UNIÃO EDUCACIONAL MINAS GERAIS S/C LTDA FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE MINAS Autorizada pela Portaria no 577/2000 – MEC, de 03/05/2000 BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO INFORMATIZAÇÃO DA SECRETARIA DE UMA ESCOLA PARTICULAR DE 1º E 2º GRAUS DANILO FRANÇA MENDES UBERLÂNDIA - MG 2005 DANILO FRANÇA MENDES INFORMATIZAÇÃO DA SECRETARIA DE UMA ESCOLA PARTICULAR DE 1º E 2º GRAUS Trabalho de Final de curso submetido à UNIMINAS como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientador: Prof. MSc Silvio Bacalá Júnior UBERLÂNDIA - MG 2005 DANILO FRANÇA MENDES INFORMATIZAÇÃO DA SECRETARIA DE UMA ESCOLA PARTICULAR DE 1º E 2º GRAUS Trabalho de Final de curso submetido à UNIMINAS como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação. Orientador: Prof. MSc Silvio Bacalá Júnior Banca Examinadora: Uberlândia, 02 de julho de 2005. Prof. MSc Silvio Bacalá Júnior (Orientador) Prof. Esp. Márcio Caetano Reis Profª. Drª Kátia Lopes Silva UBERLÂNDIA - MG 2005 Dedico este trabalho à minha tia Maria da Graça, que após a morte de minha mãe tem cuidado de mim como um filho. AGRADECIMENTOS A Deus, em primeiro lugar. À meu orientador Silvio Bacalá que me agüentou durante um ano, sempre me mostrando caminhos e alternativas à todos os questionamentos apresentados. À minha tia Maria da Graça que não mediu esforços para dar-me forças para seguir em frente, custeando grande parte de meus estudos. Aos meus filhos, Felipe e Thaís, que conviveram nesses quatro anos, com a falta de tempo e presença. À minha saudosa Mãe, que mesmo só com suas lembranças, foi fundamental para que pudesse chegar aonde cheguei. À Iara, coordenadora da Escola na qual trabalho, que me deu o empurrão para que entrasse na faculdade depois de tantos anos. Aos meus amigos José Robson e Sérgio que estiveram sempre do meu lado durante os quatro anos da faculdade. Enfim, a todos meus familiares e amigos que com o carinho, o amor e a presença, me apoiaram de uma forma ou de outra para que eu conseguisse superar mais esta etapa. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11 2. A ROTINA DE UMA SECRETARIA ..................................................................... 14 3. PROCEDIMENTOS DO SISTEMA .......................................................................... 18 4. 3.1. CADASTRAMENTO DE ALUNOS ............................................................... 18 3.2. CADASTRAMENTO DE TURMAS............................................................... 19 3.3. CADASTRAMENTO DOS PROFESSORES................................................ 19 3.4. CADASTRAMENTO DE DISCIPLINAS........................................................ 20 3.5. LANÇAMENTO DE NOTAS ......................................................................... 20 3.6. CONSULTA DE DADOS .............................................................................. 20 3.7. GERAÇÃO DE BOLETINS E RELATÓRIOS .............................................. 21 3.8. DATA MINING NO BANCO DE DADOS ...................................................... 21 ESTUDOS DE CASO............................................................................................... 22 4.1 LEVANTAMENTO DOS CASOS DE USO ................................................... 22 4.1.1 CADASTRAR ALUNO ...................................................................... 24 4.1.2 CADASTRAR TURMAS.................................................................... 25 4.1.3 CADASTRAR DISCIPLINAS ............................................................ 26 4.1.4 CADASTRAR PROFESSORES ....................................................... 27 4.1.5 VALIDAR MATRÍCULA..................................................................... 28 4.1.6 LANÇAR NOTAS E FALTAS ............................................................ 29 4.1.7 EMITIR BOLETIM ............................................................................. 30 4.1.8 RELATÓRIO DE ALUNOS SEM NOTAS ......................................... 31 4.1.9 EMITIR DECLARAÇÃO DE FREQÜÊNCIA ..................................... 32 4.1.10 EMITIR RELATÓRIO DE ALUNOS COM RECUPERAÇÃO ............ 33 4.1.11 EMITIR DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA............................... 34 4.1.12 EMITIR ATA DE NOTAS FINAIS...................................................... 35 4.1.13 EMITIR HISTÓRICO ESCOLAR....................................................... 36 4.2. 4.3. DETALHAMENTO DOS CASOS DE USO................................................... 37 4.2.1 LANÇAMENTO DE NOTAS E FALTAS............................................ 38 4.2.2 EMISSÃO DE DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA .................... 39 4.2.3 EMISSÃO DA ATA ESCOLAR COM AS NOTAS FINAIS ................ 41 MODELO DE CLASSES DE NEGÓCIO ...................................................... 43 5. MODELAGEM DO BANCO DE DADOS.................................................................. 45 6. DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO............................... 50 7. 6.1 HARDWARE + INVESTIMENTO ................................................................ 51 6.2 USUÁRIOS CONECTADOS AO SISTEMA ................................................ 52 6.3 CONHECIMENTO E TREINAMENTO DOS USUÁRIOS ............................ 52 6.4 MANUTENÇÃO DO SISTEMA .................................................................... 52 6.5 AMBIENTE + AQUISIÇÃO DE SOFTWARES ............................................. 53 6.6 LINGUAGEM DE DESENVOLVIMENTO .................................................... 54 6.7 SITUAÇÃO REAL ........................................................................................ 54 CONCLUSÃO E COMENTÁRIOS FINAIS............................................................. 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 57 RESUMO A informatização de todos os departamentos das empresas na atualidade já é uma realidade e de crescimento gradual e constante. Numa Instituição de Ensino este processo não poderia deixar de acontecer, mas não com a mesma velocidade que em outros setores, pois todos os programas que surgem não tomam o cuidado em tentar se aproximar ao máximo dos procedimentos efetuados pela secretaria de uma escola, o que dificulta e cria barreiras na sua informatização, pela dificuldade que é gerada ao trabalho diário e a não eficiência dos resultados obtidos. Neste trabalho foram feitas as análises das rotinas mais comuns de uma secretaria levando-se em conta a maneira mais ágil, rápida e eficaz para a obtenção de resultados, ponto extremamente importante para o bom andamento e aproveitamento das informações geradas pelo corpo docente e discente do colégio. Foram apresentadas as funcionalidades mais comuns e propostas soluções para evitar o impacto dos usuários com os programadores, apresentando também, modelagem do banco de dados e soluções para implementação e implantação deste sistema. ABSTRACT The informatization of all the departments within institutions is nowadays a reality that has being growing steadily. In a learning institution this process could not fail to happen. Although it does so much slower than in any other sector since the programs that are developed are not careful to follow the procedures exercised in the operations department of a school. Therefore, the difficulty to continue the daily work and the inefficiency of the obtained results creates barriers in the informatization of learning institutions. In this work the most common routines of a school operations department were analyzed. The manner in which to obtain the fastest and most efficient results was taken into the utmost consideration. This point is extremely important for the smooth process and absorption of information generated by teachers and students. The most common functionalities and solutions were presented in order to diminish the impact between users and programmers. Also presented, was the modeling of the data bank and solutions for the implementation and installation of this system. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – INTERAÇÃO DO USUÁRIO COM O SISTEMA ........................................... 23 FIGURA 2 – INTERAÇÃO DO USUÁRIO COM OS CASOS DE USO ............................. 23 FIGURA 3 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES - LANÇAMENTO DE NOTAS E FALTAS..... 38 FIGURA 4 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES EMISSÃO DE DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA ................................ 40 FIGURA 5 – DIAGRAMA DE ATIVIDADES EMISSÃO DE ATA ESCOLAR COM AS NOTAS FINAIS............................ 42 FIGURA 6 – MODELO DE CASSES DE NEGÓGIO ........................................................ 44 FIGURA 7 – RELACIONAMENTO ENTRE DUAS TABELAS........................................... 45 FIGURA 8 – EXEMPLO DE RELACIONAMENTO 1 PARA 1........................................... 46 FIGURA 9 – EXEMPLO DE RELACIONAMENTO 1 PARA MUITOS ............................... 46 FIGURA 10 – EXEMPLO DE RELACIONAMENTO MUITOS PARA MUITOS ................. 47 FIGURA 11 – MODELAGEM PROPOSTO PARA O SISTEMA ACADÊMICO ................. 47 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – CASOS DE USO DO SISTEMA ................................................................... 22 11 1. INTRODUÇÃO Os avanços tecnológicos têm sido responsáveis por mudanças em nossa sociedade. A informática é ferramenta obrigatória em praticamente todas as profissões, posto que, com o uso dos computadores, é possível aumentar a produtividade e melhorar a qualidade em qualquer ramo de atividade ou área do conhecimento humano. E na Educação, o que se ganha com a informatização das escolas? Também a resposta é o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade, possibilitando um sistema de ensino-aprendizagem mais eficiente e otimizado. Logicamente os benefícios são diferentes quando olhamos os diferentes setores da escola. Uma maneira de se maximizar os benefícios da informatização é analisá-los, separadamente, por setor e estabelecer planejamentos estratégicos para sua viabilização. A secretaria, objeto de estudo deste trabalho, deve ter à sua disposição ferramentas de fácil utilização que lhe permitam incluir, acessar e publicar dados pré-selecionados, como por exemplo, quantidade de aulas ministradas pelo professor e o número de faltas dos alunos. Para melhorar a qualidade desse tipo de trabalho, deve-se fazer a revisão dos dados antes de eles serem incluídos no sistema, ou seja, o que foi digitado é comparado com parâmetros aceitáveis para a eliminação de erros grosseiros de digitação. O funcionamento de um estabelecimento escolar deve obedecer a regras bastante claras e específicas, ditadas pela LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e pela legislação dos Estados (do Ensino Fundamental em diante) ou pela legislação dos Municípios (educação infantil: berçários, creches, jardins, parquinhos, pré-escolas e quaisquer outras denominações). Este trabalho tem como objetivo apresentar as rotinas e problemas mais comuns de uma secretaria de um Colégio particular de 1º e 2º graus, possibilitando facilitar e agilizar o desenvolvimento de futuros sistemas acadêmicos. Com isso, são apresentados aos membros da área de informática, 12 procedimentos para análise e implementação de sistemas acadêmicos que atendam, em sua plenitude, às instituições, não “forçando” na adaptação das mesmas aos softwares já existentes ou aos que serão projetos a partir desta data. Com as informações aqui apresentadas, será possível entender os processos, procedimentos e rotinas do setor acadêmico das escolas de ensino fundamental e médio, tornando qualquer implementação ou alteração na conduta atual, uma forma menos agressiva e de maior adaptabilidade. A secretaria da Instituição de Ensino é um dos departamentos mais importantes e imprescindíveis para o perfeito funcionamento da Escola, pois além de organizar toda a documentação dos alunos como documentos pessoais e históricos de notas, faz todo o controle de notas e faltas de todos os matriculados. Neste sentido, observa-se que não existem referências disponíveis de como conduzir estes processos de maneira simples, organizada e de acordo com as normas da SRE - Superintendência Regional de Educação, baseadas nas Leis de Diretrizes e Bases. Tendo vários contatos com programas acadêmicos de computador chamados de softwares acadêmicos, percebe-se que existe uma dificuldade de adaptação do programa com o processo utilizado pela escola, a qual acaba precisando “enquadrar-se” no modo de trabalho do sistema e não o sistema ao processo da escola. Com este trabalho pretende-se fazer um elo entre os sistemas (ferramentas) e as secretárias (quem realmente usará a ferramenta) para que cada uma das partes entenda melhor os processos mais simples e mais rápidos para a execução do trabalho de secretaria, possibilitando um ganho na qualidade dos serviços oferecidos tanto aos alunos, quanto a seus responsáveis. Experiência é fator primordial para a perfeita execução de qualquer trabalho. É por intermédio de entrevistas com secretárias e diretoras que fará a verificação real dos problemas e levantamento de sugestões e implementações de sucesso nesta área. 13 A coleta de todos os dados necessários foi realizada in loco considerando sempre as dificuldades oriundas da falta de planejamento, organização e pesquisa de métodos mais eficientes para as situações e possíveis soluções. A observação do trabalho diário da secretaria também foi utilizada como fonte de informações para o levantamento de problemas e soluções. Foram criados modelos de documentos contendo todos os dados necessários para o arquivamento do histórico dos alunos e sua organização anual. O autor deste trabalho, através de sua longa experiência no processo de secretaria de escola particular de 1º e 2º grau, dará sua contribuição àqueles que não tem a possibilidade de ter um contato tão de perto com estas instituições. O trabalho assim está dividido: no capítulo 2, será apresentada a rotina de uma secretaria acadêmica e os seus problemas quanto a organização e informatização das informações deste setor. Os procedimentos do sistema baseados na rotina da secretaria serão tratados no capítulo 3. Já no capítulo 4 apresentar-se-á os estudos de caso para este sistema, ainda neste segmento, será exemplificado, com diagramas de atividades de alguns dos estudos de caso de uso e um modelo de classes de negócio. No capítulo 5 é apresentada a modelagem do banco de dados da estrutura proposta para a secretaria do colégio. Como o intuito também é apresentar experiências, no capítulo 6 é feito o estudo de algumas soluções para o desenvolvimento, implementação e implantação de um software acadêmico, finalizando com a conclusão de toda a pesquisa referida neste trabalho. 