SUINICULTURA
REVISTA DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ASSOCIAÇÕES DE SUINICULTORES | Nº 106 | OUT - NOV - DEZ 2014 | www.suinicultura.com | 5,00 €
XXII FEIRA NACIONAL DO PORCO
EMPRESAS RECONHECEM ÊXITO DO CERTAME
PORTUGAL NA JUNTA DIRECTIVA DA OIPORC
MANDATO 2014/2017
FPAS PREPARA VII CONGRESSO
NACIONAL DE SUINICULTURA
CALDAS DA RAINHA - JUNHO 2015
1
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O embargo russo e outras questões
O embargo Russo aos produtos agrícolas e à carne de porco da UE, ocorrido em Agosto
passado, levou a que o preço do porco caísse para níveis inimagináveis, tornando
este 2014, que respirava entusiasmo, em mais um ano em que não se atingiram os
objetivos que se previam para o setor.
EDITORIAL
Parecia que iríamos ter um ano dos antigos.
Matérias-primas a descer significativamente, preço dos porcos a atingir níveis
bastante satisfatórios, e eis que, de repente, por razões alheias à classe, levamos com
mais esta surpresa.
Entendemos e percebemos que devemos ser solidários com os oprimidos, que devemos
contribuir para uma sociedade global mais livre e justa, mas temos de perguntar, se
não estamos a ser usados por interesses bem diferentes destes, para que se atinjam
objetivos a que somos alheios?
Perguntar aos políticos europeus, o que sofrem com este embargo os agricultores e
produtores pecuários dos EUA e do Canadá? Respostas que não nos concedem, mas
que nos obrigam a considerar como ingénua esta decisão comunitária.
Liberdade e solidariedade sim, mas sustentabilidade da atividade económica, também.
Debilitar as atividades próprias, é reduzir a capacidade para suportar estas premissas,
comprometendo no futuro, a sua continuidade.
Cabe-nos continuar, resistir e contrariar as dificuldades.
Temos certezas: Sabemos fazer como os melhores, temos gente determinada, temos
condições naturais favorecidas para a produção e políticos que finalmente apostam
no setor primário.
Há que ser teimosos, audazes e determinados.
Mantendo-nos unidos, juntando sinergias, esta é, apenas mais uma barreira que, com
saber e determinação ultrapassaremos.
Repito a importância da união do setor e o flagelo provocado pela falta do mesmo.
Vivemos neste momento a renegociação do processo SIRCA (sistema de recolha de
cadáveres) e todos sentimos no bolso, os efeitos do individualismo sobre um caso
concreto. Lição que não podemos repetir.....
Sobre este assunto, relembro mais uma vez que precisamos de definir acções em
conjunto e que o movimento associativo, está a trabalhar numa solução válida para a
resolução do problema, de forma a torná-lo menos oneroso para todos os Suinicultores.
Mas, vem aí o 2015, e o novo
PDR (Plano de Desenvolvimento
Rural), oportunidade para dar
seguimento à Segmentação de
Ciclo, à reconversão, à restruturação
e ao redimensionamento das
explorações suinícolas.
Há uma onda de oportunidades que
não podemos deixar passar.
Produzimos como os melhores,
um bem de primeira necessidade,
ouvimos a banca a querer colocar
dinheiro no setor e disposta a ser
parceira e agora, até a GDO, começa
a querer investir na pecuária
intensiva.
Mas, vem aí o 2015, e o novo PDR (Plano de Desenvolvimento Rural), oportunidade
para dar seguimento à Segmentação de Ciclo, à reconversão, à restruturação e ao
redimensionamento das explorações suinícolas.
Há uma onda de oportunidades que não podemos deixar passar.
Produzimos como os melhores, um bem de primeira necessidade, ouvimos a banca a
querer colocar dinheiro no setor e disposta a ser parceira e agora, até a GDO, começa a
querer investir na pecuária intensiva.
A oportunidade é nossa, saibamos agarrá-la.
Feliz Natal e que 2015, a todos os que direta e indiretamente a esta atividade se
dedicam, bem como aos seus familiares, traga muitas alegrias, como bem merecemos.
A todos, BOAS FESTAS e um FELIZ 2015, da equipa da FPAS.
Vitor Menino
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SUMÁRIO
03 | Editorial: Vitor Menino
Ficha Técnica
Revista Suinicultura n.º 106
Publicação da Federação Portuguesa de
Associações de Suinicultores (FPAS)
www.suinicultura.com
NIPC 501 312 072
Director
Vitor Menino
[email protected]
Sub‑Director
A. Simões Monteiro
(Médico Veterinário)
[email protected]
Editor/Redacção
FPAS – Av. António Augusto Aguiar, n.º 179, r/c esq.
1050‑014 Lisboa
Tel.: 21 387 99 49; 91 756 39 01
Fax: 21 388 31 77
[email protected]
Design e paginação:
IMAGINARYFUSION
Design e Imp. Digital, Lda
Impressão:
Jorge Fernandes, Lda
OIPORC
06 | XIII Encontro Nacional de Suinicultura - Riviera Maia, México
13 | Assembleia Geral OIPORC
FEIRA NACIONAL DO PORCO
20 | Feira Nacional do Porco
25 | Linhas de Crédito para o sector Suinícola
Paulo Bayan Ferreira, CCAM de Entre Tejo e Sado
28 | BDporc “Banco de dados de referência de suínos espanhol“
Pedro Lopez Romero, Nuria Alòs Saiz, Raquel Quintanilla
32 | Do porco tudo se aproveita
David Catita
34 | Experiências de Campo na erradicação da Aujeszky
Albert Finestra Uriol
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
41| Prémios PORC DOR
45| Missão chinesa visita Portugal
Periodicidade:
Trimestral
RAÇAS AUTOCTONES
Alentejana
48 | ACPA
Tiragem: 2000 exemplares
50 | ANCPA
ICS/122280
Depósito Legal 48323/91
Bisara
54 | ANCSUB
Sócio nº P‑1154
PRÓXIMOS EVENTOS
60| FIPPPA - Feira Internacional de Produção e Processamento da Proteína Animal
NOTICIAS
62| A Suinicultura na União Europeia
63| Estação de tratamento de Leiria
64| Plano de Actividades FPAS 2015
65 | Actividades do 4º Trimestre 2014
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OIPORC
XIII ENCONTRO NACIONAL DE SUINICULTURA
RIVIERA MAYA • QUINTANA ROO, MÉXICO • 15 - 18 DE OUTUBRO DE 2014
Decorreu no Hotel Barceló Maya Colonial, na Riviera Maya o XXII
Encontro Nacional de Suinicultores Mexicanos. Um encontro
muito participado por parte dos suinicultores mexicanos que
vinham ouvir os maiores especialistas mexicanos dos tópicos
que o Encontro abordaria.
Entre eles estavam a reforma agrícola e as políticas para o
sector, os desafios sanitários que o México enfrenta, o financiamento do sector suinícola e ainda as perspetivas globais da
suinicultura pelos membros da OIPORC.
A FPAS não só esteve presente nos três dias de congresso,
como participou ativamente do mesmo através do seu Presidente, Vítor Menino, que retratou à plateia o estado atual da
suinicultura portuguesa.
PEDv, um desafio para o México…um alarme para a Europa?
A diarreia epidémica suína (PED) é uma doença originada pelo
vírus ARN da família Coronaviridae do género Alphacononavirus, composto por sete proteínas, quatro estruturais e três não
estruturais.
A PEDv (Porcine Epidemic Diarrhea Virus) teve a sua origem em
Inglaterra, com o primeiro caso datado do ano de 1971, difundindo-se rapidamente a todos os países da Europa, afetando
com particular incidência porcos em engordas. Quarenta anos
depois, no ano de 2010, foi observado um quadro clínico na China que afetava todas as idades.
Em 2013 a PEDv chega ao continente americano, com o primeiro caso diagnosticado nos EUA. A disseminação do foco da doença da Ásia para América continua por explicar. A transmissão
por via da alimentação era uma das potenciais causas apontadas, sendo recentemente descartada pela Organização Mundial
de Saúde que publicou um estudo que revela que os produtos
derivados do sangue de suínos usados na alimentação não são
uma fonte de propagação do vírus.
O primeiro caso diagnosticado no México foi em Maio de 2014
tendo-se propagado rapidamente por praticamente todos os
estados mexicanos nos últimos 5 meses. O vírus é infetante
por via aérea num raio de 5 km e por isso de propagação rápida.
A via de transmissão direta entre animais mais frequente é ingestão de fezes contaminadas mas existem várias formas de
transmissão indireta como o transporte de animais contaminados – os leitões apresentam a maior carga viral – veículos
contaminados, excrementos e efluentes de explorações com
positividade ao vírus a céu aberto, fauna nociva que poderá andar de exploração em exploração e vestuário contaminado.
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Os sinais clínicos mais evidentes são altas taxas de mortalidade em leitões com menos de dois dias e por isso uma das
formas de controlo mais eficazes é a imunização a 100% das
reprodutoras. Outras formas de controlo devem ser postas em
prática como a limpeza rigorosa da exploração, o procedimento
McRebel no maneio dos leitões e a limitação de movimentos de
pessoal dentro da exploração.
Devem ser ainda postas em prática outras medidas profiláticas como o tratamento de efluentes e a compostagem de cadáveres (prática proibida na União Europeia, mas recomendada
nos países mais afetados pela PEDv). É fundamental garantir
a biossegurança externa, controlando o transporte de e para a
exploração – quer os animais transportados, quer a higienização dos veículos -, e fomentar o uso de janelas.
ARTIGOS
7
OIPORC
Tomando por exemplo a situação mexicana, não pode deixar de
preocupar a forma como o vírus surgiu e se propagou, constituindo forçosamente um “aviso à navegação” à Europa para se
precaver para o caso (ou para a inevitabilidade?) de surgirem
animais infetados no velho continente com o vírus da diarreia
epidémica.
Membros da OIPORC lançam bases para o futuro da
Suinicultura Ibero-americana
No segundo dia do programa do XIII Encontro Nacional de Suinicultura, houve lugar ao painel “Iberoamerica” onde os membros
da OIPORC expuseram o momento atual do sector nos seus países, partilhando as dificuldades e oportunidades com que se
deparam e, acima de tudo, indicando o caminho que deve ser
trilhado daqui para a frente.
Jose Antonio del Barrio apresentou o panorama espanhol, um
dos maiores produtores de carne porco da Europa, e que conta
atualmente com 80000 explorações, 2.3 milhões de reprodutoras, abatendo 41 milhões de animais por ano, que significam 3,5
milhões de toneladas de carne.
Durante a apresentação do Dr. Víctor Quintero Ramírez ficaram
bem patentes os desafios que o México enfrenta para fazer face
a esta doença que tantos danos económicos e comerciais tem
causado aos suinicultores mexicanos que viram as suas explorações afetadas por ela.
Desde logo, é necessário evitar a circulação do vírus na rede rodoviária do país e simultaneamente impedir a entrada de novos
vírus no país.
Para esse fim, o assessor da Associação Mexicana de Médicos
Especialistas em Porcos, assinalou como urgentes as seguintes
medidas:
• Promover a construção de rodilúvios;
• Atualizar a vigilância da mobilização de porcos nas estradas do país;
• Monitorizar a importação de carne e vísceras potencialmente
infetadas;
• Conceder créditos ou facilidades para construções de biodigestores e lagunas de tratamento de efluentes;
• Desenvolver protocolos de avaliação de imunidade e excreção
viral nas explorações para determinar o seu estatuto viral em
relação à PEDv, classificando-as em:
• Explorações livres;
• Explorações negativas;
• Explorações estáveis;
• Explorações ativas.
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O consumo per capita espanhol passou de 19 kg em 1974 para
47 kg em 2013 (acima da média europeia de 34 kg per capita).
Com uma autossuficiência de 140%, a Espanha exporta 1,350
milhões de toneladas de carne, 1 milhão para a União Europeia
e 350 000 toneladas para países terceiros, nomeadamente Ásia
(com o Japão e a Coreia do Sul a terem um crescimento brutal
no primeiro semestre de 2014).
Relativamente a toda esta pujança e este desenvolvimento do
setor nos últimos anos, del Barrio indicou três fatores de sucesso:
1) Sanidade: com a erradicação da Peste Suína Clássica e da
Peste Suína Africana os mercados internacionais ficaram desbloqueados, fomentando o aumento da produção e da exportação em Espanha;
2) Ambiente: Boa adaptação das explorações espanholas às diretivas comunitárias, no seguimento das conclusões elaborados pelo grupo de trabalho criado em 2000 com a finalidade de
estudar as melhores técnicas para reduzir emissões de azoto e
dióxido de carbono;
3) Industrialização: Paulatinamente as pequenas explorações
têm desaparecido por não serem competitivas. A tendência tem
sido cada vez mais ganhar dimensão e poder negocial através
da proliferação de agrupamentos de produtores e cooperativas
Já relativamente aos desafios que o setor enfrenta para continuar o seu desenvolvimento, foi mencionado que a indústria
terá de seguir o mesmo caminho da produção e as 1200 indústrias cárnicas existentes em Espanha terão de se reestruturar e
redimensionar, e acima de tudo evoluir tecnologicamente.
Em relação aos produtores terão de melhorar constantemente
as suas técnicas de maneio e as suas instalações, quer ao nível
técnico quer sanitário. Deverão continuar a seguir a tendência
OIPORC
de se integrarem em agrupamentos e cooperativas, tendo em
conta que o produtor deve ser cada vez mais empresário da cadeia. Em relação às restrições europeias, Jose Antonio del Barrio
considerou urgente ser permitida a utilização de fármacos na
alimentação.
Usou da palavra, seguidamente, o orador colombiano, Carlos
Maya, representante da Associação Colombiana de Suinicultores, destacou o grande desenvolvimento do setor nos últimos 20
AF_raporal_anuncio_148x210mm.pdf
14/04/14
18:26
anos e o papel que a Associação1 desempenhou
neste processo.
Sobre a conjuntura colombiana, um grande handicap à produção é, sem dúvida, a grande percentagem de matérias-primas
importadas (80%). Atualmente a Colômbia não exporta carne de
porco e ainda importa 18% do que consome.
O consumo per capita cifra-se nos 6,75 kg, um valor muito baixo
comparativamente à média europeia, mas três vezes superior
ao registado em 2001 (2,72%). O efetivo de suínos é de 3,5 milhões de animais.
9
OIPORC
Neste sentido, o projeto da FPAS da segmentação de ciclo surge
como uma ferramenta essencial no desenvolvimento da suinicultura em Portugal, vindo otimizar a mão-de-obra, as instalações e as questões ambientais, valorizando as condições edafoclimáticas do território e as competências técnico-científicas
dos quadros técnicos nacionais.
Para finalizar, o presidente da OIPORC, Jose Miguel Cordero
reforçou o essencial das três intervenções. A necessidade de
inovar e alterar os modelos de produção vigentes, a integração
dos produtores na cadeia enquanto empresários, a promoção
e generalização do bem-estar animal, fugindo a qualquer tipo
de fundamentalismo e a promoção do consumo, valorizando a
produção nacional de cada país.
Relativamente ao futuro a curto/médio prazo, a Colômbia tem
em fase de implementação um plano de desenvolvimento para
o setor que vai de 2015 a 2020, alicerçado nas seguintes linhas
estratégicas:
1) Melhoramento do estatuto sanitário, investindo em investigação e tecnologia;
2) Solidificação da cadeia, do cooperativismo e da economia de
escala;
3) Fomento do consumo, facilitando a comercialização;
4) Promoção da imagem da suinicultura através de campanhas
pela defesa do setor;
5) Promoção da inocuidade do produto, sustentabilidade da
produção e qualidade da cadeia.
Seguidamente foi a vez de Portugal, pela voz do Presidente da
FPAS, Vítor Menino, prestar o seu contributo ao plenário.
A exposição portuguesa começou com a apresentação do efetivo nacional, quer em número, quer em distribuição, do consumo
per capita – superior à média europeia mas inferior ao consumo
espanhol (42,9%) – e da autossuficiência nacional.
Foi ainda apresentada as flutuações do preço da carne de porco nos últimos 4 anos onde atingiu mínimos de 1,327€ no 4º
trimestre de 2010 e máximos de 1,92€ no 3º trimestre de 2013
(valores em médias trimestrais), não havendo ainda dados do
terceiro trimestre do 2014 que, certamente baterá records negativos, consequência do maior impacto do embargo russo na
economia agrícola nacional (e europeia).
Outra das preocupações manifestadas por Portugal prende-se
com a aprovação das variedades de OGM’s propostas à comissão europeia, preocupação acompanhada da esperança que o
novo Presidente da Comissão faça andar o processo, como manifestou intenção enquanto candidato.
Em relação aos horizontes da suinicultura, Vítor Menino alinhou
com as intervenções anteriores, indicando a integração dos produtores como uma condição essencial para o ganho de escala
da suinicultura, refletindo-se sobretudo no controlo do mercado. Fundamental também que o produtor se torne empresário
da fileira, tendo maior controlo sobre a produção de matérias-primas e comercialização da carne ao consumidor final.
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MANEIO
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OIPORC
raças autóctones | bísara
Publicações com Referência à Raça
Bísara e ao Fumeiro de Vinhais
E
ste ano a raça bísara este‑
ve presente em dois lança‑
mentos. O primeiro em
Abril, na 30ª edição da Ovi‑
beja, é uma publicação da DGAV com
o nome Raças Autóctones Portugue‑
sas. O objetivo foi o de compilar toda
a informação, num livro, para divulgar
e caracterizar as 57 Raças Autócto‑
nes existentes em Portugal, das quais
a raça bisara faz parte e que consti‑
tuem um património genético animal
único. Este livro constitui uma refe‑
rência actual das Raças Autóctones
que, sendo oficialmente reconheci‑
das em Portugal, são objecto de re‑
gisto em Livro Genealógico, de acor‑
do com critérios específicos. Assim
52
suinicultura
12
analisa as diferentes raças de acordo
com os aspectos relativos à origem, à
área geográfica, ao padrão da raça, à
evolução do efectivo, aos sistemas de
produção, às características produti‑
vas e reprodutivas e ao desenvolvi‑
mento, melhoramento e perspectivas
futuras, de forma estruturada por es‑
pécie.
Outro importante lançamento, que
ocorreu no VII Congresso Mundial do
Presunto, foi uma edição dos CTT Cor‑
reios de Portugal, com o nome Sabores
do Ar e do Fogo, da autoria de Fátima
Moura, escritora e perita em gastrono‑
mia e com coordenação de José Quité‑
rio, decano da crítica gastronómica. As
fotografias são da autoria de Mário
Cerdeira. Este lançamento pretende
contribuir para um conhecimento mais
detalhado dos enchidos e presuntos
tradicionais portugueses, suas histó‑
rias e caracterização. Começando
sempre que possível pela respetiva gé‑
nese e enquadramento sociológico e,
em seguida, detalhando as normas es‑
pecíficas de produção que asseguram
a garantia de qualidade e especificida‑
de, e que permitem a atribuição da De‑
nominação de Origem Protegida ou In‑
dicação Geográfica Protegida que os
consagra, hoje em dia, como «Produtos
Artesanais de Qualidade».
Pedro Fernandes
Técnico ANCSUB
OIPORC
ORGANIZACIÓN IBEROAMERCIANA DE PORCICULTURA
OIPORC
ASAMBLEA GENERAL ORDINARIA 2014
Rivera Maya, Playa Del Carmen, Quintana Roo Mexico
En el Salón Bonampak II del Hotel Barceló de la ciudad de Playa Del Carmen, Rivera Maya en el Estado de Quintana Roo, Mexico,
siendo las 12:00 horas del día Miércoles 15 de Octubre del año 2014, en virtud de las convocatorias realizadas por el Ing. José Miguel
Cordero Mora, en su calidad de Presidente de OIPORC, se dieron cita los delegados acreditados de la organización para dar curso a
su Asamblea General Ordinaria, correspondiente al año 2014 de conformidad con los Estatutos vigentes.
Dando apertura al acto, el Dr Jose Luis Valle Inclán, Presidente de la Confederación de Porcicultores Mexicanos da la bienvenida al
grupo en su calidad de anfitrión de la asamblea general ordinaria de OIPORC y agradece a los representantes la presencia y participación tanto en el XIII Encuentro Nacional de Porcicultores Mexicanos como por el esfuerzo de continuar fortaleciendo a OIPORC,
como ente de unión de la porcicultura iberoamericana que proporcione un fundamento de fortaleza institucional en la identidad
compartida de cultura, idioma e interés por una industria Porcícola competitivamente sostenible.
Acto siguiente el Presidente de OIPORC agradeció a la Confederación de Porcicultores Mexicanos la generosidad y hospitalidad para
hacer factible la celebración de la Asamblea General Ordinaria 2014, dentro del marco de un evento tan importante como el ENP., y
agradeció la presencia de las delegaciones representativas e invitados de IPORC al evento.
Se procedió a poner a la consideración de los asistentes el siguiente orden del día:
1. Presentación de los delegados acreditados por los Organismos Nacionales de Porcicultura de América Latina y de la Península
Ibérica.
2. Lectura y aprobación del Orden del Día.
3. Elección del Presidente y Secretario de la Asamblea.
4. Presentación del informe de gestión de la Presidencia de OIPORC.
5. Presentación de los Estados Financieros de OIPORC, con corte al 30 de Junio del 2014.
6. Discusión para aprobación de la reforma de estatutos de OIPORC
7. Elección del Comité Ejecutivo para el periodo 2014 2º17
8. Designación de la Secretaria Técnica, periodo 2014 – 2017
9. Determinación del país sede del IV Congreso Iberoamericano de Porcicultura 2015
10. Determinación del lugar y fecha de la próxima asamblea general ordinaria de la OIPORC
11. Discusión de asuntos de interés general
12. Receso para la elaboración del Acta de la Asamblea General
13. Aprobación para la firma del Acta de la Asamblea
14. Clausura
13
OIPORC
La agenda se desarrolló como se indica a continuación:
1. Presentación de los delegados acreditados por los Organismos Nacionales de Porcicultura de América Latina y de la Península
Ibérica
Todos los delegados e invitados presentes procedieron a su identificación,
Levantándose acta del quorum correspondiente y acta de presencia de los participantes. (Anexo I)
2. Lectura y aprobación del orden del día:
Jose Antonio de Barrio cuestiona la pertinencia del punto 6to de la agenda
El presidente indica haber recibido de parte de la delegación de Mexico, una propuesta a la asamblea para la revisión de los estatutos
en lo que refiere a la estructura del comité ejecutivo, así como otras propuestas para integrar la industria complementaria en apoyo
a OIPORC
El orden del día propuesto es así aprobado a unanimidad por la asamblea sin modificaciones.
3. Elección del Presidente y del Secretario de la Asamblea
Conforme lo establecido en los estatutos vigentes, el Presidente y el Secretario actual de OIPORC, asumen la conducción la dirección
de la asamblea.
El Presidente de la Fedoporc delega la presidencia en el Ing. Cordero y el Dr Valle Inclán Presiente del CPM delega en el Lic. .Alejandro Ramirez la secretaria.
