UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL Aprovadas pelas Portarias SESu/MEC Nº. 368/2008 (DOU 20/05/2008) Curso de Administração com Habilitação em Administração de Empresas Reconhecido pela Portaria Ministerial Nº. 1.088 – MEC, de 29/04/2004 – DOU de 03/05/2004. A Inadimplência no EMPRÉSTIMO PESSOAL: Estudo de caso da empresa CredBank Katiele Gomes de Lira GAMA/DF 2013 UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO CENTRAL Aprovadas pelas Portarias SESu/MEC Nº. 368/2008 (DOU 20/05/2008) Curso de Administração com Habilitação em Administração de Empresas Reconhecido pela Portaria Ministerial Nº. 1.088 – MEC, de 29/04/2004 – DOU de 03/05/2004. Katiele Gomes de Lira A Inadimplência no EMPRÉSTIMO PESSOAL: Estudo de caso da empresa CredBank Trabalho de conclusão de curso apresentado como pré-requisito para obtenção do grau de bacharel do curso de Administração de Empresas da Faculdade FACIPLAC. Orientador: Profº. Gustavo Faria de Oliveira GAMA/DF 2013 KATIELE GOMES DE LIRA Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado como requisito parcial para obtenção do grau Bacharel em Administração no curso Administração de Empresas das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central Data de Aprovação: ____/____/____ Banca Examinadora: _________________________________________ Professor Mestre :Gustavo Farias de Oliveira Orientador _________________________________________ Professora: Surama Cavalcante de Miranda _________________________________________ Professor Mestre Orlando Jose S. de Freitas Dedico esta monografia aos meus pais Nelcy e Oliveira que sempre que eu pensava em desistir, eles me davam forças para continuar, sendo pessoas mais que importantes na minha vida me ensinaram muitas coisas e uma delas foi que por mais que o caminho esteja difícil e doloroso, devo prosseguir, pois lá na frente quando esse caminho já estiver no final, olharei para trás e me sentirei vitoriosa, obrigada por sempre estarem ao meu lado me dando forças. Não posso deixar de falar nos meus irmãos Katiane e Deivson que muitas vezes diretamente ou ate mesmo indiretamente me ajudaram, ao meu noivo que esteve ao meu lado, e nunca mediu esforços para me ajudar. Obrigada a todos Amo muito vocês. Agradeço a Deus por sempre ter me dado força para prosseguir mesmo diante de tantos obstáculos e dificuldades me sustentou para estar sempre firme em meus objetivos. LISTA DE SIGLAS 5C’s – Caráter; Capacidade; Capital; Colateral e Condição. GDF – Governo do Distrito Federal. INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social. SPC – Serviço de Proteção ao Crédito. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 – Sexo Gráfico 02 – Local de Trabalho – Clientes do sexo Feminino Gráfico 03 – Local de Trabalho – Clientes do sexo Masculino Gráfico 04 – Renda Salarial Gráfico 05 – Inadimplentes - Clientes do sexo Feminino Gráfico 06 – Inadimplentes - Clientes do sexo Masculino LISTAS DE QUADROS Quadro 01 – Elementos da Cultura Organizacional RESUMO Um dos fatores preponderantes para uma empresa concessora de empréstimos pessoais é a caracterização de seu cliente, normalmente as empresas que disponibilizam créditos pessoais apresentam em sua estrutura, um sistema confiável de análise de crédito, sendo através deste concedido ou não a liberação do empréstimo ao cliente. O estudo em questão buscou analisar todos os fatores característicos por meio de um estudo de caso na empresa CredBank, uma empresa que disponibiliza produtos e serviços financeiros para seus clientes. Foram estabelecidas ações metodológicas através da pesquisa bibliográfica, ensejando conceitos e características referentes a gestão empresarial, empréstimos, empréstimos pessoais e a inadimplência e também através de uma pesquisa de campo qualitativa exploratória, onde se levantou informações concretas sobre o perfil dos clientes que procuram por créditos financeiros e principalmente as características dos inadimplentes. Palavras Chaves: Gestão Empresarial; Empréstimo Pessoal e Inadimplência. Sumário 1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 1.1. Tema ............................................................................................................ 12 1.2. Objetivos ..................................................................................................... 13 1.2.1. Objetivo Geral ........................................................................................ 13 1.2.2. Objetivos Específicos ......................................................................... 13 1.3. Situação Problema ..................................................................................... 13 1.4. Hipótese ....................................................................................................... 14 1.5. Justificativa ................................................................................................ 14 2. PERFIL DA EMPRESA ...................................................................................... 16 2.2. Perfil Estratégico ........................................................................................ 16 2.3. Estrutura Organizacional ........................................................................... 17 3. REFERNCIAL TEÓRICO ................................................................................... 18 3.1. Gestão Empresarial.................................................................................... 18 3.1.1. Gestão por Competência .................................................................... 19 3.1.2. Gestão Estratégica da Mudança......................................................... 21 3.1.3. Gestão do Clima Organizacional ........................................................ 22 3.1.4. Gestão da Cultura Organizacional ..................................................... 24 3.1.5. Gestão de Conhecimento e Aprendizagem ....................................... 27 3.2. Empréstimo ................................................................................................ 28 3.2.1. 3.3. Empréstimo Pessoal ........................................................................... 34 Inadimplência ............................................................................................. 35 4. METODOLOGIA ................................................................................................. 37 5. ANALISE GRAFICA...................................................................................................................34 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 44 11 1. INTRODUÇÃO Existe atualmente uma grande inconsistência referente à economia e pelo fato do Brasil apresentar-se em gradativo desenvolvimento, nota-se que algumas ações como a diminuição das taxas de juros acaba fazendo com que as pessoas queiram aproveitar as vantagens e consequentemente as financeiras se vêem na obrigação de realizar empréstimos pessoais ou consignados, tais ações são realizadas a fim de garantir o aumento da receita e da lucratividade. As financeiras emprestam, mas buscam a todo custo minimizar e evitar que ocorram inadimplências, para isso busca conquistar um número cada vez maior de clientes. As financeiras, ou empresas que realizam empréstimos pessoais e/ou consignados, com a função de análise de créditos, apresenta grande relevância no meio social e principalmente no econômico, isso ocorre pela necessidade de movimentação econômica, onde cada parte desse ciclo tem o seu papel e a busca de suprir suas necessidades, as financeiras buscam recursos para atender toda demanda e manter seu capital de giro, já as pessoas que vão atrás dos empréstimos estão em busca de aumentar o seu orçamento e muitas vezes para aproveitarem a baixa dos juros para conseguirem comprar produtos e serviços, e é através da concessão dos empréstimos que as pessoas