Laudo de Avaliação para Oferta Pública de Aquisição de Ações Preferenciais e Ordinárias (Data base: 31 de março de 2007) Companhia Brasileira de Cartuchos NEXIA AUDITORES E CONSULTORES Nexia International 06 de julho de 2007 1 Índice COMENTÁRIOS INICIAIS ................................................................................................................................................................................................. 4 1. Introdução .................................................................................................................................................................................................................. 16 2. Sumário Executivo..................................................................................................................................................................................................... 16 2.1 Critério de Preço Médio de negociação em Bolsa de Valores (VM) .......................................................................................................... 19 2.1.1 Preço de negociação em Bolsa de Valores das ações da CBC entre a data-base de realização dos trabalhos e a data de emissão do Laudo de Avaliação.................................................................................................................................................................................................. 21 2.2 Critério do Valor Patrimonial Contábil por Ação (VPA)................................................................................................................................... 21 2.3 Critério do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) .................................................................................................................................................. 23 3. Declarações da Avaliadora ....................................................................................................................................................................................... 25 3.1. Apresentação da Nexia Auditores e Consultores............................................................................................................................................ 25 3.1.1. Nexia Consultores............................................................................................................................................................................................ 27 3.1.2. Projetos realizados .......................................................................................................................................................................................... 27 3.2. Processo Interno................................................................................................................................................................................................. 30 3.3. Quadro técnico.................................................................................................................................................................................................... 31 3.4. Valores recebidos ............................................................................................................................................................................................... 31 3.5. Declarações ......................................................................................................................................................................................................... 31 4. A Companhia Brasileira de Cartuchos..................................................................................................................................................................... 33 4.1. Informações sobre a CBC e seu mercado de atuação .................................................................................................................................... 34 4.2. Dados Econômico Financeiros.......................................................................................................................................................................... 44 4.2.1. Demonstrações anuais .................................................................................................................................................................................. 44 4.2.2. Dados trimestrais ........................................................................................................................................................................................... 47 5 Avaliação ..................................................................................................................................................................................................................... 50 2 5.1. Avaliação pelo critério do preço médio de negociação em Bolsa de Valores – (VM) .................................................................................. 50 5.2. Avaliação pelo critério do Valor Patrimonial por Ação – (VPA) ..................................................................................................................... 52 5.3. Avaliação pelo critério do Fluxo de Caixa Descontado (FCD)........................................................................................................................ 53 5.3.1. Companhia Brasileira de Cartuchos .............................................................................................................................................................. 54 5.3.1. Companhia Brasileira de Cartuchos .............................................................................................................................................................. 54 5.3.1.1. Premissas Adotadas para a Projeção de Fluxo de Caixa ........................................................................................................................... 55 5.3.1.2. Taxa de Desconto ....................................................................................................................................................................................... 70 5.3.1.3. Projeções / Resultados ............................................................................................................................................................................... 73 5.3.2. Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau (MEN)................................................................................................................................................ 83 Glossário ........................................................................................................................................................................................................................ 97 ANEXOS.......................................................................................................................................................................................................................... 98 3 COMENTÁRIOS INICIAIS A Nexia Auditores e Consultores foi contratada para a elaboração de Laudo de Avaliação da empresa Companhia Brasileira de Cartuchos. Emitimos o referido documento para a data-base 30 de setembro de 2006 em 5 de fevereiro de 2007, no qual concluímos que o valor da Companhia era de R$ 49,27 milhões, correspondente a R$ 24,08 por ação. Em abril de 2007, foi-nos solicitado pela administração da DFV Participações S.A., acionista controlador da Companhia, que o Laudo de Avaliação fosse atualizado para a data-base de 31 de março de 2007. A atualização do Laudo consistiu na revisão de todas as premissas e variáveis adotadas no documento original, buscando capturar desta forma todas as alterações ocorridas no período compreendido entre aquela data-base e a data-base do presente Laudo, ou seja, entre 30 de setembro de 2006 e 31 de março de 2007. A seguir, demonstramos as principais alterações efetuadas. • Paridade Cambial Em ambos os documentos, a paridade cambial está baseada em informações disponibilizadas pelo Banco Central. 4 Contudo, as estimativas apresentadas por aquela instituição sofreram alterações, a saber: Comparativo entre Paridade Cambial - Laudo emitido para data base 30/09/2006 versus Laudo emitido para data base 31/03/2007 - R$ mil 3,00 2,00 1,00 0,00 2007 (*) 2008 (*) 2009 (**) Após 2009 (**) Laudo - data base 30/09/2006 2,25 2,40 2,41 2,41 Laudo - data base 31/03/2007 1,90 2,00 2,00 2,00 (*) Fonte : BACEN – Relatório Focus - 29 de junho 2007 – Página 2 (Laudo data-base 31/03/2007) (**) Fonte : Nexia Auditores e Consultores Assim, em função da alteração da paridade cambial, as receitas de venda no mercado externo e os custos de matérias-primas importadas tiveram, em relação ao documento anterior, uma redução de aproximadamente 4%. A variação da paridade cambial entre 2007 e 2008 foi por nós considerada como crescimento real. 5 • Taxa de desconto – Custo Capital Próprio A metodologia de apuração da taxa de desconto foi semelhante em ambos os Laudos. Contudo, o risco de mercado e o coeficiente Beta tiveram uma ligeira alteração. Laudo data-base 31/03/2007 2,43% Laudo data-base 30/09/2006 2,27% (A) Taxa livre de risco (b) Prêmio mercado 6,81% 6,79% (c) Coeficiente Beta 1,13 1,14 (b) * (c) = (D) Risco mercado ajustado 10,10% 10,03% (E) Risco País 2,57% 4,21% (A) + (D) + (E) Taxa de desconto . . . 12,70% . 14,24% No Laudo emitido para a data-base 31/03/2007 adotamos, para a apuração do risco soberano, a média dos 2 últimos anos apuradas pela J.P. Morgan. Enquanto, no documento anterior, adotávamos a média dos 5 últimos anos 6 • Receita A metodologia de apuração da receita foi semelhante nos dois Laudos e esteve baseada no histórico de vendas e nas perspectivas futuras. Com relação ao histórico de vendas, a exemplo de despesas e/ou custos não recorrentes, em ambos os Laudos foram desconsideradas vendas atípicas. Comparativo entre receita - Laudo emitido para data base 30/09/2006 versus Laudo emitido para data base 31/03/2007 - R$ mil 260.000 240.000 220.000 200.000 180.000 160.000 140.000 120.000 2008 2009 2010 2011 2012 Laudo - data base 30/09/2006 - Mercado Interno Laudo - data base 30/09/2006 - Mercado Externo 2013 2014 2015 2016 Laudo - data base 31/03/2007 - Mercado Interno Laudo - data base 31/03/2007 - Mercado Externo As receitas agora previstas para o mercado interno são superiores em 0,38% ao final de 2016, se compararmos com o projetado no Laudo para data-base de 30 de setembro de 2006. Com relação a mercado externo, a redução inicial decorrente da desvalorização cambial foi quase que totalmente compensada com o crescimento das vendas previsto em função dos novos investimentos especificamente, aqueles relacionados com a 7 aquisição de equipamentos para as linhas de produção de munição para rifles calibres 5.56 e 7.62. Não está considerado o investimento na aquisição da empresa MEN. • Custos A metodologia de apuração dos custos foi semelhante em ambos os documentos. No presente Laudo, foi considerado um ganho de produtividade em função dos novos níveis de investimentos. Comparativo entre custos - Laudo emitido para data base 30/09/2006 versus Laudo emitido para data base 31/03/2007 - R$ mil 320.000 270.000 220.000 170.000 120.000 2008 2009 2010 2011 2012 Laudo - data base 30/09/2006 2013 2014 2015 2016 Laudo - data base 31/03/2007 8 No Laudo emitido em fevereiro de 2007 estava previsto que os custos corresponderiam a aproximadamente 78% da receita líquida e no presente Laudo esse percentual foi reduzido em aproximadamente 1,5 ponto percentual. • Despesas operacionais Com relação às despesas operacionais (vendas e administrativas), foram mantidas as mesmas metodologias adotadas no Laudo emitido em fevereiro de 2007 A variação nas despesas operacionais se deu em função do incremento de gastos apresentado entre outubro de 2006 e março de 2007, principalmente no que diz respeito às comissões sobre vendas e gastos relacionados com a aquisição da empresa MEN. Adicionalmente, o aumento dos investimentos na modernização e ampliação do parque fabril no Brasil resultou no aumento da despesa de depreciação. 9 o Despesas com vendas Comparativo entre despesas com vendas - Laudo emitido para data base 30/09/2006 versus Laudo emitido para data base 31/03/2007 - R$ mil 40.000 30.000 20.000 10.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 Laudo - data base 30/09/2006 2013 2014 2015 2016 Laudo - data base 31/03/2007 10 o Despesas administrativas Comparativo entre despesas administrativas - Laudo emitido para data base 30/09/2006 versus Laudo emitido para data base 31/03/2007 - R$ mil 20.000 19.000 18.000 17.000 16.000 15.000 2008 2009 2010 2011 2012 Laudo - data base 30/09/2006 2013 2014 2015 2016 Laudo - data base 31/03/2007 11 • Despesas com depreciação Comparativo entre despesas com depreciação - Laudo emitido para data base 30/09/2006 versus Laudo emitido para data base 31/03/2007 - R$ mil 15.000 10.000 5.000 0 2008 2009 2010 2011 2012 Laudo - data base 30/09/2006 2013 2014 2015 2016 Laudo - data base 31/03/2007 Especificamente em relação às despesas com depreciação, no presente Laudo é apresentado um incremento de 53% em função dos novos níveis de investimentos na modernização e ampliação do parque fabril no Brasil, conforme demonstrado no tópico a seguir e no item 5.3.1.1 investimentos. 12 • Investimentos No quadro a seguir, apresentamos o resumo das alterações em investimentos. Laudo data base 30 de setembro de 2006 Período Realizado Previsto R$ milhões Laudo data base 31 de março de 2007 Previsto Realizado janeiro a setembro 2006 (*) N/A 10,9 N/A 10,9 4o. trimestre 2006 (*) 0,5 6,1 - 6,1 1o. trimestre 2007 (**) 0,5 2,4 - 2,4 abril a dezembro 2007 (**) 2,1 - 10,60 - 2008 - - 19,43 - 2009 - - 5,30 - Fonte CBC - Projeção Nexia Auditores (*) Investimento realizado em 2006 - R$ 17 milhões (**) Investimento realizado no primeiro trimestre de 2007 – R$ 2,4 milhões e investimento previsto para o período entre abril a dezembro de 2007 – R$ 10,6 milhões N/A – Investimentos realizados anteriormente a data-base do laudo, não projetados. 