O Reiki como um Contributo para a Prática de Enfermagem: Revisão Sistemática
da Literatura
Reiki as a contribution to the Practice of Nursing: Systematic Literature Review
AUTORES
Luís Manuel Mota de Sousa, Doutorando em Enfermagem, Universidade Católica
Portuguesa. Mestre em Politicas de Desenvolvimento dos Recursos Humanos,
Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. Pós-licenciatura de
Especialização em Enfermagem de Reabilitação, Escola Superior Enfermagem de
Lisboa. Licenciado em Enfermagem, Escola Superior de Enfermagem Calouste
Gulbenkian de Lisboa. Licenciado em Gestão em Saúde. Praticante do 3º Nível Reiki
(Mestre), Sistema de Usui Shiki Ryoho. Professor Assistente na Universidade
Atlântica: Escola Superior de Saúde Atlântica. Contacto: [email protected].
Sandy Silva Pedro Severino, Mestre em Gestão da Saúde, Escola Nacional de
Saúde Pública. Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação,
Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias. Licenciada em
Enfermagem, Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa.
Licenciada em Biologia Humana, University of Toronto. Praticante do 3º Nível Reiki
(Mestre), Sistema de Usui Shiki Ryoho. Contacto: [email protected].
Cristina Maria Alves Marques-Vieira, Doutoranda em Enfermagem, Universidade
Católica. Portuguesa.Mestre em Comportamento Organizacional, Instituto Superior de
Psicologia Aplicada. Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de
Reabilitação, Escola Superior Enfermagem de Lisboa. Licenciatura em Enfermagem,
Praticante do 1º Nível Reiki (iniciada), Assistente no Instituto de Ciências da Saúde de
Lisboa
da
Universidade
[email protected]
Católica
Portuguesa.
Contacto:
RESUMO
O Reiki é uma cura espiritual e energética, sendo considerado um método holístico e
sagrado de proporcionar equilíbrio e harmonia nas várias dimensões da pessoa.
Pretendemos conhecer o estado do conhecimento sobre o impacto que o Reiki tem
enquanto intervenção de enfermagem na saúde das pessoas.
Realizou-se uma revisão sistemática de literatura. Foram incluídos estudos que
abordassem o Reiki como intervenção de enfermagem, sendo que 27 artigos
cumpriam os critérios de inclusão e exclusão.
Como resultados obtivemos benefícios no que respeita à diminuição da dor,
ansiedade, sintomas de depressão e stress, assim como, o aumento do conforto,
relaxamento e qualidade de vida.
A sua inclusão na prática de Enfermagem poderá revelar-se como um contributo para
um efetivo ganho em saúde.
Descritores: Reiki, enfermagem e saúde
ABSTRACT
Reiki is known as a form of spiritual and energetic healing which uses universal energy,
being considered a sacred and holistic method of attaining equilibrium and harmony in
all aspects of being.
We intend to know the state of knowledge with regards to the role of Reiki in nursing
intervention, health and overall well-being.
A systematic literature review was performed. Studies that addressed Reiki as a
nursing intervention were included, of which 27 articles met the inclusion and exclusion
criteria.
Reiki presents benefits with respect to decrease in pain, anxiety, depression and stress
symptoms, as well as, an increase in comfort, relaxation and increase in quality of life.
Its inclusion in the practice of nursing may prove as a contribution to an effective health
gain.
Descriptors: Reiki, health and nursing.
INTRODUÇÃO
Os 5 Princípios do Reiki
Só por hoje não me irrito ou estou calmo,
Só por hoje não me preocupo ou Só por hoje eu confio,
Só por hoje sou grato,
Só por hoje trabalho arduamente (o meu interior) e
Só por hoje, sou bondoso para com todos (os seres vivos, assim como para
mim) (1).
A saúde é considerada como um bem precioso, por isso, procura-se de forma
persistente mecanismos que a complementem, integrem e salvaguardem. Atualmente
as pessoas ocidentais recorrem a terapias integrativas em maior número do que no
passado, devido ao aumento na insatisfação com os resultados obtidos na saúde com
intervenções convencionais. Os defensores da cura energética sustentam que esta
melhora a saúde, tanto a nível mental, como físico, através do desenvolvimento
pessoal e espiritual.
Reiki trata-se de uma forma de tratamento espiritual e energético que utiliza a energia
universal. A palavra Reiki provém dos dois kanjis japoneses, onde “Rei” significa
espírito e “ki” significa energia ou energia vital/universal (2), assim sendo, é considerado
um método holístico e sagrado de conseguir equilíbrio e harmonia nas várias
dimensões do ser (físico, emocional, mental e espiritual). Esta forma de tratamento
espiritual foi desenvolvida no Japão, pelo Mikao Usui, e introduzido no Ocidente pela
Mestre Takata na década de 40
(1, 3)
, sendo denominado de método tradicional Usui. O
Reiki envolve ritos de iniciação específicos, ensinamentos espirituais e uma herança
de mestres oficiais.
Um tratamento de Reiki consiste habitualmente, numa sequência de 12 posições de
mãos colocadas diretamente no corpo, ou ligeiramente acima do mesmo, nos locais
dos chakras (centros energéticos). A imposição das mãos é leve e não manipuladora.
O Reiki difere de outras formas de tratamento energético, pois o terapeuta/praticante
não utiliza a sua energia vital mas apenas serve de canal energético, também
considerado um agente passivo da energia vital, canalizando a energia vital para
reequilibrar a energia vital da pessoa de quem está a tratar, ou a sua, consoante o
caso.
Existem três níveis na prática de Reiki. No primeiro nível, Shoden, o praticante passa
por um processo de purificação e fica apto a aplicar Reiki a si próprio e a terceiros. No
Okuden, segundo nível, torna-se possível o envio de energia através do espaço e do
tempo, através do uso de yantras (Grafia, desenho) e mantras (som). Por último, no
terceiro nível, Shinpiden, fica-se apto a transmitir as iniciações e sintonizações do
Reiki, podendo potencialmente vir a ser um Mestre de Reiki
(1)
.
