UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE AGRONOMIA USO DE BIOESTIMULANTES EM DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA AVEIA NA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS CARACTERES DE PRODUÇÃO VINÍCIUS DE LIMA SBERSE Ijuí - RS Julho – 2013 VINÍCIUS DE LIMA SBERSE USO DE BIOESTIMULANTES EM DIFERENTES ESTADIOS FENOLÓGICOS DA AVEIA NA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS CARACTERES DE PRODUÇÃO Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso de Agronomia - Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Dr. José Antonio Gonzalez da Silva Ijuí - RS Julho – 2013 TERMO DE APROVAÇÃO VINÍCIUS DE LIMA SBERSE USO DE BIOESTIMULANTES EM DIFERENTES ESTADIOS FENOLÓGICOS DA AVEIA NA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS CARACTERES DE PRODUÇÃO Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita. Ijuí, Julho de 2013. Prof. Dr. José Antonio Gonzalez da Silva DEAg/UNIJUÍ - Orientador Eng. Agrônomo Cristiano Fontaniva Microquímica – Avaliador DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Volmir A. Sberse e Ivânia N. de Lima, a minha noiva Graziela e a todos os meus amigos e colegas do Grupo de Pesquisa em Plantas de Lavoura, do curso de Agronomia, que de uma forma ou outra, contribuíram de maneira efetiva na realização deste trabalho. Dedico também, ao meu professor e orientador José Antônio Gonzalez da Silva, pela paciência, e pelos conhecimentos passados. 5 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, por estar sempre guiando meus passos, me dando forças para vencer todas as dificuldades da vida. À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI), pelo comprometimento com a pesquisa e com o desenvolvimento regional. Ao Departamento de Estudos Agrários, professores e funcionários, pelo apoio e disponibilidade, que se fizeram úteis e indispensáveis ao desenvolvimento das atividades realizadas durante o curso. Ao professor Dr. José Antônio Gonzalez da Silva, que este sem duvidas, não está em livros o que ele ensina, e se dedica em nos passar, pela paciência, coerência, clareza e seus ensinamentos sempre disposto a atender minhas necessidades e dúvidas e por me orientar neste trabalho de conclusão de curso. Aos demais professores que participaram do processo de minha formação acadêmica. Aos colegas bolsistas e estagiários do Grupo de Pesquisa de Sistemas de Produção Vegetal do Curso de Agronomia, a Cassiane Ubessi, a Mariele, a Micheli, a Patricia o Gustavo, o Fernando, o Dionatan, o Constantino, por trabalharmos juntos, na pesquisa e implantação do meu experimento. Aos funcionários do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), Adair e Cezar e todos aqueles que não mediram esforços na execução e condução dos trabalhos e pelos momentos de apoio, diversão e descontração. A minha noiva Graziela, pelo amor, carinho e compreensão nos momentos em que mais precisei. Agradeço você por sempre encher meu coração de felicidade me dando forças e estando sempre do meu lado em todos os momentos, pelo respeito e preocupação, comigo e com todas as pessoas que fazem parte de nossas vidas. Aos meus pais, por terem me proporcionado cursar um ensino de nível superior e por terem acreditado que seu filho alcançaria seus objetivos. E a todos os meus colegas e amigos tanto da Agronomia, quanto de outros cursos, que de uma forma ou de outra me ajudaram no decorrer da faculdade. Agradeço também a empresa Microquímica, primeiramente o Cristiano Fontaniva, por ter dado a oportunidade de estudar produtos da empresa, e o apoio. 6 USO DE BIOESTIMULANTES EM DIFERENTES ESTADIOS FENOLÓGICOS DA AVEIA NA CONTRIBUIÇÃO SOBRE OS CARACTERES DE PRODUÇÃO Vinícius de Lima Sberse Orientador: José Antônio Gonzalez da Silva RESUMO A região sul do Brasil apresenta condições climáticas favoráveis para a implantação de culturas hibernais. Dentre estas, a aveia branca (Avena sativa L.) tem grande importância econômica nas unidades de produção. Desta forma, a possibilidade de lavar a planta via aplicação foliar de elementos estimulantes, pode contribuir na rápida produção de compostos que viabilizem em maximizar os componentes ligados à produção, recaindo sobre isto o foco de estudo do projeto proposto. O objetivo do presente estudo foi estimar os efeitos proporcionados pela aplicação foliar de ácido glutâmico e micronutriente sobre os caracteres ligados a produção de campo a partir da análise do rendimento de grãos e biomassa total ao longo do desenvolvimento da planta de aveia. O presente trabalho foi desenvolvido na área experimental do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR) pertencente ao Departamento de Estudos Agrário (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) o estudos foi desenvolvido na safra agrícola de 2012 onde foi desenvolvido um experimento em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Cada parcela foi constituída de cinco linhas espaçadas 0,20 cm entre si e cinco metros de comprimento, totalizando cinco metros quadrados por parcela, aonde, T1- Testemunha; T2Tratamento de semente com zinplex; T3-Tratamento de semente com zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª aplicação fungicida; T4- Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª aplicação de fungicida; T5- Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida; T6- Tratamento de semente com Zinplex+ aplicação de Plenno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos; T7- Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração ; T8- Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos; T9- Aplicação de Plenno na floração ; T10- Glutamin Extra no enchimento de grão. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Croqui da área experimental sobre resíduo de milho. Ijuí, 2012..............................44 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Resumo da análise de variância e teste de médias dos componentes ligados ao rendimento industrial e componentes da panícula em diferentes aplicações de aminoácidos de produção em aveia branca. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. ....................................................... 28 Tabela 2. Contribuição relativa e análise morfológica de Tocher para um modelo de regressão. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. ................................................................................. 31 Tabela 3. Resumo da análise de variância e teste de médias para matéria seca total (MST) em diferentes aplicações de aminoácidos em aveia branca. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. .......... 33 Tabela 4. Equação de regressão sobre a taxa de produção de biomassa em diferente aplicações de aminoácidos em aveia branca. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. ........................... 35 Tabela 5. Composição Produtos Comerciais (Amninoácidos). IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. .................................................................................................................................................. 36 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10 1. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 12 1.1. Importância da Aveia......................................................................................................... 12 1.2. Componentes de Produção Em Aveia ............................................................................... 13 1.3. A Qualidade de Grãos em Aveia ....................................................................................... 14 1.4. Bioestimulantes ................................................................................................................. 15 1.5. Glutamim ........................................................................................................................... 16 2. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 19 2.1. Caracterização do Local .................................................................................................... 19 2.2. Delineamento Experimental .............................................................................................. 19 2.3. Procedimento Experimental .............................................................................................. 20 2.4 Características da Cultivar .................................................................................................. 20 2.5 Variáveis Estudadas ............................................................................................................ 21 2.5.1 Caracteres ligados ao acúmulo de biomassa e parâmetros ecofisiológicos ..................... 21 2.5.2 Caracteres da qualidade tecnológica................................................................................ 22 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 24 CONCLUSÕES....................................................................................................................... 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 39 APÊNDICE A – Modelo Conceitual....................................................................................... 