13 A alteração do valor do investimento se deu em função da revisão do planejamento estratégico da Companhia. • MEN - Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau No Laudo emitido para a data-base de 30 de setembro de 2006, informamos acerca da aquisição da empresa MEN, efetivada e aprovada pelos órgãos competentes em 08 de janeiro de 2007. Naquele momento, tendo em vista que as informações disponíveis eram limitadas, foi considerado que a operação realizada, isto é, o caso concreto, representava o melhor critério de avaliação daquele ativo e, consequentemente, ele estaria considerado a preço de mercado. Para o presente Laudo, cuja data-base é 31 de março de 2007, foi efetuada a avaliação econômica da empresa e seu valor de mercado foi adicionado ao valor apurado para a Companhia Brasileira de Cartuchos. 14 O gráfico a seguir apresenta a análise da representatividade da MEN na apuração do valor da CBC. Valores em Reais 30 25 20 VALOR REFERENTE MEN VALOR REFERENTE CBC 15 10 5 0 Laudo - data base 30/09/2006 Laudo - data base 31/03/2007 Projeção: Nexia Auditores e consultores 15 1. Introdução A elaboração do presente “Laudo de Avaliação da Companhia para Oferta Pública de Aquisição de Ações Preferenciais e Ordinárias” foi solicitada à Nexia Auditores e Consultores (Nexia) pela acionista controladora da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) , a DFV Participações S.A.. Este laudo de avaliação foi elaborado de acordo com o disposto no Artigo 80 da Instrução CVM 361/02, complementada pela Instrução CVM 436/06, para a determinação do critério mais adequado na apuração do preço justo para efeito de realização de Oferta Pública de Aquisição de Ações de emissão da Companhia Brasileira de Cartuchos, dirigida aos titulares de ações preferenciais e ordinárias em circulação, visando o cancelamento do registro de que trata o Artigo 21, da Lei n0 6.385/76, nos termos do parágrafo 40, do Artigo 40, da Lei n0 6.404/76 e da Instrução CVM n0 361/02. Os trabalhos de avaliação da CBC tiveram por base as demonstrações financeiras da CBC disponibilizadas para a CVM na data-base de 31 de março de 2007. 2. Sumário Executivo Para a elaboração deste trabalho, a Nexia Auditores e Consultores utilizou as seguintes fontes de informação: • demonstrações financeiras auditadas da CBC; • estudos de mercado, relatórios e publicações; • informações gerenciais da CBC; • reuniões com os principais administradores da Companhia. 16 Nossos trabalhos foram efetuados em Reais, sem considerar efeitos inflacionários, com data-base de 31 de março de 2007. Este Laudo apresenta o valor da Companhia apurado a partir da utilização de três critérios de avaliação, a saber: a) preço médio ponderado de cotação das ações em bolsa de valores - VM b) valor patrimonial líquido contábil por ação– VPA c) fluxo de caixa descontado - FCD Valor da empresa apurado conforme cada critério de avaliação R$ milhões 100 50 0 Valor VM VPA FCD 38,207 81,765 61,254 Projeção:Nexia Auditores e Consultores O valor por ação apurado para cada critério utilizado é a seguir apresentado: VM - R$ 18,67 por ação; VPA - R$ 39,95 por ação; FCD - R$ 29,93 por ação; 17 É do nosso entendimento que o critério de avaliação mais adequado para a definição do preço justo da Companhia Brasileira de Cartuchos para a data-base 31 de março de 2007 é o Fluxo de Caixa Descontado – FCD. É também do nosso entendimento que o referido critério está de acordo com o descrito no §4º. do Artigo 4º. da Lei 6.404/76 e, dessa forma, o preço apurado a partir da adoção daquele critério pode ser considerado como preço justo, ao menos igual ao valor da Companhia, nos termos da referida Lei. Nossa decisão de considerar o Fluxo de Caixa Descontado – FCD como critério mais adequado para a apuração do preço justo da Companhia, baseou-se nos seguintes principais aspectos: • O critério do Fluxo de Caixa Descontado – FCD captura as perspectivas futuras da empresa, aí considerando o retorno sobre novos investimentos, quer pela ampliação de linhas de produção quer pela aquisição de novas plantas, e o impacto sobre a esperada ampliação de mercado e a melhoria de produtividade. • O critério Valor Patrimonial Contábil – VPA, reflete apenas fatos passados. Assim, o patrimônio contábil apurado por aquele critério está impactado por ganhos resultantes de incentivos fiscais que não foram renovados e, dessa forma não beneficiarão a empresa no futuro. e, por uma despesa de depreciação reduzida face a grande parte de seu ativo imobilizado estar totalmente depreciado. Adicionalmente, o ativo imobilizado da Companhia carece de investimentos na modernização para manutenção dos níveis de competitividade. • O critério Preço Médio de Bolsa de Valores - VM, calculado no caso da Companhia, a partir de uma pequena quantidade de ações negociadas, que nos últimos 12 meses anteriores a oferta não passou de 0,627% das ações em circulação, 0,293% das ações totais da Companhia. O Volume negociado também não passou de R$ 120 mil, representando uma média mensal inferior a R$ 10 mil. Assim, as distorções e limitações encontradas na aplicação do critério Valor Patrimonial Contábil – VPA e a não aplicabilidade do critério de avaliação pelo Preço Médio de Bolsa de Valores (devido a insignificante quantidade de operações realizadas e de ações negociadas e o pequeno volume financeiro envolvido), nos fazem concluir que o critério do Fluxo de Caixa Descontado – FCD, até por permitir capturar as perspectivas 18 futuras da empresa, é o critério mais adequado para apurar o preço justo da empresa. Desta forma o preço justo da Companhia, apurado pelo critério do Fluxo de Caixa Descontado – FCD, foi de R$ 61,254 milhões equivalente a R$ 29,93 por ação. Nas próximas páginas, discutiremos detalhadamente os critérios de avaliação considerados, bem como as projeções adotadas a fim de calcular o preço justo da Companhia. 2.1 Critério de Preço Médio de negociação em Bolsa de Valores (VM) A CBC possui 2.046.450 ações em poder de seus investidores, sendo 1.088.640 ações ordinárias e 957.810 ações preferenciais. As ações ordinárias não são e nunca foram negociadas em Bolsa de Valores. Atualmente, 762 mil (70%) estão em poder da Controladora DFV Participações S/A, 306 mil (28%) estão em poder da PCDI Participação em Negócios e Administração S/A, e 20 mil (2%)1 estão em poder da Imbel – Indústrias de material bélico. Com relação as ações preferenciais, 957,024 mil estão em circulação. Para a apuração do valor da Companhia com base no preço das ações negociados em bolsa, foram considerados os valores negociados para as ações preferenciais. 1 Conforme Informações Anuais 2005 CVM / CBC 19 A utilização do método que toma por base o valor de mercado das ações, em regra, traz resultados satisfatórios do ponto de vista da apuração do valor de uma Companhia. Todavia, é necessário que determinadas características básicas estejam presentes. As fundamentais seriam: a existência de significativa quantidade de negociações, o representativo volume de recursos movimentados e, finalmente, a pulverização do capital da companhia. Do ponto de vista do volume financeiro e da quantidade de operações, no período compreendido entre 01 de abril de 2006 a 31 de março de 2007 foram efetuadas operações de ações preferenciais envolvendo 6 mil ações e movimentando R$ 112,03 mil. Esses valores representam 0,627 % das ações preferenciais em circulação e 0,293% das ações totais da Companhia.. Quantidade total de ações em circulação x ações negociadas (em mil) 1000 800 600 400 200 0 Volume total em negociação x volume negociado (em R$ mil) 20.000 957 17.867,7 15.000 10.000 6 5.000 Ações em Ações circulação negociadas 112,0 0 Volume total de circulação Fonte: Yahoo finance Volume movimentado Fonte: Yahoo finance 20 Se, apesar da constatação de ausência de dispersão e da insignificante quantidade de ações e volume financeiro negociado no período, o que desabonaria a utilização desse critério para a apuração do preço justo para as ações da Companhia, utilizássemos esse critério de avaliação, a 2 Companhia seria avaliada em R$ 38,2 milhões , - R$ 18,67 por ação. 2.1.1 Preço de negociação em Bolsa de Valores das ações da CBC entre a data-base de realização dos trabalhos e a data de emissão do Laudo de Avaliação No período compreendido entre 01 de abril de 2007 e 06 de julho de 2007, foram efetuadas operações em 18 dias e preço médio ponderado das ações preferenciais no período foi de R$ 28,87 2.2 Critério do Valor Patrimonial Contábil por Ação (VPA) A movimentação patrimonial da Companhia demonstra o histórico de lucros auferidos e estabilidade do negócio. Ao longo dos últimos anos, a CBC apresentou lucros constantes, com remuneração aos seus acionistas seja por meio de pagamento de dividendos ou de Juros sobre Capital Próprio. O patrimônio Líquido da CBC apresentou a seguinte evolução: 2 Considerando a média ponderada das ações preferenciais período 04/2006 a 03/2007 – (não existe negociação com ações ordinárias) 21 Patrimônio Líquido da CBC - R$ mil 100.000 50.000 0 Patrimônio Líquido 2001 2002 2003 2004 2005 2006 mar/07 40.501 48.691 59.416 70.563 73.211 84.235 81.765 Fonte:Demonstrações contábeis auditadas da CBC / Comissão de Valores Mobiliários Os resultados apurados pela CBC são apresentados no gráfico a seguir: Resultado Contábil - R$ mil 15.000 10.000 5.000 0 -5.000 Resultado 2001 2002 2003 2004 2005 2006 mar/07 2864 10.899 14.274 14.835 3.522 14.672 -2.470 Fonte: Demonstrações contábeis auditadas da CBC. Nos anos de 2005 e 2006 e no 1º. trimestre de 2007 a CBC sofreu o impactos de diversas variáveis. Entre as variáveis que impactaram suas margens temos a valorização do Real, o término do incentivo fiscal existente no Rio Grande do Sul e volume de recursos dispendidos na aprovação do estatuto do desarmamento. Por outro lado, mais especificamente no final de 2006, a CBC foi afetada positivamente em função do substancial 22 incremento no nível de vendas realizadas para as Instituições de Segurança Pública dos estados, comentado detalhadamente ao longo deste Laudo. Contudo, no primeiro trimestre de 2007 a empresa apresentou prejuízo de 2,4 milhões. O mercado externo é o atual foco da Companhia. Essa expansão tornou-se possível em função dos investimentos realizados, projetados e aumento de produtividade. Assim, o valor da Companhia apurado segundo este critério seria de 81,76 milhões, o equivalente a R$ 39,95 por ação. 2.3 Critério do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) Esse critério baseia-se na tese de que o valor econômico de uma empresa é determinado pela geração futura de recursos. As características existentes atualmente na CBC, entre elas a existência de lucros, o fato dos lucros serem originados por meio de operações normais, isto é, aquelas relacionadas a execução do seu objeto social (industrialização e comercialização de armamentos e de munições), aliada a perspectivas futuras da empresa (investimentos em ampliação e aquisição de novas linhas de produção, esperada ampliação de mercado e melhoria na produtividade), nos faz concluir ser esse o critério mais adequado para apurar o preço justo da empresa . Cabe ressaltar que atualmente a CBC possui passivos de curto e longo prazo que totalizam R$ 101.420 mil, e ativo circulante e de longo prazo que totalizam R$ 109.885 mil. Em 2005 foram investidos pela companhia R$ 21,9 milhões e em 2006 R$ 17 milhões. Os investimentos realizados destinaram-se primordialmente ao atendimento das necessidades do mercado externo. O caixa projetado para a CBC pode ser resumido como segue. 23 Fluxo de Caixa Projetado 20.000 R$ mil 15.000 10.000 5.000 0 2007P 2008P 2009P 2010P 2011P 2012 P 2013P 2014 P (*) Fonte: Nexia Auditores e Consultores (*) Período de abril a setembro de 2007 As projeções do fluxo de caixa descontado a taxa de 11,28 % a.a. apontam um valor de R$ 58,547 milhões. A empresa controlada Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau (MEN), rescem adquirida, foi avaliada em R$ 2,707 milhões líquidos (valor da avaliação – R$ 21.257 mil descontado o custo de aquisição da empresa R$ 18.550 mil), totalizando desta forma em R$ 61,254 milhões o valor da Companhia Brasileira de Cartuchos e sua controlada. Este valor representa R$ 29,93 por ação. Segundo a administração da Companhia “Embora a CBC já exporte regularmente e em volumes crescentes para 23 paises Europeus, a compra da MEN representa o nosso ingresso em mercados que consomem produtos de maior valor agregado em segmentos historicamente abastecidos por empresas Européias. 24 As duas companhias apresentam sinergias operacionais que resultarão em sensíveis reduções de custo e aumento de escala no médio prazo. As sinergias em operações referem-se principalmente ao compartilhamento de melhores práticas e a uma maior utilização da base de ativos de ambas as companhias” Ainda segundo a administração da Companhia, “Ressaltamos que, a princípio, as sinergias operacionais mencionadas não se referem a sinergias de produção. Os mercados e os produtos vendidos pela CBC e pela MEN são diferentes. As sinergias mencionadas refere-se a segregar o atendimento dos mercados civil e militar europeu, reforçando a CBC como produtora e distribuidora de grandes quantidades de commodities em nosso segmento, enquanto a MEN poderá focar ainda mais no atendimento de mercados que exigem produtos com maior valor agregado, como é o caso do exército e das policias da Alemanha. Obviamente, sinergias de produção não estão descartadas no futuro, mas dependem de aprofundamento de estudos técnicos e da demanda existente à época, fatores que não estão ao nosso alcançe no momento.” Dessa forma, as projeções realizadas não consideram transações entre as empresas. 