Durante o tratamento os bloqueios emocionais são libertados, permitindo que o recetor
contacte com sentimentos previamente reprimidos (4). A cura energética tem como foco
principal o emergir do inconsciente, de forma a permitir ao sujeito contactar com
matéria oculta no seu ser, de uma forma tranquila e relaxada. Um dos benefícios mais
mencionados do Reiki, é a capacidade de relaxamento e redução de stress
(5)
.
Face às características desta cura energética, é difícil conduzir estudos para
demonstrar a sua eficácia e eficiência na resolução de problemas de enfermagem.
Com esta revisão sistemática da literatura pretende-se conhecer o estado do
conhecimento sobre o Reiki, enquanto intervenção de enfermagem, na saúde das
pessoas. Foram analisados os contributos da investigação realizada entre janeiro de
2001 e Julho de 2012, de forma a compreender a intervenção Reiki e as respostas
humanas subjacentes à mesma. De seguida procedeu-se à descrição dos
procedimentos metodológicos utilizados nesta revisão sistemática da literatura, depois
a descrição e análise dos artigos, terminando com a discussão dos resultados
encontrados. Para finalizar, surge a conclusão com os principais resultados e algumas
recomendações para um futuro trabalho empírico nesta área.
MÉTODO
Ao iniciar a revisão sistemática da literatura temos como objetivos conhecer e analisar
o estado da arte sobre o impacto que o Reiki tem enquanto intervenção de
enfermagem, na saúde e bem-estar das pessoas. A pesquisa corresponde ao período
de janeiro de 2001 a julho de 2012.
Utilizou-se a questão de investigação: “Qual o papel do Reiki na saúde das pessoas?”.
Para responder à mesma, foram incluídos estudos que abordassem o Reiki como
intervenção de enfermagem.
O Reiki no âmbito de enfermagem além de não ser considerado uma intervenção,
também não foi suficientemente estudado, por isso incluiremos todos os estudos
empíricos que utilizassem desenhos qualitativos e quantitativos.
Como critérios de exclusão foram tidos os artigos que: não apresentavam estudos
empíricos; que apresentavam falta de informação para preencher os critérios de
análise PI[C]OS - Participantes, Intervenções, Comparações, Resultados (Outcomes)
e Estudos (Study Design)
(6)
; revisão da literatura e meta-análise; foram publicados
antes de 2000; Estudo realizados em animais; e por último, dissertações e teses.
Nesta revisão sistemática da literatura utilizaram-se como descritores as seguintes
palavras: Reiki; intervention; effects; results/outcomes; nursing/nursing care; health;
illness/disease/sickness e wellness/wellbeing/welfare.
A pesquisa bibliográfica decorreu em julho de 2012, não só manualmente (na
biblioteca de uma universidade da região de Lisboa), como também pesquisas
eletrónicas. Recorreu-se a diferentes fontes de informação, como sejam, a Biblioteca
Nacional, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), Repositórios
da Universidade do Minho, Porto, Coimbra, Lisboa e ISCTE. Acedeu-se à área
reservada do sítio da Ordem dos Enfermeiros para pesquisar na Biblioteca do
Conhecimento Online (Elsevier - Science Direct (Freedom collection), SpringerLink
(Springer/Kluwer), Wiley Online Library (Wiley), Academic Search Complete, PubMed,
Web of Science (ISI), Current Contents (ISI), assim como no motor de busca EBSCO
Host [CINAHL®, Nursing & Allied Health Collection, British Nursing Index, Cochrane
Collection, que inclui: Cochrane Central Register of Controlled Trials; Cochrane
Database of Systematic Reviews (CDSR) e Database of Abstracts of Reviews of
Effects (DARE), MedicLatina, MEDLINE®]. Pesquisou-se ainda na SciElo e para
complementar a pesquisa, o motor de pesquisa Google Scholar. Na seleção de
estudos relevantes considerou-se, ainda, as referências bibliográficas mencionadas
nos artigos escolhidos.
Numa primeira análise através da leitura do título e palavras-chave foram identificados
60 artigos que pareciam importantes para responder à questão em estudo. Destes,
após a leitura do abstract, aceitaram-se 27 para a revisão sistemática e rejeitaram-se
33 artigos, tendo em consideração os critérios de exclusão (25 artigos de opinião e 4
revisões sistemáticas e 2 estudos que envolviam animais, 2 estudos que envolviam
várias terapias e Reiki).
Procedeu-se seguidamente à aplicação das tabelas por nós traduzidas do manual
User Manual: Version 5.0 System for the Unified Management do Joanna Briggs
Institute, relativamente a Estudos Ensaios clínicos controlados e Randomizados
(p.122); Estudos descritivos/ Estudos de series de Casos (p. 124) e Estudos
qualitativos (p. 89) (7).
Na fase seguinte procedeu-se à leitura integral de cada artigo selecionado, sendo
recolhida informação sobre o ano, o país, o(s) autor(es), os participantes, as
intervenções, os resultados e o desenho do estudo. Os dados obtidos foram colocados
numa tabela, de forma a facilitar a leitura e compreensão da informação, perfazendo
um total de 27 artigos (Tabela1).
TABELA 1:
Autor (es) /
Ano/País
Assefi N,
Bogart A,
Goldberg J,
Buchwald D.
2008.
Estados
Unidos da
América
ÁvilaSansores, G,
Participantes
Intervenção
Comparação
Resultados
100 participantes
com fibromialgia.
Critérios de
seleção: falar
inglês, >18 anos,
diagnóstico
médico de
fibromialgia, ter
uma avaliação de
dor >4 numa escala
visual análoga
(VAS), aceita ser
randomizado,
manter
tratamentos
farmacológicos e
não
farmacológicos
durante o estudo,
utiliza apenas
paracetamol e
brufen para o
controlo da dor.
