FUNDAÇÃO DOM CABRAL CENTRO DE REFERÊNCIA EM INOVAÇÃO São Paulo, 11/08/2011 Os desafios da inovação não se esgotam.
Eles são a própria essência da inovação.
Por isso, a cada novo ciclo, o CRI busca
mais. Busca se reinventar para oferecer
o melhor no que se refere à gestão da
inovação.
Assim o Centro de Referência em
Inovação abre o ciclo de atividades
2011/2012, propondo uma dinâmica
diferenciada, que traga cada vez mais
uma
troca
de
experiências
enriquecedoras e resultados efetivos para
as empresas participantes. A primeira
reunião do ciclo foi aberta com um
desenho diferente da sala, revelando que
o encontro teria também o tom de uma
conversa aberta, com reflexões sobre os
desafios da inovação. Com isso, a
discussão sobre os temas para o ciclo que
se inicia foi bastante motivadora e
participativa, gerando novas pautas e
resgatando aquelas que ainda não foram
amplamente abordadas.
apresentação de uma pesquisa sobre a
satisfação dos participantes e sugestões
para as próximas atividades do CRI. Uma
delas foi o pedido para a demonstração
de novas ferramentas de inovação a cada
encontro. Para iniciar o ciclo com uma
ferramenta interessante, foi apresentado
ao grupo a Batalha de Conceitos, um
formato holandês que vem fazendo
sucesso
entre
grandes
empresas
brasileiras como uma forma de trazer
inovação de fora para dentro, ou seja, do
público externo para os departamentos
de P&D, Marketing, Recursos Humanos
entre outros.
Outra “ferramenta” que vem sendo
utilizada para expandir os horizontes de
gestão e inovação dentro das empresas é
a arte. Sobre esse intrigante tema falou o
Professor Ricardo Carvalho. E como
ilustração para a matéria de discussão, os
organizadores do encontro surpreenderam
os participantes com uma forma de fazer
arte ao vivo, demonstrando na prática
como o recurso da imagem pode ser rico
e cativante. “Facilitadores gráficos”
acompanharam o encontro, ilustrando os
principais pontos de discussão, as
observações
interessantes
e
os
palestrantes. Tudo isso rendeu uma
conversa ainda mais animada e aberta,
como era a proposta dos professores
Carlos Arruda e Anderson Rossi para este
primeiro encontro do ciclo.
Os desafios da inovação
Os temas, dinâmicas e encontros do ciclo
2010/2011
foram
revistos
na
A pergunta foi mais uma vez lançada:
quais são os desafios e as barreiras da
inovação dentro da sua empresa? A
questão, tantas vezes colocada ao início
de cada ciclo, tem uma tendência a não
se esgotar. Afinal, os desafios são
inúmeros e eles fazem parte do conceito
de inovação. Se não houvessem desafios a
vencer, a inovação não se faria tão
necessária e vital no mundo dos negócios.
um todo. A estratégia deve estar dentro
de todos os pensamentos durante todas as
ações. Com a inovação acontece o
mesmo. Para isso, o que é necessário?
Talvez mobilizar as pessoas para o plano,
para a ideia de inovação que existe na
empresa. Explicar que a inovação deve
estar no trabalho do dia a dia, e que pode
trazer resultados ao fim do processo.
Excelência X Inovação
Mas a fórmula nem sempre é simples
assim. O que nos leva a uma das barreiras
à inovação mais enfrentadas pelas
empresas: como primar pela excelência
dos negócios sem perder espaço para a
inovação? Entre os dois fatores, a
princípio a empresa sempre optará pela
excelência, a menos que a inovação
esteja na sua essência.
Para muitos negócios, o futuro se
apresenta como um cenário muito
diferente do que trabalhamos hoje. Como
pensar no futuro de um produto, quando
o seu mercado pode ser totalmente
modificado? Trabalhando com pesquisa,
antecipando o desejo dos consumidores.
Mas, como é possível prever tais
inovações e grandes mudanças quando o
trabalho que se acumula no dia a dia é
tão intenso? Muitas vezes a gerência está
propondo que se entregue inovação, mas
no fim do dia, o que é cobrado são os
relatórios, o trabalho diário, os resultados
imediatos.
Empresas
nascem
com
métodos
inovadores. Mas algumas parecem se
esquecer deles ao longo do caminho.
Mudam o foco para o mercado e a
competitividade e perdem de vista o
planejamento a médio e longo prazo.
Planejamento estratégico
Enquanto o planejamento estratégico
está focado no médio e longo prazo, o
plano de ações vai mudando ao longo do
tempo, no dia a dia. Mas é necessário,
todos os dias, pensar se os planos de ação
de estão dentro do planejamento como
Numa empresa onde não existe um
projeto tão estruturado, a inovação se
torna reativa. Estão buscando onde estão
as ofertas. Algumas vezes elas se
encontram com as demandas, mas ainda
pode ser pouco. Estas são questões para
empresas que possuem uma estrutura mal
resolvida
para
a
inovação.