4. Presentación del informe de gestión de la Presidencia de OIPORC
El Ing Cordero presento un detallado informe de gestión durante el periodo 2011 a 2014 (Anexo 1) sobre el que resalto puntos clave
de las operaciones de OIPORC.
Desarrollo institucional:
A pesar de la inversión importante en el desarrollo de medios visuales de identificación, los mismos han sido utilizados en forma
muy limitada por los gremios afiliados. En necesario una difusión masiva en las asociaciones miembros de OIPORC de su afiliación
a la organización, y el soporte en la promoción general de la imagen institucional de OIPORC
Señalo así mismo la importancia de alcanzar una integración total de la industria Porcícola en países iberoamericanos
INTEGRACIÓN EFECTIVA:
A la fecha los 13 países participan en forma activa, y cinco países de Centro América participan en bloque a través de la Federacion
Centro Americana Caribe para un total de 18 países participantes de 23 posibles miembros.
No participan Argentina por decisión de su organización, Uruguay por falta de comunicación con las organizaciones gremiales existentes y Bolivia donde aún se está en proceso de estructuración de una organización gremial nacional.
La posición Centro Americana de representación en bloque no ha dado los resultados esperados y se requiere retornar a una participación individual de cada uno de los países, y se requiere un mayor esfuerzo de los miembros de OIPORC en incorporar los países
no afiliados a la fecha.
RELACIONES INSTITUCIONALES
Como tercer punto señalo la importancia de mantener vigente las relaciones alcanzadas con los organismos internacionales de
cooperación (FAO, OIE, OIRSA) y mantener la presencia en los organismos de integración en los que ya ha sido designada (GF/TAD’s,
Codegalac, Cirad, CaribVet), así como en las comisiones especiales en la que ha sido designada,, apoyar la relación con otras instituciones de importancia para la región (IICA, OMC, Codex) y finalmente continuar fortaleciendo las relaciones con las asociaciones
gremiales de los Estados Unidos y(NPPC) y Canadá (CPC), Cirad y Anaporc.
Todas estas actividades asumen una capacidad financiera que permita la presencia en esas actividades, la cual hasta ahora ha sido
inconsistentes.
OIPORC tiene el compromiso en lo inmediato de consolidar la propuesta de FAO para la constitución del “Comité Consultivo de Sanidad Porcina”, (FAO – OIPORC – Otros) y replantear con FAO las acciones de fortalecimiento del Plan Continental de Erradicación de
la Peste Porcina Clásica de las Américas, y la definición de otras acciones e carácter regional de beneficio para la industria Porcícola
Iberoamericana
AGENDA
Finalmente resumió algunos puntos que definirán la agenda para el desarrollo institucional y las acciones de OIPORC hacia el fortalecimiento de la industria
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OIPORC
- Efectiva integración regional con participación activa de todos los gremios porcícolas en los países de la región
- Integración otros países de porcicultura familiar de importancia
• Integración de Feccaporc
• Integración región Caribvet
- Consolidar relaciones con FAO – OIRSA – OIE) nuevas asociaciones con IICA, Codex y OMC
- Desarrollo de programas de educación a distancia con entidades asociadas como FAO y academia en programas sanitarios más
allá de la Peste Porcina clásica
- Evaluar opciones de estandarización de cortes para identificación y promoción global de la carne de cerdo
- Establecer programas de educación continuada en los aspectos de adición de valor
- Apoyar la estructuración y conducción de seminarios técnicos en países interesados (Ecuador)
- Apoyar los congresos nacionales donde fuera requerido
- Constitución del Comité Iberoamericano de Sanidad Porcina
- Definir un plan de acción estratégico para OIPORC
ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
Finalmente sugirió algunas reformas administrativas que permitan una mejor operación de OIPORC
- Revisión estatutaria que permita redefinir un consejo ejecutivo de mayor funcionabilidad
- Reestructurar la página Web hacia una comunicación más directa con los porcicultores y una operación más ágil
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OIPORC
- Establecer una cuenta bancaria internacional
- Registro oficial internacional de OIPORC como Organismo no gubernamental
- Compromiso de remisión de cuotas
- Estructuración programas presupuestos anuales
- Desarrollo de una campana de apoyo económico de la industria a OIPORC
- Integración a OMC y Codex
Finalmente el Presidente saliente agradeció la colaboración de países y personas sin cuya colaboración ejercer su función.
Concluida la presentación los presentes resaltaron el trabajo institucional realizado y expresaron su satisfacción por los avances
alcanzados por la OIPORC, y opinaron sobre áreas que desde sus perspectivas debieran ser incluidas en las actividades de OIPORC
para una mejor integración de su constituyente
Vítor Menino (Portugal) resalta el interés de una mayor comunicación directa a los miembros de OIPORC con informaciones de
mercado, precios y desarrollo de la industria, y un mecanismo de mayor comunicación entre los directivos de OIPORC. Propone la
constitución de un “Newsletter” con información básica de las estructuras y acciones en cada uno de los mercados de OIPORC. Asi
mismo propone, un calendario de reuniones virtuales con participación abierta a todos los interesados.
Jose Luis Caram (Mexico) refuerza la importancia de la información compartida y comunica la intención de Mexico de integrarse en
boletín de información.
Carlos Maya señala la necesidad de un sentido de pertenencia de las gremiales a OIPORC y apoya la celebración de reuniones virtuales periódicas entre sus miembros.
Miguel Olivo (Feccaporc) plantea que la OIPORC debe ser un vehículo de información entre sus miembros, y plantea una mayor participación y apoyo a las acciones de OIPORC.
Antonio Simoes (Portugal) recuerda el pobre compromiso colectivo de apoyar la acción institucional de OIPORC con la divulgación
de OIPORC a través de sus medios de comunicación.
Griselda Crespo (ACP Cuba) refuerza el compromiso y orgullo de pertenecer a OIPORC y apela al compromiso de los presentes para
el fortalecimiento de OIPORC
5. Presentación de Estados Financieros
Se presentó una relación de las cuentas del periodo 2011 al 2014 presentando un saldo en cuenta a favor de OIPORC de US$
5,025.15.
El balance no discrimina los gastos del periodo 2013 - 2014 los cuales se redujeron a gastos administrativos y cargos financieros, ni
discrimino las cuotas recibidas en el último periodo.
Varios miembros plantearon dudas sobre los montos y frecuencias de los compromisos asumidos a partir de la Asamblea de Évora
en el 2011.
Se solicitó una investigación más exhaustiva de las contribuciones y montos pendientes por país, ratificándose la decisión de que
las cuotas de participación son $1,000 dólares anuales por país.
6. Reforma de estatutos :
La representación de Mexico planteo una reforma a los estatutos en el capítulo I artículo 29, y en el capítulo III artículos 38 y 39 referente a la constitución del Comité Ejecutivo y la asignación de la secretaria técnica modificando los textos actuales
CAPÍTULO II
DEL COMITÉ EJECUTIVO
ARTÍCULO 29. Como órgano delegado de la Asamblea General, funcionará un Comité Ejecutivo, que estará integrado por un número
de asociados de cinco: Presidente, Secretario ytres Vocales, quienes podrán tener asignaciones específicas según los requerimientos
del programa operativo de OIPORC.
Para que lea tanto el capítulo 29 como cualquiera otro que resultare modificado por los cambios en el mismo
16
OIPORC
ARTÍCULO 29. Como órgano delegado de la Asamblea General, funcionará un Comité Ejecutivo, que estará integrado por un número
de asociados de cinco: Presidente, Vicepresidente, Secretario, Tesorero y un Vocal, quienes podrán tener asignaciones específicas
según los requerimientos del programa operativo de OIPORC.
CAPÍTULO III
DE LA SECRETARÍA TÉCNICA
ARTÍCULO 38. La Secretaría Técnica tendrá su domicilio social en la sede de la Asociación u Organización en la que recaiga el cargo
de Vicepresidente de OIPORC.
ARTÍCULO 39. El responsable de la Secretaría Técnica será un empleado de la Asociación u Organización en la que recaiga el nombramiento de Vicepresidente.
Sometida a votación la propuesta de Mexico es aprobada por votación unánime
No habiendo otras propuestas de cambios se concluyó el debate con el mandato de la asamblea a la presidencia de reestructurar
los estatutos vigentes con las modificaciones aprobadas
7. Elección del Comité Ejecutivo
Considerando las provisiones recién aprobadas sobre modificación del Comité Ejecutivo, Jose Antonio del Barrio (Anprogapor España) presenta la siguiente estructura directiva
Presidencia República Dominicana
VicepresidenciaMexico
TesoreríaColombia
Secretario Portugal
VocalBrasil
Existem outras formas
de fixar micotoxinas
T5X
Muito mais que um adsorvente de micotoxinas
T5X possui quatro ações principais:
- Os componentes adsorventes do T5X foram selecionados num sofisticado
modelo “invivo”. As micotoxinas não passam pela parede intestinal.
- T5X estimula a produção de enzimas naturais especificas de neutralização
/desintoxicação que catalisam a eliminação das micotoxinas.
- Os poderosos antioxidantes presentes no T5X inibem os radicais livres
e previnem a degradação da membrana celular.
- T5X estimula o sistema imunitário não especifico, fortalecendo os animais.
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Tel: 231 209 900 – Fax: 231 209 909
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www.invivo-nsa.pt
17
OIPORC
La moción es refrendada por Colombia
Sometida a votación la propuesta es aprobada a unanimidad
8. Designación de la Secretaria técnica para el periodo 2014 a 2017
Dada las modificaciones estatutarias resultantes en el tema anterior, se eliminan las consideraciones sobre este punto
9. Determinación del país sede del Cuarto Congreso Iberoamericano
de Porcicultura
Miguel Angel Olivo Presidente Feccaporc propone que el Cuarto
Congreso Iberoamericano de OIPORC se realice conjuntamente con
el XII Congreso Centroamericano y del Caribe de Porcicultura a celebrarse del 2 al 5 de Septiembre del 2015 en Punta Cana, Republica
Dominicana
Sometida a votación la propuesta fue aprobada a unanimidad
10. Determinación del lugar y fecha de la próxima asamblea de OIPORC 2015
La definición del cuarto congreso de OIPORC en el punto anterior define a Republica Dominicana como sede de la Asamblea 2015 de OIPORC proponiéndose la fecha del 1ro de Septiembre para la misma
Sometida a votación la propuesta es aprobada a unanimidad
11. Discusión de asuntos de carácter general
El Ing Miguel Angel Olivo propone la designación como miembros
honorarios por la hoja de servicios prestados a OIPORC desde su
fundación a los señores Enrique Dominguez Lucero, de Mexico,
Jose Antonio del Barrio Martin, de Espana y la Dra Lilia Consuelo
Velasco de Colombia
Sometida a votación esta propuesta fue aprobada a unanimidad
No habiendo más temas por tratar el Presidente agradeció a la
Asociación Brasileña de Criadores de Suinos ABCS y a la Asociación de Criadores de Suinos de Rio Grande Do Sul ACSURS por el
apoyo, la organización y las atenciones dispensadas a OIPORC en
la celebración de este Tercer Congreso Iberoamericano, la Asamblea General y la oportunidad de participación en el XV Seminario
Nacional de Desarrollo de la Suinocultura, SNDS.
Siendo las 10:00 am de da por terminada la Asamblea General de
los delegados de OIPORC, realizada en Gramados Brasil, a los 31
días del mes de Julio del año 2013.
18
Jose Miguel Cordero Mora
Presidente Augusto Osorno Gil
Secretario (Aprobación electrónica)
OIPORC
Movidos pela vocação
Av. Párroco Pablo Díez, 49-57 • 24010 León (Espanha) • www.syva.es • [email protected]
Distribuidor exclusivo em Portugal:
19
Av. do Brasil, 88 - 7º Esq. - 1700-073 Lisboa (Portugal) • Tel: 21 974 79 34 • Fax: 21 974 79 35 • [email protected]
FEIRA NACIONAL DO PORCO
FEIRA NACIONAL DO PORCO
AS EXPECTATIVAS FORAM ULTRAPASSADAS
Palavras proferidas pelo Presidente da FPAS
- À Câmara Municipal do Montijo e à União de Freguesias de
Montijo e Afonsoeiro pelo apoio, disponibilidade e meios que
nos concederam;
- Ao Crédito Agrícola pelo importante patrocínio e apoio;
- E a todos vocês, empresas e empresários que direta e indiretamente tornaram esta feira, numa referência Ibérica da Suinicultura. Obrigado em nome da fileira do porco em Portugal.
Devolver a ESPERANÇA e o investimento ao sector Suinícola é o
principal objetivo que nos move. Esperança que permita trazer
jovens a acreditar e a apostar no sector para que rapidamente
sejamos autossuficientes em carne de porco no nosso País.
1-Exma Sra Prof. Dra. Assunção Cristas, Ministra da Agricultura
e do Mar
2-Exmo Senhor Eng.º Nuno Canta Presidente da Câmara Municipal do Montijo
3-Exmos autarcas presentes
4-Exmos representantes da Administração Pública
5-Exmos dirigentes associativos
6 –Ex. mos Senhores expositores
7-Amigos suinicultores
8-Senhoras e Senhores
Em nome da FPAS e a ALISP, entidades organizadoras desta
XXII Feira Nacional do Porco AGRADEÇO:
Não me canso de repetir, somos uma atividade com futuro,
temos condições privilegiadas para produzir porcos no nosso
país, uma vez que:
- Temos terra e água abundantes, temos clima invejável, temos
saber como os melhores.
Condições necessárias para o sucesso.
Começamos, também a ter um Estado, que finalmente sentimos como parceiro, e a entender que esta é uma atividade que
o País precisa. Sentimos que fundamentalismos que nos perseguiram no passado, e em alguns casos infelizmente, ainda
perseguem, começam a ficar na gaveta.
- A toda a equipa que me orgulho de comandar, pela determinação com que trabalhou para tornar possível este evento;
Que se começa a legislar em prol de quem quer produzir com
sustentabilidade e respeito pelas normas legais, e não contra
quem quer produzir.
Comissão Organizadora
(Da esquerda para a direita: Hugo Branquinho, David Neves, João Bastos, Simões
Monteiro, Vitor Menino e Sérgio Marques)
20
Prova disso a recente aprovação pelo Conselho de Ministros de
diploma que estabelece com caracter extraordinário, o regime
de regularização e de alteração ou ampliação de explorações
FEIRA NACIONAL DO PORCO
Nós temos equipas, de Norte a Sul, das raças autóctones às
exóticas, falamos uma só voz. Temos ideias e dinâmicas inovadoras exequíveis para relançar o sector. Se todos, Administração, Suinicultores e profissionais da fileira, rumarmos no mesmo sentido, atingiremos os objetivos que pretendemos.
Queremos ajudar a preencher o interior rural do País. Queremos
deslocalizar as explorações ou parte delas de onde sejam um
problema, para onde possam ser uma oportunidade. Essa é a
menina dos nossos olhos, pela qual temos batalhado com êxito.
Com a presença da Sra. Ministra Assunção Cristas e do Presidente da Câmara
Municipal do Montijo Nuno Canta, a FPAS pela mão do seu presidente assinou
três protocolos respectivamente com EDIA (Jorge Vazquez), UTAD (Reitor António
Fontaínhas Fernandes e INIAV (Nuno Canada)
pecuárias, incompatíveis com os PDM, ou com condicionantes
de uso do solo. Falamos do lendário REAP, que não sendo em
muitos casos exequível, condicionou o acesso de muitas explorações a investimentos no PRODER, limitando a modernização
das mesmas e o desenvolvimento do sector.
Começamos a ver um Estado determinado em abrir canais à
exportação, condição essencial para fugir à concentração da
procura, que se verifica em Portugal, e que tanto nos tem prejudicado.
Chamamos-lhe SEGMENTAÇÃO DE CICLO e dar-nos-á a oportunidade de repensar, reestruturar e redimensionar as explorações, de forma a aumentar-lhes a rentabilidade e a competitividade, resolvendo problemas de território e ambiente,
contribuindo para a melhoria da produtividade da agricultura
em geral, através da incorporação de nutrientes orgânicos no
solo, com todos os benefícios para o ambiente, sustentabilidade
rural e balança de pagamentos.
Aproveitar o próximo PDR para levar a efeito este tipo de investimentos, é uma oportunidade que nós Suinicultores não
devemos desperdiçar. Pretendo destacar também a recente
fundação do FILPORC – Associação Interprofissional da Fileira
da Carne de Porco, veículo fundamental para o desenvolvimento de todo o sector, que demonstra que a fileira está unida em
torno de objetivos comuns.
21
FEIRA NACIONAL DO PORCO
- Um outro com o INIAV (Polo da Estação Zootécnica Nacional)
que tem por objetivo o aprofundamento de estudos, apoio, e
dinamização raça Malhado de Alcobaça, importante património
genético, em sérios riscos de extinção em Portugal, e
- Ainda um terceiro com o INIAV e a EDIA, tendo em vista o desenvolvimento de unidades experimentais de compostagem,
visando a valorização agrícola dos dejetos suinícolas e dos subprodutos agrícolas e agroindustriais.
Cremos que são passos importantes no desenvolvimento de
um sector que, apesar das potencialidades, enfrenta pesados
constrangimentos que temos que ultrapassar:
- Temos de ultrapassar o excesso de zelo e diferenças de critério, muitas vezes regionais, de alguns funcionários administrativos, relativamente a interpretações de assuntos ambientais.
Destaco ainda pela sua importância, os três protocolos que iremos amanhã celebrar, nesta XXII Feira Nacional do Porco:
- Com a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes, que visa a
participação em projetos de investigação, desenvolvimento,
formação e transferência de tecnologia, em produção suinícola, que nos munirá com o necessário conhecimento, para finalmente podermos tomar posições de defesa dos suinicultores
portugueses, com base em critérios científicos.
22
- Temos de ultrapassar este regime que aplica coimas equivalentes às aplicadas a multinacionais petrolíferas, levando ao
encerramento de explorações.
- Temos, Sra Ministra, de ultrapassar as objeções ao uso de
Soja OGM, e que Bruxelas decida politicamente sobre a autorização de importação das 8 variedades propostas à Comissão
Europeia.
FEIRA NACIONAL DO PORCO
A TSF Rádio Jornal em transmissão directa na Feira Nacional do Porco
SIC entrevista Assunção Cristas na presença da Sra. Directora Reginal de
Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Eng.º Elizete Jardim
Dr. Álvaro Mendonça
Director Geral de Alimentação e
Veterinária
- Temos de ultrapassar o impacto negativo que o embargo
russo está a causar na economia do nosso sector.
Felizmente que ultrapassados estão os tempos em que
só descortinávamos dificuldades. Renasceu a esperança
na Suinicultura em Portugal.
Alegra-me que em tempo de
vacas magras, e de dificuldades gerais para as empresas
e para os portugueses, esta
XXII Feira Nacional do Porco,
tenha a representatividade, e
a dinâmica que aqui estão bem
demonstradas.Obrigado a todos, autarcas do Montijo, patrocinadores, expositores, palestrantes, representantes da
administração pública, suinicultores, dirigentes associativos, colaboradores, que trabalharam para tornar esta numa
importante referência Ibérica
do sector Suinícola. Preparar
2016 começa na próxima segunda-feira. Tornar esta feira,
numa referência Europeia do
sector, será o próximo objetivo.
Muito obrigado a todos.
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FEIRA NACIONAL DO PORCO
1
2
Média
Moda
1
1,43%
0,00%
17,14%
54,29%
27,14%
4,06
4
XXII FEIRA NACIONAL
DO PORCO
2
0,00%
0,00%
20,29%
56,52%
23,19%
4,03
4
3
4
0,00%
9,09%
2,90%
24,24%
26,09%
42,42%
42,03%
12,12%
28,99%
12,12%
3,97
2,94
4
3
5
2,86%
14,29%
50,00%
21,43%
11,43%
3,24
3
6
2,86%
7,14%
32,86%
40,00%
17,14%
3,61
4
7
8
4,62%
11,43%
4,62%
15,71%
36,92%
18,57%
40,00%
40,00%
13,85%
14,29%
3,54
3,30
4
4
9
0,00%
5,63%
21,13%
52,11%
21,13%
3,89
4
No decorrer da XXII Feira Nacional do Porco a Comissão Organizadora levou a cabo um inquérito de satisfação aos expositores
presentes no certame.
10
0,00%
0,00%
15,49%
63,38%
21,13%
4,06
4
11
12
1,43%
0,00%
7,14%
4,29%
31,43%
27,14%
50,00%
45,71%
10,00%
22,86%
3,60
3,87
4
4
13
3,13%
9,38%
25,00%
50,00%
12,50%
3,59
4
Foram inquiridos todos os expositores, tendo obtido uma amostra de 100 respostas, o que leva a organização a considerar que
as respostas obtidas são significativas e ilustrativas da generalidade do sentimento das empresas e entidades presentes na
Feira do Porco.
14
0,00%
0,00%
34,38%
57,81%
7,81%
3,73
4
15
16
0,00%
5,97%
1,56%
10,45%
45,31%
37,31%
45,31%
41,79%
7,81%
4,48%
3,59
3,28
3,5
4
17
0,00%
7,35%
19,12%
54,41%
19,12%
3,85
4
Média
2,52%
6,75%
29,45%
45,11%
16,17%
INQUÉRITO DE SATISFAÇÃO AOS EXPOSITORES DA
Para a Comissão Organizadora da XXII Feira Nacional do Porco,
o sucesso da Feira tem a medida do cumprimento das expectativas dos nossos parceiros. Nesse sentido, o presente inquérito
foi analisado com toda a acuidade, não só para avaliação desta
edição como para balizamento da 23ª.
3
4
5
Em relação à pergunta 17 “Apreciação geral da XXII Feira Nacional do Porco”, o balanço para os expositores foi francamente
positivo, como pode ser percebido de forma gráfica:
Apreciação Geral da XXII Feira Nacional do Porco
O inquérito era composto por 18 questões, sendo 17 de classificação de 1 a 5 (1 correspondente ao nível de satisfação “Mau”
e 5 correspondente ao nível de satisfação “Muito Bom”) e uma
questão de “Sim” ou “Não”.
Os parâmetros avaliados foram os seguintes:
1. Período de tempo para inscrição na Feira.
2. Documentação para inscrição na Feira.
3. Eficácia no esclarecimento de dúvidas relativas a questões de
inscrição/facturação na Feira
4. Custo dos stands
5. Quantidade de convites oferecidos por stand.
6. Período de tempo para montagem de stands
.7. Período de tempo para desmontagem de stands.
8. Horário de funcionamento da Feira.
9. Serviço de secretariado.
Relativamente à questão binária “Está interessado em voltar
na próxima edição?” dos 100 inquiridos, 86 manifestaram vontade de voltar, 7 responderam que não e 7 não responderam.
Em percentagem, as intenções plasmadas dos expositores
reflectem-se da seguinte forma
Estaria interessado em voltar na próxima edição?
10. Segurança.
11. Assistência técnica/logística
12. Limpeza do recinto.
13. Horário das Jornadas.
14. Interesse dos temas das Jornadas.
15. Duração das Sessões.
16. Perspectivas comerciais proporcionadas pela Feira
17. Apreciação Geral da XXII Feira Nacional do Porco.
18. Está interessado em voltar na próxima edição?
Relativamente aos resultados globais, registou-se um nível
médio de satisfação de 3,66 e a resposta mais vezes dada foi
a de 4 (Bom).
