Fausto Neves, piano Iniciando-se na Música com os seus pais, foi discípulo de Helena Costa, contactando a grande tradição pianística também com Robert Weizs, Harry Datyner e, em masterclasses, Sequeira Costa, Moura Castro, Josef Palenicek e Jörg Demus. Diplomado pelo Conservatório de Música do Porto, completou os seus estudos na Universidade Laval (Canadá) e no Conservatório de Música de Genève (Prémio de Virtuosidade), onde veio a leccionar, assim como no Conservatório de Sion, ambos na Suíça. Apresentando-se em público desde muito cedo, estreou-se aos catorze anos com a Orquestra Sinfónica do Porto, sob a direcção do maestro Silva Pereira. Desde então foi solista com os maestros Arpad Gerezs, Gunther Arglebe, Graça Moura, Álvaro Salazar, Kamen Goleminov, Fernando Eldoro, Marc Tardue, Ferreira Lobo, Philippo Zigante, Cesário Costa, António Lourenço e Pearce de Azevedo. É convidado frequente das mais importantes organizações e festivais de música nacionais, tendo actuado ainda na Suíça, no Canadá, em Espanha, na França, no Brasil e na Itália, e gravado para a RTP, RDP e TV Cultura (Brasil). Abarcando o seu repertório todas as épocas, tem dedicado especial atenção à divulgação da Música Portuguesa – estreando obras de Eduardo Patriarca, Amílcar Vasques Dias e Cândido Lima – e divulgado autores como Ramon Barce, Charles Griffes, Frank Martin ou Karol Szymanowsky. Em 2006, celebrando o centenário de Fernando Lopes-Graça, fez a estreia absoluta de “Música Festiva nº 20”, “Música Festiva nº 23”, da versão final de “Música Fúnebre nº 8” e da integral de “Música de Piano para Crianças”, nos inúmeros concertos que realizou, exclusivamente com obras daquele compositor. Colaborou com a violoncelista Gisela Neves (CD “Alla Danza”), com o pianista Álvaro Teixeira Lopes e, integrando o quarteto de dois pianos e percussão, com o pianista Pedro Burmester e com os percussionistas Miguel Bernat e Manuel Campos. É membro do Trio “Contrastes”, com o violinista Radu Ungureanu e o clarinetista Carlos Alves. Detentor do 1º Prémio do Concurso “Cidade da Covilhã”, entre outras recompensas, é regularmente convidado a integrar júris de concursos nacionais e internacionais, assim como a reger cursos de Interpretação ou de Pedagogia pianísticas. A sua actividade docente em Portugal (Conservatório e Escola Superior de Música do Porto, Academia e Escola Profissional de Música de Espinho, e Universidade de Aveiro) produziu já vários pianistas e professores de mérito. Integrou a equipa da Porto 2001, Capital Europeia da Cultura, criou e dirigiu o Serviço Educativo da Casa da Música. Actualmente ocupa o cargo de professor-auxiliar convidado na Universidade de Aveiro – onde prepara também o seu doutoramento –, exerce docência na Escola Profissional de Música de Espinho e dirige o Coro “Amigos da Música”. Para João de Freitas Branco, é um intérprete muito sério, com uma interioridade fina, com sentido de estilo.