Universidade Federal de São João del-Rei Coordenadoria do Curso de Química Materiais sorventes empregados em diferentes métodos de preparo de amostras Flávia Viana Avelar Dutra São João del-Rei – 2014 MATERIAIS SORVENTES EMPREGADOS EM DIFERENTES MÉTODOS DE PREPARO DE AMOSTRAS Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado no 1º semestre do ano de 2014 ao Curso de Química, Grau Acadêmico Bacharelado, da Universidade Federal de São João del-Rei, como requisito parcial para obtenção do título Bacharel em Química. Autor: Flávia Viana Avelar Dutra Docente Orientador: Keyller Bastos Borges Modalidade do Trabalho: Revisão Bibliográfica São João del-Rei – 2014 RESUMO O procedimento de uma análise de qualquer analito (componente de uma amostra) é um desafio tanto para analistas de laboratórios quanto para pesquisadores científicos, pois estes estão sempre desejando e buscando melhores resultados, seja em qualquer ramo de atividade. Uma análise química constitui de várias etapas, uma delas é o preparo da amostra, para limpar a matriz (amostra) e, portanto, concentrar e extrair os analitos. Outra etapa é analisar o analito extraído utilizando instrumentos analíticos (equipamentos cromatográficos, por exemplo). Portanto, alguns parâmetros devem ser analisados cuidadosamente para que estas etapas sejam eficientes, um estudo de qual solvente, sorvente, pH e temperatura a serem utilizados deve ser realizado. Novas técnicas de preparo de amostras estão sendo desenvolvidas para que o tempo fique mais curto, a simplicidade aumente, minimiza o uso de solventes e com isso, reduz os gastos e não prejudica o meio ambiente. Existem técnicas de extração que utilizam solventes (líquido) e outras que utilizam sorventes (sólido). Exemplos de técnicas que utilizam solventes são extração líquido-líquido (LLE), microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME) e suas variações, e as que utilizam sorventes pode-se citar a extração em fase sólida (SPE), microextração em fase sólida (SPME), extração sortiva em barra de agitação (SBSE), entre outras. Os sorventes utilizados nestas técnicas possuem o princípio de adsorver, no caso permanece na superfície do sólido, ou absorver, no qual os analitos atravessam a superfície do sólido por um processo de partição. Os analitos retidos nos sorventes são então dessorvidos (eluídos) com a utilização de solventes específicos, ou seja, os que não danificam a composição e as propriedades do composto em questão. O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo citar os sorventes mais utilizados no preparo de amostras na última década que são as nanopartículas, polímeros e sílica, podendo ser considerados como sorventes clássicos, pois com a inovação de pesquisas e a busca de materiais mais eficientes estes estão sendo modificados para que suas propriedades físicas e químicas mudem e a extração se torne mais versátil na questão de seletividade, afinidade, reconhecimento molecular, ou seja, nas interações sorvente-analito, aumentando a área de contato, estabilidade térmica, resistência a solventes e a pH, e com isso aumentando sua funcionalidade. LISTA DE ABREVIATURAS AA: absorção atômica MALDI: material intensificado por dessorção/ionização por ADA-sílica: Sílica com 4-(3-trietoxisililpropilureido)azoben- laser zeno MEPS: microextração com sorvente empacotado AES: espectrometria de emissão atômica MIL-88B: Fe3O(BDC)3 X, [(X = Cl, OH) BDC = 1,4- AMNPs: Nanopartículas magnéticas de amina benzenodicarboxilato] ANN-COA: Artificial neural network–cuckoo optimization MIP: polímero molecularmente impresso algorithm MISPE: extração em fase sólida molecularmente impressa APRB: ácido fraco rosa vermelho B MnxOy: MnO2/Mn2O3/Mn3O4 BPA: Bisfenol A MS: espectrometria de massa β-CD: beta-ciclodextrina MSPE: extração em fase sólida magnética CG: cromatografia gasosa MTMOS-TEOS: metiltrimetoxisilano–tetraetoxisilano CNTs: nanotubos de carbono MWCNTs: nanotubos de carbono de parede-múltiplas CVAAS: espectrometria de absorção atômica com vapor frio µPESI: microchip circular com 60 micropillar ionização por CYANEX 301:([bis(2,4,4-trimetilpentil)-ácido ditiofosfínico]) eletrospray C8: sílica-octil Oasis-MAX e Oasis-MCX: polímeros de troca catiônica C18: sílica-octadecil OES:espectrometria de emissão óptica DAD: detector de arranjo de diodos OPA-MMNPs: n-octadecil ácido fosfônico modificado por DES: dietilestilbetrol nanopartículas magnéticas com mesoporos DLLME: microextração líquido-líquido dispersiva PAHs: hidrocarbonetos aromáticos policíclicos DSPE: extração em fase sólida dispersiva PANI-RGO: polianilina e óxido de grafeno reduzido FAAS: espectrometria de absorção atômica por chama PDA: polidopamina FI: injeção por fluxo PLS: método parcial dos mínimos quadrados FID: detector de ionização por chama PPY: polipirrol FLD: derivatização fluorescente pós coluna P2AT: poli(2-amino tiofenol) G: grafeno RAM: material de acesso restrito HLB-MPNP: magnetico poli(divinilbenzeno-co-N- RMN: ressonância magnética nuclear vinilpirrolidona) SBSE: extração sortiva em barra de agitação HPLC: cromatografia líquida de alta eficiência SD: Spray drying UHPLC/PDA: cromatografia líquida de ultra-alta eficiência - SG-CHOL: sílica gel-colesterol arranjo de fotodiodos SIA: análise por injeção sequencial HXLPP-WCX: polímero hipercrosslinked com caráter de troca Si-Pr-DPA: 3-(2,2’-dipiridilamino)propil]sílica iônica SPE: extração em fase sólida IC: cromatografia iônica SPLE: extração líquida pressurizada seletiva ICP-OES: Espectrometria de emissão optica por plasma SPME: microextração em fase sólida acoplado indutivamente SWCNT: nanotubos de carbono de parede simples IIP-LIX-Cu(II): estireno-divinilbenzeno modificado com 5- TBT: tributiltina dodecilsalicilaldoxime-cobre(II) Ti-CNPrTEOS: titânio (IV)-cianopropiltrietoxisilano LC: cromatografia líquida UV: ultravioleta LLE:extração líquido-líquido VBADB: poli(4-ácido vinilbenzoico)-divinilbenzeno MAA-VTES: ácido metacrílico-viniltrietoxisilano XDS: SO3/diol MCFN: 18-coroa-6/Fe3O4 nanocompósito ZIF-8: Zeolite imidazolate framework-8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................1 2. OBJETIVOS .....................................................................................................6 3. SORVENTES ...................................................................................................6 3.1. Polímeros.................................................................................................6 3.2. Polímeros Molecularmente Impressos (MIPs) ....................................8 3.3. Sílica revestida ...................................................................................... 