14 2. A ROTINA DE UMA SECRETARIA As Escolas particulares, de forma geral, têm suas Entidades Mantenedoras, que é assim denominada a empresa ou organização, dotada de Contrato Social (empresa) ou Estatuto (Organização não Governamental ou Fundação) devidamente registrado em Cartório de Registro Civil ou na Junta Comercial do Estado, cadastrada na Prefeitura da cidade onde está instalada e na Receita Federal. Para efeitos legais, é quem mantém financeiramente e fornece a estrutura administrativa para um estabelecimento educacional de qualquer nível, da Educação Infantil ao Curso Superior. A secretaria da Escola é o setor de maior importância no processo de registro acadêmico, devido à necessidade de veracidade e autenticidade dos dados e a não ocorrência de erros tanto de digitação quanto na organização das informações contidas em todo o trabalho. É nela que acontecem as maiores dificuldades num processo de informatização, A secretaria de uma Escola mantém uma gama de serviços ou procedimentos praticamente padronizados em sua forma de apoio à Instituição. Dentre estes, devemos salientar alguns para que o todo processo seja entendido de maneira clara. • Assiste administrativamente à Entidade Mantenedora, à Direção, à Coordenação Pedagógica, ao corpo docente e discente, funcionários e aos clientes (alunos e pais), dando suporte às informações geradas no Ensino e fazendo um elo central e importante entre todos os envolvidos neste processo. O ponto de referência para todos os problemas é a secretaria, pois ali é que pode-se realizar um elo de ligação entre todos os envolvidos direta ou indiretamente nas atividades do processo acadêmico. • Cuida da guarda e preenchimento dos livros e documentos pertinentes às rotinas da Escola e que não sejam da competência dos professores e 15 alunos. Estes documentos devem ser guardados corretamente e com muita organização, pois eles têm que ficar retidos na Escola num prazo de 15 (quinze) anos para qualquer consulta futura. O processo de documentação e arquivamento dos mesmos passa periodicamente por conferências para averiguação de sua fácil disponibilidade e verificação em consultas quando necessário. A limpeza e conservação são muito importantes para a longevidade dos documentos arquivados. • Mantém os registros atualizados dos prontuários dos alunos, professores e funcionários, cuidando para que todos os documentos sejam conferidos para não haver nenhum tipo de dúvidas quanto à veracidade das informações prestadas à Escola, além de efetuar a atualização periódica. Após todas as impressões de qualquer documento deve ser conferido por pelo menos duas pessoas para que não seja passível de erros humanos, de digitação ou pelo processamento incorreto das informações, principalmente aqueles que são advindas de outras instituições de ensino. • Provê o arquivamento dos registros das fichas de avaliações, fichas de desenvolvimento e todo o material avaliativo de todos os alunos, separados e organizados por período letivo seguindo o Regimento Escolar e o planejamento da Instituição. Não se deve esquecer que todos os documentos arquivados devem ser datados corretamente e assinados pelos devidos responsáveis, direção, secretária, professor ou responsável pelo aluno, dependendo do documento a ser assinado, além, de verificar a legibilidade dos dados impressos ou escritos. • Faz o controle das ocorrências diárias da Escola: faltas dos alunos, passeios, recados, ocorrência de doenças infecto-contagiosas em alunos e funcionários, além de notificações aos responsáveis pelos alunos sobre qualquer informação que se fizer necessária na comunicação entre pais – escola - aluno. 16 Para cada ocorrência acontecida na escola poderá existir um tipo de procedimento ou forma de documentação, mas sempre em qualquer forma, ela deverá ser controlada e organizada pela secretaria, com o objetivo de acompanhar todos os alunos em sua plenitude escolar e justificativas de ações a serem tomadas. • Executa diariamente o controle dos diários de classe de cada turma e de cada professor / disciplina, fornecendo aos professores as faltas de cada aluno por período. Esse controle é feito através de chamada diária sala por sala. Possibilita um bom andamento no processo diário das turmas, não deixando que nenhum controle deixe de ser feito ou ainda não seja feito erroneamente. Através de controle por professor e/ou turma consegue a qualquer momento apresentar à direção ou coordenação as informações da situação real atual da Instituição de Ensino. • Expede documentos previamente solicitados pelo corpo docente ou discente como declarações, históricos escolares, boletins de notas e presenças, transferência entre outros. Com base nos dados existentes faz a emissão de todos os documentos para uso externo ou interno, aferindo veracidade aos mesmos, sempre datados e assinados. • Faz o envio, ao órgão supervisor competente (Secretarias de Educação e ou Delegacias de Ensino) dos documentos de grade e calendário escolar, relação de professores e suas devidas solicitações de autorização para ministrar aulas, Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico e outros que forem solicitados. A Escola deve manter um contato permanente com os órgãos responsáveis pelo controle municipal, estadual ou federal de ensino, para que todo o processo seja feito de forma transparente e dentro das leis que regem o negócio. 17 • Confere os documentos recebidos no momento da transferência de alunos de outras instituições, fazendo valer os direitos e deveres de ambas as partes. Para evitar fraudes e erros futuros, sempre que receber um documento deve-se conferir minuciosamente todos os termos de documentos recebidos pela Instituição. 18 3. PROCEDIMENTOS DO SISTEMA A maioria dos problemas pode ter várias soluções, porém nem sempre a solução adotada é a mais adequada e de menor impacto na sua adoção. Por isso, com base em rotinas indicadas no capítulo anterior, será apresentada uma abordagem, de forma fácil, didática e organizada, para informatização da secretaria de um colégio, possibilitando um estudo mais minucioso para o desenvolvimento de sistemas acadêmicos. A descrição abaixo sugere procedimentos de ajustes aos processos mais comuns na secretaria e que foram arranjados para facilitar o processo de organização e consultas de qualquer membro da secretaria, coordenação, diretoria e corpo docente e discente da Instituição de Ensino. 3.1. CADASTRAMENTO DE ALUNOS O cadastramento dos alunos deve ser feito contendo todos os dados pessoais, dados dos pais, com endereçamento completo para as séries iniciais. Já no caso de alunos vindos de outras escolas, devem constar todas as informações advindas do histórico escolar expedido pela Instituição da qual o aluno se originou. O aluno deverá receber um código de matrícula que o acompanhará por toda a sua vida escolar, para facilitar na captura de qualquer campo que se necessite no futuro. Para agilizar todo o processo de arquivamento, deverá receber uma pasta de arquivo com o mesmo número. Este número será usado em todos os cadastros posteriores, para criar um vínculo dos dados a cada aluno, sem que estes sejam perdidos ou que fiquem sem utilidade. No caso, do aluno solicitar transferência para outro colégio, este não deverá ser excluído do sistema, mas apenas alterado seu status para inativo, pois o aluno tem um período em que ele poderá vir a procurar a secretaria para solicitar segunda via do histórico escolar, ou mesmo retornar à escola. 