Eis o quadro resumo, em percentagens, dos resultados do inquérito:
24
Estes resultados são, naturalmente, um motivo de enorme satisfação para a Comissão Organizadora da XXII Feira Nacional
do Porco e para todos os que com ela colaboraram, não podendo faltar uma palavra de apreço para a empresa de segurança
privada “Os Linces”, para a equipa de limpeza da “Brilhaventura”, para o alunos da Escola Profissional do Montijo e todos
aqueles que através do seu trabalho e voluntarismo muito contribuíram para o sucesso do evento. A análise deste relatório
constitui igualmente uma grande fonte de motivação para em
2016 voltarmos a organizar a Feira Nacional do Porco - a maior
festa do sector em Portugal.
FEIRA NACIONAL DO PORCO
LINHAS DE CRÉDITO PARA O
SECTOR SUINÍCOLA
Paulo Bayan Ferreira *
Fui desafiado para intervir numa sessão pública, organizada no
âmbito da 22ª Feira Nacional do Porco, que decorreu no passado mês de Setembro. Aproveitei a oportunidade para abordar
a Segmentação do Ciclo Produtivo do Porco, tema que tratei
numa perspectiva económica. Dessa intervenção valerá a pena
registar aqueles que julgo serem os seus principais aspectos,
sobretudo em ordem à respectiva utilidade prática.
Começo então por algumas notas sobre o enquadramento do
sector:
1. No território nacional a actividade suinícola, em regime intensivo, está implementada há mais de 50 anos, sendo possível
obter importantes registos, nomeadamente económicos e que
nos ajudam a compreender o percurso desde então;
2. Actualmente existem cerca de 4.700 explorações, as quais se
encarregam de responder, em média, a cerca de 60% das necessidades do país.
3. Recuando ao início da década de 90, conclui-se que a produção nacional do sector assegurava 90% do consumo. Contudo
a maior abertura do mercado, particularmente no que respeita
aos efeitos da importação ditou que as debilidades dos nossos produtores influenciassem, negativamente os índices. Com
efeito, a pequena dimensão e dispersão das explorações não
permitia a necessária eficiência e competitividade portuguesa,
com consequente perda de quota de mercado e encerramento
de um largo número de pequenas unidades económicas.
Gráficos Confagri
Desmamar mais, desmamar melhor
Axion® Sow’Ax
Cobertura das necessidades alimentares, produção/consumo
Nacional.
Melhor lactação da Porca,
maior crescimento dos Leitões
A
REGISTAD
PATENTE
Actualmente, apesar da incapacidade em assegurar as necessidades do mercado interno e decorridos que vão 24 anos sobre
o paradigma da década de 90, o sector apresenta níveis de produtividade elevados, sobretudo por efeito do desenvolvimento
tecnológico dos meios utilizados e da formação dos seus recursos humanos. Estes factores são pois essenciais para que se
registem já índices de eficiência e competitividade equiparados
ao do restante mercado da europa comunitária. É uma evolução
qualitativa que, aliás, acompanha uma tendência generalizada a
toda a economia portuguesa, não se confinando assim ao sector da produção suinícola.
Vejamos agora os gráficos, gentilmente cedidos pela Confagri,
e onde são notórias as necessidades satisfeitas através da importação, com consequente exposição a mercados estrangeiros.
Axion® Sow’Ax melhora
o peso dos leitões
na maternidade
GMD
(g/dia)
260
250
240
+ 15%
de GMD
250
230
220
210
200
218
Testemunha
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25
FEIRA NACIONAL DO PORCO
IDENTIFICAÇÃO - Apoio á instalação de Jovens Empresários em
Explorações Suinícolas
OBJECTO - Financiar o início de actividade e investimento realizado por Jovens Empresários, em explorações já existentes.
Pretende-se uma revitalização geracional no sector.
DESTINATÁRIOS - Proponentes com a idade limite de 42, que
pretendam iniciar a actividade no sector da suinicultura, como
ENI, ou através de Empresas já constituídas, e desde que detenham uma participação mínima de 25% no capital da empresa.
FINALIDADE
Componente I - Apoio financeiro a projectos de investimento,
sejam eles comparticipados ou não pelos organismos públicos.
De regresso à questão central importa pois concluir pela existência de uma franca margem de progressão na produção, até
à plena cobertura das necessidades de consumo nacional. Este
objectivo surge como vital para a preservação das unidades instaladas, uma vez que a concorrência externa tenderá a fixar a
sua atenção num mercado com margem de crescimento e onde
são ainda assinaláveis as debilidades do tecido produtivo em
consolidação. Conjuntamente com as notadas necessidades,
verificamos que existem constrangimentos de diferente índole,
com influência directa sobre o resultado, nomeadamente aqueles que decorrem do ordenamento do território, meio ambiente
e dimensionamento das explorações, colocando assim o assento na necessidade de rápida concretização de medidas de ajustamento da estrutura produtiva existente.
Nos diversos contactos que mantivemos com a Federação
Portuguesa das Associações de Suinicultores tivemos oportunidade para colher esclarecimentos sobre a situação actual do
sector, nomeadamente sobre os aspectos que esta organização
considera de maior relevância, quer positivamente, quer negativamente. Nesta troca de impressões foram-nos colocadas
duas questões tidas por basilares para o futuro do sector.
A primeira delas é a necessidade de introduzir novas metodologias associadas à manutenção da aposta em tecnologias, sobretudo em todas as explorações que, apesar de apresentarem
uma exploração equilibrada não investem no aproveitamento
das potencialidades que o mercado actual lhes oferece. A modernização das explorações, nas suas mais variadas vertentes,
deverá tornar-se o elemento central da política de todas as
empresas, ainda que posicionadas em diferentes pontos da actividade económica do sector suinícola, constituindo condição
imprescindível para a competitividade, quer ao nível nacional
quer internacional.
Estão especialmente aptos e predispostos para a adopção destas práticas as unidades que contam com recursos humanos
jovens e com maior formação, ainda que em estruturas tipicamente familiares, contanto que se saiba conferir a estes elementos um maior grau de participação nas decisões estratégicas das respectivas empresas, assegurando-se assim não só a
natural continuidade do negócio, como a sua desejada modernização de acordo com os actuais conceitos e regras da comunidade europeia. Uma pequena revolução geracional é mesmo
vista com bons olhos, e para permitir a sua implementação foi
já criada uma linha de crédito, denominada “Revitalização Geracional”.
LINHAS DE CRÉDITO de APOIO À SUINICULTURA – Revitalização
Geracional
26
Componente II - Aquisição de equipamentos e outros bens das
empresas sem projecto de investimento
MONTANTE MÁXIMO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO
Componente I - O financiamento a conceder não ultrapassará
80 % do montante Global do custo do projecto
Componente II - A definir casuisticamente
UTILIZAÇÃO - De acordo com a concretização do projecto ou
contrato de aquisição do equipamento ou bem.
PRAZO DE REEMBOLSO E PAGAMENTO DE JUROS - Prazo máximo de 10 anos, podendo beneficiar de 1 ano de carência de
juros, as amortizações de capital poderão ser mensais, trimestrais ou semestrais.
TAXA DE JURO – Da aplicação da bonificação máxima decorre a
possibilidade de promover oferta de crédito com spread mínimo
a partir de 1,85%.
COMISSÕES - De acordo com o preçário em vigor, com 50% de
isenção.
A segunda questão prende-se com a segmentação do ciclo, temática já em desenvolvimento nalgumas explorações, mas que
urge alargar e generalizar.
Para este concreto aspecto foi também criada uma linha de crédito, estritamente vocacionada para apoio à segmentação de
ciclo. Antes de referir as suas condições façamos primeiro o respectivo enquadramento no âmbito do sector suinícola.
A segmentação de ciclo prevê tal como se depreende da expressão, fracturar um ciclo tradicionalmente fechado, mas que
é constituído por um determinado número de fases ou etapas.
Numa exploração em ciclo fechado estão inclusas a fase da reprodução, a fase da recria e a fase do acabamento. Nenhuma
destas fases se pode dispensar e o seu conjunto constitui um
correcto ciclo produtivo.
FEIRA NACIONAL DO PORCO
A segmentação do ciclo vai permitir solucionar problemas tradicionais sendo os mais relevantes os seguintes:
DESTINATÁRIOS - ENI´s ou empresas do sector suinícola, que
pretendam introduzir a Segmentação de Ciclo na exploração.
Com a eliminação da fase de acabamento dentro do ciclo fechado e a sua deslocalização para regiões mais adequadas obtém-se, regra geral, a resolução de problemas territoriais e ambientais. As boas práticas, nomeadamente em matéria ambiental,
onde a gestão sustentada dos efluentes tem um peso determinante na obtenção do licenciamento das unidades, tornam-se
assim mais fáceis. São disso exemplo a redução previsível em
50% dos dejectos; a redução dos riscos de erosão dos solos; a
redução de emissão de co2 para a atmosfera, a minimização do
risco de contaminação de águas.
FINALIDADE
Componente I - Adaptação das actuais estruturas da exploração e redimensionamento da área de Reprodução e Recria.
Componente II - Projecto para instalação de estrutura para engorda/acabamento em zona apropriada.
Também por via da segmentação se afigura mais fácil o caminho para o aumento da competitividade, através da reestruturação e redimensionamento das áreas de reprodução e recria,
pois a sua reconversão permitirá duplicar a produção de porcas
aproveitando para o efeito o espaço disponível pela desactivação da fase de engorda.
Por sua vez a fase da engorda deverá assegurar o dobro da capacidade de acabamentos, fruto de maior disponibilidade de espaço e menor pressão ambiental. Daqui resultará também uma
consequente melhoria dos solos agrícolas e consequentemente
melhores índices de produção ao nível de cereais e forragens.
Em termos globais, o resultado final para o sector deverá ser o
aumento da produção, reduzindo as necessidades de importar
a carne de porco.
No fundo este processo passa pela transferência ou deslocalização de parte das explorações, designadamente, a fase de acabamento para terrenos próprios ou de outros agricultores em
ambientes menos pressionados e que permitam a utilização
de efluentes nos solos diminuindo, significativamente a dependência dos adubos químicos na fertilização das suas culturas.
LINHAS DE CRÉDITO de APOIO À SUINICULTURA – Segmentação
de Ciclo
MONTANTE MÁXIMO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO
Componente I - A definir casuisticamente
Componente II - O financiamento a conceder não ultrapassará
80 % do montante Global do custo do projecto
UTILIZAÇÃO -De acordo com a concretização do projecto ou
contrato de aquisição do equipamento ou bem.
PRAZO DE REEMBOLSO E PAGAMENTO DE JUROS - Prazo máximo de 10 anos, podendo beneficiar de 1 ano de carência de
juros, as amortizações de capital poderão ser mensais, trimestrais ou semestrais.
TAXA DE JURO – Da aplicação da bonificação máxima decorre a
possibilidade de promover oferta de crédito com spread mínimo
a partir de 1,85%.
COMISSÕES - De acordo com o preçário em vigor, com 50% de
isenção.
Desta forma e como sempre tem acontecido nos bons e maus
momentos da Agricultura em Portugal o Crédito Agrícola espera
voltar a contribuir para o desenvolvimento do Sector da Agro-pecuária correspondendo assim às expectativas e necessidades dos nossos agricultores.
Nota: aproveito para agradecer a disponibilidade dos gráficos
gentilmente cedidos pela CONFAGRI e o honroso convite para a
participação na Feira Nacional do Porco.
Nota1: As linhas de crédito não contêm todas as condições.
IDENTIFICAÇÃO - Apoio à Segmentação do Ciclo Produtivo nas
explorações de suinicultura
OBJECTO - Financiar a adaptação da exploração e a criação de
novas infra-estruturas.
*Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Entre Tejo e Sado
UMA EMPRESA AO SERVIÇO DA AGRO-PECUÁRIA DA REGIÃO
RAÇÕES DE QUALIDADE
• COMPRA DIRECTA DE CEREAIS AOS PRODUTORES
• APOIO TÉCNICO AOS CRIADORES
TELS. 269 746 167/150 • FAX 269 746 079
NAMORADOS • 7500-012 SANTO ANDRÉ
27
FEIRA NACIONAL DO PORCO
BDporc ‘BANCO DE DADOS DE
REFERÊNCIA DE SUÍNOS ESPANHOL’.
Pedro López Romero*, Nuria Alòs Saiz**, Raquel Quintanilla ***
O Sistema BDporc “Bando de Dados de Referência de Suínos
Espanhol” foi criado em Espanha por iniciativa da IRTA, ANPROGAPOR e MAGRAMA e trata-se de um serviço destinado ao sector suinícola espanhol, cujo objectivo principal é proporcionar
informação de referência às empresas de produção de suínos
como elemento de ajuda na tomada de decisões.
Para a suinicultura espanhola é uma ferramenta estratégica,
visto que as empresas cresceram muito nos últimos anos e do
ponto de vista da gestão técnico-económica é indispensável
dispor de referências e estatísticas precisas, assim como também de um observatório que estude produções e modelos de
exploração.
A análise comparativa e integral da produção é cada dia mais
importante na medida em que nos últimos anos o sector está
evoluindo de forma rápida, tendendo a formar sistemas com
uma estrutura empresarial em permanente transformação e
em busca da eficiência através da profissionalização e da utilização das melhores técnicas disponíveis. Por este motivo se
criou e desenvolveu o banco de dados de gestão BDporc, tanto
a nível de empresa como a nível do país.
Qualquer empresa que se dedique à produção suína pode aderir ao BDporc, independentemente do programa informático de
gestão que utilize (Logiporc, Farm, Pigchamp, Pigmanager, etc.)
e só tem de enviar uma cópia de segurança “backup” desse programa (Abril, Julho, Outubro e Fevereiro).
As empresas transmitem trimestralmente os dados básicos
dos movimentos dos seus animais (altas, baixas, cobrições,
partos, desmames, etc.) em suporte informático, via internet.
O BDporc garante a confidencialidade da informação individual
das empresas.
O que recebe em troca a empresa aderente ao BDporc?
1. Informação comparativa da sua empresa e das suas explorações com os grupos de referência (por zonas geográficas, por
tamanho de exploração, por sistema de produção, por ciclo, etc.)
e Europeus (Espanha, França e Holanda);
2. Acesso online a www.bdporc.irta.es mediante a atribuição de
password:
a. Consulta os seus dados;
b. Elabora informações personalizadas;
c. Utiliza ferramentas de ajuda à tomada de decisões.
3. Recepção semestral do boletim BDporc.
4. Participação nos Prémios Porc D’Or
Que vantagens apresenta o BDporc?
Para as suiniculturas:
Foto 1 - Presentación BDporc en la 22ª Feira nacional do Porco (Montijo) 2014
• Facilidade de acesso permanente e protegido aos dados da
sua empresa em qualquer localização (via internet).
Actualmente são analisados trimestralmente os dados de
700.000 reprodutoras brancas e 30.000 reprodutoras ibéricas,
pertencentes a 800 explorações espalhadas por todo o país.
• Integração imediata dos dados da sua empresa com a informação gerada trimestralmente pelo BDporc para uma análise
em conjunto.
Esquematicamente, é este o funcionamento do circuito de informação BDporc.
• Disponibilidade de ferramentas para análise de resultados e
ajuda à tomada de decisões na própria empresa.
• Acesso electrónico às informações dos resultados da empresa.
• Geração interactiva de informações personalizadas dos resultados da própria empresa.
Para as instituições (Associações, Organismos Públicos, Universidades, etc.)
• Acesso permanente à informação pública gerada pelo sistema
BDporc dos grupos de referência elaborados trimestralmente.
28
FEIRA NACIONAL DO PORCO
En la Tabla 2 se pueden observar los resultados de los principales índices técnicos del
grupo de referencia establecido en BDporc por ‘tamaños de granja’. La comparativa
con este grupo de referencia es útil para posicionar nuestra granja con otras con la
misma estructura (en este caso por el censo de la explotación).
• Ferramentas de análises evolutivas de resultados.
• Ferramentas para análises comparativas de resultados.
¿Qué aportación o ventajas presenta BDporc?
• Ferramentas para a geração interactiva de informações.
Para las empresas de porcino
•
•
•
TABLA 2- Resultados comparativos por tamaño de Granja.
Núm. total explotaciones
Núm. medio cerdas presentes
Núm. medio cerd. pres. 1ª.C.
% Altas
TABLA 1.- Resultados comparativos Empresa DEMO – España.
EMPRESA DEMO
ESPAÑA
Media
Media
Núm. total explotaciones
Núm. medio cerdas presentes
Núm. medio cerd. pres. 1ª.C.
% Altas
15
785
731
48,6
615
1080
973
48,95
Lech dest/cerda pres 1ªC y año
Lech dest/cerda en prod y año
% Abortos
27,24
28,73
2,26
25,06
27,13
1,77
Nacidos totales/camada
Nacidos vivos/camada
Nacidos muertos/camada
Destetados/camada
14,94
13,6
1,34
11,68
13,55
12,51
1,04
10,96
% Bajas hasta destete sobre NT
21,36
17,59
Núm. partos/cerda pres y año
Núm. partos/cerda pres 1ªC y año
Núm. partos/cerda en prod. y año
% Repeticiones
Interv. destete-1ª C
Interv. destete - cub. Fértil
Edad al destete (días)
Intervalo entre partos (días)
2,17
2,33
2,46
13,25
5,91
8,8
25
148
2,06
2,29
2,48
14,43
6,08
9,01
24
147
Edad al 1er. Parto (días)
Edad cerdas al parto (meses)
376
25,15
386
25,68
Edad cerdas a la baja (meses)
Camadas dest./cerda de baja
% Cerdas de baja
33,17
4,9
45,7
31,87
4,46
42,89
Media
Media
De 1.001 a 2.000
cerdas
Media
> 2.001
cerdas
Media
200
694
621
47,83
140
1329
1197
48,21
91
3158
2852
50,51
22,3
24,32
26,32
1,34
21,95
24,5
26,67
1,43
22,9
25,43
27,42
1,78
22,79
25,23
27,31
2,01
13,41
12,34
1,07
10,8
16,99
13,35
12,35
1,01
10,83
16,39
13,65
12,58
1,07
11,06
17,17
13,59
12,55
1,04
10,98
18,47
Núm. Partos/cerda en prod y año
% Repeticiones
Interv. destete-1ª C
Interv. destete - cub. Fértil
Edad al destete (días)
Intervalo entre partos (días)
2,07
2,25
2,44
15,82
6,69
10,27
25
150
2,03
2,26
2,46
15,81
6,26
9,51
24
148
2,07
2,3
2,48
14,3
5,91
8,83
24
147
2,08
2,3
2,49
13,45
5,98
8,62
23
147
Edad al 1er. Parto (días)
Edad cerdas al parto (meses)
381
25,82
391
26,13
391
25,67
381
25,41
Edad cerdas a la baja (meses)
Camadas dest./cerda de baja
% Cerdas de baja
33,77
4,78
40,99
32,7
4,51
42,3
32,01
4,47
42,3
31,28
4,41
43,73
Facilidad de acceso permanente y protegido a los datos de su propia empresa
desde
cualquier localización
internet).
Nacidos totales/camada
Seguidamente,
a Tabela(vía
1 serve
de exemplo das informações
Nacidos vivos/camada
Integración inmediata de los datos de su empresa con la información generada
Nacidos muertos/camada
geradas pelo BDporc comparando os resultados de uma emDestetados/camada
trimestralmente por BDporc para un análisis conjunto.
% Bajas hasta destete sobre NT
presa “DEMO” com o grupo de referência geográfico “Espanha”
Disponibilidad de herramientas para el análisis de resultados y la ayuda a la
respeitante
ao
grupo
de
empresas
aderentes
ao
BDporc
duranNúm. Partos/cerda pres y año
toma de decisiones en la propia empresa.
Núm. Partos/cerd. pres 1ªC y año
te o período de 01/07/13 a 30/06/14. Os resultados correspondem aos principais índices de gestão técnica.
De 501 a 1.000
cerdas
131
346
317
45,7
Lech. dest/cerda pres y año
Lech dest/cerda pres 1ªC y año
Lech dest/cerda en prod y año
% Abortos
• Projecção de produções.
De 201 a 500
cerdas
TABELA
2 - Resultados
por1,tamanho
dede
Exploração
A continuación
podemoscomparativos
ver en la Figura
la evolución
la productividad numérica
en España desde 1991 a 2013, donde se puede observar la mejora en positivo de 0,32
lechones/año.
Em seguida podemos ver na figura 1 a evolução da produtiviFigura 1.- Evolución PN en España (1999 – 2013).
dade numérica em Espanha desde 1991 a 2013, onde se pode
observar uma melhoria de 0,32 leitões/ano
TABELAobservar
1 - Resultados
comparativos
DEMO
– Espanha.
Como se puede
en la
tabla 1, elEmpresa
tamaño
medio
de una granja en España es
de 1.080 cerdas presentes, con una productividad media de 27,13 lechones
destetados Como
por cerda
productiva
y año,
siendo1,laoprolificidad
de 12,51
nacidos vivos y
se pode
observar
na tabela
tamanho médio
de uma
un ritmo deexploração
reproducción
2,48 partos
por cerda
y año.
La fertilidad
emde
Espanha
é de 1.080
porcas
presentes,
com media
uma es de un
85,757%, elprodutividade
intervalo destete-cubrición
fértilleitões
es de 9,01
días y la edad
media al destete
média de 27,13
desmamados
por porca
24 días. La edad de la cerda al parto es de 25,68 meses y se producen 4,46 camadas
produtiva/ano, sendo a prolificidade de 12,51 nascidos vivos e a
destetadas por cerda de baja.
um ritmo de reprodução de 2,48 partos por porca/ano.
A fertilidade média é de 85,76%, o intervalo desmame-cobrição
fértil é de 9,01 dias e a idade média ao desmame é de 24 dias.
A idade da porca ao parto é de 25,68 meses e a produção no
período de vida produtiva da porca é de 4,46 ninhadas desmamadas.
Na tabela 2 podem ser observados os resultados dos principais
índices técnicos do grupo de referência estabelecido no BDporc
por “tamanhos de explorações”.
A comparação neste grupo de referência é útil para posicionar
as explorações com outras da mesma dimensão.
29
FEIRA NACIONAL DO PORCO
EVOLUCIÓN RESULTADOS MEDIOS PRODUCTIVOS
ESPAÑA 1999 - 2013
P
R
O
D
U
C
T
I
V
I
D
A
D
27,5
27
Lechones Destetados / Cerda Productiva y Año
27,01
26,5
26,44
26
26,12
25,5
25,53
25
24,5
24
23,5
23,53
23
22,5
22
Por outro lado, com uma periodicidade anual desde 1994 e no
âmbito espanhol, celebram-se os Prémios Porc d’Or, com o objectivo de reconhecer o trabalho bem feito por parte das empresas, promover a competitividade e mostrar a boa imagem do
sector e o seu grande profissionalismo.
