REGIONAL CENTRO-OESTE SOJA DESPONTA NO CENTRO-OESTE, REDUZINDO ÁREAS DE MILHO VERÃO E ALGODÃO A produção de soja despontou no Centro-Oeste brasileiro nesta safra verão 2012/13, ocupando áreas antes destinadas ao cultivo de milho verão e algodão. O preço bem atrativo da soja frente às demais culturas foi apontado como o fatorchave que motivou os produtores da região a ampliar a área cultivada com a oleaginosa. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a região Centro-Oeste deverá cultivar 12,778 milhões de hectares de soja na temporada 2012/13, acima dos 11,495 milhões de hectares plantados na safra passada. As perspectivas apontam para uma safra de soja muito favorável, apesar dos problemas climáticos registrados no decorrer do desenvolvimento, especialmente na fase de floração, por conta da seca e, mais recentemente, no período de colheita, em razão das chuvas ocorridas entre o final de janeiro e a primeira semana de fevereiro. A produção esperada é de 39,627 milhões de toneladas, conforme a Conab, superando as 34,904 milhões de toneladas obtidas na temporada 2011/12. A produtividade média tende a avançar também frente à temporada passada, passando de 3.036 quilos por hectare para 3.101 quilos por hectare. Mantendo a tradição, o Centro-Oeste seguirá investindo em menores áreas para a safra verão de milho, por conta da concorrência com a soja, mas seguirá apostando forte no plantio de milho segunda safra, cujas áreas deverão ser maiores que as cultivadas na safrinha 2012. As indefinições, se ainda existentes, decorrem das chuvas de grande volume registradas nas últimas semanas na região, que vem atrasando a colheita da soja e o posterior cultivo do milho safrinha. A perspectiva da Conab aponta para um cultivo de 5,142 milhões de hectares de milho segunda safra no Centro-Oeste em 2013, superando os 4,548 milhões de hectares plantados na safrinha 2012. Se as condições climáticas forem favoráveis, a expectativa é de que sejam colhidas 25,826 milhões de toneladas na segunda safra 2013, superando as 25,393 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A produtividade tende a cair, passando de 5.583 quilos por hectare para 5.022 quilos por hectare. Na cultura do algodão, ainda sentindo os impactos da grande oferta existente na safra passada, que culminaram em queda nos preços, muitos produtores do Centro-Oeste decidiram reduzir a área cultivada nesta safra verão, optando também pelo cultivo da oleaginosa. A área plantada na safra 2012/13 deve ficar em 626,9 mil hectares, aquém dos 877,3 mil hectares plantados na temporada passada, segundo dados da Conab. Também de acordo com a estatal, a produção em pluma deve atingir 905,9 mil toneladas, aquém dos 1,259 milhão de toneladas em pluma colhidos na safra 2011/12. A produtividade média em pluma deve atingir 1.445 quilos por hectare, superando a rentabilidade de 1.436 quilos por hectare registrados na safra passada. Acompanhe com mais detalhes as informações sobre as culturas de soja, milho e algodão nos três principais estados produtores do CentroOeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. MATO GROSSO Estado cultiva área recorde de soja na temporada 2012/13 A área cultivada de soja pelo Mato Grosso na temporada 2012/13 será recorde, ocupando 7,89 milhões de hectares, 12% a mais que na temporada anterior, de 7,072 milhões de hectares, segundo informações do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). De acordo com o gestor do IMEA, Daniel Latorraca, a colheita havia atingido 11% até a primeira semana de fevereiro, com uma produtividade média em torno de 50 sacas de 60 quilos por hectare, aquém da média final esperada de 51 sacas de 60 quilos por hectare. Isso ocorreu por conta do excesso de chuva registrado no estado, o que trouxe algum prejuízo devido à incidência de grãos ardidos, especialmente em áreas nas quais o produtor pretende fazer o cultivo da segunda safra de algodão. "A chuva já esperada, por conta do fenômeno climático El Niño, e não tende a impactar no resultado final da safra, que deve ficar em 24,131 milhões de toneladas, superando as 21,367 