MEC-SETEC
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
TRIÂNGULO MINEIRO – CAMPUS UBERLÂNDIA
RELATÓRIO PROEJA – 2011
CURSO DE
SEGURANÇA ALIMENTAR
NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS
(Qualificação 200h)
Relatório de processo de seleção
desenvolvido em parceria entre o IFTMCampus Uberlândia e Escola Estadual
Frei Egídio Parisi e Escola Municipal
Prof. Eurico Silva.
Uberlândia-MG
2011
Sumário
1 . Introdução ................................................................................................................
2. Justificativa................................................................................................................
3. Objetivo ....................................................................................................................
3.1 Objetivo Específico.......................
4. Metodologia.......................................................................................................
5. Conclusão...........................................................................................................
6. Bibliografia ......................................................................................................
7. ANEXOS ...................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste relatório é demonstrar a importância de um processo seletivo
diferenciado no PROEJA, programa que visa à inserção de jovens e adultos na vivência da
cidadania plena, buscando selecionar sujeitos com potencial para atuar como profissionais
qualificados e como sujeitos de direitos e deveres compartilhados pela sociedade. Mapeouse o percurso do IFTM – Campus Uberlândia, em parceria com a Escola Estadual Frei
Egídio Parisi e Escola Municipal Professor Eurico Silva – Uberlândia-MG, por meio do
MEC/SETEC e da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais/Superintendência
Regional de Ensino de Uberlândia-MG, no oferecimento do curso de qualificação
profissional em Segurança Alimentar na Manipulação de Alimentos, com carga horária de
200h.
2. JUSTIFICATIVA
Com base no projeto inicial e na experiência com os clássicos exames de seleção,
começou-se a cogitar sobre o modelo de seleção a ser empregado. Sabíamos que várias
instituições da rede federal de ensino estavam utilizando o exame de seleção convencional,
com provas de conhecimentos das disciplinas do ensino fundamental; outras estavam
realizando sorteio.
Porém, nenhuma dessas opções mostrou-se favorável, porque almejava-se algo
diferente para essa modalidade de ensino, algo mais proximal, mais ao alcance daqueles
que realmente precisam aprender a se expressar.
Em 2009, após discussões de uma equipe formada por um pedagogo, uma
psicóloga/psicopedagoga e uma professora Tecnóloga em Alimentos com mestrado em
Gestão de Pessoas, surgiu a ideia de se fazer a seleção com dinâmicas, empregando
estratégias de comunicação, relacionamento inter e intrapessoal, além da avaliação de
raciocínio lógico.
Para o bom aproveitamento deste curso, seria inviável que os alunos ingressantes
não estivessem afinados com a área de Segurança de Alimentos. Baseado em experiências
anteriores na instituição, percebemos a necessidade de um processo seletivo eficaz no
sentido de garantir menor índice de evasão, aproveitamento dos recursos, melhor
aprendizagem do grupo, profissionais mais qualificados no mercado de trabalho.
Para se atingir o objetivo de tornar esta seleção produtiva e eficiente, é importante
selecionar os alunos certos, por várias razões, sendo que a mais importante delas é que o
seu próprio interesse e afinidade com o curso dependem, em grande parte, da boa atuação
destes em sala de aula.
Esta seleção foi planejada buscando agilidade na resposta para o preenchimento das
vagas, geralmente solicitadas com urgência, e qualidade na seleção dos candidatos que
atendam ao perfil especificado pelos responsáveis pela área de Segurança Alimentar.
3. OBJETIVO
Selecionar alunos que respondem aos requisitos necessários para atuar na área de
Segurança de Alimentos e que demonstrem responsabilidade e disponibilidade para
concluírem o curso e aproveitarem da melhor forma a qualificação oferecida.
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
•
Selecionar alunos com perfil para atuar na área de Segurança alimentar e
com requisitos comportamentais adequados para a finalização do curso.
•
Evitar a evasão.
•
Promover profissionalmente e socialmente os alunos.
•
Proporcionar a continuidade dos estudos na própria instituição ou em outras
instituições.
•
Propiciar a inclusão educacional de grupos sociais excluídos.
4. METODOLOGIA
Para dar início ao processo de seleção, e baseando-nos na experiência do
processo seletivo já realizado em 2009, decidimos fazer a seleção com dinâmicas de grupo,
empregando estratégias de comunicação, relacionamento inter e intrapessoal, além da
avaliação de raciocínio lógico.
Importante também ressaltar a formação da comissão que avaliou os candidatos: a
equipe foi constituída de profissionais da área de Alimentos, da Psicologia, e da Pedagogia,
além de profissionais com experiência em Educação de Jovens e Adultos. Isso revela o
cuidado na realização desse processo de seleção, principalmente, pela consciência de que
essa modalidade de ensino merece atenção especial perante uma classe já rotulada pela
discriminação.
Assim, para atingir os objetivos almejados, procedemos a duas etapas:
•
Dinâmica de grupo.
•
Entrevista.
Após a divisão dos grupos procedemos às seguintes etapas:
1)
DINÂMICAS DE GRUPO:
▪ TRAVESSIA DA PONTE: Quebra gelo com os inscritos.