10 3.3.1. C8 (sílica-octil) e C18 (sílica-octadecil) ....................................................................... 12 3.4. Nanopartículas ..................................................................................... 13 3.5. Nanotubos de carbono (CNTs) ........................................................... 15 3.6. Outros tipos de sorventes ................................................................... 17 4. CONCLUSÕES ............................................................................................. 18 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 20 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 1. INTRODUÇÃO Com o desenvolvimento de novos métodos e instrumentos analíticos, uma variedade de analitos pode ser extraída, descoberta, analisada, quantificada e também removida de uma matriz, ou seja, de uma amostra que contém os analitos e também componentes interferentes. Exemplos de matrizes complexas são alimentos, urina, plasma, cabelo, entre outras, e matrizes simples são amostras aquosas. No entanto, nos dias de hoje, ainda é um grande desafio para os pesquisadores detectar e quantificar determinados analitos, devido a variedade de fármacos, drogas, poluentes e também, devido ao limite metodológico e instrumental. Portanto, o solvente e sorvente utilizados, a técnica de preparo de amostra escolhida, a temperatura e pH de extração são detalhes que fazem toda a diferença nos resultados de uma análise instrumental [1]. A etapa de preparo de amostras é um pré-requisito para obtenção de dados precisos, com resultados analíticos de qualidade. É uma das etapas mais demorada e trabalhosa, pois é nela que se removem os componentes interferentes da matriz, concentra-se a substância a ser analisada, aumentando a sensibilidade, e convertese o analito em forma adequada para ser separado e extraído [2]. Na Figura 1 podese visualizar o tempo gasto e a porcentagem de erros que ocorrem nas etapas de uma análise cromatográfica. Pode-se notar que 61% do tempo referem-se ao processamento da amostra e que os erros analíticos desta etapa são altos, cerca de 30% [3]. Figura 1. Gráfico das proporções (A) de consumo de tempo e (B) de erro analítico em análise cromatográfica [3]. Vários métodos de preparo de amostras foram desenvolvidos a fim de eliminar algumas desvantagens, como por exemplo, diminuir ou até mesmo eliminar 1 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 o uso de solventes, e de se obter melhores resultados em relação aos métodos clássicos (extração líquido-líquido e extração em fase sólida). Nestas técnicas há também a necessidade de repetição da extração, para uma limpeza melhor o que resulta em uma técnica demorada, trabalhosa, cara e propensa a perda de analitos [2]. As técnicas de preparo de amostra mais simples, rápidas, de baixo custo e menos prejudiciais ao meio ambiente vem ganhando seu espaço na química analítica. Um dos passos mais importantes foi o desenvolvimento de novas técnicas que visa a miniaturização de técnicas clássicas, como dito anteriormente [4]. Os procedimentos de preparo de amostras podem ser divididos em duas categorias de acordo com as diferentes fases de extração [4]: Extração utilizando solventes: técnicas de extração líquido-líquido (LLE), microextração líquido-líquido dispersiva (DLLME) e suas variações, entre outras; Extração utilizando materiais sorventes: extração em fase sólida (SPE), extração sortiva em barra de agitação (SBSE), microextração em fase sólida (SPME), entre outras. O foco desta revisão bibliográfica são os materiais sorventes, que são empregados em técnicas de extração à base de sorção, ou seja, técnicas de extração na fase sólida. Os sorventes são materiais sólidos que possuem grande área superficial, na maioria das vezes porosos, que são capazes de absorver ou adsorver os analitos em sua superfície. A adsorção ocorre quando os analitos ficam retidos na superfície do sorvente e absorção ocorre quando os analitos atravessam a superfície do sorvente. Comercialmente existem diversos sorventes, porém nem todos que são eficazes para extração de todos os analitos. Desta forma, com o intuito de melhorar a eficiência de processos de extração, o desenvolvimento de novos materiais sorventes tem recebido grande atenção [4, 5]. Os sorventes mais utilizados atualmente baseiam-se em sorventes convencionais (sílica, polímeros) revestidos e/ou ligados por materiais com grupos funcionais variados. O intuito da inovação destes materiais é fazer com que a extração dos analitos seja mais seletiva e eficaz [4]. O desenvolvimento de novos sorventes é de grande significância, pois um material sorvente deve possuir a 2 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 superfície porosa e ter afinidade com os analitos, sendo que, quanto mais seletivo o sorvente for, melhor é a extração [6]. As técnicas de preparo de amostras que utilizam sorventes vêm sempre sofrendo modificações para que a limpeza (remoção de compostos interferentes), a concentração e a extração dos analitos sejam cada vez mais efetivas. Descobertas e inovações destas técnicas estão só aumentando, então, as principais técnicas de preparo de amostras que utilizam