SUINICULTURA REVISTA DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ASSOCIAÇÕES DE SUINICULTORES | Nº 106 | OUT - NOV - DEZ 2014 | www.suinicultura.com | 5,00 € XXII FEIRA NACIONAL DO PORCO EMPRESAS RECONHECEM ÊXITO DO CERTAME PORTUGAL NA JUNTA DIRECTIVA DA OIPORC MANDATO 2014/2017 FPAS PREPARA VII CONGRESSO NACIONAL DE SUINICULTURA CALDAS DA RAINHA - JUNHO 2015 1 Recria Gestação Lactaçåo NUTRIMOS A EXCELÊNCIA EM PORCAS REPRODUCTORAS LIVELLE oferece soluções nutricionais que garantem o estado ideal da reprodutora , aumentando a sua vida útil, optimizando a gestação e melhorando a sobrevivência dos leitões. LIVELLE é a formula perfeita para tirar o melhor rendimento de cada uma das fases do ciclo reprodutivo Peritos em nutrição animal 2 Estrada Do Adarse, Apartado 26, 2616 -953 ALVERCA DO RIBATEJO // TELF 219589046 , FAX 219589018 // [email protected] // www.cargill.es O embargo russo e outras questões O embargo Russo aos produtos agrícolas e à carne de porco da UE, ocorrido em Agosto passado, levou a que o preço do porco caísse para níveis inimagináveis, tornando este 2014, que respirava entusiasmo, em mais um ano em que não se atingiram os objetivos que se previam para o setor. EDITORIAL Parecia que iríamos ter um ano dos antigos. Matérias-primas a descer significativamente, preço dos porcos a atingir níveis bastante satisfatórios, e eis que, de repente, por razões alheias à classe, levamos com mais esta surpresa. Entendemos e percebemos que devemos ser solidários com os oprimidos, que devemos contribuir para uma sociedade global mais livre e justa, mas temos de perguntar, se não estamos a ser usados por interesses bem diferentes destes, para que se atinjam objetivos a que somos alheios? Perguntar aos políticos europeus, o que sofrem com este embargo os agricultores e produtores pecuários dos EUA e do Canadá? Respostas que não nos concedem, mas que nos obrigam a considerar como ingénua esta decisão comunitária. Liberdade e solidariedade sim, mas sustentabilidade da atividade económica, também. Debilitar as atividades próprias, é reduzir a capacidade para suportar estas premissas, comprometendo no futuro, a sua continuidade. Cabe-nos continuar, resistir e contrariar as dificuldades. Temos certezas: Sabemos fazer como os melhores, temos gente determinada, temos condições naturais favorecidas para a produção e políticos que finalmente apostam no setor primário. Há que ser teimosos, audazes e determinados. Mantendo-nos unidos, juntando sinergias, esta é, apenas mais uma barreira que, com saber e determinação ultrapassaremos. Repito a importância da união do setor e o flagelo provocado pela falta do mesmo. Vivemos neste momento a renegociação do processo SIRCA (sistema de recolha de cadáveres) e todos sentimos no bolso, os efeitos do individualismo sobre um caso concreto. Lição que não podemos repetir..... Sobre este assunto, relembro mais uma vez que precisamos de definir acções em conjunto e que o movimento associativo, está a trabalhar numa solução válida para a resolução do problema, de forma a torná-lo menos oneroso para todos os Suinicultores. Mas, vem aí o 2015, e o novo PDR (Plano de Desenvolvimento Rural), oportunidade para dar seguimento à Segmentação de Ciclo, à reconversão, à restruturação e ao redimensionamento das explorações suinícolas. Há uma onda de oportunidades que não podemos deixar passar. Produzimos como os melhores, um bem de primeira necessidade, ouvimos a banca a querer colocar dinheiro no setor e disposta a ser parceira e agora, até a GDO, começa a querer investir na pecuária intensiva. Mas, vem aí o 2015, e o novo PDR (Plano de Desenvolvimento Rural), oportunidade para dar seguimento à Segmentação de Ciclo, à reconversão, à restruturação e ao redimensionamento das explorações suinícolas. Há uma onda de oportunidades que não podemos deixar passar. Produzimos como os melhores, um bem de primeira necessidade, ouvimos a banca a querer colocar dinheiro no setor e disposta a ser parceira e agora, até a GDO, começa a querer investir na pecuária intensiva. A oportunidade é nossa, saibamos agarrá-la. Feliz Natal e que 2015, a todos os que direta e indiretamente a esta atividade se dedicam, bem como aos seus familiares, traga muitas alegrias, como bem merecemos. A todos, BOAS FESTAS e um FELIZ 2015, da equipa da FPAS. Vitor Menino 3 4 SUMÁRIO 03 | Editorial: Vitor Menino Ficha Técnica Revista Suinicultura n.º 106 Publicação da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) www.suinicultura.com NIPC 501 312 072 Director Vitor Menino [email protected] Sub‑Director A. Simões Monteiro (Médico Veterinário) [email protected] Editor/Redacção FPAS – Av. António Augusto Aguiar, n.º 179, r/c esq. 1050‑014 Lisboa Tel.: 21 387 99 49; 91 756 39 01 Fax: 21 388 31 77 [email protected] Design e paginação: IMAGINARYFUSION Design e Imp. Digital, Lda Impressão: Jorge Fernandes, Lda OIPORC 06 | XIII Encontro Nacional de Suinicultura - Riviera Maia, México 13 | Assembleia Geral OIPORC FEIRA NACIONAL DO PORCO 20 | Feira Nacional do Porco 25 | Linhas de Crédito para o sector Suinícola Paulo Bayan Ferreira, CCAM de Entre Tejo e Sado 28 | BDporc “Banco de dados de referência de suínos espanhol“ Pedro Lopez Romero, Nuria Alòs Saiz, Raquel Quintanilla 32 | Do porco tudo se aproveita David Catita 34 | Experiências de Campo na erradicação da Aujeszky Albert Finestra Uriol REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS 41| Prémios PORC DOR 45| Missão chinesa visita Portugal Periodicidade: Trimestral RAÇAS AUTOCTONES Alentejana 48 | ACPA Tiragem: 2000 exemplares 50 | ANCPA ICS/122280 Depósito Legal 48323/91 Bisara 54 | ANCSUB Sócio nº P‑1154 PRÓXIMOS EVENTOS 60| FIPPPA - Feira Internacional de Produção e Processamento da Proteína Animal NOTICIAS 62| A Suinicultura na União Europeia 63| Estação de tratamento de Leiria 64| Plano de Actividades FPAS 2015 65 | Actividades do 4º Trimestre 2014 5 OIPORC XIII ENCONTRO NACIONAL DE SUINICULTURA RIVIERA MAYA • QUINTANA ROO, MÉXICO • 15 - 18 DE OUTUBRO DE 2014 Decorreu no Hotel Barceló Maya Colonial, na Riviera Maya o XXII Encontro Nacional de Suinicultores Mexicanos. Um encontro muito participado por parte dos suinicultores mexicanos que vinham ouvir os maiores especialistas mexicanos dos tópicos que o Encontro abordaria. Entre eles estavam a reforma agrícola e as políticas para o sector, os desafios sanitários que o México enfrenta, o financiamento do sector suinícola e ainda as perspetivas globais da suinicultura pelos membros da OIPORC. A FPAS não só esteve presente nos três dias de congresso, como participou ativamente do mesmo através do seu Presidente, Vítor Menino, que retratou à plateia o estado atual da suinicultura portuguesa. PEDv, um desafio para o México…um alarme para a Europa? A diarreia epidémica suína (PED) é uma doença originada pelo vírus ARN da família Coronaviridae do género Alphacononavirus, composto por sete proteínas, quatro estruturais e três não estruturais. A PEDv (Porcine Epidemic Diarrhea Virus) teve a sua origem em Inglaterra, com o primeiro caso datado do ano de 1971, difundindo-se rapidamente a todos os países da Europa, afetando com particular incidência porcos em engordas. Quarenta anos depois, no ano de 2010, foi observado um quadro clínico na China que afetava todas as idades. Em 2013 a PEDv chega ao continente americano, com o primeiro caso diagnosticado nos EUA. A disseminação do foco da doença da Ásia para América continua por explicar. A transmissão por via da alimentação era uma das potenciais causas apontadas, sendo recentemente descartada pela Organização Mundial de Saúde que publicou um estudo que revela que os produtos derivados do sangue de suínos usados na alimentação não são uma fonte de propagação do vírus. O primeiro caso diagnosticado no México foi em Maio de 2014 tendo-se propagado rapidamente por praticamente todos os estados mexicanos nos últimos 5 meses. O vírus é infetante por via aérea num raio de 5 km e por isso de propagação rápida. A via de transmissão direta entre animais mais frequente é ingestão de fezes contaminadas mas existem várias formas de transmissão indireta como o transporte de animais contaminados – os leitões apresentam a maior carga viral – veículos contaminados, excrementos e efluentes de explorações com positividade ao vírus a céu aberto, fauna nociva que poderá andar de exploração em exploração e vestuário contaminado. 6 Os sinais clínicos mais evidentes são altas taxas de mortalidade em leitões com menos de dois dias e por isso uma das formas de controlo mais eficazes é a imunização a 100% das reprodutoras. Outras formas de controlo devem ser postas em prática como a limpeza rigorosa da exploração, o procedimento McRebel no maneio dos leitões e a limitação de movimentos de pessoal dentro da exploração. Devem ser ainda postas em prática outras medidas profiláticas como o tratamento de efluentes e a compostagem de cadáveres (prática proibida na União Europeia, mas recomendada nos países mais afetados pela PEDv). É fundamental garantir a biossegurança externa, controlando o transporte de e para a exploração – quer os animais transportados, quer a higienização dos veículos -, e fomentar o uso de janelas. ARTIGOS 7 OIPORC Tomando por exemplo a situação mexicana, não pode deixar de preocupar a forma como o vírus surgiu e se propagou, constituindo forçosamente um “aviso à navegação” à Europa para se precaver para o caso (ou para a inevitabilidade?) de surgirem animais infetados no velho continente com o vírus da diarreia epidémica. Membros da OIPORC lançam bases para o futuro da Suinicultura Ibero-americana No segundo dia do programa do XIII Encontro Nacional de Suinicultura, houve lugar ao painel “Iberoamerica” onde os membros da OIPORC expuseram o momento atual do sector nos seus países, partilhando as dificuldades e oportunidades com que se deparam e, acima de tudo, indicando o caminho que deve ser trilhado daqui para a frente. Jose Antonio del Barrio apresentou o panorama espanhol, um dos maiores produtores de carne porco da Europa, e que conta atualmente com 80000 explorações, 2.3 milhões de reprodutoras, abatendo 41 milhões de animais por ano, que significam 3,5 milhões de toneladas de carne. Durante a apresentação do Dr. Víctor Quintero Ramírez ficaram bem patentes os desafios que o México enfrenta para fazer face a esta doença que tantos danos económicos e comerciais tem causado aos suinicultores mexicanos que viram as suas explorações afetadas por ela. Desde logo, é necessário evitar a circulação do vírus na rede rodoviária do país e simultaneamente impedir a entrada de novos vírus no país. Para esse fim, o assessor da Associação Mexicana de Médicos Especialistas em Porcos, assinalou como urgentes as seguintes medidas: • Promover a construção de rodilúvios; • Atualizar a vigilância da mobilização de porcos nas estradas do país; • Monitorizar a importação de carne e vísceras potencialmente infetadas; • Conceder créditos ou facilidades para construções de biodigestores e lagunas de tratamento de efluentes; • Desenvolver protocolos de avaliação de imunidade e excreção viral nas explorações para determinar o seu estatuto viral em relação à PEDv, classificando-as em: • Explorações livres; • Explorações negativas; • Explorações estáveis; • Explorações ativas. 8 O consumo per capita espanhol passou de 19 kg em 1974 para 47 kg em 2013 (acima da média europeia de 34 kg per capita). Com uma autossuficiência de 140%, a Espanha exporta 1,350 milhões de toneladas de carne, 1 milhão para a União Europeia e 350 000 toneladas para países terceiros, nomeadamente Ásia (com o Japão e a Coreia do Sul a terem um crescimento brutal no primeiro semestre de 2014). Relativamente a toda esta pujança e este desenvolvimento do setor nos últimos anos, del Barrio indicou três fatores de sucesso: 1) Sanidade: com a erradicação da Peste Suína Clássica e da Peste Suína Africana os mercados internacionais ficaram desbloqueados, fomentando o aumento da produção e da exportação em Espanha; 2) Ambiente: Boa adaptação das explorações espanholas às diretivas comunitárias, no seguimento das conclusões elaborados pelo grupo de trabalho criado em 2000 com a finalidade de estudar as melhores técnicas para reduzir emissões de azoto e dióxido de carbono; 3) Industrialização: Paulatinamente as pequenas explorações têm desaparecido por não serem competitivas. A tendência tem sido cada vez mais ganhar dimensão e poder negocial através da proliferação de agrupamentos de produtores e cooperativas Já relativamente aos desafios que o setor enfrenta para continuar o seu desenvolvimento, foi mencionado que a indústria terá de seguir o mesmo caminho da produção e as 1200 indústrias cárnicas existentes em Espanha terão de se reestruturar e redimensionar, e acima de tudo evoluir tecnologicamente. Em relação aos produtores terão de melhorar constantemente as suas técnicas de maneio e as suas instalações, quer ao nível técnico quer sanitário. Deverão continuar a seguir a tendência OIPORC de se integrarem em agrupamentos e cooperativas, tendo em conta que o produtor deve ser cada vez mais empresário da cadeia. Em relação às restrições europeias, Jose Antonio del Barrio considerou urgente ser permitida a utilização de fármacos na alimentação. Usou da palavra, seguidamente, o orador colombiano, Carlos Maya, representante da Associação Colombiana de Suinicultores, destacou o grande desenvolvimento do setor nos últimos 20 AF_raporal_anuncio_148x210mm.pdf 14/04/14 18:26 anos e o papel que a Associação1 desempenhou neste processo. Sobre a conjuntura colombiana, um grande handicap à produção é, sem dúvida, a grande percentagem de matérias-primas importadas (80%). Atualmente a Colômbia não exporta carne de porco e ainda importa 18% do que consome. O consumo per capita cifra-se nos 6,75 kg, um valor muito baixo comparativamente à média europeia, mas três vezes superior ao registado em 2001 (2,72%). O efetivo de suínos é de 3,5 milhões de animais. 9 OIPORC Neste sentido, o projeto da FPAS da segmentação de ciclo surge como uma ferramenta essencial no desenvolvimento da suinicultura em Portugal, vindo otimizar a mão-de-obra, as instalações e as questões ambientais, valorizando as condições edafoclimáticas do território e as competências técnico-científicas dos quadros técnicos nacionais. Para finalizar, o presidente da OIPORC, Jose Miguel Cordero reforçou o essencial das três intervenções. A necessidade de inovar e alterar os modelos de produção vigentes, a integração dos produtores na cadeia enquanto empresários, a promoção e generalização do bem-estar animal, fugindo a qualquer tipo de fundamentalismo e a promoção do consumo, valorizando a produção nacional de cada país. Relativamente ao futuro a curto/médio prazo, a Colômbia tem em fase de implementação um plano de desenvolvimento para o setor que vai de 2015 a 2020, alicerçado nas seguintes linhas estratégicas: 1) Melhoramento do estatuto sanitário, investindo em investigação e tecnologia; 2) Solidificação da cadeia, do cooperativismo e da economia de escala; 3) Fomento do consumo, facilitando a comercialização; 4) Promoção da imagem da suinicultura através de campanhas pela defesa do setor; 5) Promoção da inocuidade do produto, sustentabilidade da produção e qualidade da cadeia. Seguidamente foi a vez de Portugal, pela voz do Presidente da FPAS, Vítor Menino, prestar o seu contributo ao plenário. A exposição portuguesa começou com a apresentação do efetivo nacional, quer em número, quer em distribuição, do consumo per capita – superior à média europeia mas inferior ao consumo espanhol (42,9%) – e da autossuficiência nacional. Foi ainda apresentada as flutuações do preço da carne de porco nos últimos 4 anos onde atingiu mínimos de 1,327€ no 4º trimestre de 2010 e máximos de 1,92€ no 3º trimestre de 2013 (valores em médias trimestrais), não havendo ainda dados do terceiro trimestre do 2014 que, certamente baterá records negativos, consequência do maior impacto do embargo russo na economia agrícola nacional (e europeia). Outra das preocupações manifestadas por Portugal prende-se com a aprovação das variedades de OGM’s propostas à comissão europeia, preocupação acompanhada da esperança que o novo Presidente da Comissão faça andar o processo, como manifestou intenção enquanto candidato. Em relação aos horizontes da suinicultura, Vítor Menino alinhou com as intervenções anteriores, indicando a integração dos produtores como uma condição essencial para o ganho de escala da suinicultura, refletindo-se sobretudo no controlo do mercado. Fundamental também que o produtor se torne empresário da fileira, tendo maior controlo sobre a produção de matérias-primas e comercialização da carne ao consumidor final. 10 MANEIO 11 OIPORC raças autóctones | bísara Publicações com Referência à Raça Bísara e ao Fumeiro de Vinhais E ste ano a raça bísara este‑ ve presente em dois lança‑ mentos. O primeiro em Abril, na 30ª edição da Ovi‑ beja, é uma publicação da DGAV com o nome Raças Autóctones Portugue‑ sas. O objetivo foi o de compilar toda a informação, num livro, para divulgar e caracterizar as 57 Raças Autócto‑ nes existentes em Portugal, das quais a raça bisara faz parte e que consti‑ tuem um património genético animal único. Este livro constitui uma refe‑ rência actual das Raças Autóctones que, sendo oficialmente reconheci‑ das em Portugal, são objecto de re‑ gisto em Livro Genealógico, de acor‑ do com critérios específicos. Assim 52 suinicultura 12 analisa as diferentes raças de acordo com os aspectos relativos à origem, à área geográfica, ao padrão da raça, à evolução do efectivo, aos sistemas de produção, às características produti‑ vas e reprodutivas e ao desenvolvi‑ mento, melhoramento e perspectivas futuras, de forma estruturada por es‑ pécie. Outro importante lançamento, que ocorreu no VII Congresso Mundial do Presunto, foi uma edição dos CTT Cor‑ reios de Portugal, com o nome Sabores do Ar e do Fogo, da autoria de Fátima Moura, escritora e perita em gastrono‑ mia e com coordenação de José Quité‑ rio, decano da crítica gastronómica. As fotografias são da autoria de Mário Cerdeira. Este lançamento pretende contribuir para um conhecimento mais detalhado dos enchidos e presuntos tradicionais portugueses, suas histó‑ rias e caracterização. Começando sempre que possível pela respetiva gé‑ nese e enquadramento sociológico e, em seguida, detalhando as normas es‑ pecíficas de produção que asseguram a garantia de qualidade e especificida‑ de, e que permitem a atribuição da De‑ nominação de Origem Protegida ou In‑ dicação Geográfica Protegida que os consagra, hoje em dia, como «Produtos Artesanais de Qualidade». Pedro Fernandes Técnico ANCSUB OIPORC ORGANIZACIÓN IBEROAMERCIANA DE PORCICULTURA OIPORC ASAMBLEA GENERAL ORDINARIA 2014 Rivera Maya, Playa Del Carmen, Quintana Roo Mexico En el Salón Bonampak II del Hotel Barceló de la ciudad de Playa Del Carmen, Rivera Maya en el Estado de Quintana Roo, Mexico, siendo las 12:00 horas del día Miércoles 15 de Octubre del año 2014, en virtud de las convocatorias realizadas por el Ing. José Miguel Cordero Mora, en su calidad de Presidente de OIPORC, se dieron cita los delegados acreditados de la organización para dar curso a su Asamblea General Ordinaria, correspondiente al año 2014 de conformidad con los Estatutos vigentes. Dando apertura al acto, el Dr Jose Luis Valle Inclán, Presidente de la Confederación de Porcicultores Mexicanos da la bienvenida al grupo en su calidad de anfitrión de la asamblea general ordinaria de OIPORC y agradece a los representantes la presencia y participación tanto en el XIII Encuentro Nacional de Porcicultores Mexicanos como por el esfuerzo de continuar fortaleciendo a OIPORC, como ente de unión de la porcicultura iberoamericana que proporcione un fundamento de fortaleza institucional en la identidad compartida de cultura, idioma e interés por una industria Porcícola competitivamente sostenible. Acto siguiente el Presidente de OIPORC agradeció a la Confederación de Porcicultores Mexicanos la generosidad y hospitalidad para hacer factible la celebración de la Asamblea General Ordinaria 2014, dentro del marco de un evento tan importante como el ENP., y agradeció la presencia de las delegaciones representativas e invitados de IPORC al evento. Se procedió a poner a la consideración de los asistentes el siguiente orden del día: 1. Presentación de los delegados acreditados por los Organismos Nacionales de Porcicultura de América Latina y de la Península Ibérica. 2. Lectura y aprobación del Orden del Día. 3. Elección del Presidente y Secretario de la Asamblea. 4. Presentación del informe de gestión de la Presidencia de OIPORC. 5. Presentación de los Estados Financieros de OIPORC, con corte al 30 de Junio del 2014. 6. Discusión para aprobación de la reforma de estatutos de OIPORC 7. Elección del Comité Ejecutivo para el periodo 2014 2º17 8. Designación de la Secretaria Técnica, periodo 2014 – 2017 9. Determinación del país sede del IV Congreso Iberoamericano de Porcicultura 2015 10. Determinación del lugar y fecha de la próxima asamblea general ordinaria de la OIPORC 11. Discusión de asuntos de interés general 12. Receso para la elaboración del Acta de la Asamblea General 13. Aprobación para la firma del Acta de la Asamblea 14. Clausura 13 OIPORC La agenda se desarrolló como se indica a continuación: 1. Presentación de los delegados acreditados por los Organismos Nacionales de Porcicultura de América Latina y de la Península Ibérica Todos los delegados e invitados presentes procedieron a su identificación, Levantándose acta del quorum correspondiente y acta de presencia de los participantes. (Anexo I) 2. Lectura y aprobación del orden del día: Jose Antonio de Barrio cuestiona la pertinencia del punto 6to de la agenda El presidente indica haber recibido de parte de la delegación de Mexico, una propuesta a la asamblea para la revisión de los estatutos en lo que refiere a la estructura del comité ejecutivo, así como otras propuestas para integrar la industria complementaria en apoyo a OIPORC El orden del día propuesto es así aprobado a unanimidad por la asamblea sin modificaciones. 3. Elección del Presidente y del Secretario de la Asamblea Conforme lo establecido en los estatutos vigentes, el Presidente y el Secretario actual de OIPORC, asumen la conducción la dirección de la asamblea. El Presidente de la Fedoporc delega la presidencia en el Ing. Cordero y el Dr Valle Inclán Presiente del CPM delega en el Lic. .Alejandro Ramirez la secretaria. 