Utilizados 3 mestres de Reiki femininos
(método Usui) com experiência entre 5 a
18 anos; 4 atores semelhantes aos
mestres de reiki em termos de faixa etária,
género, etnia e aspeto geral para as
experiências de controlo. Divididos em 4
grupos de tratamento
Tratamento: Um grupo com 30 minutos de
contacto direto com o mestre de Reiki e
com o posicionamento das mãos em cada
uma das 12 posições; outro grupo de
tratamento à distância (aproximadamente
a um metro) com mestre. O terceiro e
quarto grupo, com características
semelhantes, mas em vez de mestre de
Reiki era um ator. O tratamento foi
realizado duas vezes por semana, durante
8 semanas. O VAS foi avaliado antes,
durante (semana 4), no final do tratamento
(semana 8) e 3 meses após o final do
tratamento.
Resultados secundários (funcionamento
físico e mental) foram avaliados utilizando
o Medical Outcomes Study 36-item ShortForm Health Survey. Realizada análise
estatística descritiva.
Sessões de 30 minutos, 3 vezes por
semanas durante 3 meses
Sim
Não houve diferença entre o
VAS e o resultado funcional
para os 4 grupos de
tratamento durante ou após o
tratamento.
A média de analgésicos era
29% mais baixa nos
participantes que estavam no
grupo dos mestres de Reiki,
sendo esta a única diferença.
Sim
Melhoria no controlo da
glicose e colesterol
23 Pessoas com
diabetes tipo 2
Desenho do
Estudo
Quantitativo,
RTC, cego.
Quantitativo
Correlaciona,
GómezAguilar P,
Tuz-Poot F.
2010. México
Birocco N,
Guillame C;
Storto S et al.
2011. Itália
Bowden D,
Goddard L,
Gruzelier J.
2011. Reino
Unido
Catlin A,
Taylor-Ford
R. 2011.
Estados
Unidos da
América
DíazRodríguez L,
ArroyoMorales M,
CantareroVillanueva I
et al. 2011a,
Espanha
Díaz-
quasiexperimental
118 pessoas com
cancro em
quimioterapia
4 sessões de 30 minutos.
Não
Melhoria do bem-estar,
relaxamento, alívio da dor,
qualidade do sono, e redução
da ansiedade
Os participantes com alta
ansiedade e / ou depressão
que receberam Reiki tiveram
uma progressiva melhoria do
humor global, sendo
significativamente melhor nas
cinco semanas seguintes,
Não se verificou nenhuma
mudança no grupo controlo.
Melhoria no conforto e bemestar relativamente aos
cuidados usuais (G1)
Não encontraram diferenças
entre Reiki (G2) e simulação
(G3)
Quantitativo.
Descritivo
40 estudantes
universitários,
metade com nível
alto de depressão
e/ou ansiedade e
outra metade com
nível baixo de
depressão e/ou
ansiedade
189 Pessoas com
cancro num centro
de quimioterapia
6 sessões de 30 minutos de Reiki e
placebo de Reiki, durante 2 a 8 semanas.
Sim
G1 – cuidados usuais, sem intervenção de
Reiki
G2 – 20 minutos de simulação de Reiki
G3 – 20 minutos de Reiki
Sim
18 Enfermeiras
com síndrome de
Burnout
Um grupo recebeu uma sessão de Reiki
de 30 minutos e outro recebeu simulação
de Reiki.
Sim
Aumento da resposta de IgAs
e diminuição da pressão
arterial diastólica
Quantitativo
RCT
Duplamente
cego
21 Profissionais de
Sessões de 30 minutos de Reiki e placebo
Sim
O Reiki tem um efeito sobre o
Quantitativo
Quantitativo,
RTC
Quantitativo
RCT
Duplamente
cego
Rodríguez L,
ArroyoMorales M,
Fernándezde-las-Peñas
C et al,
2011b,
Espanha
Gillespie E,
Gillespie B,
Stevens M.
2007. Reino
Unido
saúde com burnout
sistema nervoso
parassimpático
RCT
Cego
207 pessoas com
nefropatia
diabética dolorosa
(PDN), distribuídas
por
3 grupos: um
submetido a Reiki
(n= 93); simulação
de Reiki (n= 88); e
Cuidados habituais
(n= 26).
Com o objetivo de reduzir a dor na pessoa
com nefropatia diabética. Os participantes
receberam sessões de 25 minutos, na
primeira semana 2 sessões, seguindo-se
um tratamento semanal durante 12
semanas.
Sim
O tratamento de Reiki não foi
mais efetivo que a simulação
de Reiki na diminuição da dor
e no aumento da distância
percorrida. Os cuidados
habituais foram menos
efetivos.
Quantitativo,
RTC,
semiduplocego.
Hargrove T.
2008.
Estados
Unidos
10 praticantes de
Reiki
Entrevistas. Abordagem fenomenológica.
Não
Os temas que surgiram foram
os seguintes:
1) Razões para se tornar um
Praticante,
2) Equilíbrio como Saúde,
3) Crescimento Pessoal,
4) Facilitador e Condutor,
5) Confiança e Intuição,
6) autocuidado,
7) Dúvidas e validação,
8) Iniciações e,
9) Sensações durante uma
sessão de Reiki.
*Qualitativo
Kumar R,
Kurup P.
2003,
Índia
15 pessoas com
epilepsia
refractária e idades
entre os 20 e 30
anos, sendo 8 do
género masculino
e 7 do género
feminino
Houve um grupo
de controlo
(pessoas
saudáveis).
Foi aplicado Reiki 3 vezes por semana
durante 3 meses. Foi colhido sangue em
jejum e avaliados os seguintes
parâmetros: no início da terapia e no final
dos 3 meses de terapia (HMG CoA
reductase plasmática, digoxina sérica,
magnésio sérico e membrana Na +-K +
ATPase). Assim como os níveis no soro
de dopamina, a tirosina, noradrenalina,
triptofano, serotonina e ácido quinolínico.
Sim
Os resultados deste estudo
revelaram que o Reiki
melhora a relação entre
corpo, mente e do espírito, e
inicia uma redefinição de
saúde para os profissionais.
Os resultados foram
consistentes com pesquisa
anterior demonstrando a
relação entre Reiki e
diminuição da tensão,
ansiedade, e
aumentou habilidades coping.
Antes da intervenção a
atividade da HMG CoA
redutase e concentração de
digoxina sérica estavam
aumentadas e RBC membrana
Na +-K + ATPase e magnésio
no soro estavam reduzidos.