milhões de toneladas de oleaginosa colhidas na temporada 2011/12", afirma. Latorraca sinaliza que as chuvas esperadas para o final de fevereiro na região devem garantir uma colheita com boa produtividade. Ele destaca que o Mato Grosso, apesar da expansão da área, não tem evoluído muito na produtividade média, que se mantém em torno de 50 sacas de 60 quilos por hectare anualmente, pois muitas áreas cultivadas são oriundas da pecuária, antes ocupadas com pasto, o que acaba impedindo um grande avanço no rendimento médio. Cultivo da Soja em Mato Grosso Fonte: Imea Latorraca comenta que o Mato Grosso nunca havia registrado uma comercialização tão avançada até agora. "Cerca de 69% da safra já foi negociada, contra 60% no ano passado e essa antecipação foi decorrente do fato do mercado ter apresentado grande liquidez e valores mais altos. "O preço médio da saca de soja ponderada atinge R$ 48,00, algo próximo a US$ 24,00, dependendo da variação cambial na temporada 2012/13, contra os R$ 42,00 de média verificados na temporada 2011/12, o que favorece a venda da oleaginosa", sinaliza. Ele acrescenta que metade da soja produzida em Mato Grosso é direcionada ao mercado internacional. Na safra 2011/12, o estado exportou 10,8 milhões de toneladas de soja. O restante é vendido no mercado doméstico. Mesmo com área maior, produção da segunda safra de milho no estado cairá em 2013 O plantio da segunda safra de milho em Mato Grosso estava completo em 10% da área até a primeira semana de fevereiro, mas com previsão de atingir 80% até o final de do mês, dependendo das condições climáticas, até então desfavoráveis por conta das chuvas, destaca Latorraca. Segundo levantamento do IMEA, a área plantada no estado será recorde, atingindo 2,787 milhões de hectares, avançando 11% frente aos 2,504 milhões de hectares cultivados na temporada 2011/12. Em compensação, devido ao uso de uma tecnologia média, mas inferior à da temporada passada, a produtividade média deve ficar em 80 sacas de 60 quilos por hectare, abaixo das 104 sacas colhidas na segunda safra 2012. "Tivemos um clima excepcional no ano passado, que não deve se repetir em 2013. Com isso, a expectativa de produção em 2013 tende a ser 15% menor frente às 15,586 milhões de toneladas obtidas no ano passado, alcançando 13,294 milhões de toneladas. Ainda assim, esse é um bom volume, 2 CENÁRIO REGIONAL Ano 3 • Número 22 • Janeiro|2013 pois corresponde a quase o dobro das 7 milhões de toneladas obtidas na safra 2010/11", compara o gestor do IMEA. Latorraca sinaliza que os preços ponderados do milho neste ano variam entre R$ 17,50 e R$ 18,00 por saca de 60 quilos e mostram-se mais atrativos frente aos praticados no mesmo período do ano passado, de R$ 16,00. "Apesar disso, a comercialização até agora indica um avanço mais lento, com 17,6% da safrinha negociada, ante 42,6% no mesmo período do ano passado", afirma. O Mato Grosso deve manter a tendência de exportar 60% de sua produção ao mercado internacional, mantendo os 40% restantes no Brasil. "Vendemos 9 milhões de toneladas da safrinha passada. Do que ficou no mercado interno, cerca de 2,8 milhões de toneladas foram consumidas em Mato Grosso e o volume restante foi direcionado a outros estados", explica. Área cultivada de algodão em Mato Grosso deve cair 36% na safra 2012/13 Latorraca entende que a cultura de algodão talvez tenha sido a mais prejudicada no Mato Grosso, por conta dos grandes volumes de chuvas registrados e que vem dificultando o cultivo da segunda safra. "Os produtores visam o plantio em janeiro e na primeira semana de fevereiro, mas o atraso na colheita de primeira safra pode acabar se refletindo em queda na área", disse. "Muitas áreas que seriam cultivadas com algodão passaram a ser plantadas com milho", acrescenta. O gestor do IMEA salienta que a área cultivada com algodão na temporada 2012/13 tende a cair 36% frente à safra passada, de 722,568 mil hectares para 464,811 mil hectares, Fonte: Imea Cultivo de milho 2a safra em Mato Grosso Comercialização de milho em Mato Grosso Fonte: Imea Fonte: Imea por conta dos preços depreciados do algodão com