Verminoses/ parasitoses Marcad Consultoria Parasitismo Apenas um dos seres leva “vantagem”. Vamos falar das parasitoses intestinais..... Marcad Consultoria Definição Verminoses são infecções causadas por parasitas, mais conhecidos como vermes, que se instalam no homem, principalmente no intestino e fígado, causando-lhe diversos danos a sua saúde. Vários são os tipos de verminoses, todos porém apresentam uma característica comum: um parasita (o verme causador da doença) que vive às custas de um hospedeiro (o homem) sugando seu alimento e suas forças, prejudicando sua saúde e afetando sua qualidade de vida. Marcad Consultoria O Brasil é campeão.... Jeca tatu... Monteiro Lobato virou escritor e a figura do Jeca tornou-se famosa no país. Lobato percebeu, então, que os caipiras eram barrigudos e preguiçosos por motivo de doenças e não por opção. Assim ele se arrependeu de tê-los ofendido, pediu desculpas. Escreveu novas histórias nas quais o Jeca conseguiu curar suas doenças, comprou uma fazenda e ficou rico. A figura foi utilizada pelo político Rui Barbosa, que fê-lo símbolo do descuido dos governos para com a população. E o Biotônico Fontoura tornou Jeca ainda mais conhecido. Através desse caboclo magro e sem vontade, vendeu milhões de vidros de seu fortificante. E para as crianças, as aventuras do Jeca foram transformadas em quadrinhos. Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO AÇÃO ESPOLIADORA J Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. AÇÃO TÓXICA J Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. AÇÃO MECÂNICA J Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. AÇÃO TRAUMÁTICA J É provocada principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de faze-lo. AÇÃO IRRITATIVA J Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Marcad Consultoria AÇÃO EXPOLIADORA Marcad Consultoria AÇÃO MECÂNICA Marcad Consultoria AÇÃO TRAUMÁTICA Marcad Consultoria AÇÃO IRRITATIVA Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA TERMOS TÉCNICOS USADOS EM PARASITOLOGIA Agente etiológico J É o agente responsável pela origem da doença (agente infeccioso) Antroponose J Doença exclusivamente humana. Filariose. Antropozoonose J Doença primária de animais, que pode ser transmitida ao homem, Exemplo: brucelose, na qual o homem é um hospedeiro acidental. Zooantroponose J Doença primária do homem, que pode ser transmitida aos animais. Ex: Esquistossomose mansoni Zoonose J Doenças e infecções que são naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e o homem. Ex: Doença de Chagas. Marcad Consultoria INTRODUÇAO À PARASITOLOGIA Hábitat J É onde o parasito vive (órgão no corpo humano onde tem predileção). Hospedeiro J Organismo que alberga o parasito Hospedeiro definitivo J É o que apresenta o parasito em fase adulta ou em fase de atividade sexual. Hospedeiro intermediário J É o que apresenta o parasito em fases imaturas ou fase assexuada. Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA INFECÇÃO J Penetração e desenvolvimento do agente infeccioso no corpo do homem. (Endoparasitos) INFESTAÇÃO J Alojamento e desenvolvimento de artrópodes na superfície do corpo do homem. (Ectoparasitos) Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA PARASITISMO J É a assiciação entre os seres vivos onde um tem benefícios (parasito) e o outro não (hospedeiro). Endoparasito (vive dentro do corpo do hospedeiro) e ectoparasito (vive externamente ao corpo do hospedeiro). PARASITO ERRÁTICO OU ECTÓPICO J Vive fora do seu hábitat natural. PARASITO OBRIGATÓRIO J É aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. Ex: Plasmodium, T. gondii,etc. PARASITEMIA J É o numero de parasitos no sangue Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA PARASITO HETEROXÊNICO J Possui hospedeiro definitivo e intermediário. PARASITO MONOXÊNICO J Só possui hospedeiro definitivo. CICLO BIOÓGICO HETEROXÊNICO CICLO BIOLÓGICO MONOXÊNICO Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA PARTENOGÊNESE J Desenvolvimento de um ovo sem interferência de espermatozóide. PATOGENICIDADE J É a habilidade do agente infeccioso provocar lesões. PATOGENIA Mecanismo de ação do agente patogênico. PROFILAXIA J É o conjunto de medidas que visam a prevenção, controle ou erradicação das doenças parasitárias. Marcad Consultoria INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA VETOR J É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros. VETOR