3. Declarações da Avaliadora 3.1. Apresentação da Nexia Auditores e Consultores A Nexia Auditores e Consultores, anteriormente Villas Rodil Auditores e Consultores, atuando na área de auditoria e consultoria desde 1996 tem seus relatórios reconhecidos por organismos financeiros internacionais tais como o IFC - International Finance Corporation e Banco Mundial. 25 A Nexia foi a primeira sociedade latino-americana a ser registrada pelo PCAOB – Public Companies Accounting Oversight Board, entidade nãogovernamental privada, criada pela lei Sarbanes–Oxley para monitorar os padrões de atuação dos auditores no exame das demonstrações contábeis e certificação dos controles internos. A Nexia Auditores e Consultores integra a Nexia International, rede internacional de empresas de auditoria e consultoria. Por intermédio de sua rede internacional tem acesso às metodologias e conceitos técnicos disponíveis, seja pela possibilidade de acessar qualquer um dos mais de 330 escritórios espalhados em 92 países, ou no desenvolvimento de trabalhos em conjunto com esses mesmos escritórios. Exemplo, recente, dessa situação é o trabalho de avaliação econômica independente para fins de captação de recursos na Bolsa de Valores de Londres (IPO), realizado em conjunto com o escritório da Smith & Williamson Corporate Finance Limited (Nexia International – escritório Londres), no qual a Nexia Auditores e Consultores foi a empresa responsável pela elaboração da avaliação econômico-financeira, apuração do preço justo e emissão do Laudo para a Captação dos recursos. Dessa forma, estamos constantemente analisando e estudando novos manuais, normas e orientações técnicas como por exemplo os elaborados pela AFIC - Associação Francesa de Investimento em Capital; BVCA - Associação de Empresas de Capital Risco – Reino Unido e EVCA Associação Européia de Capital de Risco. Com experiência tanto na prestação dos serviços de auditoria quanto de consultoria e assessoria financeira, abrangendo a avaliação econômicofinanceira de empresas/negócios, a Nexia desenvolve, no Brasil e exterior, atividades de montagens de operações de fusões, aquisições e/ou associações, bem como as de reestruturação financeira e reorganização societária, tendo desenvolvido serviços para os vários segmentos da economia. 26 A Nexia realizou mais de 40 avaliações envolvendo empresas que atuavam nos mais diversos segmentos (prestação de serviços públicos, agrobusiness, indústrias, comércio tecnologia da informação e serviços). 3.1.1. Nexia Consultores Em consultoria financeira, a Nexia atua com os 3 profissionais a seguir identificados: Diretor - Silmar Marques Palumbo; Gerente - Fernando Luis Cichitte Castanho; e Consultor - Jamiu Nogueira Antunes de Souza 3.1.2. Projetos realizados Dentre os projetos realizados pela Nexia Auditores e Consultores, cuja divulgação nos foi autorizada pelos contratantes, podemos citar: • Companhias abertas Kuala S.A. - Elaboração de Laudo de avaliação para Oferta Pública de Aquisição de Ações. Janeiro de 2006. D. F. Vasconcellos - Elaboração de Laudo de avaliação para Oferta Pública de Aquisição de Ações. Dezembro de 2006. Fertibrás S.A. - Elaboração de relatório de avaliação econômica para orientação da administração. Agosto de 2004. Econergy International PLC - Elaboração de Laudo de Avaliação para integralização de capital. Essa empresa tem suas ações cotadas na Bolsa de Valores de Londres. Maio de 2006. 27 Numis Securities- Elaboração de Laudo de Avaliação para aquisição de empresa no Brasil e adicionalmente para compor prospecto de captação de 100 milhões de libras esterlinas na Bolsa de Valores de Londres. Projeto realizado em parceria com a Smith & Williamson Corporate Finance Limited (Nexia International – escritório Londres). Novembro de 2006. Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro - Elaboração de relatório de avaliação econômica para obtenção de valor e futura negociação. Junho de 2000. Nordon Indústrias Metalúrgicas S.A. - Elaboração de relatório de avaliação econômica para incorporação de ações. Julho de 1998. • Demais Elaboração de modelo de simulação e assessoramento de empresas para participação em leilão de linha de transmissão; S. Teixeira Produtos Alimentícios Ltda - Avaliação de viabilidade operacional das empresas do grupo. Janeiro de 2006. Elaboração de projeções financeiras das empresas Transporte Coletivo Glória Ltda, Auto Viação Marechal Ltda., Viação Campos Gerais S/A, Auto Viação Santo Antônio Ltda., Viação Cidade Sorriso Ltda., Auto Viação Redentor Ltda. e Expresso Princesa dos Campos Ltda para obtenção de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Setembro de 2002. Avaliação de empresas em operação de compra ou venda: Shopping Center Rio Claro - Fevereiro de 2005 Terminal Babitonga S/A - Abril de 2004 Wintech do Brasil - Outubro de 2003. Adicionalmente aos casos acima elencados realizamos projetos com: 28 CEG Rio S.A. 06/2000 BTV Antenas Comunitárias Brasileiras Ltda. 06/1998 NET Londrina 06/1998 Global Telecom 06/1998 POLIPAR – Gerenciamento e Administração Ltda. 07/2002 Grupasso Participações S/A 06/1999 IFC – Indústrias de Fertilizantes de Cubatão S/A 03/2002 Inteligens S.A.. 04/2001 2PG Multimídia e Designer S/A 12/2000 Site Comunicações Marketing e Teleinformática Ltda. 10/2000 Pulso Tecnologia S/C Ltda. 10/2000 Techne Engenharia e Sistemas Ltda. 09/2000 Lovato e Azzolin Comércio e Design Ltda. ( Intex Network ) 09/2000 Webra Informática Ltda. 04/2000 Plastirrico Indústria e Comércio Ltda. 04/1999 Promon Eletrônica da Amazônia Ltda. 09/2006 Copava Veículos Ltda. 09/2002 Instituto Gallup de Opinião Pública 02/1997 Companhia Águas de Itapema 02/2005 Hospital Infantil Sabará 03/2007 29 3.2. Processo Interno A elaboração de um Laudo de avaliação de qualquer companhia é realizada em no mínimo 5 etapas, descritas sumariamente a seguir: 1ª. Etapa - Conhecimento do negócio e obtenção de dados da empresa a ser avaliada. O conhecimento inicial do negócio a ser avaliado é realizado pelo diretor e gerente responsáveis. O demais integrantes participam na solicitação de informações a serem analisadas. Esta fase é também chamada de levantamento de dados. 2ª. Etapa - Elaboração do Modelo de Projeção. A Nexia elabora um modelo de projeção diferente para cada negócio a ser avaliado, o qual é de responsabilidade do gerente e de sua equipe. A construção do modelo é feita de planilhas eletrônicas especialmente desenvolvidas, sendo então apresentado aos administradores da empresa avaliada para críticas e sugestões. 3ª. Etapa - Definição de premissas. As premissas de projeção são definidas pela equipe da Nexia, baseada em seus estudos e levantamento de dados e discutidas e aprovadas pelo diretor responsável pelo projeto. Posteriormente, são apresentadas à administração da Companhia avaliada para críticas e sugestões. 4ª. Etapa - Projeção dos resultados. Tendo todas as informações necessárias, nesta etapa é efetuada a projeção dos resultados da empresa avaliada e os resultados obtidos são discutidos entre toda a equipe envolvida e, finalmente, discutidos e aprovados pelo diretor responsável pelo projeto. Após projetado, o resultado é informado aos administradores da empresa avaliada. Caso os administradores façam comentários, observações e sugestões, esses são analisados e, caso considerados procedentes, efetuados os devidos ajustes. 5ª. Etapa - Elaboração do Laudo. Encerrada a apuração do valor passamos então à elaboração do Laudo de Avaliação sob coordenação do diretor do projeto. 30 3.3. Quadro técnico Silmar Marques Palumbo é economista e contabilista. Possui mais de 20 anos de experiência na área, com sólidos conhecimentos nas áreas financeira, contábil e tributária. Atua na coordenação de projetos de avaliações de empresas, modelagem para transferência de controle acionário, reorganização societária e reestruturação financeira de indústriais, prestadoras de serviços e instituições financeiras. Silmar Marques Palumbo é responsável pela avaliação e representante da empresa responsável pelo presente Laudo. Fernando Castanho é economista. Possui 10 anos de experiência na área de Consultoria e Auditoria, com sólida experiência na área financeira. Atua na coordenação e execução de avaliações de empresas, modelagem para transferência de controle acionário e reestruturação financeira de indústriais e prestadoras de serviços. Fernando Castanho é responsável pela elaboração da avaliação. Jamiu Nogueira Antunes de Souza é economista, pós-graduado em modelagem financeira. Possui 2 anos de experiência na área financeira e de consultoria, atuando na execução de projetos de avaliação econômico-financeira e levantamento e análise de custos. 3.4. Valores recebidos A Nexia Auditores e Consultores recebeu R$ 47.250,00 pela realização do presente Laudo. 3.5. Declarações A Nexia Auditores e Consultores, na qualidade de avaliadora, declara que: - A Nexia Auditores e Consultores foi contratada para a elaboração de Laudo de Avaliação da Companhia Brasileira de Cartuchos. 31 - Nem ela, nem seus controladores, nem pessoas vinculadas a ela ou a seus controladores são titulares e/ou possuem sob sua administração discricionária, ações da Emissora. - Não nos foram fornecidas outras informações, sejam creditícias ou comerciais, que possam impactar o presente Laudo. - A opinião da Nexia Auditores e Consultores não deve ser entendida como recomendação do preço da oferta, dado este que deve ser determinado pelo ofertante. - Não possui conflito de interesses que lhe diminua a independência necessária ao desempenho de suas funções. Além dos valores recebido para a elaboração do presente Laudo, mencionado no parágrafo 3.4 acima, a Nexia Auditores e Consultores recebeu nos últimos 12 meses R$ 55,194 mil referentes a prestação de serviços para a companhia e para a ofertante. São Paulo, 06 de julho de 2007. Silmar Marques Palumbo Fernando Luis Cichitte Castanho Diretor Gerente CRC CT 1 SP 190.737/O-8 CRE SP 31.539 CRE SP 22.190-2 NEXIA AUDITORES E CONSULTORES Nexia International 32 4. A Companhia Brasileira de Cartuchos A Companhia Brasileira de Cartuchos foi constituída em 1926 e atua no mercado de munição e armamento. Seus produtos são destinados às Forças Armadas, Instituições de segurança pública, empresas de segurança privada, praticantes do esporte do tiro e da caça e empresas do setor industrial. Além dessa atuação, a CBC também presta serviços técnicos e administrativos para terceiros, relacionados ao ramo de armas e munições, e desenvolve soluções avançadas para a segurança pública. A empresa possui duas plantas fabris. Uma localizada na cidade de Ribeirão Pires, no Estado de São Paulo, abriga a fábrica de munições, o corpo de engenharia e a administração geral. A segunda, situada no município de Monte Negro, no Estado do Rio Grande do Sul, destina-se à produção de cartuchos de caça e armas longas. Os principais insumos utilizados pela CBC são peças laminadas de latão, elaboradas a partir de cobre e zinco, tecidos para coletes e produtos químicos. O cobre é, predominantemente, importado do Chile e as peças de latão são produzidas, a partir dos insumos antes mencionados, principalmente pela Eluma, empresa brasileira do grupo Paranapanema. As matérias-primas importadas representam, aproximadamente, 45% do custo de materiais utilizados na fabricação de munições. 33 Em território nacional, a CBC é a única companhia autorizada pelo Exército Brasileiro para a fabricação de munição. Esse cenário aliado à baixa penetração de concorrentes estrangeiros, garante à CBC a liderança3 do mercado nacional de munição. Em novembro de 2006, os produtos da CBC estavam expostos em uma rede de 800 lojas credenciadas em todo o Brasil. Em 2006, por intermédio de uma subsidiária integral constituída na Alemanha, a CBC adquiriu a totalidade das ações da Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau (MEN). 4.1. Informações sobre a CBC e seu mercado de atuação A Companhia Brasileira de Cartuchos compõe a Indústria de Defesa Nacional. Esse setor é constituído por empresas estatais e privadas, assim como por organizações civis e militares, que participam do processo de pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa. A companhia também atua no segmento de equipamentos para caça esportiva e de segurança pública. A Base Industrial de Defesa (BID) é composta por cerca de 300 empresas, as quais se encontram instaladas, principalmente, ao longo da região Sul e Sudeste do país. A Indústria Bélica teve um forte crescimento entre as décadas de 1960 e 1970, período em que as aquisições das Forças Armadas correspondiam, em média, a 80% de seu faturamento. A partir de 1980, houve uma redução dos investimentos em defesa por parte da União, o que levou as companhias do setor a rever seu posicionamento no mercado4. Atualmente, o Brasil ocupa o 123º lugar entre as nações que destinam recursos ao setor militar. A média de gastos, entre 2000 e 2005, foi aproximadamente R$ 25 bilhões ao ano. 3 4 Fonte: CBC Informações contidas em estudos realizados pelo Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp do Instituto de Economia. 34 Gasto em defesa (R$ milhões) O gráfico a seguir apresenta os valores gastos com defesa entre 2000 e 2005. 28.000 23.000 18.000 Gastos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 18.617 23.062 28.620 25.590 25.620 30.450 Diante desse cenário, o setor passou por uma reestruturação com o intuito de manter sua rentabilidade econômica. Houve uma modernização das linhas de produção para se reduzir os custos, intensificação das vendas ao mercado externo e desenvolvimento de produtos para outros nichos de mercado. Após essa fase de mudanças, o Brasil passou a ocupar o posto de 19º maior exportador, com um faturamento de US$ 300 milhões em 20055, e as empresas diversificaram seus produtos, atuando em novas áreas, tais como segurança pública e esporte. A Indústria Bélica brasileira é a mais avançada da América Latina. Com preços competitivos e disponibilidade tecnológica, o país tenta galgar uma posição de destaque no cenário mundial, sendo uma alternativa de fornecedor em relação aos conglomerados americanos e europeus. Entre os principais compradores dos equipamentos nacionais, destacam-se: Uruguai, Colômbia, Chile, Venezuela, Peru, Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Malásia e Oriente Médio.6 5 6 Dados do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp/Instituto de Economia. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/ Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior. 35 As exportações da CBC são feitas para 77 clientes, em 47 países possuindo contratos de fornecimento de munições para o Oriente Médio, América do Sul, Leste Asiático, Estados Unidos e Europa. Em 2006, o volume exportado pela CBC atingiu o patamar de R$ 123 milhões, um crescimento de 8,8% em relação ao exercício anterior. No primeiro trimestre de 2007, as vendas ao exterior acumulam um resultado de cerca de R$ 25 milhões. Esse faturamento é constituído em média por 95% referente à comercialização de munições e 5% relacionados a armamentos. As vendas ao mercado externo foram responsáveis pela constituição de 43% da receita total de vendas em 2006. Entre janeiro e março de 2007, essa relação se encontra em 52%. O gráfico a seguir apresenta a receita mensal de exportações para o período de janeiro de 2005 a março de 14.500.000 10.000.000 5.500.000 Fonte: CBC 36 mar/07 fev/07 jan/07 dez/06 nov/06 out/06 set/06 ago/06 jul/06 jun/06 mai/06 abr/06 mar/06 fev/06 jan/06 dez/05 nov/05 out/05 set/05 ago/05 jul/05 jun/05 mai/05 abr/05 mar/05 fev/05 1.000.000 jan/05 Receita de Exportações (R$) 2007. Os principais destinos destas vendas foram os Estados Unidos, Bélgica, Colômbia, Cingapura, Alemanha, Arábia Saudita, Holanda e Argentina. Algumas dessas nações estão entre as que mais investem em segurança, caso dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Alemanha, que em 2005, destinaram US$ 504 bilhões, US$ 30 bilhões e US$ 25 bilhões7, respectivamente, para esta área. Uma característica comum a todos os compradores internacionais da CBC é a perenidade nos orçamentos destinados ao setor pelos países o que é um indicativo de manutenção de demanda para os próximos anos. No que tange a atuação no cenário doméstico, a CBC é a líder no mercado de cartuchos e tem posição de destaque no de armamento8. Atua no fornecimento de equipamento e munição ao Exército Brasileiro e às instituições responsáveis pela prática da segurança pública e privada. Segurança pública diz respeito aos gastos da União, Estados e Municípios com o aparelhamento das polícias militar e civil, e outros grupos de atuação9. Segurança privada, compreende serviços de vigilância, transporte de valores, entre outros. As vendas realizadas ao mercado interno, em 2005, atingiram o patamar de R$ 123,4 milhões. Em 2006, houve uma variação de 35% o volume alcançado ficou em R$ 166 milhões. O volume registrado no primeiro trimestre de 2007 é de R$ 23 milhões. 7 Fonte: SIPRI – Stockholm International Peace Research Institute 8 Informação concedida pela Companhia Brasileira de Cartuchos - CBC 9 Guarda Municipal, Guarda urbana e outros grupos deste segmento. 37 Milhões O gráfico a seguir apresenta a receita mensal proveniente das venda internas. 32 27 22 17 12 7 ja n/ 0 fe 5 v/ m 05 ar /0 ab 5 r/ m 05 ai /0 ju 5 n/ 0 ju 5 l/ ag 05 o/ 0 se 5 t/0 ou 5 t/ no 0 5 v/ 0 de 5 z/ 0 ja 5 n/ 0 fe 6 v/ m 06 ar /0 ab 6 r/ m 06 ai /0 ju 6 n/ 0 ju 6 l/ ag 06 o/ 0 se 6 t/0 ou 6 t/ no 0 6 v/ 0 de 6 z/ 0 ja 6 n/ 0 fe 7 v/ m 07 ar /0 7 2 Fonte: CBC Verifica-se que os segmentos de maior representatividade na carteira de clientes da CBC são as redes varejistas e as corporações de polícia, que apresentaram uma participação, em 2006, de 26% e 50%, respectivamente. Todavia, as vendas às corporações de polícia, em 2006, tiveram um comportamento não usual por parte dos Estados. No último trimestre de 2006, as aquisições por parte das corporações de polícia atingiram R$ 38,9 milhões, sendo que somente em dezembro de 2006 totalizaram R$ 24,36 milhões. 38 Milhões O gráfico abaixo apresenta os volumes negociados com as polícias entre janeiro de 2005 e março de 2007. 25 20 15 10 5 ja n/ 0 fe 5 v/ m 05 ar /0 ab 5 r/ m 05 ai /0 ju 5 n/ 0 ju 5 l/ ag 05 o/ 0 se 5 t/0 ou 5 t/ no 0 5 v/ 0 de 5 z/ 0 ja 5 n/ 0 fe 6 v/ m 06 ar /0 ab 6 r/ m 06 ai /0 ju 6 n/ 0 ju 6 l/ ag 06 o/ 0 se 6 t/0 ou 6 t/ no 0 6 v/ 0 de 6 z/ 0 ja 6 n/ 0 fe 7 v/ m 07 ar /0 7 0 Fonte: CBC A partir da série de dados exposta acima, constata-se que, em um período de 25 meses, o volume de compras não ultrapassou os R$ 10,4 milhões de reais ao mês, com exceção para o mês de dezembro de 2006, quando se atinge os R$ 24,3 milhões. Este valor é cerca de 4 vezes superior à média de compras para este segmento, que, entre janeiro de 2005 e novembro de 2006, estabeleceu-se em R$ 4,55 milhões ao mês. 39 Do ponto de vista de representatividade da venda às corporações de polícia no total de vendas da Companhia, o gráfico a seguir demonstra o comportamento apresentado no período entre janeiro de 2005 a março de 2007. 50.000.000 R$ 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 ju l/0 5 ag o/ 05 se t/0 5 ou t/0 5 no v/ 05 de z/ 05 ja n/ 06 fe v/ 06 m ar /0 6 ab r/0 6 m ai /0 6 ju n/ 06 ju l/0 6 ag o/ 06 se t/0 6 ou t/0 6 no v/ 06 de z/ 06 ja n/ 07 fe v/ 07 m ar /0 7 ja n/ 05 fe v/ 05 m ar /0 5 ab r/0 5 m ai /0 5 ju n/ 05 0 Total Polícias Fonte: CBC O volume de vendas atípico para as corporações de polícia ocorrida em dezembro de 2006 ocasionou uma redução nas vendas para esse grupo de clientes no primeiro trimestre de 2007. A diferença do montante comercializado no 4º. trimestre de 2006 em relação ao valor médio aponta que esse valor não se enquadra no padrão de aquisições apresentado anteriormente. Trata-se de uma ação de compra que não se enquadra no padrão desse nicho de mercado. 40 O mercado de segurança privada vem apresentando um forte crescimento nos últimos quatro anos. Passou-se de um faturamento de R$ 9 bilhões, em 2002, para R$ 13,7 bilhões, em 2005, uma variação positiva de 34%. Faturamento (em bilhões) O gráfico a seguir apresenta o volume de faturamento desse setor para o período de 2002 a 200510. 12 9 6 Faturamento 10 2002 2003 2004 2005 7,006 8,316 10,512 11,757 Dados da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores. 41 A Tabela apresenta a evolução do faturamento nas regiões entre 2002 e 2005 Tabela – 04 – Faturamento do mercado de segurança privada por região (R$ milhões) Região 2002 2003 2004 2005 Centro – Oeste 656,8 809,2 1.038,9 1.164,7 Nordeste 850,9 1.081,5 1.277,0 1.450,8 Norte 382,7 441,4 521,0 631,5 4.188,2 4.819,8 6.239,6 6.881,0 927,6 1.163,9 1.435,6 1.628,6 Sudeste Sul Total 7.006,2 8.315,8 10.512,1 11.756,6 Fonte: Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores Identifica-se ainda um processo de reaparelhamento dos exércitos mundiais, ou a aquisição de novos equipamentos em decorrência da obsolescência11. Espera-se que, em 2007, o volume negociado de equipamentos e suprimentos ultrapasse os US$ 150 bilhões, o que representará um crescimento de 12% em relação ao ano de 200612. Outro segmento que adquire os produtos da CBC são as Forças Amadas do Brasil, é constituída pela união entre Exército, Marinha e Aeronáutica. 11 12 Dados do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. Dados do Ministério da Defesa Nacional. 42 ja n/ 0 fe 5 v/ m 05 ar /0 ab 5 r/ m 05 ai /0 ju 5 n/ 0 ju 5 l/ ag 05 o/ 0 se 5 t/0 ou 5 t/ no 0 5 v/ 0 de 5 z/ 0 ja 5 n/ 0 fe 6 v/ m 06 ar /0 ab 6 r/ m 06 ai /0 ju 6 n/ 0 ju 6 l/ ag 06 o/ 0 se 6 t/0 ou 6 t/ no 0 6 v/ 0 de 6 z/ 0 ja 6 n/ 0 fe 7 v/ m 07 ar /0 7 Milhões Os valores das compras realizadas por essa fonte são apresentadas no gráfico abaixo para o período de janeiro de 2005 a março de 2007. 10 8 6 4 2 0 Fonte: CBC 43 4.2. Dados Econômico Financeiros 4.2.1. Demonstrações anuais Companhia Brasileira de Cartuchos - CBC Balanço Patrimonial – ATIVO 2002 2003 2004 2005 R$ mil 2006 mar/07 Circulante Disponibilidades Contas a receber Estoques Adiantamento a fornecedores Impostos a recuperar Outros valores Despesas antecipadas 75.526 19.481 32.693 19.042 850 782 1.760 918 80.095 4.033 45.268 24.862 1.330 1.761 1.543 1.298 91.251 3.589 40.149 38.078 1.392 5.047 1.982 1.014 89.950 106.358 100.030 3.116 4.381 1.715 44.513 45.268 29.296 27.544 40.684 49.157 898 1477 1655 8.390 8.140 12.166 4.178 5.011 4.864 1.311 1.397 1.177 Não Circulante Realizável a longo prazo 36.260 4.331 44.341 7.186 56.596 8.453 78.167 15.001 83.068 10.593 83.155 9.855 Investimentos Imobilizado Diferido 253 31.628 48 253 36.876 26 123 48.016 4 93 63.073 0 173 72.302 0 448 72.852 0 TOTAL ATIVO 111.786 124.436 147.847 168.117 189.426 183.185 Fonte: Demonstrações contábeis auditadas da CBC / Comissão de Valores Mobiliários 44 Companhia Brasileira de Cartuchos - CBC Balanço Patrimonial– PASSIVO 2002 2003 2004 2005 2006 R$ mil mar/07 Circulante Fornecedores Empréstimos e financiamentos Obrigações fiscais e sociais Comissões sobre Vendas Adiantamento Contrato Câmbio Outras contas a pagar 49.663 4.250 2.409 11.167 25.995 5.842 42.448 6.298 2.148 11.594 1.831 14.930 5.647 48.010 7.734 2.473 8.197 2.565 18.010 9.031 55.991 15.348 4.132 8.575 8.027 16.062 3.847 65.727 12.328 5.385 17.056 10.001 15.490 5.467 65.207 10.188 4.762 10.881 10.041 23.965 5.370 Não Circulante Exigível a longo prazo Provisões para contingências Instituições financeiras Outras exigibilidades 13.432 13.432 6.923 3.070 3.439 22.572 22.572 17.091 4.482 999 29.274 29.274 22.783 5.237 1.254 38.915 38.915 26.790 10.158 1.967 39.464 39.464 26.723 9.607 3.134 36.213 36.213 24.954 7.832 3.427 Patrimônio líquido Capital social Reserva de capital Reserva de lucros Lucro do período 48.691 35.976 195 12.520 - 59.416 35.976 195 23.245 - 70.563 35.976 195 34.392 - 73.211 35.976 195 37.040 84.235 35.976 195 48.064 81.765 35.976 195 48.064 -2.470 TOTAL PASSIVO 111.786 124.436 147.847 168.117 189.426 183.185 Fonte: Demonstrações contábeis auditadas da CBC / Comissão de Valores Mobiliários. 45 Demonstração dos Resultados Receita bruta (-) Deduções sobre vendas Receita líquida Custo das vendas Resultado bruto Margem Bruta (-) Despesas com vendas (-) Despesas administrativas (-/+) Outras rec./ desp.oper (=) Resultado da atividade (-/+) Desp. / Rec. Financeiras (=) Resultado operacional (+/-) Rec. / desp. não operacionais (=) Resultado antes de impostos (-) Imposto de Renda e C. Social (-) Participações estatutárias (+) Reversão JSCP (=) Lucro líquido Lucro por ação (R$/ação) Dividendos / JSCP distribuídos 2002 2003 2004 2005 2006 mar/07 170.831 190.076 223.699 236.911 290.120 -25.101 -26.838 -34.659 -37.091 -51.246 145.730 163.238 189.040 199.820 238.874 -80.010 -99.310 -120.364 -146.460 -166.508 65.720 63.928 68.676 53.360 72.366 38,47% 33,63% 30,70% 22,52% 24,94% -20.803 -23.519 -28.387 -30.794 -32.374 -16.411 -16.629 -15.518 -15.953 -21.262 247 114 -406 -801 1.132 28.753 23.894 24.365 5.812 19.862 -8.278 -3.326 -6.148 -936 3.368 20.475 20.568 18.217 4.876 23.230 -2.175 26 153 148 23 18.300 20.594 18.370 5.024 23.253 -7.681 -7.100 -5.371 -1.110 -6.951 -1.211 -1.586 -1.648 -391 -1.630 1.491 2.366 3.484 10.899 14.274 14.835 3.523 14.672 5,33 6,98 7,25 1,72 7,17 2.709 3.549 3.688 875 3.648 49.096 -9.176 39.920 -36.319 3.601 7,33% -4.926 -3.915 Fonte: Demonstrações contábeis auditadas da CBC / Comissão de Valores Mobiliários. 46 461 -4.779 565 -4.214 74 -4.140 1.670 -2.470 4.2.2. Dados trimestrais 120.000 R$ mil 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 1o. Tri/05 2o. Tri/05 3o. Tri/05 4o. Tri/05 1o. Tri/06 Receita de vendas 2o. Tri/06 3o. Tri/06 4o. Tri/06 1o. Tri/07 Custos Fonte: CBC No período entre 2001 e 2005 a receita bruta da empresa apresentou crescimento nominal anual da ordem de 8,5%. Somente em 2006 o crescimento apresentado foi de 22,45%. O crescimento atípico de 2006 se deu em função das vendas ocorridas para as corporações de polícia, efetivadas no 4º. Trimestre de 2006. As vendas ocorridas no primeiro trimestre de 2007 retornaram a patamares apresentados no segundo trimestre de 2005, e representaram uma queda de 54% sobre a venda do trimestre anterior. Para comparação, o primeiro trimestre de 2006 apresentou uma queda de 36% em relação ao 4º. Trimestre de 2005. Muito embora o primeiro trimestre sempre seja o pior período para a operação da Companhia, especificamente com relação à rentabilidade operacional, somente no primeiro trimestre de 2001 havia sido apurado prejuízo. Em uma análise mais profunda sobre os resultados apurados nos 47 primeiros trimestres, é possível verificar que, muito embora em 2001 a CBC tenha apurado prejuízo, tal fato, naquele momento, se deu em função de elevado custo financeiro. RESULTADO em R$ mil Resultado bruto 1o. Tri /01 1o. Tri /02 1o. Tri /03 1o. Tri /04 1o. Tri /05 1o. Tri /06 1o. Tri /07 7.674 9.694 11.123 10.677 7.810 8.971 3.601 Despesas operacionais (5.483) (6.545) (7.276) (7.393) (8.837) (7.530) (8.380) Resultado operacional 2.191 3.149 3.847 3.284 (1.027) 1.441 (4.779) Impostos Resultado financeiro Resultado não operacional Participações Lucro / (Prejuízo) (418) (940) (1.338) 163 2.478 (2.096) (158) 1.048 (372) (1.012) (2) (400) 3 0 (165) (325) 1.486 Fonte: CBC / CVM 48 (356) 3.204 0 (307) 2.768 685 1.670 (1.208) 565 203 (9) 74 (64) (91) 0 578 818 (2.470) 4.3. Capital Social e Estrutura Societária. O capital social da CBC, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 35.976 mil representado por 2.046.450 ações, sendo 1.088.640 ações ordinárias e 957.810 ações preferenciais. A estrutura societária da CBC é a que se segue: Acionistas Controladores, Pessoas Vinculadas e Administradores Ações Ordinárias Ações Preferenciais Total Quantidade % Quantidade % Quantidade % 762.048 70,00% - - 762.048 37,24% Antonio Marcos Moraes Barros - - 1 0,00% 1 0,00% Gilberto Paulo Salm - - 780 0,08% 780 0,04% José Carlos Fernandes Corrêa da Silva - - 1 0,00% 1 0,00% Joubert de Oliveira Brizida - - 1 0,00% 1 0,00% Juarez Cavalcanti Bezerra - - 1 0,00% 1 0,00% Octávio Júlio Moreira Lima - - 1 0,00% 1 0,00% Salésio Nuhs - - 1 0,00% 1 0,00% 762.048 70,00% 786 0,08% 762.834 37,28% Ações em tesouraria - - - - - - Ações em circulação 326.592 30,00% 957.024 99,92% 1.283.616 62,72% 1.088.640 100,0% 957.810 100,0% 2.046.450 100,0% Controlador DFV Participações S.A. Administradores Subtotal Total Fonte: CBC – Informações anuais 49 A quantidade de ações em circulação no mercado, de emissão da CBC, que será objeto da oferta pública é de 326.592 ações ordinárias e 957.024 mil ações preferenciais e representam 62,72% do capital social total. 