Os
conhecimentos são trazidos para a
empresa, ou elaborados por áreas
internas, e não aplicados, aos poucos
serão esquecidos.
Pessoas
“Inovação é como chocolate. Não precisa
explicar para ninguém o que é e nem que
é bom. Todo mundo quer ser inovador.” A
interessante analogia de um participante
abre a questão do centro de toda a
cultura de inovação (ou a falta dela)
estar centrada nas pessoas.
Mas as pessoas, do médio ao alto escalão,
estão pressionadas a darem resultados relembrando a questão da excelência. E
ficam divididas, sem espaço para inovar.
Elas têm que aceitar correr riscos.
“Talvez inovação não seja chocolate, e
sim óleo de fígado de bacalhau.”
A cultura da empresa precisa mostrar que
é necessário colocar a inovação dentro do
dia a dia. Inovar é um todo. Mas o papel
fundamental na cultura da empresa é o
da liderança. Normalmente o conceito de
trabalho de uma empresa está centrado
na figura do CEO e da diretoria,
independente de seu tamanho. A pessoa
certa para a gestão da inovação pode
mudar mais do que processos, métodos e
modelos, pode incentivar as pessoas.
Talvez seja interessante envolver mais os
CEOs com as ideias que estão sendo
discutidas no CRI. Mas organizar uma
reunião com a presença deles é um
processo desafiador.
Para conseguir cobrar, ao mesmo tempo,
inovação, entregas e resultados dos
funcionários abaixo de si, gestores
precisam contratar profissionais de alta
competência. E mantê-los é um desafio
que também deve ser considerado.
Ambiente para inovação
Se o tipo de negócio que determinada
empresa executa precisa de resultados
diários e a curto prazo, o comportamento
voltado para a inovação em todas as
áreas e para todos os funcionários talvez
não seja o mais indicado. Em casos assim,
é comum a inovação estar circunscrita a
ambientes propícios e preparados, em
setores e áreas onde ela é relevante.
A opção pode ser pela criação de uma
área de inteligência tecnológica, com
aqueles profissionais que se destacam e
são fortes neste ponto. É importante
trazer também para a discussão, na área
específica, a inteligência competitiva e
de mercado: entender o que os outros
estão fazendo, quem compete com quem,
a visão de futuro desta e das outras
empresas, para a construção de cenários.
Ferramentas de gestão
Como desenvolver o P&D? Envolver ou não
o restante da empresa? Como fazer a
gestão de parcerias? Quais são as
ferramentas que as empresas usam para
administrar
os
projetos
de
desenvolvimento e como mensurar os
resultados dele?
Não basta falar sobre a cultura ou o
ambiente para a inovação. Após alguns
ciclos do CRI, os participantes também
estão ansiosos por ferramentas mais
práticas de gestão, com métricas,
processos e sistemas. Além disso, querem
discutir critérios e processos de seleção
de projetos que estejam adequados à
realidade de cada empresa, pensando em
cada organização individualmente.
A inovação nos dias de hoje, para alguns
mercados, pede uma velocidade extrema,
que faz necessário reduzir muito o tempo
de pesquisa e processamento. Como é
possível desenvolver as ofertas para ciclos
cada vez mais rápidos e menos
duradouros? Como evoluir os processos
para isso?
Inovação além do produto
Inovação, para muitas empresas, é P&D.
Mas não deve estar circunscrita somente
a esta área. Além do produto, além da
tecnologia, a inovação pode estar na
gestão, no modelo de negócio, na
estruturação da empresa. Os conceitos de
desenvolvimento podem ser aplicados
também à competitividade, à diminuição
de recursos, à chamada Green Innovation.
Certamente, a tendência é que, cada vez
mais, qualquer inovação, em qualquer
área, esteja debaixo do guarda-chuva da
sustentabilidade, pensando nos três
pilares: social, ambiental e econômico.
O BNDES, até pouco tempo, não aceitava
projetos de pesquisa em inovação que
não fossem de P&D. Hoje, já está aberto
para novas propostas e caminhos.
Os temas mais votados – e por isso
escolhido para os encontros do ciclo foram:
Políticas públicas
A barreira entre empresa privada e
estrutura pública precisa ser quebrada. O
investimento público em pesquisa é alto.
Por que não trazer as instituições do
governo para dentro do diálogo? Qual é a
visão de um órgão público? Para tentar
novas políticas que ajudem as empresas,
as discussões sobre as dificuldades
precisam ser levadas para dentro do
governo. Quem faz essa ponte? Talvez o
melhor não seja procurar o alto escalão e
sim o médio. Um dos desafios para o CRI
é trazer pessoas de níveis equivalentes
em empresas e governos para dialogar
num ambiente apropriado.