a produção recorde obtida no ano passado e com os estoques elevados, o que desmotivou os produtores.A produção de algodão em pluma no estado deve chegar a 632,296 mil toneladas, aquém das 1,089 milhão de toneladas registrada na temporada 2011/ 12. A produtividade média em pluma nesta safra tende a cair também frente à passada, de 3.865 quilos por hectare para 3.473 quilos por hectare por hectare. Latorraca destaca que a área de primeira safra, plantada em dezembro, alcançou 142 mil hectares, com uma queda de 61% ante a temporada 2011/12, por conta da migração de áreas para o cultivo da soja. Para a segunda safra, contudo, a expectativa é de que sejam cultivados 288 mil hectares, com crescimento de 6% frente à safra 2011/12. Após o período ideal de cultivo da segunda safra, ainda será plantada uma área de 34 mil hectares com algodão adensado, que recebe maiores quantidades de semente por hectare. O gestor comenta que o preço do algodão gira hoje em torno de R$ 57,00 por arroba, valor que supera a média registrada no mesmo período do ano passado, que oscilava entre R$ 49,00 e R$ 50,00 por arroba. "Nossa expectativa é que, com uma oferta menor, o preço do algodão possa subir ainda mais", comenta.No que tange a negócios, a expectativa é de que metade da safra seja exportada neste ano, percentual que não foge muito ao do ano passado, quando, o Mato Grosso exportou 554 mil toneladas de algodão em pluma. No que tange a vendas antecipadas, o estado vendeu até agora cerca de 56% da safra prevista, bem abaixo dos 89% negociados no mesmo período do ano passado. toneladas previstas inicialmente, com colheita estimada de 5,7 milhões de toneladas, segundo informações da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul). "Mesmo assim, ela ainda irá superar as 4,628 milhões de toneladas colhidas na temporada 2011/12", comenta o engenheiro-agrônomo da Famasul, Leonardo Carlotto. De acordo com Carlotto, o clima para o desenvolvimento das lavouras de soja em Mato Grosso do Sul foi bastante disperso nas diferentes regiões do estado, apesar das chuvas de bom volume registradas entre o final de janeiro e o início de fevereiro. O desenvolvimento foi normal no norte do Estado, mas na região sul houve problemas com a seca, que levaram a um replantio de áreas em outubro do ano passado, bem como em novembro, quando a falta de chuvas atingiu lavouras de ciclo precoce que estavam em enchimento de grãos. "Com isso alguns municípios do sul do estado terão perdas significativas com a estiagem. Apenas para ter uma ideia, alguns municípios como Naviraí, Fátima do Sul, Caarapó e Dourados ficaram sem chuvas durante períodos que variaram entre 20 e 30 dias", explica. A área de soja, por outro lado, por conta dos bons preços, recebeu um incremento de 11%, ocupando espaços antes Cultivo de algodão em Mato Grosso MATO GROSSO DO SUL Produção de Soja no estado deve ficar aquém da prevista por conta da estiagem Por conta dos efeitos do clima, a produção de soja em Mato Grosso do Sul deverá ficar aquém das 6 milhões de Fonte: Imea CENÁRIO REGIONAL Ano 3 • Número 22 • Janeiro|2013 3 Crédito: ASCOM Famato “Com produção menor de algodão em Mato Grosso, expectativa é de que preço possa subir ainda mais”, comenta o gestor do IMEA, Daniel Latorraca previsão é de que os trabalhos de colheita iniciem no final de fevereiro. Para a segunda safra, que tinha 25% da área plantada na segunda semana de fevereiro, a previsão é de um incremento frente aos 1,2 milhão de hectares cultivados em 2012, Crédito: Assessoria de Comunicação Famasul ocupados pelo milho verão e algodão, passando de 1,884 milhão de hectares para 2,1 milhões de hectares. O rendimento médio previsto para a soja gira em torno de 48 sacas de 60 quilos por hectare, aquém das 50 sacas previstas inicialmente, mas acima 44 sacas colhidas em média por hectare na temporada 2011/12. Conforme Carlotto, cerca de 35% da área de soja estava colhida até a segunda semana de fevereiro. Em termos de comercialização, a Famasul contabilizava que até 25 de janeiro, 51% da safra de soja havia sido negociada antecipadamente, contra 31% no mesmo