▪ SIMULAÇÃO DE UM BUFFET: criação de um cardápio e uma defesa
coerente com a ideia.
2) ENTREVISTA INDIVIDUAL:
•
Entrevista realizada individualmente com cada candidato.
5. DESENVOLVIMENTO
Dividiu-se o total de inscritos em grupos, tentando que esses grupos tivessem mais ou
menos o mesmo número de integrantes.
Após a divisão dos grupos procedemos às seguintes etapas:
2)
DINÂMICAS DE GRUPO:
▪ TRAVESSIA DA PONTE: Como atravessar a ponte? O desafio é passar um
pelo outro e manter um pé na ponte. Não é competição, um precisa ajudar o
outro. Este exercício objetiva observar nos alunos a capacidade de resolução
de problemas, trabalho em equipe e criatividade.
▪ SIMULAÇÃO DE UM BUFFET: o grupo maior foi subdividido em grupos
menores (aproximadamente cinco alunos por subgrupo). Cada grupo
utilizava papel, cola, tesoura, jornal, para criar um buffet com nome e
ofertar uma proposta de jantar bem sucedida. A banca avaliadora observou
todo o processo de realização da atividade, levando em consideração o
desempenho individual e coletivo. Depois de encerrada a etapa de
realização, cada subgrupo apresentou sua proposta, defendendo seu projeto.
Neste momento a banca avaliadora também observava o desempenho
individual e coletivo dos candidatos.
2) ENTREVISTA INDIVIDUAL:
•
Entrevista realizada individualmente com o intuito de avaliar o interesse, o
perfil do candidato, experiência na área e responsabilidade.
Os avaliadores foram orientados a preencher uma ficha para a entrevista (anexo1) e
uma para a dinâmica (anexo2) durante a atividade e anotarem suas percepções, buscando
sempre a identificação do aluno. A ficha continha os seguintes critérios: a) Primeiro
Momento: (i) Planejamento e organização; (ii) Envolvimento com o grupo; (iii)
Comprometimento com a as atividades de orientação; b) Segundo Momento: (i) iniciativa;
(ii) responsabilidade; (iii) capacidade de solução de problemas; (iv) coesão com o grupo;
(v) flexibilidade; (vi) organização; (vii) liderança; (viii) relações interpessoais.
Para facilitar a identificação, todos os alunos usaram crachás.
6. RESULTADOS
Na Escola Estadual Frei Egídio Parisi, foram ofertadas 35 vagas, para as quais se
inscreveram 59 candidatos. Faltaram ao processo seletivo quatro candidatos.
Assim,
concorreram nesse processo 1, 68% de candidatos por vaga.
Na Escola Municipal Eurico Silva, também houve oferta de 35 vagas, com 54
inscritos, dos quais faltaram cinco candidatos. Para esse público, constata-se que houve a
demanda de 1, 54% candidatos por vaga.
Levando-se em consideração a inclusão de pessoas com necessidades específicas na
educação e profissionalização, houve dois candidatos aprovados com deficiência, sendo
intelectual e física.
6. CONCLUSÃO
Destaca-se a importância do processo de seleção. Seu caráter desafiante e inovador
levaram os avaliadores a identificar quais alunos estavam realmente interessados em
participar do curso e inserirem-se posteriormente na área de Alimentos.
Com base nos índices de oferta e procura pelo curso, ou seja, 1,68% e 1,54% de
candidatos por vaga, concluímos que o PROEJA- FIC apresenta a importância de oferecer
a oportunidade de um curso técnico para melhor qualificação e maior inserção dos
indivíduos no mercado de trabalho.
Durante o processo seletivo, percebeu-se uma grande diversidade cultural e social.
Isto foi considerado, uma vez que preconceitos e julgamentos não poderiam interferir na
escolha dos candidatos.
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FÁVERO, O. Lições da história: os avanços de sessenta anos e a relação com as
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TEIXEIRA, A. Educação e a crise brasileira. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.
ANEXO 1
FICHA AVALIATIVA PROCESSO SELETIVO PROEJA/1º. SEMESTRE DE 2011
Avaliador_____________________________________
Grupo:
data:___/___/___
Nota: de 1 a 5, segundo avaliação dos critérios.
Escola:
1º. Momento: Aspectos observados durante a elaboração do trabalho
Nº.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Nome
Planejamento e
organização
Envolvimento com o
grupo
Comprometimento
com as atividades
Observações
2º. Momento: Aspectos observados durante a apresentação
Nº.
Nome
Iniciativa
Responsab
ilidade
Capacidade
de resol.
Prol.
Coesão
com o
grupo
Flexibili
dade
Organizaçã
o
Lideran
ça
Relações
interpess
oais
Nota
final
ANEXO 2
SELEÇÃO PROEJA 1º. SEMESTRE DE 2011
ESCOLA:
DATA: ___/___/___
Avaliador:__________________________________________________________________
Entrevista
1234-
APRESENTAÇÃO – nome, estado civil, naturalidade, no que trabalha atualmente, filhos...
Por que deseja fazer este curso?
Por que você e não seu colega deve ser escolhido para este curso? Qual seu diferencial?
Como este curso irá interferir/possibilitar na sua vida?
Candidato (a)
Nome:
Nome:
Nome:
Nome:
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