43 APÊNDICE B – Croqui do Experimento ................................................................................ 44 ANEXO – Formulação Química dos Produtos ........................................................................ 45 10 INTRODUÇÃO A região sul do Brasil apresenta condições climáticas favoráveis para a implantação de culturas hibernais. Dentre estas, a aveia branca (Avena sativa L.) tem grande importância econômica nas unidades de produção. Tal fato destaca-se pela sua grande capacidade de produção de forragem na forma de feno, silagem e direta aos animais e da produção de grãos, voltada também, a alimentação humana. Inclusive, considerando a aveia como o cereal que traz os maiores benefícios à alimentação. Atualmente, os genótipos de aveia direcionados ao produtor tem por base o grande potencial genético buscando maximizar a produção de grãos, inclusive, com padrão tecnológico altamente ajustado ao que preconiza a indústria deste cereal. Por outro lado, os resultados ao longo dos anos vêm mostrando que o potencial destes genótipos não tem sido explorado, principalmente por questões voltadas aos fatores climáticos que interferem no desenvolvimento fenológico e componentes de produção. Além disto, o suporte de elementos que são direcionados a lavoura como os insumos como adubação e produtos fitossanitários permitem alcançar até um determinado limiar de platô de produção, restando ainda, um longo espaço para obtenção de aproveitamento do potencial de produção. Nesta linha de ação, fora a adubação nitrogenada, existe a possibilidade de melhor eficiência vegetal pela introdução em momentos estratégicos na lavoura, de bioestimuladores que integram concomitantemente o emprego de micronutrientes, e aminoácidos. Nesta linha de ação, no mercado agrícola existem vários produtos desta natureza e que trazem uma série de formulações que buscam também estes resultados. No entanto, a possibilidade de empregar uma tecnologia diferenciada e que permita efetivamente resultados satisfatórios deve ser estudada. Assim, a utilização de nutrientes vegetais e micronutrientes ao composto molecular precursor de todos os aminoácidos pode representar uma nova forma de ação em potencializar na planta maior capacidade de aproveitamento dos recursos disponíveis. O gasto energético na produção do precursor ácido glutâmico requer alto custo na produção de ATPs buscando a geração desta molécula, aonde que, a partir daí, começam a ser produzidos os novos aminoácidos. Desta forma, a possibilidade de lavar a planta via aplicação foliar de elementos estimulantes, incluindo o ácido glutâmico, pode contribuir na rápida produção de compostos que viabilizem em maximizar os componentes ligados à produção, recaindo sobre isto o foco de estudo do projeto proposto. O objetivo do presente estudo foi estimar os efeitos proporcionados pela aplicação foliar de ácido glutâmico e micronutriente sobre os caracteres ligados a produção de campo a partir da análise do rendimento de grãos e biomassa total ao 11 longo do desenvolvimento da planta de aveia. Além disto, analisar os reflexos das aplicações do composto químico sobre os caracteres de interesse industrial visando melhorias no padrão de qualidade para direcionamento a produção de flocos, agregando maior valor econômico. Desta forma, propiciar melhorias simultâneas na produção e qualidade de grãos e de volume de palha no sentido de qualificar o sistema de semeadura direta. 12 1. REVISÃO DE LITERATURA 1.1. Importância da Aveia A aveia branca é um cereal produzido mundialmente. Os maiores produtores de aveia no mundo são a antiga União Soviética, Estados Unidos e países da Comunidade Europeia. No Brasil, com o aumento da área cultivada nos últimos anos, o país passou a ser o maior produtor de aveia da América Latina, superando a Argentina e se colocando na 12ª posição em termos de produção mundial. Internamente, quem responde pela maior produção é a região sul, o que pode ser atribuído à necessidade de diversificação nas propriedades, a disponibilidade de cultivares com rendimentos elevados, ao aumento do consumo humano de alimentos a base de aveia e ao consumo animal, com o desenvolvimento de bacias leiteiras e para a terminação de bovinos em pastagens cultivadas (FLOSS et al., 2007). Dessa forma, a aveia branca dentro das unidades de produção é uma importante cultura para o esquema de rotação cultural, quebrando ciclo de pragas e moléstias e ainda, através da liberação de compostos alelo químicos propicia controle biológico de espécies invasoras. O cereal é fonte alimentar para animais via grãos, silagem e feno e na composição de rações. Ainda, vem ganhando importância cada vez maior na alimentação humana como alimento funcional. Contudo, apesar de reconhecidos os seus benefícios à saúde humana, a produção mundial ainda é destinada majoritariamente para a alimentação animal (CRESTANI et al., 2011). Além destes usos, a aveia ainda tem emprego na indústria farmacêutica, para a elaboração de cosméticos. A aveia na alimentação humana é consumida na forma de barras de cereais, flocos de aveia, farinhas, biscoitos, entre outros. De acordo com estudos, as propriedades nutricionais da aveia se referem a proteínas de qualidade e as fibras solúveis (DE FRANCISCO, 2002). Os componentes mais importantes da fibra alimentar são as beta-glucanas, localizadas nas paredes celulares dos grãos com maior concentração na subcamada de aleurona, na camada de aleurona e no endosperma amiláceo adjacente ao embrião (GUTKOSKI, et al., 2007). Essas fibras formam soluções viscosas e pseudoplásticas, promovendo o aumento da viscosidade do bolo fecal e retardando a absorção de nutrientes, podendo reduzir o pico glicêmico, e consequentemente diminuir a quantidade de LDL colesterol no plasma sanguíneo (MIRA et al., 2009). 13 De acordo com a CONAB (2011), a produção de aveia esperadas para a safra 2011/12 é de aproximadamente 338 mil toneladas de grãos. Para o Rio Grande do Sul, a produção fica em torno de 220,5 mil toneladas, havendo um decréscimo em relação a safra passada, o mesmo é observado para o Paraná, com um decréscimo maior na produção, ficando em torno de 110,3 mil toneladas contra 143,8 da safra anterior. 1.2. Componentes de Produção Em Aveia Os componentes individuais de rendimento se formam sucessivamente ao longo do período de crescimento. Inicialmente um determinado número de plantas é estabelecido por unidade de área e a partir destas um número de colmos são produzidos. A formação de colmos pelo afilhamento finaliza a transição da fase de crescimento vegetativo ao reprodutivo. Na gema terminal se diferenciam os primórdios de espiguetas, dentro das quais se diferenciam por sua vez os primórdios florais, onde se desenvolvem os ovários e estames. Deste modo o número definitivo de grãos por panícula é determinado (BELLIDO, 1991). O rendimento de grãos em cereais é obtido por meio do produto do rendimento biológico e o índice de colheita e o rendimento biológico pelo produto da taxa de crescimento e a duração do período de crescimento (TAKEDA et al., 1980). Ainda segundo Floss et al. (2007), o rendimento de grãos é igual à taxa de crescimento multiplicada pela duração do período do crescimento e pelo índice de colheita. Em aveia, o rendimento tem sido descrito como produto de vários caracteres que isoladamente não promovem o mesmo efeito que quando combinados. Desta forma, os componentes que influenciam diretamente no rendimento de grãos são o número de panículas por unidade de área, o número de grãos na panícula e a massa média de grão (MARTINS, 2009). Os componentes secundários afetam o rendimento, tanto positivamente quanto negativamente, porém, com intensidade menor que os componentes considerados diretos. Os componentes do rendimento em aveia, massa e número de grãos têm demonstrado alta correlação com a produtividade (CHAPKO & BRINKMAN, 1991). De acordo com Alves e Kist (2010), modificações na composição morfológica da espigueta da aveia branca que visem maior proporção de grãos primários e secundários, e até a supressão de grãos terciários, poderão incrementar o rendimento de grãos, desde que seja mantido um adequado número de panículas por metro quadrado. Ainda reforçam que essas mudanças que o melhoramento pode promover poderia melhorar a qualidade de grãos. 