22,33
21,5
21
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Media (últimos 14 años): mejora de 0,32 lechones/año
Media (últimos 5 años): mejora de 0,39 lechones/año
Fuente: BDporc
Fig. 1 - Evolução PN em Espanha (1999 – 2013).
Na figura 2 podemos ver a distribuição média da estrutura demográfica do grupo de referência Espanha.
Esta informação é muito interessante para contrastar com a
empresa em estudo em aspectos como renovação entre ciclos
e de refugo e qual a dinâmica da população em tempo.
As explorações que se candidatam a estes prémios são aquelas
que aderiram ao BDporc. Cerca de 120 explorações são nomeadas a estes prémios por Produtividade numérica “leitões desmamados por porca/ano”, por leitões desmamados no período
de vida produtiva da porca e por taxa de parição.
Um juri composto por personalidades de reconhecido prestígio na indústria, investigação pecuária e administração, determina os
vencedores do Porc d’Or de Ouro, de Prata ou
Bronze para cada índice e categoria (tamanho
de explorações). Por outro lado, o juri entrega
um prémio à máxima produtividade entre todas as explorações e dois prémios especiais,
um à melhor exploração chamado Porc d’Or
de Diamante e outro prémio especial do Ministério da Agricultura entregue à exploração
que cumpre de forma mais rigorosa a legislação vigente.
Aproveitamos este artigo para incentivar todas as empresas suinícolas em Portugal a formar parte desta
base de dados e a criar o BDporc Português.
Fig. 2 - Distribuição da Estrutura demográfica.
Na Figura 3 podemos ver o número de nascidos vivos por ninhada em Espanha para o grupo de referência classificado
como (piores, médias e melhores explorações), dentro das analisadas no BDporc – Ibérico.
Esta informação é muito orientadora para empresas na hora
de filtrar os animais que estão abaixo ou acima dos objectivos
mínimos previamente estabelecidos.
Fig. 3 -Nº de Nascidos vivos/ninhada. Grupo de referencia ‘Espanha IBÉRICO’
(piores, média e melhores explorações).
30
Qualquer empresa portuguesa, independentemente do softwa- re informático de gestão que utilize poderá aderir ao BDporc.
Apenas terá de transmitir periodicamente (trimestralmente), os
dados dos movimentos dos seus animais (altas, baixas, cobrições, partos, desmames, etc.) em suporte informático. O BDporc
garantirá a confidencialidade da informação individual das empresas e estas recebem informação comparativa da sua empresa e das suas explorações com os grupos de referência estabelecidos, além de ter um acesso personalizado online a www.
bdporc.irta.es, onde poderá consultar os seus dados, elaborar
de forma interactiva informações personalizadas e utilização de
ferramentas de análise evolutivas, análises preditoras e ajuda
na tomada de decisões.
*Director do BDporc e Responsável Porc d’ Or; ** Técnica de suporte; ***Responsável do programa de genética e melhoramento animal
FEIRA NACIONAL DO PORCO
seminário "A Suinicultura e o Ambiente"
Terras & Efluentes (T&E) –
uma mais valia para todos
[cruzar a oferta com a procura]
A
produção de efluentes tem
sido um dos maiores proble‑
mas ambientais, com enor‑
mes custos associados, para
os suinicultores. À luz das boas práticas
é possível inverter esta situação.
A Portaria n.º 631/2009, de 9 de
Junho, estabelece as normas regula‑
mentares a que obedece a gestão dos
efluentes das atividades pecuárias.
Entre outras indicações, estabelece que
o encaminhamento, o tratamento e o
destino final dos efluentes pecuários, in‑
cluindo dentro da própria exploração, só
podem ser assegurados pelos seguintes
procedimentos: a) Utilização própria ou
transferência para terceiros para efeitos
de valorização agrícola; b) Tratamento e
descarga nas massas de água ou aplica‑
ção no solo; c) Tratamento em unidade
técnica de efluentes pecuários; d) Trata‑
mento em unidade de compostagem ou
de produção de biogás; e) Tratamento
em unidade de tratamento térmico ou
de produção de energia ou de materiais.
Pese embora a existência de ou‑
tras opções para a gestão de efluen‑
tes pecuários, a alternativa técnica
mais viável (em termos económicos,
operacionais, etc.) para o encaminha‑
mento destes efluentes é a valoriza‑
ção agrícola. É também esta a opção
à qual o Regime de Exercício da Ati‑
vidade Pecuária (REAP) dá prioridade
numa perspectiva de incorporação no
solo de matéria orgânica e nutrientes
essenciais ao desenvolvimento das
plantas, incluindo azoto, fósforo e po‑
tássio necessários ao desenvolvimen‑
to vegetal, de redução das adubações
e de minimização dos impactes dos
efluentes sobre o ambiente, podendo sumidos por Portugal no âmbito do
desta forma resultar economias signi‑ Protocolo de Quioto. Adicionalmente,
ficativas em fertilizantes inorgânicos. contribui para a preservação dos re‑
Complementarmente, a fertirega, cursos e otimização do ciclo de vida
a partir da fração líquida do efluente de alguns componentes, em particular
proveniente do separador de sólidos, do fósforo, cujas reservas são a nível
atendendo ao seu elevado conteúdo mundial escassas.
em água, apresenta‑se como uma so‑
Conforme já referido, das várias
lução interessante do ponto de vista alternativas técnicas de valorização
da redução do consumo de água na dos efluentes pecuários, a valorização
agricultura, contri‑
buindo para a pros‑ secução do objetivo
de aumento da efi‑
ciência do uso da
água neste setor.
Num contexto
mais alargado, na‑
cional e global, a
valorização agrícola
de efluentes pecu‑
ários constitui uma
opção ambiental‑
mente sustentável
para o sequestro de
carbono pelo solo e
redução das emis‑
sões de CO2. Esta
prática, que conduz
a uma introdução
de carbono no solo
que de outra forma
se perderia para a
atmosfera, está na
linha das orienta‑
ções internacionais
em matéria de al‑
A Vétoquinol, especialista em anti-infeciosos
terações climáticas
dedicados à saúde animal, coloca agora
à sua disposição a gama melhor adaptada
e contribui para a
DIMENSÃO
à produção suína
ANTI-INFECIOSA
concretização dos
compromissos as‑
31
GAMA ANTIBIÓTICA
injectável suína
Antibioterapia racional: um ato de responsabilidade
suinicultura
25
FEIRA NACIONAL DO PORCO
DO PORCO TUDO
SE APROVEITA!
David Catita *
Ouve-se frequentemente a frase comum de que, em Portugal, nos falta uma
estratégia, de que falta uma estratégia para cada atividade que possa servir de
farol e indicar um caminho claro e contínuo, sem avanços e recuos.
“Quando não se sabe para onde vai… todos os caminhos vão lá dar!”
O setor da suinicultura encontra-se numa bifurcação que definirá o seu futuro
em Portugal. Um dos lados, o mais fácil, leva mais ou menos onde estamos
agora, onde a suinicultura é vista como uma atividade importante mas associada a problemas ambientalmente graves, geograficamente localizada na zona
centro, com elevada densidade populacional, os quais tardam em ser resolvidos
e colocam em perigo a continuidade das próprias explorações, castrando naturalmente o seu crescimento futuro. O outro lado da bifurcação, mais difícil e trabalhosa, leva a um local completamente distinto, onde a suinicultura passaria a
ser vista como uma atividade fundamental para Portugal, não só pela produção
pecuária que garante, mas também pelo contributo estrutural que poderia fornecer à agricultura, através da valorização agronómica dos seus subprodutos.
É esta última que nos traz a estas linhas e que devemos desenvolver e aprofundar para que não restem dúvidas de que é o caminho certo.
Num país relativamente pequeno como Portugal importa olhar de forma estratégica e encontrar sinergias entre as diversas atividades produtivas. Assim,
resumindo bastante, temos a atividade suinícola com elevado potencial produtivo, mas onde os subprodutos da sua atividade podem fazer perigar a sua
vitalidade. No Alentejo, temos em marcha o maior empreendimento hidroagrícola público em Portugal, o Alqueva, com um enorme potencial agrícola, mas
suportado em solos com reduzida quantidade de matéria orgânica. Esta falta
de matéria orgânica no solo, para além reduzir o seu potencial produtivo e a
sua fertilidade, potencia a erosão e o arrastamento de solo e nutrientes para
as massas de água, colocando em risco o elemento fundamental para o regadio
em questão. Assim, com a matéria orgânica de um lado, onde é prejudicial para
o ambiente e a sua ausência noutro, onde seria altamente favorável ao processo agrícola, falta fazer a ligação. É esta ligação que foi apelidada de Segmentação de Ciclo. A lógica associada a este processo é segmentar o ciclo produtivo
de suínos, mantendo as maternidades no local onde atualmente se encontram,
mas deslocando geograficamente a fase de engorda subsequente ao desmame,
levando os animais, fáceis de transportar nesta fase, para uma região de baixa
densidade populacional e com instalações feitas de raiz de acordo com as normas adequadas, onde os subprodutos poderão ser valorizados na agricultura
e onde é crescente a produção de matérias-primas necessárias à alimentação
dos suínos.
É este processo que corporiza uma estratégia agropecuária nacional, mas à semelhança de todos os processos corretos implica trabalho e esforço e é sempre
mais fácil não fazer nada e continuar a empurrar o problema com a barriga
para debaixo do tapete, do que agir proactivamente. A solução está à frente dos
nossos olhos e ao alcance das nossas mãos, mas continuamos a olhar esperançados para o horizonte, com a esperança que o assunto se resolva sozinho.
Infelizmente os problemas não se resolvem sozinhos… ou melhor só se resolvem sozinhos com a morte de um dos intervenientes, neste caso a suinicultura.
Acham que o poder político, quando for mais uma vez confrontado com as populações enfurecidas com a poluição das linhas de água, irá defender os suinicultores? Seguramente irá dizer de forma magnânima: Foram dadas ao setor
todas as oportunidades para alterar esta situação… e agora só nos resta o encerramento das explorações.
32
Nessa altura será tarde para agir.
Assim, neste momento em que o PDR está prestes a iniciar, os intervenientes
deverão olhar para o processo de segmentação de ciclo de forma assertiva.
Os suinicultores que têm explorações onde tenham limitações relativamente
à valorização dos subprodutos orgânicos deverão comunicar à FPAS o seu interesse em deslocalizar a engorda de suínos, deixando expresso se pretendem
fazer o investimento da zona de engorda ou se preferem associar-se a um agricultor que pretenda fazer o investimento e trabalharem em conjunto. A FPAS
iniciará contactos com a entidade gestora do PDR para que os projetos de zonas
de engorda deslocalizada sejam financiados de forma robusta, e em simultâneo
desenvolverá contactos com agricultores na região do Alqueva, com o apoio da
EDIA, que tenham interesse em receber zonas de engorda na sua exploração ou
desenvolver o licenciamento em parcelas que os suinicultores possam adquirir.
Desta deslocalização resultará a existência de subprodutos orgânicos provenientes da suinicultura que possam enriquecer as misturas de subprodutos
orgânicos já ocorrentes na zona de Alqueva e destinadas a ser transformadas
em composto para utilização na agricultura, já em desenvolvimento conceptual
no âmbito do Protocolo de colaboração entre a FPAS, o INIAV (Instituto Nacional
de Investigação Agrária e Veterinária) e a EDIA (Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas de Alqueva). Os subprodutos orgânicos produzidos pela atividade suinícola terão, a médio prazo, um valor considerável em termos de mercado
agrícola, uma vez que fornecem um conjunto valioso de nutrientes e de funções
benéficas para o solo, e pode rivalizar com os adubos minerais, os quais representarão num futuro próximo um valor cada vez maior na atividade agrícola.
No futuro apenas existirá um tipo de suinicultores… Os que aproveitarem a
segmentação de ciclo para transformar os problemas em oportunidades.
*EDIA
Construímos a sua proteção
em conjunto
NUTRIÇÃO
PTSWISTE00002
NOVO
33
FEIRA NACIONAL DO PORCO
EXPERIÊNCIAS DE CAMPO NA
ERRADICAÇÃO DO AUJESZKY
Albert Finestra Uriol
Coordenador de campo da Erradicação do Aujeszky em Espanha
Com este artigo pretendo fazer um resumo de como tem sido a
erradicação da doença de Aujeszky em Espanha e de quais têm
sido as experiências práticas que temos aprendido depois de
mais de 10 anos de luta contra a doença.
Em primeiro lugar convém recordar que a legislação inicial de
luta contra a doença de Aujeszky data do ano de 1995, porém
não se iniciou um real programa de trabalho até ao ano de 2003.
Em segundo lugar recordar os leitores que Espanha já há um
par de décadas que é o segundo ou compete com o primeiro
maior produtor europeu de porcos vivos. Este facto tem duas
leituras: uma que há um efectivo suíno elevado para a dimensão de Espanha, e ainda muito concentrado em locais específicos do país e que devido a isso a doença de Aujeszky, no ano
de 2003, estava muito presente nas explorações espanholas.
Não só existiam muitas explorações positivas, como havia uma
elevada prevalência dentro das mesmas.
Este era o cenário de partida no nosso país:
A partir daqui vou-vos relatar as lições aprendidas e como em
menos de 10 anos se conseguiu que o país seja negativo.
Antes apresento uma tabela de uma experiência pessoal realizada na empresa onde trabalhei de como se pode reduzir a prevalência em dois anos. Agora deve-se fazer em todo o mundo
porque algumas dessas explorações voltaram a positivas por
pressão local.
34
Granja
9/93
2/94
9/94
3/95
9/95
3/96
9/96
1
88%
78%
52%
31%
25%
15%
7%
2
85%
60%
33%
28%
25%
22%
20%
3
75%
87%
73%
52%
35%
28%
10%
4
71%
43%
22%
13%
0%
0%
0%
5
85%
60%
29%
22%
9%
0%
0%
6
40%
35%
18%
8%
0%
0%
0%
7
53%
42%
35%
9%
0%
0%
0%
1)Coordenação
2)
Movimento de leitões e porcos
3)Vacinação
4)Biossegurança
5)Sorologia
Observe-se na tabela a prevalência em três anos.
Lições
1) Coordenação: para ter êxito em qualquer programa de erradicação, todos os agentes devem estar de acordo e bem organizados. Neste caso a Administração, Produtores e Veterinários
são os actores principais e entre eles deve existir uma muito
boa colaboração. Em Espanha a criação dos Coordenadores de
Campo tanto Nacionais como das regiões autónomas, foi de
grande ajuda. A ideia é gerir a legislação conforme o programa
evolui e os recursos de cada território
2) Controlo de movimentos: para poder eliminar esta doença
devemos conhecer com toda a segurança o movimento de porcos, sobretudo em vida e também em pós-abate. O objectivo
desta medida é gerir os movimentos de animais para o caso de
ser necessário limitar os mesmos em função de prevalências
individuais ou regionais.
3) Vacinação: é a melhor ferramenta técnica para poder lutar
contra a doença de Aujeszky. As vacinas para esta doença estão
seleccionadas de forma a que, sem perder a capacidade imunológica, podemos diferenciar animais protegidos de animais
infectados. Uma população bem vacinada não sofrerá a doença
na sua forma clínica e para que seja infectada necessitará de
uma quantidade de vírus muito maior que uma população não
vacinada ou deficientemente vacinada.
4) Implantação de vacinação: quando as explorações não evoluem ou volta a haver animais infectados, a primeira coisa a
fazer é rever como e quando se vacina. Pela minha experiência,
são estes os factores que falham, não a vacina em si.
5) Acompanhamento sorológico: é fundamental ser feito muitas
vezes e fazê-lo bem. Em Espanha o papel que as Associações
de Defesa Sanitária desempenharam foi muito importante. São
estruturas regionais dirigidas tecnicamente por veterinários e
que fizeram um trabalho louvável na luta contra a doença de
Aujeszky.
Em conclusão, pode-se eliminar a doença de Aujeszky de uma
exploração, de um território e de um país mas devem ser tidos
em conta factores críticos muito importantes.
FEIRA NACIONAL DO
NUTRIÇÃO
PORCO
FEITA COM AMOR
seminário "A Suinicultura e o Ambiente"
Gestão dos Efluentes
Pecuários em Portugal
Opnião de um visitante
Nos passados dias 26 e 27 de setembro tivemos a 22ª edição da Feira Nacional do Porco.
Não foi mais uma feira…
Foi…. A FEIRA!
Quem nunca se viu envolvido na organização de uma feira tão importante para o sector e com as características desta, não
pode imaginar a “quantidade de trabalho” que está por detrás deste ACONTECIMENTO!
- identificar objectivos
- coordenar esforços
- desafiar (convencer) oradores
- mobilizar as empresas do sector
- mostrar
a todos – autoridades, governantes, palestrantes, criadores, consumidores - a importância e o interesse que um
Sales
Henriques*
acontecimento como este exige.
Para além dos assuntos e dos diferentes aspectos técnicos que foram apresentados e tratados nos simposia que decorreram
durante a Feira, é IMPORTANTE realçar dois,
que nae óptica
do escrivão
destas
linhas mais
são, seguramente,
dois temas
vitais para
produção
armazenagem,
mas
também
– fezes e urinas,
mas também
os
a sobrevivência do sector:
ao nível do seu transporte, eventual pro‑ restos alimentares, de camas e as
- FILPORC: o Interprofissional da Fileira da Carne de Porco (convençamo-nos todos e sem dúvidas, que sem ele a funcionar não
cessamento e/ou utilização no âmbito águas de lavagens das instalações e
sobreviveremos dignamente)
da valorização
agrícola ou outras. A Le‑ dos equipamentos, bem como outros
- Plano para o controlo e erradicação da doença
de Aujeszky
gislação
REAP eeos
processos
de éauto‑
subprodutos
animais
e produtos
Se não formos capazes de verdadeiramente
os executar
pôr
a funcionar,
impossível
esperar que
o sector
sobrevivaderi‑
saurização das diferentes atividades pecuá‑ vados destes, que sejam utilizados
davelmente.
Acantonados neste “jardim da Europa àrias
beira mar
plantado”,
com saída para
sector ficará orgânicos.
reduzido ao mercado
integram
a só
necessidade
do o mar,
comoo fertilizantes
interno.
cumprimento, pelas explorações pecuá‑
Assim, todas as explorações pecuá‑
E todos sabemos quanto ele vale…
rias, de diferentes áreas, nomeadamen‑ rias e que geram efluentes pecuários
Morreremos na praia…?
ema apresentado no Semi‑ te a defesa hígio‑sanitária dos efetivos, (que possuem instalações de aloja‑
NÃO!
nário Suinicultura e o Am‑ as normas de bem‑estar animal, a saúde mento ou estabulação dos animais, já
Mas para que isso não aconteça é preciso que todos os intervenientes – produtores e autoridades – cumprindo cada um a sua
biente
organizadoe num
pelaverdadeiro
e segurança
das pessoas,
o ordenamen‑
que a excreta
em pastoreio
parte (sem
ressentimentos
ESPÍRITO
DE EQUIPA)
cuidem e desenvolvam
estedos
tãoanimais
importante
sector da
FPAS
e
a
Embaixada
da
Ho‑
to dosão
território,
mas também a qualidade não é considerado um efluente pecuá‑
economia e em que tantas capacidades nos
reconhecidas.
landa
Oeiras,
19 de No‑
doconjunto
ambientede
que
é induzido
pela
referida rio)
são uma
obrigadas
aoFEIRA
cumprimento
de
Foi em
comPortugal,
base nestes
pressupostos
que um
HOMENS
BONS
proporcionou
ao país
GRANDE
DO PORCO!
FEITAde
COM
AMOR!
vembro
2013,
por H. Sales Henri‑ atividade.
um conjunto de regras e a promover
Como
na vida deve ser
ques,
emtudo
representação
da feito!
Direção
Para além da legislação REAP, na adaptações nas suas explorações para
Obrigado
a
todos!
Geral de Agricultura e Desenvolvimen‑ valorização agrícola dos efluentes pe‑ assegurar estes normativos.
Até à próxima edição da Feira!
T
to Rural.
cuários é necessário ter também em
Para melhor entender a GEP, é ne‑
A recente legislação do Regime de consideração as regras relativas à pro‑ cessário ter consciência
que numa
ex‑
Luis Capitão
Valente
Exercício das Atividades Pecuárias teção das zonas vulneráveis a poluição ploração pecuária, existe um(med.
Vet.)
Balanço
(REAP), estabelecido pelo Decreto‑lei por nitratos de origem agrícola estabe‑ Mineral entre as “entradas” de mine‑
Ps 1: não seria justo não reconhecer aos organizadores das anteriores edições da Feira o meritório trabalho de terem “inventado” (criado e acarinhado) este evento
nº 214/2008,
e mais recentemente alte‑ lecidas pela Portaria nº 164 e nº 259 de rais contidos nos alimentos, animais,
ora REINVENTADO!
aos que a iniciaram e mantiveram!
radoObrigado
pelo
Decreto
‑lei nº 81/2013, bem 2010, com base no Decreto‑lei nº etc. e as saídas equivalente dos “mine‑
Parabéns aos que contra ventos e marés a mantêm e dela fizeram um evento de tanta qualidade e categoria!
como pela Portaria nº 631/2009 criou 235/87.
rais” retidos pelos animais ou leite
Ps 2: para
o autoraescreve
de acordo
com as regras
que aprendeu na escola e nega-se a fazê-lo segundo inovações desapropriadas para a Língua Portuguesa
regras
Gestão
dos Efluentes
Pe‑
No conceito de Efluente Pecuário produzido e vendidos, os animais mor‑
cuários (GEP), não só ao nível da sua são incluídos não só a excreta dos ani‑ tos e eliminados, etc.
suinicultura
9
35
FEIRA NACIONAL DO PORCO
36
FEIRA NACIONAL DO
NUTRIÇÃO
PORCO
A
PREOCUPA-SE!
37
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
VETLIMA
INAUGURA
NOVAS
INSTALAÇÕES
Por iniciativa da Administração e em dia memorável, a Vetlima distinguiu a sua marca, com um evento que marcou a inauguração das novas instalações no
Parque Industrial da Rainha em Vila Nova da Rainha, no passado dia 26.09.14, bem como a ela associou a homenagem aos seus fundadores, Sr. Filinto Lima
e Dr. Carlos Duarte, que em 1972 iniciaram esta ideia que se chama hoje Vetlima. Num edifício de mais de 4.000 m2 cobertos, concentra todos os serviços
que caracterizam a Empresa nos vários domínios, destacando-se inovadoras áreas de fabrico de PMM´s, standard GMP, armazém de temperatura e humidade monitorizada/controlada
e ainda a existência dum auditório
com moderna tecnologia no meio
do áudio-visual. As cerimónias
presididas pelo Sr. Presidente da
presenças institucionais
Câmara da Azambuja, Sr. Luís de
Sousa e Pelo Sr. Director Geral da
Direcção Geral de Alimentação e
Veterinária, Prof. Doutor Álvaro Pegado de Mendonça, decorreram em
ambiente acolhedor, proporcionando a todos os convidados, clientes,
fornecedores, banca e concorrência,
momentos de agradável convívio.