•
18 de Outubro
Incentivos
e
governamentais.
•
06 de Dezembro de 2011:
Inovação
colaborativa
–
Relacionamento
entre
universidades, ICT’s e empresas.
de 2011:
fomentos
08 de Março de 2012: Inovação e
gestão de pessoas.
•
19 de Junho de 2012: Inovação
em serviços.
•
17 de Maio de 2012: Seminário
“Rumos da Inovação no contexto
empresarial brasileiro”.
Propostas para o ciclo 2011/2012
O intenso debate entre os participantes
do CRI, reproduzido acima, fez com que
antigos assuntos e novas ideias surgissem.
Com isso, os grupos reunidos puderam
sugerir temas que gostariam de ver
discutidos durante o próximo ciclo, a
exemplo de outras edições. Num intenso
trabalho de written brainstorming e
discussão nos grupos, os integrantes
sugeriram diversos temas.
Inovação, Arte e Gestão
O Professor Ricardo Carvalho trouxe uma
perspectiva artística para a gestão da
inovação, falando sobre a inserção da
arte na educação de executivos.
Por que arte teria algo a ver com
inovação? Se arte é uma abertura de
pensamento, uma nova visão de mundo,
uma experiência em novos sentidos, uma
forma de soltar as amarras da
criatividade e deixar a imaginação ser
capaz de criar aquilo que nunca existiu,
ela possui os mesmos elementos
necessários a uma ideia inovadora.
A arte é um processo de experiência.
Porque o homem começou a fazer arte?
Para se perpetuar. No momento em que o
homem adquiriu a noção de mortalidade,
ele passou a usar a arte como uma das
formas de se manter neste mundo depois
da sua morte. E, ao mesmo tempo que se
tornou criador, ele passou a ser capaz de
usar essa criatividade para inovar e assim
alongar a vida, torná-la melhor de
variadas formas.
concebida como a educação de artistas.”
Sir Herbert Read – 1893-1968. Agora
pense no mesmo texto, substituindo a
palavra artista por gestor. Fica o
conceito e um desafio: a educação
executiva através da arte.
Batalha de Conceitos
A Batalha de Conceitos é um formato de
inovação aberta trazido da Holanda para
o Brasil que consiste em um portal virtual
(www.battleofconcepts.com.br)
que
promove disputas de criatividade e
inovação entre estudantes e jovens (até
30 anos de idade) a partir de demandas
reais de empresas e governos.
O que isso tudo tem a ver com o universo
da gestão executiva? Segundo uma
pesquisa da FDC sobre a inserção da arte
na educação de executivos, 96% dos
entrevistados vêm ligação entre arte,
trabalho e gestão e 50% acham que a arte
ajuda a desenvolver habilidades para
gestão empresarial: criatividade, visão
sistêmica e liderança. Esses dados vêm ao
encontro da tendência entre as maiores
Business Schools do mundo em inserir
arte e design nos seus cursos de gestão.
“Ser um artista naquilo que faz.” Artistas
são essencialmente inovadores. Ser um
artista é também uma forma de dizer que
alguém se supera constantemente e faz
algo de forma extraordinária. Não seria o
que
almeja
qualquer
homem,
especialmente aquele que busca a
excelência nos negócios?
“Artista é o indivíduo que desenvolve
ideias, sensibilidades, habilidades e
imaginação para criar trabalhos bem
proporcionados, habilidosamente executados, imaginativos, independentemente
do ambiente em que trabalha. Maior
título que se pode dar a alguém é o de
‘ser
artista’
naquilo
que
faz,
independentemente de sua profissão.
Nesse sentido, a educação deve ser
Grandes
empresas
brasileiras
já
experimentaram a ferramenta, lançando
desafios de inovação para jovens em todo
o país dispostos a gerar ideias
diferenciadas para o problema exposto.
Os
estudantes
podem
participar
individualmente, em grupo, através de
empresas juniores e através da sua
universidade.
Para cada batalha criada, os inscritos
podem mandar uma proposta de solução.
Essa solução será avaliada de acordo com
critérios
básicos
(possibilidade
de
execução, criatividade, custos etc) e
critérios determinados pela empresa que
lançou o desafio, que podem ser
específicos sobre aquele projeto. As
melhores soluções inscritas ganham
prêmios em dinheiro, independentemente
da ideia ser executada ou não. Podem
participar
estudantes
ou
jovens
profissionais de qualquer área de
atuação, em qualquer batalha. A
limitação para participantes de até 30
anos de idade é para tentar prevenir que
pessoas que têm acesso a segredos
empresariais
e
industriais
possam
“vender” o conceito ao concorrente
dentro de uma batalha. Partiram do
pressuposto de que menores de 30 anos
raramente terão posições em empresa
com acesso a esses segredos.