Após o tratamento com Reiki
a atividade de HMG CoA
redutase e concentração de
digoxina estava reduzida
reduzidas e RBC membrana
Na+, K+, ATPase e magnésio
séricos estavam aumentados.
A concentração de triptofano,
ácido quinolínico e serotonina
estava aumentada enquanto a
dopamina tirosina, e
noradrenalina estava
diminuída antes do Reiki
Quantitativo
RTC
Mackay N,
Hansen S,
McFarlane O.
2004.
Reino Unido.
45 voluntários
saudáveis,
distribuídos por 3
grupos:
MehlMadrona L,
Renfrew N,
Mainguy B.
2011. EUA
35 Pessoas com
VIH
Meland B.
2009.
Estados
Unidos da
América
6 participantes
entre os 68 e os 91
anos, com
diagnóstico de
demência,
G1- Um grupo esteve em repouso durante
o período de tratamento;
G2 - Reiki durante 30 minutos, seguido de
10 minutos de repouso;
G3 - Posições de reiki por pessoa não
iniciada, durante 30 minutos, seguido de
10 minutos de repouso.
Os dados foram colhidos após um período
de 15 minutos de descanso antes da
intervenção e 30 minutos após a
intervenção.
Sessões de 90 minutos de Reiki aplicadas
semanalmente durante 3 anos.
Realizadas entrevistas
Aplicado uma sessão de 20 min de Reiki,
2 vezes por semana durante 4 semanas.
Um enfermeiro registava a tensão arterial
e a frequência cardíaca antes e depois de
cada sessão.
Sim
Não
Não
Após intervenção a
concentração de triptofano,
ácido quinolínico e serotonina
estava reduzida, contudo, a
dopamina tirosina e
noradrenalina estavam
aumentadas. A frequência das
crises pós-Reiki mostrou uma
diminuição significativa.
Este estudo indica que o Reiki
tem algum efeito sobre o
sistema nervoso autónomo,
nomeadamente, a diminuição
significativa da frequência
cardíaca e tensão arterial.
Maior capacidade de lidar
com vícios e gerir o
aconselhamento, cicatrização
de feridas, melhoria na
contagens das célula T e
maior capacidade na
execução nas atividades de
vida diária.
Referiram menos ansiedade
após cada sessão
cumulativamente durante as
próximas 3 semanas. Existiu
uma diminuição da ansiedade
Quantitativo
RTC, cego.
Qualitativo
Qualitativo,
Quantitativo.
ansiedade e dor.
A escala de Wong-Baker foi utilizada para
avaliar o estado geral e a dor de cada
doente antes e após cada sessão.
Mitchell K.
2006. Canadá
4 pares de utentepraticante (amostra
de conveniência)
Entrevistas antes e depois da intervenção.
Entrevista telefónica 48 horas após.
Abordagem fenomenológica.
Não
Richeson N,
Spross J,
Lutz K, Peng
C. 2010.
Estados
Unidos da
América
20 idosos
selecionados
aleatoriamente que
apresentavam dor,
ansiedade e
depressão.
Divididos em dois
grupos
(intervenção e
controlo).
Foi aplicado um questionário antes e após
a intervenção com Escala de Ansiedade
de Hamilton, de depressão (Geriatric
Depression Scale-Form Short), Escala de
Faces para avaliar a dor, tendo sido
também avaliada a frequência cardíaca e a
pressão arterial. O grupo experimental
recebeu uma sessão de Reiki de 45
minutos, 1 dia por semana, durante 8
semanas. A sessão foi aplicada por
mestres em Reiki (com 8 a 10 anos de
experiência). A sessão incluía a técnica
Sim
em 5 doentes. 3 pessoas
fizeram o estudo com dor,
sendo que 1 refere uma
diminuição de 1 ponto na
escala da dor, e outro uma
diminuição de 3 pontos.
Alívio de sintomas
específicos, bem como
efeitos mentais e emocionais,
tais como diminuição da
ansiedade e uma melhor
capacidade de lidar com
situações estressantes foram
experimentados por doentes.
Despertar espiritual e
conexão foi atribuída às
sessões de Reiki. Alguns
profissionais experientes
referiram diferentes
experiências sensoriais que
atribuíram à energia Reiki.
Foram observadas diferenças
significativas entre os grupos,
relativamente à avaliação da
dor, depressão e ansiedade. A
análise de conteúdo revelou
cinco grandes categorias de
respostas: Relaxamento;
Melhoria dos sintomas
físicos, do humor
e do bem-estar; Curiosidade
e o desejo de aprender mais,
Melhoria do autocuidado e
*Qualitativo
Qualitativo.
Salach M.
2006.
Estados
Unidos da
América
Salomé G.
2009. Brasil
8 doentes com
Alzheimer ou
demência e que
tinham depressão
e / ou ansiedade
3 Enfermeiros e 3
auxiliares de
enfermagem
Sewduth S.
2009. África
do Sul
Shiflett S,
Nayak S, Bid
C et al. 2002.
Estados
tradicional de imposição técnicas
avançadas de Reiki como o Nentatsu-ho,
Byosen Reikian-ho e Reiji-ho. Foram feitas
entrevistas semiestruturadas e feita
análise de conteúdo.
4 receberam sessões de Reiki e 4
receberam uma simulação de Reiki de 30
minutos por sessão, uma vez por semana
durante oito semanas.
Respostas sensoriais e
cognitivas ao Reiki.
Sim
No grupo Reiki verificou-se
uma redução da tensão
arterial e da depressão e
ansiedade
*Quantitativo
RCT
Entrevistas semiestruturadas após a
aplicação do Reiki.
Não
Qualitativo
7 pessoas com VIH
Num período de 6 meses, 7 pessoas
portadoras de VIH fizeram sintonização
em Reiki, autocura de 21 a 30 dias. Foram
feitas entrevistas.
Não
50 pessoas com
AVC subagudo (31
homens e 19
mulheres).