14 1.3. A Qualidade de Grãos em Aveia A qualidade de grãos em aveia depende de vários fatores, que podem estar relacionados a aspectos químicos ou físicos do grão (BOTHONA et al., 1999). A baixa qualidade física dos grãos muitas vezes resulta em baixo rendimento e, consequentemente, afeta a qualidade nutricional e industrial. Portanto a identificação dos genótipos de aveiabranca, bem como suas características físico-químicas, é importante quando destinados à indústria, levando em consideração a qualidade nutricional para o consumo humano (GATTO, 2005). As indústrias de alimentos para o consumo humano, com o objetivo de manter altos padrões de qualidade, apresentam maior exigência quanto à qualidade para aquisição de grãos, como: não ter mais que 2% de aveia-preta, PH (peso do hectolitro) igual ou superior a 50 kg hl-1, máximo de 3% de grãos manchados ou escuros, grãos com espessura maior que 2 mm, baixos níveis de acidez e ter alto rendimento industrial (BRASIL, 1975). Através da exigência destes parâmetros, se têm a qualidade industrial em aveia branca. Segundo GATTO (2005) o peso do hectolitro (PH- kg hl-1), de maneira indireta dá uma ideia da quantidade de reservas que possui o grão. E consiste em um parâmetro utilizado para determinar a qualidade do grão de aveia, tem relação com o rendimento industrial sendo mais direcionado ao rendimento da extração da farinha. Para a legislação brasileira o PH deve ser igual ou superior a 50 kg hL-1, sendo utilizado como padrão pelo Ministério da Agricultura (BRASIL, 1975). O índice de descasque (ID%) ou percentagem de cariopse consiste no percentual de grãos descascados, em relação aos inteiros. Tem por objetivo determinar o rendimento industrial, ou seja, o valor corrigido da aveia. E ainda de acordo com o mesmo autor o rendimento industrial (RI%), representa a quantidade de produto obtida por meio do índice de descasque e da percentagem de grãos maiores de 2 mm, ou seja, a quantidade de produto obtido a partir de grãos integrais (FLOSS et al., 2002). É importante que os grãos apresentem espessura mais uniforme possível uma vez que o processo de descasque da aveia é realizado por impacto. A classificação dos grãos de aveia é feita em peneira oblonga de malha com orifícios com espessura de 2 mm de largura, sendo os de espessura inferior a 2 mm eliminados, garantindo uma uniformidade (GATTO, 2005). A Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia (COMISSÃO BRASILEIRA AVEIA, 2006) sugere como padrão brasileiro um valor mínimo de 75% dos grãos com espessura maior que 2 mm. 15 Pesquisas em aveia revelam que de modo geral, as alterações que permitam incrementar o PH automaticamente favorecem o aumento do %CAR. Portanto, como estes caracteres tem associação direta como RG e entre si de forma positiva, qualquer incremento nestas variáveis irá proporcionar o aumento do RG e no RGI da mesma forma. Uma vez realizadas alterações no ambiente, pode se esperar aumento ou redução no desempenho final, tanto nos aspectos de produção de campo como industrial (KRÜGER et al., 2010). Outra constatação importante revela que de certa forma, existe forte participação do ambiente sobre a expressão de caracteres ligados ao rendimento industrial (MATTIONI et al., 2010). Fato este confirmado por Battisti et al. (2010) que relata valores médios de herdabilidade em aveia branca para caracteres relacionados com rendimento industrial apresentando considerável participação do ambiente na expressão desses caracteres, principalmente a porcentagem de peneira que expressou valores mais reduzidos. 1.4. Bioestimulantes Os bioestimulantes são complexos que promovem o equilíbrio hormonal das plantas, favorecendo a expressão do seu potencial genético, estimulando o desenvolvimento do sistema radicular (ONO et al., 1999). Esses produtos agem na degradação de substâncias de reserva das sementes, na diferenciação, divisão e alongamento celulares (CASTRO E VIEIRA, 2001). O emprego de bioestimulantes como técnica agronômica para se aperfeiçoar a produtividade de diversas culturas, tem crescido nos últimos anos. Os hormônios contidos nos bioestimulantes são moléculas sinalizadoras, naturalmente presente nas plantas em concentrações basicamente pequenas, sendo responsáveis por efeitos marcantes no desenvolvimento vegetal (TAIZ & ZEIGER, 2004). De acordo com Vieira (2001) a mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou de reguladores vegetais com outras substâncias de natureza bioquímica como aminoácidos, vitaminas e nutrientes são designados como bioestimulantes. Além disso, produtos de origem natural obtidos a partir do extrato da alga Ascophyllum nodosum, também tem sido utilizados como bioestimulantes em diversas culturas (BROWN, 2004), sendo que, na Comunidade Européia é frequente o uso de produtos comerciais à base de extrato de alga para aplicações foliares ou no solo, inclusive na agricultura orgânica (MASNY et al., 2004). No Brasil, o uso do extrato de alga na agricultura é regulamentado pelo Decreto no 4.954 (BRASIL, 2004) enquadrado como agente complexante em formulações de fertilizantes para aplicação foliar e 16 fertirrigação. Nessa categoria, enquadra-se também o ácido L-glutâmico, aminoácido que pode ser produzido pela fermentação do melaço da cana pela bactéria Corynebacterium glutamicum (DREYER et al.,2000). A produção orgânica busca maximizar os benefícios sociais e minimizar o uso de energia não renováveis, além da oferta de um produto com elevado valor nutricional que propicia ao consumidor e ao produtor saúde, onde ambos ficam isento do contato com agrotóxicos (OLTRAMARI et al., 2002). Nesse contexto o uso de bioestimulantes tem se tornado frequente, dentre esses compostos tem-se a utilização de aminoácidos. A ação destes compostos baseiam-se na ação sintetizadora dos aminoácidos pelas plantas (BRANDÃO, 2007; CAÇO, 2008), sendo utilizados afim de suprir grande parte das necessidades estruturais, além de sínteses vitamínicas, de vários compostos como enzima, hormônio e clorofila, além de armazenamento e transporte de nitrogênio, efetuando assim uma ação direta para um maior desenvolvimento vegetal e com um gasto energético reduzido, além da redução da fitotoxicidade de alguns defensivos, maior tolerância ao stress hídrico e geadas, maior florescimento das plantas e aumenta a qualidade dos produtos colhidos. Os biofertilizantes e/ou estimulantes caracterizam-se como uma alternativa à suplementação de nutrientes em hortaliças, podendo ser aplicados via solo, via sistemas de irrigação ou pulverização foliar. O aumento no uso de formulações biofertilizantes é justificado pelo baixo custo, composição variada e a existência de bons níveis de nutrientes (SOUZA; RESENDE, 2003). Desde a década de 90, os biofertilizantes são utilizados em aplicações foliares como suprimento nutricional, ativador do crescimento vegetal e auxiliar no controle de pragas e doenças (SANTOS, 1992). No âmbito legal, os biofertilizantes, ou estimulantes, são qualificados como produtos que contém ingrediente ativo capaz de melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento das plantas (MAPA, 2008). Produtos que apresentem ação bioestimulante tem sido objeto de estudo de diversos autores (ZHANG et al., 1999; ZHANG et al., 2002; PAYAN; STALL, 2004). 1.5. Glutamim No Brasil a utilização do ácido glutâmico e do extrato da alga A. nodosum, na agricultura brasileira é regulamentada pelo Decreto Presidencial no 4.954, de 14 de janeiro de 2004, e definida no Anexo III, Capítulo VI, da Instrução Normativa 10, de 28 de outubro de 17 2004. No referido anexo, ambos os compostos se enquadram como agentes quelantes/complexantes em formulações de fertilizantes para aplicação foliar e fertirrigação. Portanto, a elucidação dos seus efeitos fisiológicos em plantas sob condições normais de desenvolvimento, pode trazer uma nova luz às formas de utilização desses compostos pelos seus possíveis efeitos bioestimulantes. As funções do ácido glutâmico (Glu) e da glutamina (Gln), aminoácido derivado deste, estão bem elucidados no metabolismo vegetal (TAIZ e ZEIGER, 2004). No citoplasma, a prolina (Pro) é formada através da reação entre a carboxila gama do glutamato e o ATP resultando num composto denominado glutamato-5-fosfato, que é reduzido por NADPH a glutamato-5-semialdeído (semialdeído glutâmico) que se torna cíclico espontaneamente formando o pirrolino- 5-carboxilato, este sofre uma redução final que resulta na formação da Pro (CÂMARA et al., 2000). Neste sentido, aplicação do extrato de alga Ascophyllum nodosum e ácido glutâmico, tende a favorecer no desenvolvimento da planta, influenciando na diretamente nas vias fisiológicas, do metabolismo primário e secundário, como na fotossíntese e respiração, que consequentemente, resultará na formação de mudas mais vigorosas e sadias. No entanto, pouco se sabe em relação às respostas fisiológicas destes bioestimuladores nas espécies ornamentais. Em uso de fertilizantes foliares na agricultura comercial é uma técnica que prove nutrimentos que requer o cultivo como suplemento da fertilização do solo (SERNARODRÍGUEZ, 2011; TREJO et al., 2007). A lamina tem uma função especifica a ser uma fábrica de carboidratos, mas suas características anatômicas apresentam condições vantajosas para uma incorporação imediata de nutrientes e translocaçao para a planta (SERNARODRÍGUEZ, 2011; TRINIDAD & AGUILAR, 2000). Aminoácidos exógenos, como o acido glutâmico, pode ser absorvidos e incorporados pelas plantas tanto por via radical como pela folia e integrar ao metabolismo vegetal (ARJONA et al., 2004). O ácido glutâmico não é um nutriente, mas sua aplicação foliar pode ser bom para as plantas, pois é importante nos processos metabólicos, incluindo processos de assimilação de amônio e transaminação (TAIZ & ZEIGER, 2003). A fórmula do ácido glutâmico é um ponto de entrada de nitrogênio e compostos orgânicos, e ocorre nos cloroplastos e mitocôndrias (SERNA-RODRÍGUEZ, 2011 apud BARKER & PILBEAM, 2007). Por tanto, a aplicação deste composto via foliar existe a possibilidade de melhorar a assimilação de nitrogênio nas plantas, o que pode refletir em maior rendimento. Observa-se que, a aplicação via foliar permite diminuir o conteúdo de nitratos nas plantas de Allium tuberosum Rottler Spreng, o que mostra seu efeito na 18 incorporação de nitrogênio em compostos orgânicos, e que se incrementa na síntese de clorofila, o teor de aminoácidos livres e as proteínas solúveis, bem como os açucares solúveis (SERNA-RODRÍGUEZ, 2011; CAO et al., 2010). 