conseguem realizar seus objetivos, cabendo as instituições responsáveis pela disponibilização de empréstimos à responsável por suprir tais necessidades. Um dos principais problemas levantados pelas financeiras e que vem se tornando uma das maiores preocupações econômicas ressaltando a questão da inadimplência, que se apresentam em consequência do alto marketing lançado em torno da busca de mais e mais clientes, apresentando uma forte política de expansão de crédito, a inadimplência vem sendo bastante visualizada e questionada na busca de solucionar o problema por parte do mercado financeiro. A missão das empresas de crédito pessoal tem como foco fundamental, realizar os possíveis sonhos das pessoas ou mesmo auxiliar em um momento ruim, ou quando estes necessitam suprir algumas necessidades, mas tudo isso vem se tornando um grande problema para tais instituições, pois a falta de pagamentos por 12 parte dos que buscam créditos vem se tornando uma constante. Mesmo com a realização de todos os cuidados necessários para que não ocorra inadimplência, as empresas que concedem empréstimos pessoais vem relatando que situações de falta de pagamento vem se tornando cada vez mais habitual, e os motivos apresentados são os mais variados possíveis. A realização deste trabalho busca desenvolver uma pesquisa detalhada, por meio de um estudo de caso na empresa CredBank, que disponibiliza a concessão de empréstimo pessoal, a base do estudo se volta para a análise de crédito desde a necessidade do cliente, seguindo todos os tramites até o pagamento e as cobranças realizadas pela empresa, buscando diagnosticar os possíveis motivos da inadimplência e quais os cuidados necessários para que isso não venha mais a ocorrer. O estudo tem como objetivo principal acompanhar casos de clientes inadimplentes e quais os procedimentos adotados pelos bancos ao se depararem com situações de clientes negativado no mercado, busca-se relacionar qual a necessidade de haver empresas desse segmento no mercado, quais as suas aplicações, tudo isso por intermédio da análise do banco de dados que da empresa CredBank que presta serviços de empréstimo pessoal, e assim realizando uma pesquisa de levantamento de informações onde tem-se a necessidade de demonstrar qual a classe social agrega o maior número de inadimplentes no mercado. 1.1. Tema A Inadimplência no Empréstimo Pessoal. Estudo de Caso da Empresa CredBank. 13 1.2. Objetivos 1.2.1. Objetivo Geral Analisar de forma abrangente toda a tramitação realizada pelas empresas que disponibilizam crédito através de empréstimo pessoal, levantando de forma concisa uma avaliação referente aos possíveis riscos de inadimplência. Buscando diagnosticar através da análise qual o melhor perfil dos clientes que procuram esse tipo de credito. 1.2.2. Objetivos Específicos Analisar todo o processo de concessão de créditos, na espécie de empréstimo pessoal. Averiguar as fichas de cadastros dos clientes de empréstimo pessoal, a fim de obter informações sobre o perfil do cliente, destacando características como renda, idade, sexo, entre outras que se fizerem necessárias; Relacionar a política de gerenciamento e de marketing desenvolvida pela empresa para alcançar um número maior de clientes. 1.3. Situação Problema As empresas que disponibilizam empréstimo pessoal vem se preocupando cada vez mais com os grandes níveis de inadimplência, sendo assim ao escolher como fonte de estudo a empresa CredBank tem-se a necessidade de compreender o melhor perfil do cliente a qual elas esta lidando. Para dar maior vazão, o estudo visa analisar o problema que seria: Qual o melhor perfil de clientes para que eles não se tornem inadimplentes ? O sistema que a empresa utiliza ajuda a empresa a adquirir cliente que cumprem com suas obrigações pagadoras? 14 1.4. Hipótese Para que se tenha êxito em relação ao empréstimo de pessoal, faz-se necessário apresentar um sistema onde se englobe todos os procedimentos necessários para que haja comodidade e confiabilidade desde o atendimento do cliente até o pagamento total do empréstimo, dessa forma após a solicitação do crédito passa-se por uma análise para que este seja aprovado, é neste momento que precisam ser tomadas as providências necessárias nas questões avaliativas e de confiabilidade do credor. O sistema a ser estruturado também visa sanar ou mesmo diminuir a questão de inadimplência, tudo para tornar mais confiável o empréstimo pessoal, observando sempre o custo benefícios dos dois lados. 1.5. Justificativa A idealização do estudo tem como interesse principal realizar a inserção de um sistema operacional que possibilitará a apresentação de possíveis falhas e elevando a confiabilidade e a funcionalidade de liberações de créditos pessoais. Por meio do estudo será possível observar as vantagens e desvantagens da empresa CredBank para que ofereça um trabalho que auxilia quem necessita de benefícios financeiros mas que sejam pessoas que não apresentem problemas com falta de pagamento e que sejam assim merecedoras do empréstimo solicitado. A empresa precisa seguir as tendências mercadológicas e para se manter no mercado competitivo e com clientes fiéis e confiáveis, torna-se necessário apresentar um diferencial, inovar através de um serviço que ganhe um número cada vez maior de clientes, mas que estes sejam pessoas assíduas com suas contas, que paguem em dia, minimizando o número de inadimplentes. O objetivo de uma empresa que realiza empréstimos pessoais não é ter clientes a qualquer custo, mas sim pessoas que buscam por diversos motivos créditos financeiros, que sejam informados de todos os procedimentos e que apresentem bons antecedentes em relação ao cumprimento de seus pagamentos. O empréstimo pessoal é um serviço que já vem sendo disponibilizado a alguns anos, oferecendo um produto de confiança e de grande aceitação no 15 mercado, poucas informações encontram-se disponíveis em relação à aquisição de empréstimos pessoais, apresentando por parte dos cliente diversas dúvidas e por vezes grande desconhecimento, precisa-se esclarecer mais precisamente o que é o empréstimo, quais os fatores de risco, quais as normas para sua aquisição, a informação de que é um procedimento sério e que precisa ser tratado com maior importância, principalmente quanto a forma de pagamento. A concessão de empréstimos pessoais estabelece alguns princípios, onde para aprovação do crédito é realizado todo um levantamento de disponibilidade do cliente quanto ao pagamento, sendo assim existe por vezes clientes barrados, pois apresentam ações falhas de inadimplência. 16 2. PERFIL DA EMPRESA 2.1. Histórico A empresa sobre a qual realiza-se a pesquisa de campo é a CredBank, que tem como razão social JJ Serviços de Informações Cadastrais, deu início à suas atividades em 05 de agosto de 2007, e encontra-se sediada no Setor Comercial Sul – Quadra 01, Edifício JK, Sala 106, e tem função prestar serviços ligados à financeiras e bancos, oferecendo crédito para a população, que encontra-se em busca de crédito rápido e facilitado. Por ser uma empresa de pequeno porte, tem em seu quadro funcional um total de 07 (sete) funcionários, que estão estruturados entre a gerência, o setor de análise de créditos, oficeboy e consultor de créditos. A empresa oferece um atendimento personalizado, disponibilizando os produtos aos clientes de acordo com o seu perfil, fator importante na hora de fidelizar e ganhar mais clientes, pois nos dias atuais as pessoas buscam por comodidade e qualidade, sempre com um consultor a disposição do cliente para efetivar a negociação. 