4. Presentación del informe de gestión de la Presidencia de OIPORC El Ing Cordero presento un detallado informe de gestión durante el periodo 2011 a 2014 (Anexo 1) sobre el que resalto puntos clave de las operaciones de OIPORC. Desarrollo institucional: A pesar de la inversión importante en el desarrollo de medios visuales de identificación, los mismos han sido utilizados en forma muy limitada por los gremios afiliados. En necesario una difusión masiva en las asociaciones miembros de OIPORC de su afiliación a la organización, y el soporte en la promoción general de la imagen institucional de OIPORC Señalo así mismo la importancia de alcanzar una integración total de la industria Porcícola en países iberoamericanos INTEGRACIÓN EFECTIVA: A la fecha los 13 países participan en forma activa, y cinco países de Centro América participan en bloque a través de la Federacion Centro Americana Caribe para un total de 18 países participantes de 23 posibles miembros. No participan Argentina por decisión de su organización, Uruguay por falta de comunicación con las organizaciones gremiales existentes y Bolivia donde aún se está en proceso de estructuración de una organización gremial nacional. La posición Centro Americana de representación en bloque no ha dado los resultados esperados y se requiere retornar a una participación individual de cada uno de los países, y se requiere un mayor esfuerzo de los miembros de OIPORC en incorporar los países no afiliados a la fecha. RELACIONES INSTITUCIONALES Como tercer punto señalo la importancia de mantener vigente las relaciones alcanzadas con los organismos internacionales de cooperación (FAO, OIE, OIRSA) y mantener la presencia en los organismos de integración en los que ya ha sido designada (GF/TAD’s, Codegalac, Cirad, CaribVet), así como en las comisiones especiales en la que ha sido designada,, apoyar la relación con otras instituciones de importancia para la región (IICA, OMC, Codex) y finalmente continuar fortaleciendo las relaciones con las asociaciones gremiales de los Estados Unidos y(NPPC) y Canadá (CPC), Cirad y Anaporc. Todas estas actividades asumen una capacidad financiera que permita la presencia en esas actividades, la cual hasta ahora ha sido inconsistentes. OIPORC tiene el compromiso en lo inmediato de consolidar la propuesta de FAO para la constitución del “Comité Consultivo de Sanidad Porcina”, (FAO – OIPORC – Otros) y replantear con FAO las acciones de fortalecimiento del Plan Continental de Erradicación de la Peste Porcina Clásica de las Américas, y la definición de otras acciones e carácter regional de beneficio para la industria Porcícola Iberoamericana AGENDA Finalmente resumió algunos puntos que definirán la agenda para el desarrollo institucional y las acciones de OIPORC hacia el fortalecimiento de la industria 14 OIPORC - Efectiva integración regional con participación activa de todos los gremios porcícolas en los países de la región - Integración otros países de porcicultura familiar de importancia • Integración de Feccaporc • Integración región Caribvet - Consolidar relaciones con FAO – OIRSA – OIE) nuevas asociaciones con IICA, Codex y OMC - Desarrollo de programas de educación a distancia con entidades asociadas como FAO y academia en programas sanitarios más allá de la Peste Porcina clásica - Evaluar opciones de estandarización de cortes para identificación y promoción global de la carne de cerdo - Establecer programas de educación continuada en los aspectos de adición de valor - Apoyar la estructuración y conducción de seminarios técnicos en países interesados (Ecuador) - Apoyar los congresos nacionales donde fuera requerido - Constitución del Comité Iberoamericano de Sanidad Porcina - Definir un plan de acción estratégico para OIPORC ASPECTOS ADMINISTRATIVOS Finalmente sugirió algunas reformas administrativas que permitan una mejor operación de OIPORC - Revisión estatutaria que permita redefinir un consejo ejecutivo de mayor funcionabilidad - Reestructurar la página Web hacia una comunicación más directa con los porcicultores y una operación más ágil 15 OIPORC - Establecer una cuenta bancaria internacional - Registro oficial internacional de OIPORC como Organismo no gubernamental - Compromiso de remisión de cuotas - Estructuración programas presupuestos anuales - Desarrollo de una campana de apoyo económico de la industria a OIPORC - Integración a OMC y Codex Finalmente el Presidente saliente agradeció la colaboración de países y personas sin cuya colaboración ejercer su función. Concluida la presentación los presentes resaltaron el trabajo institucional realizado y expresaron su satisfacción por los avances alcanzados por la OIPORC, y opinaron sobre áreas que desde sus perspectivas debieran ser incluidas en las actividades de OIPORC para una mejor integración de su constituyente Vítor Menino (Portugal) resalta el interés de una mayor comunicación directa a los miembros de OIPORC con informaciones de mercado, precios y desarrollo de la industria, y un mecanismo de mayor comunicación entre los directivos de OIPORC. Propone la constitución de un “Newsletter” con información básica de las estructuras y acciones en cada uno de los mercados de OIPORC. Asi mismo propone, un calendario de reuniones virtuales con participación abierta a todos los interesados. Jose Luis Caram (Mexico) refuerza la importancia de la información compartida y comunica la intención de Mexico de integrarse en boletín de información. Carlos Maya señala la necesidad de un sentido de pertenencia de las gremiales a OIPORC y apoya la celebración de reuniones virtuales periódicas entre sus miembros. Miguel Olivo (Feccaporc) plantea que la OIPORC debe ser un vehículo de información entre sus miembros, y plantea una mayor participación y apoyo a las acciones de OIPORC. Antonio Simoes (Portugal) recuerda el pobre compromiso colectivo de apoyar la acción institucional de OIPORC con la divulgación de OIPORC a través de sus medios de comunicación. Griselda Crespo (ACP Cuba) refuerza el compromiso y orgullo de pertenecer a OIPORC y apela al compromiso de los presentes para el fortalecimiento de OIPORC 5. Presentación de Estados Financieros Se presentó una relación de las cuentas del periodo 2011 al 2014 presentando un saldo en cuenta a favor de OIPORC de US$ 5,025.15. El balance no discrimina los gastos del periodo 2013 - 2014 los cuales se redujeron a gastos administrativos y cargos financieros, ni discrimino las cuotas recibidas en el último periodo. Varios miembros plantearon dudas sobre los montos y frecuencias de los compromisos asumidos a partir de la Asamblea de Évora en el 2011. Se solicitó una investigación más exhaustiva de las contribuciones y montos pendientes por país, ratificándose la decisión de que las cuotas de participación son $1,000 dólares anuales por país. 6. Reforma de estatutos : La representación de Mexico planteo una reforma a los estatutos en el capítulo I artículo 29, y en el capítulo III artículos 38 y 39 referente a la constitución del Comité Ejecutivo y la asignación de la secretaria técnica modificando los textos actuales CAPÍTULO II DEL COMITÉ EJECUTIVO ARTÍCULO 29. Como órgano delegado de la Asamblea General, funcionará un Comité Ejecutivo, que estará integrado por un número de asociados de cinco: Presidente, Secretario ytres Vocales, quienes podrán tener asignaciones específicas según los requerimientos del programa operativo de OIPORC. Para que lea tanto el capítulo 29 como cualquiera otro que resultare modificado por los cambios en el mismo 16 OIPORC ARTÍCULO 29. Como órgano delegado de la Asamblea General, funcionará un Comité Ejecutivo, que estará integrado por un número de asociados de cinco: Presidente, Vicepresidente, Secretario, Tesorero y un Vocal, quienes podrán tener asignaciones específicas según los requerimientos del programa operativo de OIPORC. CAPÍTULO III DE LA SECRETARÍA TÉCNICA ARTÍCULO 38. La Secretaría Técnica tendrá su domicilio social en la sede de la Asociación u Organización en la que recaiga el cargo de Vicepresidente de OIPORC. ARTÍCULO 39. El responsable de la Secretaría Técnica será un empleado de la Asociación u Organización en la que recaiga el nombramiento de Vicepresidente. Sometida a votación la propuesta de Mexico es aprobada por votación unánime No habiendo otras propuestas de cambios se concluyó el debate con el mandato de la asamblea a la presidencia de reestructurar los estatutos vigentes con las modificaciones aprobadas 7. Elección del Comité Ejecutivo Considerando las provisiones recién aprobadas sobre modificación del Comité Ejecutivo, Jose Antonio del Barrio (Anprogapor España) presenta la siguiente estructura directiva Presidencia República Dominicana VicepresidenciaMexico TesoreríaColombia Secretario Portugal VocalBrasil Existem outras formas de fixar micotoxinas T5X Muito mais que um adsorvente de micotoxinas T5X possui quatro ações principais: - Os componentes adsorventes do T5X foram selecionados num sofisticado modelo “invivo”. As micotoxinas não passam pela parede intestinal. - T5X estimula a produção de enzimas naturais especificas de neutralização /desintoxicação que catalisam a eliminação das micotoxinas. - Os poderosos antioxidantes presentes no T5X inibem os radicais livres e previnem a degradação da membrana celular. - T5X estimula o sistema imunitário não especifico, fortalecendo os animais. Distribuído por INVIVONSA Portugal, SA Zona Industrial de Murtede 3060-372 Murtede Cantanhede Tel: 231 209 900 – Fax: 231 209 909 [email protected] www.invivo-nsa.pt 17 OIPORC La moción es refrendada por Colombia Sometida a votación la propuesta es aprobada a unanimidad 8. Designación de la Secretaria técnica para el periodo 2014 a 2017 Dada las modificaciones estatutarias resultantes en el tema anterior, se eliminan las consideraciones sobre este punto 9. Determinación del país sede del Cuarto Congreso Iberoamericano de Porcicultura Miguel Angel Olivo Presidente Feccaporc propone que el Cuarto Congreso Iberoamericano de OIPORC se realice conjuntamente con el XII Congreso Centroamericano y del Caribe de Porcicultura a celebrarse del 2 al 5 de Septiembre del 2015 en Punta Cana, Republica Dominicana Sometida a votación la propuesta fue aprobada a unanimidad 10. Determinación del lugar y fecha de la próxima asamblea de OIPORC 2015 La definición del cuarto congreso de OIPORC en el punto anterior define a Republica Dominicana como sede de la Asamblea 2015 de OIPORC proponiéndose la fecha del 1ro de Septiembre para la misma Sometida a votación la propuesta es aprobada a unanimidad 11. Discusión de asuntos de carácter general El Ing Miguel Angel Olivo propone la designación como miembros honorarios por la hoja de servicios prestados a OIPORC desde su fundación a los señores Enrique Dominguez Lucero, de Mexico, Jose Antonio del Barrio Martin, de Espana y la Dra Lilia Consuelo Velasco de Colombia Sometida a votación esta propuesta fue aprobada a unanimidad No habiendo más temas por tratar el Presidente agradeció a la Asociación Brasileña de Criadores de Suinos ABCS y a la Asociación de Criadores de Suinos de Rio Grande Do Sul ACSURS por el apoyo, la organización y las atenciones dispensadas a OIPORC en la celebración de este Tercer Congreso Iberoamericano, la Asamblea General y la oportunidad de participación en el XV Seminario Nacional de Desarrollo de la Suinocultura, SNDS. Siendo las 10:00 am de da por terminada la Asamblea General de los delegados de OIPORC, realizada en Gramados Brasil, a los 31 días del mes de Julio del año 2013. 18 Jose Miguel Cordero Mora Presidente Augusto Osorno Gil Secretario (Aprobación electrónica) OIPORC Movidos pela vocação Av. Párroco Pablo Díez, 49-57 • 24010 León (Espanha) • www.syva.es • [email protected] Distribuidor exclusivo em Portugal: 19 Av. do Brasil, 88 - 7º Esq. - 1700-073 Lisboa (Portugal) • Tel: 21 974 79 34 • Fax: 21 974 79 35 • [email protected] FEIRA NACIONAL DO PORCO FEIRA NACIONAL DO PORCO AS EXPECTATIVAS FORAM ULTRAPASSADAS Palavras proferidas pelo Presidente da FPAS - À Câmara Municipal do Montijo e à União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro pelo apoio, disponibilidade e meios que nos concederam; - Ao Crédito Agrícola pelo importante patrocínio e apoio; - E a todos vocês, empresas e empresários que direta e indiretamente tornaram esta feira, numa referência Ibérica da Suinicultura. Obrigado em nome da fileira do porco em Portugal. Devolver a ESPERANÇA e o investimento ao sector Suinícola é o principal objetivo que nos move. Esperança que permita trazer jovens a acreditar e a apostar no sector para que rapidamente sejamos autossuficientes em carne de porco no nosso País. 1-Exma Sra Prof. Dra. Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar 2-Exmo Senhor Eng.º Nuno Canta Presidente da Câmara Municipal do Montijo 3-Exmos autarcas presentes 4-Exmos representantes da Administração Pública 5-Exmos dirigentes associativos 6 –Ex. mos Senhores expositores 7-Amigos suinicultores 8-Senhoras e Senhores Em nome da FPAS e a ALISP, entidades organizadoras desta XXII Feira Nacional do Porco AGRADEÇO: Não me canso de repetir, somos uma atividade com futuro, temos condições privilegiadas para produzir porcos no nosso país, uma vez que: - Temos terra e água abundantes, temos clima invejável, temos saber como os melhores. Condições necessárias para o sucesso. Começamos, também a ter um Estado, que finalmente sentimos como parceiro, e a entender que esta é uma atividade que o País precisa. Sentimos que fundamentalismos que nos perseguiram no passado, e em alguns casos infelizmente, ainda perseguem, começam a ficar na gaveta. - A toda a equipa que me orgulho de comandar, pela determinação com que trabalhou para tornar possível este evento; Que se começa a legislar em prol de quem quer produzir com sustentabilidade e respeito pelas normas legais, e não contra quem quer produzir. Comissão Organizadora (Da esquerda para a direita: Hugo Branquinho, David Neves, João Bastos, Simões Monteiro, Vitor Menino e Sérgio Marques) 20 Prova disso a recente aprovação pelo Conselho de Ministros de diploma que estabelece com caracter extraordinário, o regime de regularização e de alteração ou ampliação de explorações FEIRA NACIONAL DO PORCO Nós temos equipas, de Norte a Sul, das raças autóctones às exóticas, falamos uma só voz. Temos ideias e dinâmicas inovadoras exequíveis para relançar o sector. Se todos, Administração, Suinicultores e profissionais da fileira, rumarmos no mesmo sentido, atingiremos os objetivos que pretendemos. Queremos ajudar a preencher o interior rural do País. Queremos deslocalizar as explorações ou parte delas de onde sejam um problema, para onde possam ser uma oportunidade. Essa é a menina dos nossos olhos, pela qual temos batalhado com êxito. Com a presença da Sra. Ministra Assunção Cristas e do Presidente da Câmara Municipal do Montijo Nuno Canta, a FPAS pela mão do seu presidente assinou três protocolos respectivamente com EDIA (Jorge Vazquez), UTAD (Reitor António Fontaínhas Fernandes e INIAV (Nuno Canada) pecuárias, incompatíveis com os PDM, ou com condicionantes de uso do solo. Falamos do lendário REAP, que não sendo em muitos casos exequível, condicionou o acesso de muitas explorações a investimentos no PRODER, limitando a modernização das mesmas e o desenvolvimento do sector. Começamos a ver um Estado determinado em abrir canais à exportação, condição essencial para fugir à concentração da procura, que se verifica em Portugal, e que tanto nos tem prejudicado. Chamamos-lhe SEGMENTAÇÃO DE CICLO e dar-nos-á a oportunidade de repensar, reestruturar e redimensionar as explorações, de forma a aumentar-lhes a rentabilidade e a competitividade, resolvendo problemas de território e ambiente, contribuindo para a melhoria da produtividade da agricultura em geral, através da incorporação de nutrientes orgânicos no solo, com todos os benefícios para o ambiente, sustentabilidade rural e balança de pagamentos. Aproveitar o próximo PDR para levar a efeito este tipo de investimentos, é uma oportunidade que nós Suinicultores não devemos desperdiçar. Pretendo destacar também a recente fundação do FILPORC – Associação Interprofissional da Fileira da Carne de Porco, veículo fundamental para o desenvolvimento de todo o sector, que demonstra que a fileira está unida em torno de objetivos comuns. 21 FEIRA NACIONAL DO PORCO - Um outro com o INIAV (Polo da Estação Zootécnica Nacional) que tem por objetivo o aprofundamento de estudos, apoio, e dinamização raça Malhado de Alcobaça, importante património genético, em sérios riscos de extinção em Portugal, e - Ainda um terceiro com o INIAV e a EDIA, tendo em vista o desenvolvimento de unidades experimentais de compostagem, visando a valorização agrícola dos dejetos suinícolas e dos subprodutos agrícolas e agroindustriais. Cremos que são passos importantes no desenvolvimento de um sector que, apesar das potencialidades, enfrenta pesados constrangimentos que temos que ultrapassar: - Temos de ultrapassar o excesso de zelo e diferenças de critério, muitas vezes regionais, de alguns funcionários administrativos, relativamente a interpretações de assuntos ambientais. Destaco ainda pela sua importância, os três protocolos que iremos amanhã celebrar, nesta XXII Feira Nacional do Porco: - Com a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes, que visa a participação em projetos de investigação, desenvolvimento, formação e transferência de tecnologia, em produção suinícola, que nos munirá com o necessário conhecimento, para finalmente podermos tomar posições de defesa dos suinicultores portugueses, com base em critérios científicos. 22 - Temos de ultrapassar este regime que aplica coimas equivalentes às aplicadas a multinacionais petrolíferas, levando ao encerramento de explorações. - Temos, Sra Ministra, de ultrapassar as objeções ao uso de Soja OGM, e que Bruxelas decida politicamente sobre a autorização de importação das 8 variedades propostas à Comissão Europeia. FEIRA NACIONAL DO PORCO A TSF Rádio Jornal em transmissão directa na Feira Nacional do Porco SIC entrevista Assunção Cristas na presença da Sra. Directora Reginal de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Eng.º Elizete Jardim Dr. Álvaro Mendonça Director Geral de Alimentação e Veterinária - Temos de ultrapassar o impacto negativo que o embargo russo está a causar na economia do nosso sector. Felizmente que ultrapassados estão os tempos em que só descortinávamos dificuldades. Renasceu a esperança na Suinicultura em Portugal. Alegra-me que em tempo de vacas magras, e de dificuldades gerais para as empresas e para os portugueses, esta XXII Feira Nacional do Porco, tenha a representatividade, e a dinâmica que aqui estão bem demonstradas.Obrigado a todos, autarcas do Montijo, patrocinadores, expositores, palestrantes, representantes da administração pública, suinicultores, dirigentes associativos, colaboradores, que trabalharam para tornar esta numa importante referência Ibérica do sector Suinícola. Preparar 2016 começa na próxima segunda-feira. Tornar esta feira, numa referência Europeia do sector, será o próximo objetivo. Muito obrigado a todos. MAIOR BENEFÍCIO ECONÓMICO COM UMA NUTRIÇÃO AVANÇADA Reduza os seus custos de alimentação, aumente a flexibilidade na formulação de alimentos, melhore a uniformidade dos animais e reduza o impacte ambiental, com estas soluções nutricionais inovadoras. Em utilização individual ou combinada, estes produtos enzimáticos termoestáveis e de elevada fiabilidade, são adaptados às necessidades individuais, de forma a aumentar a rentabilidade na produção de suínos e de aves. Contacte o nosso distribuidor autorizado REAGRO SA, pelo telefone 21 791 6000/29 ou por e-mail [email protected] Copyright© 2012 DuPont ou suas afiliadas. Todos os direitos reservados. O logo oval da DuPont, DuPont™ e todos os produtos que apresentem as marcas ® ou ™ são marcas comerciais registadas ou marcas comerciais da DuPont ou das suas afiliadas. Danisco Animal Nutrition 23 FEIRA NACIONAL DO PORCO 1 2 Média Moda 1 1,43% 0,00% 17,14% 54,29% 27,14% 4,06 4 XXII FEIRA NACIONAL DO PORCO 2 0,00% 0,00% 20,29% 56,52% 23,19% 4,03 4 3 4 0,00% 9,09% 2,90% 24,24% 26,09% 42,42% 42,03% 12,12% 28,99% 12,12% 3,97 2,94 4 3 5 2,86% 14,29% 50,00% 21,43% 11,43% 3,24 3 6 2,86% 7,14% 32,86% 40,00% 17,14% 3,61 4 7 8 4,62% 11,43% 4,62% 15,71% 36,92% 18,57% 40,00% 40,00% 13,85% 14,29% 3,54 3,30 4 4 9 0,00% 5,63% 21,13% 52,11% 21,13% 3,89 4 No decorrer da XXII Feira Nacional do Porco a Comissão Organizadora levou a cabo um inquérito de satisfação aos expositores presentes no certame. 10 0,00% 0,00% 15,49% 63,38% 21,13% 4,06 4 11 12 1,43% 0,00% 7,14% 4,29% 31,43% 27,14% 50,00% 45,71% 10,00% 22,86% 3,60 3,87 4 4 13 3,13% 9,38% 25,00% 50,00% 12,50% 3,59 4 Foram inquiridos todos os expositores, tendo obtido uma amostra de 100 respostas, o que leva a organização a considerar que as respostas obtidas são significativas e ilustrativas da generalidade do sentimento das empresas e entidades presentes na Feira do Porco. 14 0,00% 0,00% 34,38% 57,81% 7,81% 3,73 4 15 16 0,00% 5,97% 1,56% 10,45% 45,31% 37,31% 45,31% 41,79% 7,81% 4,48% 3,59 3,28 3,5 4 17 0,00% 7,35% 19,12% 54,41% 19,12% 3,85 4 Média 2,52% 6,75% 29,45% 45,11% 16,17% INQUÉRITO DE SATISFAÇÃO AOS EXPOSITORES DA Para a Comissão Organizadora da XXII Feira Nacional do Porco, o sucesso da Feira tem a medida do cumprimento das expectativas dos nossos parceiros. Nesse sentido, o presente inquérito foi analisado com toda a acuidade, não só para avaliação desta edição como para balizamento da 23ª. 3 4 5 Em relação à pergunta 17 “Apreciação geral da XXII Feira Nacional do Porco”, o balanço para os expositores foi francamente positivo, como pode ser percebido de forma gráfica: Apreciação Geral da XXII Feira Nacional do Porco O inquérito era composto por 18 questões, sendo 17 de classificação de 1 a 5 (1 correspondente ao nível de satisfação “Mau” e 5 correspondente ao nível de satisfação “Muito Bom”) e uma questão de “Sim” ou “Não”. Os parâmetros avaliados foram os seguintes: 1. Período de tempo para inscrição na Feira. 2. Documentação para inscrição na Feira. 3. Eficácia no esclarecimento de dúvidas relativas a questões de inscrição/facturação na Feira 4. Custo dos stands 5. Quantidade de convites oferecidos por stand. 6. Período de tempo para montagem de stands .7. Período de tempo para desmontagem de stands. 8. Horário de funcionamento da Feira. 9. Serviço de secretariado. Relativamente à questão binária “Está interessado em voltar na próxima edição?” dos 100 inquiridos, 86 manifestaram vontade de voltar, 7 responderam que não e 7 não responderam. Em percentagem, as intenções plasmadas dos expositores reflectem-se da seguinte forma Estaria interessado em voltar na próxima edição? 10. Segurança. 11. Assistência técnica/logística 12. Limpeza do recinto. 13. Horário das Jornadas. 14. Interesse dos temas das Jornadas. 15. Duração das Sessões. 16. Perspectivas comerciais proporcionadas pela Feira 17. Apreciação Geral da XXII Feira Nacional do Porco. 