Os participantes foram distribuídos por 3
grupos randomizados: o tratamento por
um mestre de Reiki, o tratamento por um
praticante Reiki do primeiro nível, e
Sim
Sentiram a ativação da sua
energia, que acalmaram suas
dores, promovendo um
relaxamento corporal e
diminuindo a ansiedade
Melhoria dos sintomas,
aumento do nível de energia,
melhoria do padrão de sono,
diminuição da depressão e
ansiedade, maior consciência
espiritual e maior capacidade
de lidar com situações
stressantes, raiva, depressão
e autoculpa, Estes resultados
positivos permitiram que os
entrevistados procurassem
emprego, deixassem relações
pessoais destrutivas e
voltassem para os familiares.
Não se verificaram diferenças
na funcionalidade e na
depressão. As diferenças
encontradas devem-se às
*Qualitativo
Quantitativo,
RTC.
Unidos da
América
Shore A.
2004.
Estados
Unidos
América
tratamento de Reiki simulado. Foram
realizadas 10 sessões de 30 minutos ao
longo de duas semanas e meia. Foram
aplicados questionários com a medida de
independência funcional (MIF) e uma
escala de depressão (CES-D). Foi feito
tratamento estatístico.
46 participantes,
entre os 19 e 78
anos, necessitando
de tratamento para
sintomas de
depressão e
stress,
selecionados de
forma aleatória.
Posteriormente
divididos,
aleatoriamente, em
3 grupos (Reiki
presencial, Reiki
não presencial (à
distância); Reiki
não presencial
placebo.
Antes de ser aplicado Reiki foram
avaliados através da escala de Beck
Depression Inventory (BDI), Beck
Hopelessness Scale (HS) e Perceived
Stress Scale (PSS), apresentando um
valor médio de 13.12 (BDI), indicando uma
classificação moderada de depressão.
Utilizaram-se 12 Mestres de Reiki e 3
praticantes de Reiki do 2º nível. As
sessões de Reiki tinham a duração entre
1h a 1h30, ocorrendo uma vez por semana
durante o período de 6 semanas.
Doentes que recebiam o placebo
pensavam que estavam a receber Reiki, e
os que estavam a receber Reiki
presencial, pensavam que estavam a
receber o placebo.
Sim
variáveis idade, género e
tempo de reabilitação. Os
participantes não encontram
diferenças entre os
praticantes de Reiki e o
placebo (simulação de Reiki).
As análises post-hoc sugerem
que o Reiki tem efeitos
limitados no humor e no nível
de energia, no entanto estes
não se devem à atenção dada
à pessoa e ao efeito placebo.
As medidas MANOVA
(método de análise)
demonstraram que existe uma
diferença significativa entre o
grupo de Reiki presencial e
do Reiki não presencial
placebo e entre o grupo de
Reiki não presencial e o de
Reiki não presencial placebo.
Esta diferença significativa
manteve-se mesmo um ano
após o final do tratamento.
Não existe diferença
significativa entre o grupo de
Reiki presencial e o de Reiki
não presencial.
Apresentaram uma redução
significativa nos sintomas
depressivos (BDI). Reiki
apresenta uma redução a
longo prazo dos sintomas
Quantitativo,
RTC, Cego.
depressivos.
Vandervaar
S. 2011.
Canadá
80 mulheres
grávidas
submetidas a
cesariana eletiva
Intervenção (n=40) recebeu Reiki à
distância.
Controlo (n=40) apenas cuidados
habituais
Sim
Não existem diferenças nos
dois grupos. Concluiu-se que
o Reiki à distância não era
adequado como principal
método de controle da dor
após cesariana.
Não houve diferença na
redução da dor nos dois
grupos.
**Quantitativo
RCT
Vandervaart
S, Berger H,
Tam C et al.
2011.
Estados
Unidos da
América
Vitale M,
Grassa M,
Lombardi F
et al. 2005.
Itália
80 Mulheres após
cesariana eletiva
G1 - cuidados usuais e G2 – cuidados
usuais e 3 Sessões de reiki à distância
Sim
35 Pessoas com
cancro avançado
Sessões de Reiki 2 a 3 vezes por semana
durante 6 sessões em média.
Não
Aumentou o relaxamento e
satisfação.
Melhorou a qualidade de vida
global, por diminuição da dor,
ansiedade, náuseas e vómitos
Quantitativo
Descritivo
Vitale A.
2009.
Estados
Unidos da
América)
Wardell D,
Engebretson
J. 2001.
Estados
Unidos da
América
11 Enfermeiros
praticantes de
Reiki
Foram realizadas entrevistas e analisadas
através do método de Colaizzi.
Não
Qualitativo
Fenomenológi
co
Pretendia-se estudar os efeitos do Reiki
no relaxamento ou redução do stress.
Foram avaliados marcadores biológicos
relacionados com a redução de stress,
nomeadamente IgA salivar e cortisol,
pressão arterial, resposta galvânica da
pele (GSR), tensão muscular e
Não
Surgiram temas como gestão
do stress diário, auto cura, a
espiritualidade e a
interconexão de si mesmo e
com outros
A comparação dos dados
antes e após as medidas,
demostraram que a ansiedade
foi significativamente
reduzida, os níveis salivares
de IgA aumentaram
significativamente, no
Amostra de
conveniência com
23 indivíduos
saudáveis.
Quantitativo
RCT
Duplamente
cego
Quantitativo.
temperatura da pele. Os dados foram
colhidos antes, durante e imediatamente
após a sessão.
entanto, o cortisol salivar não
foi estatisticamente
significativo. Houve uma
queda significativa na
pressão arterial sistólica. A
temperatura da pele e os
resultados do eletromiógrafo
(EMG) não foram
significativas.
Webber G.
2006.
Austrália
10 cuidadores
praticantes de
Reiki
Entrevistas semiestruturadas
a praticantes de Reiki que cuidam de
pessoas com demência
Não
Whelan K,
Wishnia G.
2003.
Estados
Unidos da
América
8 Enfermeiras,
mestres em Reiki.
Amostragem bola
de neve
Entrevistas com 17 questões
afirmativas/negativas. Análise dos dados
através do método de Giorgi.