19 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Caracterização do Local O presente trabalho foi desenvolvido na área experimental do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR) pertencente ao Departamento de Estudos Agrário (DEAg) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul ( UNIJUÍ), localizado geograficamente a 28° 26’ 30’’ de latitude S e 54° 00’ 58’’ de longitude W. Apresenta ainda uma altitude próxima a 400 m. O solo da unidade experimental se caracteriza por um Latossolo Vermelho distroférrico típico (U.M. Santo Ângelo). Apresenta um perfil profundo, bem drenado, coloração vermelho escuro, com altos teores de argila e predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio. De acordo com a classificação climática de Köeppen, o clima da região se enquadra na descrição de Cfa (subtropical úmido), com ocorrência de verões quentes e sem ocorrência de estiagens prolongadas. Apresenta ainda invernos frios e úmidos, com ocorrência freqüente de geadas. Os meses de janeiro e fevereiro são os meses mais quentes do ano, com temperatura superior 22º C, enquanto em junho e julho são os meses mais frios do ano, com temperatura superior a 3º C. Quanto ao volume de pluviosidade, a estação meteorológica do IRDeR registra normalmente volumes próximos a 1600 mm anuais, com ocorrência de maiores precipitações no inverno. A área na qual foi instalado o experimento, o sistema de semeadura é de plantio direto consolidado. No período do verão parte da área experimental é ocupada com soja e outra com milho. No presente estudo, o experimento foi instalado sobre o precedente cultural milho. 2.2. Delineamento Experimental O estudo foi desenvolvido na safra agrícola de 2012 num experimento em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, onde cada fator de tratamento teve doses de bioestimulantes em diferentes épocas de aplicações dos produtos químicos. Cada parcela foi constituída de cinco linhas espaçadas 0,20 cm entre si e cinco metros de comprimento, totalizando cinco metros quadrados por parcela. 20 T1= Testemunha; T2=Tratamento de semente com Zinplex; T3=Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto 1a de fungicida; T4=Aplicação de Glutamin Extra junto com a 1a aplicação de fungicida; T5=Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida; T6=Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração + Glutamin extra no enchimento de grãos; T7=Tratamento de semente com Zinplex + Plenno na Floração; T8=Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos; T9=Aplicação de Plenno na floração; T10=Glutamin no enchimento de grãos; 2.3. Procedimento Experimental Os ensaios foram instalados a campo seguindo a época recomendada para semeadura e com densidade populacional indicada para a cultura de acordo com a Comissão Brasileira de Pesquisa em Aveia (CBPA, 2006). A densidade populacional que foi utilizada, determinada de acordo com as indicações técnicas da cultura, sendo de 300 sementes viáveis por metro quadrado. A semeadura foi realizada com semeadeira mecânica. O controle de insetos e moléstias foi feito de acordo com o nível de dano de cada espécie, através de pulverizações de moléculas químicas de efeito significativo. Já o controle de plantas invasoras foi realizado de acordo com a necessidade, mediante aplicação de herbicida e/ou capina manual. 2.4 Características da Cultivar URS Tarimba DESCRIÇÃO DO CULTIVAR Ciclo: Precoce Espigamento: 78 Dias Maturação: 115 Dias 21 Altura: Alta 99 cm Relação as Doenças Oídio: Sem Informação Ferrugem da Folha: Moderadamente Resistente Giberela: Sem Informação Mancha Foliar: Resistente Vírus do Mosaico: Sem Informação Vnac: Sem Informação Características da Cultivar Densidade de Plantio: 300 Pl/m² Acamamento: Moderadamente Suscetível Germinação na Espiga: Sem Informação Dose Máxima de Nitrogênio: Sem Informação Classificação: Sem Informação 2.5 Variáveis Estudadas Foram analisados tanto a campo como em laboratório os diferentes caracteres de interesse agronômico na cultura da aveia branca: 2.5.1 Caracteres ligados ao acúmulo de biomassa e parâmetros ecofisiológicos MVT – massa verde total pela colheita rente ao solo de um metro linear de três linhas de cada parcela a cada 30 dias e transformada em kg ha-1. MST – massa seca total pela colheita de um metro linear de três linhas de cada parcela e secada em estufa a 60°C por 72 horas e transformada em kg ha-1. RB – rendimento biológico, è toda a massa vegetal produzida pela planta que se encontra acima do solo. Portanto, neste estudo foi estimada através de cortes periódicos de 30 22 em 30 dias em cada uma das linhas, coletando 4 sub-amostras ao longo da linha. Após coleta, a amostra foi pesada para obtenção da massa verde e após submetida em estufa de ar forçado a 65o C por três dias para estimativa da matéria seca total. Assim, a partir, deste procedimento foi possível avaliar o acúmulo de carbono acumulado nos intervalos estabelecidos. RG – Rendimento de Grãos, para estima-lo foram colhidas as três linhas centrais de cada parcela e trilhadas individualmente. O valor real foi ajustado para a unidade kg.ha-¹. RP – Rendimento de palha, kg ha-1 é obtido através do peso seco das plantas trilhadas. É o resultado da subtração do rendimento de grãos pelo rendimento biológico expresso em kg ha-1. IC – O índice de colheita é a relação do rendimento do grão com o rendimento biológico. Foi determinado através da razão entre a produção econômica e a produção biológica da planta (RG/RB). 2.5.2 Caracteres da qualidade tecnológica MMG – Estimada através da massa de 250 grãos multiplicado por 4, para compor o peso de 1000 grãos em gramas (g). Estes foram retirados aleatoriamente da massa total da parcela, contados e pesados com balança de precisão. PH – peso do hectolitro: para estimativa do peso hectolitro é utilizada a massa de grãos proveniente da colheita de cada parcela. %CAR – percentagem de cariopse: a percentagem de cariopse (% CAR) é determinada a partir de cinquenta grãos que serão pesados, posteriormente descascados (cariopses) e novamente pesados, a razão entre a massa do grão sem casca e do grão inteiro multiplicado por cem determinará este componente. % Grãos > 2 mm – percentagem de grãos maiores que 2 mm (AVENACOR): a percentagem de grãos maiores de dois mm (% Grãos > 2 mm), é mensurada com o auxilio de peneira com malha de dois milímetros, nesta peneira são peneirados cem grãos, aqueles que permaneceram na peneira corresponderam aos grãos maiores que dois mm. Posteriormente, é 23 feito a razão entre o peso dos grãos que permaneceram na peneira e o peso total e multiplicado por cem. RGI - rendimento de grãos industrial: é o produto da percentagem de cariopse com o rendimento de grãos total, (%CAR x RG). Ou seja, permite calcular o rendimento de cariopse, independente do tamanho do grão ou tipo de malha de peneira para sua classificação. PG>2mm – peso de grãos maiores que 2mm em 100 grãos: obtido através da contagem de 100 grãos que serão passados em uma peneira de malha de 2 mm e computados os grãos maiores fica a cima da peneira. PG<2mm – peso de grãos menores que 2mm em 100 grãos: pesagem dos grãos que ficarem a baixo da peneira de 2 mm. Índice Avenacor - é o produto do percentual de grãos maiores que 2 mm com o rendimento de grãos industrial. (RGI*%PG>2mm). 