18. Está interessado em voltar na próxima edição? Relativamente aos resultados globais, registou-se um nível médio de satisfação de 3,66 e a resposta mais vezes dada foi a de 4 (Bom). Eis o quadro resumo, em percentagens, dos resultados do inquérito: 24 Estes resultados são, naturalmente, um motivo de enorme satisfação para a Comissão Organizadora da XXII Feira Nacional do Porco e para todos os que com ela colaboraram, não podendo faltar uma palavra de apreço para a empresa de segurança privada “Os Linces”, para a equipa de limpeza da “Brilhaventura”, para o alunos da Escola Profissional do Montijo e todos aqueles que através do seu trabalho e voluntarismo muito contribuíram para o sucesso do evento. A análise deste relatório constitui igualmente uma grande fonte de motivação para em 2016 voltarmos a organizar a Feira Nacional do Porco - a maior festa do sector em Portugal. FEIRA NACIONAL DO PORCO LINHAS DE CRÉDITO PARA O SECTOR SUINÍCOLA Paulo Bayan Ferreira * Fui desafiado para intervir numa sessão pública, organizada no âmbito da 22ª Feira Nacional do Porco, que decorreu no passado mês de Setembro. Aproveitei a oportunidade para abordar a Segmentação do Ciclo Produtivo do Porco, tema que tratei numa perspectiva económica. Dessa intervenção valerá a pena registar aqueles que julgo serem os seus principais aspectos, sobretudo em ordem à respectiva utilidade prática. Começo então por algumas notas sobre o enquadramento do sector: 1. No território nacional a actividade suinícola, em regime intensivo, está implementada há mais de 50 anos, sendo possível obter importantes registos, nomeadamente económicos e que nos ajudam a compreender o percurso desde então; 2. Actualmente existem cerca de 4.700 explorações, as quais se encarregam de responder, em média, a cerca de 60% das necessidades do país. 3. Recuando ao início da década de 90, conclui-se que a produção nacional do sector assegurava 90% do consumo. Contudo a maior abertura do mercado, particularmente no que respeita aos efeitos da importação ditou que as debilidades dos nossos produtores influenciassem, negativamente os índices. Com efeito, a pequena dimensão e dispersão das explorações não permitia a necessária eficiência e competitividade portuguesa, com consequente perda de quota de mercado e encerramento de um largo número de pequenas unidades económicas. Gráficos Confagri Desmamar mais, desmamar melhor Axion® Sow’Ax Cobertura das necessidades alimentares, produção/consumo Nacional. Melhor lactação da Porca, maior crescimento dos Leitões A REGISTAD PATENTE Actualmente, apesar da incapacidade em assegurar as necessidades do mercado interno e decorridos que vão 24 anos sobre o paradigma da década de 90, o sector apresenta níveis de produtividade elevados, sobretudo por efeito do desenvolvimento tecnológico dos meios utilizados e da formação dos seus recursos humanos. Estes factores são pois essenciais para que se registem já índices de eficiência e competitividade equiparados ao do restante mercado da europa comunitária. É uma evolução qualitativa que, aliás, acompanha uma tendência generalizada a toda a economia portuguesa, não se confinando assim ao sector da produção suinícola. Vejamos agora os gráficos, gentilmente cedidos pela Confagri, e onde são notórias as necessidades satisfeitas através da importação, com consequente exposição a mercados estrangeiros. Axion® Sow’Ax melhora o peso dos leitões na maternidade GMD (g/dia) 260 250 240 + 15% de GMD 250 230 220 210 200 218 Testemunha Axion® Sow’Ax Casal Vale Medo |Apartado 68 | 2534 - 909 Lourinhã | www.ibersan.pt CONTACTE-NOS Tel. : (+351) 261 416 450 E-mail : [email protected] 25 FEIRA NACIONAL DO PORCO IDENTIFICAÇÃO - Apoio á instalação de Jovens Empresários em Explorações Suinícolas OBJECTO - Financiar o início de actividade e investimento realizado por Jovens Empresários, em explorações já existentes. Pretende-se uma revitalização geracional no sector. DESTINATÁRIOS - Proponentes com a idade limite de 42, que pretendam iniciar a actividade no sector da suinicultura, como ENI, ou através de Empresas já constituídas, e desde que detenham uma participação mínima de 25% no capital da empresa. FINALIDADE Componente I - Apoio financeiro a projectos de investimento, sejam eles comparticipados ou não pelos organismos públicos. De regresso à questão central importa pois concluir pela existência de uma franca margem de progressão na produção, até à plena cobertura das necessidades de consumo nacional. Este objectivo surge como vital para a preservação das unidades instaladas, uma vez que a concorrência externa tenderá a fixar a sua atenção num mercado com margem de crescimento e onde são ainda assinaláveis as debilidades do tecido produtivo em consolidação. Conjuntamente com as notadas necessidades, verificamos que existem constrangimentos de diferente índole, com influência directa sobre o resultado, nomeadamente aqueles que decorrem do ordenamento do território, meio ambiente e dimensionamento das explorações, colocando assim o assento na necessidade de rápida concretização de medidas de ajustamento da estrutura produtiva existente. Nos diversos contactos que mantivemos com a Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores tivemos oportunidade para colher esclarecimentos sobre a situação actual do sector, nomeadamente sobre os aspectos que esta organização considera de maior relevância, quer positivamente, quer negativamente. Nesta troca de impressões foram-nos colocadas duas questões tidas por basilares para o futuro do sector. A primeira delas é a necessidade de introduzir novas metodologias associadas à manutenção da aposta em tecnologias, sobretudo em todas as explorações que, apesar de apresentarem uma exploração equilibrada não investem no aproveitamento das potencialidades que o mercado actual lhes oferece. A modernização das explorações, nas suas mais variadas vertentes, deverá tornar-se o elemento central da política de todas as empresas, ainda que posicionadas em diferentes pontos da actividade económica do sector suinícola, constituindo condição imprescindível para a competitividade, quer ao nível nacional quer internacional. Estão especialmente aptos e predispostos para a adopção destas práticas as unidades que contam com recursos humanos jovens e com maior formação, ainda que em estruturas tipicamente familiares, contanto que se saiba conferir a estes elementos um maior grau de participação nas decisões estratégicas das respectivas empresas, assegurando-se assim não só a natural continuidade do negócio, como a sua desejada modernização de acordo com os actuais conceitos e regras da comunidade europeia. Uma pequena revolução geracional é mesmo vista com bons olhos, e para permitir a sua implementação foi já criada uma linha de crédito, denominada “Revitalização Geracional”. LINHAS DE CRÉDITO de APOIO À SUINICULTURA – Revitalização Geracional 26 Componente II - Aquisição de equipamentos e outros bens das empresas sem projecto de investimento MONTANTE MÁXIMO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO Componente I - O financiamento a conceder não ultrapassará 80 % do montante Global do custo do projecto Componente II - A definir casuisticamente UTILIZAÇÃO - De acordo com a concretização do projecto ou contrato de aquisição do equipamento ou bem. PRAZO DE REEMBOLSO E PAGAMENTO DE JUROS - Prazo máximo de 10 anos, podendo beneficiar de 1 ano de carência de juros, as amortizações de capital poderão ser mensais, trimestrais ou semestrais. TAXA DE JURO – Da aplicação da bonificação máxima decorre a possibilidade de promover oferta de crédito com spread mínimo a partir de 1,85%. COMISSÕES - De acordo com o preçário em vigor, com 50% de isenção. A segunda questão prende-se com a segmentação do ciclo, temática já em desenvolvimento nalgumas explorações, mas que urge alargar e generalizar. Para este concreto aspecto foi também criada uma linha de crédito, estritamente vocacionada para apoio à segmentação de ciclo. Antes de referir as suas condições façamos primeiro o respectivo enquadramento no âmbito do sector suinícola. A segmentação de ciclo prevê tal como se depreende da expressão, fracturar um ciclo tradicionalmente fechado, mas que é constituído por um determinado número de fases ou etapas. Numa exploração em ciclo fechado estão inclusas a fase da reprodução, a fase da recria e a fase do acabamento. Nenhuma destas fases se pode dispensar e o seu conjunto constitui um correcto ciclo produtivo. FEIRA NACIONAL DO PORCO A segmentação do ciclo vai permitir solucionar problemas tradicionais sendo os mais relevantes os seguintes: DESTINATÁRIOS - ENI´s ou empresas do sector suinícola, que pretendam introduzir a Segmentação de Ciclo na exploração. Com a eliminação da fase de acabamento dentro do ciclo fechado e a sua deslocalização para regiões mais adequadas obtém-se, regra geral, a resolução de problemas territoriais e ambientais. As boas práticas, nomeadamente em matéria ambiental, onde a gestão sustentada dos efluentes tem um peso determinante na obtenção do licenciamento das unidades, tornam-se assim mais fáceis. São disso exemplo a redução previsível em 50% dos dejectos; a redução dos riscos de erosão dos solos; a redução de emissão de co2 para a atmosfera, a minimização do risco de contaminação de águas. FINALIDADE Componente I - Adaptação das actuais estruturas da exploração e redimensionamento da área de Reprodução e Recria. Componente II - Projecto para instalação de estrutura para engorda/acabamento em zona apropriada. Também por via da segmentação se afigura mais fácil o caminho para o aumento da competitividade, através da reestruturação e redimensionamento das áreas de reprodução e recria, pois a sua reconversão permitirá duplicar a produção de porcas aproveitando para o efeito o espaço disponível pela desactivação da fase de engorda. Por sua vez a fase da engorda deverá assegurar o dobro da capacidade de acabamentos, fruto de maior disponibilidade de espaço e menor pressão ambiental. Daqui resultará também uma consequente melhoria dos solos agrícolas e consequentemente melhores índices de produção ao nível de cereais e forragens. Em termos globais, o resultado final para o sector deverá ser o aumento da produção, reduzindo as necessidades de importar a carne de porco. No fundo este processo passa pela transferência ou deslocalização de parte das explorações, designadamente, a fase de acabamento para terrenos próprios ou de outros agricultores em ambientes menos pressionados e que permitam a utilização de efluentes nos solos diminuindo, significativamente a dependência dos adubos químicos na fertilização das suas culturas. LINHAS DE CRÉDITO de APOIO À SUINICULTURA – Segmentação de Ciclo MONTANTE MÁXIMO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO Componente I - A definir casuisticamente Componente II - O financiamento a conceder não ultrapassará 80 % do montante Global do custo do projecto UTILIZAÇÃO -De acordo com a concretização do projecto ou contrato de aquisição do equipamento ou bem. PRAZO DE REEMBOLSO E PAGAMENTO DE JUROS - Prazo máximo de 10 anos, podendo beneficiar de 1 ano de carência de juros, as amortizações de capital poderão ser mensais, trimestrais ou semestrais. TAXA DE JURO – Da aplicação da bonificação máxima decorre a possibilidade de promover oferta de crédito com spread mínimo a partir de 1,85%. COMISSÕES - De acordo com o preçário em vigor, com 50% de isenção. Desta forma e como sempre tem acontecido nos bons e maus momentos da Agricultura em Portugal o Crédito Agrícola espera voltar a contribuir para o desenvolvimento do Sector da Agro-pecuária correspondendo assim às expectativas e necessidades dos nossos agricultores. Nota: aproveito para agradecer a disponibilidade dos gráficos gentilmente cedidos pela CONFAGRI e o honroso convite para a participação na Feira Nacional do Porco. Nota1: As linhas de crédito não contêm todas as condições. IDENTIFICAÇÃO - Apoio à Segmentação do Ciclo Produtivo nas explorações de suinicultura OBJECTO - Financiar a adaptação da exploração e a criação de novas infra-estruturas. *Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado UMA EMPRESA AO SERVIÇO DA AGRO-PECUÁRIA DA REGIÃO RAÇÕES DE QUALIDADE • COMPRA DIRECTA DE CEREAIS AOS PRODUTORES • APOIO TÉCNICO AOS CRIADORES TELS. 269 746 167/150 • FAX 269 746 079 NAMORADOS • 7500-012 SANTO ANDRÉ 27 FEIRA NACIONAL DO PORCO BDporc ‘BANCO DE DADOS DE REFERÊNCIA DE SUÍNOS ESPANHOL’. Pedro López Romero*, Nuria Alòs Saiz**, Raquel Quintanilla *** O Sistema BDporc “Bando de Dados de Referência de Suínos Espanhol” foi criado em Espanha por iniciativa da IRTA, ANPROGAPOR e MAGRAMA e trata-se de um serviço destinado ao sector suinícola espanhol, cujo objectivo principal é proporcionar informação de referência às empresas de produção de suínos como elemento de ajuda na tomada de decisões. Para a suinicultura espanhola é uma ferramenta estratégica, visto que as empresas cresceram muito nos últimos anos e do ponto de vista da gestão técnico-económica é indispensável dispor de referências e estatísticas precisas, assim como também de um observatório que estude produções e modelos de exploração. A análise comparativa e integral da produção é cada dia mais importante na medida em que nos últimos anos o sector está evoluindo de forma rápida, tendendo a formar sistemas com uma estrutura empresarial em permanente transformação e em busca da eficiência através da profissionalização e da utilização das melhores técnicas disponíveis. Por este motivo se criou e desenvolveu o banco de dados de gestão BDporc, tanto a nível de empresa como a nível do país. Qualquer empresa que se dedique à produção suína pode aderir ao BDporc, independentemente do programa informático de gestão que utilize (Logiporc, Farm, Pigchamp, Pigmanager, etc.) e só tem de enviar uma cópia de segurança “backup” desse programa (Abril, Julho, Outubro e Fevereiro). As empresas transmitem trimestralmente os dados básicos dos movimentos dos seus animais (altas, baixas, cobrições, partos, desmames, etc.) em suporte informático, via internet. O BDporc garante a confidencialidade da informação individual das empresas. O que recebe em troca a empresa aderente ao BDporc? 1. Informação comparativa da sua empresa e das suas explorações com os grupos de referência (por zonas geográficas, por tamanho de exploração, por sistema de produção, por ciclo, etc.) e Europeus (Espanha, França e Holanda); 2. Acesso online a www.bdporc.irta.es mediante a atribuição de password: a. Consulta os seus dados; b. Elabora informações personalizadas; c. Utiliza ferramentas de ajuda à tomada de decisões. 3. Recepção semestral do boletim BDporc. 4. Participação nos Prémios Porc D’Or Que vantagens apresenta o BDporc? Para as suiniculturas: Foto 1 - Presentación BDporc en la 22ª Feira nacional do Porco (Montijo) 2014 • Facilidade de acesso permanente e protegido aos dados da sua empresa em qualquer localização (via internet). Actualmente são analisados trimestralmente os dados de 700.000 reprodutoras brancas e 30.000 reprodutoras ibéricas, pertencentes a 800 explorações espalhadas por todo o país. • Integração imediata dos dados da sua empresa com a informação gerada trimestralmente pelo BDporc para uma análise em conjunto. Esquematicamente, é este o funcionamento do circuito de informação BDporc. • Disponibilidade de ferramentas para análise de resultados e ajuda à tomada de decisões na própria empresa. • Acesso electrónico às informações dos resultados da empresa. • Geração interactiva de informações personalizadas dos resultados da própria empresa. Para as instituições (Associações, Organismos Públicos, Universidades, etc.) • Acesso permanente à informação pública gerada pelo sistema BDporc dos grupos de referência elaborados trimestralmente. 28 FEIRA NACIONAL DO PORCO En la Tabla 2 se pueden observar los resultados de los principales índices técnicos del grupo de referencia establecido en BDporc por ‘tamaños de granja’. La comparativa con este grupo de referencia es útil para posicionar nuestra granja con otras con la misma estructura (en este caso por el censo de la explotación). • Ferramentas de análises evolutivas de resultados. • Ferramentas para análises comparativas de resultados. ¿Qué aportación o ventajas presenta BDporc? • Ferramentas para a geração interactiva de informações. Para las empresas de porcino • • • TABLA 2- Resultados comparativos por tamaño de Granja. Núm. total explotaciones Núm. medio cerdas presentes Núm. medio cerd. pres. 1ª.C. % Altas TABLA 1.- Resultados comparativos Empresa DEMO – España. EMPRESA DEMO ESPAÑA Media Media Núm. total explotaciones Núm. medio cerdas presentes Núm. medio cerd. pres. 1ª.C. % Altas 15 785 731 48,6 615 1080 973 48,95 Lech dest/cerda pres 1ªC y año Lech dest/cerda en prod y año % Abortos 27,24 28,73 2,26 25,06 27,13 1,77 Nacidos totales/camada Nacidos vivos/camada Nacidos muertos/camada Destetados/camada 14,94 13,6 1,34 11,68 13,55 12,51 1,04 10,96 % Bajas hasta destete sobre NT 21,36 17,59 Núm. partos/cerda pres y año Núm. partos/cerda pres 1ªC y año Núm. partos/cerda en prod. y año % Repeticiones Interv. destete-1ª C Interv. destete - cub. Fértil Edad al destete (días) Intervalo entre partos (días) 2,17 2,33 2,46 13,25 5,91 8,8 25 148 2,06 2,29 2,48 14,43 6,08 9,01 24 147 Edad al 1er. Parto (días) Edad cerdas al parto (meses) 376 25,15 386 25,68 Edad cerdas a la baja (meses) Camadas dest./cerda de baja % Cerdas de baja 33,17 4,9 45,7 31,87 4,46 42,89 Media Media De 1.001 a 2.000 cerdas Media > 2.001 cerdas Media 200 694 621 47,83 140 1329 1197 48,21 91 3158 2852 50,51 22,3 24,32 26,32 1,34 21,95 24,5 26,67 1,43 22,9 25,43 27,42 1,78 22,79 25,23 27,31 2,01 13,41 12,34 1,07 10,8 16,99 13,35 12,35 1,01 10,83 16,39 13,65 12,58 1,07 11,06 17,17 13,59 12,55 1,04 10,98 18,47 Núm. Partos/cerda en prod y año % Repeticiones Interv. destete-1ª C Interv. destete - cub. Fértil Edad al destete (días) Intervalo entre partos (días) 2,07 2,25 2,44 15,82 6,69 10,27 25 150 2,03 2,26 2,46 15,81 6,26 9,51 24 148 2,07 2,3 2,48 14,3 5,91 8,83 24 147 2,08 2,3 2,49 13,45 5,98 8,62 23 147 Edad al 1er. Parto (días) Edad cerdas al parto (meses) 381 25,82 391 26,13 391 25,67 381 25,41 Edad cerdas a la baja (meses) Camadas dest./cerda de baja % Cerdas de baja 33,77 4,78 40,99 32,7 4,51 42,3 32,01 4,47 42,3 31,28 4,41 43,73 Facilidad de acceso permanente y protegido a los datos de su propia empresa desde cualquier localización internet). Nacidos totales/camada Seguidamente, a Tabela(vía 1 serve de exemplo das informações Nacidos vivos/camada Integración inmediata de los datos de su empresa con la información generada Nacidos muertos/camada geradas pelo BDporc comparando os resultados de uma emDestetados/camada trimestralmente por BDporc para un análisis conjunto. % Bajas hasta destete sobre NT presa “DEMO” com o grupo de referência geográfico “Espanha” Disponibilidad de herramientas para el análisis de resultados y la ayuda a la respeitante ao grupo de empresas aderentes ao BDporc duranNúm. Partos/cerda pres y año toma de decisiones en la propia empresa. Núm. Partos/cerd. pres 1ªC y año te o período de 01/07/13 a 30/06/14. Os resultados correspondem aos principais índices de gestão técnica. De 501 a 1.000 cerdas 131 346 317 45,7 Lech. dest/cerda pres y año Lech dest/cerda pres 1ªC y año Lech dest/cerda en prod y año % Abortos • Projecção de produções. De 201 a 500 cerdas TABELA 2 - Resultados por1,tamanho dede Exploração A continuación podemoscomparativos ver en la Figura la evolución la productividad numérica en España desde 1991 a 2013, donde se puede observar la mejora en positivo de 0,32 lechones/año. Em seguida podemos ver na figura 1 a evolução da produtiviFigura 1.- Evolución PN en España (1999 – 2013). dade numérica em Espanha desde 1991 a 2013, onde se pode observar uma melhoria de 0,32 leitões/ano TABELAobservar 1 - Resultados comparativos DEMO – Espanha. Como se puede en la tabla 1, elEmpresa tamaño medio de una granja en España es de 1.080 cerdas presentes, con una productividad media de 27,13 lechones destetados Como por cerda productiva y año, siendo1,laoprolificidad de 12,51 nacidos vivos y se pode observar na tabela tamanho médio de uma un ritmo deexploração reproducción 2,48 partos por cerda y año. La fertilidad emde Espanha é de 1.080 porcas presentes, com media uma es de un 85,757%, elprodutividade intervalo destete-cubrición fértilleitões es de 9,01 días y la edad media al destete média de 27,13 desmamados por porca 24 días. La edad de la cerda al parto es de 25,68 meses y se producen 4,46 camadas produtiva/ano, sendo a prolificidade de 12,51 nascidos vivos e a destetadas por cerda de baja. um ritmo de reprodução de 2,48 partos por porca/ano. A fertilidade média é de 85,76%, o intervalo desmame-cobrição fértil é de 9,01 dias e a idade média ao desmame é de 24 dias. A idade da porca ao parto é de 25,68 meses e a produção no período de vida produtiva da porca é de 4,46 ninhadas desmamadas. Na tabela 2 podem ser observados os resultados dos principais índices técnicos do grupo de referência estabelecido no BDporc por “tamanhos de explorações”. A comparação neste grupo de referência é útil para posicionar as explorações com outras da mesma dimensão. 29 FEIRA NACIONAL DO PORCO EVOLUCIÓN RESULTADOS MEDIOS PRODUCTIVOS ESPAÑA 1999 - 2013 P R O D U C T I V I D A D 27,5 27 Lechones Destetados / Cerda Productiva y Año 27,01 26,5 26,44 26 26,12 25,5 25,53 25 24,5 24 23,5 23,53 23 22,5 22 Por outro lado, com uma periodicidade anual desde 1994 e no âmbito espanhol, celebram-se os Prémios Porc d’Or, com o objectivo de reconhecer o trabalho bem feito por parte das empresas, promover a competitividade e mostrar a boa imagem do sector e o seu grande profissionalismo. 22,33 21,5 21 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Media (últimos 14 años): mejora de 0,32 lechones/año Media (últimos 5 años): mejora de 0,39 lechones/año Fuente: BDporc Fig. 1 - Evolução PN em Espanha (1999 – 2013). Na figura 2 podemos ver a distribuição média da estrutura demográfica do grupo de referência Espanha. Esta informação é muito interessante para contrastar com a empresa em estudo em aspectos como renovação entre ciclos e de refugo e qual a dinâmica da população em tempo. As explorações que se candidatam a estes prémios são aquelas que aderiram ao BDporc. Cerca de 120 explorações são nomeadas a estes prémios por Produtividade numérica “leitões desmamados por porca/ano”, por leitões desmamados no período de vida produtiva da porca e por taxa de parição. Um juri composto por personalidades de reconhecido prestígio na indústria, investigação pecuária e administração, determina os vencedores do Porc d’Or de Ouro, de Prata ou Bronze para cada índice e categoria (tamanho de explorações). Por outro lado, o juri entrega um prémio à máxima produtividade entre todas as explorações e dois prémios especiais, um à melhor exploração chamado Porc d’Or de Diamante e outro prémio especial do Ministério da Agricultura entregue à exploração que cumpre de forma mais rigorosa a legislação vigente. Aproveitamos este artigo para incentivar todas as empresas suinícolas em Portugal a formar parte desta base de dados e a criar o BDporc Português. Fig. 2 - Distribuição da Estrutura demográfica. Na Figura 3 podemos ver o número de nascidos vivos por ninhada em Espanha para o grupo de referência classificado como (piores, médias e melhores explorações), dentro das analisadas no BDporc – Ibérico. Esta informação é muito orientadora para empresas na hora de filtrar os animais que estão abaixo ou acima dos objectivos mínimos previamente estabelecidos. Fig. 3 -Nº de Nascidos vivos/ninhada. Grupo de referencia ‘Espanha IBÉRICO’ (piores, média e melhores explorações). 