Não
O Reiki é uma terapia
holística complementar fácil
de aprender e fácil de
usar, que tem o potencial de
melhorar a qualidade de vida
das pessoas com demência,
dos seus familiares e
cuidadores. Verificou-se uma
melhoria do bem estar físico,
psicológico, mental e
emocional, bem como
melhoria da relações e
redução de comportamentos
negativos após o uso de
Reiki.
Surgiram os temas benefícios
para o praticante, benefícios
para os clientes, aumento da
perceção sensorial das
enfermeiras, aura e chakras,
aumento da satisfação dos
enfermeiros, vantagens e
desvantagens de ser
*Qualitativo
Qualitativo
praticante de Reiki e
enfermeiro.
Legenda: Ensaio Clínico Aleatório Controlado (Randomized Clinical Trials: RCT).
* Dissertação de Mestrado.
** Tese de Doutoramento.
RESULTADOS
Foram analisados 27 artigos que cumpriam os critérios de inclusão. O número de
artigos incluídos e a sua distribuição pelo ano de publicação encontra-se no Quadro 1.
Quadro 1: Número de Artigos Publicados por Ano de Publicação
Número de Artigos Publicados
8
4
3
2
1
2001
2
2
1
1
2002
2003
2004
2
1
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Ano de Publicação
Quanto aos países de origem dos artigos analisados estão especificados no Quadro 2,
com o respetivo número de artigos por país.
Número de Artigos Publicados
Quadro 2: Número de artigos por país de origem 2001-2011
13
1
1
2
1
2
1
2
3
1
País de Origem
Dos artigos analisados, 17 apresentam desenhos com metodologia quantitativa (13
são RCT, ou seja, ensaios clínicos aleatórios controlados, em que 8 destes são
ensaios clínicos cegos), um apresenta metodologia quantitativa e qualitativa e 9
metodologia
qualitativa.
Os
participantes
eram
estudantes
de
enfermagem,
enfermeiros, idosos, mulheres grávidas submetidas a cesariana, pessoas saudáveis e
enfermeiros com Burnout, pessoas com patologia associada (diabetes tipo 2, Pessoas
com cancro, fibromialgia, epilepsia refratária, neoplasias sob acompanhamento
paliativo, nefropatia dolorosa, demências, Alzheimer, ansiedade, dor, depressão,
stress e Acidente Vascular Cerebral, pessoas com VIH). As amostras variaram entre 4
a 207 participantes. As sessões de Reiki foram aplicadas pelos praticantes de Reiki ,
desde o nível I (iniciado) ao nível III (mestre), tendo uma duração que variou entre 20
minutos
(12)
a 3 meses
59)
a 1h30 minutos
(42)
(13)
,1
(21)
a3
(11, 42)
vezes por semanas, durante 2 semanas
. A maioria dos estudos utilizou sessões de 30 minutos
(5, 9, 18, 42, 44, 49, 51, 53,
. Num estudo, mestres em Reiki sintonizaram os participantes em Reiki, e estes
fizeram auto-tratamentos de 21 a 30 dias seguidos
que a aplicação foi efetuada durante 3 anos
(47).
mas também se utilizaram sessões à distância
(54)
. Encontrou-se um estudo em
As maioria das sessões foi presencial,
(9, 50, 58)
.
Os resultados desta revisão sistemática da literatura foram agrupados em duas
dimensões: Reiki enquanto intervenção de enfermagem e respostas humanas ao
Reiki.
Na dimensão Reiki enquanto intervenção de enfermagem, procuram normalizar o
processo intervenção de modo a não haver diferenças entre os praticantes Reiki e a
simulação de Reiki, de modo a controlar o efeito placebo (5, 9, 13, 18, 44, 45, 49, 53, 59).
Nas respostas humanas ao Reiki verificou-se: benefícios no controlo e gestão da dor;
benefícios na pessoa com doença oncológica; benefício na pessoa com Alzheimer;
benefícios na pessoa com stress, ansiedade e depressão; benefícios neuroendócrinos e imunológicos e benefícios na pessoa com VIH.
No controlo e gestão da dor verificou-se uma diminuição do número de analgésicos
em pessoas com fibromialgia, após 30 minutos de Reiki, doze posições aplicadas por
mestres em Reiki, duas vezes por semana durantes oito semanas
(9)
; redução da dor
em pessoas com nefropatia diabética dolorosa, após aplicação de sessões de 25
minutos, 2 vezes por semana durante 12 semanas (mas sem diferenças entre grupo
simulação e Reiki)
(21)
; Não se verificaram diferenças entre cuidados habituais e
sessões de Reiki à distância na redução da dor pós-cesariana (50, 58).
No âmbito da pessoa com doença oncológica constatou-se um aumento do
relaxamento e da satisfação. Verificou-se uma melhoria da qualidade de vida global,
por diminuição da dor, ansiedade, náuseas e vómito quando aplicado Reiki de 2 a 3
vezes por semana
(43)
; melhoria no conforto e bem-estar após 20 minutos de Reiki
(45)
e
melhoria do bem-estar, relaxamento, alívio da dor, qualidade do sono, e redução da
ansiedade após 4 sessões de 30 minutos de Reiki
(51)
.
Em pessoas com doença de Alzheimer e demência observou-se uma melhoria da
função mental, memória e comportamento nas pessoas com Doença de Alzheimer,
quando aplicado 30 minutos de Reiki, uma vez por semana, durante quatro semanas
(14)
e diminuição da ansiedade e da dor em pessoas com diagnóstico de demência e
dor após 20 minutos de Reiki, duas vezes por semanas durantes quatro semanas
(12)
.
Em pessoas com stress, ansiedade e depressão verificou-se: redução dos sintomas
depressivos a longo prazo, em pessoas com sintomas de depressão e stress, após
sessões que variavam entre 1h a 1h30 minutos, uma vez por semana, durante seis
semanas(13) e melhoria do humor global em estudantes
com um índice de
ansiedade/ou depressão elevado, quando aplicado 30 minutos de Reiki durante 2 a 8
semanas (53).