5 Avaliação Nos itens a seguir são detalhados os procedimentos adotados para a avaliação por cada critério adotado. 5.1. Avaliação pelo critério do preço médio de negociação em Bolsa de Valores – (VM) Destacamos aqui o preço médio ponderado pelo volume do ativo, assim como os preços de negociação das ações da companhia no período compreendido entre 01 de abril de 2006 e 31 de março de 2007. Nesse período foram realizados negócios com um volume total transacionado de R$ 112,03 mil. O último negócio ocorreu em 27/03/2007. As ações ordinárias estão em poder de 3 acionistas, DFV Participações, PCDI – Participação em Negócios e Adm Ltda e Imbel – Indústria de material bélico. Essas ações não possuem cotação em Bolsa de Valores, nem tampouco foram negociadas no período em questão. Para a apuração do preço médio ponderado das ações da CBC, foram utilizadas as ações preferenciais - CCTU4. No quadro a seguir apresentamos as negociações ocorridas com as ações da CBC no período compreendido entre 01/04/2006 e 31/03/2007. 50 Data Abertura Alta 3/3/2006 (*) 17,21 17,21 7/3/2006 (*) 17,20 17,20 3/4/2006 17,20 17,20 13/4/2006 17,19 17,19 17/4/2006 16,30 16,30 25/4/2006 15,86 15,86 4/5/2006 16,50 16,50 15/5/2006 16,50 16,50 22/5/2006 16,50 16,50 2/6/2006 16,00 16,00 29/6/2006 16,00 16,00 6/7/2006 16,50 16,50 19/7/2006 16,50 16,50 20/7/2006 16,49 16,49 25/7/2006 16,00 16,00 22/9/2006 16,00 16,00 4/10/2006 16,00 16,00 13/10/2006 16,00 16,00 2/1/2007 16,00 16,01 11/1/2007 17,00 18,00 12/1/2007 19,20 22,00 15/1/2007 22,80 24,00 16/1/2007 22,00 22,00 23/1/2007 25,00 25,00 8/2/2007 25,00 25,00 12/2/2007 25,00 25,00 20/3/2007 23,91 23,91 27/3/2007 26,00 26,00 3/4/2007 (*) 28,00 28,00 9/4/2007 (*) 28,00 28,00 (*) Não considerada na apuração da média Baixa Fechamento 17,21 17,21 17,20 17,20 17,20 17,20 17,19 17,19 16,30 16,30 15,86 15,86 16,50 16,50 16,50 16,50 16,50 16,50 16,00 16,00 16,00 16,00 16,50 16,50 16,50 16,50 16,49 16,49 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,01 17,00 18,00 19,20 22,00 22,80 24,00 22,00 22,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 23,91 23,91 26,00 26,00 28,00 28,00 28,00 28,00 MÉDIA PONDERADA 18,67 Fonte: Yahoo Finance – dados históricos Bovespa Cálculo: Nexia Auditores e Consultores 51 Quantidade negociada 100,00 100,00 500,00 100,00 100,00 100,00 500,00 200,00 100,00 100,00 100,00 400,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 200,00 800,00 400,00 600,00 200,00 200,00 100,00 100,00 100,00 100,00 500,00 100,00 100,00 Últimos 12 meses anterior a database do Laudo de Avaliação 5.2. Avaliação pelo critério do Valor Patrimonial por Ação – (VPA) Com a melhora operacional apresentada desde 2000, o Patrimônio Líquido da CBC apresentou crescimento de 113% no período. A empresa vem pagando dividendos regularmente. A empresa tem provisão para contingências passivas que totalizavam R$ 26.056 mil em março/2007. A CBC adota, em relação a tais provisões, a política de atualizar periodicamente os valores de modo que o valor reflita as eventuais obrigações. Valores em R$ mil Patrimônio líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucro Lucros acumulados Resultado do período Dividendos + Juros Capital Dividendos/ação (R$/ação) 31/12/1999 31/12/2000 31/12/2001 31/12/2002 31/12/2003 31/12/2004 31/12/2005 31/12/2006 36.170 35.300 195 216 459 38.349 35.300 195 145 2.709 40.501 35.976 195 4.330 0 48.691 35.976 195 12.520 0 59.416 35.976 195 23.245 0 70.563 35.976 195 34.392 0 73.211 35.976 195 37.040 0 84.235 35.976 195 48.064 0 - 720 0 712 0 2.709 1 3.549 2 3.689 2 875 0 3.648 2 Fonte: CBC 52 31/3/2007 81.765 35.976 195 48.064 0 (2.470) Concluímos que as ações da CBC avaliadas pelo Valor Patrimonial da companhia têm o valor de R$ 39,95/ação. Valor do Patrimônio Líquido em 31/03/2007 R$ 81.765 mil Número de ações 2.046.450 Valor Patrimonial por ação (VPA) R$ 39,95 Fonte: CBC / Nexia Auditores e Consultores O Patrimônio Líquido contábil de uma empresa reflete apenas resultados passados impactados, no caso específico da CBC, por ganhos de benefício fiscal encerrado em 2006 e pela existência de um ativo imobilizado relevante e substancialmente depreciado (50%), e não captura as perspectivas futuras da empresa, dessa forma, não consideramos como critério adequado para a apuração do preço justo da Companhia para a data-base de 31 de março de 2007. 5.3. Avaliação pelo critério do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) A avaliação pelo critério do Fluxo de Caixa Descontado (FCD) consiste na apuração do Valor Presente Líquido (VPL) dos fluxos de caixa futuros da empresa, trazidos a valor presente por uma determinada taxa de desconto. A este valor presente são acrescidos um valor residual referente à perpetuidade deste fluxo, as disponibilidades financeiras e, deduzido o endividamento e as obrigações decorrentes de contingências passivas, apurando-se assim o valor líquido da empresa. 53 5.3.1. Companhia Brasileira de Cartuchos Com base em informações públicas disponíveis no mercado e em informações fornecidas pela empresa (data-base 31/março/2007) foram realizadas projeções para o período compreendido entre 01 de abril de 2007 e 31 de dezembro de 2016, e os valores obtidos foram: Companhia Brasileira de Cartuchos Taxa de desconto (WACC) Valor presente dos fluxos Valor presente da perpetuidade Ajustes (-) Endividamento bruto - Financiamentos (+) Caixa / Aplicações (-) Contingências passivas Valor líquido da CBC (R$ milhões) 13 11,28% 62.242 25.785 (29,480) (12,593) 1,714 (18,601) 58,547 Valor líquido MEN 2,707 Valor Líquido consolidado CBC e empresa controlada - MEN 61,254 Fonte: CBC, projeções Nexia Auditores e Consultores Descontamos o fluxo de caixa da CBC à taxa de 11,28%, com perpetuidade estável, com base no último fluxo de caixa projetado para a empresa (vide detalhamento no item 5.3.1.2). A controlada MEN - Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau foi avaliada em R$ 2,707 milhões. Esse valor corresponde ao valor total apurado para a empresa MEN – R$ 21.257 mil, descontado o custo de aquisição do investimento – R$ 18.550 mil (vide item 5.3.2 deste Laudo). 13 Fontes utilizadas: Tbond 10 anos; J.P. Morgan; Bolsa de Valores Nova York e Standard and Poors. Detalhamentos no tópico 5.3.1.2 deste relatório 54 Por esta avaliação, concluímos que o valor da Companhia Brasileira de Cartuchos e sua controlada Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau é de R$ 61,254 milhões. O valor é 25% inferior ao atual valor patrimonial da companhia e 59% superior à média ponderada das cotações no período de 01 de abril de 2006 a 31 de março de 2007. 5.3.1.1. Premissas Adotadas para a Projeção de Fluxo de Caixa As premissas de vendas utilizadas nas projeções foram discutidas com a administração da empresa, com base nas estimativas de comportamento do mercado de munições no Brasil e na conquista de novos clientes no mercado externo. Vendas e mercado O principal mercado da CBC é o mercado de munições, que hoje responde por aproximadamente 79% das receitas totais da companhia. O negócio de armas longas recebeu um estímulo recente no caminho das exportações. Em relação aos coletes à prova de bala, passado o crescimento verificado entre 2002 e 2003 originado pelas das aquisições efetuadas pelas Polícias Militares e em especial a do Estado de São Paulo, a expectativa é a manutenção dos patamares verificados em 2005 e 2006. Conforme colocamos anteriormente, as vendas de munições continuarão sendo o principal produto da companhia, especialmente depois de concluído o projeto de investimentos previsto para o ano de 2007. Mercado doméstico. A CBC é a única fabricante brasileira de munições. Apesar da elevada participação da CBC no mercado doméstico de munições, não é esperado crescimento significativo de vendas e nem de preços. A CBC vende seus produtos para o segmento militar (Marinha, Exército e Aeronáutica), para as polícias e também para o comércio varejista de munições. Todos os produtos vendidos pela CBC são controlados pelo Exército Brasileiro. 55 As vendas para o mercado interno, historicamente, são concentradas no segundo semestre, basicamente em função das compras efetuadas pelas corporações de polícia. Em 2006, excepcionalmente, o volume de vendas para as corporações de polícia apresentaram um incremento de 300% em relação ao trimestre anterior e de 73% em relação ao 4º. trimestre de 2005. As vendas para as corporações de polícia, ocorridas no primeiro trimestre de 2007, somente podem ser comparadas com as do 2º. trimestre de 2005, inferiores inclusive ao primeiro trimestre de 2005. Assim, essa movimentação atípica no último trimestre de 2006 e no primeiro trimestre de 2007, segundo avaliação dos profissionais da área comercial da Companhia, decorreu de antecipações de compras por parte das corporações de polícia. Em nossas projeções, as vendas para as corporações de polícia respeitam as médias históricas apresentadas e os crescimentos estimados, retirando, desta forma, os efeitos atípicos verificados no 4º. trimestre de 2006 e no primeiro trimestre de 2007. No gráfico a seguir está demonstrada a oscilação das vendas para o mercado interno segregadas por categoria de cliente. 56 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Comércio Industria Polícia Segurança Privada Militar Demais 1o. Trim 2005 2o. Trim 2005 3o. Trim 2005 4o. Trim 2005 1o. Trim 2006 2o. Trim 2006 3o. Trim 2006 4o. Trim 2006 1o. Trim 2007 Fonte: CBC A CBC também vende para o mercado de construção (finca pinos). No entanto, apesar de perspectivas de vendas superiores às do segmento de segurança, o mercado de construção ainda é muito pequeno frente ao mercado total da companhia. As vendas de Coletes à prova de balas dependem basicamente de licitações das polícias e órgãos governamentais ligados a segurança. Não projetamos crescimento da participação desse item no total vendido pela empresa, pois embora tenha havido uma alteração na legislação que caracteriza o colete como equipamento de proteção individual – EPI - para os seguranças armados das empresas privadas de segurança, o consumo por parte das policias deve se estabilizar em patamares inferiores ao ocorrido nos últimos anos Nossas projeções foram efetuadas desconsiderando o efeito inflacionário que incidiria sobre receitas, custos e despesas. Desta forma, a variação para os anos projetados representa um crescimento real de faturamento. 57 200.000 160.000 120.000 80.000 40.000 0 2003 R 2004 R 2005 R 2006 R Real 2007 R/P 2008 P 2009 P 2010 P 2011 P 2012 P Projetado Fonte: CBC, projeções Nexia Auditores e Consultores Mercado externo. Em 2006, as exportações foram de R$ 123,4 milhões. É um bom mercado no qual a companhia pretende expandir suas vendas. A CBC tem um projeto de investimento inteiramente voltado às exportações, partindo da capacidade de produção diária de munição para revólveres e pistolas de 939 mil, em 2005, para 1.244 mil no final de 2007. Também decorrente do mesmo projeto, a produção de munições para uso militar, cuja capacidade média diária era de 200 mil cartuchos em 2005, está sendo aumentada para 400 mil cartuchos em 2007. Ainda entre 2007 e 2008, está prevista a introdução de linha altamente versátil, capaz de aumentar a capacidade média diária em 200 mil cartuchos, ou de munições militares ou de munições para revólveres e pistolas. O crescimento das exportações é desacelerado a partir de 2010, quando a empresa beira a plena capacidade produtiva, e o que só com maciços investimentos, não previstos até o momento no planejamento estratégico da empresa, poderá ser ampliado significativamente. 58 Exportações (R$ mil) 240.000 180.000 120.000 60.000 0 2003 R 2004 R 2005 R 2006 R 2007 R/P Real Fonte: CBC - Projeções Nexia Auditores e Consultores 59 2008 P Projetado 2009 P 2010 P 2011 P Seguem nossas perspectivas de faturamento por mercado, em R$ milhões. 400 300 200 100 0 2003 R 2004 R 2005 R 2006 R 07 R/P 2008 P 2009 P 2010 P 2011 P 2012 P Mercado Interno 110 121 123 167 170 173 174 175 175 175 Mercado externo 80 102 114 123 136 151 186 198 202 204 Total 190 223 237 290 306 324 360 373 377 379 Fonte: CBC - Projeções: Nexia Auditores e Consultores No anexo apresentamos a estimativa de receita para o período projetado 60 Incentivos fiscais A CBC teve incentivos fiscais para suas operações no Rio Grande do Sul que beneficiaram a receita e os resultados de vendas da companhia. Tais benefícios, porém, venceram em Agosto de 2006. Muito embora, atualmente, a administração da Companhia continue as negociações com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em nossas projeções não consideramos a renovação do referido incentivo. O benefício fiscal existente à época representava uma redução mensal no pagamento de impostos (ICMS) da empresa da ordem de R$ 676 mil, tendo por base os atuais patamares de vendas. O gráfico a seguir demonstra o impacto da perda do beneficio tributário nas projeções. Desencaixe com impostos indiretos - R$ mil Incremento do pagamento de impostos (ICMS) em função da perda do 60.000 50.000 40.000 30.000 Impostos indiretos exceto parcela benefício fiscal 20.000 10.000 0 2007 (*) 2008 2009 2010 (*) Período projetado – 04 a 12 de 2007 61 2011 Não existe, até o presente momento, qualquer definição acerca da obtenção de um novo benefício fiscal, nem tampouco quais seriam as novas condições. Custos Da mesma forma que com o ocorrido com a receita, os custos da CBC foram afetados no primeiro trimestre de 2007 em função da antecipação de receita gerada pelas compras atípicas de corporações de polícia. Ao compararmos o primeiro trimestre de 2007 com o mesmo período dos anos 2001 a 2006, é possível verificar que em 2007 a CBC apurou sua pior margem bruta. R$ mil 1o. Tri /07 1o. Tri /06 1o. Tri /05 1o. Tri /04 1o. Tri /03 1o. Tri /02 1o. Tri /01 Margem bruta 7,33% 17,86% 19,82% 32,80% 36,96% 35,10% Calculado Nexia – Base de informações: ITR - CVM A margem bruta apurada no primeiro trimestre de 2007 foi inferior a todos os primeiros trimestres desde 2005. 