No moderno auditório da Empresa
proporcionaram-se algumas intervenções, que muito dignificaram
momentos de verdadeiro significado para a Vetlima, que elevaram
o acto, através da expressão do Sr.
Presidente da Vetlima, José Carlos
Duarte, do Sr. Presidente da Câmara da Azambuja, Sr. Luís de Sousa,
do Sr. Director Geral de Alimentação e Veterinária, Álvaro Pegado
de Mendonça e por fim o Dr. Carlos
Duarte, principal acionista e fundador, usaram da palavra, vincando o
traço que a Empresa tem deixado
ao longo destes anos, nos mercados onde chega e na actividade que
desenvolve.
Actualmente a Vetlima representa
cerca de 10% do mercado da saúde
animal em Portugal e tem como
desígnio próximo a internacionalização da sua marca, para o que
as novas instalações dão decisivo
contributo.
Por fim foi descerrada junto à entrada do edifício uma placa alusiva
à inauguração, tendo sido servido
de seguida um Porto de Honra,
proporcionando nessa altura são
convívio entre a Administração e
quadros da Vetlima, familiares dos
homenageados, entidades oficiais e
demais convidados.
Num ambiente de respeito pelo
passado, brindando ao presente e
com olhos postos no futuro viveram-se momentos de raro conteúdo.
38
4
suinicultura
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
SEMINÁRIO
IDT BIOLOGIKA/CAMPIFARMA
A produção suína moderna enfrenta vários desafios, dos quais destacamos: a
melhoria constante do rendimento e crescimento, a volatilidade constante no
preço das matérias-primas, e a necessidade imperiosa de manter um custo
de produção ótimo. Estes fatores implicam desafios nutricionais com uma maior variabilidade nas fórmulas nutricionais, nas respetivas matérias-primas utilizadas e uma seleção genética para maior capacidade de ingestão dos animais. Se tivermos em consideração todos este fatores, assim como uma política europeia cada vez mais restritiva no uso de antibióticos, sabemos que iremos
enfrentar um período de maior preocupação pela patologia entérica. Um conhecimento dos diferentes tipos de E. coli implicados
na patologia entérica após o desmame é crucial para tomar uma decisão fundamentada na gestão de cada exploração. A IDT BIOLOGIKA e a Campifarma organizaram no passado dia 15 de Outubro uma reunião com o objetivo de promover o conhecimento dos
diferentes tipos de E.coli implicados nos quadros clínicos mais habituais, o seu correto diagnóstico, e uma avaliação das diferentes
ferramentas existentes ao serviço do médico veterinário para a solução destas patologias. Caso queira obter a documentação destes seminários, ou realizar diagnóstico de fatores de virulência de E. coli em laboratório contacte com Filipe Ramalho (framalho@
campifarma.com) ou Sérgio Barrabés ([email protected]).
CONFAGRI PROMOVE ENCONTRO NACIONAL DE TÉCNICOS
A CONFAGRI promoveu no passado dia 7 de Novembro, em Fátima, um Encontro Nacional de Técnicos das
Entidades Associadas e Protocoladas com a Confederação, tendo participado nesta iniciativa cerca de 350
técnicos de todo o país. O evento contou, na sessão de abertura, com a participação do secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira e na sessão de encerramento com a presença do Secretário de Estado da
Agricultura, José Diogo Albuquerque. A razão deste Encontro Nacional de Técnicos são no essencial, três:
Em primeiro lugar, para dar a conhecer os últimos desenvolvimentos do novo Quadro de Incentivos que
Portugal irá dispor até 2020,
actualizando as informações
disponíveis relativamente ao
Programa de Desenvolvimento Rural e ao novo regime das
Ajudas Directas da PAC, bem
como obter uma visão global
dos outros Programas Operacionais - Temáticos e Regionais - que integram o Portugal 2020. O desenvolvimento
da agricultura, das indústrias
agro-alimentares e das economias locais, em que a CONFAGRI e as
suas associadas exercem as suas actividades, são, cada vez mais, um
espaço de oportunidades para o desenvolvimento do País. Espaço, que
importa potenciar, através de uma forte aposta na formação profissional dos agentes do sector e numa política ajustada de incentivos
ao emprego. A segunda razão deste Encontro, visou projectar a acção da CONFAGRI para os próximos anos, tendo em conta os desafios
que hoje lhe são colocados e tendo em conta os instrumentos que, no
âmbito do Portugal 2020, podem apoiar a sua acção. A vasta rede de
Organizações Agrícolas ligadas à CONFAGRI, que cobre todo o país, e
os bons resultados do trabalho em parceria que tem sido realizado
é factor de motivação para um aprofundamento da nossa cooperação e para o seu alargamento a novos domínios. Por fim, a terceira
razão para este Encontro foi, o prestar do Reconhecimento e Agradecimento Público da CONFAGRI a todas as Organizações e aos seus
Técnicos, pelo inestimável trabalho que têm desenvolvido em parceria com a Confederação. A SUINICULTURA realça aqui o PRÉMIO DE
RECONHECIMENTO E MÉRITO – CATEGORIA 2 – CRESCIMENTO – NUT
2 – LISBOA, atribuído à nossa associada ALISP, na pessoa da sua colaboradora Paula Paulino, pelo número de candidaturas efetuadas em
2013. O prémio atribuído foi um computador Surface 2 e uma visita
de estudo a Bruxelas. Os nossos parabéns pelo este desempenho que
bem demonstra a qualidade cada vez mais reconhecida do movimento
associativo do sector suinícola nacional.
39
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
5º CONGRESSO DA INDÚSTRIA
PORTUGUESA AGROALIMENTAR
Pedro Queiroz *
O 5º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, organizado pela FIPA, deixou mais
uma vez uma marca de sucesso. A participação de oradores de elevada reputação e com provas dadas, quer no setor quer na sociedade em geral, permitiu elevar o patamar de reflexão e
discussão. Um marco importante deste evento foi a apresentação do trabalho desenvolvido
entre a FIPA e a Deloitte sob o tema “Ambição 2020 – Na rota do crescimento”. O resultado
final deste desafio foi a sistematização dos principais indicadores do setor, os desafios de
competitividade do país, as expetativas dos líderes da indústria, empresários e gestores, assim como elencar um conjunto de princípios orientadores para uma possível Ambição 2020,
que de alguma forma possa mobilizar os vários agentes, agregando vontades e contribuindo
para a convergência da agenda e políticas nacionais do setor. Tendo por base um inquérito
realizado pela Deloitte aos líderes de uma amostra de empresas, que no seu conjunto representam aproximadamente 40% do total do volume de negócios da indústria agroalimentar, o cenário é positivo – cerca de 75% dos inquiridos tem expetativas favoráveis ou muito favoráveis relativamente ao futuro da indústria em Portugal. Na sua totalidade acreditam vir
a crescer, sendo que as empresas de origem nacional apostam sobretudo na captação de novos clientes noutros mercados, enquanto as
de origem internacional estão mais focadas no mercado doméstico. Tendo como horizonte 2020, duas em cada três empresas, têm como
expetativa que mais de 25% do seu volume de negócio seja assegurado no exterior e 15% esperam mesmo que o mercado externo venha a
representar mais de 50% da sua faturação. Na perspetiva das empresas, entre um total de 21 dimensões, em média, as que são consideradas como mais críticas para o seu desenvolvimento passam pelo foco no Consumidor, Contexto Fiscal (carga fiscal e previsibilidade), relação
com a Grande Distribuição, Inovação e Segurança Alimentar. Para o futuro, os lideres entrevistados, destacam a necessidade de reforçar o
esforço e investimento na evolução do Contexto Fiscal (carga fiscal e previsibilidade), apoio à Exportação e Internacionalização, Estabilidade
nas Politicas Definidas pelo (s) governo (s) do país, Foco no Consumidor e Contexto Legal (funcionamento e previsibilidade).
Este foi mais um desafio ganho pela Indústria Alimentar e que muito orgulha a FIPA!
* Diretor-geral da FIPA
Gerações
à frente:
13,5 leitões
desmamados
por ninhada
Soc. Agro-Pecuária de Vale Henriques, S.A.
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REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
PRÉMIOS “PORC D’OR”
reuniões, congressos e seminários
ções de criadores de Raças parceria com a Faculdade de Medicina
Autóctones. Vários seminários se rea‑ Veterinária da Universidade Técnica
lizaram neste âmbito, muitas publica‑ de Lisboa.
ções técnicas foram produzidos e pro‑
Ficou a obra física, ficou o projeto
jetos de Investigação/experimentação mas acima de tudo ficou um grupo de
foram realizados em parceria. especialistas altamente qualificados
Internacionalmente a EZN abriu‑se à que hoje são Professores, Dirigentes,
cooperação com Universidades, Insti‑ Técnicos e até Políticos que são a pro‑
tutos de Investigação, Associações va provada do que foi o Projeto inte‑
Internacionais como foi o caso do grado de criar na EZN um polo de ex‑
Centro Internacional de Altos Estudos celência em Produção Animal.
lebra marque o início de um novo
Agronómicos
Mediterrânicos
(CIHE‑
Abriu‑se
ao exterior
quer uma
para vez,
Produ‑
Na XXI
edição dos e
prestigiados
Prémios
“Porc D’Or”,
a Catalunha
foi, mais
a região autónoma mais premiada. Além de
amanhã que
todos
desejamos
risonho
AM) deosSaragoça
e a Federação
Euro‑d’Or”tores
quer“Diamante”,
para o meio
Académico.
conquistar
três Prêmios
Especiais “Porc
(o prémio
o prémio
“Saúde, Bem-Estar
Animal
e Meio
Ambiente”
eo
prémio
“máxima
produtividade”),
foi
a
região
com
maior
número
de
prémios
conquistados.
e
próspero.
peia de Zootecnia (FEZ).
Apostou sempre na Internacionaliza‑
Muitos trabalhos foram produzidos
ção quer através de Projetos em par‑
Concretamente, a Catalunha recebeu um total de 20 galardões, que foram parar a 18 explorações da região. Destes, 13 viajaram até
JMC Ramalho Ribeiro
e publicados
nesteLérida
período
quer
de sendo
ceria,7na
de trabalhos,
na
Barcelona,
5 foram para
e 2 para
Girona,
de publicação
ouro, 7 de prata
e 6 de bronze.
Investigador Coordenador
carater técnico quer científico quer participação em Comissões e na Or‑
O prémio
mais cobiçado
da noitequer
(Porcem
D’Or
Pinsos Grau,
S. Diretor
A., situada
na
Aposentado;
Ultimo
da EZN.
em revistas
de Divulgação
re‑de Diamante)
ganizaçãofoideparar à Granja Sant Martí, da empresa
localidade de Sant Martí de Centelles, em Barcelona. Esta exploração recebeu ainda o prémio especial da máxima produtividade,
vistas de reputado mérito científico Reuniões e
batendo um novo record da história dos Porc D’Or com uma
isto é comnumérica
“CitationdeIndex”.
Congressos.
produtividade
34,78 leitões desmamados
por porca
outroSant
ladoMartí
a EZNiniciou
acolheu
esta‑
Preocupou‑
por ano.Por
A Granja
a sua
actividade
em 1994 e
conta,
na actualidade,
um efectivo de
1100‑se
reprodutoras.
giários
de todas com
as Instituições
que
muito
Começou como ciclo fechado, alterando o seu sistema de
aqui realizaram estágios Profissio‑ com o Bem‑
produção em 2002, reorganizando-se numa exploração de
nais, de Bacharelato,
de Licenciatura,
‑estar de uma
dos
reprodutoras
e leitões até aos
6 kg (Fase I). Trata-se
de Mestrado
e de Doutoramento.
Funcio‑e
exploração
que nos últimos
anos obteve váriasseus
nomeações
prémios
Porc
D’Or. As
Granja Sant
Martíeestão
Houve
contudo
uminstalações
ponto queda
gostaria
nários
as‑
acondicionadas ambientalmente com ventilação, calafetagem e
de destacar e que complementa tudo o sim se criou
adaptadas ao sistema de alojamento em grupos de porcas em
que até
aqui jádefoialimentação
exposto. Refiro‑me
Espirito
gestação
e sistema
monitorizadoum
por máquinas
à formação
de quadros.
Desde muito EZN feito de
electrónicas
de identificação
individual.
cedo o Prof. Vaz Portugal teve a preo‑ Corpo e de
Nas palavras dos jurados, a “Granja Sant Martí destaca-se pela
cupação de preparar técnicos que, em Alma que tem
sua grande eficiência produtiva e nível sanitário, pela sua equipa
diferentes
partes
do mundo,
semaneio
espe‑ dossobrevivido
jovem
e profissional
e pelo
excelente
animais”.
cializassem nas diferentes áreas da às contingên‑
A exploração
deAnimal
Lérida Albesa
empresa
Produção
quer Ramadera,
através depertencente
Es‑ cias àdo
tem‑
Piensos Costa, situada na localidade de Albesa recebeu das
tágios ou de Programas de Mestrado po.
mãos da ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente,
ouGarcía
de Doutoramento.
Houve
pois
a D’Or deOMagrama
Corpo
Isabel
Tejerina, o Prémio
Especial
Porc
preocupação
de Animal
adaptar
estruturas,
“Sanidade,
Bem-Estar
e Meio
Ambiente”.sofre mas a
criar novas valências para I&DE, ad‑ Alma resiste.
A Granja Albesa Ramadera foi criada no ano de 2009 e hoje
quirir equipamento topo de gama mas É por tudo
em dia conta com um efectivo de 3.300 reprodutoras. Entre
acima
de tudo formarda
gente
e criar
Es‑ isto
con‑
todas
as características
Albesa
Ramadera
queque
fizeram
tinuamos
oti‑e
estacola.
exploração merecedora do prémio, é a sua
filosofia
compromisso
com
a formação,
o desenvolvimento
e ensaio de
Este foi
talvez
o legado
mais mar‑ mistas.
novas tecnologias, sendo uma exploração de “demonstração”,
cante que o Prof. Vaz Portugal nos
Fecha‑se
assim como a gestão informatizada integral da exploração, que
deixou:
uma
Escola
de
Especialistas
um
Ciclo mas
lhes permite controlar e ajustar os consumos individualmente
nos
sectores
da ambiental.
Produção Para
certamente
e por
suadiferentes
vez melhorar
o factor
além disso,
também
enfatizam
o uso
energias alternativas
e avirá.
gestão
Animal
que não
só de
enriqueceram
a outro
de tratamento de efluentes.
EZN como todas as outras Instituições
Fazemos
Portuguesas ligadas à Produção Ani‑ votos
para
mal. O exemplo máximo desta preocu‑ que esta efe‑
41
pação foi a criação do Mestrado Inter‑ méride que
nacional de Produção Animal em agora se ce‑
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
Dois anos depois, a gala dos Porc D’Or voltou às origens, a
Lérida. Mais de 650 profissionais do sector, entre produtores e
técnicos de toda a Espanha, empresas e personalidades ligadas
à suinicultura, assim como autoridades locais, autónomas e
nacionais, não quiseram perder aquele que se configura já como
o grande acontecimento anual do sector da produção animal
em geral e suinícola em particular.
Esta nova edição dos prémios Porc D’Or contou com a presença
da ministra da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente,
Isabel García Tejerina. Entre a assistência encontrava-se ainda
o conselheiro para a Agricultura, pecuária, pesca, alimentação
e meio ambiente do Governo da Catalunha; o director geral
de Agricultura e pecuária do Departamento de Agricultura,
Pecuária, Pesca, Alimentação e Meio; o Secretário-Geral de
Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente; o governador da
cidade de Lérida; a subdirectora geral de Promoção Alimentar
de Magrama; o subdirector geral do Instituto de Investigação
e Tecnologia Agro-Alimentar (IRTA); o Presidente da Interporc;
o Presidente da ANPROGAPOR e o vice-presidente e director
geral da ZOETIS Europa do Sul, empresa co-organizadora dos
prémios, Félix Hernáez.
A ministra da Agricultura, destacou o “excelente trabalho”
que desenvolve o sector suinícola espanhol, “graças ao seu
profissionalismo, aplicação de técnicas de gestão modernas e
eficientes, e a sua clara aposta no I&D&I”. “Um trabalho que
mostra a sua vocação de permanência no campo, e que supõe
uma importante contribuição para o desenvolvimento rural”.
Isabel García Tejerina recordou que a produção final do sector
em 2013 se traduziu em cerca de 3,5 milhões de toneladas, com
um valor de 6.272 milhões de euros, que representou 40% do
total do valor da produção animal.
Quanto às exportações, a ministra explicou que no mesmo
ano, ascenderam a 1.300.000 toneladas, cerca de 40% do
total produzido, e superaram os 3.300 milhões de euros, que
representa um incremento de 2,5% relativamente a 2012.
Também salientou a “indubitável dimensão social do sector”
que se reflecte nas mais de 85000 explorações registadas e no
emprego que estas geram. Como forma de reconhecimento do
trabalho desenvolvido pelo sector, García Tejerina expressou o
compromisso do Ministério “para que possa ser desenvolvida a
sua actividade nas melhores condições e com o máximo nível
de rentabilidade”. Neste sentido, recordou as conquistas nas
negociações da PAC, com a manutenção dos instrumentos de
gestão do mercado de que dispõe o sector suinícola.
Fonte: Eumédia/Mundo Ganadero
42
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
3º ENCONTRO DE
ALIMENTAÇÃO
A Topigs Norsvin organizou
no passado dia 28 de Novembro o seu 3º Encontro de
Alimentação com a presença do Prof. Dr. Bruno Silva,
professor na Universidade
Federal de Minas Gerais e
nutricionista consultor da
Topigs Norsvin. O encontro
decorreu no Clube Náutico
Alfoz em Alcochete e contou
com a participação de cerca de 100 convidados, entre
eles suinicultores, técnicos e
responsáveis de nutrição.
Sob o tema geral “Procurando maior eficiência diante
dos desafios de mercado”,
o diretor da Topigs Norsvin
Portugal, o Dr. Gonçalo Pimpão, apresentou a nova empresa Topigs Norsvin e falou
dos seus desafios para o futuro. De seguida, o Prof. Dr.
Bruno Silva falou sobre conceitos básicos na nutrição
de leitões no pós-desmame
e fez ainda uma apresentação sobre a procura da
eficiência alimentar diante
dos desafios de mercado,
palestra principal da reunião.
No encontro houve também
oportunidade para que o diretor técnico da Topigs Norsvin Portugal, o Dr. Francisco Sepúlveda, apresentasse
algumas ferramentas novas
de nutrição da Topigs Norsvin que servirão de apoio aos
suinicultores com genética
Topigs Norsvin.
A Topigs Norsvin Portugal
agradece a presença de todos os participantes neste
encontro e reassume o seu
compromisso em apoiar a
suinicultura nacional na procura de uma produção cada
vez mais eficiente!
Reduzir o nível de proteína bruta
na dieta de porcos crescimento
para melhorar o custo do alimento
Redução
do preço
do alimento
17,0 % 15,0 %
Proteína
bruta
Proteína
bruta
Resultados da optimização do alimento para porcos
crescimento considerando cada aminoácido essencial
☛ Os nutricionistas da Ajinomoto
Eurolysine S.A.S. reviram e actualizaram recentemente as necessidades de aminoácidos essenciais
para porcos crescimento (>25kg).
As necessidades actualizadas,
apresentadas na tabela seguinte,
fornecem um caminho para a
redução da proteina bruta da dieta
sem consequências negativas na
performance esperada dos suínos.
☛ A suplementação com aminoácidos como o L-Triptofano permite
uma redução da proteína bruta
da dieta e, consequentemente,
do custo do alimento, permitindo
assim uma performance optimizada ao menor custo.
☛ Adicionalmente, benefícios no
ambiente são obtidos por menor
excreção de azoto.
PERFIL IDEAL DE AMINOÁCIDOS PARA
PORCOS CRESCIMENTO E ACABAMENTO
Relação SID
relativamente
à Lisina (%)
Crescimento
25 aos 65kg
Acabamento
65 aos 110kg
Lisina
100
100
Treonina
67
68
Metionina
+ Cistina
60
60
Triptofano
20
19
Valina
65
65
Isoleucina
53
53
Leucina
100
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REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
XI SIMPÓSIO DA
SOCIEDADE CIENTÍFICA
DE SUINICULTURA
Na última intervenção da tarde a Dra. Helena Ponte apresentou
o Plano de Ação Nacional para a redução de Antibióticos nos
Animais, tendo dado conta a importância crescente que este
assunto tem nas Autoridades Europeias. Foram apresentados
e analisados os dados de Portugal que, no último ano, mostram
uma redução, tendência que será crítica mantermos.
No passado dia 7 de Novembro de 2014 a Sociedade Científica
de Suinicultura organizou no Hotel Vip Executive em Santa Iria
da Azoia, o seu XI Simpósio subordinado ao tema Complexo Entérico Suíno (CES), o qual contou com a presença de vários oradores de reconhecido mérito. Os trabalhos iniciaram-se com as
boas vindas, pelo presidente da SCS, Dr. Alfaro Cardoso, o qual
referiu ter elevada expetativa na Jornada Técnica, atendendo à
qualidade dos oradores e à atualidade do tema escolhido.
O primeiro painel foi dedicado à revisão dos principais agentes
implicados no CES, onde o Dr. Emili Revilla partilhou a sua vasta
experiência na abordagem às patologias entéricas da maternidade, recria e engorda. Além de uma breve caracterização dos
agentes implicados no CES, descreveu a sintomatologia e as
lesões das referidas patologias, tendo apresentado várias recomendações práticas de tratamento e/ou prevenção, bem como
reforçado a importância das medidas de maneio e biossegurança para o efetivo controlo do CES.
Na segunda parte da sessão o Dr. Luis Flores abordou a Influência da Nutrição no Complexo Entérico Suíno, onde expôs a importância do equilíbrio da flora intestinal como fator decisivo de
resistência à colonização. Durante a sua apresentação reforçou
o interesse de conhecermos a flora microbiana e a sua biodiversidade, bem como o papel do intestino na resposta imune e reações inflamatórias. Finalizou destacando o papel da água como
principal alimento e a relevância de adequarmos a nutrição de
acordo com o tipo exploração, maneio, genética e microbismo
presente.
Seguiu-se a palestra do Dr. Ricardo Mesquita, que abordou o
Impacto Económico do CES. Iniciou a sua exposição com a partilha de alguns exemplos com os Custos da Doença: aumento
dos valores de medicação, da mortalidade, do IC e diminuição
do GMD, bem como do rendimento das carcaças e aumento na
mão-de-obra. Seguiu-se a apresentação de um Caso Clínico
onde descreveu o diagnóstico, medidas corretivas e impacto
económico, tendo concluído que o IC é o fator que mais impacta
nos resultados de uma exploração afetada pelo CES.
44
Os trabalhos foram encerrados pelo Presidente da SCS, tendo felicitado todos os oradores pela qualidade das exposições,
agradecido a participação dos produtores e técnicos presentes,
bem como patrocínio de várias empresas do sector, que mais
uma vez acreditaram na SCS como veículo de formação.
