15 (4), 56-57. 13. Shore A. Long-term effects of energetic healing on symptoms of psychological depression and self-perceived stress. Alternative Therapies. 2004; 10 (3), 4248. 14. Crawford S, Leaver V, Mahoney S. Using Reiki to decrease memory and behavior problems in mild cognitive impairment and mild Alzheimer’s disease. Journal Alternative Complement Medicine. 2006; 12, 911-913. 15. Tsang K, Carlson L, Olson K. Pilot crossover trial of Reiki versus rest for treating cancer-related fatigue. Integrative Cancer Therapy. 2007; 6, 25-35. 16. Olson K, Hanson J, Michaud M. A phase II trial of Reiki for the management of pain in advanced cancer patients. Journal Pain Symptom Manage. 2003; 26, 990-997. 17. Wardell D, Engebretson J. Biological correlates of Reiki Touch(sm) healing. Journal Advanced Nursing. 2001; 33, 439-445. 18. Shiflett SC, Nayak S, Bid C, Miles P, Agnostinelli S. Effect of Reiki treatments on functional recovery in patients post-stroke rehabilitation: A pilot study. Journal Alternative Complement Medicine. 2002; 85, 755-763. 19. Potter P. Breast biopsy and distress: Feasibility of testing a Reiki intervention. Journal Holistic Nursing. 2007; 25, 238-248. 20. Richeson N, Spross J, Lutz K, Peng C. Effects of Reiki on anxiety, depression, pain, and physiological factors in community-dwelling older adults. Research in Gerontological Nursing. 2010; 3 (3), 187-199. 21. Gillespie E, Gillespie B, Stevens M. Painful diabetic neuropathy: Impact of an alternative approach. Diabetes Care. 2007; 30, 999-1001. 22. Lee M, Pittler M, Ernst E. Effects of Reiki in clinical practice: a systematic review of randomised clinical trials. International Journal Clinic Practice. 2008; 62 (6), 947–954. 23. Herron-Marx S, Price-Knol F, Burden B, Hicks C. A systematic review of the use of Reiki in health care. Alternative & Complementary Therapies. 2008; 3742. 24. Jain S, Mills PJ. Biofield Therapies: Helpful or Full of Hype? A Best Evidence Synthesis. International. Journal. Behavior. Medicine. 2010; 17, 1–16. 25. Vandervaart S, Gijsen, V, Wildt S, Koren G. A systematic review of the therapeutic effects of Reiki. The Journal of Alternative and Complementary Medicine. 2009; 15 (11), 1157-1169. 26. Wirth D, Brenlan D, Levine R, Rodriguez C. The effect of complementary healing therapy on postoperative pain after surgical removal of impacted third molar teeth. Complement Therapy Medicine. 1993; 1, 133-138. 27. Dressen L, Singg S. Effects of Reiki on pain and selected affective and personality variables of chronically ill patients. Subtle Energies Energy Medicine. 1998; 9, 51-82. 28. Dinucci E. Energy Healing: A complementary treatment for orthopaedic and other conditions. Orthopaedic Nursing. 2005; 24 (4), 259-269. 29. Horowitz S. Complementary therapies for end-of-life care. Alternative and Complementary Therapies. 2009; 15 (5), 226-230. 30. Swann J. An introduction to Reiki as an alternative therapy in care homes. Nursing & Residential Care. 2009; 11 (1), 31-34. 31. Baldwin A, Schwartz G. Personal interaction with a Reiki practitioner decreases noise-induced microvascular damage in an animal model. The Journal of Alternative and Complementary Medicine. 2006; 12 (1), 15-22. 32. Baldwin A, Wagers C, Schwartz G. Reiki improves heart rate homeostasis in laboratory rats. The Journal of Alternative and Complementary Medicine. 2008; 14 (4), 417-422. 33. Bossi L, Ott M, Decristofaro S. Reiki as a clinical intervention in oncology nursing practice. Clinical Journal of Oncology Nursing. 2008; 12(3), 489-494. 34. Alandydy P, Alandydy K. Using Reiki to support surgical patients. Journal of Nursing Care Quality. 1999; 13; 89-91. 35. Natale G. Reconnecting to nursing through Reiki. Creative Nursing. 2010; 16 (4), 171-176. 36. Watson J. Enfermagem pós-moderna e futura: Um novo paradigma da enfermagem. Loures: Lusociência. 2002. 37. Williams A, Davies A, Griffiths G. Facilitating comfort for hospitalized patients using non-pharmacological measures: Preliminary development of clinical practice guidelines. International Journal of Nursing Practice. 2009; 15, 145155. 38. Waldspurger W. Self-Healing: A concept analysis. Nursing Forum. 2006; 41 (2), 60-77. 39. Miles P, True G. Reiki: Review of a biofield therapyhistory, theory, practice and research. Alternative Therapies. 2003; 9 (2), 62-72. 40. Silva, DM. Correntes de pensamento em ciências de enfermagem. (sd). Disponível em http://www.ipv.pt/millenium/millenium26/26_24.htm. Consultado a 13 de Agosto de 2012. 41. Engebreston J. Hands-on: The persistent metaphor in nursing. Holistic Nursing Practice. 2002; 16 (2), 20-35. 