2.2. Perfil Estratégico A empresa CredBank estrutura-se para atender a necessidade da sociedade em adquirir crédito financeiro de uma maneira rápida, confiável e com um serviço de qualidade, sendo assim a organização presta serviços a bancos, empresas privadas e financeiras. Por ser uma empresa séria, bem conceituada no mercado, no ramo que trabalha, disponibiliza um serviço de qualidade, eficiência e eficácia, onde apresenta como diferencial uma análise de crédito imediata, assim sendo busca suprir a necessidade do cliente de forma instantânea. Para isso a empresa conta com profissionais capacitados e que realizam o trabalho de forma precisa, que posteriormente ao cadastro, repassa para análise e caso seja aprovado, a linha de crédito pessoal é disponibilizada de imediato. O missão da CredBank é alcançar um público que necessita de financiamento na área de empréstimo pessoal, que englobe pessoas físicas das classes B, C, D e 17 E, por ter disponível um grande número de produtos, consegue atender com qualidade e atendendo as necessidades de cada um, assim sendo, realiza um trabalho personalizado, para cada cliente um produto que se encaixe no seu perfil e na sua necessidade de crédito, apresentando um extenso portfólio de produtos e serviços, focando principalmente no crédito direto ao consumidor, crédito consignado e empréstimo pessoal. Continuando com as referências sobre o desempenho da empresa através da missão, a CredBank busca solucionar com presteza os problemas e dificuldades apresentados pelo cliente. Por estar no mercado a seis anos e em constante ascensão no mercado financeiro, os diretores juntamente com a gerencia tem como visão futura abrir filiais, proporcionando mais praticidade e comodidade à seus clientes. 2.3. Estrutura Organizacional Socio proprietário Gerente Analista de credito Vendedores Oficie Boy 18 3. REFERNCIAL TEÓRICO 3.1. Gestão Empresarial Pode-se dizer que qualidade de afirmação que os donos ou mesmo gerentes das organizações são os que mais interferem na formação estrutural e cultural da empresa. Tal fato ocorre devido a influência que as pessoas que desempenham tal função, apresenta dentro da empresa, devido ao modelo de gestão, sendo este um subsistema institucional, que representa as determinações, vontades e expectativas do dono do estabelecimento, onde este busca adequar sua visão como forma de atuação de como será desempenhada as funções dentro da estrutura organizacional. Para se manter no mercado cada vez mais competitivo, as empresas precisam buscar adaptar seus valores internos aos do ambiente externo; assim sendo subentende-se que apresentar uma cultura adequada é o mesmo que estar em comum acordo com o exposto pela cultura mundial; as inovações, as mudanças fazem-se necessárias e assim pode-se dizer que a cultura se modifica de acordo com a forma de gerenciamento, que muitas vezes são combatidos a partir de soluções impostas pelo meio externo. De acordo com os fatos relacionados, pode-se dizer que o modelo de gerenciamento é o principal influenciador da cultura organizacional, sendo esta totalmente suscetível as mudanças do meio social. Para o bom desenvolvimento da organização, precisa-se analisar como ponto primordial, os aspectos relacionados à satisfação dos clientes, que estão intimamente associados à produtividade, à eficiência, e principalmente a readaptação quando estabelecidos novas políticas de gerenciamento e desenvolvimento. Dessa forma, para estabelecer um parâmetro de cultura organizacional, é preciso buscar entender pontos fortes da empresa, como valores e crenças, sempre com o objetivo de melhorar a identidade do grupo, sendo de pleno entendimento interno, ou seja, para que a empresa se mantenha sempre em ascensão é importante que cada setor tenha suas funções designadas de forma clara, podendo assim atribuir a empresa bons resultados, auxiliando nas tomadas de 19 decisões, sempre na busca de assegurar a continuidade e o aumento dos níveis de eficácia. Cinco dimensões estratégicas foram definidas como novos modelos de gestão de pessoas: gestão por competências, gestão estratégica da mudança, gestão do clima organizacional, gestão da cultura organizacional e gestão do conhecimento e aprendizagem; tais dimensões fazem parte de um modelo integrado, quando ao se investir em qualquer uma delas se colabora com o crescimento das demais.1 3.1.1. Gestão por Competência A forma de gerenciar pessoas através do modelo de competências profissionais vem sendo abordado nas organizações desde os anos oitenta, diante desses moldes não adianta apresentar apenas a teoria, mas sim a capacidade de solucionar os problemas e se sair com êxito em situações de imprevisto que costumam ocorrer no meio ocupacional, sendo assim nota-se que tal modelo tem a percepção de observar as características individuas dos trabalhadores. Um modelo de competências implicaria em novas práticas de recrutamento, novo tipo de compromisso no que concerne à mobilidade interna, insistência inédita na responsabilização dos assalariados e na questão da modificação 2 dos sistemas classificados e de remuneração. Diversas empresas têm recorrido à utilização de modelos de gestão de competências, objetivando planejar, selecionar e desenvolver as competências necessárias ao respectivo negócio. Um dos modelos sugeridos tem como passo inicial a identificação do gap (lacuna) de competências da organização. Esse processo consiste em estabelecer os objetivos e as metas a serem alcançados segundo a intenção estratégica da organização e, depois, identificar a lacuna entre as competências necessárias à consecução desses objetivos e as competências internas 1 disponíveis na empresa. Os passos seguintes compreendem FISCHER, André Luiz. Possibilidades e limites dos métodos qualitativos em pesquisas organizacionais internas. Trabalho apresentado no Congresso Latinoamericano de Administración. Santiago/Chile, 1996. 2 ZAFRAIAN, Philippe. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001. o 20 planejamento, a seleção, o desenvolvimento e a avaliação de competências, buscando minimizar a referida lacuna, o que pressupõe a utilização de diversos subsistemas de recursos humanos, entre os quais, recrutamento e seleção, treinamento e gestão de desempenho. Nesse sentido, a gestão de competências faz parte de um sistema maior de gestão organizacional. Ela toma como referência a estratégia da organização e direciona suas ações de recrutamento e seleção, treinamento, gestão de carreira e formalização de alianças estratégicas, entre outras, para a captação e o desenvolvimento das competências necessárias para atingir seus objetivos. Assim sendo o fato gerador do processo, consegue proporcionar impactos positivos, mediante as ações realizadas de acordo com o desempenho organizacional. Implementar um modelo de competências pode trazer ações negativas, para os funcionários da empresa, pois gera uma necessidade incessante de se tornar o melhor, causando grande nível de stress, ansiedade, isso se da principalmente pelo medo de vir a perder o emprego, seguidas pelas relações de trabalho inseguras, da necessidade de virar dias e noites em função do trabalho, das responsabilidades que aumentam, mas o salário permanece o mesmo, ou mesmo pelas preocupações de não ter uma estabilidade, devido ao incansável trabalho competitivo e individualista. No mundo moderno, as organizações funcionam com intensa interação com o ambiente na qual estão inseridas: clientes, mercado e fornecedores são dinâmicos e influenciam com igual dinamismo a organização. A estrutura da nova organização deve promover a interação entre os profissionais pela busca de novas soluções. Os processos de trabalho e a atuação das pessoas estão configurados em função das sinalizações do ambiente e das estratégias organizacionais. Uma estrutura de cargos rígida e com atribuições previamente definidas é incompatível com a dinâmica das relações internas e externas a que estão submetidas às novas organizações. Segundo DURAND (1998, apud FLEURY, 2002, pg. 57), “nos tempos medievais, os alquimistas procuravam transformar metais em ouro; hoje os gerentes e as empresas procuram transformar os recursos e ativos em 21 lucro. Uma nova forma de alquimia é necessária às organizações. Vamos chamá-la „competência‟”. Segundo FLEURY (2002), competência é “um saber agir responsável e reconhecido, que implica em mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. É importante notar que o conceito utilizado não é o de competência como estoque de conhecimento das pessoas, mas sim aquele posto a serviço da organização. O foco da competência deixa a dimensão do indivíduo e passa para a dimensão corporativa. Dessa forma, a organização passa a ser vista como um portfólio de competências. Quando as competências necessárias não são aquelas estocadas nas pessoas e nem as definidas na rigidez das tarefas de um cargo, sugere-se a construção de um sistema de gestão por competências que leve em consideração as características da organização: sua estratégia, estrutura, valores, visão. As competências necessárias para as entregas atuais e futuras da organização podem ser definidas em uma matriz com dois eixos que represente a evolução no exercício das competências. 