24 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1, do resumo da análise de variância os tratamentos testados mostraram que pelo menos um entre os demais tratamentos testados evidenciaram diferenças sobre a expressão do RG, MH, NG>2mm, NG<2mm, %CAR e RGI. Ressalta-se, que na média geral, o valor de produtividade de grãos foi ao redor de 2180 kg ha-1 e massa hectolítrica ao redor de 45 kg ha-1. Além disto, a relação NG>2mm foi maior que o NG<2mm com valores de 60 e 40, respectivamente. Também, na média geral, a porcentagem de CAR foi de 0,74, valor que junto ao produto do RG e NG>2mm proporcionou um RGI de 975 kg ha-1. Tais resultados reforçam da necessidade de melhoras de técnicas de cultivo buscando maior rendimento de industrial, possivelmente pelo aumento do NG>2mm e/ou pelo percentual de CAR, visto que, do RG total obtido, mais de 50% foi produção que não se enquadrou numa qualidade de grãos buscando a floculagem (flocos de aveia = maior valor agregado). Ressalta-se que grande parte das variáveis analisadas indicaram coeficiente de variação reduzido, exceto para o NG>2mm e NG<2mm, fato atribuído a avaliação da espessura de grãos com peneira manual, não existindo possibilidade de processamento automatizado buscando uniformizar o processo, condição que tenha contribuído em incrementar o CV na determinação do RGI. É importante que os grãos apresentem espessura mais uniforme possível uma vez que o processo de descasque da aveia é realizado por impacto. A classificação dos grãos de aveia é feita em peneira oblonga de malha com orifícios com espessura de 2 mm de largura, sendo os de espessura inferior a 2 mm eliminados, garantindo uma uniformidade (GATTO, 2005). Pesquisas em aveia revelam que de modo geral, as alterações que permitam incrementar o PH automaticamente favorecem o aumento do percentual de cariopse (%CAR). Portanto, como estes caracteres tem associação direta como rendimento de grãos (RG) e entre si de forma positiva, qualquer incremento nestas variáveis irá proporcionar o aumento do RG e no rendimento de grãos industrial (RGI) da mesma forma. Uma vez realizadas alterações no ambiente, pode se esperar aumento ou redução no desempenho final, tanto nos aspectos de produção de campo como industrial (KRÜGER et al., 2010). Ressalta-se, que para o desenvolvimento de produtos de boa qualidade a indústria que processa os grãos de aveia se faz necessário exigências principalmente acerca do PH (peso do hectolitro) e da espessura de grãos maior que 2 mm. Por isso, grãos bem formados, grandes, pesados e uniformes são os desejados pela indústria que beneficia este cereal (ALVES & KIST, 2010). 25 Na Tabela 1, para a análise de comparação de médias por Scott e Knott, os níveis da fonte de variação indicaram destaque para o tratamento 7 (tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração) e tratamento 8 (tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Glutamin Extra no enchimento de grãos). Estes resultados evidenciam que a presença de Plenno em uma única aplicação na floração e de Glutamin Extra numa única aplicação no enchimento de grãos, quando combinados com Zinplex na semeadura incrementaram o RG. Inclusive, se mostraram superiores ao tratamento 5 (aplicação de Glutamin Extra junto a primeira (V4) e segunda aplicação de fungicida (R1)) e ao tratamento 6 que envolveu o tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos de forma combinada. Na análise da MH (Tabela 1), destaque foi observado ao tratamento 6 (Tratamento de semente com Zinplex+ aplicação de Plenno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos) e tratamento 9 (Aplicação de Plenno na floração). Esses resultados mostram que na MH, a aplicação de Plenno na floração tanto na ausência e presença de tratamento de semente com Zinplex o incremento de expressão desta variável foi obtida sobre os demais analisados. Inclusive, nas médias para a variável NG>2mm também foi um dos tratamentos que evidenciou os melhores resultados junto seguintes tratamentos: 3 (tratamento de semente com zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª aplicação fungicida), 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida) e 10 (Glutamin no enchimento de grãos) . Portanto, a aplicação de Zinplex + Glutamin Extra junto a primeira aplicação de fungicida e Glutamin Extra na primeira e segunda de fungicida ou Glutamin Extra apenas no enchimento de grãos, qualificam da mesma forma o produto em promover benefícios sobre o NG>2mm. Portanto, fatores que inversamente contribuiu em reduzir os valores médios do NG<2mm, o que é altamente desejável. Por outro lado, foram tratamentos que não foram efetivos em alterar o RG. De acordo com Vieira (2001), os bioestimulantes podem incrementar o crescimento e o desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular e também a diferenciação e o alongamento celular, esses efeitos dependem da concentração, da natureza e da proporção das substâncias presentes nos produtos. O ácido L- glutâmico se enquadra nesta classe, sendo um aminoácido que pode ser produzido pela fermentação do melaço da cana de açúcar pela bactéria Corynebacterium glutamicum (Dreyer et al., 2000). Na cultura da batata, foi observado que com a aplicação do biofertilizante houve um incremento na produção total em relação a testemunha, sendo a dose de 0,1 ml l-1 a que expressou maior produtividade (RÖDER et al., 2011a). Para a cultura do tomate Röder et al. (2011b) verificaram que a 26 produtividade também foi alterada com aplicação do produto AG 30®, sendo a dose de 0,2 0,1 ml l-1 foi a que mais contribuiu para a aumentar a produtividade. O aminoácido ácido Lglutâmico, quando aplicado via foliar pode promover a absorção de nutrientes, além de intervir na síntese do glutamato, elevando em taxas significativas o aproveitamento do N (King et al., 1993), observação que pode explicar, em parte, o aumento da produtividade da alface romana que recebeu o tratamento com o biofertilizante. Olinick et al. (2011) constatou maior desenvolvimento de mudas de repolho, como efeito da aplicação do mesmo biofertilizante utilizado no presente trabalho, contendo ácido L-glutâmico, indicando maior divisão e alongamento celulares, o que pode explicar o maior DMC de alfaces romanas tratadas com o produto. Dentre as funções dos bioestimulantes, pode-se destacar o incremento no crescimento e desenvolvimento do tecido vegetal, estimulando a divisão e alongamento celular (Vieira, 2001). Isto pode ser observado neste experimento, onde a aplicação do ácido L glutâmico a 30% promoveu melhor desenvolvimento das mudas de repolho para todas as características analisadas. Os aminoácidos figuram entre os componentes mais importantes do metabolismo dos organismos vivos. As plantas conseguem absorver os aminoácidos tanto pelas folhas como pelas suas raízes, o que permite valer-se de aplicações foliares ou via irrigação, de tais substancias, que propiciam, ao vegetal, desenvolvimento rápido e com menor consumo energético (Caço, 2008). Os efeitos positivos das aplicações foliares com ácido L-glutâmico sobre o crescimento das mudas se devem a sua capacidade precursora em muitos processos fisiológicos (Rhodes & Handa, 1989). Na análise de caracteres ligados ao enchimento do grão (MG, MC e MMG) os tratamentos avaliados não mostraram diferenças, o mesmo não acontecendo para o %CAR com o tratamento 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida) que se mostrou exclusivo em proporcionar o melhor desempenho, seguido do tratamento 6 que mostrou o segundo maior destaque (Tratamento de semente com Zinplex+ aplicação de Pleno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos). Contudo, na análise do RGI as diferenças entre os valores médios não foram detectados, mesmo que no RG as diferenças que quafilicam os tratamentos 7 e 8 tenham sido observados. Ressalta-se, os valores obtidos nos tratamentos 4 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª aplicação de fungicida), 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida) e 6 (Tratamento de semente com Zinplex+ aplicação de Pleno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos), que mesmo não mostrando diferenças entre os demais foram aqueles que indicaram RGI superior a 1000 kg ha-1. Podem ser observados valores significativamente maiores de germinação no 27 tratamento com aminoácido, pois este tratamento apresentou-se em todas as avaliações no melhor grupo. Estes resultados podem estar relacionados com a ativação de enzimas que favorecem a germinação, fato destacado por (Priyachem 2008). Sanders et al. (2001), avaliaram o efeito da aplicação de cinco bioestimulantes no desenvolvimento da cenoura (Daucus carota L.) e constataram aumento significativo no peso e no número de raízes. Rocha et al. (2001) constataram que as pulverizações de bioestimulante na cultura do maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) promoveram aumento significativo na produtividade e em outras características dos frutos, tais como: diâmetro do fruto, peso da casca e volume, parâmetros que permitem melhor caracterização pós colheita. Além disso, os bioestimulantes aumentam a durabilidade dos frutos para a comercialização. Fraser e Percival (2003) estudaram o efeito de quatro bioestimulantes em diferentes espécies arbóreas (Quercus rubra, Betula pendula e Fagus sylvatica), aplicados via solo e via foliar e, observaram que estes produtos melhoram o desenvolvimento de raízes e vigor das plantas. Entretanto, os autores observaram que a escolha de um bioestimulante apropriado deve ser feita em função das espécies adotadas, pois a resposta da planta ao bioestimulante varia muito de acordo com as características próprias do vegetal. Em estudo feito por Zhang e Ervin (2003), foi investigada a influencia de aplicações mensais de produtos a base de extratos de algas marinhas, matéria orgânica e aminoácidos como suplementos da adubação em gramados, contatando que aumentaram a resistência ás pragas e doenças e permitiram diminuir as aplicações de fertilizantes e fungicidas. Richardson et al. (2004) conduziram experimento em estufa para estudar de que modo um biostimulante comercial melhoraria a sanidade e a resistência ao estresse hídrico de árvores (Betula papyrifera), com três anos de idade, e observaram que as plantas tratadas com bioestimulante apresentaram as melhores concentrações de nitrogênio nas folhas e menos danos causados pelo estresse hídrico. Testando o desenvolvimento de mudas de repolho com a aplicação de ácido glutâmico, Olinik Junior et al. (2011) verificaram que a aplicação do produto incrementou o crescimento e desenvolvimento do tecido vegetal, estimulando a divisão celular e o alongamento celular. Foi observado que para o número de folhas a dose de 0,4 ml l-1 foi a que maximizou esse caráter e para o comprimento da parte aérea a dose de 0,8 ml l-1 obteve melhores resultados. Em relação a massa fresca da parte aérea, as doses de 0,4 ml l-1 e 0,8 ml l-1 se destacaram, para a massa fresca de raiz somente os 0,4 ml l-1 mostraram diferenças em relação a testemunha e para a massa seca de parte aérea, a dose de 0,8 ml l-1 foi a que se diferenciou das demais. 