19 3.2. CADASTRAMENTO DE TURMAS O cadastramento das turmas faz-se necessário para que se possa aglomerar os alunos por turma ou sala, facilitando no controle de notas, faltas e arquivamento de seus documentos. Estas turmas deverão ser separadas por tipo de ensino, seguindo denominação nacional em Ensino Infantil (séries iniciais), Ensino Fundamental (1ª a 8ª série) e Ensino Médio (1º ao 3º ano). No caso, de ter mais de uma sala de cada série, estas podem ser letradas ou numeradas. Além destes dados básicos, podem-se cadastrar a localização física da sala, nome do professor responsável e quantidade máxima de alunos por sala. Na sala, cada aluno receberá um número de chamada que o definirá numa ordem por ordem alfabética com todos os seus colegas de turma. 3.3. CADASTRAMENTO DOS PROFESSORES O cadastro de professores é muito simples, contendo os dados pessoais, filiação, documentação completa, endereçamento completo, dados acadêmicos necessários à aplicação da lei que solicita que o professor tenha a competência didática para o exercício de lecionar. Em caso de múltiplas disciplinas, ou a não conclusão de um curso de capacitação, ou lecionar um disciplina diferente de sua formação, o professor deverá obter uma autorização junto à Superintendência de Ensino de seu município ou região, o qual deverá ser renovada anualmente. Para os professores formados deverá se cadastrar o número de registro do seu diploma e ainda, constar todos os cursos e/ou especializações que por ventura tenha realizado. Para uso do setor pessoal da escola, deve-se cadastrar em quais turmas são ministradas aulas e o total de aulas ministradas. 20 3.4. CADASTRAMENTO DE DISCIPLINAS O cadastramento de disciplinas é necessário para que se possam separar por série quais as disciplinas cada uma tem. Possibilita uma flexibilidade na nomenclatura, ordem e carga horária individual das disciplinas de acordo com a grade escolar definida por cada instituição de ensino, baseando-se nas Leis de Diretrizes e Bases comuns. 3.5. LANÇAMENTO DE NOTAS Com o cadastramento dos itens anteriores, o cadastramento das notas torna-se mais organizado, uma vez que definida a turma, podem-se cadastrar todas as notas por disciplina, seguindo a ordem de chamada dos alunos. As notas terão apenas um dígito decimal e para as disciplinas que são avaliadas conceitualmente serão validadas as entradas como (E) Excelente, (O) Ótimo, (MB) Muito Bom, (B) Bom, (R) Regular, (F) Fraco ou (I) Insuficiente. As notas são cadastradas separadas por bimestre ou trimestre de acordo com a escolha no Regimento Escolar do Colégio. Se existir o sistema de recuperação paralela ou por período, a entrada de uma nova nota deve ser aceita. 3.6. CONSULTA DE DADOS Com todos estes dados cadastrados e incluídos no sistema, necessitamos efetuar consultas a dados específicos, de acordo com os cadastros e com a vinculação entre todas as informações pelos campos principais como aluno e/ou disciplina. Estas consultas são de extrema relevância em todo o processo, pois é por meio delas que todo o corpo docente e discente da instituição acompanhará a evolução acadêmica, pedagógica e cultural dos alunos. Para a coordenação 21 pedagógica ou direção, torna-se possível acompanhar a trilha do conhecimento dentro de seu parque educacional. 3.7. GERAÇÃO DE BOLETINS E RELATÓRIOS A emissão de relatórios sobre tudo que está cadastrado é indispensável para o arquivamento e para a apreciação da inspetora da Delegacia de Ensino ou qualquer outra pessoa que necessite acompanhar o processo. O boletim, relatório que consta as notas do aluno por disciplina, é disponibilizado aos pais ou responsáveis pelo aluno para o acompanhamento periódico de seu filho. 3.8. DATA MINING NO BANCO DE DADOS Data Mining é o processo de canalização de informações através de dados existentes, possibilitando um estudo das falhas, dificuldades, erros em algum dos processos de apuração ou até mesmo digitação das notas e controle de necessidades de reforços a alunos com alguma deficiência em algum conteúdo específico. Ele ainda possibilitará à direção uma visão geral de estatísticas em forma de gráficos de todos os alunos e tudo a ele relacionado. Num âmbito maior, possibilita a busca de informações sobre a evasão de alunos, evolução dos alunos no aprendizado e dos professores em relação ao seu próprio aprendizado. 22 4. ANÁLISE E PROJETO 4.1. LEVANTAMENTO DE CASOS DE USO “A maior dificuldade em modelarmos um sistema não está nos diagramas que temos que desenhar, no código que devemos criar ou nas bases de dados que devemos projetar. Na realidade está nos requisitos que devemos gerenciar.” (MELO, pág. 43) Um caso de uso descreve uma seqüência de ações que representam uma situação perfeita (cenário principal) e cenários alternativos, com o objetivo de demonstrar o comportamento de um sistema (ou parte dele), através de interações com elementos externos, chamados de atores. Para o desenvolvimento deste projeto propomos aqui alguns estudos de caso de uso que serão extremamente necessários para a organização da secretaria, demonstrando as funcionalidades do sistema. Tabela 1 – Casos de Uso do Sistema 1. Cadastrar alunos 2. Cadastrar turmas 3. Cadastrar disciplinas 4. Cadastrar professores 5. Validar matrícula 6. Lançar de notas 7. Emitir boletim 8. Emitir ata final 9. Relatório de alunos em recuperação 10. Relatório de alunos sem notas 11. Emitir Declaração de Freqüência 12. Emitir Declaração de Transferência 13. Emitir Histórico Escolar 23 Controle Acadêmico Usuário Figura 1 – Interação do usuário com o sistema A figura 1 mostra que a interação com o Controle Acadêmico é feita por um usuário, que poderá ser a secretária ou uma supervisora. Controle Acadêmico Validar matrícula Lançar notas Emitir relatórios <<include>> Cadastrar alunos Emitir boletins Cadastrar disciplinas Usuário Emitir declarações Cadastrar professores Cadastrar turmas Emitir históricos Figura 2 – Visão de casos de uso do sistema A figura 2 mostra que a visão geral da interação do usuário com os vários casos de uso do sistema. 24 4.1.1 CADASTRAR ALUNO Objetivo: realiza o cadastramento prévio dos dados de um novo aluno Ator: secretária (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa o ano de vigência escolar. 2. O usuário informa os dados relativos à série a ser cursada: 2.1 Série 2.2 Turma 2.3 Data Matrícula / ativação 3. O usuário informa os dados necessários para emissão de documentos: 3.1 Nome do pai 3.2 Nome da mãe 3.3 Data de nascimento 3.4 Local do nascimento 4. O usuário confirma digitação. 5. O sistema gera um número de matrícula para o aluno. 6. O sistema fará o cadastramento dos dados do aluno, gerando campos para a digitação das notas e faltas para as disciplinas da série informada 25 4.1.2 CADASTRAR TURMAS Objetivo: realiza o cadastramento das turmas disponíveis para a matrícula dos alunos. Ator: supervisora (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa a turma. 2. O sistema checa se a turma já existe. 3. O usuário informa, para cada turma a ser disponibilizada, os seguintes dados (todos obrigatórios). 3.1 Código da turma 3.2 Série 3.3 Turma 3.4 Turno 3.5 Tipo de Ensino 3.6 Número máximo de alunos 3.7 Localização física da sala 4. O sistema altera o status da turma para “ATIVO”. 5. O sistema fará o cadastramento da turma. Cenário Secundário: 2. Turma já cadastrada. 2.1 Exibir mensagem de “turma já existente”. 2.2 Ir para 1. 26 4.1.3 CADASTRAR DISCIPLINAS Objetivo: realiza o cadastramento das disciplinas relacionadas na grade curricular da instituição, para cada turma ou série. Ator: supervisora (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa o código da turma. 2. O sistema checa se a turma existe. 