sorventes como fase extratora são apresentadas resumidamente, de acordo com suas principais características e propriedades. Extração em fase sólida (SPE) A SPE é uma técnica de preparo de amostra usada para pré-concentrar e limpar amostras analíticas para a purificação de analitos químicos e remoção dos compostos indesejáveis de soluções aquosas variadas. Os dispositivos da SPE consistem em colunas pequenas que contêm cartuchos com embalagem apropriada, ou seja, a escolha dos sorventes vai depender do analito a ser extraído [6]. Portanto, o sorvente é isolado e um solvente orgânico específico é usado para eluir o analito [7]. É uma técnica comum de amostragem em várias áreas, incluindo a área ambiental, farmacêutica, alimentícia, clínica, entre outras [7]. Algumas vantagens da SPE [6] são: (i) maior fator de enriquecimento; (ii) ausência de emulsão; (iii) segurança com relação a amostras mais perigosas; (iv) baixo custo e (v) fácil automação. Extração em fase sólida molecularmente impresso (MISPE) É uma variação da técnica de extração em fase sólida em que utiliza o MIP (polímero molecularmente impresso) como sorvente. O MIP é um polímero reticulado que possui cavidades, tamanho e grupos funcionais específicos e é capaz de reconhecer e religar os analitos da matriz com base no reconhecimento molecular, sendo que esta técnica é bem específica e possui altas taxas de recuperação [8, 9]. Em comparação com outras técnicas, esta é bem mais simples, rápida e muito mais seletiva [10]. 3 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Microextração em fase sólida (SPME) A microextração em fase sólida (SPME) é uma miniaturização da extração em fase sólida (SPE). Uma de suas principais características é a extração de compostos tanto voláteis quanto semi-voláteis [11]. O procedimento da SPME consiste em colocar o sorvente, no caso a fibra (fase extratora) em contato com a matriz ou deixando um espaço livre entre as fases (headspace) por um tempo determinado para que os analitos adsorvam na superfície da fibra. E então, estes analitos são dessorvidos por um tratamento térmico ou utilizando um solvente. As fibras ficam dentro de um tubo, seringa ou agulha em um dispositivo conhecido como Holder [12]. Resumidamente, ela consiste na partição do analito entre a fase orgânica e a extratora. Vários fatores influenciam a extração de analitos, como o pH, temperatura, tempo de extração, efeito salting out, agitação, entre outros [13,14]. Algumas características da fase extratora devem ser levadas em conta como a estabilidade, a polaridade e a espessura do revestimento da fibra. A espessura do revestimento determina o volume e a área superficial da fase estacionária e, consequentemente, a quantidade e a taxa de absorção dependem da partição do analito entre a fase extratora e a matriz, que nada mais é do que a cinética de transferência de massa e, portanto, o equilíbrio da reação [15]. Microextração com sorvente empacotado (MEPS) A microextração com sorvente empacotado (MEPS) é também uma miniaturização da SPE e consiste em um empacotamento do sorvente em um cartucho e colocado diretamente na seringa [16]. Esta técnica utiliza menos amostra e, portanto, o tempo de preparação é reduzido e o uso de solventes orgânicos também [17]. A técnica de MEPS pode ser usada para extrair uma variedade de analitos, assim como fármacos, drogas ilícitas, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos em amostras biológicas e também ambientais. Uma das vantagens é que o volume utilizado na eluição do analito é na ordem de microlitros e pode ser injetado em um sistema de cromatografia líquida e até mesmo gasosa [18]. 4 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Extração sortiva em barra de agitação (SBSE) A teoria da técnica de extração sortiva em barra de agitação se baseia na partição do analito entre a fase aquosa e a fase extratora (filme de sorvente na barra magnética), ocorrendo o equilíbrio entre elas [19]. Nesta técnica uma barra de agitação é revestida por materiais sortivos, em maiores quantidade quando comparado com a fibra de SPME, e com isso a capacidade de absorção aumenta e os valores de recuperação também [19]. E estes não perdem as propriedades químicas de sua área superficial, o que resulta em inovações a fim de se obter um preparo de amostras cada vez melhor, mais rápido e eficiente [19]. Na maioria das vezes, a extração sortiva em barra de agitação é utilizada para a extração de analitos apolares, porém, com as inovações dos sorventes, a extração de analitos polares começa ser versátil, podendo-se extrair compostos tanto polares quanto apolares [20]. Outras MSPE (extração em fase sólida magnética), DSPE (extração em fase sólida dispersiva), digestão por microondas, entre outras, são técnicas utilizadas também no preparo de amostras, para a limpeza da matriz, concentração do analito resultando em uma maior eficiência de extração e com isso resultados qualificados em uma análise instrumental. O esquema das técnicas de preparo de amostras descritas anteriormente está apresentado na Figura 2. Figura 2. Esquema das principais técnicas de preparo de amostras (a) extração em fase sólida (SPE); (b) microextração em fase sólida (SPME); (c) microextração por sorvente empacotado (MEPS) e (d) extração sortiva em barra de agitação (SBSE). 5 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 2. OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo fornecer uma revisão bibliográfica dos materiais sorventes utilizados em técnicas de extração à base de sorção, ou seja, técnicas de extração na fase sólida, no período de 2000 a 2014, como também suas principais características e propriedades. 