62 36,96% 30,00% 25,00% 20,00% Margem bruta 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% m ar/05 jun/05 set/05 dez/05 m ar/06 jun/06 set/06 dez/06 m ar/07 Fonte: CBC O incremento atípico de venda ocorrido no quarto trimestre de 2006 trouxe como conseqüência um incremento da margem bruta naquele período, revertido no primeiro trimestre de 2007. O aumento projetado para as vendas, mais acentuado para o mercado externo, aliado a paridade cambial faz com que a margem bruta seja prejudicada ao longo do período projetado. No quadro a seguir apresentamos relação dos custos industriais sobre a receita bruta. 63 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 2003 R 2004 R 2005 R 2006 R 2007 R 2007 P Margem bruta 33,63% 30,70% 24,96% 24,94% 7,33% 07 R/P 2008 P 2009 P 2010 P 2011 P 2012 P 22,79% 20,31% 21,81% 20,28% 20,39% 20,29% 20,26% Fonte: CBC - Projeções Nexia Auditores e Consultores No anexo apresentamos a estimativa da relação de custos industriais sobre a receita bruta para o período projetado 64 No gráfico a seguir apresentamos os custos projetados para a CBC segregados entre custos nacionais e matérias-primas importadas. Custos por natureza - R$ mil 150.000 100.000 50.000 0 2.007 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012 2.013 Importado 77.058 99.355 116.438 121.152 122.926 123.791 123.791 Nacional 70.037 92.250 108.142 112.527 114.177 114.982 114.982 Fretes / seguros e outros 7.522 9.473 10.568 10.951 11.069 11.129 11.129 Projeção: Nexia Auditores e Consultores Consolidando os valores, temos: R$ mil Importado Nacional Fretes / seguros e outros Consolidado 2007 77.058 70.037 7.522 154.616 2008 99.355 92.250 9.473 201.079 2009 116.438 108.142 10.568 2010 121.152 112.527 10.951 2011 122.926 114.177 11.069 2012 123.791 114.982 11.129 2013 123.791 114.982 11.129 2014 123.791 114.982 11.129 2015 123.791 114.982 11.129 235.148 244.630 248.172 249.901 249.901 249.901 249.901 Projeção – Nexia Auditores e Consultores 65 Despesas operacionais As despesas administrativas e de vendas foram definidas como fixas ou variáveis de acordo com sua natureza. No quadro a seguir, apresentamos os valores de despesas projetados para a CBC. R$ mil Vendas Administrativas Financeiras Estatutárias 2007 25.789 14.247 2.382 602 2008 32.670 18.995 3.101 171 2009 36.049 18.995 3.241 29 2010 37.230 18.995 3.290 166 2011 37.594 18.995 3.305 204 2012 37.779 18.995 3.313 246 Projeções: Nexia Auditores e Consultores No anexo apresentamos de forma analítica a projeção das despesas da Companhia. A CBC tem por política a utilização de adiantamento de contrato de câmbio. Durante nossas projeções, essa política foi mantida e o custo desse financiamento foi registrado em despesa financeira. A empresa paga participações estatutárias aos administradores e empregados, valor que corresponde a 10% do lucro depois de impostos. 66 Investimentos Para a efetivação do incremento de vendas esperado, serão necessários investimentos ao longo dos próximos anos. apresentamos a previsão de investimentos. Laudo data base 30 de setembro de 2006 Período Realizado Previsto R$ milhões Laudo data base 31 de março de 2007 Previsto Realizado janeiro a setembro 2006 (*) N/A 10,9 N/A 10,9 4o. trimestre 2006 (*) 0,5 6,1 - 6,1 1o. trimestre 2007 (**) 0,5 2,4 - 2,4 abril a dezembro 2007 (**) 2,1 - 10,60 - 2008 - - 19,43 - 2009 - - 5,30 - Fonte CBC - Projeção Nexia Auditores (*) Investimento realizado em 2006 - R$ 17 milhões 67 No quadro a seguir (**) Investimento realizado no primeiro trimestre de 2007 – R$ 2,4 milhões e investimento previsto para o período entre abril e dezembro de 2007 – R$ 10,6 milhões N/A – Investimentos realizados anteriormente à data-base do laudo, não projetados. O gráfico a seguir apresenta a destinação dos investimentos: 3% Detalhamento dos investimentos 18% Municação para revólveres e pistolas Munição para rifles Meio Ambiente 52% 24% Munição para rifles calibres (5.56 / 7.62) - nova linha de produção Outros 3% 68 No quadro a seguir, demonstramos a saída de caixa projetada para fazer frente aos investimentos previstos; R$ mil 2007 4.348 Investimentos 2008 7.963 2009 7.066 2010 7.066 2011 6.197 Fonte: CBC Premissas macroeconômicas Abaixo segue o quadro com as premissas macroeconômicas adotadas. Indicadores econômicos Dólar final (R$/US$) 2007 2008 Após 08 1,90 (*) 2,00(*) Euro (R$/EUR) TJLP 2,00(**) 2,58 2,72 2,72 6,00% 5,00% 5,00% (*) Fonte: BACEN – Relatório Focus - 29 de junho 2007 – Página 2 (**) Projeções: Nexia Auditores e Consultores 69 2012 2.691 5.3.1.2. Taxa de Desconto A taxa de desconto foi apurada com base custo médio de capital ponderado, método este mais aceito nas avaliações de empresa pelo mercado brasileiro e mundial. A metodologia tradicional é descrita a seguir. O modelo utilizado reflete o retorno requerido pelos credores, sejam financeiros (capital de terceiros) ou acionistas (capital próprio), ponderado pela participação na estrutura de capital. Custo Médio Ponderado do Capital D (Kd ) (1-t) + (D+E) E Custo do Capital Próprio Custo do Capital de Terceiros z z D/(D+E) x Kd (1-t) z z z (Ke ) (D+E) D/(D+E): Participação do Capital de Terceiros em relação ao Capital Total da Empresa. Kd: Custo do Capital de Terceiros t: Taxa de impostos 70 E/(D+E) x Ke z z z E/(D+E): Participação do Capital Próprio em relação ao Capital Total da Empresa Ke: Custo do Capital Próprio Ke = Rf +Rc +(Rm - Rf)* beta z Rf = taxa livre de risco z Rc= risco país z Rm-Rf = prêmio de mercado z Beta = volatilidade da empresa em relação ao mercado. Custo de capital de terceiros: corresponde ao custo pago pela empresa referente à utilização de capital de terceiros em suas operações. Os principais componentes do custo do capital de terceiros são o nível de alavancagem financeira e o custo do endividamento líquido de impostos. Custo de Capital Próprio: corresponde ao retorno estimado pelos investidores do mercado para operação. Os principais componentes do custo de capital próprio são: o retorno médio do mercado, o retorno livre de risco, o risco país e o coeficiente Beta. Para a apuração do Coeficiente Beta utilizamos como base empresas cotadas na Bolsa de Nova York. Composição do custo de capital próprio:: (A) Taxa livre de risco (b) Prêmio mercado (c) Coeficiente Beta (b) * (c) = (D) (E) Risco mercado ajustado Risco País (A) + (D) + (E) Taxa de desconto 2,43% Remuneração média Tbond 10 anos nos últimos 3 meses, líquida de inflação 6,81% Variação da Standard and Poors 500 nos últimos 30 anos, líquida da remuneração do Tbond 1,13 Coeficiente Beta empresas do ramo, apurado em maio de 2007 - Fonte Bolsa de Nova York 10,13% Calculado 2,57% Média histórica últimos 2 anos. Fonte J.P.Morgan 12,70% Custo de Capital Próprio 71 TAXA LIVRE DE RISCO CUSTO DA DÍVIDA Custo estimado da dívida14 Título de 10 anos do Governo Americano líquido de 15 16 2,43% (-) Expectativa de inflação (*) Risco Soberano Brasileiro Médio 2,57% x impostos TAXA LIVRE DE RISCO 5,00% CUSTO DA DÍVIDA LÍQUIDA inflação 17 CUSTO CAPITAL PRÓPRIO Prêmio de risco mercado Beta CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO 12% 3,52% 34% 5,60% CUSTO DE CAPITAL ESTIMADO 6,81% 1,13 12,70% Capital próprio 80% Capital terceiros 20% WACC 14 Taxa Selic Média últimos 3 meses – T bond 10 anos 16 Relatório de mercado 29/06/2007– Focus – BACEN – pág 1 17 Média últimos 2 anos – JP Morgan 15 72 11,28% 5.3.1.3. Projeções / Resultados A seguir apresentamos a projeção dos resultados com base nas premissas apresentadas. R$ mil DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2007 P 2008P 2009P 2010P 2011P 2012P 2013P Descrição da Conta Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 257.395 323.806 360.667 373.577 377.542 379.565 379.565 Deduções da Receita Bruta (44.126) (52.099) (52.381) (52.776) (52.776) (52.776) (52.776) Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 213.270 271.707 308.286 320.801 324.766 326.788 326.788 (154.616) (201.079) (235.148) (244.630) (248.172) (249.901) (249.901) 58.653 70.629 73.138 76.171 76.594 76.887 76.887 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos Resultado Bruto Despesas/Receitas Operacionais Com Vendas (25.789) (32.670) (36.049) (37.230) (37.594) (37.779) (37.779) Gerais e Administrativas (14.247) (18.995) (18.995) (18.995) (18.995) (18.995) (18.995) Financeiras (2.382) (3.101) (3.241) (3.290) (3.305) (3.313) (3.313) Outras Receitas/Despesas Operacionais (7.455) (13.394) (14.458) (14.257) (13.743) (13.234) (13.210) 8.780 2.469 395 2.399 2.957 3.566 3.590 8.780 2.469 395 2.399 2.957 Resultado Operacional Resultado Antes Tributação/Participações Provisão para IR e Contribuição Social Particip estatut dos administr e empregados Reversão dos Juros sobre Capital Próprio Lucro/Prejuízo do Período Fonte: Projeções Nexia Auditores e Consultores (2.759) (602) (760) (171) (103) (29) (738) (166) (914) (204) 3.566 3.590 (1.107) (1.115) (246) (248) 1.349 4.234 4.313 4.219 3.812 3.409 3.491 6.768 5.772 4.576 5.714 5.650 5.622 5.719 73 Após apurado o resultado projetado, apresentamos a seguir a apuração do fluxo de caixa da CBC. R$ mil FLUXO DE CAIXA Lucro/Prejuízo do Período Depreciações e amortizações (-) IR apurado sobre JSCP Variação no capital de giro Investimentos Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais, d 2007 P 2008P 2009P 2010P 2011P 2012P 2013P 6.768 5.772 4.576 5.714 5.650 5.622 5.719 6.330 9.459 10.443 10.337 10.230 10.123 10.017 (202) (635) (647) (633) (572) (511) (524) (1.809) (2.413) (2.467) (978) (523) (362) (194) (3.862) (7.155) (6.342) (6.342) (5.569) (2.439) - 7.224 5.028 5.563 8.098 9.216 12.433 15.018 Projeções Nexia Auditores e Consultores O Estatuto Social da Companhia informa que seu prazo de duração é indeterminado, em função disso, o valor residual foi calculado com base no método da perpetuidade do fluxo de caixa. Ao final do último fluxo projetado (2016), foi considerado o valor referente a perpetuidade. Para a apuração do valor da perpetuidade, foi utilizado o fluxo de caixa projetado para 2016 ajustado pelo efeito tributário relacionado ao término da depreciação do ativo imobilizado. Após o ajuste, o saldo de caixa foi repetido até 2200 e trazido a valor presente com base na mesma taxa de 74 desconto utilizada nas projeções. Após 2200, o valor presente do caixa gerado fica inferior a R$ 1,00 e decrescente anualmente, desta forma sem impacto ao valor do negócio. O valor correspondente ao cálculo de perpetuidade montou em R$ 25.785 mil. Após a apuração dos caixas projetados, apresentamos a seguir a o valor Presente Líquido da CBC. Em R$ mil VALOR PRESENTE LÍQUIDO Taxa de Desconto (WACC) 11,28% Fluxos 62.242 Perpetuidade 25.785 Valor presente líquido 88.027 Existem, adicionalmente, a serem considerados na avaliação pelo fluxo de caixa descontado, outros valores que deverão ser liquidados/realizados pela CBC. A seguir apresentamos detalhamento acerca desses valores. 75 a) Endividamento Financeiro: Foi considerada a liquidação do endividamento financeiro existente na CBC constante nas demonstrações financeiras de 31 de março de 2007. A liquidação se deu com base nos valores nominais. Empréstimos / financiamentos Curto Prazo Longo Prazo Valores em R$ mil 4.762 7.831 Total 12.593 Fonte: CBC / informações trimestrais de 31/03/2007 - CVM b) Caixa: Foram adicionados ao valor da CBC os valores relativos ao caixa e aplicações financeiras constantes nas demonstrações financeiras de 31 de março de 2007. Foram considerados valores nominais. Disponibilidades Valores em R$ mil Caixa Aplicações Financeiras 1.623 91 Total 1.714 Fonte: CBC / informações trimestrais de 31/03/2007 - CVM 76 c) Contingências: Especificamente com relação às contingências, existem registrado contabilmente valores a pagar referente a contingências cíveis, trabalhistas, tributárias e salário educação. Tais valores estão registrados e foram analisados pelos assessores jurídicos e pelos auditores independentes da Companhia. O quadro a seguir apresenta o valor nominal desses passivos, conforme demonstrações financeiras de 31 de março de 2007. Composição das contingências - R$ mil IR / CSSL 3.804 SALÁRIO EDUCAÇÃO 862 PIS / COFINS 6.168 IPI 10.688 SUB TOTAL 21.522 CIVIL / TRABALHISTA TOTAL 4.534 26.056 Fonte : CBC Para a liquidação desses passivos foram consideradas duas situações distintas. A primeira refere-se à provisão para salário educação e contingências tributárias totalizada em R$ 21.522 mil e a segunda se refere à contingência civil e trabalhista totalizada em R$ 4.534 mil. 77 • Provisão para Salário Educação e contingências tributárias. No caso específico das contingências tributárias e salário educação, foi considerada a realização deste passivo em 5 parcelas anuais. Composição das contingências - R$ mil IR / CSSL 3.804 SALÁRIO EDUCAÇÃO 862 PIS / COFINS IPI 10.688 15.353 TOTAL Quantidade de pagamentos (anuais) PAGAMENTOS ANUAIS 5 3.071 Projeção Nexia O fluxo de caixa referente aos pagamentos anuais foi trazido a valor presente com base no custo médio do endividamento das empresas (SELIC) O quadro a seguir apresenta o fluxo de caixa referente as contingências tributárias e Salário Educação, taxa de desconto utilizada e o valor presente líquido apurado. 