3.1.2. Gestão Estratégica da Mudança O conceito de estratégia é encontrado com diferentes conotações em diferentes contextos, seja na esfera teórica da academia, ou seja, na vida real de organizações. Além disto, este é um conceito que ao ser incorporado ao vocabulário da ciência da administração, veio evoluindo ao longo das últimas décadas a partir de contribuições de diversos pesquisadores na área, portanto, uma definição exata, precisa e única para estratégia não será encontrada, mas sim uma miríade de definições que foram surgindo ao longo das últimas décadas, principalmente na academia, sendo que várias delas têm sido validadas e utilizadas por muitas empresas da vida real, enquanto, muitas outras definições tem se constituído em modismo passageiro e não se consolidaram. Apresentar um planejamento estratégico é o mesmo que realizar um processo com base na análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio social, 22 analisando os pontos fortes e fracos da empresa, desenvolvendo estratégias que sejam pertinentes aos dois extremos, visando satisfazer as necessidades e alcançar os objetivos e metas direcionados pela organização. Já o planejamento estratégico é uma metodologia de pensamento participativo, utilizada para determinar a direção que a organização irá seguir, por meio da descoberta de objetivos válidos e nãosubjetivos. Essa ferramenta fornece o rumo e a direção geral dos esforços e dos recursos da empresa. O planejamento cria compromisso de execução e dá o instrumental para cobrança. Os modelos de planejamento estratégico envolvem várias etapas, apresentando algumas premissas básicas e possuindo metodologias próprias. Entretanto, o que distingue o sucesso de cada metodologia é a capacidade de passar do conceito de planejamento estratégico para a implementação do plano, o que requer pessoas identificadas e comprometidas com o processo de mudança organizacional. Em face disso, LOBATO et al. (2003) salientam que uma organização decide elaborar e implementar um planejamento estratégico quando almeja mudança. Assim o principal produto de um planejamento estratégico desenvolvido com a utilização de uma metodologia participativa não é o plano estratégico, mas a mudança organizacional proporcionada pelo processo. A organização passa de um patamar de resistência à mudança para um estágio de ansiedade e abertura às mudanças que estão por vir com a implementação do plano. 3.1.3. Gestão do Clima Organizacional O clima organizacional consiste em um arranjo de atributos específicos que caracteriza uma organização e que reflete como seus membros agem em seus respectivos ambientes. Neste sentido, o conceito de clima organizacional tem uma relação direta com as propriedades motivadoras do ambiente institucional, que geram diferentes tipos de motivação. Sendo este um elo que conecta os níveis, individual e organizacional, de modo a demonstrar as congruências ou 23 compatibilidades entre as vontades e valores individuais em relação às necessidades, valores e normas formais. Os estudos referentes ao clima organizacional busca identificar e avaliar as atitudes e os padrões de comportamento, com vistas a orientar políticas de ação e correção de problemas no relacionamento e no plano motivacional dos integrantes da organização. Trata-se de uma ação que busca detectar as imperfeições existentes nas relações que impactam nos resultados da organização, com o objetivo de corrigi-las. Ela expõe as fraquezas de uma gestão deficiente e os pontos fortes de uma gestão competente. Nesta perspectiva, o clima organizacional merece ser destacado como fator de grande relevância para as organizações. Trata-se de um fator valioso no âmbito das organizações que desejam gerir o seu ambiente interno, criando condições mais favoráveis à motivação das pessoas, com nítidos reflexos positivos no que se refere à qualidade e à produtividade de suas ações. O clima organizacional saudável possibilita às pessoas executar suas tarefas de modo mais eficiente e eficaz. A análise do clima organizacional, por sua vez, converte-se, neste contexto, em instrumento de avaliação da gestão e da política de desenvolvimento organizacional. O clima organizacional não é determinado por leis, regulamentos, tradições e instruções da organização ou de seus dirigentes, mas sim pelas atitudes das pessoas. Na opinião da grande maioria dos executivos, ele exerce influência positiva ou negativa, sobre a satisfação dos colaboradores, com importantes reflexos na sua capacidade produtiva e nos grau de envolvimento com os objetivos e metas estratégicas da organização e com reflexos em seus resultados. Afinal, o clima organizacional pode contribuir para promover ou inibir a criatividade das pessoas e da organização. Pode-se dizer que o clima organizacional é como um canal de comunicação entre a direção e os demais colaboradores. Segundo esse autor, ele tem a capacidade de promover um crescimento nas relações de trabalho, auxiliando na missão de melhorar o ambiente organizacional, transformando os diferentes aspectos que podem alavancar o sucesso da organização. 24 3.1.4. Gestão da Cultura Organizacional Cultura organizacional é o modelo dos pressupostos básicos que um dado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu no processo de aprendizagem, para lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna. Uma vez que estes pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, são ensinados como a maneira certa de se perceber, pensar, e sentir em relação aqueles problemas. A cultura organizacional é um termo descritivo; trata da maneira como os funcionários percebem as características da empresa e não está relacionado ao fato de gostarem ou não da mesma. O gostar da empresa estaria relacionado ao conceito de satisfação no trabalho. Pode-se apresentar sete características básicas, as quais mostram a essência da cultura de uma organização, como sendo: 1. Inovação e assunção de riscos - o grau em que os funcionários são estimulados a serem inovadores. 2. Atenção aos detalhes - o grau em que se espera que os funcionários demonstrem precisão, análise e atenção aos detalhes. 3. Orientação para resultados - o grau em que os dirigentes focam os resultados mais que as técnicas e processos para o alcance deles. 4. Orientação para as pessoas - o grau em que as decisões dos dirigentes levam o feito dos resultados sobre as pessoas dentro da organização. 5. Orientação para equipe - o grau em que as atividades de trabalho são organizadas mais em termos de equipes do que indivíduos. 6. Agressividade - o grau em que as pessoas são competitivas e agressivas, em vez de dóceis e acomodadas. 