3. SORVENTES Sorventes são materiais sólidos que retém compostos químicos em sua superfície. Uma das principais características dos sorventes é sua área superficial, pois uma superfície porosa extrai maior quantidade de analitos o que faz com que a funcionalidade de sorção aumente. A sorção dos analitos nos sorventes pode ser de dois modos: Absorção: os analitos atravessam a superfície do revestimento, portanto, a extração é feita pelo processo de partição; Adsorção: os analitos permanecem na superfície do sólido, a extração ocorre por interações físicas de materiais porosos. Os analitos retidos nos sorventes são dessorvidos, ou seja, eluídos, pela utilização de solventes apropriados para que não haja mudança na composição deles. E assim, estes podem ser analisados e quantificados por um equipamento cromatográfico [21, 22]. Os sorventes mais utilizados em técnicas de preparo de amostras no período de 2000 a 2014 foram os polímeros, nanopartículas, nanotubo de carbono e sílica, sendo que estes sofreram modificações para aumento de sua funcionalidade. 3.1. Polímeros Polímeros são macromoléculas, ou seja, moléculas grandes, formadas a partir de unidades menores, conhecidas como monômeros. Os monômeros se combinam quimicamente por uma reação de polimerização que pode ser espontânea ou provocada (por calor ou adição de reagentes). De acordo com a estrutura do polímero pode-se citar algumas características mecânicas e químicas. As características mecânicas são aquelas relacionadas com sua estrutura física, ou seja, os polímeros podem ser classificados como termoplásticos, termorrígidos e 6 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 borrachas. E as características químicas pode-se citar a hidrofobicidade, se o polímero possuir mais grupos/ligantes apolares, ou pode ser também hidrofílicos, se possuírem grupos/ligantes polares. Entretanto, na maioria das vezes os polímeros são compostos apolares o que faz com que a interação e a extração destes sorventes com os analitos ficam restritas. Para minimizar este problema, ou até mesmo eliminar, a adição de grupos funcionais polares à matriz polimérica torna-se necessária, pois com isso há uma interação sorvente-analito, aumentando a extração e recuperação. Este revestimento melhora a retenção de analitos polares, portanto, estudos estão cada vez mais voltados para o melhoramento destes materiais sorventes [23, 24]. Polímeros são materiais versáteis na questão de reconhecimento molecular/analito na etapa de sorção, pois as interações polímero/analito podem ser por mecanismos hidrofóbicos, interação ácido-base, interação π-π, interação por grupos funcionais polares, ligação de hidrogênio e eletroafinidade [24]. No processo de preparo de amostras os polímeros possuem uma vantagem muito grande e eficaz, pois estes são facilmente modificados com grupos funcionais característicos para a extração de determinados analitos. Uma das modificações é a dopagem, ou seja, um revestimento dos polímeros por grupos condutores, iônicos, ou até mesmo por outros polímeros. As sínteses dos polímeros precisam ser precisas e efetuadas cuidadosamente para não haver produtos indesejáveis. [24, 25]. Esta variedade de materiais sorventes pode ser vista na Tabela 1 que mostra as diferentes técnicas de extração, devido à diversidade da matriz e dos analitos em questão. Por ela, pode-se perceber também a utilização de diferentes condições de eluição, pois isto depende de cada analito e também da recuperação alcançada pelo tipo de sorvente. 7 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Tabela 1. Diferentes sorventes poliméricos empregados em técnicas de extração de diferentes analitos. Sorvente Técnica de Matriz Analitos Condições de extração eluição MAA-VTES MISPE Leite Fluoroquinolonas Metanol e ácido acético Poliestireno divinilbenzeno SBSE Urina Drogas de abuso Metanol e acetonitrila Ti-CNPrTEOS SBSE Águas Aminas Octanol e água residuais aromáticas NSPE Água Poluentes Diclorometano, vinilpirrolidone/divinilbenzeno emergentes acetato de etila, metanol e água acidificada Poliuretano/pirocatecol SPE Alimentos Cobalto, cobre e Etanol e água níquel acidificada Celulose SPLE Lodo de PAHs Hexano esgoto GeO2/PDMS Microextração Solução PAHs capilar aquosa ácido esteárico/naftaleno MEPS Várias Pb (II) Ácido nítrico microcristalino amostras HXLPP-WCX SPE Efluentes Compostos Metanol, água e farmacêuticos hidróxido de amônio Fibras de cânhamo SPE Água Pesticidas Diclorometano e carbonizados metanol Oasis-MAX SPE Plasma Fluoroquionolonas Metanol de galinha NSPE Águas de Poluentes Diclorometano, vinilpirrolidona/divinilbenzeno esgoto emergentes acetato de etila, metanol PDMS SBSE Água TBT Metanol e água Oasis-MCX SPE Plasma Entecavir Acetonitrila, água IIP-LIX-Cu(II) Fios de aço inoxidável/PPY Ref. HPLC/UV 9 HPLC/DAD 19 CG-FID 20 CG/MS 26 FAAS 27 HPLC/UV e CG-MS/MS CG/FID 28 FI-FASS 30 LC-UV 31 HPLCMS/MS HPLCMS/MS CG-MS 32 CG-MS UHPLC– MS/MS FI-FASS HPLC-MS 35 36 29 33 34 Água Cu (II) Ácido nítrico 37 Plasma in Benzodiazepinas Metanol 38 vivo VBADB SBSE Leite e β-Agonista Metanol e água HPLC39 urina MS/MS suína PAHs: hidrocarbonetos aromáticos policíclicos; SPLE: extração líquida pressurizada seletiva; HXLPP-WCX: polímero hipercrosslinked com caráter de troca iônica; Oasis-MAX e Oasis-MCX: polímeros de troca catiônica; TBT: tributiltin; IIP-LIXCu(II): estireno-divinilbenzeno modificado com 5-dodecilsalicilaldoxime-cobre(II); PPY: polipirrol; Ti-CNPrTEOS: titânio(IV)cianopropiltrietoxisilano; MAA-VTES: ácido metacrílico-viniltrietoxisilano; VBADB: poli(4-ácido vinilbenzoico-divinilbenzeno. 3.2. SPE SPME Instrumental Polímeros Molecularmente Impressos (MIPs) Polímeros molecularmente impressos (MIPs) foram desenvolvidos a fim de se obter um material mais seletivo, e este ganhou espaço no preparo de amostras pela sua vasta aplicação, devido às suas propriedades de seletividade e afinidade por uma molécula pré-determinada [40, 41]. Os MIPs são materiais com sítios de reconhecimento, gerados sinteticamente, capazes de se religarem a uma molécula alvo (molde), na presença de outros compostos interferentes [42]. Existe então, uma abordagem sintética em que há uma imitação da natureza na questão de reconhecimento específico de materiais [43]. Uma analogia que se pode fazer é a interação antígeno-anticorpo, no qual o antígeno é a molécula molde para moldar a cadeia polimérica (anticorpo) [44]. 