78 FLUXO DE CAIXA - CONTINGÊNCIAS TRIBUTÁRIAS E SALÁRIO EDUCAÇÃO - R$ mil Desencaixes Valores nominais Taxa de desconto (*) 31/12/2007 3.071 5,60% 31/12/2008 3.071 5,60% 31/12/2009 3.071 5,60% VPL 31 DE MARÇO 2007 31/12/2010 3.071 5,60% 31/12/2011 3.071 5,60% 13.253 Projeção: Nexia Auditores e Consultores (*) Descontado em separado pela taxa de custo de capital de terceiros Com base na nova posição apresentada pelo assessor jurídico da CBC, especificamente com relação a provisão para contingência de Pis/Cofins, informando a existência de decisão correlata tomada pelo Supremo Tribunal Federal (RE 390.840-5, dentre outras) e, mencionando a possibilidade dessa decisão do STF ser aplicada ao caso concreto da CBC, entendemos que a provisão atual existente (R$ 6.168 mil) pode não ser integralmente exigida. Assim, procedemos o seguinte ajuste: 79 Valor da provisão Pis/Cofins (-) Despesa com honorários advocatícios R$ 6.168 mil 18 R$ 1.224 mil (+) Crédito tributário IR/CSSL sobre a despesa com honorários advocatícios Recuperação efetiva R$ 420 mil R$ 5.354 mil Desembolso esperado R$ 814 mil Em questionamento efetuado acerca da possibilidade de extinção dos débitos de Pis/Cofins, transcrevemos a seguir a resposta encaminhada pela Instituição Intermediária. “No que concerne às contingências passivas, esclarecemos que, diferentemente daquilo afirmado na reclamação, o montante referente às provisões de Pis e Cofins correspondem, respectivamente, a 2% e 22% do total registrado a título de contingências passivas. Ademais, a administração da companhia e o avaliador observaram rigorosamente ao Parecer de Orientação CVM no. 15/1987 e a deliberação CVM no. 29/1986 acerca do assunto, as quais recomendam a manutenção da provisão antes registrada. Ressalta-se, ainda, que esta posição demonstra-se mais acertada, tendo em vista que a questão não esta pacificada no STF, havendo, inclusive, uma negativa no sentido de se criar uma súmula vinculante sobre o assunto.” 18 Honorários advocatícios de 20% sobre o valor da causo – conforme informações da administração da Companhia 80 A administração da companhia, respeitando determinação da CVM, Comunicado técnico IBRACON e Princípios Fundamentais de Contabilidade, entende que deve ser mantida a provisão em suas demonstrações contábeis, enquanto a decisão judicial não transitar em julgado. • Provisão para contingências trabalhistas Cíveis e honorários advocatícios. O valor a pagar referente à provisão para contingências cíveis e trabalhistas foi descontado diretamente do valor da CBC. Foi considerado para isso o valor nominal desses passivos em 31 de março de 2007, acrescido do valor referente a honorários advocatícios relacionados a reversão da provisão de Pis/Cofins, mencionados anteriormente. Desta forma, consolidando o valores referente a contingências trabalhistas, cíveis, tributárias, Salário Educação e honorários advocatício, temos: R$ mil VALOR DAS CONTINGÊNCIAS CONSIDERADAS NA APURAÇÃO DO VALOR DA CBC CONTINGÊNCIAS TRIBUTÁRIAS E SALÁRIO EDUCAÇÃO - VPL 13.253 CONTINGÊNCIAS TRABALHISTAS E CIVEIS 4.534 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS LÍQUIDOS 814 TOTAL DE CONTINGÊNCIAS DESCONTADAS Projeção Nexia Auditores e Consultores 81 18.601 Consolidando as informações apresentamos a seguir o resumo do valor apurado para a CBC: Em R$ mil VALOR PRESENTE LÍQUIDO Taxa de Desconto (WACC) 11,28% Fluxos 62.242 Perpetuidade 25.785 Valor presente líquido 88.027 (-) Endividamento financeiro (12.593) 1.714 (+) Disponibilidades (18.601) (-) Contingências VALOR PRESENTE LÍQUIDO FINAL 58.547 Projeções Nexia Auditores e Consultores Ao descontarmos o fluxo projetado pela taxa de 11,28% obtivemos como resultado um valor líquido para a CBC em R$ 58,547 milhões 82 5.3.2. Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau (MEN) Em 24 de novembro de 2006, a CBC, por meio de publicação de Fato Relevante, informou que a “Diretoria Executiva foi autorizada a efetuar a constituição de subsidiária na Alemanha e efetivar as negociações necessárias para a aquisição, através da referida controlada, até o montante de 10 (dez) milhões de Euros, da totalidade das ações da Metallwerk Elisenhütte Gmbh Nassau (MEN), cuja linha de produtos é complementar aos da CBC. A aquisição atende aos interesses estratégicos da companhia, agregando escala, tecnologia e sinergia através de fatores complementares aos das nossas operações na Europa.” Em seguida, no dia 08 de janeiro de 2007, a aquisição foi efetivada em função da aprovação dos órgãos competentes e efetivação do pagamento. A aquisição da referida companhia totalizou € 7 (sete) milhões de Euros. A empresa MEN dedica-se à produção de munições policiais e militares de pequeno calibre consumidas por forças armados e polícias européias. 83 Demonstrativos financeiros Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL - TRADUÇÃO LIVRE 2004 2005 2006 2004 2005 € 0,000 2006 Ativo intangivel Ativo tangível Ativo fixo 95 2.742 2.837 87 2.455 2.542 78 2.179 2.257 Capital Reservas Total Patrimonio 4.602 511 5.113 4.602 4.602 4.602 4.602 Estoques Valores a receber Outros ativos Caixa Ativo corrente 5.762 285 2.657 482 9.186 8.880 148 5.316 934 15.278 6.620 68 1.363 1.513 9.564 Provisões 3.810 4.051 4.437 8 3 14 Passivo financeiro Contas a pagar Outros passivos Total valores a pagar 805 954 1.349 3.108 6.259 1.360 1.551 9.170 500 1.107 1.189 2.796 12.031 17.823 11.835 12.031 17.823 11.835 Gastos antecipados TOTAL ATIVO FONTE : Demonstrações financeiras auditadas 84 TOTAL PASSIVO Demonstração dos resultados DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS REALIZADOS - TRADUÇÃO LIVRE 2003 2004 2005 2006 € 0,000 31/3/2007 Receita líquida 16.965 17.567 25.511 23.792 3.549 Custos gerais (14.921) (15.953) (21.224) (21.004) (3.747) 2.044 1.614 4.287 2.788 (198) (823) (1.054) (136) (317) Lucro bruto Despesas comerciais Despesas administrativas (691) (915) (688) (960) (726) (1.010) Lucro operacional 438 (34) 2.551 Resultado não operacional 265 54 Resultado antes dos impostos 703 20 Impostos (255) - Resultado após impostos 448 Fonte: Demonstrações financeiras auditadas / CBC 1.918 (717) 20 85 (633) 1.201 911 (651) (687) 87 224 (564) (217) 7 (564) • Mercado de atuação: Da mesma forma como ocorre na CBC, a MEN atua na venda de cartuchos para o mercado interno (vendas na própria Alemanha) e no mercado externo. O quadro a seguir demonstra as vendas da Companhia segregadas entre mercado interno e mercado externo: Vendas - Euros milhões 30 20 10 0 78,7% 72,5% 58,4% 2004 2005 2006 Mercado Externo 4,9 5,4 9,8 Mercado Interno 12,7 20,09 13,9 Fonte – Demonstrações financeiras auditadas - MEN 86 Consolidado: Euros Milhões 2004 2005 2006 Receita total 17,6 Fonte – Demonstrações financeiras auditadas - MEN 25,5 23,8 No mercado interno o principal cliente da MEN é o exército alemão (Bundesamt für Wehrtechnik und Beschaffung -BWB), representando em média 50%% das vendas totais da empresa. Por sua vez, as policias alemãs concentram suas compras na MEN e na empresa Ruag (de origem Suíça). Nos últimos anos, a participação da MEN nas aquisições do Exército alemão manteve-se estável no patamar de 50% e, para as policias no patamar de 40%. Com relação as aquisições do governo alemão, o ano de 2005 apresentou um crescimento significativo em relação às aquisições médias deste cliente. No ano de 2006, as aquisições do governo alemão retornaram o patamar tradicional. 87 No gráfico a seguir apresentamos as vendas para o governo alemão: Vendas para o governo alemão - Euro milhões 20,09 20 15 13,93 12,68 10 2004 2005 2006 Com relação a mercado externo, as vendas estão concentradas na comunidade européia, representando em média 94% das vendas internacionais. Nesse mercado, os principais clientes também são os governos locais. Até 2005, as vendas para os demais paises da comunidade européia totalizavam, em média, € 4,8 milhões19. Em 2006, a MEN obteve novo contrato com o governo francês, representando um incremento médio de 85% nas vendas para a comunidade européia. 19 Fonte – Demonstrações financeiras auditadas 88 • Projeções: Em 2005, em função do incremento atípico de vendas para o governo alemão, a MEN viveu uma situação de utilização plena de sua capacidade instalada. Naquele ano, foram produzidos mais de 100 milhões de unidades, nível este jamais verificado desde a fundação da Companhia20. Para o atendimento dessa demanda, a companhia operou durante seis dias da semana e, inclusive, em vários momentos operando em três turnos. Em 2006, as vendas para o mercado interno retornaram aos patamares tradicionais, em contrapartida, o incremento de vendas para a comunidade européia fez com que o nível de vendas não fosse afetado significativamente. representando uma redução de 9,3% em relação a produção de 2006. 20 Fonte – Relatório da administração do ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2005. 89 Em 2006, foram produzidas mais de 91 milhões de unidades, Em nossas projeções, foram consideradas as vendas no nível apresentado nos anos de 2005 e 2006, próximos da capacidade instalada. Vendas - Real x projetado - Euro mil 27.000 25.000 23.000 21.000 19.000 17.000 15.000 Projetado Real P P P P P R R R R R R 1 0 9 6 5 4 3 1 2 R/ 08 1 1 0 0 0 0 0 0 0 20 20 20 20 20 007 20 20 20 20 20 2 Os custos da MEN começaram a sofrer, nos exercícios de 2005 e de 2006, os efeitos dos aumentos dos preços do zinco, latão e, principalmente, do cobre. Em nossas projeções consideramos a manutenção dos atuais níveis de preços destas matérias-primas. 90 As despesas administrativas e comerciais foram projetadas respeitando a atual relação com a receita da companhia. A administração da CBC prevê investimentos na MEN da ordem de € 9,4 milhões, sendo substancialmente destinados a equipamentos e meio ambiente. Os investimentos relacionados a máquinas e equipamentos serão utilizados na renovação de parte do parque fabril e, não havendo previsão de aumento de capacidade produtiva. O desencaixe previsto para os investimentos da MEN é apresentado a seguir: Investimentos - em Euro mil 2.500 2.000 2.113 1.800 1.500 1.500 800 1.000 800 800 800 800 500 0 2007 2008 2009 2010 91 2011 2012 2013 2014 O resultado projetado para a MEN é a seguir apresentado: DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PROJETADOS 2007 R 2007 P 2007 R / P 2008 P 2009 P 2010 P 2011 P 2012 P € 0,000 2013 P Receita líquida 3.549 21.103 24.652 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 Custo vendas (3.747) (18.863) (22.610) (22.839) (22.639) (22.819) (22.899) (22.979) (23.059) Lucro Bruto (198) 2.240 2.042 2.355 2.555 2.375 2.295 2.215 2.135 Despesas (453) (1.376) (1.829) (1.883) (1.883) (1.883) (1.883) (1.883) (1.883) (112) (112) (176) (251) (184) (154) (124) (94) 752 101 295 421 308 258 208 158 Resultado não operacional Impostos Resultado 87 (564) Projeção Nexia Auditores e Consultores 92 O fluxo de caixa projetado para a MEN é a seguir apresentado: FLUXO DE CAIXA 2007 R / P 2008 P 2009 P 2010 P 2011 P € 0,000 2013 P 2012 P Resultado 752 295 421 308 258 208 158 Depreciação 397 642 844 1.024 1.104 1.184 1.264 Investimentos (1.500) (2.113) Capital de Giro 3.017 (542) Caixa gerado 2.666 (1.718) (1.800) (535) Projeção Nexia Auditores e Consultores 93 (800) (800) (800) (800) - - - - 532 562 592 622 A taxa de desconto é a seguir apresentada: (A) Taxa livre de risco 2,43% (b) Prêmio mercado 6,81% (c) Coeficiente Beta 1,13 (b) * (c) = (D) Risco mercado ajustado (E) Risco País21 (A) + (D) + (E) Taxa de desconto 10,10% 0,37% . . 10,46% Os fluxos foram projetados em Euro e convertidos para Real. A taxa de conversão utilizada é a seguir apresentada: Euro 2007 2,58 2008 2,72 2009 2,72 Para a apuração da relação Real versus Euro, utilizamos a paridade entre o Euro e o US Dólar, apresentada pelo Bacen em 06 de julho de 2007. 21 Deságio aplicado ao título (10 anos) do Governo Alemão - maio 2007 94 As projeções da empresa MEN foram efetuadas em Euro. Desta forma, ao projetarmos uma desvalorização do Real frente ao Euro temos um ganho cambial na conversão do caixa gerado pela MEN, conforme apresentado a seguir. iii 100% 80% i 60% ii 40% 20% 0% i – Valor da MEN incluindo ganho cambial, após o pagamento do valor gasto para a aquisição da companhia ( € 2,7 mi) ii – Valor da MEN sem ganho cambial ( € 2,40 mi) iii – Ganho cambial ( € 0,30 mi) A forma de cálculo da perpetuidade foi semelhante à adotada nas projeções da CBC. 95 • Valor Presente Líquido: Em R$ mil 10,46% Taxa de desconto Valor Presente - fluxos Perpetuidade Valor Presente - fluxos 9.113 12.144 21.257 (-) Pagamento da aquisição da empresa (Euro 7.000 mil) Valor Presente Líquido Final (18.550) 2.707 Projeção:Nexia Auditores e Consultores A realização de ativos e passivos considerados operacionais da empresa MEN foi considerada na apuração do capital de giro. Essa forma corresponde à mesma forma adotada no caso da CBC. A avaliação da empresa MEN resultou em um incremento do valor na CBC de R$ 2,707 mil. Esse valor corresponde ao valor total apurado para a empresa MEN – R$ 21.257 mil, descontado o custo de aquisição do investimento – R$ 18.550 mil. Com relação ao investimento propriamente dito, foi avaliado em 14,5% mais que seu custo de aquisição. 