7. Estabilidade - o grau em que as atividades de organizacionais enfatizam a manutenção do status em contraste ao crescimento. Cada uma destas características existe dentro de um continuo que vai do baixo ao alto grau, e sua avaliação revela a complexidade da cultura organizacional. Segundo o mesmo autor, se a cultura sobrevive e dá certo, consegue resolver os 25 problemas que a organização encontra no seu dia a dia, acontece o processo denominado de institucionalização cultural, isto é, a organização assume vida própria, independente de seus fundadores e ou quaisquer de seus membros, e adquire a imortalidade. A organização passa a ter valor por si mesma, independentemente dos bens e serviços que produz. A cultura de uma organização através de diversos elementos que nos permitem visualizá-la, identificá-la, e também são utilizados na passagem para os funcionários. Segundo FREITAS (1991, p. 75), neles existe a presença de um conteúdo hipnótico, através dos quais as mensagens e comportamentos convenientes são objetos de aplausos e adesão, levando a naturalização de seu conteúdo e transmissão espontânea aos demais membros. Os elementos mais citados são: Quadro 1 - Elementos da Cultura Organizacional ELEMENTOS DESCRIÇÃO Valores São definições do que é importante para atingir o sucesso. As empresas definem alguns valores que resistem ao teste do tempo. Como exemplo, podemos ter: importância do consumidor, padrões de desempenho, qualidade e inovação, etc. (Freitas, 1991). Crenças e São pressupostos geralmente expressar aquilo utilizados que é como tido sinônimos como verdade para na organização. Implicam em alguma visão de mundo, que passa a ser considerada válida. (Freitas, 1991). Ritos, rituais cerimônias e São atividades planejadas para tornar a cultura mais visível e coesa. Seriam os processos de integração, admissão etc. (Freitas, 1991). Estórias e mitos São narrações e eventos, que informam sobre os mitos das organizações, às vezes sem sustentações nos fatos. (Freitas, 1991). Tabus São proibições, com ênfase no não permitido. Por exemplo: namoro entre funcionários é proibido. Não vêm 26 escrito nos manuais. (Freitas, 1991). Heróis São os personagens, natos ou criados, que condensam a força da organização Ex.: Henry Ford, Bill Gates, Antonio Ermírio de Moraes, Olavo Setúbal etc... (Freitas, 1991). Normas São as regras que falam sobre o comportamento esperado e adotado pelo grupo. (Freitas, 1991). Processo comunicação de Inclui a rede de relações, papéis informais, “rede peão,” etc. Têm a função de transmitir e administrar a cultura (Freitas, 1991). Símbolos Objetos e ações ou eventos dotados de significados especiais e que permitem aos membros da organização trocarem de idéias complexas e mensagens emocionais, como por exemplo: logotipos das empresas, bandeiras e marcas comerciais, titulação (títulos oficiais), instalações especiais para refeições, automóveis de luxo, tamanho ou mobília de um escritório, os quais podem receber um status simbólico (Wagner, 1999). Fonte: Elaborado pela pesquisadora O autor trata da cultura organizacional expressando que a esta é aprendida, transmitida e partilhada. Não decorre de uma herança biológica ou genética, porém resulta de uma aprendizagem socialmente condicionada. A cultura organizacional exprime então a identidade da organização. É construída ao longo do tempo e serve de chave para distinguir diferentes coletividades. A cultura de uma organização geralmente começa com um fundador ou um líder pioneiro que articula e implanta ideias e valores particulares como visão, uma filosofia ou uma estratégia comercial. Além de expor como ela surge, o autor cita duas funções decisivas da cultura nas organizações: integração interna e adaptação externa. A força da cultura na gestão empresarial é clara. A cultura organizacional passa a ser a mente da organização, a crença comum que se refletem nas tradições e nos hábitos, bem como em manifestações mais perceptíveis (histórias, símbolos, 27 ou mesmo edifícios e produtos). A cultura organizacional não existiria sem as pessoas. Neste sentido, ao abordar a cultura é válido mencionar como as pessoas estão estruturadas nas organizações. As cinco partes das organizações seriam: núcleo operacional, cúpula estratégica, linha intermediária, tecno estrutura e assessoria de apoio. A cultura da organização pode provocar mudanças nas estratégias, nas estruturas, no sistema financeiro, e nos procedimentos, chegando a ocasionar, inclusive, modificações no comportamento de seus membros. Entretanto, mudança comportamental não implica necessariamente em mudança cultural, pois esta envolve socialização do comportamento. A mudança comportamental produz uma transformação cultural, quando há incorporação de valores e crenças condizentes com a cultura estabelecida pela organização. É frequente mencionar que qualquer mudança é difícil, pois a cultura já está estabelecida e aceita, sendo este mais um mecanismo de defesa do grupo que definiu os pressupostos vigentes contra a necessidade de se reverem os mesmos frente a novas realidades. 3.1.5. Gestão de Conhecimento e Aprendizagem A aprendizagem organizacional tem sido um conceito com relevância no domínio das ciências sociais, suscitando um grande número de estudos na tentativa de compreender o fenômeno. Contudo, não existe uma síntese consensual que possa servir de suporte para se entender o “estado da arte” do seu quadro conceptual. A aprendizagem organizacional tem sido um conceito metafórico que assenta na aprendizagem individual, encontrando-se um grande número de modelos que têm transferido os processos de aprendizagem individual para o domínio da aprendizagem organizacional. Deste modo, existe um vasto conjunto de teorias neste domínio desde longa data. Segundo KLEIN (1996), as teorias de aprendizagem individual dividem-se em duas grandes perspectivas: as teorias behavoristas e as teorias cognitivistas. As teorias comportamentais centram-se no estudo objetivo do comportamento. Partem do princípio de que os comportamentos complexos podem ser interpretados a partir de conceitos simples, sem recorrer a processos mentais superiores ou forças 28 psíquicas internas. Segundo estas teorias, a aprendizagem ocorre à medida que as pessoas mudam o seu comportamento em resposta a estímulos do ambiente. Já a gestão do conhecimento resume-se ao processo que interliga o ser humano as diretrizes organizacionais da empresa destinada a criar, organizar, armazenar, transferir e intensificar o conhecimento em prol de melhorar o desempenho do individuo na organização. Conceituar administração do conhecimento ou, simplesmente, gestão do conhecimento: É relacionar uma nova maneira de pensar sobre a distribuição e o compartilhamento dos recursos intelectuais e criativos da organização. È o esforço para sistematicamente encontrar, organizar e tornar disponível o capital intelectual da empresa e fomentar uma cultura de contínua aprendizagem e compartilhamento do conhecimento de forma que as atividades organizacionais aproveitem aquilo que já é conhecido. 