30 Qualquer empresa portuguesa, independentemente do softwa- re informático de gestão que utilize poderá aderir ao BDporc. Apenas terá de transmitir periodicamente (trimestralmente), os dados dos movimentos dos seus animais (altas, baixas, cobrições, partos, desmames, etc.) em suporte informático. O BDporc garantirá a confidencialidade da informação individual das empresas e estas recebem informação comparativa da sua empresa e das suas explorações com os grupos de referência estabelecidos, além de ter um acesso personalizado online a www. bdporc.irta.es, onde poderá consultar os seus dados, elaborar de forma interactiva informações personalizadas e utilização de ferramentas de análise evolutivas, análises preditoras e ajuda na tomada de decisões. *Director do BDporc e Responsável Porc d’ Or; ** Técnica de suporte; ***Responsável do programa de genética e melhoramento animal FEIRA NACIONAL DO PORCO seminário "A Suinicultura e o Ambiente" Terras & Efluentes (T&E) – uma mais valia para todos [cruzar a oferta com a procura] A produção de efluentes tem sido um dos maiores proble‑ mas ambientais, com enor‑ mes custos associados, para os suinicultores. À luz das boas práticas é possível inverter esta situação. A Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho, estabelece as normas regula‑ mentares a que obedece a gestão dos efluentes das atividades pecuárias. Entre outras indicações, estabelece que o encaminhamento, o tratamento e o destino final dos efluentes pecuários, in‑ cluindo dentro da própria exploração, só podem ser assegurados pelos seguintes procedimentos: a) Utilização própria ou transferência para terceiros para efeitos de valorização agrícola; b) Tratamento e descarga nas massas de água ou aplica‑ ção no solo; c) Tratamento em unidade técnica de efluentes pecuários; d) Trata‑ mento em unidade de compostagem ou de produção de biogás; e) Tratamento em unidade de tratamento térmico ou de produção de energia ou de materiais. Pese embora a existência de ou‑ tras opções para a gestão de efluen‑ tes pecuários, a alternativa técnica mais viável (em termos económicos, operacionais, etc.) para o encaminha‑ mento destes efluentes é a valoriza‑ ção agrícola. É também esta a opção à qual o Regime de Exercício da Ati‑ vidade Pecuária (REAP) dá prioridade numa perspectiva de incorporação no solo de matéria orgânica e nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas, incluindo azoto, fósforo e po‑ tássio necessários ao desenvolvimen‑ to vegetal, de redução das adubações e de minimização dos impactes dos efluentes sobre o ambiente, podendo sumidos por Portugal no âmbito do desta forma resultar economias signi‑ Protocolo de Quioto. Adicionalmente, ficativas em fertilizantes inorgânicos. contribui para a preservação dos re‑ Complementarmente, a fertirega, cursos e otimização do ciclo de vida a partir da fração líquida do efluente de alguns componentes, em particular proveniente do separador de sólidos, do fósforo, cujas reservas são a nível atendendo ao seu elevado conteúdo mundial escassas. em água, apresenta‑se como uma so‑ Conforme já referido, das várias lução interessante do ponto de vista alternativas técnicas de valorização da redução do consumo de água na dos efluentes pecuários, a valorização agricultura, contri‑ buindo para a pros‑ secução do objetivo de aumento da efi‑ ciência do uso da água neste setor. Num contexto mais alargado, na‑ cional e global, a valorização agrícola de efluentes pecu‑ ários constitui uma opção ambiental‑ mente sustentável para o sequestro de carbono pelo solo e redução das emis‑ sões de CO2. Esta prática, que conduz a uma introdução de carbono no solo que de outra forma se perderia para a atmosfera, está na linha das orienta‑ ções internacionais em matéria de al‑ A Vétoquinol, especialista em anti-infeciosos terações climáticas dedicados à saúde animal, coloca agora à sua disposição a gama melhor adaptada e contribui para a DIMENSÃO à produção suína ANTI-INFECIOSA concretização dos compromissos as‑ 31 GAMA ANTIBIÓTICA injectável suína Antibioterapia racional: um ato de responsabilidade suinicultura 25 FEIRA NACIONAL DO PORCO DO PORCO TUDO SE APROVEITA! David Catita * Ouve-se frequentemente a frase comum de que, em Portugal, nos falta uma estratégia, de que falta uma estratégia para cada atividade que possa servir de farol e indicar um caminho claro e contínuo, sem avanços e recuos. “Quando não se sabe para onde vai… todos os caminhos vão lá dar!” O setor da suinicultura encontra-se numa bifurcação que definirá o seu futuro em Portugal. Um dos lados, o mais fácil, leva mais ou menos onde estamos agora, onde a suinicultura é vista como uma atividade importante mas associada a problemas ambientalmente graves, geograficamente localizada na zona centro, com elevada densidade populacional, os quais tardam em ser resolvidos e colocam em perigo a continuidade das próprias explorações, castrando naturalmente o seu crescimento futuro. O outro lado da bifurcação, mais difícil e trabalhosa, leva a um local completamente distinto, onde a suinicultura passaria a ser vista como uma atividade fundamental para Portugal, não só pela produção pecuária que garante, mas também pelo contributo estrutural que poderia fornecer à agricultura, através da valorização agronómica dos seus subprodutos. É esta última que nos traz a estas linhas e que devemos desenvolver e aprofundar para que não restem dúvidas de que é o caminho certo. Num país relativamente pequeno como Portugal importa olhar de forma estratégica e encontrar sinergias entre as diversas atividades produtivas. Assim, resumindo bastante, temos a atividade suinícola com elevado potencial produtivo, mas onde os subprodutos da sua atividade podem fazer perigar a sua vitalidade. No Alentejo, temos em marcha o maior empreendimento hidroagrícola público em Portugal, o Alqueva, com um enorme potencial agrícola, mas suportado em solos com reduzida quantidade de matéria orgânica. Esta falta de matéria orgânica no solo, para além reduzir o seu potencial produtivo e a sua fertilidade, potencia a erosão e o arrastamento de solo e nutrientes para as massas de água, colocando em risco o elemento fundamental para o regadio em questão. Assim, com a matéria orgânica de um lado, onde é prejudicial para o ambiente e a sua ausência noutro, onde seria altamente favorável ao processo agrícola, falta fazer a ligação. É esta ligação que foi apelidada de Segmentação de Ciclo. A lógica associada a este processo é segmentar o ciclo produtivo de suínos, mantendo as maternidades no local onde atualmente se encontram, mas deslocando geograficamente a fase de engorda subsequente ao desmame, levando os animais, fáceis de transportar nesta fase, para uma região de baixa densidade populacional e com instalações feitas de raiz de acordo com as normas adequadas, onde os subprodutos poderão ser valorizados na agricultura e onde é crescente a produção de matérias-primas necessárias à alimentação dos suínos. É este processo que corporiza uma estratégia agropecuária nacional, mas à semelhança de todos os processos corretos implica trabalho e esforço e é sempre mais fácil não fazer nada e continuar a empurrar o problema com a barriga para debaixo do tapete, do que agir proactivamente. A solução está à frente dos nossos olhos e ao alcance das nossas mãos, mas continuamos a olhar esperançados para o horizonte, com a esperança que o assunto se resolva sozinho. Infelizmente os problemas não se resolvem sozinhos… ou melhor só se resolvem sozinhos com a morte de um dos intervenientes, neste caso a suinicultura. Acham que o poder político, quando for mais uma vez confrontado com as populações enfurecidas com a poluição das linhas de água, irá defender os suinicultores? Seguramente irá dizer de forma magnânima: Foram dadas ao setor todas as oportunidades para alterar esta situação… e agora só nos resta o encerramento das explorações. 32 Nessa altura será tarde para agir. Assim, neste momento em que o PDR está prestes a iniciar, os intervenientes deverão olhar para o processo de segmentação de ciclo de forma assertiva. Os suinicultores que têm explorações onde tenham limitações relativamente à valorização dos subprodutos orgânicos deverão comunicar à FPAS o seu interesse em deslocalizar a engorda de suínos, deixando expresso se pretendem fazer o investimento da zona de engorda ou se preferem associar-se a um agricultor que pretenda fazer o investimento e trabalharem em conjunto. A FPAS iniciará contactos com a entidade gestora do PDR para que os projetos de zonas de engorda deslocalizada sejam financiados de forma robusta, e em simultâneo desenvolverá contactos com agricultores na região do Alqueva, com o apoio da EDIA, que tenham interesse em receber zonas de engorda na sua exploração ou desenvolver o licenciamento em parcelas que os suinicultores possam adquirir. Desta deslocalização resultará a existência de subprodutos orgânicos provenientes da suinicultura que possam enriquecer as misturas de subprodutos orgânicos já ocorrentes na zona de Alqueva e destinadas a ser transformadas em composto para utilização na agricultura, já em desenvolvimento conceptual no âmbito do Protocolo de colaboração entre a FPAS, o INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária) e a EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva). Os subprodutos orgânicos produzidos pela atividade suinícola terão, a médio prazo, um valor considerável em termos de mercado agrícola, uma vez que fornecem um conjunto valioso de nutrientes e de funções benéficas para o solo, e pode rivalizar com os adubos minerais, os quais representarão num futuro próximo um valor cada vez maior na atividade agrícola. No futuro apenas existirá um tipo de suinicultores… Os que aproveitarem a segmentação de ciclo para transformar os problemas em oportunidades. *EDIA Construímos a sua proteção em conjunto NUTRIÇÃO PTSWISTE00002 NOVO 33 FEIRA NACIONAL DO PORCO EXPERIÊNCIAS DE CAMPO NA ERRADICAÇÃO DO AUJESZKY Albert Finestra Uriol Coordenador de campo da Erradicação do Aujeszky em Espanha Com este artigo pretendo fazer um resumo de como tem sido a erradicação da doença de Aujeszky em Espanha e de quais têm sido as experiências práticas que temos aprendido depois de mais de 10 anos de luta contra a doença. Em primeiro lugar convém recordar que a legislação inicial de luta contra a doença de Aujeszky data do ano de 1995, porém não se iniciou um real programa de trabalho até ao ano de 2003. Em segundo lugar recordar os leitores que Espanha já há um par de décadas que é o segundo ou compete com o primeiro maior produtor europeu de porcos vivos. Este facto tem duas leituras: uma que há um efectivo suíno elevado para a dimensão de Espanha, e ainda muito concentrado em locais específicos do país e que devido a isso a doença de Aujeszky, no ano de 2003, estava muito presente nas explorações espanholas. Não só existiam muitas explorações positivas, como havia uma elevada prevalência dentro das mesmas. Este era o cenário de partida no nosso país: A partir daqui vou-vos relatar as lições aprendidas e como em menos de 10 anos se conseguiu que o país seja negativo. Antes apresento uma tabela de uma experiência pessoal realizada na empresa onde trabalhei de como se pode reduzir a prevalência em dois anos. Agora deve-se fazer em todo o mundo porque algumas dessas explorações voltaram a positivas por pressão local. 34 Granja 9/93 2/94 9/94 3/95 9/95 3/96 9/96 1 88% 78% 52% 31% 25% 15% 7% 2 85% 60% 33% 28% 25% 22% 20% 3 75% 87% 73% 52% 35% 28% 10% 4 71% 43% 22% 13% 0% 0% 0% 5 85% 60% 29% 22% 9% 0% 0% 6 40% 35% 18% 8% 0% 0% 0% 7 53% 42% 35% 9% 0% 0% 0% 1)Coordenação 2) Movimento de leitões e porcos 3)Vacinação 4)Biossegurança 5)Sorologia Observe-se na tabela a prevalência em três anos. Lições 1) Coordenação: para ter êxito em qualquer programa de erradicação, todos os agentes devem estar de acordo e bem organizados. Neste caso a Administração, Produtores e Veterinários são os actores principais e entre eles deve existir uma muito boa colaboração. Em Espanha a criação dos Coordenadores de Campo tanto Nacionais como das regiões autónomas, foi de grande ajuda. A ideia é gerir a legislação conforme o programa evolui e os recursos de cada território 2) Controlo de movimentos: para poder eliminar esta doença devemos conhecer com toda a segurança o movimento de porcos, sobretudo em vida e também em pós-abate. O objectivo desta medida é gerir os movimentos de animais para o caso de ser necessário limitar os mesmos em função de prevalências individuais ou regionais. 3) Vacinação: é a melhor ferramenta técnica para poder lutar contra a doença de Aujeszky. As vacinas para esta doença estão seleccionadas de forma a que, sem perder a capacidade imunológica, podemos diferenciar animais protegidos de animais infectados. Uma população bem vacinada não sofrerá a doença na sua forma clínica e para que seja infectada necessitará de uma quantidade de vírus muito maior que uma população não vacinada ou deficientemente vacinada. 4) Implantação de vacinação: quando as explorações não evoluem ou volta a haver animais infectados, a primeira coisa a fazer é rever como e quando se vacina. Pela minha experiência, são estes os factores que falham, não a vacina em si. 5) Acompanhamento sorológico: é fundamental ser feito muitas vezes e fazê-lo bem. Em Espanha o papel que as Associações de Defesa Sanitária desempenharam foi muito importante. São estruturas regionais dirigidas tecnicamente por veterinários e que fizeram um trabalho louvável na luta contra a doença de Aujeszky. Em conclusão, pode-se eliminar a doença de Aujeszky de uma exploração, de um território e de um país mas devem ser tidos em conta factores críticos muito importantes. FEIRA NACIONAL DO NUTRIÇÃO PORCO FEITA COM AMOR seminário "A Suinicultura e o Ambiente" Gestão dos Efluentes Pecuários em Portugal Opnião de um visitante Nos passados dias 26 e 27 de setembro tivemos a 22ª edição da Feira Nacional do Porco. Não foi mais uma feira… Foi…. A FEIRA! Quem nunca se viu envolvido na organização de uma feira tão importante para o sector e com as características desta, não pode imaginar a “quantidade de trabalho” que está por detrás deste ACONTECIMENTO! - identificar objectivos - coordenar esforços - desafiar (convencer) oradores - mobilizar as empresas do sector - mostrar a todos – autoridades, governantes, palestrantes, criadores, consumidores - a importância e o interesse que um Sales Henriques* acontecimento como este exige. Para além dos assuntos e dos diferentes aspectos técnicos que foram apresentados e tratados nos simposia que decorreram durante a Feira, é IMPORTANTE realçar dois, que nae óptica do escrivão destas linhas mais são, seguramente, dois temas vitais para produção armazenagem, mas também – fezes e urinas, mas também os a sobrevivência do sector: ao nível do seu transporte, eventual pro‑ restos alimentares, de camas e as - FILPORC: o Interprofissional da Fileira da Carne de Porco (convençamo-nos todos e sem dúvidas, que sem ele a funcionar não cessamento e/ou utilização no âmbito águas de lavagens das instalações e sobreviveremos dignamente) da valorização agrícola ou outras. A Le‑ dos equipamentos, bem como outros - Plano para o controlo e erradicação da doença de Aujeszky gislação REAP eeos processos de éauto‑ subprodutos animais e produtos Se não formos capazes de verdadeiramente os executar pôr a funcionar, impossível esperar que o sector sobrevivaderi‑ saurização das diferentes atividades pecuá‑ vados destes, que sejam utilizados davelmente. Acantonados neste “jardim da Europa àrias beira mar plantado”, com saída para sector ficará orgânicos. reduzido ao mercado integram a só necessidade do o mar, comoo fertilizantes interno. cumprimento, pelas explorações pecuá‑ Assim, todas as explorações pecuá‑ E todos sabemos quanto ele vale… rias, de diferentes áreas, nomeadamen‑ rias e que geram efluentes pecuários Morreremos na praia…? ema apresentado no Semi‑ te a defesa hígio‑sanitária dos efetivos, (que possuem instalações de aloja‑ NÃO! nário Suinicultura e o Am‑ as normas de bem‑estar animal, a saúde mento ou estabulação dos animais, já Mas para que isso não aconteça é preciso que todos os intervenientes – produtores e autoridades – cumprindo cada um a sua biente organizadoe num pelaverdadeiro e segurança das pessoas, o ordenamen‑ que a excreta em pastoreio parte (sem ressentimentos ESPÍRITO DE EQUIPA) cuidem e desenvolvam estedos tãoanimais importante sector da FPAS e a Embaixada da Ho‑ to dosão território, mas também a qualidade não é considerado um efluente pecuá‑ economia e em que tantas capacidades nos reconhecidas. landa Oeiras, 19 de No‑ doconjunto ambientede que é induzido pela referida rio) são uma obrigadas aoFEIRA cumprimento de Foi em comPortugal, base nestes pressupostos que um HOMENS BONS proporcionou ao país GRANDE DO PORCO! FEITAde COM AMOR! vembro 2013, por H. Sales Henri‑ atividade. um conjunto de regras e a promover Como na vida deve ser ques, emtudo representação da feito! Direção Para além da legislação REAP, na adaptações nas suas explorações para Obrigado a todos! Geral de Agricultura e Desenvolvimen‑ valorização agrícola dos efluentes pe‑ assegurar estes normativos. Até à próxima edição da Feira! T to Rural. cuários é necessário ter também em Para melhor entender a GEP, é ne‑ A recente legislação do Regime de consideração as regras relativas à pro‑ cessário ter consciência que numa ex‑ Luis Capitão Valente Exercício das Atividades Pecuárias teção das zonas vulneráveis a poluição ploração pecuária, existe um(med. Vet.) Balanço (REAP), estabelecido pelo Decreto‑lei por nitratos de origem agrícola estabe‑ Mineral entre as “entradas” de mine‑ Ps 1: não seria justo não reconhecer aos organizadores das anteriores edições da Feira o meritório trabalho de terem “inventado” (criado e acarinhado) este evento nº 214/2008, e mais recentemente alte‑ lecidas pela Portaria nº 164 e nº 259 de rais contidos nos alimentos, animais, ora REINVENTADO! aos que a iniciaram e mantiveram! radoObrigado pelo Decreto ‑lei nº 81/2013, bem 2010, com base no Decreto‑lei nº etc. e as saídas equivalente dos “mine‑ Parabéns aos que contra ventos e marés a mantêm e dela fizeram um evento de tanta qualidade e categoria! como pela Portaria nº 631/2009 criou 235/87. rais” retidos pelos animais ou leite Ps 2: para o autoraescreve de acordo com as regras que aprendeu na escola e nega-se a fazê-lo segundo inovações desapropriadas para a Língua Portuguesa regras Gestão dos Efluentes Pe‑ No conceito de Efluente Pecuário produzido e vendidos, os animais mor‑ cuários (GEP), não só ao nível da sua são incluídos não só a excreta dos ani‑ tos e eliminados, etc. suinicultura 9 35 FEIRA NACIONAL DO PORCO 36 FEIRA NACIONAL DO NUTRIÇÃO PORCO A PREOCUPA-SE! 37 REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS VETLIMA INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES Por iniciativa da Administração e em dia memorável, a Vetlima distinguiu a sua marca, com um evento que marcou a inauguração das novas instalações no Parque Industrial da Rainha em Vila Nova da Rainha, no passado dia 26.09.14, bem como a ela associou a homenagem aos seus fundadores, Sr. Filinto Lima e Dr. Carlos Duarte, que em 1972 iniciaram esta ideia que se chama hoje Vetlima. Num edifício de mais de 4.000 m2 cobertos, concentra todos os serviços que caracterizam a Empresa nos vários domínios, destacando-se inovadoras áreas de fabrico de PMM´s, standard GMP, armazém de temperatura e humidade monitorizada/controlada e ainda a existência dum auditório com moderna tecnologia no meio do áudio-visual. As cerimónias presididas pelo Sr. Presidente da presenças institucionais Câmara da Azambuja, Sr. Luís de Sousa e Pelo Sr. Director Geral da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, Prof. Doutor Álvaro Pegado de Mendonça, decorreram em ambiente acolhedor, proporcionando a todos os convidados, clientes, fornecedores, banca e concorrência, momentos de agradável convívio. No moderno auditório da Empresa proporcionaram-se algumas intervenções, que muito dignificaram momentos de verdadeiro significado para a Vetlima, que elevaram o acto, através da expressão do Sr. Presidente da Vetlima, José Carlos Duarte, do Sr. Presidente da Câmara da Azambuja, Sr. Luís de Sousa, do Sr. Director Geral de Alimentação e Veterinária, Álvaro Pegado de Mendonça e por fim o Dr. Carlos Duarte, principal acionista e fundador, usaram da palavra, vincando o traço que a Empresa tem deixado ao longo destes anos, nos mercados onde chega e na actividade que desenvolve. Actualmente a Vetlima representa cerca de 10% do mercado da saúde animal em Portugal e tem como desígnio próximo a internacionalização da sua marca, para o que as novas instalações dão decisivo contributo. Por fim foi descerrada junto à entrada do edifício uma placa alusiva à inauguração, tendo sido servido de seguida um Porto de Honra, proporcionando nessa altura são convívio entre a Administração e quadros da Vetlima, familiares dos homenageados, entidades oficiais e demais convidados. Num ambiente de respeito pelo passado, brindando ao presente e com olhos postos no futuro viveram-se momentos de raro conteúdo. 