8 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Segundo Tarly et al. [42] a síntese do MIP é relativamente simples, porém deve-se ter cuidado ao prepará-lo, pois em condições inadequadas os polímeros possuem características indesejáveis. Esses materiais são obtidos pela polimerização de monômeros funcionais de reticulação em torno de uma moléculamolde, resultando em uma rede polimérica reticulada tridimensionalmente. Basicamente, a síntese é composta de quatro etapas, primeiramente há uma ligação covalente ou não, entre a molécula molde e as moléculas do monômero. Em seguida, um reagente capaz de realizar uma ligação cruzada no polímero, tornandoo mais rígido, é adicionado ao meio reacional. A reação de polimerização se inicia somente com a presença de um iniciador radicalar, que é o próximo a ser adicionado à solução e, por fim, um solvente adequado é utilizado para retirar a molécula molde da matriz polimérica. Portanto, o produto resultante possui cavidades capazes de reter seletivamente a molécula molde presente em amostras reais, sejam elas complexas ou não [44]. Esta síntese pode ser verificada de acordo com o esquema da Figura 3. Figura 3. Esquema da reação de formação do MIP. A ligação entre os monômeros e a molécula-molde pode ser covalentes, não covalente ou semi-covalente [42]: Ligação covalente: introduzida por Wulff e Sarchan, é a formação de uma ligação covalente reversível entre o molde e os monômeros. O molde é removido por clivagem das ligações covalente, as quais são formadas novamente com o analito. Esta interação entre o monômero e o molde eleva a estabilidade do composto, obtendo sítios de ligação homogêneos e minimizando a existência de locais não específicos. No entanto, sob condições normais, esta ligação é restrita, pois não é fácil obter este tipo de ligação monômero-template [42]; Ligação semi-covalente: o molde se liga ao monômero por ligação covalente, porém a religação do analito (molécula molde) no polímero ocorre por interações não-covalentes [42]; 9 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Ligação não-covalente: formação de interações não covalentes (fracas). Este tipo de síntese é a mais utilizada devido a sua simplicidade, porém ela possui algumas desvantagens, sendo que uma delas está relacionada ao equilíbrio do processo. Para formar o complexo monômero-molécula molde o equilíbrio tem que ser deslocado para a direita, necessitando utilizar maiores quantidades de monômero, que por sua vez pode-se incorporar à matriz polimérica levando à formação de sítios de ligação não-seletivos [42]. O primeiro trabalho relatado do uso de MIP contendo sítios seletivos foi para separar os enantiômeros de racematos de açúcares, realizado por Wulff e Sarhan em 1972 [44]. E os próximos trabalhos e estudos foram pela utilização dos materiais molecularmente impressos como materiais sorventes, devido à seletividade fornecida pelos seus sítios ativos. E, desde então, sua utilização em química analítica para o preparo de amostras vem aumentando significativamente. Na Tabela 2 está descrita a utilização do MIP como sorvente nas técnicas de extração (clean up e pré concentração) de analitos em diferentes matrizes. Tabela 2. Sorventes empregando MIP utilizados em algumas técnicas de extração dos analitos em diferentes matrizes. Sorvente Técnica de Matriz Analitos Condições de eluição Instrumental extração MIP MISPE Urina de porco Clorpromazina Metanol e acetonitrila HPLC/UV MIP MISPE Pepino e água Diazinon Água, acetonitrila e HPLC metanol MIP-Cu SPE Solução aquosa Cu (II) Ácido nítrico FI-FASS MIP-vanilina SPE Vanilina fragrans Vanilina Metanol UV e HPLC e cerveja 13 MIP-4-(2MISPE Urina artificial Dopamina Acetato de amônia e CICP/MS aminoetil)anilina metanol RMN MIP-Cd Amostra de água Cd (II) Ácido nítrico FI-FAAS MIP-Ru(III) SPE Água ambientais Ru (III) Tioureia e Ácido IIP-ETAAS clorídrico MIP SPE Compostos Aminopiridina Diclorometano LC-MS/MS farmacêuticos MIP MSPE Mel Cloranfenicol Metanol LC-MS/MS MIP SBSE Urina Dopaminas Água HPLC/UV Sílica gel/MIP SPE Água, solo e Dufulin Metanol e água HPLC trigo MIP MISPE Grãos de arroz Herbicidas Metanol e ácido acético HPLC sulfonilureia MIP SPE Leite Quinolonas Metanol, água, ácido HPLC/UV trifluoroacético e acetonitrila 3.3. Ref. 8 10 40 41 45 46 47 48 49 50 51 52 53 Sílica revestida A sílica revestida é um material sólido que contém poros (mesoporos) com capacidade de absorver diferentes moléculas bioativas [13]. Para a preparação 10 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 deste sorvente, a sílica é revestida com outros compostos, normalmente utilizando a técnica sol-gel e devido ao aumento da porosidade ela se torna mais seletiva e com características sortivas. Este revestimento ocasiona um aumento na superfície de contato, elevando a estabilidade térmica, a resistência aos solventes e ao pH e aumentando assim, a sua funcionalidade [54]. Na Tabela 3 podemos perceber a diversidade de sorventes, baseados em sílica revestidas, utilizados no preparo de amostras complexas, ou seja, em alimento, plasma, urina, plantas, sedimentos de esgoto para extrair diversos analitos, como por exemplo, metais pesados, poluentes ambientais (compostos organoclorados), entre outros. Tabela 3. Sorventes de sílica revestida para o uso em diferentes técnicas de extração. Sorvente Técnica de Matriz Analitos Condições de Instrumental Ref. extração eluição Líquido iônico SPE Alimentos Acrilamida Metanol HPLC 55 imobilizado-sílica TEOS-CYANEX 301 CVAAS Sedimento Pb (II) Ácido clorídrico ICP/MS 56 de esgoto SG-CHOL SPE Plasma e Antagonista βÁgua, metanol e HPLC/UV/MS 57 urina receptor acetato de amônio Sílica em SPE Óleo de Compostos Hexano CG/MS 58 multicamadas/polietileno