3.2. Empréstimo Para um melhor entendimento do estudo em questão, após relacionar as modalidades de se gerir uma empresa para que esta se apresente no mercado como uma empresa destaque, sendo assim pode-se conceituar o empréstimo como a disponibilização de um valor em dinheiro para o cliente que solicita uma análise para pegar emprestado uma quantia financeira, sendo tal crédito disponibilizado por intermédio de uma entidade financeira ou um banco, sendo algumas empresas intermediadoras de tal procedimento. É através dos empréstimos oferecidos por algumas empresas, como uma alternativa quando as pessoas se deparam em situações difíceis, que estas conseguem suprir suas necessidades de forma rápida e precisa. O termo crédito vem do latim creditum, “confiança ou segurança na verdade de alguma coisa,crença/reputação, boa fama ...” (SECURATO, 2002, p. 17), seguindo a ideia do significado da palavra, a disponibilidade de créditos financeiros apresenta em seu contexto uma base de confiança, onde a empresa disponibiliza o valor requerido, por meio de um empréstimo, e precisa receber posteriormente, tudo 29 isso realiza-se através de contrato, onde tanto a empresa quanto o cliente precisa seguir as normas de forma correta. Crédito é todo ato de vontade ou disposição de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que esta parcela volte a sua posse integralmente, após decorrido o tempo estipulado. SCHRICKEL (1995, p. 25). Podem-se relacionar através da exposição do conceito de crédito, duas noções fundamentais: 1. Confiança no cliente, que se compromete a realizar o pagamento; e 2. Tempo, ou seja, o período máximo oferecido pela empresa para o pagamento da dívida. Devido a grande importância da disponibilidade dos créditos pelas empresas, onde os recebíveis são um dos princípios ativos, tanto industrias quanto de serviços, todos precisam de uma política específica para sua coordenação. A divisão quando se trata de políticas de crédito, se subdivide em três partes, que são: Condições de Crédito ou Termos de Venda: são condições que tratam sobre as condições disponibilizadas aos clientes em vendas a prazo, onde se administra: o prazo do pagamento, o desconto quando o pagamento é à vista, o período de desconto financeiro e o instrumento de crédito. Análise ou Seleção de Crédito: relaciona-se às decisões de concessão de crédito a um cliente e os seus limites quantitativos. Neste componente analisa-se a capacidade creditícia do solicitante usando modelos tais como: 5 C‟s do crédito, o credit scoring etc. Política de Cobrança: representa os procedimentos usados pela empresa para cobrar seus devedores, podendo ser cartas ou até mesmo recursos judiciais em casos mais difíceis. Quando se solicita um empréstimo, o cliente precisa passar por toda uma análise de crédito, para que seu pedido seja aceito, sendo essa etapa o principal 30 ponto de decisão, ou seja, é o local decisivo, tanto para o cliente quanto para a empresa que disponibiliza empréstimos, onde existem incertezas e grandes variações referente às informações que são repassadas incompletas; por ser o setor primordial da organização, a análise dos créditos precisa levantar informações referentes aos riscos, analisando todas as informações repassadas pelo cliente de forma minuciosa, a fim de não sofrer nenhum prejuízo futuro, assim sendo faz-se necessário averiguar a capacidade de pagamento do credor, sempre adaptando a forma de pagamento à cada tipo de cliente, oferecendo à melhor estruturação e concessão do limite. O crédito, por natureza, é uma relação submetida à informação assimétrica. Com o objeto da transação não é um valor real disponível e sim uma promessa, uma das contrapartes não conhece suficientemente bem as características da outra para tomar decisões adequadas. Essa assimetria se manifesta antes e depois da transação sob a forma de problemas da coordenação comercial. (AGLIETTA, 2004, p. 45). Para entender melhor o funcionamento de uma financeira ou empresa responsável por disponibilizar empréstimo, existem duas fases importantes que precisam ser seguidas e que são de extrema necessidade para minimizar os riscos, a primeira é a realização de uma análise retrospectiva que levanta e relaciona todas as informações necessárias para avaliar o comportamento e o histórico de pagamentos do cliente, principalmente quanto à quitação de empréstimos passados e a segunda se refere à uma análise de tendências, onde se levanta uma projeção para averiguar a condição financeira futura de quem solicita o empréstimo, de uma forma segura, sendo todas essas ações responsáveis para que não ocorram inadimplências. Pode-se dizer que muitas empresas seguem regras básicas na análise de créditos, para que não venham a sofrer prejuízos, onde as principais ações das empresas são: checar os dados cadastrais do cliente; solicitar documentações que comprovem sua realidade financeira, por meio de balanços, declarações de impostos ou algum tipo de relatório financeiro de anos anteriores; levantamento de informações sobre o cliente, relacionadas através da sociedade e localização onde o mesmo faz parte; e quando há necessidade de empréstimos diferenciados, sempre que necessário, solicita-se informações características. 31 As empresas que disponibilizam créditos financeiros seja de forma pessoal ou consignada, necessita analisar cada um dos requisitos apresentados anteriormente, indo de acordo com a necessidade de cada cliente, ou seja, estas normalmente apresentam um atendimento personalizado, sendo assim uma situação varia de acordo com outra. Quando existe uma solicitação de empréstimo financeiro, torna-se necessário seguir padrões de concessão, seguindo as exigências mínimas por parte dos clientes, para que este consiga o crédito desejado. Dentre todas as etapas a serem percorridas na concessão de um empréstimo financeiro, a mais importante é a avaliação do risco do crédito, é nessa fase que existe a necessidade de auxílio tecnológico, pois é por intermédio de sistemas altamente confiáveis que se consegue averiguar pontos determinantes para que a solicitação de crédito seja ou não aprovada, tais como sistemas especialistas, sistemas de ratings e sistemas de credit scoring. Como destaque do sistema especialista pode-se destacar o dos 5 C‟s, responsável por organizar todas as informações sobre a capacidade de pagamento do cliente, que são: Caráter – repassa informações sobre a característica do cliente, empresarial ou pessoal, buscando transcorrer sobre sua tradição, estrutura, gestão, histórico de pagamento, entre outros, através desse segmento consegue-se relacionar sobre a intenção, vontade do cliente em pagar suas dívidas e sua determinação; Capacidade comprometimento e potencial em honrar com a quitação de suas dívidas financeiras e saber administrar com habilidade seus negócios e seu patrimônio; Capital – reais condições financeiras, patrimoniais e econômicas do cliente, ou seja, sua capacidade em pagar as prestações assumidas, necessita-se constatar sua rentabilidade, renda salarial, entre outros; Colateral – segunda alternativa de pagamento ou mesmo quitação da dívida, ou seja, alternativas para garantir a empresa como segunda opção de pagamento, como algum patrimônio, avais e fianças; e por último Condição – condições financeiras atuais, que de certa forma encontram-se relacionados a fatores externos que de alguma forma possam interferir na quitação da dívida. A análise por meio dos cincos Cs do crédito não produz uma decisão específica de aceitação ou rejeição e, portanto, seu uso requer a intervenção de um analista experimentado o estudo de pedidos e em decisões de concessão de crédito. A aplicação desse enfoque tende a garantir que os clientes da empresa paguem seus débitos, sem que sejam 32 pressionados, dentro prazo de crédito estabelecido. (GITMAN, 2004, p. 521). Comumente utilizado para analisar detalhadamente os riscos de uma concessão de créditos é o credit scoring, que vem a ser um processo de atribuição de pontos às variáveis de decisão por meio de procedimentos estatísticos, onde se relaciona uma lista gerada de acordo com a probabilidade de sua inadimplência, através desse sistema a empresa tem um importante argumento para determinar qual o cliente pode receber os créditos solicitados, pois através de tal relatório temse a probabilidade do cliente ser um mal pagador e vir a não quitar a dívida futuramente. Entende-se que a análise por meio do risco de crédito é estudar, averiguar e coletar todas as informações e possibilidades necessárias referente ao não pagamento por parte do tomador do empréstimo, ou seja, o fato do cliente não cumprir com suas obrigações. As empresas de crédito financeiro apresenta diversas possibilidades de concessão de empréstimos, onde todas precisam apresentar uma forma de garantia, por isso faz-se necessário considerar todas as variáveis, sejam estas explícitas