3. O usuário informa as disciplinas. 4. O sistema checa a existência da disciplina. 5. Para cada disciplina o usuário informa: 5.1 Nome da disciplina e nome do professor 5.2 Carga horária anual e número de aulas semanais 5.3 Tipo de avaliação a ser adotada, podendo ser: 6. 5.3.1 Conceitual (ótimo, muito bom, bom, regular, fraco) ou 5.3.2 Valorizada por nota O sistema fará o cadastramento das disciplinas, e só em seguida, disponibilizará o cadastro de alunos e suas notas. Cenário Secundário: 2. Turma já cadastrada. 2.1 Exibir mensagem de “Turma já existente”. 2.2 Ir para 1. 4. Disciplina já cadastrada. 4.1 Exibir mensagem de “Disciplina já existente”. 4.2 Ir para 3. 27 4.1.4 CADASTRAR PROFESSORES Objetivo: realiza o cadastramento dos professores da instituição. Ator: supervisora (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa o professor. 2. O sistema checa a existência do professor. 3. O usuário informa para cada professor: 3.1 Nome do professor. 3.2 Formação acadêmica. 3.3 Número do registro. 3.4 Dados pessoais. 4. O sistema define seu status com o “ATIVO”. 5. O sistema gera um código de matrícula para o professor. 6. O sistema fará o cadastramento do professor. Cenário Secundário: 2. Professor já cadastrado. 2.1 Exibir mensagem de “Professor já existente”. 2.2 Ir para 1. 28 4.1.5 VALIDAR MATRÍCULA Objetivo: verificar se o número de uma matrícula informada é válido ou não. Ator: secretária (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa o número da matrícula. 2. O sistema verifica a existência da matrícula. 3. O sistema retorna status de verificação com sucesso. Cenário Secundário: 2. Matrícula Inexistente 2.1 Se não existir, retorna mensagem de erro, solicitando a verificação da digitação e nova entrada de dados. 2.2 Volta para 1 29 4.1.6 LANÇAR NOTAS E FALTAS Objetivo: realizar o cadastramento de notas, faltas e recuperações dos alunos por período ou anual dos alunos. Ator: secretária (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa as turmas a serem lançadas as notas. 2. O sistema recupera as turmas informadas. 3. O usuário informa o período que as notas pertencem (bimestrais, trimestrais, recuperação, anual) 4. O usuário informa as disciplinas a serem lançadas as notas. 5. O sistema recupera as disciplinas informadas. 6. Para cada aluno, o usuário informa: 6.1 O conceito, se a disciplina tiver notas conceituais, validando o tipo de conceito a ser aceito. 6.2 A nota número, se a disciplina for numérica, validando para aceitar apenas números. 6.3 Número de faltas do período. 7. O sistema fará a consistência dos dados. 8. O sistema fará o cadastramento das notas. Cenário Secundário: 2. Turma Inexistente 2.1 Se não existir, retorna mensagem de erro, solicitando a verificação da digitação e nova entrada de dados. 2.2 Volta para 1 4. Disciplina inexistente 4.1 Se não existir, retorna mensagem de erro, solicitando a verificação da digitação e nova entrada de dados. 4.2 Volta para 3 30 4.1.7 EMITIR BOLETIM Objetivo: emitir, quando solicitado, todas as notas de um aluno ou turma inteira. Ator: secretária (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa a turma. 2. O sistema busca todas as notas e faltas cadastradas de todas as disciplinas relativas a turma informada. 3. O sistema monta uma grade demonstrativa com as notas. 4. O sistema mostra a grade do boletim na tela. Cenário Secundário: 1. Emitir boletim para aluno. 1.1 Usuário informa matrícula do aluno. 4. Impressão do boletim. 4.1 O sistema confirma impressão 4.2 O sistema envia grade do boletim para impressora. 31 4.1.8 RELATÓRIO DE ALUNOS SEM NOTAS Objetivo: verificar num período os alunos que estão sem notas. Ator: supervisora (usuário) Pré condição: as notas do período têm que ter sido cadastradas. Cenário Principal: 1. O usuário informa período e turma desejada. 2. O sistema percorre todos os dados relativos ao período e a turma informada. 3. O sistema verifica a ausência das notas. 4. O sistema gera uma visualização informando os alunos e as disciplinas cujas notas estão sem notas cadastradas. Observação: 1. O usuário poderá informar todos os períodos e todas as turmas. 32 4.1.9 EMITIR DECLARAÇÃO DE FREQÜÊNCIA Objetivo: emitir um documento que comprove que o aluno está matriculado e freqüente. Ator: secretária (usuário) Pré condição: aluno cadastrado Cenário Principal: 1. O usuário informa a matrícula do aluno INCLUDED: Validar Matrícula 2. O sistema verifica se o aluno está ATIVO. 3. O sistema verifica o número de faltas 4. O sistema gera um documento contendo: 4.1 Nome do aluno 4.2 Turma 4.3 Nome do pai 4.4 Nome da mãe 4.5 Data atual 5. O sistema apresenta declaração na tela. Cenário Secundário: 5. Impressão da declaração. 5.1 O sistema confirma impressão. 5.2 O sistema envia dados para impressora. 33 4.1.10 EMITIR RELATÓRIO DE ALUNOS COM RECUPERAÇÃO Objetivo: gera um relatório com os alunos que não atingiram o valor mínimo para cada disciplina. Ator: secretária (usuário) Pré condição: notas cadastradas Cenário Principal: 1. O usuário informa o período e a turma. 2. O sistema analisa todas as notas cadastradas, quais estão abaixo do mínimo. 3. O sistema gera uma grade com todos os alunos, disciplinas e suas notas que ficaram abaixo do desejado. 4. O sistema apresenta relatório na tela. Cenário Secundário: 4. Impressão do relatório. 4.1 O sistema confirma impressão. 4.2 O sistema envia dados para impressora. 34 4.1.11 EMITIR DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA Objetivo: gerar um documento contendo todos os dados do aluno e suas notas para efeito de transferência do aluno para outra escola. Ator: supervisora (usuário) Cenário Principal: 1. O usuário informa a matrícula do aluno INCLUDED: Validar Matrícula 2. O sistema verifica se o aluno está ATIVO. 3. O sistema busca todos os dados cadastrados. 4. O sistema gera uma grade com todos os dados. 5. O sistema confirma transferência do aluno: 5.1 Se sim, altera o status do aluno para “INATIVO” 5.1.1 O sistema apresenta a declaração na tela. 5.2 Se não, apenas mostra dos dados mas não permite impressão Cenário Secundário: 5.1 Impressão da declaração. 5.1.1 O sistema confirma impressão. 5.1.2 O sistema envia dados para impressora. 35 4.1.12 EMITIR ATA DE NOTAS FINAIS Objetivo: gerar um relatório final com todos os alunos separados por turma, contendo todas as notas, conceitos, disciplinas e as faltas. Ator: supervisora (usuário) Pré Condição: todas notas e faltas cadastradas, sem nenhuma exceção. Cenário Principal: 1. O usuário informa a turma. 2. O sistema faz a verificação de cadastro de notas e disciplinas de todos os alunos. 3. O sistema monta documento da Ata Anual. 4. O sistema apresenta o documento na tela. Cenário Secundário: 2. Dados inconsistentes 2.1 O sistema emite uma mensagem de erro, informando o problema e sugerindo a conferência dos dados. 2.2 Emite uma prévia da Ata para mostrando locais dos erros. 4. Impressão do documento. 4.1 O sistema confirma impressão. 4.2 O sistema envia dados para impressora. 36 4.1.13 EMITIR HISTÓRICO ESCOLAR Objetivo: emitir todo o histórico de notas e faltas do aluno. Ator: secretária (usuário) Pré Condição: todas as séries e notas cadastradas. Cenário Principal: 1. O usuário informa a matrícula do aluno INCLUDED: Validar Matrícula 2. O sistema faz o agrupamento em ordem de anuidade escolar contendo todos os dados relativos àquela turma e instituição. 3. O sistema gera o relatório e confirma impressão. Cenário Secundário: 2. Notas de anos anteriores não foram cadastradas. 