38 4 suinicultura REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS SEMINÁRIO IDT BIOLOGIKA/CAMPIFARMA A produção suína moderna enfrenta vários desafios, dos quais destacamos: a melhoria constante do rendimento e crescimento, a volatilidade constante no preço das matérias-primas, e a necessidade imperiosa de manter um custo de produção ótimo. Estes fatores implicam desafios nutricionais com uma maior variabilidade nas fórmulas nutricionais, nas respetivas matérias-primas utilizadas e uma seleção genética para maior capacidade de ingestão dos animais. Se tivermos em consideração todos este fatores, assim como uma política europeia cada vez mais restritiva no uso de antibióticos, sabemos que iremos enfrentar um período de maior preocupação pela patologia entérica. Um conhecimento dos diferentes tipos de E. coli implicados na patologia entérica após o desmame é crucial para tomar uma decisão fundamentada na gestão de cada exploração. A IDT BIOLOGIKA e a Campifarma organizaram no passado dia 15 de Outubro uma reunião com o objetivo de promover o conhecimento dos diferentes tipos de E.coli implicados nos quadros clínicos mais habituais, o seu correto diagnóstico, e uma avaliação das diferentes ferramentas existentes ao serviço do médico veterinário para a solução destas patologias. Caso queira obter a documentação destes seminários, ou realizar diagnóstico de fatores de virulência de E. coli em laboratório contacte com Filipe Ramalho (framalho@ campifarma.com) ou Sérgio Barrabés ([email protected]). CONFAGRI PROMOVE ENCONTRO NACIONAL DE TÉCNICOS A CONFAGRI promoveu no passado dia 7 de Novembro, em Fátima, um Encontro Nacional de Técnicos das Entidades Associadas e Protocoladas com a Confederação, tendo participado nesta iniciativa cerca de 350 técnicos de todo o país. O evento contou, na sessão de abertura, com a participação do secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira e na sessão de encerramento com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. A razão deste Encontro Nacional de Técnicos são no essencial, três: Em primeiro lugar, para dar a conhecer os últimos desenvolvimentos do novo Quadro de Incentivos que Portugal irá dispor até 2020, actualizando as informações disponíveis relativamente ao Programa de Desenvolvimento Rural e ao novo regime das Ajudas Directas da PAC, bem como obter uma visão global dos outros Programas Operacionais - Temáticos e Regionais - que integram o Portugal 2020. O desenvolvimento da agricultura, das indústrias agro-alimentares e das economias locais, em que a CONFAGRI e as suas associadas exercem as suas actividades, são, cada vez mais, um espaço de oportunidades para o desenvolvimento do País. Espaço, que importa potenciar, através de uma forte aposta na formação profissional dos agentes do sector e numa política ajustada de incentivos ao emprego. A segunda razão deste Encontro, visou projectar a acção da CONFAGRI para os próximos anos, tendo em conta os desafios que hoje lhe são colocados e tendo em conta os instrumentos que, no âmbito do Portugal 2020, podem apoiar a sua acção. A vasta rede de Organizações Agrícolas ligadas à CONFAGRI, que cobre todo o país, e os bons resultados do trabalho em parceria que tem sido realizado é factor de motivação para um aprofundamento da nossa cooperação e para o seu alargamento a novos domínios. Por fim, a terceira razão para este Encontro foi, o prestar do Reconhecimento e Agradecimento Público da CONFAGRI a todas as Organizações e aos seus Técnicos, pelo inestimável trabalho que têm desenvolvido em parceria com a Confederação. A SUINICULTURA realça aqui o PRÉMIO DE RECONHECIMENTO E MÉRITO – CATEGORIA 2 – CRESCIMENTO – NUT 2 – LISBOA, atribuído à nossa associada ALISP, na pessoa da sua colaboradora Paula Paulino, pelo número de candidaturas efetuadas em 2013. O prémio atribuído foi um computador Surface 2 e uma visita de estudo a Bruxelas. Os nossos parabéns pelo este desempenho que bem demonstra a qualidade cada vez mais reconhecida do movimento associativo do sector suinícola nacional. 39 REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS 5º CONGRESSO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA AGROALIMENTAR Pedro Queiroz * O 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, organizado pela FIPA, deixou mais uma vez uma marca de sucesso. A participação de oradores de elevada reputação e com provas dadas, quer no setor quer na sociedade em geral, permitiu elevar o patamar de reflexão e discussão. Um marco importante deste evento foi a apresentação do trabalho desenvolvido entre a FIPA e a Deloitte sob o tema “Ambição 2020 – Na rota do crescimento”. O resultado final deste desafio foi a sistematização dos principais indicadores do setor, os desafios de competitividade do país, as expetativas dos líderes da indústria, empresários e gestores, assim como elencar um conjunto de princípios orientadores para uma possível Ambição 2020, que de alguma forma possa mobilizar os vários agentes, agregando vontades e contribuindo para a convergência da agenda e políticas nacionais do setor. Tendo por base um inquérito realizado pela Deloitte aos líderes de uma amostra de empresas, que no seu conjunto representam aproximadamente 40% do total do volume de negócios da indústria agroalimentar, o cenário é positivo – cerca de 75% dos inquiridos tem expetativas favoráveis ou muito favoráveis relativamente ao futuro da indústria em Portugal. Na sua totalidade acreditam vir a crescer, sendo que as empresas de origem nacional apostam sobretudo na captação de novos clientes noutros mercados, enquanto as de origem internacional estão mais focadas no mercado doméstico. Tendo como horizonte 2020, duas em cada três empresas, têm como expetativa que mais de 25% do seu volume de negócio seja assegurado no exterior e 15% esperam mesmo que o mercado externo venha a representar mais de 50% da sua faturação. Na perspetiva das empresas, entre um total de 21 dimensões, em média, as que são consideradas como mais críticas para o seu desenvolvimento passam pelo foco no Consumidor, Contexto Fiscal (carga fiscal e previsibilidade), relação com a Grande Distribuição, Inovação e Segurança Alimentar. Para o futuro, os lideres entrevistados, destacam a necessidade de reforçar o esforço e investimento na evolução do Contexto Fiscal (carga fiscal e previsibilidade), apoio à Exportação e Internacionalização, Estabilidade nas Politicas Definidas pelo (s) governo (s) do país, Foco no Consumidor e Contexto Legal (funcionamento e previsibilidade). Este foi mais um desafio ganho pela Indústria Alimentar e que muito orgulha a FIPA! * Diretor-geral da FIPA Gerações à frente: 13,5 leitões desmamados por ninhada Soc. Agro-Pecuária de Vale Henriques, S.A. José Maria Lopes Cardoso | E-mail: [email protected] Tlm.: (+351) 910 004 819 | Tel.: (+351) 263 401 175 Fax: (+351) 263 401 280 DanBred International Jacob Piilgard | E-mail: [email protected] Tel.: (+45) 38 41 01 41 | Fax: (+45) 33 91 60 15 www.danbredint.dk Multiplicador Oficial da Danavl Doses de sémen Danbred (linhas fêmea) já disponíveis no AIM Ciala Licensed by 40 www.danavl.com REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS PRÉMIOS “PORC D’OR” reuniões, congressos e seminários ções de criadores de Raças parceria com a Faculdade de Medicina Autóctones. Vários seminários se rea‑ Veterinária da Universidade Técnica lizaram neste âmbito, muitas publica‑ de Lisboa. ções técnicas foram produzidos e pro‑ Ficou a obra física, ficou o projeto jetos de Investigação/experimentação mas acima de tudo ficou um grupo de foram realizados em parceria. especialistas altamente qualificados Internacionalmente a EZN abriu‑se à que hoje são Professores, Dirigentes, cooperação com Universidades, Insti‑ Técnicos e até Políticos que são a pro‑ tutos de Investigação, Associações va provada do que foi o Projeto inte‑ Internacionais como foi o caso do grado de criar na EZN um polo de ex‑ Centro Internacional de Altos Estudos celência em Produção Animal. lebra marque o início de um novo Agronómicos Mediterrânicos (CIHE‑ Abriu‑se ao exterior quer uma para vez, Produ‑ Na XXI edição dos e prestigiados Prémios “Porc D’Or”, a Catalunha foi, mais a região autónoma mais premiada. Além de amanhã que todos desejamos risonho AM) deosSaragoça e a Federação Euro‑d’Or”tores quer“Diamante”, para o meio Académico. conquistar três Prêmios Especiais “Porc (o prémio o prémio “Saúde, Bem-Estar Animal e Meio Ambiente” eo prémio “máxima produtividade”), foi a região com maior número de prémios conquistados. e próspero. peia de Zootecnia (FEZ). Apostou sempre na Internacionaliza‑ Muitos trabalhos foram produzidos ção quer através de Projetos em par‑ Concretamente, a Catalunha recebeu um total de 20 galardões, que foram parar a 18 explorações da região. Destes, 13 viajaram até JMC Ramalho Ribeiro e publicados nesteLérida período quer de sendo ceria,7na de trabalhos, na Barcelona, 5 foram para e 2 para Girona, de publicação ouro, 7 de prata e 6 de bronze. Investigador Coordenador carater técnico quer científico quer participação em Comissões e na Or‑ O prémio mais cobiçado da noitequer (Porcem D’Or Pinsos Grau, S. Diretor A., situada na Aposentado; Ultimo da EZN. em revistas de Divulgação re‑de Diamante) ganizaçãofoideparar à Granja Sant Martí, da empresa localidade de Sant Martí de Centelles, em Barcelona. Esta exploração recebeu ainda o prémio especial da máxima produtividade, vistas de reputado mérito científico Reuniões e batendo um novo record da história dos Porc D’Or com uma isto é comnumérica “CitationdeIndex”. Congressos. produtividade 34,78 leitões desmamados por porca outroSant ladoMartí a EZNiniciou acolheu esta‑ Preocupou‑ por ano.Por A Granja a sua actividade em 1994 e conta, na actualidade, um efectivo de 1100‑se reprodutoras. giários de todas com as Instituições que muito Começou como ciclo fechado, alterando o seu sistema de aqui realizaram estágios Profissio‑ com o Bem‑ produção em 2002, reorganizando-se numa exploração de nais, de Bacharelato, de Licenciatura, ‑estar de uma dos reprodutoras e leitões até aos 6 kg (Fase I). Trata-se de Mestrado e de Doutoramento. Funcio‑e exploração que nos últimos anos obteve váriasseus nomeações prémios Porc D’Or. As Granja Sant Martíeestão Houve contudo uminstalações ponto queda gostaria nários as‑ acondicionadas ambientalmente com ventilação, calafetagem e de destacar e que complementa tudo o sim se criou adaptadas ao sistema de alojamento em grupos de porcas em que até aqui jádefoialimentação exposto. Refiro‑me Espirito gestação e sistema monitorizadoum por máquinas à formação de quadros. Desde muito EZN feito de electrónicas de identificação individual. cedo o Prof. Vaz Portugal teve a preo‑ Corpo e de Nas palavras dos jurados, a “Granja Sant Martí destaca-se pela cupação de preparar técnicos que, em Alma que tem sua grande eficiência produtiva e nível sanitário, pela sua equipa diferentes partes do mundo, semaneio espe‑ dossobrevivido jovem e profissional e pelo excelente animais”. cializassem nas diferentes áreas da às contingên‑ A exploração deAnimal Lérida Albesa empresa Produção quer Ramadera, através depertencente Es‑ cias àdo tem‑ Piensos Costa, situada na localidade de Albesa recebeu das tágios ou de Programas de Mestrado po. mãos da ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, ouGarcía de Doutoramento. Houve pois a D’Or deOMagrama Corpo Isabel Tejerina, o Prémio Especial Porc preocupação de Animal adaptar estruturas, “Sanidade, Bem-Estar e Meio Ambiente”.sofre mas a criar novas valências para I&DE, ad‑ Alma resiste. A Granja Albesa Ramadera foi criada no ano de 2009 e hoje quirir equipamento topo de gama mas É por tudo em dia conta com um efectivo de 3.300 reprodutoras. Entre acima de tudo formarda gente e criar Es‑ isto con‑ todas as características Albesa Ramadera queque fizeram tinuamos oti‑e estacola. exploração merecedora do prémio, é a sua filosofia compromisso com a formação, o desenvolvimento e ensaio de Este foi talvez o legado mais mar‑ mistas. novas tecnologias, sendo uma exploração de “demonstração”, cante que o Prof. Vaz Portugal nos Fecha‑se assim como a gestão informatizada integral da exploração, que deixou: uma Escola de Especialistas um Ciclo mas lhes permite controlar e ajustar os consumos individualmente nos sectores da ambiental. Produção Para certamente e por suadiferentes vez melhorar o factor além disso, também enfatizam o uso energias alternativas e avirá. gestão Animal que não só de enriqueceram a outro de tratamento de efluentes. EZN como todas as outras Instituições Fazemos Portuguesas ligadas à Produção Ani‑ votos para mal. O exemplo máximo desta preocu‑ que esta efe‑ 41 pação foi a criação do Mestrado Inter‑ méride que nacional de Produção Animal em agora se ce‑ REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS Dois anos depois, a gala dos Porc D’Or voltou às origens, a Lérida. Mais de 650 profissionais do sector, entre produtores e técnicos de toda a Espanha, empresas e personalidades ligadas à suinicultura, assim como autoridades locais, autónomas e nacionais, não quiseram perder aquele que se configura já como o grande acontecimento anual do sector da produção animal em geral e suinícola em particular. Esta nova edição dos prémios Porc D’Or contou com a presença da ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina. Entre a assistência encontrava-se ainda o conselheiro para a Agricultura, pecuária, pesca, alimentação e meio ambiente do Governo da Catalunha; o director geral de Agricultura e pecuária do Departamento de Agricultura, Pecuária, Pesca, Alimentação e Meio; o Secretário-Geral de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente; o governador da cidade de Lérida; a subdirectora geral de Promoção Alimentar de Magrama; o subdirector geral do Instituto de Investigação e Tecnologia Agro-Alimentar (IRTA); o Presidente da Interporc; o Presidente da ANPROGAPOR e o vice-presidente e director geral da ZOETIS Europa do Sul, empresa co-organizadora dos prémios, Félix Hernáez. A ministra da Agricultura, destacou o “excelente trabalho” que desenvolve o sector suinícola espanhol, “graças ao seu profissionalismo, aplicação de técnicas de gestão modernas e eficientes, e a sua clara aposta no I&D&I”. “Um trabalho que mostra a sua vocação de permanência no campo, e que supõe uma importante contribuição para o desenvolvimento rural”. Isabel García Tejerina recordou que a produção final do sector em 2013 se traduziu em cerca de 3,5 milhões de toneladas, com um valor de 6.272 milhões de euros, que representou 40% do total do valor da produção animal. Quanto às exportações, a ministra explicou que no mesmo ano, ascenderam a 1.300.000 toneladas, cerca de 40% do total produzido, e superaram os 3.300 milhões de euros, que representa um incremento de 2,5% relativamente a 2012. Também salientou a “indubitável dimensão social do sector” que se reflecte nas mais de 85000 explorações registadas e no emprego que estas geram. Como forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo sector, García Tejerina expressou o compromisso do Ministério “para que possa ser desenvolvida a sua actividade nas melhores condições e com o máximo nível de rentabilidade”. Neste sentido, recordou as conquistas nas negociações da PAC, com a manutenção dos instrumentos de gestão do mercado de que dispõe o sector suinícola. Fonte: Eumédia/Mundo Ganadero 42 REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS 3º ENCONTRO DE ALIMENTAÇÃO A Topigs Norsvin organizou no passado dia 28 de Novembro o seu 3º Encontro de Alimentação com a presença do Prof. Dr. Bruno Silva, professor na Universidade Federal de Minas Gerais e nutricionista consultor da Topigs Norsvin. O encontro decorreu no Clube Náutico Alfoz em Alcochete e contou com a participação de cerca de 100 convidados, entre eles suinicultores, técnicos e responsáveis de nutrição. Sob o tema geral “Procurando maior eficiência diante dos desafios de mercado”, o diretor da Topigs Norsvin Portugal, o Dr. Gonçalo Pimpão, apresentou a nova empresa Topigs Norsvin e falou dos seus desafios para o futuro. De seguida, o Prof. Dr. Bruno Silva falou sobre conceitos básicos na nutrição de leitões no pós-desmame e fez ainda uma apresentação sobre a procura da eficiência alimentar diante dos desafios de mercado, palestra principal da reunião. No encontro houve também oportunidade para que o diretor técnico da Topigs Norsvin Portugal, o Dr. Francisco Sepúlveda, apresentasse algumas ferramentas novas de nutrição da Topigs Norsvin que servirão de apoio aos suinicultores com genética Topigs Norsvin. A Topigs Norsvin Portugal agradece a presença de todos os participantes neste encontro e reassume o seu compromisso em apoiar a suinicultura nacional na procura de uma produção cada vez mais eficiente! Reduzir o nível de proteína bruta na dieta de porcos crescimento para melhorar o custo do alimento Redução do preço do alimento 17,0 % 15,0 % Proteína bruta Proteína bruta Resultados da optimização do alimento para porcos crescimento considerando cada aminoácido essencial ☛ Os nutricionistas da Ajinomoto Eurolysine S.A.S. reviram e actualizaram recentemente as necessidades de aminoácidos essenciais para porcos crescimento (>25kg). As necessidades actualizadas, apresentadas na tabela seguinte, fornecem um caminho para a redução da proteina bruta da dieta sem consequências negativas na performance esperada dos suínos. ☛ A suplementação com aminoácidos como o L-Triptofano permite uma redução da proteína bruta da dieta e, consequentemente, do custo do alimento, permitindo assim uma performance optimizada ao menor custo. ☛ Adicionalmente, benefícios no ambiente são obtidos por menor excreção de azoto. PERFIL IDEAL DE AMINOÁCIDOS PARA PORCOS CRESCIMENTO E ACABAMENTO Relação SID relativamente à Lisina (%) Crescimento 25 aos 65kg Acabamento 65 aos 110kg Lisina 100 100 Treonina 67 68 Metionina + Cistina 60 60 Triptofano 20 19 Valina 65 65 Isoleucina 53 53 Leucina 100 100 Acesso livre a toda a informação em: www.ajinomoto-eurolysine.com Contact: INDUKERN PORTUGAL, LDA Centro Empresarial Sintra Estoril II – Rua Pé de Mouro – Edif. C Apartado 53 – Estr. de Albarraque, 2710-335 SINTRA 43 Telef.: 219248140 – Fax: 219248141 – [email protected] REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS XI SIMPÓSIO DA SOCIEDADE CIENTÍFICA DE SUINICULTURA Na última intervenção da tarde a Dra. Helena Ponte apresentou o Plano de Ação Nacional para a redução de Antibióticos nos Animais, tendo dado conta a importância crescente que este assunto tem nas Autoridades Europeias. Foram apresentados e analisados os dados de Portugal que, no último ano, mostram uma redução, tendência que será crítica mantermos. No passado dia 7 de Novembro de 2014 a Sociedade Científica de Suinicultura organizou no Hotel Vip Executive em Santa Iria da Azoia, o seu XI Simpósio subordinado ao tema Complexo Entérico Suíno (CES), o qual contou com a presença de vários oradores de reconhecido mérito. Os trabalhos iniciaram-se com as boas vindas, pelo presidente da SCS, Dr. Alfaro Cardoso, o qual referiu ter elevada expetativa na Jornada Técnica, atendendo à qualidade dos oradores e à atualidade do tema escolhido. O primeiro painel foi dedicado à revisão dos principais agentes implicados no CES, onde o Dr. Emili Revilla partilhou a sua vasta experiência na abordagem às patologias entéricas da maternidade, recria e engorda. Além de uma breve caracterização dos agentes implicados no CES, descreveu a sintomatologia e as lesões das referidas patologias, tendo apresentado várias recomendações práticas de tratamento e/ou prevenção, bem como reforçado a importância das medidas de maneio e biossegurança para o efetivo controlo do CES. Na segunda parte da sessão o Dr. Luis Flores abordou a Influência da Nutrição no Complexo Entérico Suíno, onde expôs a importância do equilíbrio da flora intestinal como fator decisivo de resistência à colonização. Durante a sua apresentação reforçou o interesse de conhecermos a flora microbiana e a sua biodiversidade, bem como o papel do intestino na resposta imune e reações inflamatórias. Finalizou destacando o papel da água como principal alimento e a relevância de adequarmos a nutrição de acordo com o tipo exploração, maneio, genética e microbismo presente. Seguiu-se a palestra do Dr. Ricardo Mesquita, que abordou o Impacto Económico do CES. Iniciou a sua exposição com a partilha de alguns exemplos com os Custos da Doença: aumento dos valores de medicação, da mortalidade, do IC e diminuição do GMD, bem como do rendimento das carcaças e aumento na mão-de-obra. Seguiu-se a apresentação de um Caso Clínico onde descreveu o diagnóstico, medidas corretivas e impacto económico, tendo concluído que o IC é o fator que mais impacta nos resultados de uma exploração afetada pelo CES. 44 Os trabalhos foram encerrados pelo Presidente da SCS, tendo felicitado todos os oradores pela qualidade das exposições, agradecido a participação dos produtores e técnicos presentes, bem como patrocínio de várias empresas do sector, que mais uma vez acreditaram na SCS como veículo de formação. REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS MISSÃO CHINESA VISITA PORTUGAL A FPAS representada pelos seus Diretores, Nuno Correia e David Neves, participou, em conjunto com o Ministério de Agricultura, na receção à delegação chinesa que, no passado mês de Outubro, visitou o nosso país. Esta missão oficial pretendeu analisar o setor, no sentido de estudar a possibilidade de abrir as nossas fronteiras à exportação de carne de porco para esse imenso mercado que é a China. Caso se venham a concretizar as perspetivas apresentadas ir-se-ão, sem dúvida alargar os nossos horizontes comercias permitindo assim um crescimento mais sustentado do nosso setor, retirando alguma pressão no mercado nacional. 