ou implícitas para autorizar um crédito, tais como: a capacidade de pagamento, a honestidade (caráter) do cliente e todas as informações se julgarem necessárias para que não se tenha prejuízos futuros. Bancos, financeira e empresas que concedem empréstimos, precisam em primeiro lugar garantir a segurança, minimizando os riscos desnecessários e buscando sempre auxiliar e sanar a necessidade de seus clientes. Ao avaliar e conceder um empréstimo, a empresa estabelece uma relação de confiança com o cliente, acreditando em sua promessa de pagamento, sendo assim o crédito vem sendo considerado como uma importante fonte de fomento para a sociedade, isso porque proporciona financeiramente investimentos a pessoas físicas e jurídicas, fortalecendo e incentivando a demanda em todo o mercado. É estabelecido pela empresa uma política de créditos que precisa trabalhar com situações hipotéticas, por mais que estas aparentam ser absurdas ou impossível de ocorrer, tudo precisa ser minuciosamente analisado, mas também não há necessidade de averiguar os fatos apenas levantando hipóteses negativas, para 33 que o crédito não venha a ser concedido e nem totalmente favoráveis ao cliente, concedendo créditos à todos, ou seja, precisa-se observar todos os fatos e informações, onde os riscos devem ser avaliados, o importante é aplicar uma visão realista da situação, estabelecendo um raciocínio correto, isso precisa ocorrer em todas as fases de avaliação de disponibilidade do crédito. A empresa de crédito pessoal sobrevive e se mantém no mercado por intermédio dos resultados alcançados em seus negócios, ou seja, a venda de produtos e serviços, e a concessão de empréstimos, onde o bom funcionamento só será possível quando o cliente cumprir com suas obrigações e realizar corretamente o pagamento da dívida. Para que se tenha êxito nesse ramo, a empresa precisa apresentar uma política de crédito voltada para suprir as necessidades dos clientes, disponibilizando os créditos de acordo com as condições da empresa, seguindo sempre as regras dos 5 C‟s. Existem vários tipos de concessão de empréstimos no mercado. Segue abaixo os mais utilizados atualmente: Empréstimo Pessoal: O Empréstimo Pessoal é uma operação de crédito onde você adquiri o dinheiro para fazer o que quiser. É a prática mais usada no país. O devedor escolhe o valor, geralmente até 70% de seus rendimentos, o número de parcelas e o valor é debitado em sua conta corrente através de cheques ou boletos bancários. Empréstimo Consignado: Aqueles que trabalham em órgãos públicos optam por esta forma de crédito, o valor é descontado direto na Folha de Pagamento. Crédito Imobiliário: Geralmente aqueles que sonham com a casa própria, uma compra de um bem comercial ou até mesmo para reformar a casa optam por esta forma de empréstimo. Os planos têm parcelas de até 30 anos para pagar. Empréstimos para Aposentados e Pensionistas do INSS: Empréstimo de médio prazo, com prestações pré-fixadas, mensais e sucessivas, o que possibilita ao beneficiário o conhecimento prévio do valor das prestações. O processo do empréstimo torna-se cada dia mais comum nos dias de hoje 34 mais com isso as empresas tem que tomar alguns cuidados necessários para concessão do produto solicitado pelo tomador de empréstimo. 3.2.1. Empréstimo Pessoal O principal objetivo de uma empresa onde se oferece serviços e produtos referente a auxiliar financeiramente as pessoas através da concessão de empréstimos, precisa possuir uma carteira de crédito com o mínimo possível de inadimplentes, onde se faz necessário apresentar sistemas altamente confiáveis que sejam determinantes ao aprovar o empréstimo ao cliente. Quando se analisa a capacidade de um cliente referente as possibilidades de pagamento, ultrapassa-se a fase de vender o serviço ou produto, assim sendo temse a necessidade de averiguar e acompanhar todo o histórico e evolução referente a quitação e a responsabilidade de pagamento do credor. Os brasileiros têm o péssimo habito de consumir além das suas necessidades, principalmente as classes de menor poder aquisitivo, que por vezes chegam a comprometer cerca de 60% de sua renda, já a classe alta, ou média alta, comprometem aproximadamente 30% de sua renda. Os gastos com coisas supérfluas são adquiridas por intermédio da concessão de crédito fácil, onde as pessoas não se importam com a sua real situação financeira, ou seja, não tem noção se conseguiram pagar todas as dívidas adquiridas, mas nem por isso deixam de comprar. Quando se deparam com várias dívidas e sem condições de pagá-las, as pessoas buscam soluções nos cheques especiais, cartões de crédito, crediários, empréstimos, enfim, qualquer alternativa que os auxilie a quitar suas dívidas, mas ao mesmo tempo não se conscientizam de que ao buscar tais alternativas estão gerando uma dívida maior ainda, pois os juros normalmente são bastante altos, e caso as parcelas atrasem o valor fica bem maior, devido às cobranças de juros e encargos. O fato é que as pessoas estão constantemente se vendo as voltas com o dilema da conjugação de seus recursos finitos, cuja fonte principal é o 35 salário mensal na maior parte dos casos, com seu grau de imaginação e necessidades infinitas. Para tanto, necessitam recorrer a créditos. Obviamente, existem muito mais maneiras de se gastar do que de ganhar dinheiro... mesmo frente a esta realidade, o importante é manter o volume de créditos num nível prudente e gerenciável, tanto para o tomador quanto para o emprestador. (SCHICKEL, 2000, p. 159). Conceder um empréstimo nada mais é que redistribuir bens financeiros, entre a empresa e o cliente, estabelecendo um limite de tempo para pagamento, também conhecido como serviço do empréstimo. A concessão de empréstimo, seja este pessoal ou consignado é realizado por bancos, financeiras e empresas que terceirizam tal atividade, intermediando a relação do banco com o cliente. Assim sendo quando existe a necessidade de empréstimo, as empresas oferecem a possibilidade de quitação através de prestações parceladas, onde as práticas de financiamentos mais utilizadas é o pagamento em 12, 24 ou 36 parcelas, com o acréscimo de juros e taxas. Um fator característico e que precisa ser totalmente analisado pelo cliente antes de adquirir um empréstimo é se conseguirá pagar a dívida, as possibilidades apresentadas no mercado atualmente são as mais variadas possíveis, como os cartões de crédito, crédito imobiliário, empréstimo pessoal, adiantamento de Imposto de renda, e etc; e caso não tenha havido uma previsão financeira, solicitar crédito sem estrutura financeira poderá ultrapassar o valor de seus rendimentos, podendo muitas vezes levar o credor à falência pessoal. Levando o nome do cliente para órgão de proteção de crédito, como o SPC e SERASA, que registrarão e passarão a fazer novas operações de crédito. 3.3. Inadimplência O conceito mais conhecido para definir inadimplência é a falta de cumprimento de uma obrigação. Sendo assim as empresas de crédito pessoal financeiro precisa aplicar diversos sistemas confiáveis para avaliar todas as possibilidades de risco antes de conceder o crédito. Para avaliar e autorizar um empréstimo, muitos estudiosos entram em desacordo quanto à melhor alternativa a ser desenvolvida para que não ocorra 36 inadimplência, os critérios adotados são os mais variados e por mais rigorosos que sejam podem apresentar falhas; a classificação dos riscos precisa ser apresentada de forma a beneficiar a necessidade do cliente e não prejudicar a empresa com a falta de pagamentos futuros. A busca por sistemas confiáveis que tornem possíveis ações menos restritivas estão cada vez mais presentes no mercado, dessa forma o estudo em questão busca trazer uma pesquisa realizada em uma empresa chamada CredBank que concede empréstimos pessoais e oferece produtos de acordo com a necessidade de cada cliente, através do estudo de caso será possível diagnosticar os pontos relevantes para que não haja inadimplência ou que pelo menos minimize os prejuízos causados pela falta de pagamentos. 