2.1 Solicitar cadastro dos dados. 2.2 Ir para 2. 37 4.2. DETALHAMENTO DOS CASOS DE USO O diagrama de atividade serve para a modelagem de aspectos dinâmicos de sistemas. Um diagrama de atividade é essencialmente um gráfico de fluxo, mostrando o fluxo de controle de uma atividade para outra. (BOOCH, pág. 255) O diagrama de atividades completo é ligado a um classificador, como um caso de uso, um pacote ou a implementação de uma operação. (MELO, pág. 166) Para apresentarmos os diagramas de atividades faremos menção apenas de três dos 13 casos de uso, sendo escolhidos os que são de grande importância, na funcionalidade geral do sistema, sendo o de Lançamento de Notas e Faltas (tópico 4.1.6), Emissão de Declaração de Transferência (tópico 4.1.11) e o de Emissão da Ata Escolar com as Notas Finais (tópico 4.1.12). Nos diagramas de atividades temos alguns símbolos: Indica o início do fluxo de atividades; Informa a ação a ser executada ou ação da mesma; Indica o fluxo de um estado de uma atividade para outra; Indica uma condição booleana, ou seja, de decisão podendo apenas seguir apenas um dos caminhos apresentados no diagrama; indica também a intercalação, que é o retorno de dois caminhos para um novo caminho comum; Indica fim do fluxo de atividades; Mostra uma bifurcação indicando atividades que são iniciadas ao mesmo tempo. 38 4.2.1. LANÇAMENTO DE NOTAS E FALTAS O diagrama de atividades Lançamento de notas e faltas apresentado na figura 3, mostra a seqüência mais prática e rápida, referenciando-se pelo processo comum da secretaria acadêmica da escola. Figura 3 – Diagrama de atividades Lançamento de notas e faltas 39 A secretaria inicia com a digitação da turma, ou das turmas que se deseja cadastrar as notas e faltas. A entrada de dados para várias turmas poderá seguir o código de curinga na digitação * (asterisco). Como por exemplo, para serem digitadas as notas de todas as turmas da 1ª série, colocamos entramos com 1*. Em seguida, informa-se o período relativo as notas a serem digitadas, 1º trimestre, ou 1º bimestre, ou nota final, seguindo na digitação das disciplinas referentes às notas. Para as disciplinas conceituais digita-se o conceito, e para as outras disciplinas, a nota numérica. Após este passo, informa-se o número de faltas e confirma digitação. O sistema fará a consistência dos dados digitados para que não aconteçam erros de digitação. 4.2.2. EMISSÃO DE DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA A emissão de declaração de transferência, apresentada na figura 4, ocorre quando o aluno solicita sua saída da instituição. Este documento é exigido para a sua matrícula em outra escola, pois é ela que informa a atual situação escolar do aluno e atesta a veracidade de todos os dados. Após a digitação da matrícula do aluno, faz-se a validação da mesma, ao mesmo tempo em que se checa o status do aluno, pois para alunos inativos, não podem ser impressas declarações de transferência. Após todas as verificações, é gerada uma grade contendo todas as notas, faltas e disciplinas cursadas pelo aluno. 40 Figura 4 – Diagrama de atividades Emissão de Declaração de Transferência O sistema confirma a transferência do aluno referido, e se confirmado, altera o status do aluno para inativo, confirma a impressão e envia os dados para impressora ou para a tela de acordo com a confirmação do usuário; se não for confirmada a transferência, mostra-se apenas os dados na tela para simples conferência. 41 4.2.3. EMISSÃO DA ATA ESCOLAR COM AS NOTAS FINAIS A Ata Anual Escolar é o documento acadêmico mais importante pois reúne num único lugar todos os alunos da turma, com suas notas e faltas finais, além de da situação final dos alunos Como mostra a figura 5, o usuário informa a turma desejada, o sistema fará uma varredura em todos os dados cadastrados e verificará se há algum dado inconsistente ou inexistente, como por exemplo, falta de alguma nota ou erro de digitação. Em seguida, é verificada o status. Se tudo estiver correto, uma grade completa é gerada com todos os dados e confirmada a impressão do documento; caso contrário, apenas é emitida uma mensagem de erro ao usuário informando que algo está errado (espaços em branco) ou incompleto (notas de alguma disciplina incompleta) ou inexistente (ausência de alguma nota ou número de faltas), apresentando a seguir, a grade com os dados existentes é montada e apresentada na tela, informando ao usuário os locais dos possíveis erros ou ausências. Mesmo impresso ou na tela, deve-se ter o cuidado de conferir tudo novamente para que nada saia errado, pois isso poderá acarretar em problemas futuros quando a escola for inspecionada, o que acontece com grande freqüência pela Superintendência Regional de Educação. 42 Figura 5 – Diagrama de atividades Emissão de Ata Escolar com as Notas Finais 43 4.3. MODELO DE CLASSES DE NEGÓCIO O diagrama de classes apresenta um conjunto de classes, colaborações e seus relacionamentos; eles são utilizados para fazer a modelagem da visão estática do projeto de um sistema, mostrando a estrutura interna do software (organização). Uma classe é uma descrição de um conjunto de objetos que compartilham as mesmas propriedades, operações e relacionamentos. “Existem muitas outras operações a serem consideradas para essas classes (...) porém tratam-se mais propriamente de regra de negócios do que operações.” (BOOCH, pág. 111) A figura 6 apresenta um modelo de classe de negócios proposto para o Controle Acadêmico deste trabalho. Ele é composto de oito classes interligadas entre si formando uma malha de informações muito importantes e úteis ao sistema. As classes alunos e notas são interações dependentes pois não há notas sem alunos, por isso o símbolo losango preto foi colocado entre as classes. 44 Figura 6 – Modelo de Classes de Negócio 45 5. MODELAGEM DO BANCO DE DADOS Para que se possa criar a modelagem do banco de dados é necessário o entendimento de seu conceito. Pense em um banco de dados físico como a realização concreta de um esquema, existente no mundo dos bits. Os esquemas, com efeito, oferecem uma interface de aplicação para informações persistentes; o modelo de um banco de dados físico representa o armazenamento dessas informações nas tabelas de um banco de dados relacional ou nas páginas de um banco de dados orientado a objetos. Um banco de dados relacional, os dados relacionam-se por meio de um elemento chave comum. No caso de tabelas de clientes e de seus pedidos, por exemplo, podemos definir que o relacionamento seja efetuado por meio de um código de cliente; esse campo é especial por para cada cliente teremos apenas um código, contendo valores únicos e exclusivos. Figura 7 – Relacionamento entre duas tabelas Para que o relacionamento exista, o campo que será a ponte de conexão entre as duas tabelas deverá existir nas duas tabelas, com as mesmas características para se evitar problemas de inconsistências. Ao efetuar-se o relacionamento, pode-se fazê-lo de três maneiras diferentes, sendo “um para um”, “um para muitos” ou “muitos para muitos”. Nesses tipos de relacionamentos simbolizamos a parte “um” do relacionamento pelo número “1” e a parte “muitos” pelo símbolo de infinito “∞”. Para as tabelas que têm um elemento chave o colocaremos em negrito nas figuras. 