Nos benefícios do Reiki a nível neuro-endócrino e imunológicos encontrou-se redução
da frequência cardíaca e tensão arterial em pessoas saudáveis, após sessões de Reiki
de 30 minutos
(5)
; redução da frequência de crises de epilepsia refratária, após
aplicação de Reiki, três vezes por semana, durantes três meses
(11)
; Diminuição dos
níveis de ansiedade e tensão arterial e aumentos dos níveis de IgA salivar, em
pessoas saudáveis
(17)
; Melhoria do colesterol e glicémia em pessoas com diabetes
tipo 2, quando aplicado sessões de 30 minutos, 3 vezes por semanas durante 3 meses
(42)
; efeito no sistema nervoso parassimpático em profissionais de saúde com burnout
após sessões de Reiki de 30 minutos
(44)
; aumento da resposta da IgA e diminuição da
pressão arterial em enfermeiras com Síndrome de Burnout após 30 minutos de Reiki
(49)
; diminuição da tensão em praticantes de Reiki
(57)
; Não se verificaram melhorias da
funcionalidade e depressão em pessoas com AVC, apenas melhoria do humor e
energia (18),
Na pessoa com VIH os benefícios encontrados foram maior capacidade de lidar com
vícios e gerir o aconselhamento, cicatrização de feridas, melhoria na contagens das
célula T e maior capacidade na execução nas atividades de vida diária após 90
minutos de reiki por semana, durante 3 anos
(47)
e melhoria dos sintomas, aumento do
nível de energia, melhoria do padrão de sono, diminuição da depressão e ansiedade,
maior consciência espiritual e maior capacidade de lidar com o sress, raiva, depressão
e autoculpa, após sintonização em reiki e auto-tratamentos de 21 a 30 dias (54).
Em estudos qualitativos foram documentados benefícios gerais tanto para o recetor
como para o facilitador/praticante de Reiki. Nos praticantes de Reiki, verificou-se
diminuição da ansiedade, e aumento das habilidades de coping
(57)
; Gestão do stress,
interconexão consigo mesmo e com os outros em enfermeiros praticantes de Reiki
(46)
;
melhoria do bem estar físico, psicológico, mental e emocional, bem como melhoria da
relações e redução de comportamentos negativos após o uso de Reiki em 10
cuidadores praticantes de Reiki
(55)
; Referiram benefícios para o cliente e praticante de
Reiki e aumento da satisfação dos enfermeiros (mestres em Reiki)
(52)
e relaxamento
corporal e diminuindo a ansiedade em enfermeiros e auxiliares de enfermagem
(48)
.
Num estudo em pessoas submetidas a Reiki, verificou-se a diminuição da ansiedade
e uma melhor capacidade de lidar com situações estressantes
(56)
e em idosos que
participaram em sessões de 45 minutos, uma vez por semana, durante oito semanas,
referiram sentir: relaxamento, melhoria dos sintomas físicos, do humor e do bem-estar,
tiveram curiosidade e desejo de aprender mais sobre o Reiki, bem como, referiram
ainda melhoria do autocuidado e das respostas sensoriais e cognitivas (20).
DISCUSSÃO
Esta revisão sistemática da literatura identificou alguns RCT no âmbito do Reiki. De
um modo geral os estudos não refutam a ideia de que o Reiki tem algum potencial
como terapia complementar, no entanto, a evidência dos estudos é baixa, uma vez
que as amostras têm um número reduzido de participantes. Dos 13 RCT, 8 são
estudos cegos(5, 9, 13, 21,
44, 45, 49, 50)
, de modo a contornar o efeito placebo do toque do
terapeuta. Nesse sentido, foi feita formação a terapeutas de modo a simularem os
procedimentos da imposição das mãos. Num estudo não se encontram diferenças de
perceção dos recetores, relativamente à intervenção dos terapeutas de Reiki e dos
terapeutas que simulavam Reiki (placebo)(8, 9, 18, 45, 53). Nos RCT analisados, verificouse que foram utilizados vários instrumentos para avaliar os resultados, tais como a
qualidade de vida, a dor, a depressão e a ansiedade. Desta forma, as diferenças nos
resultados podem vir da adequação do instrumento utilizado, em particular da
qualidade de vida e da depressão. Apesar da fiabilidade e validade dos instrumentos
utilizados, os resultados obtidos, estão sujeitos a enviesamentos
(22)
.
As nossas conclusões são semelhantes às conseguidas anteriormente (23,
24, 22, 25)
,
sobretudo no que respeita à diminuição da dor, ansiedade, sintomas de depressão e
stress, assim como, aumento do confronto, relaxamento e melhoria da qualidade de
vida. Estudos realizados anteriormente, também verificaram a diminuição da dor na
extração dos dentes molares
(26)
; redução da dor nas primeiras 24 horas após
histerectomia via abdominal, com aplicação de três sessões de Reiki de 30 minutos
(10)
A redução da dor, depressão e ansiedade em pessoas com doenças crónicas (27, 28, 29,
30)
. Estudos em ratos demonstram haver uma redução dos efeitos do stress ambiental
após aplicação de Reiki
(31, 32)
. Além disso, o Reiki provoca um profundo relaxamento e
sensação de bem-estar, com diminuição da dor
(33, 30)
Reiki a pessoas no pós-operatório de várias cirurgias
. Num estudo em que foi aplicado
(34)
, constatou uma diminuição da
dor e uso de medicação analgésica, diminuição da demora média de internamento e
aumento da satisfação do cliente. Contudo, há a referir um estudo que não apresentou
efeitos na redução do stress psicológico nas mulheres submetidas a biopsia da mama
(19)
. Relativamente à intervenção em doenças oncológicas os resultados são similares
em estudos anteriores, nomeadamente, diminuição da fadiga, dor e ansiedade nas
pessoas com neoplasia com aplicação de cinco sessões numa semana
(15)
e melhoria
da qualidade de vida e redução da dor em pessoas em cuidados paliativos por
neoplasia em estadio avançado (16).