A proposta apresenta vantagens para
todos os envolvidos. As empresas contam
com ideias e soluções novas para seus
desafios com investimento reduzido,
criam um relacionamento mais aberto e
participativo com o seu público jovem,
obtém a colaboração externa de talentos
que podem ser recrutados como futuros
funcionários e abrem um relacionamento
saudável com as universidades e o
ambiente acadêmico. Os estudantes,
além do prêmio a que concorrem,
ganham destaque no mercado de
trabalho, experiência com desafios reais
para criar o próprio portfolio e fazem
relacionamento com grandes empresas.
Tudo isso aumenta sua confiança e
empregabilidade. Por outro lado, as
universidades
ganham
prestígio
e
exposição positiva da marca, alunos mais
interessados e engajados e casos reais
para professores trabalharem em sala de
aula. O Brasil também ganha: empresas
mais inovadoras, uma juventude mais
participativa e engajada, um sentimento
de co-criação e busca conjunta de
soluções e uma maior interação entre
empresas e universidades.
Com 22 batalhas lançadas nos dois anos
em que já esteve no Brasil, o Battle of
Concepts possui 8 mil membros cadastros
e distribuiu R$ 254 mil em prêmios.
As empresas que já fizeram batalhas com
grande sucesso ficam surpresas como
muitas boas ideias não vêm de
profissionais da área e sim de pessoas de
outras profissões. São pessoas que
conseguem pensar “fora da caixa”, de
forma extremamente criativa, enquanto
aqueles muito envolvidos com os
projetos, muitas vezes, não conseguem
enxergar além para encontrar as
soluções.
A ideia de que, de fora, os problemas
podem ser enxergados sob outra
interessante ótica, fez com que uma
empresa lançasse uma batalha para que
os participantes sugerissem possíveis
batalhas. A empresa foi capaz de admitir
que seus consumidores poderiam estar
vendo pontos a melhorar onde eles
mesmos não estavam enxergando.
Pesquisa CRI
Ao término do ciclo 2010/2011, os
participantes do CRI foram convidados a
responder questões sobre como está
sendo a sua experiência enquanto
empresa associada ao centro de
Referência. Onze empresas responderam
à pesquisa, avaliando cada quesito com
notas de 1 a 5.
Algumas batalhas já lançadas no Brasil:
Whirlpool - Como inovar na comunicação
das marcas Brastemp e Consul no ponto
de venda?
Natura - Crie um novo produto cosmético
ou linha de produtos com sensorial
inovador que encante e ultrapasse as
expectativas do consumidor.
Exame - Propor um conceito novo de
aplicativo para iPhone, com a marca
EXAME,
que
tenha
informações
financeiras relevantes para o público.
O programa de eventos do CRI foi
avaliado por 73% dos participantes com
nota 4, ou muito bom. 82% consideraram
o grupo de empresas integrantes como
muito bom. 73% avaliaram com nota 4 a
dinâmica das reuniões. 82% acharam o
conteúdo desenvolvido muito bom. 58%
também avaliaram com nota 4 os casos
empresariais apresentados.
Sobre as informações disponibilizadas
para o grupo, 82% dos participantes
avaliaram como razoável, nota 3, o nível
de informações enviadas antes das
reuniões. 73% acharam o material
disponibilizado durante as reuniões muito
bom. 55% consideraram o material
disponibilizado no site razoável (36%
consideraram muito bom). Por fim, 82%
avaliaram a estrutura dos eventos como
muito boa.
Entre os fatos apontados como os mais
marcantes no ciclo 2010/2011 estão as
palestras
e
vídeo
conferências
internacionais,
o
seminário,
a
participação de alguns CEOs, as reuniões
de “ideação” e “design e inovação”, as
apresentações de caso da Dow, da Fiat,
da Fleury e do Boticário, a discussão
“Cultura da inovação e liderança” e o
Caso Embraer “Inteligência competitiva”.
Lembramos, mais uma vez que o CRI é de
todos nós. É importante a participação de
cada um para torná-lo cada vez mais
produtivo e satisfatório. E a Fundação
Dom Cabral apenas conduz e orienta, com
orgulho, este Centro de Referência
inovador.
Até a próxima!
Para se aprofundar no tema ARTE, GESTÃO E
INOVAÇÃO:
Project Zero – Harvard Graduate School of
Education, at Harvard University.
Artful Thinking Program – Harvard Graduate
School of Education, at Harvard University.
PINK, Daniel. A revolução do lado direito do
cérebro.
SHEPPARD,
Blair.
Reshaping
business
education in a new era. Entrevista à revista
McKinsey Quaterly.
SCHOEMAKER, Paul. O paradoxo
ambiguidade. HSM Management, n. 72
e
a
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FUNDAÇÃO DOM CABRAL São Paulo, 11/08/2011