46 A forma “um para um”, como mostra a figura 8, será utilizada quando nas duas tabelas relacionadas o campo relacionado é um elemento de chave comum de sua tabela. Por exemplo, temos uma tabela contendo os dados pessoais do aluno e outra tabela contendo os documentos relativos a este aluno, assim teremos apenas um registro na tabela de dados relacionada a cada registro na tabela de documentos. Figura 8 – Exemplo de relacionamento um para um A forma “um para muitos” é a mais comum, como mostra a figura 9. Nela, ligamos o elemento chave de uma tabela a outro campo em outra tabela, porém nesta segunda tabela, o campo relacionado poderá se repetir em vários registros. Por exemplo, temos uma tabela com os dados dos alunos e outra contendo as notas obtidas durante o ano. Portanto, teremos para cada aluno vários registros na tabelas de notas. Figura 9 – Exemplo de relacionamento um para muitos A figura 10, mostra a forma “muitos para muitos” que se dá através uma tabela intermediária às tabelas relacionadas. Por exemplo: num sistema de matrículas de alunos por disciplinas, cada aluno poderá estar matriculado em várias disciplinas e cada disciplina poderá ter vários alunos matriculados. 47 Figura 10 – Exemplo de relacionamento muitos para muitos Para a modelagem do sistema de informatização da secretaria de uma escola particular, tema deste trabalho, é proposta a modelagem de dados mostrada na figura 11. Figura 11 – Modelagem proposta para o Sistema Acadêmico 48 O banco de dados contará com oito tabelas relacionadas de acordo com a figura acima, onde contemplamos todos os tópicos necessários e importantes para a secretaria e sua manutenção diária. As tabelas proposta são descritas abaixo: • TBL_Pai responsável pelo arquivamento de todos os dados dos pais dos alunos contendo Código, nome completo do Pai, profissão, local de trabalho e telefone, celular, C.P.F. e email; • TBL_Mãe responsável pelo arquivamento de todos os dados das mães dos alunos contendo Código, nome completo da Mãe, profissão, local de trabalho e telefone, celular, C.P.F. e email; • TBL_Alunos arquiva os dados básicos dos alunos, como endereço, CEP, bairro, data de nascimento, sexo, naturalidade, além de seu número de matrícula, código de referência do pai e o código da mãe, data de matrícula, alguma observação necessária, turma e se está ou não ativo; • TBL_Disciplinas armazena todas as disciplinas ministradas pela escola de acordo com a grade escolar, seus respectivos professores e o tipo de notas a serem aceitas, podendo ser nota numérica ou conceitual; • TBL_Professor responsável pelo armazenamento de todos os dados dos professores, com o Código de cadastro, nome completo, dados pessoais e de endereçamento, escolaridade, formação acadêmica, número de registro de autorização para ministrar as aulas e se está ou não ativo; 49 • TBL_Notas armazena o cadastro das notas e das faltas separadas por disciplinas, por período de cada aluno; cada aluno terá vários registros, sendo um para cada período e para cada disciplina; • TBL_Turmas determina quais turmas e séries estão ativas para matricula dos alunos, além de armazenar a carga horária anual, número de dias letivos por ano, número máximo de alunos, localização física no colégio, turno, tipo de ensino e se sua ativação ou não; • TBL_Bairros contém um cadastro prévio de todos os bairros da cidade na qual a instituição está situada, podendo ser adquirida em qualquer prefeitura municipal, ou ainda, cadastrar bairros de várias cidades e estados no caso de instituição com mais de uma unidade. 50 6. DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO Antes de propor algumas soluções de implementação do Sistema Acadêmico, aqui descrito, serão vistos alguns pontos importantes a serem analisados, indagados e levados em consideração no momento da concepção e implantação de qualquer software em todas as áreas de negócio na atualidade. • Quanto mais especializado é um sistema, menos capaz ele é de se adaptar a circunstâncias diferentes. • Quanto mais “geral” menos otimizado para uma circunstância específica. • Quanto mais otimizado para uma circunstância específica, menos adaptável ele será a novas circunstâncias. • Quanto maior for um sistema, maior o número de seus recursos que serão destinados à manutenção diária. • Pequenos sistemas exigem pouco esforço de manutenção. • Grandes sistemas exigem grande esforço de manutenção. • Os sistemas sempre fazem parte de sistemas maiores e sempre podem ser divididos em sistemas menores. • Os limites dos sistemas não são fixos e imutáveis. • A definição do escopo do sistema é um processo decisório. • Os sistemas crescem. • Os sistemas não permanecem estáticos. • Os sistemas acrescem funções necessidades reais ou imaginárias. e partes a partir de 51 Ao se propor o desenvolvimento de um sistema acadêmico devemos levar em consideração um grupo de fatores que somados farão a diferença. Fatores que, se não analisados com clareza e eficiência, poderão lavar a um resultado não satisfatório para o cliente Escola tanto para o desenvolvedor, que terá que efetuar grandes alterações e/ou manutenções para adequar o sistema a real situação do processo acadêmico numa Instituição de Ensino. Veja os fatores importantes para análise, considerando sempre a melhor facilidade ao processo da secretaria, adequação dos usuários e, principalmente, visando um custo benefício para ambas as partes. 6.1 HARDWARE + INVESTIMENTO Para o desenvolvimento de um programa, normalmente o desenvolvedor utiliza máquinas com mais potência de processamento e memória, para que todos os testes e implementação sejam feitos de maneira produtiva e eficaz ao mesmo. Porém, devemos levar em conta que nem toda empresa tem ou necessita de máquinas tão possantes. Para que este erro não aconteça é interessante verificar na instituição de ensino os equipamentos existentes, a viabilidade e necessidade de novos investimentos em hardware para só depois colocar o sistema em produção e em teste. Mas, se mesmo assim o sistema ficar lento ou moroso, tente criar alternativas de divisão de processamentos em microcomputadores diferentes, por exemplo, na secretaria colocarmos duas máquinas, a primeira para efetuar cadastro e consultas, já a outra, para emissão de documentos e backups. 52 6.2 USUÁRIOS CONECTADOS AO SISTEMA É importante que se saiba inicialmente a previsão de quantos usuários terão acesso simultaneamente ao sistema para que se possa disponibilizar recursos necessários para cada tarefa / atividade do sistema. Para isso, devemos criar grupos de usuários com políticas de segurança e privilégios específicos para cada funcionalidade do processo acadêmico, além de definir os administradores responsáveis pela manutenção e backup dos dados do sistema. De acordo, com o número de usuários podemos criar uma visão da robustez e amplitude do programa, levando a análise de prováveis problemas advindos do aumento excessivo ou até mesmo desordenado do número de pontos de acesso ao sistema. 6.3 CONHECIMENTO E TREINAMENTO DOS USUÁRIOS O sistema poderá conter todos os requisitos necessários para efetuar todo o trabalho da secretaria, mas para que isso transcorra sem problemas é importante que todos os usuários diretos tenham um conhecimento em informática e, principalmente, de todo o funcionamento geral do sistema, incluindo todos os procedimentos, consultas, relatórios, formulários existentes, para que a qualquer solicitação se possa de forma ágil e simples retirar do sistema o máximo em eficiência. 6.4 MANUTENÇÃO DO SISTEMA Como foi mencionado no início deste capítulo, tem-se algumas premissas importantes quanto à manutenção de um sistema, pois é ela que dará a segurança na continuidade do processo como um todo. Esta manutenção englobará uma cópia periódica e conferida dos bancos de dados, chamada de backup; envolverá em pequenas correções, inclusões e/ou exclusões de funcionalidades, formulários e/ou relatórios, por exemplo, quando a Superintendência Regional de Ensino ou alguma lei mudar algum procedimento escolar. 