37 4. METODOLOGIA Seguindo a estrutura estabelecida no decorrer do trabalho, utilizou-se como busca de informações a pesquisa bibliográfica, onde foram estruturados e estabelecidos os conceitos referentes a gestão organizacional, modelos de gestão para o melhor desenvolvimento de uma empresa, empréstimos, empréstimo pessoal e inadimplência e todos os fatores, sejam estes formais ou informais, que interferem no desenvolvimento de um sistema confiável para que não haja prejuízo nas empresas que disponibilizam empréstimos pessoais, foram descritos através da análise de informações em livros, revistas, artigos, sites que tenham alguma relação ao tema. Em um segundo momento foi desenvolvido uma pesquisa exploratória, ou seja, uma pesquisa de campo, onde a ideia foi buscar informações detalhadas e específicas sobre a vivencia e os procedimentos adotados desde a solicitação de crédito por parte do cliente até a concessão ou não do empréstimo pessoal, desenvolvido pela empresa CredBank, para seguir um roteiro pré estabelecido, deuse mais importância as informações e ações que se destinação a avaliação detalhada sobre o sistema, buscando levantar pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, sempre em busca de um diagnóstico para a inadimplência dos clientes, realizando um diagnóstico referente a metodologia desenvolvida e os benefícios que este sistema trás para minimizar os prejuízo da empresa e posteriormente um prognóstico para melhor atuação da empresa, beneficiando a empresa e o cliente. Na pesquisa de campo foram realizadas buscas na base de dados da empresa e também realizou-se o levantamento de informações através de uma amostra de 1.700 clientes, buscando relacionar a origem sexual, pessoas físicas ou jurídicas, rendimento financeiro mensal e principalmente o número de inadimplentes a mais de 90 (noventa dias). Através do estudo de caso por meio de uma pesquisa exploratória realizada na CredBank, pode-se obter resultados desenvolvidos por meio da aplicação de uma metodologia detalhada, rigorosa e com exatidão dos fatos apresentados, com o auxilio de uma pesquisa qualitativa exploratória. 38 5. ANALISE GRAFICA Com uma base de dados de 1.700 clientes, pode-se constatar que mais da metade das pessoas e/ou empresas que solicitam uma avaliação de concessão de empréstimo é do sexo masculino, mas de acordo com os dados essa diferença não é muito grande. Gráfico 01 - SEXO Sexo FEMININO MASCULINO 44% 56% Fonte: AUTORA (2013) A empresa CredBank trabalha com a disponibilização de produtos e serviços de empréstimo pessoal ou consignado para pessoas que trabalhem para empresas privadas, para o governo do Distrito Federal, Órgãos Federais, Tribunais e outros, para o público feminino, as que mais buscam créditos estão trabalhando em órgãos federais, com 27,14% do total, seguindo pelas funcionárias do GDF com 26,48%, depois aquelas que trabalham nas empresas privadas, com um total de 18,32%, seguidas pelas que fazem parte do quadro de funcionários dos tribunais apresentando 16,72% e com 11,36% algumas mulheres que trabalham em outros locais.(Conforme gráfico 2 pagina 35). 39 Gráfico 02-Local de Trabalho (Feminino) Local de Trabalho - Clientes do Sexo Feminino Empresa Privada GDF Órgãos Federais 11,36% Tribunais Outos 18,32% 16,72% 26,48% 27,14% Fonte: AUTORA (2013) Já com o público masculino, que de acordo com os dados da empresa são os que mais buscam crédito pessoal, tem-se 128 que trabalham empresas privadas, 242 prestam serviço para o GDF, 302 são servidores de órgãos federais, 165 fazem parte do quadro de funcionários dos tribunais e 115 trabalham em outros ramos. E nota-se que assim como as mulheres, são os funcionários dos órgãos federais que mais estão em busca de crédito financeiro.(Conforme gráfico 3). Gráfico 03-Local de Trabalho (Masculino) Local de Trabalho - Clientes do Sexo Masculino Empresa Privada GDF Órgãos Federais 12,08% 13,44% 17,33% 25,42% 31,73% Fonte: AUTORA (2013) Tribunais Outos 40 Foram analisados também como fonte de dados para averiguar a inadimplência o nível de renda dos clientes, averiguando aqueles que recebem de 2 a 4 salários mínimos, os que recebem de 5 a 8 salários mínimos e de 9 acima. E o que se pode notar é que as pessoas com um bom padrão de vida, que recebem um salário satisfatório, são as que mais buscam empréstimos pessoais, tanto para os homens quanto para as mulheres quem mais solicita créditos são os que recebem de 05 a 08 salários mínimos por mês. (conforme gráfico 4) Gráfico 04-Renda Salarial RENDA SALARIAL FEMININO MASCULINO 29,94% 9 SALÁRIOS ACIMA 13,44% 60,16% 5 A 8 SALÁRIOS 62,81% 9,8% 2 A 4 SALÁRIOS 23,73% Fonte: AUTORA (2013) E o mais importante de todos os dados de acordo com o objetivo principal do estudo, que vem a ser o levantamento de inadimplentes à mais de 90 dias entre os 1700 analisados, pode-se constatar que é uma quantidade considerável de inadimplentes, onde do total 521 credores encontram-se em situação de atraso á mais de três meses, situação de prejuízo para a empresa. (Conforme os gráficos 5 e 6 pág. 37) 41 Gráfico 05-Indice de Inadimplência (Feminino) Inadimplentes - Sexo Feminino Empresa Privada GDF Órgãos Federais Tribunais Outos 10% 19,43% 14,40% 25,35% 31,87% Fonte: AUTORA (2013) Gráfico 06- Índice de inadimplência (Masculino) Inadimplentes - Sexo Masculino Empresa Privada GDF Órgãos Federais Tribunais 12,60% 27,34% 17,57% 30,90% 37,74% Fonte: AUTORA (2013) Outos 42 Conforme os gráficos 5 e 6 (pág. 37).Os fatos apresentados através das informações levantadas por meio do banco de dados da empresa CredBank, mostra que a inadimplência por parte de seus clientes é superior a 1/3 do total analisado, fator preocupante pois quando há uma quantidade considerável de pessoas que faltam com suas obrigações, diminui a possibilidade da empresa de auxiliar um número maior de pessoas que busquem créditos pessoais. Em ambos os sexos relacionou-se que são os servidores dos órgãos federais os maiores inadimplentes, seguidos pelos funcionários do GDF, empresas privadas, tribunais e outros, sendo os três últimos um número mínimo de maus pagadores. 43 CONSIDERAÇÕES FINAIS É notória a necessidade de readequação do sistema, é preciso buscar um sistema mais confiável em relação a análise de crédito dos clientes, e ficou implícito na análise do estudo de caso que não é porque a pessoa ganha um salário razoável e que trabalha em órgãos do governo ou entidades federais que se apresentam como pessoas que cumpram com suas obrigações, faz-se necessário levantar informações mais precisas, buscando em outras empresas, financeiras, bancos, todas as informações para que possibilite conceder tais créditos aqueles que realmente necessitam e que cumprem com suas obrigações financeiras, ou seja, por intermédio de um sistema de análise confiável, as financeiras poderão beneficiar um número maior de clientes, e os dois lados saem ganhando. A Credbank disponibiliza crédito fácil e rápido, mas não é por ajudar os clientes que a empresa irá aceitar e autorizar crédito para qualquer pessoa é preciso buscar informações concisas e concretas sobre os clientes para somente após tal análise ser aprovado a liberação do empréstimo pessoal ao cliente. 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAPTISTA, Rodinei Caio. Conselho de administração e governança corporativa no Brasil. São Paulo, 2006. BARBOSA, Lívia. Cultura e empresas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. BATEMAN, Thomas S; SNELL Scott. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. BOHLANDER, George; SNELL Scott; SHERMAN Arthur. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. VoI. I e 11.São Paulo: Makron Books, 1997. 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