REUNIÕES, CONGRESSOS E SEMINÁRIOS
MISSÃO CHINESA VISITA PORTUGAL
A FPAS representada pelos seus Diretores, Nuno Correia e David Neves, participou, em conjunto
com o Ministério de Agricultura, na receção à delegação chinesa que, no passado mês de Outubro,
visitou o nosso país.
Esta missão oficial pretendeu analisar o setor, no sentido de estudar a possibilidade de abrir as
nossas fronteiras à exportação de carne de porco para esse imenso mercado que é a China. Caso
se venham a concretizar as perspetivas apresentadas ir-se-ão, sem dúvida alargar os nossos horizontes comercias permitindo assim um crescimento mais sustentado do nosso setor, retirando
alguma pressão no mercado nacional.
45
NUTRIÇÃO
ADITIVOS SENSORIAIS PARA
MELHORIA DA PRODUTIVIDADE
E UNIFORMIDADE DE LOTES DE
LEITÕES DESMAMADOS
A percepção sensorial “umami” é a de um gosto agradável relacionado com a
identificação de fontes proteicas. Nos humanos a sua principal aplicação, está
em potenciar a aceitação dos alimentos e estimular o apetite a pessoas idosas
ou doentes (Bellisle,1999). No caso dos suínos, tambem se considera um estimula positivo capaz de motivar consumo, sobretudo em momentos críticos
como o desmame. A utilização da estimulação sensorial umami no desmame
permite, por um lado, estimular o consumo precoce, dado que é um estímulo
sensorial preferido pelo leitão, e por outro, optimizar o seu crescimento nas primeiras etapas de vida (Tedó et al.,2011).
Aplicações da estimulação umami nas dietas para leitões
Quando consideramos o periodo produtivo do suino, desde o nascimento até ao
abate, encontramos um grupo de animais cujo crescimento é marcadamente
inferior á média. Esta redução no crescimento, influi inevitávelmente na homogeneidade do peso vivo (PV) na população de animais e faz que aumente a
variabilidade no abate,gerando sistemas produtivos ineficientes.
Estudos recentes, com mais de 200.000 dados produtivos individuais provenientes de França , Holanda e Reino Unido (Paredes et al.,2012;Douglas et
al.,2013) identificaram parâmetros para predizer o PV dos animais no momento
da fase de transição , e inclusive alguns factores que possuem maior influencia
na variabilidade do PV no momento do abate.Segundo estes estudos factores
como PV ao nascimento,PV ao desmame e PV na sexta semana de vida, podiam
chegar a explicar até 70 % da variabilidade no PV no final do periodo de transição. A equipa de I+D de Lucta S.A. investigou em profundidade a utilização da
estimulação umami em dietas para leitões ( Roura et al.2007,2008;Tedó et al .,
2011). O objectivo comum em todos os trabalhos realizados foi obter consistência nos resultados zootécnicos e conseguir lotes mais uniformes no inicio
do periodo de engorda. Como resultado desta investigação desenvolveram um
aditivo sensorial especifico para o suino, chamado Luctarom® Advance.
Melhorias zootécnicas derivadas da utilização do aditivo sensorial umami no
periodo de transição
O aditivo sensorial Luctarom® Advance foi avaliado em mais de 20 ensaios realizados com leitões durante o periodo de transição. Foi ainda incluido no estudo,
a persistência dos resultados zootecnicos depois de retirado o aditivo da dieta.
Os estudos publicados de dose resposta (Roura et al., 2007) mostram um incremento linear do ganho medio diario do PV dos leitões comforme aumenta a
dose de Luctarom® Advance na dieta . De acordo com estes resultados, a dose
optima está entre 1,5 e 2 kg ton de alimento. A estas doses as melhorias registadas en relação ao grupo control (grupo sem Luctarom® Advance) foram de cerca de 16% para o ganho de PV, 15% para o consumo do alimento pós desmame
e 10 % para a conversão do alimento no final da transição. Estes resultados foram comfirmados tanto em sistemas de produção europeus como americanos,
sobre condições de formulação de dietas e de maneio dos animais diferentes. A
avaliação económica a campo, indica que as melhoras produtivas derivadas da
utilização de Luctarom® Advance garantem valores de retorno do investimento
(ROI) superiores a 3. Dados recentes procedentes da granja experimental da
Lucta S.A.corroboram uma vez mais a consistência dos resultados zootecnicos
derivados da utilização de Luctarom® Advance. Desta vez, o objectivo do estudo
foi avaliar a persistência da resposta animal ao Luctarom® Advance com a retirada de oxido de zinco da dieta aos 14 dias post desmame, independentemente
da idade do desmame e de se receberam ou não lactoiniciador antes do desmame . Os resultados de crescimento (Fig 1) e eficiencia (Fig 2 ), que mostramos em
seguida , fazem referencia a estes estudos, onde os resultados foram expressos
relativos ao grupo control em unidades percentuais.
46
Fig. 1 - Resultados de crescimento de leitões com Luctarom® Advance nas dietas de transição expressos em % de melhora nas comparações com o grupo control.
A maior percentagem de melhora observou dentro do grupo de leitões com PV
mais leve ao desmame, em maneios sem lactoiniciador antes do desmame, e
nos mais pesados, quando tiveram acesso a alimento sólido antes do desmame.
Deste modo, o uso de Luctarom® Advance nas dietas de leitões contribuiu para
a obtenção de lotes mais uniformes ao inicio da engorda. Para poder corroborar
esta possibilidade, estudamos a persistência do impacto sobre os parametros
zootécnicos durante a pré engorda, momento no qual nenhum leitão recebeu
Luctarom® Advance na sua dieta. Os resultados mostraram que efectivamente
o uso de Luctarom® Advance nas fases prévias, aumentou a uniformidade e o
PV minimo dos lotes dos leitões na pré engorda (Fig 3 ).
Fig. 2 - Resultados de eficiência de leitões com Luctarom® Advance nas dietas de transición expres sos em % de melhora nas comparações com o grupo control.
Fig. 3 - Distribução dos Pesos Vivos á entrada da engorda, em %. Os dados correspondem a animais
alimentados com dieta de pre-engorda e sem Luctarom® Advance em nenhum dos grupos.
Conclusões
A utilização do aditivo sensorial umami especifica para suinos, Luctarom®
Advance, está recomendado em situações onde o consumo de alimento se
encontre comprometido, como seria o momento do desmame. Nestes casos,
Luctarom® Advance permite melhorar os parametros zootécnicos (crescimento
e eficiencia ) e reduzir a variabilidade de PV no final do periodo de transição ,
resultando lotes de leitões mais uniformes na fase da engorda .
NOTÍCIAS - VISITA À IDT
47
RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA
22ª FEIRA NACIONAL
DO PORCO
A 22ª edição deste evento, decorrida entre 26 e 28 de Setembro, reuniu no Montijo toda a fileira da carne de porco, desde a
produção de alimentos compostos para animais até à indústria
de abate e transformação, passando pela produção e atividades
afins (genética, consultoria, laboratórios de análise, fabricantes e distribuidores de produtos médico-profiláticos, projetistas, fabricantes de equipamentos, etc.).
Em simultâneo, decorreu um conjunto de sessões temáticas entre as quais se destacaram as “Jornadas Técnicas da FPAS”, o Colóquio “A PAC 2014/2020 – o que os suinicultores devem conhecer” e o “Ponto da Situação sobre o PCEDA”.
O evento contou ainda com a visita dos ilustres Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar Prof. Dr. Nuno
Vieira e Brito, assim como a Ministra da Agricultura e do Mar Dra. Assunção Cristas, os quais tiveram a amabilidade de visitar o stand
da ACPA e degustar os produtos qualificados do Porco Alentejano em prova neste espaço.
ACPA NA PORTUGAL AGRO 2014
A ACPA esteve presente com um stand no certame Portugal Agro, que decorreu na FIL em Lisboa de 20 a 23 de
Novembro. A Portugal Agro é um projeto da Fundação
AIP/FIL para o setor agrícola e agroalimentar, que visou
dar a conhecer a essência de Portugal e o que de bom se
produz por cá. Este é um projeto transversal a toda a fileira agrícola e agroalimentar, que promove a capacidade produtiva nacional, os vários operadores económicos
da fileira, a excelência dos produtos, da tradição aliada à
inovação e do genuíno português.
E porque o mundo rural encerra sabores únicos, durante
o evento houve também uma degustação de Presunto de Barrancos DOP, com uma qualidade inigualável
transformado pela Casa do Porco Preto (Barrancarnes).
Para além do stand e da divulgação dos produtos derivados com Nome Qualificado, a ACPA participou também na exposição agropecuária com exemplares do
Porco de Raça Alentejana.
Este evento representou, não apenas uma oportunidade
de promoção e valorização do Porco de Raça Alentejana, mas também uma oportunidade de negócio para os
nossos produtores e dinamizadores da economia local.
48
RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA
XV FEIRA DO MONTADO
PORTEL
561ª FERIA DE
SAN MIGUEL
FERIA INTERNACIONAL
GANADERA DE ZAFRA
No passado mês de Novembro, decorreu em Portel, a XV
Feira do Montado. Como já
vem sendo tradição, a ACPA
esteve presente no evento
com um stand, onde promoveu o Porco de Raça Alentejana, assim como os seus
produtos derivados com
Nome Qualificado dos quais
a ACPA é Entidade Gestora,
como o “Presunto ou Paleta
de Barrancos DOP”, “Presunto ou Paleta IGP de Santana da Serra”, “Presunto ou
Paleta do Alentejo DOP” e
“Carne de Porco Alentejano
DOP”, tendo sido explicado
aos visitantes a superior
qualidade dos mesmos e a
mais-valia da garantia obtida aquando da compra de
um produto qualificado.
Ocorreu entre os dias 2 e 8 de Outubro
de 2014 a 561ª Feria de San Miguel y
Feria Internacional Ganadera de Zafra,
na mesma cidade da Província de Extremadura, Espanha.A ACPA foi convidada
para participar na entrega de Prémios do
XXIX CONCURSO NACIONAL DE GANADO
PORCINO SELECTO IBÉRICO, onde estiveram a concurso os melhores exemplares da raça do nosso país vizinho. A
organização do concurso esteve a cargo
na nossa congénere espanhola, AECERIBER – Asociación Española de Criadores
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RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA
FEIRA DO MONTADO
PORTEL
Decorreu em Portel entre 27 e 30 de Novembro a XV Feira do
Montado e onde a ANCPA esteve presente, com especial destaque nas “Conversas em torno da cabra serpentina e do porco
alentejano” uma organização conjunta da Associação Nacional
dos Criadores do Porco Alentejano, da Associação Portuguesa
de Caprinicultores da Raça Serpentina e da Câmara Municipal
de Portel. Os temas abordados em torno do porco alentejano
foram:
- Novo PDR - enquadramento no porco alentejano
- Montanheira - aspetos práticos
- Mercado - perspetivas atuais e futuras
Podemos retirar como principais conclusões que, segundo a
versão que o Ministério da Agricultura e do Mar submeteu à Comissão Europeia em 5 de Maio de 2014, o porco alentejano terá
um valor mais elevado na ajuda à Manutenção de Raças Autóctones em Risco, que passa a ser 140€/CN. No entanto nas restantes ajudas em que se pode enquadrar o porco alentejano - a
produção integrada, agricultura biológica e pastoreio extensivo
- manutenção de sistemas agro-silvo-pastoris sob montado - o
valor das ajudas, pela diferença nos escalões de modelação da
ajuda e pelo valor unitário da mesma, vão ter diminuições entre
10 e 30% em comparação com as ajudas do anterior PRODER.
A montanheira na presente campanha e vai ser relativamente curta e onde o maneio da vara vai ser fundamental para o
aproveitamento da maior quantidade possível de bolota que se
encontra no solo e assim conseguir uma boa engorda.
Já nas perspetivas de mercado o valor dos animais terminados a farinha teve nos últimos meses uma correção da subida
que tem verificado desde o início do ano de 2014 e os animais
de montanheira iniciaram a sua cotação no mercado espanhol
(mercado de referencia) com um valor semelhante ao verificado
na campanha 2013/2014. As conversas decorreram num ambiente informal e de proximidade com os criadores terminando
num lanche de convívio onde foram degustados os melhores
produtos frescos e transformados de porco alentejano e de cabra serpentina.
VISITA DO DIRETOR GERAL DE
ALIMENTAÇÃO E VETERINÁRIA
No dia 9 de Outubro a ANCPA teve a honra de receber o Diretor Geral de Alimentação e Veterinária, Prof. Doutor Álvaro Lemos de
Mendonça, que visitou uma exploração de porco alentejano e o seu modo de produção. A direção da ANCPA teve a oportunidade de
apresentar várias etapas da produção de porco alentejano no campo, nomeadamente a produção de leitões e a engorda em montanheira, assim como de expor ao Senhor Diretor-geral os principais problemas e condicionantes com que se deparam a produção e
toda a fileira do Porco Alentejano. Ficando em aberto outras reuniões de trabalho para os problemas do setor do porco alentejano.
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RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA
FEIRA NACIONAL
DO PORCO
A ANCPA esteve presente na 22ª Feira Nacional do Porco que decorreu de 26 a 28 de Setembro no Montijo e que reuniu representantes de todas as áreas intervenientes na produção suinícola. Nesta 22ª edição, a feira apresentou uma mostra das três raças
autóctones e onde a ANCPA, através do ACEPA, A.C.E. esteve a representar o Porco Alentejano.
Esta iniciativa é de extrema importância para as raças autóctones uma vez que pelo número reduzido de efetivos e produções de
cada uma das raças só através destas iniciativas se podem apresentar e divulgar a um tão grande número de profissionais do setor
e público em geral que visitam a feira.
52
RAÇAS AUTÓCTONES | ALENTEJANA
FEIRA INTERNACIONAL
GRANADERA
ZAFRA 2014
Entre os dias 2 e 8 de Outubro decorreu em Zafra (Espanha) a Feria Internacional Ganadera – Zafra 2014 onde a ANCPA esteve presente com o habitual stand, difundindo
os serviços que presta e promovendo os excelentes animais que os seus associados
produzem. Esta presença da associação nesta feira é de extrema importância uma
vez que também estão presentes e representadas as maiores e mais importantes
industrias de transformação de porco ibérico que representam mais de 80% dos compradores de Porco Alentejano.
VISITA DE
SUINICULTORES
SUECOS
Integrada num novo conceito de
turismo profissional a ANCPA recebeu
no passado dia 22 de Outubro a visita
de cerca de quarenta suinicultores
Suecos que para além de uma breve
apresentação do porco alentejano, do
seu modo de produção e dos serviços
prestados pela associação tiveram a
oportunidade de visitar uma exploração
e de poder ver no terreno os animais
e como estes são produzidos. A visita
suscitou elevado interesse por parte dos
suinicultores uma vez que o sistema de
produção é totalmente diferente dos
sistemas utilizados na Suécia.
PORTUGAL AGRO
Já durante o mês de Novembro, de 20 a 23, a ANCPA esteve
presente, através do ACEPA, A.C.E., na primeira edição da Portugal Agro que levou até Lisboa uma forte representação dos
setores agrícola e agroalimentar. O Porco Alentejano esteve
representado pela exposição de exemplares da raça e pela
gestão do Livro Genealógico. Estiveram também presentes
algumas salsicharias alentejanas que transformam o porco
alentejano, tendo o visitante a oportunidade der ver no mesmo espaço o animal e os produtos a que este vai dar origem.
53
RAÇAS AUTÓCTONES | BISARA
1º CONCURSO LOCAL DE SUINOS DE RAÇA BÍSARA
FEIRA DOS SANTOS DE CHAVES 2014
Este ano tem sido, desde a data de formação da ANCSUB e da instituição do Livro Genealógico da Raça Bísara, o de mais intensa actividade no que respeita à instalação de novas explorações e, como consequência, de inscrição de novos reprodutores. Tem sido, de
facto, um ano excepcional, para a afirmação e crescimento da exploração da raça bisara.
Fenómenos, mais ou menos recentes, podem explicar este crescimento, como por exemplo o PRODER e a intensa promoção que a ANCSUB tem feito, nos eventos agrícolas mais
importantes que ocorreram no país, desde a Feira do Fumeiro de Vinhais, Feira Nacional
de Agricultura, em Santarém; Feira Nacional do Porco, no Montijo e, mais recentemente,
no Portugal Agro, na FIL, em Lisboa.
Neste contexto, o concelho de Chaves, no distrito de Vila Real, em Trás-os-Montes, tem
sido um dos mais dinâmicos relativamente à instalação de novas explorações de raça
bisara. Só em 2014 iniciaram a actividade 8 novas explorações que somam às 8 já existentes. Actualmente, o efectivo reprodutor da raça bisara, em Chaves, é de 304 fêmeas
e 35 machos, dispersos por 16 explorações. O incremento da actividade suinícola neste
concelho já resultou, inclusivamente, na constituição de um Clube de Produtores de Suínos Bísaros, instituição de abrangência local e que pretende dar apoio aos criadores de
raça bisara seus associados. Como resultado desta iniciativa, surgiu a ideia de promover
e organizar, com o apoio da ANCSUB, um concurso morfológico de suínos de raça bisara, para mostrar os melhores exemplares do
concelho de Chaves e incentivar outros possíveis futuros criadores de suínos bisaros.
A Feira dos Santos de Chaves, um dos maiores eventos da região de Trás-os-Montes, foi a anfitriã do 1º Concurso Local de Suínos
de Raça Bísara. Já com uma grande tradição em Trás-os-Montes, há muitos anos que se realiza um concurso pecuário de bovinos,
onde participam exemplares de três raças autóctones nacionais, tais como a Mirandesa, a Maronesa e a Barrosã. Este ano
tiveram a companhia também da espécie suína, mais precisaClassificação do 1º Concurso Local de Suinos de Raça Bísara
mente de suínos de raça bisara. O local do evento, também com
Chaves 2014
muita tradição, foi o Forte de São Neutel, que apresenta características únicas para este tipo de eventos, como é o caso do
1ª Secção Machos 3 a 6 mêses
fosso, onde são expostos os animais, que podem ser apreciaNome Criador
Localidade
1º Alexandre Chaves
Casas de Monforte
dos do alto dos poderosos muros de granito que o circundam.
2º Manuel Peireso
Vilarinho das Parinheiras
Apresentaram-se a concurso vinte exemplares, pertencentes a
3º João Carlos Costa
Couto de Ervededo
sete criadores, todos do concelho de Chaves. O concurso contou
com seis secções de participação, dependentes do sexo e idade
2ª Secção Machos 6 a 9 mêses
dos animais. O júri de classificação foi composto por o Dr. João
Nome Criador
Localidade
1º José Maldonado
Travancas
Paulo Costa, Veterinário Municipal de Boticas, o Eng.º Norberto
2º João Luis Chaves
Assoreiras
Santos, Técnico da Direcção Regional de Agricultura e Pescas
3º
do Norte e a Eng.ª Carla Alves, Secretária Técnica da Raça Suína Bísara e Coordenadora da ANCSUB. Depois da avaliação dos
3ª Secção Machos mais de 9 mêses
animais, procedeu-se à entrega dos prémios. Foram atribuídos
Nome Criador
Localidade
1º Serafim Moura
Casas de Monforte
18 prémios, aos primeiros três lugares de cada secção. (ver clas2º Alexandre Chaves
Casas de Monforte
sificação)
3º João Carlos Costa
Couto de Ervededo
Seguiu-se um almoço, com uma iguaria muito tradicional nestas festividades, o polvo. Estava uma delícia!
A primeira edição deste concurso, em Chaves, foi bastante satisfatória. Os criadores ficaram muito agradados e efectuaram
muitos contactos com futuros clientes. Foi um evento que,
talvez por ser organizado pela primeira vez neste concelho,
despertou muita curiosidade do público e não eram raros os
comentários positivos que se puderam ouvir relativamente ao
porco. Parabéns ao recente Clube de Produtores de Suínos Bísaros, pela sua determinação na realização deste evento e uma
palavra de agradecimento à Câmara Municipal de Chaves e à
Associação Empresarial do Alto Tâmega pelo apoio prestado. É
para continuar! Venha a próxima Feira dos Santos.
54
1º
2º
3º
Nome Criador
Serafim Moura
Anabela Heitor
João Carlos Costa
1º
2º
3º
Nome Criador
Manuel Peireso
João Carlos Costa
Serafim Moura
1º
2º
3º
Nome Criador
Manuel Peireso
José Maldonado
Anabela Heitor
4ª Secção Fêmeas 3 a 6 mêses
Localidade
Casas de Monforte
Soutelinho da Raia
Couto de Ervededo
5ª Secção Fêmeas 6 a 9 mêses
Localidade
Vilarinho das Parinheiras
Couto de Ervededo
Serafim Moura
6ª Secção Fêmeas mais de 9 mêses
Localidade
Vilarinho das Parinheiras
Travancas
Soutelinho da Raia
WORLD PORK EVENT 2014
A TopigsNorsvin organizou no passado dia 13 de Novembro o terceiro
World Pork Event, evento já habitual
na produção suinícola mundial que
visa a informação dos nossos parceiros quanto às atualizações do
Mercado Global e da interação dos
principais fatores, oportunidades,
ameaças na produção de porcos e
algumas indicações do seu futuro
dentro do mercado global da proteína.O terceiro TopigsNorsvin
World Pork Event aconteceu em Berlim com apresentações de
figuras da produção, o Glenn Stolt, CEO Christensen Farms, da
indústria, Michiel Herkemij (CEO VION), dos governos Ge Backus,
Director Connecting Agri and Food e das universidades, Marie
Font i Furnols, investigadora IRTA , onde o tema principal do
mesmo foi Suínos e Qualidade de Carne.
Durante as apresentações ficou
claro que a procura continua por
carne magra dos suínos por parte produtores e de matadouros,
começa hoje a ter consequências
para os industriais da carne, com
reflexos negativos a nível do consumidor, reflexão do CEO da Vion.
Outra conclusão do congresso é
que as novas ferramentas disponíveis de seleção genética, como
a Tomografia Axial Aplicada, irão
melhorar muito mais rapidamente os produtos disponíveis às
necessidades dos matadouros e
industria. A este evento atenderam de Portugal representantes dos principais produtores nacionais, tendo aproveitado os mesmos para visita a exploração
de investigação Sterksel e à Eurotier-Hanover. Durante a visita
às explorações e Eurotier é de reforçar o forte investimento que
produtores Holandeses e Alemães estão a fazer na atividade,
onde a construção de novas e modernas grandes unidades de
produção é uma constante, sempre que associadas a novas tecnologias de poupança, utilização e produção de energia, sendo
essa uma preocupação do setor desta região.
PROGRESS IN PIGS
55
EMPRESAS
RAPORAL S.A.
INAUGURA NOVAS UNIDADES INDUSTRIAIS
Com a preocupação constante em modernizar e otimizar os
processos produtivos em todas as suas áreas de negócio, a
Raporal S.A inaugurou duas novas unidades industriais no passado dia 31 de Agosto.
A Unidade Industrial de Secagem de Milho e a nova Unidade
de Acabamento de Suínos na Herdade do Gamoal, são as duas
novas apostas que refletem os mais recentes investimentos da
empresa no sentido de manter um crescimento sustentável e
melhorar a competitividade da sua estrutura.