45 NUTRIÇÃO ADITIVOS SENSORIAIS PARA MELHORIA DA PRODUTIVIDADE E UNIFORMIDADE DE LOTES DE LEITÕES DESMAMADOS A percepção sensorial “umami” é a de um gosto agradável relacionado com a identificação de fontes proteicas. Nos humanos a sua principal aplicação, está em potenciar a aceitação dos alimentos e estimular o apetite a pessoas idosas ou doentes (Bellisle,1999). No caso dos suínos, tambem se considera um estimula positivo capaz de motivar consumo, sobretudo em momentos críticos como o desmame. A utilização da estimulação sensorial umami no desmame permite, por um lado, estimular o consumo precoce, dado que é um estímulo sensorial preferido pelo leitão, e por outro, optimizar o seu crescimento nas primeiras etapas de vida (Tedó et al.,2011). Aplicações da estimulação umami nas dietas para leitões Quando consideramos o periodo produtivo do suino, desde o nascimento até ao abate, encontramos um grupo de animais cujo crescimento é marcadamente inferior á média. Esta redução no crescimento, influi inevitávelmente na homogeneidade do peso vivo (PV) na população de animais e faz que aumente a variabilidade no abate,gerando sistemas produtivos ineficientes. Estudos recentes, com mais de 200.000 dados produtivos individuais provenientes de França , Holanda e Reino Unido (Paredes et al.,2012;Douglas et al.,2013) identificaram parâmetros para predizer o PV dos animais no momento da fase de transição , e inclusive alguns factores que possuem maior influencia na variabilidade do PV no momento do abate.Segundo estes estudos factores como PV ao nascimento,PV ao desmame e PV na sexta semana de vida, podiam chegar a explicar até 70 % da variabilidade no PV no final do periodo de transição. A equipa de I+D de Lucta S.A. investigou em profundidade a utilização da estimulação umami em dietas para leitões ( Roura et al.2007,2008;Tedó et al ., 2011). O objectivo comum em todos os trabalhos realizados foi obter consistência nos resultados zootécnicos e conseguir lotes mais uniformes no inicio do periodo de engorda. Como resultado desta investigação desenvolveram um aditivo sensorial especifico para o suino, chamado Luctarom® Advance. Melhorias zootécnicas derivadas da utilização do aditivo sensorial umami no periodo de transição O aditivo sensorial Luctarom® Advance foi avaliado em mais de 20 ensaios realizados com leitões durante o periodo de transição. Foi ainda incluido no estudo, a persistência dos resultados zootecnicos depois de retirado o aditivo da dieta. Os estudos publicados de dose resposta (Roura et al., 2007) mostram um incremento linear do ganho medio diario do PV dos leitões comforme aumenta a dose de Luctarom® Advance na dieta . De acordo com estes resultados, a dose optima está entre 1,5 e 2 kg ton de alimento. A estas doses as melhorias registadas en relação ao grupo control (grupo sem Luctarom® Advance) foram de cerca de 16% para o ganho de PV, 15% para o consumo do alimento pós desmame e 10 % para a conversão do alimento no final da transição. Estes resultados foram comfirmados tanto em sistemas de produção europeus como americanos, sobre condições de formulação de dietas e de maneio dos animais diferentes. A avaliação económica a campo, indica que as melhoras produtivas derivadas da utilização de Luctarom® Advance garantem valores de retorno do investimento (ROI) superiores a 3. Dados recentes procedentes da granja experimental da Lucta S.A.corroboram uma vez mais a consistência dos resultados zootecnicos derivados da utilização de Luctarom® Advance. Desta vez, o objectivo do estudo foi avaliar a persistência da resposta animal ao Luctarom® Advance com a retirada de oxido de zinco da dieta aos 14 dias post desmame, independentemente da idade do desmame e de se receberam ou não lactoiniciador antes do desmame . Os resultados de crescimento (Fig 1) e eficiencia (Fig 2 ), que mostramos em seguida , fazem referencia a estes estudos, onde os resultados foram expressos relativos ao grupo control em unidades percentuais. 46 Fig. 1 - Resultados de crescimento de leitões com Luctarom® Advance nas dietas de transição expressos em % de melhora nas comparações com o grupo control. A maior percentagem de melhora observou dentro do grupo de leitões com PV mais leve ao desmame, em maneios sem lactoiniciador antes do desmame, e nos mais pesados, quando tiveram acesso a alimento sólido antes do desmame. Deste modo, o uso de Luctarom® Advance nas dietas de leitões contribuiu para a obtenção de lotes mais uniformes ao inicio da engorda. Para poder corroborar esta possibilidade, estudamos a persistência do impacto sobre os parametros zootécnicos durante a pré engorda, momento no qual nenhum leitão recebeu Luctarom® Advance na sua dieta. Os resultados mostraram que efectivamente o uso de Luctarom® Advance nas fases prévias, aumentou a uniformidade e o PV minimo dos lotes dos leitões na pré engorda (Fig 3 ). Fig. 2 - Resultados de eficiência de leitões com Luctarom® Advance nas dietas de transición expres sos em % de melhora nas comparações com o grupo control. Fig. 3 - Distribução dos Pesos Vivos á entrada da engorda, em %. Os dados correspondem a animais alimentados com dieta de pre-engorda e sem Luctarom® Advance em nenhum dos grupos. Conclusões A utilização do aditivo sensorial umami especifica para suinos, Luctarom® Advance, está recomendado em situações onde o consumo de alimento se encontre comprometido, como seria o momento do desmame. Nestes casos, Luctarom® Advance permite melhorar os parametros zootécnicos (crescimento e eficiencia ) e reduzir a variabilidade de PV no final do periodo de transição , resultando lotes de leitões mais uniformes na fase da engorda . NOTÍCIAS - VISITA À IDT 47 RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA 22ª FEIRA NACIONAL DO PORCO A 22ª edição deste evento, decorrida entre 26 e 28 de Setembro, reuniu no Montijo toda a fileira da carne de porco, desde a produção de alimentos compostos para animais até à indústria de abate e transformação, passando pela produção e atividades afins (genética, consultoria, laboratórios de análise, fabricantes e distribuidores de produtos médico-profiláticos, projetistas, fabricantes de equipamentos, etc.). Em simultâneo, decorreu um conjunto de sessões temáticas entre as quais se destacaram as “Jornadas Técnicas da FPAS”, o Colóquio “A PAC 2014/2020 – o que os suinicultores devem conhecer” e o “Ponto da Situação sobre o PCEDA”. O evento contou ainda com a visita dos ilustres Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar Prof. Dr. Nuno Vieira e Brito, assim como a Ministra da Agricultura e do Mar Dra. Assunção Cristas, os quais tiveram a amabilidade de visitar o stand da ACPA e degustar os produtos qualificados do Porco Alentejano em prova neste espaço. ACPA NA PORTUGAL AGRO 2014 A ACPA esteve presente com um stand no certame Portugal Agro, que decorreu na FIL em Lisboa de 20 a 23 de Novembro. A Portugal Agro é um projeto da Fundação AIP/FIL para o setor agrícola e agroalimentar, que visou dar a conhecer a essência de Portugal e o que de bom se produz por cá. Este é um projeto transversal a toda a fileira agrícola e agroalimentar, que promove a capacidade produtiva nacional, os vários operadores económicos da fileira, a excelência dos produtos, da tradição aliada à inovação e do genuíno português. E porque o mundo rural encerra sabores únicos, durante o evento houve também uma degustação de Presunto de Barrancos DOP, com uma qualidade inigualável transformado pela Casa do Porco Preto (Barrancarnes). Para além do stand e da divulgação dos produtos derivados com Nome Qualificado, a ACPA participou também na exposição agropecuária com exemplares do Porco de Raça Alentejana. Este evento representou, não apenas uma oportunidade de promoção e valorização do Porco de Raça Alentejana, mas também uma oportunidade de negócio para os nossos produtores e dinamizadores da economia local. 48 RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA XV FEIRA DO MONTADO PORTEL 561ª FERIA DE SAN MIGUEL FERIA INTERNACIONAL GANADERA DE ZAFRA No passado mês de Novembro, decorreu em Portel, a XV Feira do Montado. Como já vem sendo tradição, a ACPA esteve presente no evento com um stand, onde promoveu o Porco de Raça Alentejana, assim como os seus produtos derivados com Nome Qualificado dos quais a ACPA é Entidade Gestora, como o “Presunto ou Paleta de Barrancos DOP”, “Presunto ou Paleta IGP de Santana da Serra”, “Presunto ou Paleta do Alentejo DOP” e “Carne de Porco Alentejano DOP”, tendo sido explicado aos visitantes a superior qualidade dos mesmos e a mais-valia da garantia obtida aquando da compra de um produto qualificado. Ocorreu entre os dias 2 e 8 de Outubro de 2014 a 561ª Feria de San Miguel y Feria Internacional Ganadera de Zafra, na mesma cidade da Província de Extremadura, Espanha.A ACPA foi convidada para participar na entrega de Prémios do XXIX CONCURSO NACIONAL DE GANADO PORCINO SELECTO IBÉRICO, onde estiveram a concurso os melhores exemplares da raça do nosso país vizinho. A organização do concurso esteve a cargo na nossa congénere espanhola, AECERIBER – Asociación Española de Criadores de Cerdo Ibérico. Biossegurança – Prevenção Virkon S ® Desinfetante com atividade bactericida, fungicida e virucida para instalações pecuárias: controlo final de vírus; desinfeção de rotina de superfícies; limpeza e desinfeção de rotina de equipamentos móveis; desinfetante para pedilúvios e rodilúvios. Eficaz em superfícies porosas, em água dura, a baixas temperaturas e na presença de matéria orgânica. Higiene & Desinfeção ao serviço de uma performance de exceção Prophyl® 2000 DT Mousse Septicid® Biosolve® E Desinfetante PT3: desinfeção de instalações; material da exploração e de transporte de animais domésticos. Tempo de contacto mínimo: 5 min para o efeito bactericida; 15 min para o efeito fungicida e 30 min para o efeito virucida. Desinfetante PT3 e PT4: desinfeção dos locais de armazenamento dos produtos alimentares, material e veículos de transporte; desinfeção de instalações; material da exploração e de transporte de animais domésticos. Tempo de contacto mínimo: 5 min para o efeito bactericida; 15 min para o efeito fungicida e 30 min para o efeito virucida. Espuma detergente para a limpeza das superfícies, nas explorações agrícolas: grícolas: ótimo poder de humedecimento; to; forte te poder produção de espuma; excelente cia desengordurante; fácil aderência às paredes verticais. Detergente multiusos de elevada da ação. Para a limpeza de superfícies fíciies es e equipamentos, em explorações õe es ee agrícolas, salas de desmanche onall centros de incubação. Excecional poder desengordurante; ótima capacidade de enxaguamento. Desinfetantes Homologados «Utilize os biocidas com cuidado. Leia sempre o rótulo e a informação relativa ao produto antes de o utilizar». I I I I I I Instalações Indústrias agro-alimentares Veículos de transporte de animais e de produtos alimentares Pedilúvios Rodilúvios Material ... PORTUGAL Tel.:+351 21 843 68 50 – Fax: +351 21 840 32 17 – E-mail: [email protected] 49 RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA FEIRA DO MONTADO PORTEL Decorreu em Portel entre 27 e 30 de Novembro a XV Feira do Montado e onde a ANCPA esteve presente, com especial destaque nas “Conversas em torno da cabra serpentina e do porco alentejano” uma organização conjunta da Associação Nacional dos Criadores do Porco Alentejano, da Associação Portuguesa de Caprinicultores da Raça Serpentina e da Câmara Municipal de Portel. Os temas abordados em torno do porco alentejano foram: - Novo PDR - enquadramento no porco alentejano - Montanheira - aspetos práticos - Mercado - perspetivas atuais e futuras Podemos retirar como principais conclusões que, segundo a versão que o Ministério da Agricultura e do Mar submeteu à Comissão Europeia em 5 de Maio de 2014, o porco alentejano terá um valor mais elevado na ajuda à Manutenção de Raças Autóctones em Risco, que passa a ser 140€/CN. No entanto nas restantes ajudas em que se pode enquadrar o porco alentejano - a produção integrada, agricultura biológica e pastoreio extensivo - manutenção de sistemas agro-silvo-pastoris sob montado - o valor das ajudas, pela diferença nos escalões de modelação da ajuda e pelo valor unitário da mesma, vão ter diminuições entre 10 e 30% em comparação com as ajudas do anterior PRODER. A montanheira na presente campanha e vai ser relativamente curta e onde o maneio da vara vai ser fundamental para o aproveitamento da maior quantidade possível de bolota que se encontra no solo e assim conseguir uma boa engorda. Já nas perspetivas de mercado o valor dos animais terminados a farinha teve nos últimos meses uma correção da subida que tem verificado desde o início do ano de 2014 e os animais de montanheira iniciaram a sua cotação no mercado espanhol (mercado de referencia) com um valor semelhante ao verificado na campanha 2013/2014. As conversas decorreram num ambiente informal e de proximidade com os criadores terminando num lanche de convívio onde foram degustados os melhores produtos frescos e transformados de porco alentejano e de cabra serpentina. VISITA DO DIRETOR GERAL DE ALIMENTAÇÃO E VETERINÁRIA No dia 9 de Outubro a ANCPA teve a honra de receber o Diretor Geral de Alimentação e Veterinária, Prof. Doutor Álvaro Lemos de Mendonça, que visitou uma exploração de porco alentejano e o seu modo de produção. A direção da ANCPA teve a oportunidade de apresentar várias etapas da produção de porco alentejano no campo, nomeadamente a produção de leitões e a engorda em montanheira, assim como de expor ao Senhor Diretor-geral os principais problemas e condicionantes com que se deparam a produção e toda a fileira do Porco Alentejano. Ficando em aberto outras reuniões de trabalho para os problemas do setor do porco alentejano. 50 We care. SERVIÇOS PARA O SECTOR SUINÍCOLA CONTROLO LABORATORIAL SANIdAdE ANImAL - Exame anatomopatológico, microbiológico, parasitológico e micológico - Antibiogramas; Testes imunológicos - Análise por PCR, RT-PCR - Sequenciação de DNA A ControlVet está autorizada para a Pesquisa de anticorpos de Aujeszky, no âmbito do PCEDA VANTAgENS dOS SERVIÇOS CONTROLVET - Gama muito alargada de serviços laboratoriais - Apoio técnico profissional e competente - Diagnósticos rápidos e precisos, conduzindo a medidas terapêuticas e profilácticas mais eficazes - Melhoria da sanidade e performance zootécnica - Excelente relação qualidade/preço - Cobertura nacional — Venha conhecer-nos e visite os nossos laboratórios. Contacte-nos por favor para: [email protected] T. 232 817 817 / 8 ControlVet Group Portugal / EsPanha / Polónia / MoçaMbiquE www.controlvet.pt mATéRIAS PRImAS, PRé-mISTURAS E ALImENTOS PARA ANImAIS - Microbiologia - Química clássica e instrumental AmBIENTAL, ágUAS, SOLOS E EfLUENTES - Microbiologia - Química clássica e instrumental CONTROLVET WEBSERVICE - Acesso online a toda a informação e seu tratamento fORmAÇÃO ESPECIALIZAdA - À medida de cada cliente, certificada pela DGERT PROdUÇÃO dE AUTOVACINAS SERVIÇO dE CONTROLO dE PRAgAS a ControlVet é um grupo empresarial Português presente em Portugal, Espanha, Polónia e Moçambique, com investimento direto em laboratórios. a ControlVet é líder de mercado em Portugal em serviços de saúde animal, tendo um laboratório acreditado, equipado com a mais recente tecnologia, e um 51 corpo técnico altamente qualificado. RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA FEIRA NACIONAL DO PORCO A ANCPA esteve presente na 22ª Feira Nacional do Porco que decorreu de 26 a 28 de Setembro no Montijo e que reuniu representantes de todas as áreas intervenientes na produção suinícola. Nesta 22ª edição, a feira apresentou uma mostra das três raças autóctones e onde a ANCPA, através do ACEPA, A.C.E. esteve a representar o Porco Alentejano. Esta iniciativa é de extrema importância para as raças autóctones uma vez que pelo número reduzido de efetivos e produções de cada uma das raças só através destas iniciativas se podem apresentar e divulgar a um tão grande número de profissionais do setor e público em geral que visitam a feira. 52 RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA FEIRA INTERNACIONAL GRANADERA ZAFRA 2014 Entre os dias 2 e 8 de Outubro decorreu em Zafra (Espanha) a Feria Internacional Ganadera – Zafra 2014 onde a ANCPA esteve presente com o habitual stand, difundindo os serviços que presta e promovendo os excelentes animais que os seus associados produzem. Esta presença da associação nesta feira é de extrema importância uma vez que também estão presentes e representadas as maiores e mais importantes industrias de transformação de porco ibérico que representam mais de 80% dos compradores de Porco Alentejano. VISITA DE SUINICULTORES SUECOS Integrada num novo conceito de turismo profissional a ANCPA recebeu no passado dia 22 de Outubro a visita de cerca de quarenta suinicultores Suecos que para além de uma breve apresentação do porco alentejano, do seu modo de produção e dos serviços prestados pela associação tiveram a oportunidade de visitar uma exploração e de poder ver no terreno os animais e como estes são produzidos. A visita suscitou elevado interesse por parte dos suinicultores uma vez que o sistema de produção é totalmente diferente dos sistemas utilizados na Suécia. PORTUGAL AGRO Já durante o mês de Novembro, de 20 a 23, a ANCPA esteve presente, através do ACEPA, A.C.E., na primeira edição da Portugal Agro que levou até Lisboa uma forte representação dos setores agrícola e agroalimentar. O Porco Alentejano esteve representado pela exposição de exemplares da raça e pela gestão do Livro Genealógico. Estiveram também presentes algumas salsicharias alentejanas que transformam o porco alentejano, tendo o visitante a oportunidade der ver no mesmo espaço o animal e os produtos a que este vai dar origem. 53 RAÇAS AUTÓCTONES | BISARA 1º CONCURSO LOCAL DE SUINOS DE RAÇA BÍSARA FEIRA DOS SANTOS DE CHAVES 2014 Este ano tem sido, desde a data de formação da ANCSUB e da instituição do Livro Genealógico da Raça Bísara, o de mais intensa actividade no que respeita à instalação de novas explorações e, como consequência, de inscrição de novos reprodutores. Tem sido, de facto, um ano excepcional, para a afirmação e crescimento da exploração da raça bisara. Fenómenos, mais ou menos recentes, podem explicar este crescimento, como por exemplo o PRODER e a intensa promoção que a ANCSUB tem feito, nos eventos agrícolas mais importantes que ocorreram no país, desde a Feira do Fumeiro de Vinhais, Feira Nacional de Agricultura, em Santarém; Feira Nacional do Porco, no Montijo e, mais recentemente, no Portugal Agro, na FIL, em Lisboa. Neste contexto, o concelho de Chaves, no distrito de Vila Real, em Trás-os-Montes, tem sido um dos mais dinâmicos relativamente à instalação de novas explorações de raça bisara. Só em 2014 iniciaram a actividade 8 novas explorações que somam às 8 já existentes. Actualmente, o efectivo reprodutor da raça bisara, em Chaves, é de 304 fêmeas e 35 machos, dispersos por 16 explorações. O incremento da actividade suinícola neste concelho já resultou, inclusivamente, na constituição de um Clube de Produtores de Suínos Bísaros, instituição de abrangência local e que pretende dar apoio aos criadores de raça bisara seus associados. Como resultado desta iniciativa, surgiu a ideia de promover e organizar, com o apoio da ANCSUB, um concurso morfológico de suínos de raça bisara, para mostrar os melhores exemplares do concelho de Chaves e incentivar outros possíveis futuros criadores de suínos bisaros. A Feira dos Santos de Chaves, um dos maiores eventos da região de Trás-os-Montes, foi a anfitriã do 1º Concurso Local de Suínos de Raça Bísara. Já com uma grande tradição em Trás-os-Montes, há muitos anos que se realiza um concurso pecuário de bovinos, onde participam exemplares de três raças autóctones nacionais, tais como a Mirandesa, a Maronesa e a Barrosã. Este ano tiveram a companhia também da espécie suína, mais precisaClassificação do 1º Concurso Local de Suinos de Raça Bísara mente de suínos de raça bisara. O local do evento, também com Chaves 2014 muita tradição, foi o Forte de São Neutel, que apresenta características únicas para este tipo de eventos, como é o caso do 1ª Secção Machos 3 a 6 mêses fosso, onde são expostos os animais, que podem ser apreciaNome Criador Localidade 1º Alexandre Chaves Casas de Monforte dos do alto dos poderosos muros de granito que o circundam. 2º Manuel Peireso Vilarinho das Parinheiras Apresentaram-se a concurso vinte exemplares, pertencentes a 3º João Carlos Costa Couto de Ervededo sete criadores, todos do concelho de Chaves. O concurso contou com seis secções de participação, dependentes do sexo e idade 2ª Secção Machos 6 a 9 mêses dos animais. O júri de classificação foi composto por o Dr. João Nome Criador Localidade 1º José Maldonado Travancas Paulo Costa, Veterinário Municipal de Boticas, o Eng.º Norberto 2º João Luis Chaves Assoreiras Santos, Técnico da Direcção Regional de Agricultura e Pescas 3º do Norte e a Eng.ª Carla Alves, Secretária Técnica da Raça Suína Bísara e Coordenadora da ANCSUB. Depois da avaliação dos 3ª Secção Machos mais de 9 mêses animais, procedeu-se à entrega dos prémios. Foram atribuídos Nome Criador Localidade 1º Serafim Moura Casas de Monforte 18 prémios, aos primeiros três lugares de cada secção. (ver clas2º Alexandre Chaves Casas de Monforte sificação) 3º João Carlos Costa Couto de Ervededo Seguiu-se um almoço, com uma iguaria muito tradicional nestas festividades, o polvo. Estava uma delícia! A primeira edição deste concurso, em Chaves, foi bastante satisfatória. Os criadores ficaram muito agradados e efectuaram muitos contactos com futuros clientes. Foi um evento que, talvez por ser organizado pela primeira vez neste concelho, despertou muita curiosidade do público e não eram raros os comentários positivos que se puderam ouvir relativamente ao porco. Parabéns ao recente Clube de Produtores de Suínos Bísaros, pela sua determinação na realização deste evento e uma palavra de agradecimento à Câmara Municipal de Chaves e à Associação Empresarial do Alto Tâmega pelo apoio prestado. É para continuar! Venha a próxima Feira dos Santos. 54 1º 2º 3º Nome Criador Serafim Moura Anabela Heitor João Carlos Costa 1º 2º 3º Nome Criador Manuel Peireso João Carlos Costa Serafim Moura 1º 2º 3º Nome Criador Manuel Peireso José Maldonado Anabela Heitor 4ª Secção Fêmeas 3 a 6 mêses Localidade Casas de Monforte Soutelinho da Raia Couto de Ervededo 5ª Secção Fêmeas 6 a 9 mêses Localidade Vilarinho das Parinheiras Couto de Ervededo Serafim Moura 6ª Secção Fêmeas mais de 9 mêses Localidade Vilarinho das Parinheiras Travancas Soutelinho da Raia WORLD PORK EVENT 2014 A TopigsNorsvin organizou no passado dia 13 de Novembro o terceiro World Pork Event, evento já habitual na produção suinícola mundial que visa a informação dos nossos parceiros quanto às atualizações do Mercado Global e da interação dos principais fatores, oportunidades, ameaças na produção de porcos e algumas indicações do seu futuro dentro do mercado global da proteína.O terceiro TopigsNorsvin World Pork Event aconteceu em Berlim com apresentações de figuras da produção, o Glenn Stolt, CEO Christensen Farms, da indústria, Michiel Herkemij (CEO VION), dos governos Ge Backus, Director Connecting Agri and Food e das universidades, Marie Font i Furnols, investigadora IRTA , onde o tema principal do mesmo foi Suínos e Qualidade de Carne. Durante as apresentações ficou claro que a procura continua por carne magra dos suínos por parte produtores e de matadouros, começa hoje a ter consequências para os industriais da carne, com reflexos negativos a nível do consumidor, reflexão do CEO da Vion. Outra conclusão do congresso é que as novas ferramentas disponíveis de seleção genética, como a Tomografia Axial Aplicada, irão melhorar muito mais rapidamente os produtos disponíveis às necessidades dos matadouros e industria. A este evento atenderam de Portugal representantes dos principais produtores nacionais, tendo aproveitado os mesmos para visita a exploração de investigação Sterksel e à Eurotier-Hanover. Durante a visita às explorações e Eurotier é de reforçar o forte investimento que produtores Holandeses e Alemães estão a fazer na atividade, onde a construção de novas e modernas grandes unidades de produção é uma constante, sempre que associadas a novas tecnologias de poupança, utilização e produção de energia, sendo essa uma preocupação do setor desta região. PROGRESS IN PIGS 55 EMPRESAS RAPORAL S.A. INAUGURA NOVAS UNIDADES INDUSTRIAIS Com a preocupação constante em modernizar e otimizar os processos produtivos em todas as suas áreas de negócio, a Raporal S.A inaugurou duas novas unidades industriais no passado dia 31 de Agosto. A Unidade Industrial de Secagem de Milho e a nova Unidade de Acabamento de Suínos na Herdade do Gamoal, são as duas novas apostas que refletem os mais recentes investimentos da empresa no sentido de manter um crescimento sustentável e melhorar a competitividade da sua estrutura. A inauguração iniciou-se com uma cerimónia religiosa, junto ao Secador de Milho, celebrada pelo Sr. Padre Carlos Rosmaninho e de seguida procedeu-se o descerrar da placa evocativa pelos acionistas da Raporal. Ainda durante a manhã os acionistas e convidados dirigiram-se para a Herdade do Gamoal, onde foi também descerrada uma placa na nova Unidade de Acabamento de Suínos. Encerraram-se as cerimónias com um almoço comemorativo que foi realizado no local. A cultura do milho é das culturas arvenses mais importantes à escala mundial, sendo a principal matéria-prima para o fabrico de alimentos compostos para animais, e, aliando a este fator o aumento da área plantada em Portugal, a Raporal considerou uma oportunidade a construção de uma unidade industrial de secagem de milho. O secador de milho vai permitir o aprovisionamento estratégico de grão nacional. A utilização de milho de produção nacional será uma garantia de mais qualidade nos alimentos compostos para animais produzidos, o que inevitavelmente se refletirá num melhor desempenho e ganhos de eficiência da produção animal. A mesma Unidade trará ganhos logísticos muito importantes para a empresa. Disponibilizando também a prestação de serviços na secagem de milho verde a terceiros. A unidade industrial tem capacidade de secagem de 300 ton/dia e 30 000 toneladas por campanha. Foi criada uma nova área de negócio, a Raporal AGRO, que incide na gestão da unidade industrial e na produção agrícola de grão. Já a nova unidade do Gamoal representa um aumento significativo no número de lugares de engorda, tendo capacidade para 18 000 animais/ano. Com uma perspetiva alargada para o futuro a Raporal S.A pretende corresponder às necessidades do mercado assim como, criar estratégias para ser competitiva e crescer sustentadamente. 