28 Tabela 1. Resumo da análise de variância e teste de médias dos componentes ligados ao rendimento industrial e componentes da panícula em diferentes aplicações de aminoácidos de produção em aveia branca. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. Quadrado Médio Variável Média CV (%) 22182 2180 6,82 26,46* 2,74 45 3,68 6,35 4,18 32 6,37 NG>2mm (n) 128,8* 70,83 60 13,94 NG<2mm (n) 121,2* 64,41 40 20,11 MG (g) 0,002 0,003 1,05 5,96 MC (g) 0,0031 0,0027 0,78 6,63 CAR (%) 0,0037* 0,00078 74 3,77 RGI (kg ha-1) 31918* 24709 975 16,03 Tratamento Erro RG (Kg ha-1) 182418* PH (kg hl-1) MMG (g) Análise de médias por Scott & Knott Tratamentos RG PH (kg ha-1) (kg hl-1) MMG NG>2mm NG<2mm (g) (n) (n) PG PC CAR RGI (g) (g) (%) (kg ha-1) 1 2258b 46b 32,5a 57b 43a 1,04a 0,78a 74c 988a 2 2126b 45b 33,3a 55b 45a 1,05a 0,79a 74c 888a 3 1961b 42c 31,7a 63a 37b 1,03a 0,74a 72c 894a 4 2085b 45b 33,6a 65a 25b 1,07a 0,77a 71c 1007a 5 2012b 43c 31,8a 65a 35b 1,02a 0,83a 81a 1059a 6 2201b 48a 34,0a 68a 32b 1,06a 0,82a 77b 1156a 7 2519a 45b 30,5a 54b 46a 1,04a 0,75a 71c 983a 8 2572a 41c 30,4a 52b 48a 1,07a 0,79a 73c 976a 9 2085b 48a 31,1a 57b 43a 1,09a 0,78a 71c 856a 10 1986b 42c 31,5a 64a 36b 1,09a 0,80a 73c 928a T1- Testemunha; T2- Tratamento de semente com zinplex; T3-Tratamento de semente com zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª aplicação fungicida; T4- Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª aplicação de fungicida; T5- Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida; T6- Tratamento de semente com Zinplex+ aplicação de Plenno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos; T7- Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração ; T8- Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos; T9- Aplicação de Plenno na floração ; T10- Glutamin Extra no enchimento de grãos. No entanto, Bonnecarrère et al. (2003) constatou maior altura em plantas de arroz de sequeiro com a aplicação de zinco nas sementes em relação à adubação no solo. A aplicação 29 dos bioestimulantes testados elevou a produção de grãos de feijão em relação à testemunha, mas não influenciou o peso de mil grãos e os teores foliares de macro e micronutrientes. A combinação via semente + via foliar resultou maior produtividade do feijoeiro em relação à aplicação isolada, ou seja, apenas via semente ou via foliar. (LANA et al., 2009). Uma equação linear positiva pode ser observada com relação à produtividade (R²=0,99), ou seja, à medida que se aumentou a dose, obteve-se a maior produtividade. Esse aumento pode ser justificado pelo efeito similar de citocininas, promovido pelo extrato de algas (Zhang & Schmidt, 2000) promovendo maior divisão celular e partição de assimilados nas plantas. Buscando conhecer as variáveis que mais contribuíram a alteração dos tratamentos aplicados e sua estabilidade de expressão, está apresentada na tabela 2 à análise de contribuição relativa ligada ao estudo da herdabilidade. Portanto, as variáveis que mostraram maior alterações frente a aplicação dos tratamentos são na seguinte ordem decrescente: RG (32,74), MH (18,23), NG>2mm (17,81), MG (12,23) e NG<2mm (11,08). Portanto se percebe que a aplicação dos tratamentos tende a trazer alterações nestas variáveis e que nas demais variáveis a possibilidade de modificação é praticamente inexistente. Além disto, fato importante é que o RG e MH trazem consigo a maior contribuição relativa com elevados teores de herdabilidade, sugerindo de maior estabilidade de expressão destas variáveis por modificação de ambiente. Por outro lado, o mesmo não foi observado na variável de interesse NG>2mm, indicando contribuição pela aplicação dos tratamentos, a reduzida herdabilidade constatada se traduz na instabilidade do comportamento da variável por alteração do ambiente de cultivo, corroborando em dependência da condição ambiental para eficiência do produto químico. O rendimento de grãos é um caráter complexo, cuja magnitude resulta da expressão e interação entre os diferentes componentes que o compõem, sejam eles diretos ou indiretos, que, interagindo entre si e com o ambiente, possibilitam a expressão do potencial genético da cultivar (CARVALHO & PISSAIA, 2002). Kurek et al. (2002) destaca que das variáveis de panícula analisada em aveia a MP foi a mais efetiva na diferenciação entre os indivíduos. De acordo com Guiomarães et al. (2008) entre as características de arroz estudadas, o índice de colheita, a massa de 100 grãos e a esterilidade de espiguetas apresentaram maior correlação com a produtividade de grãos, com valores de R iguais, respectivamente, a 0,921, 0,868 e 0,938 significando que o aumento da produtividade ocorre através da elevação do índice de colheita e da massa de 100 grãos e, ainda, devido à redução da esterilidade de espiguetas, assim, esses componentes foram os responsáveis pelo desempenho produtivo da cultivar de arroz. 30 Na tabela 2, está apresentada a distância morfológica de Tocher a partir da matriz de analise multivariada buscando numa analise conjunta entre todas as variáveis, definir os tratamentos que se mostraram similares ou diferentes. Portanto, foi observado a formação de quatro grupos distintos. Nestas, a testemunha (T1) foi incluída ao grupo I mostrando similaridade com o tratamento 2, 3, 4, 6 e 10, que expressaram na média geral uma produtividade de grãos ao redor de 2102 Kg ha-1. O grupo II foi representado pelos tratamentos 7 e 8 que indicaram similaridade entre si e distintos entre os demais grupos formados. Destaca-se que na análise simultânea frente a todas as variáveis foi o que evidenciou a maior média de produção de grãos com 2554 Kg ha-1. O grupo III foi representado pelo tratamento 9 e, no grupo IV foi incluído também isoladamente pelo tratamento 5, com valores médios de produção de 2085 e 2012 Kg há-1 respectivamente. Guercio et al. (2011) identificou correlações entre produção de grãos e número de espigas por planta, as quais foram positivas e significativas para os três cruzamentos de trigo, indicando que as plantas mais produtivas foram as que tiveram maior número de espigas por planta, também observou correlações positivas entre produção de grãos e massa de cem grãos, indicando que as plantas mais produtivas proporcionaram os grãos de maior massa. A contribuição relativa têm sua importância como forma de conhecer os caracteres que contribuem efetivamente para a variabilidade da cultura (ALVES et al., 2010), assim, conforme Moreira et al. (2005), não se indica variáveis que possuem pouca contribuição no processo de seleção de genótipos, pois tendem a diminuir a eficiência do processo. Em trigos com grande potencial de afilhamento Silva et al. (2007), observaram que a massa de espiga e o número de grãos por espiga, foram os caracteres de maior contribuição na detecção das diferenças observadas na inflorescência. Porém Souza et al. (2007) estudando a mamona destacou que a contribuição relativa da ordem do racemo não é uma característica estável, e depende das condições ambientais, da época de plantio, da cultivar e do regime de cultivo utilizado, sequeiro ou irrigado. Conceição et al. (2010) avaliando genótipos de milho observaram que a partição dos componentes da distância generalizada de Mahalanobis revelou a maior importância dos caracteres rendimento de grãos (66,06%) e número de espigas por planta (16,92%), em relação à dissimilaridade total, desta forma, o rendimento de grãos, entre os caracteres avaliados, foi o mais eficiente na diferenciação dos genótipos. De acordo com Guimarães (2008) em estudo com arroz concluíram que o aumento do índice de colheita e da massa dos grãos, e a redução da esterilidade das espiguetas devido às suas altas 31 correlações com a produtividade, são considerados prioritários em programas de melhoramento de arroz que visem obter cultivares mais produtiva. Tabela 2. Contribuição relativa e análise morfológica de Tocher para um modelo de regressão. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. Contribuição Relativa Variáveis h2 S.j S.j (%) RG (kg ha-1) 496,11 32,74 0,64 PH((kg hl-1) 276,24 18,23 0,68 MMG(g) 16,16 1,06 - NG>2mm (n) 269,90 17,81 0,16 NG<2mm (n) 167,95 11,08 0,18 MG(g) 185,37 12,23 - MC(g) 7,11 0,46 - CAR (%) 72,79 4,80 0,70 RGI (kg ha-1) 23,20 1,53 - Grupos Distância Morfológica Tocher Média Geral RG (kg ha-1) 1 -Testemunha; 2 -Tratamento de semente com Zinplex; 3 -Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto 1ª de fungicida; I 4 -Aplicação de Glutamin Extra junto com a 1ª aplicação de 2102b fungicida; 6 -Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração + Glutamin extra no enchimento de grãos; 10 -Glutamin no enchimento de grãos; 7-Tratamento de semente com Zinplex + Plenno na Floração; II 8 -Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos; III 9-Aplicação de Plenno na floração; 5 -Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de IV fungicida; S.j- contribuição relativa,S.j (%)- contribuição relativa percentual, h2-herdabilidade 2554a 2085b 2012b 32 Na tabela 3, no estudo que considera a produção de biomassa total (MST) ao longo dos cortes de avaliação, foi observado que pelo menos um dos tratamentos entre os demais influenciaram significativamente sobre a expressão da variável. Além disto, a diferença entre os cortes também foi detectada, condições naturalmente esperada em virtude do crescimento da biomassa vegetal ao longo de seu ciclo. Ressalta-se, que a integração entre cortes e tratamentos foi confirmada, indicando comportamentos distintos dos produtos químicos aplicados ao longo dos momentos de coleta de biomassa. Desta forma, a análise prosseguiu buscando o desdobramento desta interação pelo teste de comparação de medias com todos os tratamentos em cada ponto de coleta de biomassa. Foi observado que o corte realizado aos 90 dias após a emergência foi o que obteve maior volume de biomassa, independente dos tratamentos que foram realizados. Por outro lado, considerando o efeito dos tratamentos sobre a matéria seca total (MST), a coleta realizada aos 30, 60 e 90 dias após a emergência não mostraram alteração. Por outro lado a coleta realizada no momento de colheita dos grãos, (120 dias) indicaram alterações sobre a expressão da biomassa. Nesta condição, três grupos distintos foram observados, aquele representado pelo tratamento 5 de maior desempenho médio ``a´´, o grupo que evidenciou desempenho médio ``b´´, representado pelo tratamento 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e, o tratamento 6 ``c´´, de menor desempenho de expressão da matéria seca total (MST). Estes resultados sugerem que os benefícios que podem ser obtidos pelos tratamentos que possivelmente estejam ligados, a partir do momento da translocação de fotoassimilados produzidos na folha, e direcionados ao enchimento de grãos. Ou seja, quando há uma inversão da fonte e dreno, onde grande parte da energia produzida não é mais direcionada a própria folha e sim a estrutura de propagação. Segundo (OLINICK et al., 2011), Os resultados obtidos no experimento demonstram a influência da frequência de aplicação do ácido L – glutâmico a 30% na qualidade de mudas de repolho. Dentre os diversos fatores que irão influenciar a ação dos bioestimulantes nas plantas, como a concentração, a natureza e a proporção das substâncias presentes no produto, deve-se destacar a frequência de aplicação. Para o número de folhas nota-se que houve superioridade quando se utilizou a frequência de 14 dias, apresentando diferença significativa dos demais tratamentos. Para Ludwig (2011), a aplicação do aminoácido isolado afeta positivamente a germinação, porém quando combinado com fungicida e polímero não melhora o desempenho das sementes de soja. Dário et al. (2004) observaram influência no peso de 1000 grãos devido à aplicação de fitorregulador na cultura do arroz. Não se observou diferença significativa para 33 peso de 1000 grãos entre os tratamentos, contrastando com os resultados obtidos por Alleoni et al. (2000) que relataram o efeito positivo da aplicação via semente e foliar de reguladores de crescimento em relação ao peso das sementes em feijoeiro. No manejo orgânico, a utilização de compostos ou substâncias biofertilizantes tem se difundo, entre os quais, os aminoácidos provenientes de processos fermentativos, que muitas vezes são utilizados como aditivos em formulações de fertilizantes (MAPA, 2011). A absorção de aminoácidos pelas raízes e pelas folhas é relatada por Rodrigues (2008), sendo que a alteração no crescimento de plantas de feijoeiro após a aplicação foliar do aminoácido ácido L glutâmico foi relatado por Mógor et al.(2008). Tabela 3. Resumo da análise de variância e teste de médias para matéria seca total (MST) em diferentes aplicações de aminoácidos em aveia branca. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. Variável Quadrado Médio Média Tratamento (T) Corte C TxC Erro Geral 328738* 483920291* 263851* 270421 4053,9 MST (kg ha-1) Tratamentos CV (%) 12,82* Médias MST (kg ha-1) nos dias de corte 30 60 90 120 1 127,0Da 2765,5Ca 7815,0Aa 5949,2Bb 2 98,0Da 2189,5Ca 7909,0Aa 5825,2Bb 3 142,5Da 2081,5Ca 7532,5Aa 5924,0Bb 4 121,7Da 2064,5Ca 7402,0Aa 5981,7Bb 5 126,7Da 2090,7Ca 7980,7Aa 6929,2Ba 6 156,0Da 1982,7Ca 7938,0Aa 5362,5Bc 7 225,0Da 2205,0Ca 7982,2Aa 5672,5Bb 8 162,0Da 2191,5Ca 7511,2Aa 6239,2Bb 9 205,5Da 2458,7Ca 7927,5Aa 6239,2Bb 10 156,7Da 2494,5Ca 7892,2Aa 6097,2Bb *Letra maiúscula compara na linha e minúscula na coluna. MST= Matéria Seca Total em kg ha-1; CV= Coeficiente de Variação. Na tabela 4, buscando conhecer a taxa de produção de biomassa dia-1 e o momento (em dias) da maior acumulação, e sua respectiva produção estimada, foi realizada a equação 34 de regressão de grau um e dois, para esta estimativa. Por tanto, considerando todas as equações lineares apresentadas foi observado que a testemunha (sem tratamentos) apresentou uma produção de MST (matéria seca total) diária ha-1 ao redor de 75 Kg. Além disto, quando analisada aos tratamentos 2 (Tratamento de semente com Zinplex), 3 (Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto 1ª de fungicida) e 4(Aplicação de Glutamin Extra junto com a 1ª aplicação de fungicida) a taxa de produção de biomassa foi ao redor de 76, 75 e 76 Kg de biomassa dia-1 há-1. Portanto, estes tratamentos não se mostraram efetivos a alteração quando comparado a testemunha. Além disto, os tratamentos 6 (Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração + Glutamin extra no enchimento de grãos) e 7 (Tratamento de semente com Zinplex + Plenno na Floração) foram aquele que mostraram produção de biomassa inferior ao tratamento padrão, ao redor de 71 e 73 Kg ha-1 de biomassa dia-1, respectivamente. Por outro lado, cabe destacar o incremento obtido na taxa de biomassa dia-1 nos tratamentos 8 (Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos) e 9 (Aplicação de Plenno na floração) que foram ao redor de 78 Kg há-1. E, principalmente, dos resultados obtidos pelo tratamento 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida), que expressou a mais alta taxa de acumulo de biomassa dia-1, ao redor de 87 Kg há-1. Os resultados sugerem que formulações que expressam taxa de produção de biomassa dia superior aos tratamentos 1, 2, 3, e 4 sejam as mais promissoras, buscando maximizar a produção vegetal. Dentre os aminoácidos, o ácido L-glutâmico, obtido através da fermentação do melaço de cana-de-açúcar pela bactéria Corynebacterium glutamicum, teve seu efeito verificado em cultivos como feijão (Mógor et al., 2008), repolho (Olinick et al., 2011) e beterraba (Röder et al., 2011) entre outros. Apesar de os tratamentos com aminoácidos e glyphosate (T2 e T3) apresentarem valores significativamente inferiores a T4, T5 e T6 para as variáveis altura, MSPA, MSRA e MS TOTAL, o uso de aminoácidos em mistura ou após aplicação do glyphosate preveniu as injúrias causadas por esse herbicida na soja RR (T1). Comparando-se T1 com T2 e T3, o glyphosate reduziu aproximadamente em 92% a MSPA, em 35% a MSRA e em 81% a MSTOTAL. Uma das hipóteses para as reduções ocorridas no acúmulo de biomassa seca da parte aérea e da raiz em soja RR na presença do glyphosate, como discutido anteriormente, é o processo de degradação desse herbicida dentro da planta, que resulta na formação do AMPA, conhecida fitotoxina (Duke et al., 2003;), e provavelmente das reduções na taxa de fotossíntese, na conversão de fotoassimilados e na biodisponibilidade de nutrientes nos tecidos foliares (Cakmak et al., 2009;). Dentre as funções dos bioestimulantes, pode-se 35 destacar o incremento no crescimento e desenvolvimento do tecido vegetal, estimulando a divisão e alongamento celular (Vieira, 2001). De acordo com Cassilas et al., (1986), o uso de substâncias com efeito bioestimulante favorece o desempenho de processos metabólicos nos vegetais. Segundo LANA et al., a aplicação dos bioestimulantes testados elevou a produção de grãos de feijão em relação à testemunha, mas não influenciou o peso de mil grãos e os teores foliares de macro e micronutrientes. A combinação via semente + via foliar resultou maior produtividade do feijoeiro em relação à aplicação isolada, ou seja, apenas via semente ou via foliar. Tabela 4. Equação de regressão sobre a taxa de produção de biomassa em diferente aplicações de aminoácidos em aveia branca. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. Tratamento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Grau MST= ±a ± bx ± cx2 R2 P MSTA(dias) MSTE 1 1464 + 75,0x 0,72 * - - 2 -7095 + 262,73x - 1,25x2 0,84 * 105 6710 1 1719 + 76,3x 0,70 * - - 2 -6938 + 250,30x - 1,15x2 0,82 * 108 6680 1 1778 + 75,9x 0,74 * - - 2 -6213 + 223,79x - 0,98x2 0,83 * 114 6562 1 1836 + 76,3x 0,76 * - - 2 -6040 + 216,51x - 0,93x2 0,84 * 110 6523 1 2292 + 87,6x 0,80 * - - 2 -6061 + 213,30x - 0,83x2 0,86 * 114 7468 1 1533 + 71,9x 0,64 * - - 2 -7036 + 255,34x - 1,22x2 0,77 * 104 6323 1 1508 + 73,7x 0,67 * - - 2 -6870 +252,47x - 1,19x2 0,80 * 106 6520 1 1861 + 78,5x 0,78 * - - 2 -5988 + 216,06x - 0,91x2 0,86 * 112 6795 1 1684 + 78,5x 0,74 * - - 2 -6611 + 242,79x - 1,09x2 0,85 * 111 6908 1 1644 + 77,3x 0,73 * - - 2 -6810 + 249,59x - 1,14x2 0,85 * 109 6850 MST= matéria seca total, R²= coeficiente de determinação; P= parâmetro que mede a significância da reta MSTA= matéria seca total ajustada em dias, MSTE= matéria seca total estimada. 36 O fato dos aminoácidos estarem intimamente relacionados ao mecanismo de crescimento e desenvolvimento vegetal, e por alguns hormônios vegetais se encontrarem unidos aos aminoácidos, indicam o importante papel que pode ter a aplicação de aminoácidos como biofertilizantes (Magrisa, 2009). A partir disto, foi observado, que os tratamentos de maior desempenho expressaram acumulo de produção de biomassa mais tardamente, principalmente o tratamento 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida) que obteve a máxima produção aos 114 dias e matéria seca total (MST) estimada em 7468 Kg. Na tabela 5, dentro da composição dos compostos, ambos se enquadram nas formulações dos produtos comerciais usados no referido trabalho, como o Acido L. Glutâmico, enquadrando-se nas formulações dos três produtos comerciais usados, onde o Zinplex, um fertilizante formulado com fontes de sulfatos e aditivado com Ácido L. Glutâmico, indicado principalmente para culturas deficientes em Zinco. Tabela 5. Composição Produtos Comerciais (Amninoácidos). IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2013. Composição Zinplex Plenno Glutamin Extra N 8,0% (98,4 g l-1) P2O5 5,0% (61,5 g l-1) K2O Ca 1,0% (12,3g l-1) 10% (132 g l-1) 0,5% (6,15 g l-1) Mg 3,6% (48,2 g l-1) S 1,0% (12,3 g l-1) 0,5% (6,15 g l-1) Bo 0,1% (1,32 g l-1) Mn 1,5% (18,45 g l-1) 0,01 (0,12 g l-1) Mo Zn 10% (134,0 g l-1) COT Aminoácido Extrato de algas Agente Acidificante 4,8 %(64,3 g l-1) 3,0% (ALG) 2,00% (AA) 0,5 (6,15 g l-1) 3,0% (39,6 g l-1) 1,5% (ALG) 1,5% (EA) 5,00% (AA) 5,5% (67,7 g l-1 ) 3,0% (ALG) 3,0% (ALG) AA= agente acidificante, EA= extrato de algas, ALG= ácido L. Glutâmico, COT= carbono orgânico total. Plenno é um fertilizante mineral inovador e exclusivo devido ao seu efeito pela associação equilibrada de Cálcio, Extrato de algas, e aminoácido (Acido L. Glutâmico). O composto químico Glutamin Extra contém uma gama de nutrientes e carbono orgânico, com o objetivo suplementar estes nutrientes em momentos fisiológicos importantes das plantas, 37 possibilitando incrementos em produtividade, contendo na sua formulação aminoácidos na forma livre Ácido L- Glutâmico, que atua como quelatizante de metais, sendo precursor de proteínas, proporcionando as plantas um ganho extra de energia utilizado no processo produtivo das plantas. 38 CONCLUSÕES A aplicação foliar do ácido glutâmico e micronutrientes proporcionou efeitos sobre os caracteres ligados ao rendimento de grãos e biomassa total, ao longo do ciclo de desenvolvimento da aveia. Propiciou melhorias na produção, qualidade de grãos e volume de palha. Ressalta-se que, os valores obtidos nos tratamentos 7 (Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Plenno na floração, e 8 (Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos) foram os que mostraram rendimento de grãos superior aos demais. Foi observado que o corte realizado aos 90 dias após a emergência foi o que obteve maior volume de biomassa, independente dos tratamentos que foram realizados. Por outro lado, considerando o efeito dos tratamentos sobre a matéria seca total (MST), a coleta realizada aos 30, 60 e 90 dias após a emergência não mostraram alteração. Por outro lado a coleta realizada no momento de colheita dos grãos, (120 dias) indicaram alterações sobre a expressão da biomassa. Nesta condição, foi observado que, o tratamento 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida) foi o que obteve maior desempenho. O incremento obtido na taxa de biomassa dia-1 nos tratamentos 8 (Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos) e 9 (Aplicação de Plenno na floração) foram ao redor de 78 kg ha-1 dia-1. E, principalmente, dos resultados obtidos pelo tratamento 5 (Aplicação de Glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida), que expressou a mais alta taxa de acumulo de biomassa dia-1, ao redor de 87 kg ha-1. 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLEONI, B.; BOSQUEIRO, M.; ROSSI, M. Efeito dos reguladores vegetais de Stimulate no desenvolvimento e produtividade do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Anais da UEPG, Ponta Grossa, v. 6, p. 23-35, 2000. ALVES, A. C., KIST, V. Composição da espigueta de aveia branca (Avena sativa L.). R. Bras. Agrociência, Pelotas, v. 16, n. 1-4, p. 29-33, jan-dez, 2010. ALVES, A. C., KIST, V. COMPOSIÇÃO DA ESPIGUETA DE AVEIA BRANCA (Avena sativa L.). R. Bras. Agrociência, Pelotas, v.16, n.1-4, p.29-33, jan-dez, 2010 29. BATTISTI, G. K.; et al. 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T7- Tratamento de semente com Zinplex + Pleno na floração. T8- Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos. T9- Aplicação de Pleno na floração. T10- Glutamin Extra no enchimento de grãos. Variáveis dependentes: Caracteres adaptativos: Dias da emergência a floração (DEF), dias da floração a maturação (DFM), estatura (EST). Rendimento de grãos: Numero de afilhos férteis (NAF), massa de mil grãos (MMG), numero de grãos por panícula (NGP). Rendimento industrial: peso hectolitro (PH), percentual de cariopse (%CAR), rendimento de grãos industrial (RGI). Variáveis intervenientes: Precedente cultural e ano de cultivo. 44 APÊNDICE B – Croqui do Experimento Bloco 4 T7 T9 T6 T8 T5 T4 T2 T10 T1 T3 T6 T7 T3 T4 T1 T10 T9 T8 T1 T6 T9 T5 T2 T10 T8 4 T6 5 T5 T7 T1 8 T9 9 T3 10 Bloco 3 T8 T5 T2 Bloco 2 T3 T7 T4 Bloco 1 T4 1 T10 2 T2 3 6 7 Porteira Cana Legenda: T1- Testemunha T2- Tratamento de semente com zinplex T3-Tratamento de semente com zinplex + aplicação de Glutamin Extra junto 1ª de fungicida. T4- Aplicação de glutamin Extra junto com a 1ª aplicação de fungicida. T5- Aplicação de glutamin Extra junto a 1ª e 2ª aplicação de fungicida. T6- Tratamento de semente com Zinplex + aplicação de Pleno na floração + Glutamin Extra no enchimento de grãos. T7- Tratamento de semente com Zinplex + Pleno na floração. T8- Tratamento de semente com Zinplex + Glutamin Extra no enchimento de grãos. T9- Aplicação de Pleno na floração. T10- Glutamin Extra no enchimento de grãos. 45 ANEXO – Formulação Química dos Produtos Glutamin Extra • 8,0% de N (98,4 g/L de N) • 5,0% de P2O5 (61,5 g/L de P2O5) • 1,0% de K2O (12,3 g/L de K2O) • 0,5% de Mg (6,15 g/L de Mg) • 1,0% de S (12,3 g/L de S) • 0,5% de B (6,15 g/L de B) • 1,5% de Mn (18,45 g/L de Mn) • 0,01% de Mo (0,12 g/L de Mo) • 0,5% de Zn (6,15 g/L de Zn) • 5,5% de COT - Carbono Orgânico Total (67,7 g/L de COT) • Nutrientes Solúveis em Água • Agente Quelante: • Aminoácidos: 3,0% m/m (Ácido Glutâmico) Descrição: é um fertilizante mineral contendo uma gama de nutrientes e Carbono Orgânico, com o objetivo suplementar estes nutrientes em momentos fisiológicos importante das plantas, possibilitando incrementos em produtividade. Contém na sua formulação aminoácidos na forma livre Acido L-glutâmico , que atua como quelatizante de metais, sendo precursor de proteínas, proporcionando às plantas um ganho EXTRA de energia utilizado no processo produtivo das plantas. 46 Plenno É um fertilizante mineral inovador e exclusivo devido ao seu efeito no desenvolvimento das plantas proporcionado pela associação equilibrada de Cálcio, Extrato de algas (Ascophyllum nodosum) e aminoácidos (Ácido L-glutâmico). O nutriente Cálcio além de seu papel na estrutura das células tem importante função como mensageiro secundário no metabolismo vegetal, sendo responsável por vários estímulos ao desenvolvimento, com reflexos em produtividade. Zinplex Dados Técnicos: Acetato de zinco 7,0 % zn (79,8 gr/l de zn). Fertilizante formulado com fonte sulfatos, aditivado com ácido glutâmico (aminoácido) indicada para aplicação em culturas deficientes em zinco, com os benefícios adicionais do aminoácido precursor das proteínas nas plantas. É rapidamente absorvido e aproveitado pela parte aérea do vegetal, como também pelo sistema radicular, quando parte da calda de pulverização cai no solo.