peixe organoclorados Sílica-NH2 SPE Uva Agrotóxicos Diclorometano e HPLC 59 metanol Sílica-Nb2O5 SPME Solução Álcoois e fenóis CG/FID 60 aquosa ADA-sílica Acoplamento Solução Carboidratos Fase móvel TLC: MELDI-MS 61 direto de TLC aquosa butanol, acetona, ácido acético e água Sílica-nanopartículas de SPME Solução Ânions Hidróxido de ICP 62 látex aquosa inorgânicos potássio Ni(II)-amino impressoSPE Plantas e Ni (II) Metanol e água ICP-AES 63 silica gel água Fe(III)-amino impressoSPE Plantas e Fe (III) Metanol, etanol e ICP-AES 64 silica gel água Ácido clorídrico Sílica-RAM SPE Plasma Fármacos Perclorato de lítio e LC 65 metanol Celulose, areia e sílica SPLE Lama de PAHs n-hexano CG-MS/MS 66 esgoto Octadecil-sílica MEPS Plasma e Fármacos Metanol e água LC-UV 67 urina antiepilépticos Bradicinina-sílica-ADA TLC, Extrato de Mono e Butanol, acetona, MELDI-MS 68 Digestão por planta oligossacarídeos ácido acético e microondas água batch sorption Ti-CNPrTEOS Águas Aminas Tetrahidrofurano e CG-FID 69 residuais de aromáticas ácido clorídrico indústria polares alimentícia MTMOS-TEOS DSPE Alimentos Acrilamidas Acetonitrila CG-MS 70 Si-Pr-DPA SPE Águas Metais pesados Ácido clorídrico FAAS 71 CYANEX 301:([bis(2,4,4-trimetilpentil)-ácido ditiofosfínico]); CVAAS: espectrometria de absorção atômica com vapor frio; SGCHOL: sílica gel-colesterol; ADA-sílica: Sílica com 4-(3-trietoxisililpropilureido)azobenzeno; RAM: material de acesso restrito; SPLE: extração líquido pressurizado seletivo; MELDI: material intensificado por dessorção/ionização por laser; Ti-CNPrTEOS: titânio-butóxido-cianopropiltrietoxisilano; MTMOS-TEOS: metiltrimetoxisilano–tetraetoxisilano; Si-Pr-DPA: 3-(2,2’dipiridilamino)propil]sílica. 11 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 3.3.1. C8 (sílica-octil) e C18 (sílica-octadecil) Os sorventes C8 (sílica-octil) e C18 (sílica-octadecil) são comumente usados no preparo de amostras devido a sua ampla capacidade de extração de diversos analitos em diversas amostras, como mostra a Tabela 4. Tabela 4. Sorventes C8 e C18 utilizados em diferentes técnicas de extração de diversos analitos em variadas amostras. Sorvente Técnica Matriz Analitos Condições de Instrumental de eluição extração C18 MEPS Urina de Esteróides Metanol e água CG-MS animais C18 MEPS Água do Sais inorgânicos e Metanol e ICR-FT/MS rio orgânicos água/1% ácido fórmico C18/Poliestireno hidroxilado MEPS Plasma Drogas Metanol e LC-MS/MS polisestireno-divinilbenzeno água/Hidróxido de amônio C18/poli(tetrafluoroetileno) SPE Urina Metilfenidato Metanol e água LC/MS C18/polipropileno SPME Águas Drogas ácidas Água e metanol/ HPLC/UV residuais acetonitrila C18 MEPS Plasma Drogas terapêuticas Metanol e água HPLC-UV (TDM) C18 MEPS Cerveja Prenilflavonoides Acetonitrila UHPLC C8 MEPS Vinhos Flavonoides Metanol UHPLC-DAD C8 MEPS Vinhos Hidroxibenzóico e Ácido fórmico UHPLC ácidos aquoso e metanol hidroxicinâmicos C18 SPE Abacates Abamectinas Acetonitrila e HPLC-FL água C18 MEPS Águas Inseticidas Acetonitrila e CG-MS organoclorados água C8 MEPS Vinho Componentes Água/ácido UHPLC/PDA fenólicos fórmico e metanol C8 MEPS Vinhos (E)-resveratrol Metanol e água UHPLC C8 MEPS Urina Drogas Metanol µPESI-MS µPESI: microchip circular com 60 micropillar ionização por eletrospray. Ref. 16 17 18 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 Os sorventes C8 e C18 possuem algumas características básicas que fazem toda diferença na aplicação em preparo de amostras. Eles são utilizados para a extração de compostos polares e também apolares, ou seja, compostos ácidos, básicos e neutros, devido ao seu alto desempenho em uma ampla faixa de pH (2 a 9). Possuem também características ligadas ao tamanho de partículas de cada sorvente, podendo ser de 1,8 a 7,0 µm e também possuem vida longa, podendo ser utilizados várias vezes [83,84]. A extração, como também a retenção de analitos em uma coluna utilizada em cromatografia líquida (LC), por exemplo, depende do número de cadeias de carbono ligado à superfície da sílica. Esta modificação da sílica depende do analito a ser analisado, pois a quantidade de radicais alquilas adicionado à superfície da sílica 12 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 interfere na polaridade do novo material e, portanto, se for em maior quantidade, os grupos silanóis ficam protegidos da interação de grupos polares, interagindo somente com analitos apolares [83]. Na Figura 4 vemos um sorvente de sílica revestida com radicais C18 ou C8. Figura 4. Estrutura química do sorvente revestido por radicais C18 ou C8. 3.4. Nanopartículas Comparando-se aos sorventes convencionais (à base de sílica-carbono e polímeros), os nanossorventes possuem uma extração mais eficaz e mais rápida, pois sua área superficial é grande e a rota de difusão, curta. Uma das desvantagens deste tipo de material é a extração de analitos quando se tem uma matriz muito aquosa, pois o tempo de extração, em uma coluna de SPE, por exemplo, aumenta devido à contrapressão e baixa vazão realizada pela quantidade de água e ao seu pequeno tamanho. Esta desvantagem pode ser superada pela modificação dessas nanopartículas. Vários exemplos podem ser citados para mostrar esta modificação, como por exemplo, a adição de tensoativos iônicos, grafite, polímero, sílica, entre outros [83]. Na Tabela 5 há uma relação desses nanossorventes modificados para uma melhor extração de diferentes analitos. Um ponto importante a ressaltar é que a maioria das análises é realizada em matrizes ambientais. 