56 EMPRESAS PIC Europa Press Release, 7 de Novembro de 2014 Para divulgação imediata PIC anuncia dois novos produtos na sua família Piétrain PIC®408 A PIC anuncia duas novas extensões à sua linha de sucesso Piétrain PIC®408. Estas duas novas variantes de Piétrain, adaptados especificamente para a Europa, serão designados como PIC®408G (crescimento) e PIC®408M (músculo). Atualmente, a linha PIC®408 detém uma forte posição no mercado do norte da Europa. Esta linha apresenta um rápido crescimento, superiormente eficiente e com excelente percentagem de carne magra. Para satisfazer as necessidades do mercado a nível Europeu, a PIC dividiu esta linha em dois grupos distintos, PIC®408G e PIC®408M. Tanto o PIC®408G como o PIC®408M são selecionados com o objetipresenças institucionais vo da resistência e robustez. O varrasco PIC®408G, é o varrasco Piétrain com maior crescimento disponível na Europa. Dentro das suas características as de maior ênfase são o crescimento e a eficiência. É o varrasco adequado para sistemas com um forte interesse no baixo custo de produção. O varrasco PIC®408M, também com um rápido crescimento, oferece maior ênfase na percentagem de carne magra, proporcionando maior conformação e valor da carcaça. Tanto o varrasco PIC®408G como o PIC®408M foram desenvolvidos utilizando a plataforma básica de correlação genómica o que acelera exponencialmente o melhoramento genético dos produtos PIC. A PIC está atualmente a expandir a produção da linha PIC®408 para atender à crescente demanda destes dois novos produtos em toda a Europa. Estes dois novos grupos dentro da linha PIC®408 estão disponíveis para venda a partir de 01 de Janeiro de 2015. Levedura viva para porcas e leitões Sobre a PIC: A PIC é líder internacional no fornecimento de melhoramento genético de suínos e de suporte técnico superior de classe mundial para a fileira da cadeia global da carne de porco. A PIC combina a ciência quantitativa com a biotecnologia de última geração para desenvolver os seus animais reprodutores, com o objetivo de satisfazer e maximizar a rentabilidade dos nossos clientes. A empresa, uma divisão da Genus plc, foi fundada em 1962, opera em 30 países e em 6 continentes. www.pic.com > Porque os leitões LevuceLL® SB asseguram um bom retorno do investimento! Levedura viva para porcas e leitões Sim! O uso de Levucell® SB é a melhor forma de rentabilizar a produção. Levucell® SB garante ao produtor um excelente retorno do investimento, melhorando os parâmetros zootécnicos como o número de leitões desmamados, o peso da ninhada ou a eficiência alimentar. 64 por suinicultura Distribuido : Tel : +351 243 329 050 - Fax : +351 243 329 055 www.lallemandanimalnutrition.com 57 © Lallemand - LSB_ADfp_QA1_Por_0413 Por que há leitões que têm a cauda diferente? anatomical ive boar at gittal and coronal EMPRESAS DEBAIXO DA PELE DE UM PORCO A Utilização da Tomografia Computorizada no programa de melhoramento genético da Topigs Norsvin A Tomografia Computorizada (TC) é uma tecnologia não invasiva de imagem em que se utiliza uma fonte e um detetor de raios X que são movidos circularmente em torno de um objeto e os sinais recebidos são reconstruídos por um computador para formarem imagens digitais. Estas imagens podem ser aglomeradas e utilizadas de modo a apresentar o objeto em vários planos. Os vários planos ou dimensões podem ser transversais (de cima para baixo), frontais (da frente para trás) ou sagitais (de um lado a outro). Uma vez que a TC é um método não invasivo, esta tecnologia pode ser utilizada para obter informação sobre o interior de um objeto fechado sem ser necessário abri-lo ou destruí-lo. Este é o método preferencial para avaliação de objetos vivos tais como suínos em programas de melhoramento genético. Outros exemplos de métodos não invasivos são os ultrassons e a espectroscopia de infravermelho próximo que fornecem informação adicional acerca do objeto. A técnica de TC é baseada na atenuação dos raios X em diferentes tecidos ou objetos. A atenuação dos raios X está relacionada com a densidade do tecido ou objeto, isto é, o tecido ósseo constituído por minerais de grande densidade absorve mais raios X em comparação com o tecido adiposo, cuja densidade é menor. Esta relação também é válida para os ultrassons, onde as ondas de som são absorvidas e atenuadas proporcionalmente à densidade dos tecidos. Esta atenuação dos raios X é utilizada para produzir imagens digitais, em que cada pixel representa a atenuação média dos raios X no quadrado de pixel. Nas imagens, que são geralmente apresentadas numa escala de cinzentos, os tecidos de alta densidade terão cores mais próximas do branco e os tecidos de baixa densidade terão cores mais próximas do preto. Estas diferenças na escala de cores são utilizadas para classificar os diferentes tecidos e para estimar a composição de um objeto, tal como a composição de carne magra de um porco, e permitem também obter medidas sobre qualidade de carne e estrutura óssea. Contudo, a utilização da escala de cinzentos por si só não nos mostra a Brosjyre_CT_eng_0713_USLetter_0813.indd 2 14.08.13 11:47 imagem toda: é também necessário relacionar os valores da escala de cinzentos com a posição anatómica da estrutura avaliada, através de métodos de matemática morfológica, uma vez que existem órgãos internos que têm a mesma densidade – e consequentemente a mesma cor – que tecido muscular. As imagens abaixo mostram algumas das possibilidades que a TC permite em áreas como o melhoramento genético de suínos e o diagnóstico clínico veterinário. Para melhor compreender os animais da Topigs Norsvin, a empresa focou-se nas três seguintes áreas de estudo com recurso à utilização da TC. 1 Estimativa da composição corporal Caracteres como a percentagem de carne magra, rendimento de carcaça, profundidade de lombo e outros cortes principais, são objeto de estudo. Isto é feito através de um método completamente automático que calcula a composição das estruturas baseando-se em imagens em diferentes planos e que as classifica em diferentes tecidos. 2 Estimativa da qualidade de carne São também avaliados caracteres como a gordura intramuscular e o nível de saturação dos ácidos gordos, tomando como base a textura da carne magra e do tecido adiposo. Podem existir algumas difi culdades na ob3D representation of a pig at 3D image of pig lungs. tenção de medições exatas nestes caracteres devido a220movimentos dos lbs. animais durante o exame (ruído). 3 Robustez / Saúde / Diagnóstico clínico por imagem Estes caracteres são obtidos através de uma abordagem mais tradicional, utilizando a experiência do diagnóstico por imagem da medicina humana. As imagens 3D, combinadas com operadores experientes ou com radiologistas/veterinários, fornecem uma sólida informação do estado de saúde e da condição física do animal objeto de estudo. As claudicações são um exemplo de uma patologia que pode ser reduzida através da utiFor estimation of dressing or killing-out percentage, lização da TC. it is important to obtain as accurate a measure as possible using classification of tissues based on pixel values and morphological operations. There seems Todas as imagens recolhidas são guardadas e os dados recolhidos no pasto be a trade-off between computational speed and sado podem ser utilizados à luz dos novos conhecimentos. Istorequirements permite à accuracy, and we try to balance these as bestmais as wepoderoso, can. Topigs Norsvin um motor genético uma vez que a informação recolhida anteriormente pode ser usada para o cálculo de valores By using the digital images from a CT-scan, we can genéticos para novos caracteres. Esta utilização daofTC no –programa deor use the power of isotropy pixels pixel squares cubes (voxels), these are uniform in size – to represent melhoramento genético da Topigs Norsvin representa uma ferramenta única que permite avaliar individualmente cada candidato para seleção. CT images in different anatomical planes. The object is a live boar at 220 lbs. Transverse, sagittal and coronal plane. Imagens de TC em diferentes planos 3D representation of a pig at anatómicos. O objeto é umofvarrasco 3D image pig lungs. Representação 3D de lbs. The figures in this brochure show some of the possibilities when using CT220 for pig breeding and veterinary vivo de 100kg de peso. Plano transverdiagnostic imaging. To better understand Norsvin genetics, Norsvin focuses on the following three fields of um suíno de 100kg study using CT: sal, sagital e frontal. 1 2 Estimation of body composition Traits like lean meat percentage, killing-out percentage, yield of bacon and other primal cuts will be subject to study. This is based on a fully automatic method which computes and estimates the composition based on images in different planes and classification of tissues. Estimation of meat quality Traits like intramuscular fat and the level of saturation of fatty acids based on texture in lean meat and fat tissues are also measured with CT. There may be some restrictions on how to obtain an accurate measure of these traits, limited by differences in density, pixel size and movement of animals during scanning (noise). 3 Robustness/health/veterinary diagnostic imaging These traits are obtained by a more traditional approach, using experience from human diagnostic imaging. 3D imaging combined with trained operators or radiologists/veterinary surgeons or physicians will provide solid documentation of the general health and condition of the animal subject for study. Exterior traits and lameness are some examples which may be improved by using CT and diagnostic imaging. For estimation of dressing or killing-out percentage, it is important to obtain as accurate a measure as possible using classification of tissues based on pixel values and morphological operations. There seems to be a trade-off between computational speed and accuracy, and we try to balance these requirements as best as we can. There are many ways of using CT. The sky is the limit. For now, Norsvin will continue to focus on these three main fields of study. 58 show some of the possibilities when using CT for pig breeding and veterinary er understand Norsvin genetics, Norsvin focuses on the following three fields of By using the digital images from a CT-scan, we can 3D representation with a transRepresentação 3D com verse section in the belly highlighted. Thetransversal image clearly um corte shows the two loins (m. no abdómen destacalongissimus) on each side of do. A imagem the spinal column. In mostra the body cavity you see the internal claramente os dois lomorgans (liver to the left and bos intestines (m.longissimus) small to the right. em The aircada pocketlado above da is the lungs. espinal 3D representation with a trans3D representation of the back leg um and pelvis. Different gray value Representação 3D com Representações 3D de membro posterior e verse and coronal section. Theintervals as selected (windowing). The image to the left shows a tenderloin andtransversal pelvis is clearlywiderpélvis. um corte Nas duasand imagens estão selecionadas gray value window, we observe some variation in color visible. which is related to the density of bone and cartilage. These e um corte frontal. diferentes escalas de cor. A imagem da esquerare measures which might help us describe the strength and Osso pélvico e lombo condition da of mostra uma mais ampla janela na escala the pig legs. claramente visíveis de cinzentos e é possível observar alguma variação na cor que está relacionada com as diferentes densidades do osso e cartilagem. Estas medições ajudam-nos a avaliar a força e condição das patas dos suínos medula. Na cavidade abdominal é possível Brosjyre_CT_eng_0713_USLetter_0813.indd ver os órgãos internos (fígado, intestinos e the object in all directions and planes. Rotation of these 3Dpulmões) images are highly valuable in presenting the actual object in virtual space. All images are stored and historical data can be used in a new way. This will give us a stronger and more powerful genetic engine, where we are able to use previous data or images from animals for estimation of breeding values for new traits. This is Norsvin’s 5 EMPRESAS A NOVA IDENTIDADE VISUAL DA IBERSAN Um novo logótipo e uma nova assinatura Para melhor transmitir as suas diferenças, a IBERSAN evoluiu. Assim, foi criada uma nova identidade gráfica e de comunicação, sendo esta comum a todas as empresas do Grupo CCPA. Desta forma, o reconhecimento torna-se mais fácil, legível e visível. san e do Grupo CCPA foi feita na 22º Feira Nacional do Porco, no Montijo, em Setembro 2014, tendo sido muito bem recebida e apreciada por todos. O novo logótipo reflecte a ambição em ser uma marca e um parceiro de referência, no acompanhamento e no desenvolvimento dos seus clientes. A nova assinatura “A nossa experiência, a sua eficiência”, exprime em simultâneo a elevada cultura técnica da IBERSAN e do Grupo CCPA, e a forma com a qual trabalham com os clientes: com elevada proximidade, colaboração, com transparência, com um objectivo de co-construção. A assinatura traduz igualmente a vontade de apresentar soluções eficazes e válidas, do laboratório à exploração, com o 3D representation with a trans- 3D representation with a transobjectivo deverse contribuir para a melhoria da competitividade dos verse section in the belly and coronal section. The highlighted. The image clearly tenderloin and pelvis is clearly clientes. shows the two loins (m. visible. longissimus) on each side of the spinal column.AInprimeira the body apresentação, cavity you see the internal organs (liver to the left and small intestines to the right. The air pocket above is the lungs. A nossa experiência, a sua eficiência NUTRIÇ IÇÃO Ç ÃO ANIMALL Investigação INSEMINA NAÇÇ ÃO ARTIFICIALL HIGIENNE E DESINFECÇÃ ÇÃO Inovação M TERIAI MA AISS E EEQUIPAMENT NTOSS Segurança Ibersan | Casal Vale Medo | Apartado 68 | 2534 - 909 Lourinhã Tel. : (+351) 261 416 450 | www.ibersan.pt | [email protected] em Portugal, do novo visual da Iber- the object in all directions and planes. Rotation of these 3D images are highly valuable in presenting the actual object in virtual space. All images are stored and historical data can be used in a new way. This will give us a stronger and more powerful genetic engine, where we are able to use previous data or images from animals for estimation of breeding values for new traits. This is Norsvin’s unique advantage in utilizing CT in pig breeding directly on each candidate or pig subject for selection. 3D image of bones in the pelvic area. Spinal column (top), pelvis (left) and last ribs (right). 14.08.13 11:47 59 PRÓXIMOS EVENTOS FIPPPA - FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO DE PROTEÍNA ANIMAL para o visitante”, destaca a diretora da Gessulli Agribusiness, Andrea Gessulli. Na FIPPPA, expositores e visitantes irão minimizar seus custos com infraestrutura, transporte, hospedagem e alimentação, pois toda a cadeia estará reunida em um só local. Fusão: AveSui América Latina e Tecno Food Brazil agora são a Feira Internacional de Produção e Processamento de Proteína Animal (FIPPPA) Principal ponto de encontro da cadeia de proteína animal de 2015 está agendado para os dias 28, 29 e 30 de Abril de 2015 no Expo Trade Convention Center em Curitiba ( PR). Diante de um mercado promissor e crescente no mundo, a cadeia de proteína animal brasileira e latino-americana clamava por um novo espaço, mais grandioso, que atendesse as necessidades de todos os elos que compõe este setor. De olho nesta movimentação respaldada em sua vasta experiência na organização de eventos setorizados, a Gessulli Agribusiness, organizadora da AveSui América Latina, e a G5 Promotrade, organizadora da Tecno Food Brazil, uniram esforços para criar um novo ponto de encontro para a cadeia de proteína animal. Um novo evento, completo e horizontal, que envolvesse desde a produção ao processamento, do campo à mesa. AveSui e Tecno Food Brazil se unem e agora são a Feira Internacional de Produção e Processamento de Proteína Animal – FIPPPA, que terá sua primeira edição em Curitiba, Paraná, nos dias 28, 29 e 30 de Abril de 2015 no ExpoTrade Convention Center. A Feira será realizada de forma bienal, atendendo assim uma antiga reivindicação de representantes dos mercados de aves, suínos e leite e que pediam um evento coeso, completo e bienal. Com apoio da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria Alimentícia, Farmacêutica e de Refrigeração Industrial, e outras das principais entidades deste setor, a FIPPPA marca a união de esforços de duas empresas conceituadas na organização de feiras de grande porte para que visitantes e expositores possam multiplicar seus negócios. Este é um momento mais do que especial para todo o mercado brasileiro e latino-americano de produção e processamento de proteína animal. “Inovamos para criar um evento diferente de tudo o que foi visto até agora no mercado brasileiro. Com a nova estrutura da FIPPPA, teremos toda a cadeia reunida em um único evento, completo tanto para o expositor quanto 60 Será também uma oportunidade para todos os fornecedores da cadeia de produção de proteína animal estarem juntos promovendo o intercâmbio de ideias e a sinergia existente entre produtos e equipamentos, visando melhorias para todos os produtores. Seminário Técnico Cientifico Além do novo espaço para a promoção da feira de negócios, a FIPPPA dará continuidade ao excelente trabalho desenvolvido durante as edições da AveSui no Seminário Técnico Científico de Aves e Suínos, promovendo atualização técnica e a especialização através de seus workshops, palestras inéditas, cursos práticos e com a presença de renomados palestrantes do Brasil e do exterior. Estudantes e jovens profissionais que buscam melhorias práticas aplicáveis em seu dia-a-dia, seja na produção ou na indústria terão na FIPPPA também seu espaço. Tudo isso acompanhado de perto por seus organizadores e pela coordenação das principais universidades e entidades do setor. Soma a isso a 3ª edição do Prêmio Pesquisador e Jovem Profissional organizados pelo Instituto Oswaldo Gessulli que também será ampliado, assim como está ocorrendo com o próprio evento. “Atuamos há mais de 25 anos em prol da avicultura e da suinocultura, de forma simultânea, na América Latina. Promovemos informações, organizamos eventos e fomentamos os setores. Temos atingido ano-a-ano todos os elos destas cadeias de forma abrangente, criando desta forma uma relação duradoura com todos os representantes da avicultura e da suinocultura, do pequeno produtor à agroindústria, do acadêmico ao renomado pesquisador. Este estreito relacionamento faz da Gessulli Agribusiness referência em negócios e inovações dentro do agronegócio brasileiro. Esta ‘bagagem’ certamente fará toda a diferença com o surgimento da FIPPPA. Um marco que deve solidificar ainda mais a presença da empresa em sua constante luta ao lado da cadeia da proteína animal”, explica Andrea Gessulli. Um novo evento está surgindo. Saiba mais em www.fipppa.com PRÓXIMOS EVENTOS A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura (IAAS - UTAD) irá realizar nos dias 13 e 14 de Março de 2015 as VIII Jornadas Internacionais de Suinicultura na Aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em Vila Real. Ao longo dos dois dias, o evento será organizado em sessões que irão abordar variados temas, como por exemplo: Nutrição, Ambiente, Reprodução, Maneio, Bem-Estar Animal, Instalações e Equipamentos e Sanidade Animal. Com a realização destas jornadas pretendemos fomentar a troca de ideias e conhecimentos entre a comunidade científica nacional e internacional, estudantes universitários, empresários e produtores nesta área, tendo sempre como objectivo que estas Jornadas continuem a ser um importante fórum de debate e reflexão sobre os problemas e ânsias com que se debate o sector. Mais informações em suinosiaas.utad.pt ou através do e-mail: [email protected] 17/20 Março 2015 Fima Ganadera (http://www.feriazaragoza.es/fima_ganadera.aspx) 28/30 Abril 2015 FIPPPA - Feira Internacional de Produção e Processamento de Proteína Animal 29 Abril/3 Maio 2015 OVIBEJA 23 e 34 de Junho de 2015 Caldas da Rainha VII Congresso Nacional deSuinicultura Organização: FPAS 61 NOTICIAS A SUINICULTURA NA UNIÃO EUROPEIA Miguel Viegas * O setor suinícola europeu vive hoje numa encruzilhada cujo desfecho não é fácil prever. A União Europeia, com uma produção à volta de 23 milhões de toneladas, representa a segunda grande zona de produção, atrás da China (50 milhões de toneladas), que representa cerca de metade da produção mundial. Atrás seguem os Estados Unidos e o