42. Ávila-Sansores GM, Gómez-Aguilar PIS, Tuz-Poot FR. Efecto del Reiki en el control de diabéticos tipo 2. Revista de Enfermería del Instituto Mexicano del Seguro Social. 2010; 18 (2): 75-80. 43. Vitale MT, Grassa ME, Lombardi F, Cova D, Cofrancesco E. Il Reiki nell’assistenza infermieristica al paziente anziano con neoplasia avanzata. La Rivista Italiana Di Cure Palliative. 2005; 3: 54-59. 44. Díaz-Rodríguez L, Arroyo-Morales M, Fernández-de-las-Peñas C, GarcíaLafuente F, García-Royo C, Tomás-Rojas I. immediate effects of Reiki on heart rate variability, cortisol levels, and body temperature in health care professionals with burnout. Biological Research For Nursing. 2011; 13 (4), 376382. 45. Catlin A, Taylor-Ford RL. Investigation of standard care versus sham reiki placebo versus actual Reiki therapy to enhance comfort and well-being in a chemotherapy infusion center. Oncology Nursing Forum. 2011; 38 (3), E212E220. 46. Vitale A. Nurses' lived experience of Reiki for self-care. Holistic Nursing Practice. 2009; 23 (3), 129-147. 47. Mehl-Madrona L, Renfrew N, Mainguy B. Qualitative assessment of the impact of implementing Reiki training in a supported residence for people older than 50 years with HIV/AIDS. The Permanente Journal. 2011; 15 (3), 43-50. 48. Salomé GM. Sentimentos vivenciados pelos profissionais de enfermagem que atuam em Unidade Terapia Intensiva após aplicação do Reiki. Saúde Coletiva. 2009; 06 (28):54-58. 49. Díaz-Rodríguez L, Arroyo-Morales M, Cantarero-Villanueva I, Férnandez-Lao C, Polley M, Fernández-de-las-Peñas C. Uma sessão de Reiki em enfermeiras diagnosticadas com síndrome de Burnout tem efeitos benéficos sobre a concentração de IgA salivar e a pressão arterial. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2011; 19 (5), 1132-1138. 50. Vandervaart S, Berger H, Tam C, Goh YI, Gijsen, VMGJ, Wildt SN, Koren G. The effect of distant reiki on pain in women after elective Caesarean section: a double-blinded randomised controlled trial. BMJ Open. 2011; 1(1), e000021. 51. Birocco N, Guillame C, Storto S, Ritorto G, Catino C, Gir N, Balestra L, Tealdi G, Orecchia C, De Vito G, Giaretto L, Donadio M, Bertetto Or, Schena M, Ciuffreda L. The effects of Reiki therapy on pain and anxiety in patients attending a day oncology and infusion services unit. American Journal of Hospice & Palliative Medicine, 2011; 00 (0) 1-5. 52. Whelan K, Wishnia G. Reiki therapy: the benefits to a nurse/Reiki practitioner. Holistic Nursing Practice. 2003; 17 (4), 209-217. 53. Bowden D, Goddard L, Gruzelier J. A randomised controlled single-blind trial of the efficacy of reiki at benefitting mood and well-being. Evidence-Based Complementary And Alternative Medicine. 2011; Ecam, 2011381862. 54. Sewduth S. The role of Reiki therapy in improving the quality of life in people living with HIV. Tese de Mestrado. University of South Africa. 2009. http://www.dacuoreacuore.it/e107_files/downloads/dissertation.pdf. 55. Webber GR. Reiki: Practitioners’ perceptions of the effectiveness of a complementary therapy in the treatment regime of people with dementia. School of Medicine, Faculty of Health Sciences. University of South Australia. Tese de Mestrado. 2006. http://theses.flinders.edu.au/uploads/approved/adtSFU20061009.093745/public /01front.pdf. 56. Mitchell KC. Patients’ and practitioners’ experiences, perceptions and beliefs pertaining to the use of reiki in dealing with chronic illness. Department of Community Health and Epidemiology University of Saskatchewan, Saskatoon, Canadá. Tese de Mestrado. 2006. http://www.collectionscanada.gc.ca/obj/s4/f2/dsk3/SSU/TC-SSU04242006105532.pdf. 57. Hargrove TM. A phenomenological study of reiki practitioners and their perceptions of reiki as it relates to their personal health. health and human performance. Health Promotion University of Montana Missoula. EUA. Tese de Mestrado. 2008. http://etd.lib.umt.edu/theses/available/etd-05282008 162819/unrestricted/Hargrove_Tannis_Thesis.pdf. 58. Vandervaart SA. Double-blinded randomized controlled trial on the effect of distant reiki on pain after non-emergency ceasearean section and the effect of cyp2d6 variation on codeine analgesia. Leslie Dan Faculty of Pharmacy University of Toronto. Canadá. Tese de Doutoramento. 2011https://tspace.library.utoronto.ca/bitstream/1807/31961/1/vandervaart_sondra_2 01111_PhD_thesis.pdf.pdf. 59. Salach MD. The Effects of Reiki, a complementary alternative medicine, on depression and anxiety in the Alzheimer’s and dementia population. Arts in Gerontology, San Francisco State University. EUA. Tese de Mestrado. 2006. http://www.touroinstitute.com/Reiki%20and%20depression.pdf.