13 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Tabela 5. Nanossorventes modificados para a extração de diversos analitos e analisados por diferentes equipamentos. Sorvente Técnica de Matriz Analitos Condições Instrumental Ref. extração Fe3O4/C SPE Água ambiental PAHs Acetonitrila HPLC 83 SiO2-morina SPE Água Íons metálicos Ácido clorídrico ICP-AES 84 OPA-MMNPs MSPE Água PAHs Metanol e água CG-MS 85 Fe3O4-SiO2/β-CD SPE Águas ambientais BPA e DES Metanol HPLC-UV 86 BaSO4-APRB DSPE Águas residuais POPs Octanol e água ICP-OES e IC 87 Fe3O4-SiO2 – SPE Ovos, leite em pó Dimetridazol Etanol, metanol HPLC-UV 88 MIP e ração para e ácido acético porcos ZnO2-quitosana SPE Água Urânio Benzina ANN e COA 89 MIL-88B SPME Água e solo PCBs Hexano CG-MS 90 G-SiO2 MALDI Polissacarídeos MALDI-MS 91 HLB-MPNP MSPE Água Pesticidas Metanol e água HPLC 92 organoclorados e triazina Fe3O4/PDA MSPE Água Poluentes Solução ácida ou FASS 93 básica Quitosana/Fe3O4 MSPE Água de rio Estrogênios Metanol, água, HPLC 94 ácido acético Spray drying MnxOy-Al2O3 Biomassa Remoção H2S Espectroscopia 95 (SD) Raman MCFN MSPE Solução aquosa Remoção de U(VI) 2,4-dinitrofenol, Testes 96 amônia, ácido ortogonais clorídrico Fe3O4-piridina Digestão por Solo e folha Pb(II) e Cd(II) Ácido clorídrico e FAAS 97 microondas Ácido perclórico AMNPs MSPE Extrato de α-amilase Metanol HPLC 98 Garcinia xanthochymus ZnO2-quitosana SPE Solução aquosa Alaranjado de Acetonitrila ANN e COA 99 metila Fe3O4/C SPE Água PAHs Acetonitrila HPLC-FLD 100 ZIF-8 SPE Água e leite Tetraciclinas Metanol, HPLC 101 acetonitrila e ácido oxálico APRB: ácido fraco rosa vermelho B; ICP-OES: Plasma acoplado indutivamente esctômetro de emissão óptica; IC: cromatografia iônica; β-CD: beta-ciclodextrina; MCFN: 18-coroa-6/Fe3O4 nanocompósito; BPA: Bisfenol A; DES: dietilestilbetrol; ANN-COA: Artificial neural network–cuckoo optimization algorithm; MIL-88B: Fe3 O(BDC)3X, [(X = Cl, OH) BDC = 1,4benzenodicarboxilato]; G: grafeno; HLB-MPNP: magnetico poli(divinilbenzeno-co-N-vinilpirrolidona); PDA: polidopamina; OPAMMNPs: n-octadecil ácido fosfônico modificado por nanopartículas magnéticas mesoporos; AMNPs: Nanopartículas magnéticas de amina; MnxOy: MnO2/Mn2O3/Mn3O4; ZIF-8: Zeolite imidazolate framework-8; PANI-RGO: polianilina e óxido de grafeno. Uma das propriedades das nanopartículas é que em sua superfície encontram-se grupos ligantes, ou seja, átomos capazes de se ligarem facilmente com os analitos, o que faz com que aumente a capacidade de ligação dessas nanopartículas. Além disso, elas também possuem uma grande área superficial, elevada capacidade de adsorção e resistência a altas temperaturas. No entanto, não são adequadas para a extração de analitos relativamente complexos, grandes e pesados, como por exemplo íons metálicos pesados. Portanto, a resolução deste problema é a modificação da superfície das nanopartículas com certos grupos funcionais contendo mais átomos ativos (doadores ou receptores) [84]. Os polímeros atualmente vêm sendo revestidos por sorventes magnéticos (nanossorventes) que possuem um equilíbrio hidrofílico-lipofílico, os quais 14 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 apresentam um bom desempenho de extração de analitos tanto polares quanto apolares [85]. 3.5. Nanotubos de carbono (CNTs) Em 1992, Sumio Iijima desenvolveu a síntese dos CNTs, nomeando-os de “microtubos helicoidais de grafite”, baseada na mesma técnica de síntese dos fulerenos, pois estes possuíam estruturas estáveis e ordenadas. Os CNTs são tubos de carbono molecular em forma de cilindro e em escala nanomérica [102]. Os CNTs podem ter estruturas e tamanhos diferentes de acordo com sua síntese, podem ser obtidos em uma única parede (SWCNT) ou em parede-múltiplas (MWCNT) [5], como mostra a Figura 5. Figura 5. Estruturas do nanotubo de carbono (A) de camada simples, SWCNT e (B) múltiplas camadas, MWCNT. Desde então, os CNTs têm chamado a atenção do meio científico devido às suas propriedades de alta capacidade de adsorção, estabilidade térmica, propriedades mecânicas que dependem do arranjo atômico e também da morfologia, ou seja, da nanoestrutura dos tubos [5,103]. Esses materiais possuem tamanho normalmente entre 1 e 100 nm e podem ser considerados como uma inovação tecnológica, pois possuem propriedades que alguns sorventes convencionais não apresentam, como por exemplo, sua estrutura é altamente porosa e oca, aumentando assim sua área superficial e com isso, mostrando forte interação com o analito em questão [103]. Estas propriedades únicas dos CNTs fazem com que eles sejam considerados novos materiais 15 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 sorventes para diversas aplicações em vários campos de pesquisa, como química, biologia, engenharia e medicina (para a remoção de íons metálicos pesados no ambiente, adsorção de moléculas em solução, entre outras) [5,103]. Existem quatro sítios possíveis para a adsorção de analitos utilizando o sorvente de CNTs, como pode ser visto pela Figura 6: (1) sítios internos: nanotubos com o interior oco, porém, a adsorção só é possível se houver uma abertura na extremidade; (2) canal intersticial: “buraco” intersticial formado pelo arranjo do nanotubo; (3) ranhura externa, também conhecida como “grooves”: localizada na extremidade do nanotubo, formada pela junção de dois tubos paralelos e (4) superfície exterior: superfície curva do nanotubo. O equilíbrio é atingido mais rapidamente quando a adsorção ocorre na extremidade [103]. Figura 6. Diferentes sítios de adsorção de um SWCNT. (1) sítio interno, (2) canal intersticial, (3) ranhura externa e (4) superfície externa. A adsorção dos CNTs é proporcional à sua pureza, pois as impurezas revestem os CNTs impedindo a adsorção dos analitos [103]. Portanto, para a utilização dos nanotubos como sorvente deve-se realizar o seu pré-tratamento para a remoção de impurezas [5]. Para um melhor desempenho da adsorção pode-se modificar as propriedades físico-químicas dos CNTs por meio de modificações químicas, como ligação de novos grupos funcionais e pelo tratamento térmico, fazendo com que estes se tornem mais seletivos [103]. São estas propriedades e características que permitem a forte interação com os analitos por meio de forças eletrostáticas, ligações de hidrogênio, interações π-π e hidrofóbicas [5]. Estes sorventes têm sido muito utilizados em extração em fase sólida (SPE) e analisados por diferentes técnicas, como mostra a Tabela 6. 