A nível das implicações teóricas que esta terapia pode trazer, considera-se que os
enfermeiros estão em condições de liderar a integração de terapias energéticas na
prática de cuidados, através de pesquisas no sentido de validar o seu valor
(35)
. De
acordo com a teoria de enfermagem de Watson (36), a dimensão espiritual, ou sagrada,
é parte integrante do modelo do cuidado transpessoal que inclui o enraizamento,
centralização, intencionalidade, presença, desenvolvimento pessoal, respeito e
admiração, aceitação do desconhecido e confiança. Este modelo refere ainda que a
esperança pode transformar, tanto o enfermeiro, como a pessoa cuidada. Estas ideias
são reforçadas ao ser afirmado que as terapias energéticas fornecem um sentido
elevado de consciência espiritual para as partes envolvidas (enfermeiro praticante de
Reiki e pessoa com quem presta cuidados) (35).
No que diz respeito às implicações práticas, o Reiki habitualmente, está indicado no
desconforto físico e psicológico, os enfermeiros poderão ser iniciados em Reiki e
aplicar esta terapia na prática clínica. Esta terapia não tem efeitos adversos e
precauções
(37)
, tendo sido aplicada em vários contextos, desde casas residenciais e
de enfermagem, instituições psiquiátricas, hospitais, prisões, centros de saúde,
centros de reabilitação de no âmbito das dependências, cuidados paliativos,
organizações de saúde privadas e centros de VIH/SIDA
(28, 30)
. Em contextos mais
específicos usou-se nos serviços de urgência, serviços de obstetrícia e ginecologia,
pediatria e neonatologia e unidade de transplante de orgãos
(28)
. A nível económico,
atualmente a adesão a estas terapias integrativas, requer um grande investimento
financeiro anual sendo necessário alguma reflexão por parte dos fornecedores desta
terapia no mercado dos cuidados de saúde para a tornar mais acessível. Por isso, é
esperado dos enfermeiros estarem conscientes desta realidade, e neste âmbito, se
necessário, dar formação a nível da iniciação/sintonização
(38)
.
Em futuras investigações recomenda-se rigor científico, na realização dos RCT, de
modo a verificar a relação causa-efeito entre a intervenção Reiki e os resultados
clínicos
(22)
. Neste sentido, os autores dos artigos incluídos nesta revisão sugerem a
realização de estudos com amostras mais alargadas
(5, 12, 20, 3, 13, 15)
, que envolvam
pessoas com SIDA, tendências suicidas e neoplasias(13). Além disso, aconselham a
realização de RCT cegos para evitar o efeito placebo
(8, 16, 15)
. A nível dos efeitos do
Reiki nos resultados clínicos, os autores recomendam estudos para verificar de que
modo a utilização do Reiki influência: Os mecanismos imunológicos
(18, 17)
; Os
fenómenos psiconeuromoleculares, biológicos e ambientais que mediam os processos
metabólicos (11); A resistência vascular periférica (5); e a dor e stress (18).
Outras questões formuladas foram a formação dos praticantes de Reiki (12), a utilização
de música enviesiará os resultados do Reiki
(20)
e a intensidade e duração do
tratamento que poderá não ser adequada quando os participantes têm dor crónica
No entanto outros autores
(20)
(9)
.
referem a necessidade de realização de estudos
qualitativos para esclarecer os benefícios percebidos do Reiki, os problemas de saúde
que parecem melhorar, as condições e os resultados obtidos. Estas recomendações
são corroboradas por outros autores
(23)
, salientando a utilização da intervenção Reiki
de forma padronizada de acordo com o tipo, frequência e duração da prática,
utilizando amostras extensas com grupo controlo. Evidenciam ainda, a importância da
utilização de metodologias qualitativas para compreender as vivencias do ponto de
vista da pessoa que recebe Reiki. Estas recomendações são apoiadas por outros
autores, que reforçam a necessidade de realizar mais investigações com metodologias
quantitativas e qualitativas, com amostras alargadas, em vários contextos, com
estudos aleatórios, rigidamente controlados (33, 39).
CONCLUSÃO
Este artigo discute as implicações do Reiki na área da saúde, mais concretamente
enquanto intervenção de enfermagem. Considerando que o Reiki é visto como uma
terapia que engloba quatro dimensões do ser (física, psicológica, espiritual e
emocional), a sua inclusão na prática de enfermagem traduzir-se-á em ganhos em
saúde, dado que esta ciência atualmente aborda a pessoa à luz do paradigma da
transformação (a pessoa é considerada um ser único, com várias dimensões e
indissociável do seu universo)
(40)
. Os enfermeiros que utilizam este tipo de
intervenção, terapia com o toque, aquando a abordagem da pessoa doente, cuidam de
forma consciente, espiritual e intencional. Neste contexto, o Reiki trata-se de uma
forma de cura espiritual e energética que utiliza energia universal (41).
O Reiki oferece benefícios no que respeita à diminuição da dor, ansiedade, sintomas
de depressão e stress, assim como, o aumento do conforto, relaxamento e melhoria
da qualidade de vida. No que diz respeito às implicações práticas, o Reiki
habitualmente, está indicado no desconforto físico e psicológico, sendo que os
enfermeiros poderão ser apenas iniciados em Reiki e aplicar esta terapia na prática
clínica.
Esta revisão sistemática da literatura demonstra que a aplicação Reiki tem vantagens
e é um recurso ao nosso dispôr, podendo ser olhada como uma terapia integrativa na
prática dos cuidados de enfermagem. Não obstante, será desejável mais estudos para
criar uma base de evidência ciêntifica que sustente a implementação da prática de
Reiki, no âmbito da enfermagem, estudos estes com qualidade metodológica e uma
adequada exibição de resultados.
Será necessária investigação integrando todas as áreas de saúde onde a prática de
Reiki é aplicável, examinando o seu efeito num grupo de pessoas, durante um período
alargado de tempo, utilizando uma intervenção de Reiki padronizada de acordo com o
nível do praticante, o tipo do método, a frequência e a duração do tratamento.
O Reiki requer uma aproximação, à semelhança de outras terapias integrativas, pois
através deste conseguimos um nivelamento dos papeis, reforçando a confiança e a
relação terapêutica enfermeiro/pessoas com quem cuidamos.
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O Reiki como um Contributo para a Prática de Enfermagem