A inauguração iniciou-se com uma cerimónia religiosa, junto ao
Secador de Milho, celebrada pelo Sr. Padre Carlos Rosmaninho
e de seguida procedeu-se o descerrar da placa evocativa pelos
acionistas da Raporal.
Ainda durante a manhã os acionistas e convidados dirigiram-se
para a Herdade do Gamoal, onde foi também descerrada uma
placa na nova Unidade de Acabamento de Suínos.
Encerraram-se as cerimónias com um almoço comemorativo
que foi realizado no local.
A cultura do milho é das culturas arvenses mais importantes à
escala mundial, sendo a principal matéria-prima para o fabrico
de alimentos compostos para animais, e, aliando a este fator o
aumento da área plantada em Portugal, a Raporal considerou
uma oportunidade a construção de uma unidade industrial de
secagem de milho.
O secador de milho vai permitir o aprovisionamento estratégico de grão nacional. A utilização de milho de produção nacional
será uma garantia de mais qualidade nos alimentos compostos para animais produzidos, o que inevitavelmente se refletirá
num melhor desempenho e ganhos de eficiência da produção
animal.
A mesma Unidade trará ganhos logísticos muito importantes
para a empresa. Disponibilizando também a prestação de serviços na secagem de milho verde a terceiros. A unidade industrial
tem capacidade de secagem de 300 ton/dia e 30 000 toneladas
por campanha.
Foi criada uma nova área de negócio, a Raporal AGRO, que incide
na gestão da unidade industrial e na produção agrícola de grão.
Já a nova unidade do Gamoal representa um aumento significativo no número de lugares de engorda, tendo capacidade para
18 000 animais/ano.
Com uma perspetiva alargada para o futuro a Raporal S.A pretende corresponder às necessidades do mercado assim como,
criar estratégias para ser competitiva e crescer sustentadamente.
56
EMPRESAS
PIC Europa
Press Release, 7 de Novembro de 2014
Para divulgação imediata
PIC anuncia dois novos produtos na sua família Piétrain PIC®408
A PIC anuncia duas novas extensões à sua linha de sucesso Piétrain PIC®408. Estas duas novas variantes de Piétrain, adaptados
especificamente para a Europa, serão designados como PIC®408G (crescimento) e PIC®408M (músculo). Atualmente, a linha PIC®408
detém uma forte posição no mercado do norte da Europa. Esta linha apresenta um rápido crescimento, superiormente eficiente
e com excelente percentagem de carne magra. Para satisfazer as necessidades do mercado a nível Europeu, a PIC dividiu esta
linha em dois grupos distintos,
PIC®408G e PIC®408M. Tanto
o PIC®408G como o PIC®408M
são selecionados com o objetipresenças institucionais
vo da resistência e robustez. O
varrasco PIC®408G, é o varrasco
Piétrain com maior crescimento
disponível na Europa. Dentro
das suas características as de
maior ênfase são o crescimento
e a eficiência. É o varrasco adequado para sistemas com um
forte interesse no baixo custo de
produção. O varrasco PIC®408M,
também com um rápido crescimento, oferece maior ênfase na
percentagem de carne magra,
proporcionando maior conformação e valor da carcaça.
Tanto o varrasco PIC®408G
como o PIC®408M foram desenvolvidos utilizando a plataforma
básica de correlação genómica o
que acelera exponencialmente
o melhoramento genético dos
produtos PIC. A PIC está atualmente a expandir a produção
da linha PIC®408 para atender à
crescente demanda destes dois
novos produtos em toda a Europa. Estes dois novos grupos
dentro da linha PIC®408 estão
disponíveis para venda a partir
de 01 de Janeiro de 2015.
Levedura viva para porcas e leitões
Sobre a PIC:
A PIC é líder internacional no
fornecimento de melhoramento
genético de suínos e de suporte técnico superior de classe
mundial para a fileira da cadeia
global da carne de porco. A PIC
combina a ciência quantitativa
com a biotecnologia de última
geração para desenvolver os
seus animais reprodutores, com
o objetivo de satisfazer e maximizar a rentabilidade dos nossos clientes. A empresa, uma
divisão da Genus plc, foi fundada
em 1962, opera em 30 países e
em 6 continentes. www.pic.com
> Porque os leitões LevuceLL® SB
asseguram um bom retorno do investimento!
Levedura viva para porcas e leitões
Sim! O uso de Levucell® SB é a melhor forma de rentabilizar
a produção.
Levucell® SB garante ao produtor um excelente retorno
do investimento, melhorando os parâmetros zootécnicos
como o número de leitões desmamados, o peso da ninhada
ou a eficiência alimentar.
64 por
suinicultura
Distribuido
:
Tel : +351 243 329 050 - Fax : +351 243 329 055
www.lallemandanimalnutrition.com
57
© Lallemand - LSB_ADfp_QA1_Por_0413
Por que há leitões que
têm a cauda diferente?
anatomical
ive boar at
gittal and coronal
EMPRESAS
DEBAIXO DA PELE DE UM PORCO
A Utilização da Tomografia Computorizada no programa de melhoramento genético da Topigs Norsvin
A Tomografia Computorizada (TC) é uma
tecnologia não invasiva
de imagem em que se
utiliza uma fonte e um
detetor de raios X que
são movidos circularmente em torno de um
objeto e os sinais recebidos são reconstruídos
por um computador
para formarem imagens
digitais. Estas imagens
podem ser aglomeradas
e utilizadas de modo a
apresentar o objeto em
vários planos. Os vários
planos ou dimensões
podem ser transversais
(de cima para baixo),
frontais (da frente para
trás) ou sagitais (de um
lado a outro). Uma vez que a TC é um método não invasivo, esta tecnologia pode ser utilizada para obter informação sobre o interior de um objeto
fechado sem ser necessário abri-lo ou destruí-lo. Este é o método preferencial para avaliação de objetos vivos tais como suínos em programas de
melhoramento genético. Outros exemplos de métodos não invasivos são
os ultrassons e a espectroscopia de infravermelho próximo que fornecem
informação adicional acerca do objeto.
A técnica de TC é baseada na atenuação dos raios X em diferentes tecidos
ou objetos. A atenuação dos raios X está relacionada com a densidade do
tecido ou objeto, isto é, o tecido ósseo constituído por minerais de grande
densidade absorve mais raios X em comparação com o tecido adiposo,
cuja densidade é menor. Esta relação também é válida para os ultrassons,
onde as ondas de som são absorvidas e atenuadas proporcionalmente à
densidade dos tecidos. Esta atenuação dos raios X é utilizada para produzir imagens digitais, em que cada pixel representa a atenuação média dos
raios X no quadrado de pixel. Nas imagens, que são geralmente apresentadas numa escala de cinzentos, os tecidos de alta densidade terão cores
mais próximas do branco e os tecidos de baixa densidade terão cores
mais próximas do preto. Estas diferenças na escala de cores são utilizadas
para classificar os diferentes tecidos e para estimar a composição de um
objeto, tal como a composição de carne magra de um porco, e permitem também obter medidas sobre qualidade de carne e estrutura óssea.
Contudo, a utilização da escala de cinzentos por si só não nos mostra a
Brosjyre_CT_eng_0713_USLetter_0813.indd 2
14.08.13 11:47
imagem toda: é também necessário relacionar os valores da escala de
cinzentos com a posição anatómica da estrutura avaliada, através de métodos de matemática morfológica, uma vez que existem órgãos internos
que têm a mesma densidade – e consequentemente a mesma cor – que
tecido muscular.
As imagens abaixo mostram algumas das possibilidades que a TC permite em áreas como o melhoramento genético de suínos e o diagnóstico
clínico veterinário. Para melhor compreender os animais da Topigs Norsvin, a empresa focou-se nas três seguintes áreas de estudo com recurso
à utilização da TC.
1 Estimativa da composição corporal
Caracteres como a percentagem de carne magra, rendimento de carcaça,
profundidade de lombo e outros cortes principais, são objeto de estudo.
Isto é feito através de um método completamente automático que calcula
a composição das estruturas baseando-se em imagens em diferentes planos e que as classifica em diferentes tecidos.
2 Estimativa da qualidade de carne
São também avaliados caracteres como a gordura intramuscular e o nível
de saturação dos ácidos gordos, tomando como base a textura da carne
magra e do tecido adiposo. Podem existir algumas difi
culdades na ob3D representation of a pig at
3D image of pig lungs.
tenção de medições exatas nestes caracteres devido a220movimentos
dos
lbs.
animais durante o exame (ruído).
3 Robustez / Saúde / Diagnóstico clínico por imagem
Estes caracteres são obtidos através de uma abordagem mais tradicional,
utilizando a experiência do diagnóstico por imagem da medicina humana. As imagens 3D, combinadas com operadores experientes ou com radiologistas/veterinários, fornecem uma sólida informação do estado de
saúde e da condição física do animal objeto de estudo. As claudicações
são um exemplo de uma patologia
que pode
ser reduzida
através
da utiFor estimation
of dressing
or killing-out
percentage,
lização da TC.
it is important to obtain as accurate a measure as
possible using classification of tissues based on pixel
values and morphological operations. There seems
Todas as imagens recolhidas são
guardadas e os dados recolhidos no pasto be a trade-off between computational speed and
sado podem ser utilizados à luz
dos novos
conhecimentos.
Istorequirements
permite à
accuracy,
and we
try to balance these
as bestmais
as wepoderoso,
can.
Topigs Norsvin um motor genético
uma vez que a informação recolhida anteriormente
pode ser usada para o cálculo de valores
By using the digital images from a CT-scan, we can
genéticos para novos caracteres.
Esta
utilização
daofTC
no –programa
deor
use the
power
of isotropy
pixels
pixel squares
cubes (voxels),
these
are uniform
in size
– to represent
melhoramento genético da Topigs
Norsvin
representa
uma
ferramenta
única que permite avaliar individualmente cada candidato para seleção.
CT images in different anatomical
planes. The object is a live boar at
220 lbs. Transverse, sagittal and coronal
plane.
Imagens de TC em diferentes planos
3D representation of a pig at
anatómicos. O objeto
é umofvarrasco
3D image
pig lungs.
Representação
3D de
lbs.
The figures in this brochure show some of the possibilities when using CT220
for pig
breeding and veterinary
vivo de
100kg de peso. Plano transverdiagnostic imaging. To better understand Norsvin genetics, Norsvin focuses on the following three fields of
um suíno de 100kg
study using CT:
sal, sagital e frontal.
1
2
Estimation of body composition
Traits like lean meat percentage, killing-out
percentage, yield of bacon and other primal
cuts will be subject to study. This is based on
a fully automatic method which computes and
estimates the composition based on images in
different planes and classification of tissues.
Estimation of meat quality
Traits like intramuscular fat and the level of saturation of fatty acids based on texture in lean
meat and fat tissues are also measured with
CT. There may be some restrictions on how
to obtain an accurate measure of these traits,
limited by differences in density, pixel size and
movement of animals during scanning (noise).
3
Robustness/health/veterinary
diagnostic imaging
These traits are obtained by a more traditional
approach, using experience from human diagnostic imaging. 3D imaging combined with
trained operators or radiologists/veterinary
surgeons or physicians will provide solid documentation of the general health and condition of
the animal subject for study. Exterior traits and
lameness are some examples which may be
improved by using CT and diagnostic imaging.
For estimation of dressing or killing-out percentage,
it is important to obtain as accurate a measure as
possible using classification of tissues based on pixel
values and morphological operations. There seems
to be a trade-off between computational speed and
accuracy, and we try to balance these requirements
as best as we can.
There are many ways of using CT. The sky is the limit. For now, Norsvin will continue to focus on these three
main fields of study.
58
show some of the possibilities when using CT for pig breeding and veterinary
er understand Norsvin genetics, Norsvin focuses on the following three fields of
By using the digital images from a CT-scan, we can
3D representation with a transRepresentação
3D com
verse
section in the belly
highlighted.
Thetransversal
image clearly
um corte
shows the two loins (m.
no abdómen destacalongissimus) on each side of
do.
A imagem
the
spinal
column. In mostra
the body
cavity you see the internal
claramente os dois lomorgans (liver to the left and
bos intestines
(m.longissimus)
small
to the right. em
The
aircada
pocketlado
above da
is the
lungs.
espinal
3D representation with a trans3D representation
of the back
leg um
and pelvis.
Different
gray value
Representação
3D com
Representações
3D de
membro
posterior
e
verse
and coronal section.
Theintervals
as selected (windowing). The image to the left shows a
tenderloin
andtransversal
pelvis is clearlywiderpélvis.
um corte
Nas
duasand
imagens
estão
selecionadas
gray value
window,
we observe
some
variation in color
visible.
which is related to the density of bone and cartilage. These
e um corte frontal.
diferentes escalas de cor. A imagem da esquerare measures which might help us describe the strength and
Osso pélvico e lombo condition
da of
mostra
uma mais ampla janela na escala
the pig legs.
claramente visíveis
de cinzentos e é possível observar alguma
variação na cor que está relacionada com as
diferentes densidades do osso e cartilagem.
Estas medições ajudam-nos a avaliar a força e
condição das patas dos suínos
medula. Na cavidade
abdominal é possível
Brosjyre_CT_eng_0713_USLetter_0813.indd
ver os órgãos internos
(fígado,
intestinos
e
the object in all directions and planes. Rotation of
these 3Dpulmões)
images are highly valuable in presenting the
actual object in virtual space.
All images are stored and historical data can be used
in a new way. This will give us a stronger and more
powerful genetic engine, where we are able to use
previous data or images from animals for estimation
of breeding values for new traits. This is Norsvin’s
5
EMPRESAS
A NOVA IDENTIDADE VISUAL DA IBERSAN
Um novo logótipo e uma nova assinatura
Para melhor transmitir as suas diferenças, a IBERSAN evoluiu.
Assim, foi criada uma nova identidade gráfica e de comunicação,
sendo esta comum a todas as empresas do Grupo CCPA. Desta
forma, o reconhecimento torna-se mais fácil, legível e visível.
san e do Grupo CCPA foi feita na 22º Feira Nacional do Porco, no
Montijo, em Setembro 2014, tendo sido muito bem recebida e
apreciada por todos.
O novo logótipo reflecte a ambição em ser uma marca e um parceiro de referência, no acompanhamento e no desenvolvimento
dos seus clientes.
A nova assinatura “A nossa experiência, a sua eficiência”, exprime em simultâneo a elevada cultura técnica da IBERSAN e do
Grupo CCPA, e a forma com a qual trabalham com os clientes:
com elevada proximidade, colaboração, com transparência, com
um objectivo de co-construção.
A assinatura traduz igualmente a vontade de apresentar soluções eficazes e válidas, do laboratório à exploração, com o
3D representation with a trans- 3D representation with a transobjectivo deverse
contribuir
para a melhoria da competitividade dos
verse section in the belly
and coronal section. The
highlighted. The image
clearly
tenderloin and pelvis is clearly
clientes.
shows the two loins (m.
visible.
longissimus) on each side of
the spinal column.AInprimeira
the body
apresentação,
cavity you see the internal
organs (liver to the left and
small intestines to the right. The
air pocket above is the lungs.
A nossa experiência, a sua eficiência
NUTRIÇ
IÇÃO
Ç ÃO
ANIMALL
Investigação
INSEMINA
NAÇÇ ÃO
ARTIFICIALL
HIGIENNE E
DESINFECÇÃ
ÇÃO
Inovação
M TERIAI
MA
AISS E
EEQUIPAMENT
NTOSS
Segurança
Ibersan | Casal Vale Medo | Apartado 68 | 2534 - 909 Lourinhã
Tel. : (+351) 261 416 450 | www.ibersan.pt | [email protected]
em Portugal, do novo visual da Iber-
the object in all directions and planes. Rotation of
these 3D images are highly valuable in presenting the
actual object in virtual space.
All images are stored and historical data can be used
in a new way. This will give us a stronger and more
powerful genetic engine, where we are able to use
previous data or images from animals for estimation
of breeding values for new traits. This is Norsvin’s
unique advantage in utilizing CT in pig breeding
directly on each candidate or pig subject for selection.
3D image of bones in the pelvic area. Spinal column (top), pelvis
(left) and last ribs (right).
14.08.13 11:47
59
PRÓXIMOS EVENTOS
FIPPPA - FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO E
PROCESSAMENTO DE PROTEÍNA ANIMAL
para o visitante”, destaca a diretora da Gessulli Agribusiness, Andrea Gessulli.
Na FIPPPA, expositores e visitantes irão minimizar seus custos com infraestrutura, transporte, hospedagem e alimentação,
pois toda a cadeia estará reunida em um só local.
Fusão: AveSui América Latina e Tecno Food Brazil agora são a
Feira Internacional de Produção e Processamento de Proteína
Animal (FIPPPA)
Principal ponto de encontro da cadeia de proteína animal de
2015 está agendado para os dias 28, 29 e 30 de Abril de 2015 no
Expo Trade Convention Center em Curitiba ( PR).
Diante de um mercado promissor e crescente no mundo, a cadeia de proteína animal brasileira e latino-americana clamava
por um novo espaço, mais grandioso, que atendesse as necessidades de todos os elos que compõe este setor.
De olho nesta movimentação respaldada em sua vasta experiência na organização de eventos setorizados, a Gessulli Agribusiness, organizadora da AveSui América Latina, e a G5 Promotrade, organizadora da Tecno Food Brazil, uniram esforços
para criar um novo ponto de encontro para a cadeia de proteína
animal.
Um novo evento, completo e horizontal, que envolvesse desde a produção ao processamento, do campo à mesa. AveSui e
Tecno Food Brazil se unem e agora são a Feira Internacional de
Produção e Processamento de Proteína Animal – FIPPPA, que
terá sua primeira edição em Curitiba, Paraná, nos dias 28, 29 e
30 de Abril de 2015 no ExpoTrade Convention Center.
A Feira será realizada de forma bienal, atendendo assim uma
antiga reivindicação de representantes dos mercados de aves,
suínos e leite e que pediam um evento coeso, completo e bienal.
Com apoio da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria
Alimentícia, Farmacêutica e de Refrigeração Industrial, e outras
das principais entidades deste setor, a FIPPPA marca a união
de esforços de duas empresas conceituadas na organização de
feiras de grande porte para que visitantes e expositores possam multiplicar seus negócios.
Este é um momento mais do que especial para todo o mercado
brasileiro e latino-americano de produção e processamento de
proteína animal. “Inovamos para criar um evento diferente de
tudo o que foi visto até agora no mercado brasileiro.
Com a nova estrutura da FIPPPA, teremos toda a cadeia reunida em um único evento, completo tanto para o expositor quanto
60
Será também uma oportunidade para todos os fornecedores
da cadeia de produção de proteína animal estarem juntos promovendo o intercâmbio de ideias e a sinergia existente entre
produtos e equipamentos, visando melhorias para todos os
produtores.
Seminário Técnico Cientifico Além do novo espaço para a promoção da feira de negócios, a FIPPPA dará continuidade ao excelente trabalho desenvolvido durante as edições da AveSui no
Seminário Técnico Científico de Aves e Suínos, promovendo atualização técnica e a especialização através de seus workshops,
palestras inéditas, cursos práticos e com a presença de renomados palestrantes do Brasil e do exterior.
Estudantes e jovens profissionais que buscam melhorias práticas aplicáveis em seu dia-a-dia, seja na produção ou na indústria terão na FIPPPA também seu espaço.
Tudo isso acompanhado de perto por seus organizadores e pela
coordenação das principais universidades e entidades do setor.
Soma a isso a 3ª edição do Prêmio Pesquisador e Jovem Profissional organizados pelo Instituto Oswaldo Gessulli que também será ampliado, assim como está ocorrendo com o próprio
evento.
“Atuamos há mais de 25 anos em prol da avicultura e da suinocultura, de forma simultânea, na América Latina. Promovemos
informações, organizamos eventos e fomentamos os setores.
Temos atingido ano-a-ano todos os elos destas cadeias de forma abrangente, criando desta forma uma relação duradoura
com todos os representantes da avicultura e da suinocultura,
do pequeno produtor à agroindústria, do acadêmico ao renomado pesquisador.
Este estreito relacionamento faz da Gessulli Agribusiness referência em negócios e inovações dentro do agronegócio brasileiro.
Esta ‘bagagem’ certamente fará toda a diferença com o surgimento da FIPPPA.
Um marco que deve solidificar ainda mais a presença da empresa em sua constante luta ao lado da cadeia da proteína animal”,
explica Andrea Gessulli.
Um novo evento está surgindo.
Saiba mais em www.fipppa.com
PRÓXIMOS EVENTOS
A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura (IAAS - UTAD) irá
realizar nos dias 13 e 14 de Março de 2015 as VIII Jornadas Internacionais
de Suinicultura na Aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro em Vila Real.
Ao longo dos dois dias, o evento será organizado em sessões que irão abordar variados temas, como por exemplo: Nutrição, Ambiente, Reprodução,
Maneio, Bem-Estar Animal, Instalações e Equipamentos e Sanidade Animal.
Com a realização destas jornadas pretendemos fomentar a troca de ideias e
conhecimentos entre a comunidade científica nacional e internacional, estudantes universitários, empresários e produtores nesta área, tendo sempre
como objectivo que estas Jornadas continuem a ser um importante fórum
de debate e reflexão sobre os problemas e ânsias com que se debate o sector.
Mais informações em suinosiaas.utad.pt ou através do e-mail: [email protected]
17/20 Março 2015
Fima Ganadera
(http://www.feriazaragoza.es/fima_ganadera.aspx)
28/30 Abril 2015
FIPPPA - Feira Internacional de Produção
e Processamento de Proteína Animal
29 Abril/3 Maio 2015
OVIBEJA
23 e 34 de Junho de 2015
Caldas da Rainha
VII Congresso Nacional deSuinicultura
Organização: FPAS
61
NOTICIAS
A SUINICULTURA
NA UNIÃO EUROPEIA
Miguel Viegas *
O setor suinícola europeu vive hoje numa encruzilhada cujo desfecho
não é fácil prever. A União Europeia, com uma produção à volta de 23
milhões de toneladas, representa a segunda grande zona de produção, atrás da China (50 milhões de toneladas), que representa cerca
de metade da produção mundial. Atrás seguem os Estados Unidos e o
Brasil. Temos assim, ao nível do mercado mundial um grupo de países
exportadores incluindo o Canadá, Brasil, a União Europeia e os Estados
Unidos, depois a China numa lógica de autossuficiência e finalmente
um grupo de países importadores onde incluímos a Coreia do Sul, o
Japão e a Rússia (antes do atual embargo).
Na Europa, o sector suinícola tem enfrentado diversas dificuldades,
com uma diminuição acentuada da sua rentabilidade que decorre de
vários fatores. A crise afetou a procura dos consumidores. A concorrência internacional aumentou, num quadro onde a produção diminui
ligeiramente na Europa, aumentou na China e nos Estados Unidos, e
no qual acresce a valorização do euro face ao dólar. Assistimos igualmente nos últimos anos a uma forte pressão ao nível do custo das
principais matérias-primas alimentares com reflexo no custo alimentar que continua a representar cerca de 60% do custo total. Note-se
ainda que esta instabilidade dos preços das matérias-primas (sobretudo os cereais e a soja) tem registado uma evolução em oposição de
fase com o preço do porco. Com efeito, enquanto tradicionalmente, o
preço das matérias-primas e da carne de porco evoluíam em paralelo,
verificamos empiricamente que, a partir de 2004, a alta do preço dos
cereais e da soja coincide no tempo com uma baixa no preço do porco,
secando a tesouraria de muitos agentes que enfrentam dificuldades
para amortizar os seus investimentos, muitos deles para dar resposta
a novas disposições regulamentares, seja ao nível do bem-estar animal seja ao nível ambiental.