16 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 Tabela 6. Sorventes de nanotubos de carbono empregados no preparo de amostras para diversas análises. Sorvente Técnica de Matriz Analitos Condições de eluição Instrumental extração MWCNTs DSPE Legumes Pesticidas Acetonitrila CG MWCNTs/P2AT SPE Peixe e Cd(II) e Ácido clorídrico e ácido AA sedimentos Pb(II) acético MWCNTs SPE Água Agrotóxicos Acetonitrila e metanol PLS MWCNTs: nanotubo de carbono em parede-múltiplas; P2AT: poli(2-amino tiofenol); PLS: método parcial dos mínimos quadrados. 3.6. Ref. 104 105 106 Outros tipos de sorventes Sorventes seletivos são utilizados no preparo de amostra para uma restrição do analito que ocorre por meio de uma barreira de difusão física (como tamanho dos poros da superfície) ou até mesmo química (pela rede polimérica dos sorventes com superfície semi-permeável). Estes podem ser baseados na troca iônica, com alta bioafinidade, alto reconhecimento molecular e materiais de acesso restrito [101]. Na Tabela 7 podem-se visualizar duas aplicações deste sorvente. Tabela 7. Sorvente de classe específica e sua utilização no preparo de amostra para a extração de atropina em plasma e, analisado por HPLC/UV. Sorvente Técnica de Matriz Analitos Condições Instrumental Ref. extração XDS RAM Plasma atropina Perclorato de lítio, ácido perclórico, HPLC/UV 107 metanol N-vinilacetamida RAM Plasma propanolol Acetonitrila e água SIA-RAM 108 XDS: SO3/diol (troca catiônica do material de acesso restrito). A troca iônica é realizada com o intuito de se obter o isolamento de íons e também de compostos complexos de soluções que contêm tais sorventes com sítios iônicos fixos com carga oposta aos analitos de interesse. Os sorventes utilizados na troca iônica são classificados de acordo com a carga dos sítios, podem ser fracos ou fortes: forte, se for independente do pH da solução e fraco por poder ser modificado de acordo com o pH da solução [101]. Os materiais de acesso restrito (RAM) são nomeados assim por terem tamanho dos poros bem pequenos, podendo chegar à ordem de nanômetros (nm). Deste modo, os componentes maiores, como por exemplo, as proteínas, ficam retidas na fase estacionária (sorvente) [101]. Em 2005, Rbeida et al. [107] realizaram uma análise de atropina, um alcalóide que pode ser utilizado como antídoto em caso de desintoxicação de inseticidas organofosforados e gases poluentes, presente no 17 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 plasma humano e, para isto, a necessidade do preparo e do clean up da amostra fez com que utilizassem um material de acesso restrito. Portanto, a estabilidade e a seletividade do analito no processo de isolamento dependem do tamanho da cavidade e do tipo de ligação. Uma das vantagens do RAM é a recuperação do material, ou seja, este pode ser utilizado diversas vezes [101]. 4. CONCLUSÕES Após uma análise dos artigos estudados, pôde-se verificar que diversos sorventes podem ser utilizados no preparo de amostras. Sua utilização deve ser planejada de acordo com o analito a ser analisado, pois suas propriedades, como polaridade, estabilidade a pH e temperatura, tamanho, entre outros, interferem totalmente na extração. Os sorventes devem ser analisados também em relação às suas propriedades de ligação, sorção, facilidade de manuseio e qualidade de extração. Hoje em dia, estas propriedades estão cada vez mais fáceis de serem modificadas devido à preparação de novos materiais. A Figura 7 mostra uma relação entre número de artigos publicados no período de 2000 a 2014 e o tipo de materiais sorventes mais utilizados. Nota-se que os sorventes mais utilizados foram as Número de artigos nanopartículas, seguido dos polímeros e da sílica revestida. 25 20 15 10 5 0 Sorventes Figura 7. Número de publicações do ano de 2000 a 2014 referentes a cada sorvente apresentado. Analisando as tabelas apresentadas pode-se concluir que os sorventes são utilizados nas mais variadas técnicas de extração para o preparo da amostra e esta 18 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 possibilidade de variação de sua utilização mostra o quanto são versáteis devido às suas propriedades de sorção. A Figura 8 mostra a relação das técnicas de preparo de amostras que utilizam os sorventes apresentados neste trabalho. Pode-se concluir que a técnica de extração em fase sólida, SPE, é a técnica mais utilizada e Quantidade de técnica de preparo de amostra a mais versátil, pois faz o uso de quase todos os sorventes. SPE 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 SBSE MEPS SPME MISPE SPLE MSPE DSPE Gravidade Microondas Batch sorption MALDI SD Sorventes CVAAS RAM Figura 8. Gráfico que relaciona a quantidade de técnicas de preparo de amostras que utilizam sorventes no período de 2000 a 2014. O preparo de amostra é um dos processos mais importantes em uma análise instrumental, portanto, deve-se fazê-lo cuidadosamente, pois como é um processo mais demorado, requer maior atenção para não ocorrer perda do analito e contaminações, por exemplo. A escolha do sorvente é outro ponto a ser analisado e utilizado cuidadosamente, pois é com ele que se obtêm melhores resultados de extração e, com isso, melhores resultados de uma análise instrumental. Portanto, a inovação de sorventes vem ganhando seu espaço na área de Química Analítica. 19 Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ - 2014 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] He, J., Huang, M., Wang, D., Zhang, Z., Li, G., Review Magnetic separation techniques in sample preparation for biological analysis: A review. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, in press: http://dx.doi.org/10.1016/j.jpba.2014.04.017 [2] Laaks, J., Jochmann, M. A., Schmidt, T. C., Solvent-free microextraction techniques in gas chromatography. 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