Brasil. Temos assim, ao nível do mercado mundial um grupo de países exportadores incluindo o Canadá, Brasil, a União Europeia e os Estados Unidos, depois a China numa lógica de autossuficiência e finalmente um grupo de países importadores onde incluímos a Coreia do Sul, o Japão e a Rússia (antes do atual embargo). Na Europa, o sector suinícola tem enfrentado diversas dificuldades, com uma diminuição acentuada da sua rentabilidade que decorre de vários fatores. A crise afetou a procura dos consumidores. A concorrência internacional aumentou, num quadro onde a produção diminui ligeiramente na Europa, aumentou na China e nos Estados Unidos, e no qual acresce a valorização do euro face ao dólar. Assistimos igualmente nos últimos anos a uma forte pressão ao nível do custo das principais matérias-primas alimentares com reflexo no custo alimentar que continua a representar cerca de 60% do custo total. Note-se ainda que esta instabilidade dos preços das matérias-primas (sobretudo os cereais e a soja) tem registado uma evolução em oposição de fase com o preço do porco. Com efeito, enquanto tradicionalmente, o preço das matérias-primas e da carne de porco evoluíam em paralelo, verificamos empiricamente que, a partir de 2004, a alta do preço dos cereais e da soja coincide no tempo com uma baixa no preço do porco, secando a tesouraria de muitos agentes que enfrentam dificuldades para amortizar os seus investimentos, muitos deles para dar resposta a novas disposições regulamentares, seja ao nível do bem-estar animal seja ao nível ambiental. Finalmente, temos ainda a pressão ambiental com especial incidência na Europa onde assistimos no mesmo período a alterações profundas ao nível da estrutura produtiva. Muito embora de forma diferenciada, tem havido uma concentração da produção com um crescimento significativo do efetivo médio por exploração. Com exceção da Bretanha onde persiste ainda o modelo cooperativo que reúne pequenas e médias explorações familiares, vimos nascer na última década grandes grupos privados: o grupo Vion na Holanda que representa 55% dos abates daquele país, o grupo Danish Crown na Dinamarca onde é responsável por 85% dos abates, o grupo alemão Tonnies Fleisch (24 % dos abates alemães) ou ainda o grupo espanhol Proinserga-Primayor (9% dos abates espanhóis). Outro dado relevador está na dimensão transnacional de alguns grupos em função de uma estratégia de crescimento além-fronteiras. Foi o caso da compra das estruturas Nord Fleisch e Sud Fleisch pela Vion ou da aquisição da D&S Fleisch alemã pela Danish dinamarquesa. É neste quadro que importa situar o setor suinícola nacional, num mercado integrado europeu, no qual o desafio da competitividade assume uma importância crucial. Um desafio com múltiplas dimensões, mas relativamente ao qual destaco quatro: a dimensão genética, alimentar, ambiental e sanitária. Destaco estas, e não outras, por entender que as mesmas poderão ser fortemente condicionadas pelas decisões do Parlamento Europeu. O desafio genético é da maior importância, seja ao nível da prolificidade das porcas sejam ao nível da conversão alimentar dos porcos de abate. Está já anunciado o propósito da Comissão 62 em avançar com uma proposta de regulamento zootécnico onde estas questões ao lado de outras que têm de ver com a preservação das nossas raças autóctones podem ser de grande importância para o setor. A questão alimentar é decisiva, existindo neste momento vários processos legislativos em curso. A possibilidade de utilização das farinhas de carne na alimentação dos suínos mereceu já uma intervenção nossa em articulação com a FPAS. A questão das fontes proteicas e a excessiva dependência da soja está igualmente na agenda da Comissão. O desafio ambiental está igualmente na ordem do dia. Não cremos que esta seja uma questão premente em Portugal em comparação com a Holanda ou a Dinamarca ou ainda em certas regiões da Bretanha. Contudo, teremos que estar muito vigilantes e impedir que seja a suinicultura nacional a pagar pelas cargas excedentárias existentes daquelas regiões da Europa, mas que nada tem a ver com os problemas existentes em Portugal. Temos no nosso país solos carentes em matéria orgânica e deverá ser este o ponto de partida para qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável. Uma referência à questão dos resíduos e designadamente dos cadáveres dos animais relativamente para a qual é necessário trabalhar para encontrar uma solução de curto prazo que seja economicamente comportável. Finalmente o desafio sanitário, num momento em que já existe uma proposta de regulamento de sanidade animal que pretende reunir legislação espalhada em centenas de diretivas avulsas. O propósito é meritório e exigirá de nós toda a atenção. Tivemos no passado um conjunto de doenças com enormes impactos económicos nas nossas explorações. Depois das pestes, foi o PRRS chamado inicialmente de doença do aborto azul. Depois veio a circovirose. Outras virão a caminho. Persiste a necessidade de concluir o processo de erradicação da Doença de Aujeszky. São igualmente necessárias soluções inovadoras para lidar com o estatuto sanitário das explorações num quadro de previsível restrição ao uso de antibióticos. A segregação física entre maternidades, recria e engorda, igualmente chamada de exploração multi-sítio pode ser uma solução interessante, com experiências já concretizadas a demonstrar que os suinicultores procuram sempre estar na fronteira da inovação e do conhecimento. Sabemos todos que a situação não está fácil. A suinicultura nacional não poderia ser a exceção. Contudo, a história recente comprova que este sector, que nunca beneficiou dos subsídios da PAC, sempre conseguiu vencer os grandes desafios, emergindo com novas soluções inovadoras. Importa contudo não abusar da sorte. O caminho não se fez sem sangue. Muitas empresas ficaram pelo caminho. Perdemos a autossuficiência que tivemos em tempos. Num momento em que começa uma nova PAC e um novo programa quadro, pensamos que é justo que o governo olhe para este setor da mesma forma com que olha para outros setores ditos estratégicos. A bem de Portugal. Médico veterinário e economista Deputado do PCP no Parlamento Europeu NOTICIAS VI Congresso Nacional de Suinicultura | intervenções ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE LEIRIA UMA SOLUÇÃO PIONEIRA Efetivamente a carne de suíno tem Estas variações também se verifi‑ gina. Quanto mais escura for a carne mais elevados são os teores de vitami‑ uma composição excecionalmente va‑ cam a nível individual, dependendo do liosa, especialmente rica em macro‑ estado de acabamento (ceva ou en‑ nas do complexo B, ferro e zinco. No caso das carnes de suíno os te‑ nutruientes nobres de elevada digesti‑ gorda) de cada suíno que é abatido para consumo. ores de mioglobina variam também de bilidade (quadro 2). Em termos energéticos as carnes músculo para músculo: os músculos A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou esperar que a construção da estação de tratamento de efluentes suiníQuadro 2. Composição média da de suíno magras possuem um valor da cabeça, pescoço e membro anterior colasmuito (ETES)mais de Leiria seja uma "solução pioneira carnee inspiradora". obtida de suínos (valores/100 g calórico equivalente à carne de borre‑ são ricos em mioglobina O contrato de financiamento aprovado pelo Proder - Programa go magra e não é muito superior ao de carne) (mais escuros) do que músculos de Desenvolvimento Rural,os que foi agora entregue formalmenpeito de frango (quadro 3). lombares do membro posterior. E te a todos ou os parceiros, "é um passo estruturante e fundamental paraabsolutos que seja desta que odeassunto termos o teores mioglo‑se resolva", disse a goTeor vernante, em Leiria. Assunção Cristas sublinhou que a garantia Parâmetro Und. Variação Quadro 3. Composição centesimal bina nas carnes de suínos estão com‑ Médio do financiamento "não é ainda o fim" de todo o processo, pois relativa de “carnes vermelhas” e preendidos num intervalo que coinci‑ este só culminará "quando se realizar a inauguração Kcal 188 115 ‑ 214 Energia da ETES". “carnes brancas” A governante espera que amédios estação de seja "uma dem com os teores detratamento g 20,0 8,9 – 23,8 Proteina total: solução sólida, sustentável" mioglobina dasdefinitiva carnes ebrancas e oe "que traga de volta o 3,20 2,70 – 3,81 bom nome do setor da suinicultura". "Esperoazoto que total esta soluçãog mínimo das carnes vermelhas (vitela). Parâmetros/ Porco Vaca Borrego Frango de Leiria seja pioneira e inspiradora para outras áreas. 12,0 2,8 – 42,3 Lípidos totais:Esperog 100g (magra) (magra) (magro) (peito) Neste contexto será de alguma forma que estejamos no início do fim da resolução ácidos deste gordos problema e g 4,40 que possamos ter uma solução que possa ser usada noutras uma arbitrariedade incluir as carnes saturados Energia (kcal) 124 175 124 108 regiões e ser exportada", salientou a ministra da Agride suínodonopaís grupo das carnes verme‑ ácidos gordos Água (g) 72,2 67,4 73,6 73,8 g 5,08 cultura. Foi aprovado um financiamento de 45 por cento do investimento, orçado em 21 milhões de euros. "O consórcio que está monoinsaturados lhas. Proteína de (g) ter21,8 24,1 a dedicar-se a esta matéria vai poder lançar o concurso público internacional, com o conforto 45% de21,7 verba a 19,7 fundo perdido ácidos gordos A mioglobia é uma proteína que se Cristas. g 1,34 seis meses, a contar financiado pelo Proder", explicou Assunção Os promotores têm da data da assinatura do contrato, Gordura (g) 4,0 9,8 5,0 1,2 para polinsaturados lançar o concurso internacional. Caso não o façam, irão perder o apoio. "A parte do Estado está feita. Agora, cabe aos privados o desnatura a temperaturas a partir dos Hidratos concurso público internacional para terem as propostas e refazerem g 0 as suas contas do ponto de vista da sustentabilidade finan74 ºC. No caso das carnes de suíno a de carbono As proteínas de suíno ceira do projeto. Queremos uma solução que seja estável, duradoura e sólida de todos os pontos de vista e, da por carne isso, continuaremos confeção culinária transforma a cor da g 1.0 Cinzas totais possuem na sua composição todos os do a acompanhar e a monitorizar esta matéria", avisou. O presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, acredita que a assinatura contrato detonalidades financiamento Proder possa Água trazer mais "qualidade de vida" aos cidadãos. carne para quedose aproxi‑ g 68,3 63,5 – 72,0 aminoácidos indispensáveis ao orga‑ Considerando tratar-se "obra decisiva", Raul Castro entende que a ETES, "ao mesmo tempo que garante a qualidade ammam do branco, devidodeàuma desnatura‑ nismo humano – o que significa que biental", permite "a continuidade das suiniculturas, setor de atividade de primordial importância ao nível do tecido socioeconómico ção da mioglogina. A composição das carnes são de “alto valor biológico” (quadro da região e do país, que assegura um número assinalável decentesimal postos de trabalho". sempre que para surgem ma‑ umdos suínostão têm acentuadas 4.). Este Entre os dia ácidos aminados devem "DePortanto, facto, mais de 20 anos resolver problema grave como estevariações é muito tempo. é um que pode tornar-se histórico. Para isso, que todos honremos aqui noani‑ contrato e que este dia não seja lembrado apenas nifestações quebasta depreciam a inclusão que os sãocompromissos dependentes plasmados da idade dos destacar‑se pelo seu teor excecional‑ como maisvermelhas uma etapa na num processo sem aparente fim à vista", acrescentou o autarca. de carnes dieta humana mais (os leitões têm mais água e me‑ mente elevado a Lisina, a Leucina, o O protocolo envolve o ministério, a SIMLIS, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis, as autarquias deve ter‑se Porto em consideração quebem as como nosasgordura e proteína), da- raça (asFomentinvest ácido Aspártico e o ácido Glutâmicopela da Batalha, de Mós e Leiria, entidades promotoras Recilis, e a Luságua - responsáveis carnes de suíno não são objetiva e fac‑ raças autóctones têm, em regra, mais (quadro 4). construção, instalação e exploração da ETES. A ETES do incluíveis Lis, projetada para a freguesia degordura), Amor, vaido tratar cercaalimentar de 900 metros cúbicos deOs efluente que, "a acrescer aos 280 tualmente nesse grupo. regime (os por‑ ácidosdiário animados indispensá‑ m3 já instalados na ETAR Norte [estação de tratamento de águas residuais em Coimbrão, Leiria], irá perfazer uma capacidade total A esse propósito, aliás, o que deve cos de montanheira têm mais ácidos veis presentes nas carnes de suíno de 1.180 m3 por dia".Agrega mais de 400 explorações pecuárias em toda a bacia hidrográfica do rio Lis e abrange os concelhos de ser enaltecido é, de precisamente, o gordos insaturados) e da peça açou‑ apresentam um equilíbrio na sua pro‑ Leiria, Batalha, Porto Mós, Marinha Grande e Pombal. Ao nosso vice-Presidente, David Neves, lutador causa apresentamos os nossos desejos que no contrário, ou seja, as virtudes nutri‑ o grande gueira (o lombopor deesta porco tem mais pro‑ porção que parabéns os tornae os especialmente mais curto espaço de tempo possível consiga concretizar este velho sonho cionais e até nutracêuticas das car‑ teína e menos gordura; O toucinho tem aptos para completar e equilibrar as nes de suíno. mais gordura e muito menos proteína). carências existentes na composição suinicultura 35 63 NOTICIAS FPAS PLANO DE ACTIVIDADES FPAS 2015 António Simões Monteiro SECRETÁRIO-GERAL +351 917 274 453 [email protected] | Skype: suinicultura.portugal Ao finalizar o ano de 2014 teremos que reconhecer que as perspetivas apontadas há um ano atrás, no que diz respeito à rentabilidade da atividade não se concretizaram por razões de todos conhecidas. No entanto, apesar da crise que assolou o sector a nível europeu, em sequência do embargo russo, antevemos que o 2015 possa vir a ser um ano de recuperação assim os países com maior componente exportadora consigam desviar o seu produto para outros destinos. Por outro lado, 2015 será o 1º ano de aplicação plena do PDR 2020, para o qual a FPAS preparou diversas candidaturas com especial incidência nos protocolos assinados com o INIAV, EDIA, UTAD e Universidade de Évora e no trabalho a ser desenvolvido no âmbito do LGPS e LGMA. Com base nestes pressupostos vimos apresentar à Assembleia Geral da FPAS a seguinte proposta de Plano de Atividades para 2014: Dar seguimento às já tradicionais atividades que vimos desenvolvendo há vários anos: • Edição de 4 números da Revista Suinicultura, que em 2015 contemplará a edição de um número especial, em junho; • Melhoramento do portal www.suinicultura.com, sempre em paralelo com a edição semanal da newsletter e também com a página de facebook, a qual em pouco mais de 9 meses já conta com cerca de 1000 inscritos; • Organização de uma série de Sessões de Esclarecimento, única forma reconhecida de interligação com as Associações Federadas e com os produtores seus associados. Estas sessões, por razões estratégicas relacionadas com a recolha de apoios empresariais, deverão, tal como tem acontecido em anos anteriores, ter lugar em Março/Abril; • Organização do VII Congresso Nacional de Suinicultura a ter lugar nas Caldas da Rainha, a 23 e 24 de Junho. Para além do atrás descrito e como complemento, propomo-nos ainda: Av. António Augusto de Aguiar, 179 - 1050-014 Lisbo 6. Idêntico posicionamento adotaremos em relação a todo o processo Portugal T: +351 213879949 | F: +351 213883177 | M: +351 917 relacionado com a problemática da gestão de efluentes; www.suinicultura.com 7. Continuar a desenvolver esforço no sentido de conseguir obter uma alternativa credível ao SIRCA - Sistema Integrado de Recolha de Cadáveres. 8. Continuar a colaborar com o Grupo de Trabalho denominado “Plano de ação nacional para a redução do uso de AB nos animais”, liderado pela DGAV; 9. Continuar a trabalhar em interligação com a CONFAGRI com especial enfoque nas possíveis candidaturas da FPAS no âmbito do PDR 2020; 10. Apoiar e participar ativamente nas atividades das associadas, particularmente as que tem maior visibilidade pública como por exemplo: Ancsub (Feira do Fumeiro), Sagran (Santiagro), Acpa e Ancpa (Ovibeja, Feiras de Santarém, de Garvão, de Portel, de Ourique, etc); 11. Continuar a apoiar o trabalho desenvolvido pelo LGPS (Raças Exóticas) e pelo LGMA, agora da responsabilidade da FPAS, dando especial atenção à consolidação das candidaturas ao PDR 2020; 12. Continuar a desenvolver todos os esforços no sentido de finalmente concretizar a criação do FILPORC – Interprofissional da fileira da carne de porco, apoiando as ações que venham a ser propostas pela sua Direção ; 13. Por fim, a nível internacional, a. Continuar a trabalhar em conjunto com a nossa representação no COPA-COGECA onde, em 2015 continuaremos a deter a presidência do Grupo de trabalho da carne de porco; b. Alargar sempre que possível a nossa presença nas reuniões técnicas a terem lugar em Bruxelas; 1. Continuar a defender o conceito de “Segmentação de ciclo”, promovendo a sua divulgação; c. Participar, sempre que possível, nas reuniões do IMPA, EPSPA, ANAPORC, etc. através da presença de pelo menos um Diretor nesses fóruns; 2. No âmbito do PDR 2020, participar ativamente nos Grupos Operacionais criados pelo INIAV (efluentes, sanidade, raças autóctones, etc); d. Participar nas atividades da edição de 2015 da FIGAN, Feira Internacional para a Produção animal, ater lugar em Saragoça, em Março 3. Promover a criação da versão portuguesa do BDPorc, organizando no início de 2015 uma reunião exploratória para a qual serão convidados representantes dos maiores grupos de produção, bem como os representantes das maiores empresas do sector farmacêutico; e. Participar ativamente nas diversas atividades da OIPORC, agora com responsabilidades acrescidas, na sequência da eleição como “Secretário” da Junta Diretiva que governará aquela organização no triénio 2014/2017. Neste contexto deveremos preparar com a devida antecedência a presença da FPAS no IV Congresso OIPORC que terá lugar em Setembro próximo. 4. No âmbito do PCEDA, participar e incentivar o trabalho a desenvolver no âmbito da respetiva Comissão de Acompanhamento, liderada pela DGAV; 5. No âmbito dos temas relacionados com o ambiente, continuar a acompanhar o trabalho desenvolvido em torno do NREAP, quer diretamente quer através da Confagri; 64 Lisboa, 17 de Dezembro de 2014 A Direção 65 NOTICIAS FPAS | ACTIVIDADES 4º TRIMESTRE 2014 OUTUBRO 05/07 – Reunião Outono do IMPA – Salszburgo 07 – 1ª Sessão de Negócios Japão/Portugal 10 – Reunião de Direção FPAS – Presença do Eurodeputado Miguel Viegas 15 – Assembleia Geral da OIPORC – Riviera Maya - México 16/18 – XIII Encontro Nacional de Porcicultura – Riviera Maya – México 28 – 5º Congresso FIPA 29 – Reunião com DGAV 29 – Reunião de Direção FPAS 29 – Assinatura Notarial FILPORC NOVEMBRO 04 – Reunião Associação Portuguesa de Imprensa 04 – Reunião GPP – PDR 2020 05 – Reunião Intermunicipal – C. M. Cartaxo 05 – Reunião suinicultores – SIRCA – Montijo 06 – Reunião DGAV – SIRCA 07 – Encontro Nacional de Técnicos Confagri – Fátima 12 – Reunião de Direção FPAS 12 – Reunião com Universidade de Évora – Parceria PDR 2020 12 – Reunião com Eng. Nuno Russo – Gestor Bolsa de Terras 12 – Reunião FILPORC – Apresentação de proposta Agroges 12 – Reunião SPORMEX – Feira Nacional do Porco 14 – Dia Nacional de Imprensa – Incentivos 2014/2020 17 – Reunião APCRPS/FPAS – Leiria – Encerramento da Associação 18 – Dia Aberto DGAV – Tapada da Ajuda 19 – Reunião Pres. C. M. Caldas da Rainha – VII Congresso Nacional de Suinicultura 19 – Visita às instalações do C. C. Congresso – Caldas da Rainha 20 – Presença na Gala Porc d’Or – Lérida 25 – Reunião contabilidade FPAS Associações Federadas FPAS DEZEMBRO 01 – Preparação da Revista 106 01 – Reunião com MERIAL – Apresentação Plano de Atividades 2015 01 – Reunião com ZOETIS – Apresentação Plano de Atividades 2015 01 – Reunião com MSD – Apresentação Plano de Atividades 2015 02 – Presença na sessão SPCV – Entrega de prémios a alunos 03 – Reunião com TECADI – Apresentação Plano de Atividades 2015 03 – Assinatura Proder LGPS – DRAPLVT – Santarém 05 – Reunião com DGAV 09 – Reunião contabilidade FPAS 10 – Reunião de Direção FPAS 11 – Seminário IACA 12 – Reunião com CALIER – Apresentação Plano de Atividades 2015 12 – Reunião com ALLTECH – Apresentação Plano de Atividades 2015 15 – Reunião com REAGRO – Apresentação Plano de Atividades 2015 17 – Reunião de Direção FPAS 17 – Assembleia Geral FPAS 10/12 – Presença como expositores na Agroglobal – Valada – Cartaxo 17 – Reunião Comissão Organizadora da Feira Nacional do Porco 17 – Reunião de Direção FPAS 22 – Início de montagens da Feira Nacional do Porco 25 – Entrada de animais para exposição na Feira 26/28 – XXII edição da Feira Nacional do Porco 26 – Cerimónia Oficial de Abertura e visita de entidades oficiais 26 – Jornadas Técnicas 27 – Jornadas Técnicas (continuação) 27 – Workshop PCEDA ANCPA - Associação Nacional de Criadores de Porco Alentejano Rua Diana de Liz - Horta do Bispo Apartado 71 - E.C. Rossio. 7002-501 Évora AARA - Associação dos Agricultores de Alcobaça ANCSUB - Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara ACPA - Associação Criadores de Porco Alentejano APAC - Associação de Agricultores Agro-pecuários do Centro ALISP - Associação Livre de Suinicultores Portugueses SAGRAN - Associação de Suinicultores dos Concelhos de Santiago do Cacém, Sines e Grândola Rua de Leiria s/n 2460-045 Alcobaça Rua Armação de Pera, nº 7 A 7670-259 Ourique Rua Guerra Junqueiro, nº 2 - 1º 2870 Montijo 66 26 – Reunião de Direção FPAS 27 – Portugal Sou Eu – FIL Junqueira 28 – Reunião Técnica Topigs – Alcochete Edifício Casa do Povo - Largo do Toural 5320 Vinhais Praceta Artur Portela, lote 19 - loja 2 2400 - Leiria Pinhal do Concelho 7540 Santiago do Cacém Lianol Colostro Inovação em suporte metabólico ® •R Redução d ã da d mortalidade t lid d pré-desmame éd • Leitões mais ativos • Melhor reflexo de sucção ® Alimento complementar para suínos Dose: 2 ml por leitão Protocolo de utilização: • 1 ml logo após o nascimento • 1 ml 12 horas depoisLianol® Colostro Lianol® Colostro Nascimento 21-28 dias 12h Lianol® Colostro Desmame Lianol reduz o efeito negativo de: • Infeções • Inflamações • Balanço Energético Negativo • Stresse do desmame We add performance to your business CALIER PORTUGAL, S.A. • Centro Empresarial Sintra-Estoril II • Rua Pé de Mouro – Edifício C • 2710-335 Sintra • Telef. 219248140 – Fax: 219248141 • [email protected] • www.calier.pt 67 ZUP/67/MAR/13 OS NOVOS NÚMEROS DO SEU SUCESSO NO TRATAMENTO DO CRS 14 1 MSD Animal Health Quinta da Fonte - Edif. Vasco da Gama, Nº 19 2770-192 Paço de Arcos – PORTUGAL Tel.: (+351) 214 465 700 • Fax: (+351) 214 465 724 68 www.msd-saude-animal.com.pt 4 9