96 Glossário CVM - Comissão de Valores Mobiliários VM - Valor da empresa apurado com base na média da cotação de suas ações em Bolsa de Valores VPA - Valor da empresa apurado com base em seu Patrimônio Líquido Contábil FCD - Valor da empresa apurado com base no Fluxo de Caixa Descontado Lucro Bruto – Faturamento total, descontadas as deduções de vendas e o custo de produção Margem Bruta – Representatividade percentual do lucro bruto em relação ao faturamento TBond - Títulos do Tesouro dos Estados Unidos da América Standard and Poors 500 – Índice contendo as 500 companhias líderes nos setores, elaborado pela Consultoria Standard and Poors ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços LAJIDA - Lucro antes de Juros Impostos Depreciação e Amortização WACC - Custo Médio de Capital Ponderado 97 ANEXOS CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos 2002 R 2003 R 2004 R 2005 R 2006 R 2007 R 121.204 102.495 (34.659) 123.497 113.414 (37.091) 166.701 123.419 (51.247) Mercado Interno Mercado Externo (-) Impostos e Deduções sobre venda 111.160 59.671 (25.101) 109.730 80.346 (26.838) Receita Operacional Liquida (-) Custo dos produtos vendidos 145.730 (80.010) 163.238 189.040 199.820 238.874 (99.310) (120.364) (140.693) (166.508) Lucro Bruto CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos Mercado Interno Mercado Externo (-) Impostos e Deduções sobre venda Receita Operacional Liquida (-) Custo dos produtos vendidos Lucro Bruto 65.720 2007 R/P 170.224 136.267 (53.302) 63.928 68.676 59.127 72.366 2007 P 23.655 25.441 (9.177) 2007 R/P 146.569 110.826 (44.126) 170.224 136.267 (53.302) 39.920 213.270 253.189 (36.319) (154.616) (190.935) 3.601 58.653 62.254 2008P 2009P 2010P 2011P 2012P 2013P 2014P 2015P 2016P 173.055 150.751 (52.099) 173.992 186.675 (52.381) 175.305 198.272 (52.776) 175.305 202.238 (52.776) 175.305 204.260 (52.776) 175.305 204.260 (52.776) 175.305 204.260 (52.776) 175.305 204.260 (52.776) 175.305 204.260 (52.776) 253.189 271.707 308.286 320.801 324.766 326.788 326.788 326.788 326.788 326.788 (190.935) (201.079) (235.148) (244.630) (248.172) (249.901) (249.901) (249.901) (249.901) (249.901) 62.254 70.629 73.138 98 76.171 76.594 76.887 76.887 76.887 76.887 76.887 DESPESAS COMERCIAIS MATERIAL SECUNDARIO MATERIAL EMBALAGEM SALARIOS E ORDENADOS HORAS EXTRAS AVISO PREVIO INDENIZACOES PROVISAO 13. SALARIO PROVISAO DE FERIAS INSS PROVISAO INSS S/FERIAS PROVISAO INSS S/13. SALARIO FGTS PROVISAO FGTS S/FERIAS PROVISAO FGTS S/13. SALARIO SENAI SESI PROGRAMA DE ALIMENTACAO PROGRAMA DE CESTA BASICA TRANSPORTE CONTRATADO VALE TRANSPORTE ASSISTENCIA MEDICA PROGRAMA DE TREINAMENTO (-) REEMB PROGRAMA ALIMENTAC (-) REEMB PROGRAMA CESTA BAS (-) REEMB VALE TRANSPORTE SERVICO DE MANUTENCAO MATERIAL DE MANUTENCAO SERVICO DE LIMPEZA MATERIAL DE LIMPEZA O.S. MANUTENCAO 2007 0 1.798 5 24 13 86 114 406 27 25 198 4 7 19 22 40 24 31 5 110 2 8 3 3 0 2 1 7 4 2008 0 2.264 6 31 16 108 144 511 35 31 249 5 9 23 28 51 31 39 6 139 2 10 4 3 0 3 1 10 5 2009 1 2.526 7 34 18 120 160 570 39 35 278 6 10 26 31 57 34 44 7 155 3 11 4 4 0 3 1 10 5 99 2010 1 2.617 7 36 19 125 166 591 40 36 288 6 11 27 32 59 36 45 7 160 3 12 5 4 0 3 1 10 5 2011 1 2.646 7 36 19 126 168 597 40 37 291 6 11 27 32 59 36 46 7 162 3 12 5 4 0 3 1 10 5 2012 1 2.660 7 36 19 127 169 601 41 37 292 6 11 27 33 60 36 46 7 163 3 12 5 4 0 3 1 10 5 2013 1 2.660 7 36 19 127 169 601 41 37 292 6 11 27 33 60 36 46 7 163 3 12 5 4 0 3 1 10 5 2014 1 2.660 7 36 19 127 169 601 41 37 292 6 11 27 33 60 36 46 7 163 3 12 5 4 0 3 1 10 5 2015 1 2.660 7 36 19 127 169 601 41 37 292 6 11 27 33 60 36 46 7 163 3 12 5 4 0 3 1 10 5 2016 1 2.660 7 36 19 127 169 601 41 37 292 6 11 27 33 60 36 46 7 163 3 12 5 4 0 3 1 10 5 DESPESAS COMERCIAIS ENERGIA EL TRICA AGUA E ESGOTO TELEFONE CORREIO / MALOTE SEGUROS IMPOSTOS E TAXAS ASSESSORIA TECNICA SERV PREST TERC PESS FISICA ASSISTENCIA TECNICA COMISSOES DE AGENTES SERV PREST TERC PESS JURIDIC ALUGUEL DE EQUIPAMENTO CAMPANHA PUBLICITARIA PATROCINIOS AMOSTRAS DOACOES PROMOCOES E EVENTOS VEICULOS FRETES VIAGENS E ESTADIAS CONDUCAO E REFEICAO MATERIAL DE ESCRITORIO MATERIAL DE INFORMATICA ASSINATURAS - JORNAIS/REVIST DESPESAS LEGAIS E FISCAIS CONFRATERNIZACAO E BRINDES MATERIAL DE SEGURANCA PROV CRED LIQUID DUVIDOSA BENS NAO PERMANENTES OUTRAS DESPESAS TOTAL 2.007 45 3 29 146 23 248 15 2 15 20.231 218 4 8 8 82 645 332 0 2 481 104 44 38 0 6 8 0 43 3 19 25.789 2.008 60 4 39 195 31 331 20 3 20 25.478 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 32.670 2.009 60 4 39 195 31 331 20 3 20 28.425 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 36.049 100 2.010 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.454 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.230 2.011 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.771 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.594 2.012 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.933 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.779 2.013 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.933 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.779 2.014 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.933 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.779 2.015 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.933 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.779 2.016 60 4 39 195 31 331 20 3 20 29.933 291 5 11 10 109 860 443 0 2 641 138 58 50 0 8 11 0 57 4 25 37.779 DESPESAS ADMINISTRATIVAS COMBUSTIVEIS E LUBRIFICANTES SALARIOS E ORDENADOS HORAS EXTRAS AVISO PREVIO INDENIZACOES PROV 13. SALARIO PROV FERIAS INSS PROV INSS FERIAS PROV INSS S/13. SALARIO FGTS PROV FGTS S/FERIAS PROV FGTS S/13. SALARIO SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO SENAI SESI HONORARIOS CONSELHO ADM/FISC PROGRAMA DE ALIMENTACAO PROGRAMA DE CESTA BASICA TRANSPORTE CONTRATADO VALE TRANSPORTE ASSISTENCIA MEDICA CRECHE PROGRAMA DE TREINAMENTO (-) REEMB PROGR ALIMENTACAO (-) REEMB PROGR CESTA BASICA (-) REEMB VALE TRANSPORTE SERVICO MANUTENCAO MATERIAL DE MANUTENCAO SERVICO DE LIMPEZA MATERIAL DE LIMPEZA O.S.MANUTENCAO ENERG.ELETRICA AGUA E ESGOTO TELEFONE 2.007 61 2.677 72 5 234 169 247 690 60 49 242 16 14 (2) 31 37 95 100 60 68 53 190 6 3 (15) (5) (29) 11 15 3 39 48 128 9 51 2.008 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.009 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 101 2.010 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.011 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.012 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.013 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.014 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.015 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 2.016 81 3.569 96 7 312 226 329 920 80 65 323 21 19 (2) 42 50 127 133 80 91 71 254 7 4 (20) (7) (39) 15 21 4 52 64 171 11 68 DESPESAS ADMINISTRATIVAS TELEX E FAX CORREIO/MALOTE SEGUROS IPTU IPVA IMPOSTOS E TAXAS ASSESS.TECNICA ASSESSORIA JURIDICA SERV PREST TERC PESS FISICA SERVICOS ADVOCATICIOS CONSULTORIA E ASSESSORIA SERVICOS DE AUDITORIA SERVICOS DE AERONAVE SERV PREST TERC PESS JURIDIC ASSISTENCIA TECNICA ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS ALUGUEL DE VEICULOS MULTAS DEDUTIVEIS ANUNCIOS E PUBLICACOES CAMPANHA PUBLICITARIA PATROCINIOS PROMOCOES E EVENTOS COMBUSTIVEL FROTA INTERNA FRETES VIAGENS E EST. COND.E REFEIC MAT.ESCRITORIO MAT.INFORMAT. ASSINATURAS - JORNAIS/REVIST ASSOC.CLASSES DESP.LEG.FISC. CONFRAT.BRIND. MAT.SEGURANCA BENS NAO PERMANENTES OUTRAS DESPESAS TOTAL 2007 0 14 111 41 1 74 20 41 9 495 2.182 81 3.174 1.237 10 28 0 28 39 2 109 25 10 2 310 203 74 75 94 56 114 78 16 10 36 14.247 2008 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2009 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 102 2010 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2011 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2012 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2013 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2014 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2015 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 2016 0 19 148 55 1 99 26 55 12 660 2.909 107 4.232 1.650 13 37 0 38 52 3 145 34 13 2 414 270 98 100 125 75 152 103 21 13 48 18.995 CÁLCULO PERPETUIDADE 31/3/2006 31/12/2017 9.201 31/12/2018 9.201 31/12/2019 9.201 31/12/2020 9.201 31/12/2021 9.201 31/12/2022 9.201 31/12/2023 9.201 31/12/2024 9.201 31/12/2025 9.201 31/12/2026 9.201 31/12/2027 9.201 31/12/2028 9.201 31/12/2029 9.201 31/12/2030 9.201 31/12/2031 9.201 31/12/2032 31/12/2033 9.201 9.201 31/12/2034 9.201 31/12/2035 9.201 31/12/2036 9.201 31/12/2037 9.201 31/12/2038 9.201 31/12/2039 9.201 31/12/2040 9.201 31/12/2041 9.201 31/12/2042 9.201 31/12/2043 9.201 31/12/2044 9.201 31/12/2045 9.201 31/12/2046 9.201 31/12/2047 9.201 31/12/2048 31/12/2049 9.201 9.201 31/12/2050 9.201 31/12/2051 9.201 31/12/2052 9.201 31/12/2053 9.201 31/12/2054 9.201 31/12/2055 9.201 31/12/2056 9.201 31/12/2057 9.201 31/12/2058 9.201 31/12/2059 9.201 31/12/2060 9.201 31/12/2061 9.201 31/12/2062 9.201 31/12/2063 9.201 31/12/2064 31/12/2065 9.201 9.201 31/12/2066 9.201 31/12/2067 9.201 31/12/2068 9.201 31/12/2069 9.201 31/12/2070 9.201 31/12/2071 9.201 31/12/2072 9.201 31/12/2073 9.201 31/12/2074 9.201 31/12/2075 9.201 31/12/2076 9.201 31/12/2077 9.201 31/12/2078 9.201 31/12/2079 9.201 31/12/2080 31/12/2081 9.201 9.201 31/12/2082 9.201 31/12/2083 9.201 31/12/2084 9.201 31/12/2085 9.201 31/12/2086 9.201 31/12/2087 9.201 31/12/2088 9.201 31/12/2089 9.201 31/12/2090 9.201 31/12/2091 9.201 31/12/2092 9.201 31/12/2093 9.201 31/12/2094 9.201 31/12/2095 9.201 31/12/2096 31/12/2097 9.201 9.201 31/12/2098 9.201 31/12/2099 9.201 31/12/2100 9.201 31/12/2101 9.201 31/12/2102 9.201 31/12/2103 9.201 31/12/2104 9.201 31/12/2105 9.201 31/12/2106 9.201 31/12/2107 9.201 31/12/2108 9.201 31/12/2109 9.201 31/12/2110 9.201 31/12/2111 9.201 31/12/2112 31/12/2113 9.201 9.201 31/12/2114 9.201 31/12/2115 9.201 31/12/2116 9.201 31/12/2117 9.201 31/12/2118 9.201 31/12/2119 9.201 31/12/2120 9.201 31/12/2121 9.201 31/12/2122 9.201 31/12/2123 9.201 31/12/2124 9.201 31/12/2125 9.201 31/12/2126 9.201 31/12/2127 9.201 31/12/2128 31/12/2129 9.201 9.201 31/12/2130 9.201 31/12/2131 9.201 31/12/2132 9.201 31/12/2133 9.201 31/12/2134 9.201 31/12/2135 9.201 31/12/2136 9.201 31/12/2137 9.201 31/12/2138 9.201 31/12/2139 9.201 31/12/2140 9.201 31/12/2141 9.201 31/12/2142 9.201 31/12/2143 9.201 31/12/2144 31/12/2145 9.201 9.201 31/12/2146 9.201 31/12/2147 9.201 31/12/2148 9.201 31/12/2149 9.201 31/12/2150 9.201 31/12/2151 9.201 31/12/2152 9.201 31/12/2153 9.201 31/12/2154 9.201 31/12/2155 9.201 31/12/2156 9.201 31/12/2157 9.201 31/12/2158 9.201 31/12/2159 9.201 31/12/2160 31/12/2161 9.201 9.201 31/12/2162 9.201 31/12/2163 9.201 31/12/2164 9.201 31/12/2165 9.201 31/12/2166 9.201 31/12/2167 9.201 31/12/2168 9.201 31/12/2169 9.201 31/12/2170 9.201 31/12/2171 9.201 31/12/2172 9.201 31/12/2173 9.201 31/12/2174 9.201 31/12/2175 9.201 31/12/2176 31/12/2177 9.201 9.201 31/12/2178 9.201 31/12/2179 9.201 31/12/2180 9.201 31/12/2181 9.201 31/12/2182 9.201 31/12/2183 9.201 31/12/2184 9.201 31/12/2185 9.201 31/12/2186 9.201 31/12/2187 9.201 31/12/2188 9.201 31/12/2189 9.201 31/12/2190 9.201 31/12/2191 9.201 31/12/2192 31/12/2193 9.201 9.201 31/12/2194 9.201 31/12/2195 9.201 31/12/2196 9.201 31/12/2197 9.201 31/12/2198 9.201 31/12/2199 9.201 31/12/2200 9.201 VPL PERPETUIDADE 25.785 VPL 2201 0,000007785 103 VARIAÇÃO MENSAL US$ US$ abr/07 2,034 mai/07 1,929 jun/07 1,926 jul/07 1,921 ago/07 1,916 set/07 1,911 out/07 1,906 nov/07 1,901 dez/07 1,900 jan/08 1,908 fev/08 1,917 mar/08 1,925 US$ abr/08 1,933 mai/08 1,942 jun/08 1,950 jul/08 1,958 ago/08 1,967 set/08 1,975 out/08 1,983 nov/08 1,992 dez/08 2,000 jan/09 2,000 fev/09 2,000 mar/09 2,000 US$ abr/09 2,000 mai/09 2,000 jun/09 2,000 jul/09 2,000 ago/09 2,000 set/09 2,000 out/09 2,000 nov/09 2,000 dez/09 2,000 jan/10 2,000 fev/10 2,000 mar/10 2,000 US$ abr/10 2,000 mai/10 2,000 jun/10 2,000 jul/10 2,000 ago/10 2,000 set/10 2,000 out/10 2,000 nov/10 2,000 dez/10 2,000 jan/11 2,000 fev/11 2,000 mar/11 2,000 104 MEN - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS - REAL E PROJETADO 2001 R 2002 R 2003 R 2004 R Receita Líquida 2005 R 2006 R 2007 R 2007 P € .000 2007 16.197 19.326 16.965 17.567 25.511 23.792 3.549 21.103 24.652 Custos gerais Depreciação (12.083) (629) (14.997) (629) (14.324) (597) (15.420) (533) (20.750) (474) (20.498) (506) (3.654) (93) (18.466) (397) (22.120) (490) Total custos (12.712) (15.626) (14.921) (15.953) (21.224) (21.004) (3.747) (18.863) (22.610) 3.485 21,5% 3.700 19,1% 2.044 12,0% 1.614 9,2% 4.287 16,8% 2.788 11,7% (198) -5,6% 2.240 10,6% 2.042 8,3% (662) (884) (710) (810) (691) (915) (688) (960) (726) (1.010) (823) (1.054) (136) (317) (639) (737) (775) (1.054) 2.180 438 (34) 2.551 911 (651) 864 130 265 54 (687) 87 1.765 2.310 703 20 224 (564) - - (255) 1.765 10,9% 2.310 12,0% 448 2,6% Lucro bruto Margem bruta Despesas comerciais Despesas administrativas Lucro operacional Resultado não operacional Resultado antes dos impostos Impostos Resultado final Margem final 1.939 (174) 20 0,1% 105 (633) 1.918 - 213 87 864 300 (717) (217) - (112) (112) 1.201 4,7% 7 0,0% (564) -15,9% 752 3,6% 188 0,8% MEN - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS - REAL E PROJETADO 2008 P 2009 P 2010 P 2011 P Receita Líquida 2012 P 2013 P 2014 P 2015 P € .000 2016 P 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 25.194 Custos gerais Depreciação (22.197) (642) (21.795) (844) (21.795) (1.024) (21.795) (1.104) (21.795) (1.184) (21.795) (1.264) (21.795) (1.344) (21.795) (1.424) (21.795) (1.424) Total custos (22.839) (22.639) (22.819) (22.899) (22.979) (23.059) (23.139) (23.219) (23.219) 2.355 9,3% 2.555 10,1% 2.375 9,4% 2.295 9,1% 2.215 8,8% 2.135 8,5% 2.055 8,2% 1.975 7,8% 1.975 7,8% (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) (798) (1.086) Lucro bruto Margem bruta Despesas comerciais Despesas administrativas Lucro operacional 471 672 492 412 332 252 172 Resultado não operacional - - - - - - - Resultado antes dos impostos 471 672 492 412 332 252 172 92 92 Impostos (176) (251) (184) (154) (124) (94) (64) (34) (34) Resultado final Margem final 295 1,2% 421 1,7% 308 1,2% 258 1,0% 208 0,8% 158 0,6% 107 0,4% 57 0,2% 57 0,2% 106 92 - 92 -