53 Algumas manutenções podem ser automatizadas pelo sistema como backup, formulários e relatórios parametrizados, entre outras maneiras de possibilitar ao cliente a fazer tais modificações sem que tenha que pagar ao desenvolvedor toda vez que tiver que alterar o sistema por mudanças desejadas. Programas com baixa parametrização acabam sendo pouco viáveis, devido ao preço das manutenções esporádicas efetuadas, além de ocorrer o risco do desenvolvedor perder por algum motivo o programa fonte. Portanto, sempre que possível, principalmente, em pequenos projetos é interessante viabilizar a venda do código fonte ao cliente que facilite no momento das adaptações ou manutenções do sistema. 6.5 AMBIENTE + AQUISIÇÃO DE SOFTWARES A importância do conhecimento da instituição de ensino que irá usar o programa é relevante, pois através destes dados criaremos uma situação favorável ao ambiente já existente. Para isso devemos verificar o sistema operacional utilizado, quais os programas já adquiridos pela escola, e até mesmo a necessidade de aquisição de novos softwares. Devemos analisar se a topologia de rede que é usada, isto se tivermos uma rede na instituição, e caso isso ocorra, criarmos mecanismos para que mesmo sem uma rede de computadores, possamos ter o sistema integrando todos os pontos abordados pela secretaria. Um exemplo a ser dado, é no caso de julgarmos necessário que o banco de dados a ser trabalhado seja o SQL Server. Devemos lembrar que se a instituição for de pequeno ou médio porte, isto será inviável, tornando o processo de informatização da secretaria uma situação de conflitos de interesses entre o desenvolvedor e o cliente. 54 6.6 LINGUAGEM DE DESENVOLVIMENTO Com o crescimento da tecnologia no mundo temos a cada dia novas e mais modernas linguagens para desenvolvimento, utilizando padrões, conceitos e formas de programação diferenciadas. Mesmo com esse avanço tecnológico devemos considerar o aspecto do tempo de desenvolvimento, resultado desejado e, principalmente, custo de manutenção, aquisição por parte do desenvolvedor destes softwares e envolvimento do mercado com esta linguagem. Podemos ainda, levar em consideração linguagens meio esquecidas, ou menos usados pela grande maioria e que dá suporte a esta aplicação, aqui proposta, de acordo com todas as regras de lógica e programação. Falamos do VBA – Visual Basic for Aplications, linguagem incorporada à uma ferramenta Microsoft (VB, Word, Excel, Access), com fácil entendimento, desenvolvimento, manutenção e manipulação Em contato com vários softwares acadêmicos percebi que aqueles que mais se aproximavam do cotidiano de conhecimentos dos usuários foram concebidos em Access, seja em forma de banco de dados propriamente ditos ou apenas com o uso de sua interface, procedimento muito fácil e muito usado na atualidade, levando-se em conta um baixo volume de dados e de uma pequena quantidade de usuários simultâneos. 6.7 SITUAÇÃO REAL O autor deste trabalho, com experiência de nove anos trabalhando na área acadêmica, especificamente no departamento de informática de uma instituição de ensino de 1º e 2º graus, conviveu com um sistema acadêmico, que atende muito bem aos anseios da secretaria e da escola, no qual, durante todos os primeiros quatro anos do sistema, foram feitas modificações e ajustes para o perfeito ajuste e integração secretaria – sistema. 55 O sistema é composto por módulos e num ambiente cliente – servidor. Tem-se em cada estação uma interface que chama Front-End que apenas interage com os usuários em geral; na outra ponta, tem-se no servidor o banco de dados físico que chama Back-End, que contem todos os dados / cadastros gravados. O programa utilizado foi o Microsoft® Access como base de dados e também como linguagem de programação, mais especificamente o VBA - Visual Basic for Aplications, pois como a escola tem um laboratório de informática para uso acadêmico dos alunos, já possuíam licenças de uso do pacote Office da Microsoft®, o que reduziu o custo da implantação do sistema em quase 60% (sessenta por cento), além de facilitar todo o processo de treinamento pois todos os usuários já tinham um bom contato com as outras ferramentas do pacote. O conjunto de usuários que acessam o sistema é relativamente reduzido, sendo apenas de cinco a seis. Mas vale ressaltar que no caso de Escolas, raramente o sistema acadêmico será utilizado por um grupo superior a doze usuários, pois quanto mais pessoas têm acesso ao sistema, maior poderá ser a quantidade de erros humanos provocados a ele, e como ainda são informações de extrema importância para o processo, deverá ter uma segurança rígida no manuseio das mesmas. Com o tempo, as secretarias foram treinadas para parametrizar o sistema de forma a aproximar-se cada vez mais da perfeita forma de trabalho diário, elevando a eficiência do departamento e agilizando o processo de controle acadêmico. Antes o processo exigia um número grande pessoas para conferência de todos os documentos e informações que eram geradas, hoje, este número além de reduzido, possibilita à direção da escola uma segurança e agilidade em convergir e padronizar os procedimentos da secretaria. Uma otimização do sistema seria a possibilidade de implementação de uma procedimento de acesso as notas via Internet ou intranet, por exemplo. 56 7. CONCLUSÃO E COMENTÁRIOS FINAIS Esta monografia tem o objetivo de apresentar a rotina de secretaria de uma Instituição de Ensino de 1º e 2º graus, a todos que desejam conhecer e desenvolver programas para auxiliar à informatização deste departamento tão importante ao processo acadêmico de uma escola. Por meio da análise de todos os tópicos aqui abordados é possível se ter uma visão abrangente e, em alguns casos, bem aprofundada de todos os procedimentos e funcionalidades do sistema. Além da visão geral deste conhecimento, divulga-se a importância de um planejamento e de um entrosamento entre o programador e a secretária, reduzindo assim um grande impacto na informatização deste setor. Em diversas situações a realidade de alguns colégios é bem diferente ao proposto pelos desenvolvedores e igualmente diferente aos recursos financeiros e investimentos pretendidos por ambas as partes. Portanto, um bom entendimento e análise dos envolvidos no processo é a melhor saída, e que nem sempre o mais moderno é a melhor ferramenta de trabalho. Para exemplificar um dos problemas enfrentados pela secretaria de escolas particulares, o autor ainda relata seu contato com um sistema que para lançarmos uma nota de aluno devíamos clicar em onze opções diferentes, e no caso de um erro de uma opção por descuido, ter-se-ia que reiniciar todo o processo de cliques, ou seja mais onze cliques. Conclui-se então que, quem desenvolve o programa deve pensar também na facilidade e agilidade do trabalho a ser desenvolvido, e não apenas na melhor forma de programar, atentando-se às rotinas e procedimentos das secretarias garantindo um resultado satisfatório para todos os envolvidos no processo acadêmico. 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MELO, Ana Cristina. Desenvolvendo aplicações com UML / Ana Cristina Melo, Rio de Janeiro: Brasport, 2002. BOOCH, Grady. UML, guia do usuário / Grady Booch, James Rumbaugh, Ivar Jacobson, Rio de Janeiro: Campus, 2000.