período do ano passado. "Isso se deve ao preço, que está em cerca de R$ 10,00 acima do valor praticado no mesmo período de 2012, atingindo valor médio de R$ 53,00. Área de milho verão cai em Mato Grosso do Sul e cresce na segunda safra O Mato Grosso do Sul tem procurado investir forte no cultivo da segunda safra de milho, cultivando poucas áreas de cereal no verão. Neste ano não serão diferente. Conforme Carlotto, o estado reduziu ainda mais a área cultivada nesta safra frente à anterior, por conta do maior interesse dos produtores no cultivo da safra de soja. A Famasul estima uma área plantada de 48 mil hectares em todo estado, aquém dos 68 mil hectares plantados na safra verão 2011/12. A produção esperada para 2012/13 gira em torno de 360 mil toneladas, com rendimento médio de 7.500 quilos por hectare, contra uma safra de 458 mil toneladas no ano passado e média de produtividade de 6.730 quilos por hectare. A 4 CENÁRIO REGIONAL Ano 3 • Número 22 • Janeiro|2013 “Produção de soja em Mato Grosso do Sul deve ficar aquém das 6 milhões de toneladas previstas inicialmente”, relata o engenheiro-agrônomo da Famasul, Leonardo Carlotto Cultivo de soja em Mato Grosso do Sul Cultivo de milho 2a safra em Mato Grosso do Sul Fonte: Famasul Fonte: Famasul alcançando 1,5 milhão de hectares neste ano. Mesmo com o incremento na área, a previsão da Famasul é de que seja colhidas 5,48 milhões de toneladas de milho, com rendimento médio de 4.550 quilo por hectare, abaixo das 6,117 milhões de toneladas obtidas na safrinha 2012, que teve rendimento médio de 5.100 quilos por hectare. De acordo com Carlotto, a menor produção e rendimento médio neste ano decorrem do clima excepcional registrado no ano passado, que tende a não se repetir novamente. "Tivemos chuvas em épocas não previstas, que contribuíram para um resultado acima do esperado. Mesmo assim, o resultado previsto para este ano está dentro da normalidade", afirma. Levantamento da Famasul indica que a saca de milho gira em torno de R$ 25,00 na região, acima dos R$ 17,00 a R$ 18,00 praticados no mesmo período do ano passado. "Mesmo com o preço mais atrativo, as negociações do milho não evoluem no mesmo ritmo da soja. Até agora, cerca de 10% da segunda safra foi negociada até agora. O produtor prefere colher para depois comercializar sua safra", comenta. Produtor de Mato Grosso do Sul migra para soja e reduz área cultivada de algodão Carlotto ressalta que o cultivo de algodão vem se desenvolvendo bem no norte de Mato Grosso do Sul, por conta dos bons volumes de chuvas que vem sendo registrados. "Há muito pouco algodão de primeira safra no estado, embora percebamos que tenha ocorrido uma queda na área cultivada de segunda safra cultivada em dezembro e janeiro. A área total do estado caiu de 62 mil hectares na temporada 2011/12 para 40 mil hectares de na atual temporada, por conta dos preços mais atrativos da soja, que levou produtores a migrarem para esta cultura", disse. Em função da área menor, a produção em pluma tende a cair também, atingindo 61,4 mil toneladas, aquém das 84,6 mil toneladas obtidas na safra 2011/12. O rendimento médio, Cultivo de algodão em Mato Grosso do Sul Cultivo de soja em Goiás Fonte: Famasul Fonte: Faeg CENÁRIO REGIONAL Ano 3 • Número 22 • Janeiro|2013 5 Fonte: Faeg entretanto, tende a crescer, passando 1.365 quilos por hectare em pluma para 1.548 quilos por hectare. "O algodão vem apresentando um bom aspecto, com colheita prevista para março", sinaliza. O rendimento em pluma tende a ficar bem próximo do registrado na temporada 2011/12, de 38,5%. GOIÁS Bons preços favoreceram crescimento de área plantada de soja no Estado Levantamento divulgado pela Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) indicou que a área de soja deverá terá um incremento de 9% na temporada 2012/13, passando de 2,7 para 2,9 milhões de hectares, por conta dos bons preços praticados para a oleaginosa, com cerca de 90% da área sendo transgênica. "O preço gira hoje entre R$ 55,00 e R$ 56,00 para a saca de 60 quilos, acima dos R$ 42,00 praticados no mesmo período do ano passado, o que foi um fator