Finalmente, temos ainda a pressão ambiental com especial incidência
na Europa onde assistimos no mesmo período a alterações profundas
ao nível da estrutura produtiva. Muito embora de forma diferenciada, tem havido uma concentração da produção com um crescimento
significativo do efetivo médio por exploração. Com exceção da Bretanha onde persiste ainda o modelo cooperativo que reúne pequenas e
médias explorações familiares, vimos nascer na última década grandes grupos privados: o grupo Vion na Holanda que representa 55% dos
abates daquele país, o grupo Danish Crown na Dinamarca onde é responsável por 85% dos abates, o grupo alemão Tonnies Fleisch (24 %
dos abates alemães) ou ainda o grupo espanhol Proinserga-Primayor
(9% dos abates espanhóis). Outro dado relevador está na dimensão
transnacional de alguns grupos em função de uma estratégia de crescimento além-fronteiras. Foi o caso da compra das estruturas Nord
Fleisch e Sud Fleisch pela Vion ou da aquisição da D&S Fleisch alemã
pela Danish dinamarquesa.
É neste quadro que importa situar o setor suinícola nacional, num mercado integrado europeu, no qual o desafio da competitividade assume
uma importância crucial. Um desafio com múltiplas dimensões, mas
relativamente ao qual destaco quatro: a dimensão genética, alimentar,
ambiental e sanitária. Destaco estas, e não outras, por entender que as
mesmas poderão ser fortemente condicionadas pelas decisões do Parlamento Europeu. O desafio genético é da maior importância, seja ao
nível da prolificidade das porcas sejam ao nível da conversão alimentar dos porcos de abate. Está já anunciado o propósito da Comissão
62
em avançar com uma proposta de regulamento zootécnico onde estas
questões ao lado de outras que têm de ver com a preservação das nossas raças autóctones podem ser de grande importância para o setor. A
questão alimentar é decisiva, existindo neste momento vários processos legislativos em curso. A possibilidade de utilização das farinhas de
carne na alimentação dos suínos mereceu já uma intervenção nossa
em articulação com a FPAS. A questão das fontes proteicas e a excessiva dependência da soja está igualmente na agenda da Comissão. O
desafio ambiental está igualmente na ordem do dia. Não cremos que
esta seja uma questão premente em Portugal em comparação com a
Holanda ou a Dinamarca ou ainda em certas regiões da Bretanha. Contudo, teremos que estar muito vigilantes e impedir que seja a suinicultura nacional a pagar pelas cargas excedentárias existentes daquelas
regiões da Europa, mas que nada tem a ver com os problemas existentes em Portugal. Temos no nosso país solos carentes em matéria orgânica e deverá ser este o ponto de partida para qualquer estratégia de
desenvolvimento sustentável. Uma referência à questão dos resíduos
e designadamente dos cadáveres dos animais relativamente para a
qual é necessário trabalhar para encontrar uma solução de curto prazo
que seja economicamente comportável. Finalmente o desafio sanitário, num momento em que já existe uma proposta de regulamento de
sanidade animal que pretende reunir legislação espalhada em centenas de diretivas avulsas. O propósito é meritório e exigirá de nós toda
a atenção. Tivemos no passado um conjunto de doenças com enormes
impactos económicos nas nossas explorações. Depois das pestes, foi
o PRRS chamado inicialmente de doença do aborto azul. Depois veio a
circovirose. Outras virão a caminho. Persiste a necessidade de concluir
o processo de erradicação da Doença de Aujeszky. São igualmente necessárias soluções inovadoras para lidar com o estatuto sanitário das
explorações num quadro de previsível restrição ao uso de antibióticos.
A segregação física entre maternidades, recria e engorda, igualmente
chamada de exploração multi-sítio pode ser uma solução interessante,
com experiências já concretizadas a demonstrar que os suinicultores
procuram sempre estar na fronteira da inovação e do conhecimento.
Sabemos todos que a situação não está fácil. A suinicultura nacional
não poderia ser a exceção. Contudo, a história recente comprova que
este sector, que nunca beneficiou dos subsídios da PAC, sempre conseguiu vencer os grandes desafios, emergindo com novas soluções
inovadoras. Importa contudo não abusar da sorte. O caminho não se
fez sem sangue. Muitas empresas ficaram pelo caminho. Perdemos
a autossuficiência que tivemos em tempos. Num momento em que
começa uma nova PAC e um novo programa quadro, pensamos que
é justo que o governo olhe para este setor da mesma forma com que
olha para outros setores ditos estratégicos. A bem de Portugal.
Médico veterinário e economista
Deputado do PCP no Parlamento Europeu
NOTICIAS
VI Congresso Nacional de Suinicultura | intervenções
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE LEIRIA
UMA SOLUÇÃO PIONEIRA
Efetivamente a carne de suíno tem
Estas variações também se verifi‑
gina. Quanto mais escura for a carne
mais elevados são os teores de vitami‑ uma composição excecionalmente va‑ cam a nível individual, dependendo do
liosa, especialmente rica em macro‑ estado de acabamento (ceva ou en‑
nas do complexo B, ferro e zinco.
No caso das carnes de suíno os te‑ nutruientes nobres de elevada digesti‑ gorda) de cada suíno que é abatido
para consumo.
ores de mioglobina variam também de bilidade (quadro 2).
Em termos energéticos as carnes
músculo
para
músculo:
os
músculos
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou esperar
que
a
construção
da
estação
de
tratamento
de
efluentes
suiníQuadro 2. Composição média da de suíno magras possuem um valor
da cabeça, pescoço e membro anterior
colasmuito
(ETES)mais
de Leiria
seja
uma
"solução pioneira
carnee inspiradora".
obtida de suínos (valores/100 g calórico equivalente à carne de borre‑
são
ricos
em
mioglobina
O contrato de financiamento aprovado pelo Proder - Programa
go magra e não é muito superior ao
de carne)
(mais
escuros) do que
músculos
de Desenvolvimento
Rural,os
que
foi agora entregue
formalmenpeito de frango (quadro 3).
lombares
do membro
posterior.
E
te a todos ou
os parceiros,
"é um
passo estruturante
e fundamental paraabsolutos
que seja desta
que odeassunto
termos
o teores
mioglo‑se resolva", disse a goTeor
vernante, em Leiria. Assunção Cristas sublinhou
que a garantia
Parâmetro
Und.
Variação
Quadro 3. Composição centesimal
bina nas carnes de suínos estão com‑
Médio
do financiamento "não é ainda o fim" de todo o processo, pois
relativa
de “carnes vermelhas” e
preendidos
num
intervalo
que
coinci‑
este só culminará "quando se realizar a inauguração
Kcal
188
115 ‑ 214
Energia da ETES".
“carnes
brancas”
A governante
espera
que amédios
estação de
seja "uma
dem
com os
teores
detratamento
g
20,0
8,9 – 23,8
Proteina total:
solução sólida,
sustentável"
mioglobina
dasdefinitiva
carnes ebrancas
e oe "que traga de volta o
3,20 2,70 – 3,81
bom nome do setor da suinicultura". "Esperoazoto
que total
esta soluçãog
mínimo
das carnes vermelhas (vitela).
Parâmetros/ Porco
Vaca
Borrego Frango
de Leiria seja pioneira e inspiradora para outras
áreas.
12,0
2,8 – 42,3
Lípidos
totais:Esperog
100g
(magra)
(magra)
(magro) (peito)
Neste
contexto
será
de
alguma
forma
que estejamos no início do fim da resolução ácidos
deste gordos
problema e
g
4,40
que
possamos
ter
uma
solução
que
possa
ser
usada
noutras
uma arbitrariedade incluir as carnes
saturados
Energia (kcal) 124
175
124
108
regiões
e ser
exportada",
salientou a ministra da Agride
suínodonopaís
grupo
das
carnes verme‑
ácidos gordos
Água (g)
72,2
67,4
73,6
73,8
g
5,08
cultura. Foi aprovado um financiamento de 45
por cento do investimento,
orçado em 21 milhões de euros. "O consórcio que está
monoinsaturados
lhas.
Proteína de
(g) ter21,8
24,1
a dedicar-se a esta matéria vai poder lançar o concurso público internacional, com o conforto
45% de21,7
verba a 19,7
fundo perdido
ácidos gordos
A mioglobia
é uma proteína
que se Cristas.
g
1,34 seis meses, a contar
financiado
pelo Proder",
explicou Assunção
Os
promotores
têm
da
data
da
assinatura
do
contrato,
Gordura
(g)
4,0
9,8
5,0
1,2 para
polinsaturados
lançar o concurso
internacional.
Caso
não o façam, irão perder o apoio. "A parte do Estado está feita. Agora, cabe aos privados o
desnatura
a temperaturas
a partir
dos
Hidratos
concurso público internacional para terem as
propostas e refazerem
g
0 as suas contas do ponto de vista da sustentabilidade finan74 ºC. No caso das carnes de suíno a
de carbono
As proteínas
de suíno
ceira do projeto. Queremos uma solução que seja estável, duradoura e sólida de todos os pontos
de vista e, da
por carne
isso, continuaremos
confeção
culinária
transforma
a
cor
da
g
1.0
Cinzas
totais
possuem
na
sua
composição
todos os do
a acompanhar e a monitorizar esta matéria", avisou. O presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, acredita que a assinatura
contrato
detonalidades
financiamento
Proder
possa Água
trazer mais "qualidade
de vida"
aos
cidadãos.
carne
para
quedose
aproxi‑
g
68,3
63,5
– 72,0
aminoácidos indispensáveis ao orga‑
Considerando
tratar-se
"obra decisiva", Raul Castro entende que a ETES, "ao mesmo tempo que garante a qualidade ammam
do branco,
devidodeàuma
desnatura‑
nismo humano – o que significa que
biental", permite "a continuidade das suiniculturas, setor de atividade de primordial importância ao nível do tecido socioeconómico
ção
da
mioglogina.
A composição
das carnes são de “alto valor biológico” (quadro
da região e do país, que assegura um número
assinalável decentesimal
postos de trabalho".
sempre
que para
surgem
ma‑ umdos
suínostão
têm
acentuadas
4.). Este
Entre
os dia
ácidos
aminados
devem
"DePortanto,
facto, mais
de 20 anos
resolver
problema
grave
como estevariações
é muito tempo.
é um
que pode
tornar-se
histórico. Para isso,
que todos
honremos aqui
noani‑
contrato
e
que
este
dia
não
seja
lembrado
apenas
nifestações
quebasta
depreciam
a inclusão
que os
sãocompromissos
dependentes plasmados
da idade dos
destacar‑se pelo seu teor excecional‑
como
maisvermelhas
uma etapa na
num
processo
sem aparente fim à vista", acrescentou o autarca.
de
carnes
dieta
humana
mais (os leitões têm mais água e me‑ mente elevado a Lisina, a Leucina, o
O protocolo envolve o ministério, a SIMLIS, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis, as autarquias
deve
ter‑se Porto
em consideração
quebem
as como
nosasgordura
e proteína),
da- raça
(asFomentinvest
ácido Aspártico
e o ácido
Glutâmicopela
da Batalha,
de Mós e Leiria,
entidades
promotoras
Recilis,
e a Luságua
- responsáveis
carnes
de suíno
não são
objetiva e fac‑
raças autóctones têm, em regra, mais (quadro 4).
construção,
instalação
e exploração
da ETES.
A ETES do incluíveis
Lis, projetada
para
a freguesia degordura),
Amor, vaido
tratar
cercaalimentar
de 900 metros
cúbicos deOs
efluente
que, "a acrescer
aos 280
tualmente
nesse
grupo.
regime
(os por‑
ácidosdiário
animados
indispensá‑
m3 já instalados na ETAR Norte [estação de tratamento de águas residuais em Coimbrão, Leiria], irá perfazer uma capacidade total
A esse propósito, aliás, o que deve cos de montanheira têm mais ácidos veis presentes nas carnes de suíno
de 1.180 m3 por dia".Agrega mais de 400 explorações pecuárias em toda a bacia hidrográfica do rio Lis e abrange os concelhos de
ser
enaltecido
é, de
precisamente,
o gordos
insaturados) e da peça açou‑ apresentam um equilíbrio na sua pro‑
Leiria,
Batalha, Porto
Mós, Marinha Grande
e Pombal.
Ao nosso vice-Presidente,
David Neves,
lutador
causa
apresentamos
os nossos
desejos que no
contrário,
ou seja, as virtudes
nutri‑ o grande
gueira (o
lombopor
deesta
porco
tem mais
pro‑ porção
que parabéns
os tornae os
especialmente
mais
curto
espaço
de
tempo
possível
consiga
concretizar
este
velho
sonho
cionais e até nutracêuticas das car‑ teína e menos gordura; O toucinho tem aptos para completar e equilibrar as
nes de suíno.
mais gordura e muito menos proteína). carências existentes na composição
suinicultura
35
63
NOTICIAS FPAS
PLANO DE ACTIVIDADES
FPAS 2015
António Simões Monteiro
SECRETÁRIO-GERAL
+351 917 274 453
[email protected] | Skype: suinicultura.portugal
Ao finalizar o ano de 2014 teremos que reconhecer que as perspetivas apontadas há um ano atrás, no que diz respeito à rentabilidade
da atividade não se concretizaram por razões de todos conhecidas. No
entanto, apesar da crise que assolou o sector a nível europeu, em sequência do embargo russo, antevemos que o 2015 possa vir a ser um
ano de recuperação assim os países com maior componente exportadora consigam desviar o seu produto para outros destinos.
Por outro lado, 2015 será o 1º ano de aplicação plena do PDR 2020, para
o qual a FPAS preparou diversas candidaturas com especial incidência
nos protocolos assinados com o INIAV, EDIA, UTAD e Universidade de
Évora e no trabalho a ser desenvolvido no âmbito do LGPS e LGMA.
Com base nestes pressupostos vimos apresentar à Assembleia Geral
da FPAS a seguinte proposta de Plano de Atividades para 2014:
Dar seguimento às já tradicionais atividades que vimos desenvolvendo
há vários anos:
• Edição de 4 números da Revista Suinicultura, que em 2015 contemplará a edição de um número especial, em junho;
• Melhoramento do portal www.suinicultura.com, sempre em paralelo
com a edição semanal da newsletter e também com a página de facebook, a qual em pouco mais de 9 meses já conta com cerca de 1000
inscritos;
• Organização de uma série de Sessões de Esclarecimento, única forma reconhecida de interligação com as Associações Federadas e com
os produtores seus associados. Estas sessões, por razões estratégicas
relacionadas com a recolha de apoios empresariais, deverão, tal como
tem acontecido em anos anteriores, ter lugar em Março/Abril;
• Organização do VII Congresso Nacional de Suinicultura a ter lugar nas
Caldas da Rainha, a 23 e 24 de Junho.
Para além do atrás descrito e como complemento, propomo-nos ainda:
Av. António Augusto de Aguiar, 179 - 1050-014 Lisbo
6. Idêntico posicionamento adotaremos em
relação a todo o processo
Portugal
T: +351
213879949 | F: +351 213883177 | M: +351 917
relacionado com a problemática da gestão de
efluentes;
www.suinicultura.com
7. Continuar a desenvolver esforço no sentido de conseguir obter uma
alternativa credível ao SIRCA - Sistema Integrado de Recolha de Cadáveres.
8. Continuar a colaborar com o Grupo de Trabalho denominado “Plano
de ação nacional para a redução do uso de AB nos animais”, liderado
pela DGAV;
9. Continuar a trabalhar em interligação com a CONFAGRI com especial
enfoque nas possíveis candidaturas da FPAS no âmbito do PDR 2020;
10. Apoiar e participar ativamente nas atividades das associadas, particularmente as que tem maior visibilidade pública como por exemplo:
Ancsub (Feira do Fumeiro), Sagran (Santiagro), Acpa e Ancpa (Ovibeja,
Feiras de Santarém, de Garvão, de Portel, de Ourique, etc);
11. Continuar a apoiar o trabalho desenvolvido pelo LGPS (Raças Exóticas) e pelo LGMA, agora da responsabilidade da FPAS, dando especial
atenção à consolidação das candidaturas ao PDR 2020;
12. Continuar a desenvolver todos os esforços no sentido de finalmente concretizar a criação do FILPORC – Interprofissional da fileira da carne de porco, apoiando as ações que venham a ser propostas pela sua
Direção ;
13. Por fim, a nível internacional,
a. Continuar a trabalhar em conjunto com a nossa representação no
COPA-COGECA onde, em 2015 continuaremos a deter a presidência do
Grupo de trabalho da carne de porco;
b. Alargar sempre que possível a nossa presença nas reuniões técnicas
a terem lugar em Bruxelas;
1. Continuar a defender o conceito de “Segmentação de ciclo”, promovendo a sua divulgação;
c. Participar, sempre que possível, nas reuniões do IMPA, EPSPA, ANAPORC, etc. através da presença de pelo menos um Diretor nesses fóruns;
2. No âmbito do PDR 2020, participar ativamente nos Grupos Operacionais criados pelo INIAV (efluentes, sanidade, raças autóctones, etc);
d. Participar nas atividades da edição de 2015 da FIGAN, Feira Internacional para a Produção animal, ater lugar em Saragoça, em Março
3. Promover a criação da versão portuguesa do BDPorc, organizando
no início de 2015 uma reunião exploratória para a qual serão convidados representantes dos maiores grupos de produção, bem como os
representantes das maiores empresas do sector farmacêutico;
e. Participar ativamente nas diversas atividades da OIPORC, agora com
responsabilidades acrescidas, na sequência da eleição como “Secretário” da Junta Diretiva que governará aquela organização no triénio
2014/2017.
Neste contexto deveremos preparar com a devida antecedência a presença da FPAS no IV Congresso OIPORC que terá lugar em Setembro
próximo.
4. No âmbito do PCEDA, participar e incentivar o trabalho a desenvolver
no âmbito da respetiva Comissão de Acompanhamento, liderada pela
DGAV;
5. No âmbito dos temas relacionados com o ambiente, continuar a
acompanhar o trabalho desenvolvido em torno do NREAP, quer diretamente quer através da Confagri;
64
Lisboa, 17 de Dezembro de 2014
A Direção
65
NOTICIAS FPAS | ACTIVIDADES 4º TRIMESTRE 2014
OUTUBRO
05/07 – Reunião Outono do IMPA – Salszburgo
07 – 1ª Sessão de Negócios Japão/Portugal
10 – Reunião de Direção FPAS – Presença do Eurodeputado Miguel Viegas
15 – Assembleia Geral da OIPORC – Riviera Maya - México
16/18 – XIII Encontro Nacional de Porcicultura – Riviera Maya – México
28 – 5º Congresso FIPA
29 – Reunião com DGAV
29 – Reunião de Direção FPAS
29 – Assinatura Notarial FILPORC
NOVEMBRO
04 – Reunião Associação Portuguesa de Imprensa
04 – Reunião GPP – PDR 2020
05 – Reunião Intermunicipal – C. M. Cartaxo
05 – Reunião suinicultores – SIRCA – Montijo
06 – Reunião DGAV – SIRCA
07 – Encontro Nacional de Técnicos Confagri – Fátima
12 – Reunião de Direção FPAS
12 – Reunião com Universidade de Évora – Parceria PDR 2020
12 – Reunião com Eng. Nuno Russo – Gestor Bolsa de Terras
12 – Reunião FILPORC – Apresentação de proposta Agroges
12 – Reunião SPORMEX – Feira Nacional do Porco
14 – Dia Nacional de Imprensa – Incentivos 2014/2020
17 – Reunião APCRPS/FPAS – Leiria – Encerramento da Associação
18 – Dia Aberto DGAV – Tapada da Ajuda
19 – Reunião Pres. C. M. Caldas da Rainha – VII Congresso Nacional de Suinicultura
19 – Visita às instalações do C. C. Congresso – Caldas da Rainha
20 – Presença na Gala Porc d’Or – Lérida
25 – Reunião contabilidade FPAS
Associações Federadas
FPAS
DEZEMBRO
01 – Preparação da Revista 106
01 – Reunião com MERIAL – Apresentação Plano de Atividades 2015
01 – Reunião com ZOETIS – Apresentação Plano de Atividades 2015
01 – Reunião com MSD – Apresentação Plano de Atividades 2015
02 – Presença na sessão SPCV – Entrega de prémios a alunos
03 – Reunião com TECADI – Apresentação Plano de Atividades 2015
03 – Assinatura Proder LGPS – DRAPLVT – Santarém
05 – Reunião com DGAV
09 – Reunião contabilidade FPAS
10 – Reunião de Direção FPAS
11 – Seminário IACA
12 – Reunião com CALIER – Apresentação Plano de Atividades 2015
12 – Reunião com ALLTECH – Apresentação Plano de Atividades 2015
15 – Reunião com REAGRO – Apresentação Plano de Atividades 2015
17 – Reunião de Direção FPAS
17 – Assembleia Geral FPAS
10/12 – Presença como expositores na Agroglobal – Valada – Cartaxo
17 – Reunião Comissão Organizadora da Feira Nacional do Porco
17 – Reunião de Direção FPAS
22 – Início de montagens da Feira Nacional do Porco
25 – Entrada de animais para exposição na Feira
26/28 – XXII edição da Feira Nacional do Porco
26 – Cerimónia Oficial de Abertura e visita de entidades oficiais
26 – Jornadas Técnicas
27 – Jornadas Técnicas (continuação)
27 – Workshop PCEDA
ANCPA - Associação Nacional
de Criadores de Porco Alentejano
Rua Diana de Liz - Horta do Bispo
Apartado 71 - E.C. Rossio.
7002-501 Évora
AARA - Associação dos Agricultores de
Alcobaça
ANCSUB - Associação Nacional de
Criadores de Suínos de Raça Bísara
ACPA - Associação Criadores de Porco
Alentejano
APAC - Associação de Agricultores
Agro-pecuários do Centro
ALISP - Associação Livre de Suinicultores
Portugueses
SAGRAN - Associação de Suinicultores
dos Concelhos de Santiago do Cacém,
Sines e Grândola
Rua de Leiria s/n
2460-045 Alcobaça
Rua Armação de Pera, nº 7 A
7670-259 Ourique
Rua Guerra Junqueiro, nº 2 - 1º
2870 Montijo
66
26 – Reunião de Direção FPAS
27 – Portugal Sou Eu – FIL Junqueira
28 – Reunião Técnica Topigs – Alcochete
Edifício Casa do Povo - Largo do Toural
5320 Vinhais
Praceta Artur Portela, lote 19 - loja 2
2400 - Leiria
Pinhal do Concelho
7540 Santiago do Cacém
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