determinante para o avanço da área, informa o engenheiro-agrônomo Leonardo Machado. A expectativa de produção gira em torno de 9 milhões de toneladas, ante as 8,2 milhões de toneladas obtidas na safra 2011/12. A produtividade média deve recuar 10% frente à expectativa inicial prevista, de 3.300 quilos por hectare, em razão da falta de chuvas na fase de plantio e também no período de floração das lavouras, que durou 20 dias. "Devemos colher em torno 3.100 quilos por hectare, volume similar à média registrada na temporada 2011/12, de 3.120 quilos por hectare", afirma. Machado salienta também que, por conta das chuvas entre o fim de janeiro e o inicio de fevereiro, havia um atraso na colheita até a segunda semana do mês, que estava completa entre 10% a 12% da área, ante 15% a 20% no mesmo período do ano passado. Por conta dos bons preços, Machado sinaliza que em torno de 65% da safra de soja tenha sido vendida antecipadamente até a segunda quinzena de fevereiro, contra 55% no mesmo período do ano passado. 6 CENÁRIO REGIONAL Ano 3 • Número 22 • Janeiro|2013 Área da segunda safra de milho deve crescer 5% em Goiás Levantamento da Federação da Agricultura de Goiás indica que a área de milho na safra verão do estado deve ficar em 400 mil hectares, apresentando um decréscimo de 25% frente aos 500 mil hectares cultivados na temporada 2011/12, em decorrência da maior atratividade de preços oferecida pela soja. "A exemplo da soja, o milho verão também foi afetado pela estiagem durante seu desenvolvimento e tudo indica que a produção deverá recuar de 4,3 milhões de toneladas para volumes entre 3,2 e 3,3 milhões de toneladas", destaca o engenheiro-agrônomo Leonardo Machado. Com isso, a produtividade média tende a ficar em 7.900 quilos por hectare, aquém da rentabilidade obtida na temporada 2011/12, que oscilou entre 8.100 e 8.200 quilos por hectare. Leonardo salienta que os preços do milho estão mais atrativos neste ano frente ao mesmo período do ano passado. "A saca de 60 quilos é cotada de R$ 26,00 a R$ 28,00, contra valor de R$ 22,00 no ano passado", compara. Até agora, cerca de 1% da área foi colhida, com os produtores dando preferência à colheita da soja. No que tange à segunda safra, a expectativa é de que a área de milho possa crescer 5% neste ano, ocupando 729 Crédito: Marcus Vinicius Cultivo de milho 2a safra em Goiás “Área cultivada de algodão em Goiás deve cair 45% ante a safra 2011/12”, destaca o engenheiroagrônomo da Faeg, Leonardo Machado mil hectares, acima dos 690 mil hectares plantados em 2012, embora tudo ainda dependa das condições climáticas, tendo em vista que o plantio até agora atinge entre 5% a 6% da área, contra 15% no mesmo período do ano passado. "A chuva vem atrapalhando um pouco a colheita da soja e o cultivo do milho", disse. A expectativa de produtividade média esperada pela Faeg para o milho é de 5.700 quilos por hectare, alcançando produção de 4,2 milhões de toneladas, abaixo da produtividade média de 6.000 quilos por hectare e da safra de 6 milhões de toneladas de milho colhidas em 2012. Em termos de negócios, apenas cerca de 10% da safrinha de milho foi vendida antecipadamente. Chuvas prejudicam plantio de algodão em Goiás O plantio de algodão em Goiás tem sido prejudicado por conta das chuvas, atingindo em torno de 5% da área até o momento contra 10% a 15% no mesmo período do ano passado. A previsão da Faeg é de que sejam cultivados 50 mil hectares na temporada 2012/13 (primeira e segunda safra), área 45% menor que a registrada na temporada 2011/12, já que muitos produtores optaram pelo plantio de soja. "A expectativa de produção em pluma é de 79,3 mil toneladas, recuando 38,4% frente ao ano passado", comenta Machado. A produtividade média em pluma, por outro lado, tende a alcançar 1.580 quilos por hectare, crescendo 10% frente à safra 2011/12, que teve rendimento de 1.436 quilos por hectare. CENÁRIO REGIONAL é uma publicação da Agência SAFRAS, do Grupo SAFRAS & Mercado. Editor responsável: Dylan Della Pasqua Redação: Arno Baasch | Projeto Gráfico: Carlos Soares Av. 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