BIOLÓGICO J É quando além de ser transmitido, o parasito também se reproduz ou se desenvolve no vetor. VETOR MECÂNICO J É quando só ocorre a transmissão do parasito (não se reproduz nem se desenvolve no vetor). VETOR INANIMADO OU FÔMITE Quando o parasito é transportado por objetos, tais como lenços, seringas, espéculos, talheres, etc. Marcad Consultoria Parasita é tudo igual.... Protozoários Nematelmintos Hematelmintos Espiroquetas Marcad Consultoria Para o parasitismo ter sucesso... O parasita deve entrar em contato adequado com o hospedeiro. Uma vez feita a penetração (feita a “entrada”), ele deve encontrar em todos os estágios evolutivos um habitat adequado. É indispensável que a reação do hospedeiro não interfira com o metabolismo normal do parasita. Marcad Consultoria Sintomas suspeitos Marcad Consultoria Sintomas em adultos/ crianças Mal-estar, dor de cabeça, vertigem, desconforto e fraqueza podem facilmente ser sintomas de parasitose leve ou moderada Dores ao redor do umbigo, principalmente quando se aperta Orelhas e nariz coçando, nariz escorrendo Lábios úmidos à noite e secos durante o dia Unhas roídas, em mau estado, ou com afundamento no meio da unha do polegar Coloração amarelada no branco dos olhos junto ao nariz Dores articulares nos adultos Dores na altura do coração Marcad Consultoria Engasgos inexplicáveis indicando possível obstrução passageira nos tubos respiratórios Reflexos lentos, letargia, mãos muito desajeitadas Rosto amarelado Taquicardia Secreção excessiva de saliva (ptialismo), inclusive dormindo Dentes trincados ou rangendo à noite (bruxismo) são sintomas reconhecidos de vermes Coceira anal: sintoma produzido somente por oxiúros – a zelosa parasita-mãe, que é branquinha, fina como fio de linha e mede 1 centímetro de comprimento, deixa milhares de ovinhos ao redor do ânus do hospedeiro para ter certeza de que eles vão sair e tentar a vida. Marcad Consultoria Sintomas em Crianças O desenvolvimento da criança que tem vermes é muito prejudicado em altura e musculatura, e o aproveitamento escolar é baixo A criança geralmente tem olheiras e pele seca Queixa-se de distúrbios visuais Tem diarréias e prisão de ventre alternadas, e crises de dor que acabam passando sozinhas Faz xixi na cama, fala dormindo, range ou trinca os dentes? Podem ser sintomas A barriga é grande quando há muitas lombrigas adultas Irritabilidade, muitas vezes acompanhada por histeria, manha, mau humor e agitação, também faz pensar em vermes e na perturbação que eles podem estar causando ao hospedeiro Anemia periódica é o grande indício das verminoses: elas dificultam os processos de digestão e assimilação da comida, e o sangue sofre as conseqüências. Aspecto da pessoa anêmica: pálida, pele desidratada, com olheiras. Quando estica o braço e a mão, as unhas ficam brancas ou azuladas Marcad Consultoria Sintomas psiquiátricos Memória ruim Pensamentos confusos Inquietação, agitação contínua Constrangimento, timidez excessiva Insônia, agitação noturna Depressão Apatia Angústia, sensação de opressão no peito Marcad Consultoria Filariose ou Elefantíase: (não tem cura) Parasita Æ Wuchereria bancrofti Sintomas Æ Hipertrofia das extremidades do corpo, como pernas, saco escrotal, etc. Transmissão Æ Picada do mosquito Culex sp. OBS: Existe um derrame de plasma para o tecido e a volta do mesmo para os capilares, a fim de realizar as trocas metabólicas. O plasma que não é absorvido pelos capilares, é absorvido pelo vaso linfático e passará a se chamar linfa. Nesta doença, a larva migra para os vasos linfáticos interrompendo a passagem da linfa, ocorrendo um acúmulo de líquido nos tecidos, causando edemas. Marcad Consultoria Malária ou Impaludismo ou Febre Intermitente Plasmodium vivax (febre terçã benigna) Plasmodium malariae (febre quartã benigna). Plasmodium falciparum (febre terçã maligna) Sintomas Æ Acessos febris provocados pela ruptura em larga escala de hemácias contaminadas pelos parasitas; intensa sudorese, calafrios e anemia. Transmissão Æ através da picada do mosquito Anopheles darlingi. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • MEFLOQUINA Ações terapêuticas. Antipalúdico. Propriedades. É um antipalúdico derivado da 4-metanol-quinolina, relacionado quimicamente com a quinina, que desenvolve um efeito esquizoticida contra as diferentes formas de paludismo, inclusive as resistências à cloroquina, provocadas pelo Plasmodium falciparum. A OMS recomenda a mefloquina como fármaco de primeira escolha em áreas de paludismo resistente à cloroquina. É absorvido no trato gastrintestinal, embora ocorram amplas variações farmacocinéticas entre diferentes pacientes. Atinge uma elevada concentração nos glóbulos vermelhos, distribui-se de maneira ampla, liga-se às proteínas séricas em uma elevada proporção (98%) e possui uma prolongada meia-vida (28 dias).Sofre biotransformação hepática, uma pequena dose é eliminada pela urina enquanto que a maior parte é eliminada por via biliar e pelas fezes. O volume de distribuição e seus níveis séricos são reduzidos em pacientes infectados em comparação com indivíduos normais. Indicações. Tratamento e profilaxia do paludismo, especialmente o causado pelo Plasmodium falciparum, inclusive as formas resistentes. Posologia. A dose aconselhada é de 250mg de fármaco base semanal (equivalente a 274mg de cloridrato de mefloquina). Em indivíduos que viajam para regiões endêmicas aconselham-se 250mg uma semana antes de partir, em uma dose, e continuar com esse esquema posológico durante um período de 6 semanas. Dose média: 20mg/kg até um máximo de 1,5g. Dose em crianças: 20mg/kg em uma dose única. Reações adversas. As mais freqüentemente observadas durante o tratamento são dores abdominais, cólicas, náuseas, vômitos, diarréia. Em 1% dos casos podem aparecer sintomas neuropsiquiátricos como alucinações, síndrome confusional, psicose aguda, depressão, ansiedade, cefaléia, parestesias, fotofobia. Por ter uma meia-vida prolongada, os efeitos indesejáveis podem aparecer de maneira tardia (após 2 ou 3 semanas); também as doses elevadas influenciam na incidência de alguns efeitos secundários. Precauções. Em pacientes que estejam recebendo quinidina ou quinina só deve ser administrada de 12 a 24 horas após a suspensão das mesmas. Em pacientes que operam máquinas ou dirigem veículos aconselha-se retornar a essa atividade somente três semanas após a última dose do fármaco. Interações. Não associar com betabloqueadores, antagonistas do cálcio, digitálicos, antidepressivos, quinina e quinidina, devido ao risco de desencadear alterações cardiovasculares graves. A administração conjunta com ácido valpróico pode reduzir os níveis séricos e a biodisponibilidade do anticonvulsivante. Não são conhecidos efeitos porfirinogênicos nesse derivado antipalúdico. Contra-indicações. Psicopatias, epilepsia, desequilíbrios neuropsiquiátricos, doenças que cursam com convulsões. Gravidez e lactação, uma vez que foi comprovado efeito teratogênico em animais. Insuficiência hepática ou renal severa. Pacientes com cardiopatias e arritmias de condução. Crianças menores de 2 anos ou com peso corporal inferior a 15kg. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Tripanossomíase Americana ou Doença de Chagas: (não tem cura) Parasita Æ Trypanosoma cruzi Sintomas ÆCardiomegalia, hipotensão, (morte) Transmissão Æcontato com as fezes contaminadas do barbeiro Triatoma infestans. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • BENZNIDAZOL Ações terapêuticas. Antichagásico. Propriedades. Atua especificamente contra o Tripanosoma cruzi. A absorção por via oral é rápida e completa, alcançando concentração plasmática máxima, em 2 a 4 horas. É eliminado em aproximadamente 12h pela urina e pelas fezes, após metabolização hepática. Indicações. Doença de Chagas. Posologia. Adultos: doses de 5 a 7mg/kg/dia, subdivididas em 2 vezes, a cada 12h, durante 30 a 60 dias consecutivos. Crianças menores de 12 anos, especialmente na fase aguda da doença, deverão receber doses maiores (dose máxima 10mg/kg) durante os primeiros 20 dias de tratamento. Reações adversas. Nas primeiras semanas de tratamento podem ser observadas reações cutâneas benignas leves acompanhadas ou não de febre púrpura, que desaparecem com a suspensão do tratamento e não reaparecem após sua restituição gradual. Náuseas, parestesia e outros sintomas de polineurites periféricas, cefaléia, vertigem, fadiga, leucopenia e trombocitopenia. Precauções. Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas. Aconselha-se realizar controles hematológicos periódicos. O risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez e o aleitamento. Interações. Álcool. Contra-indicações. O risco/benefício deverá ser avaliado em situações clínicas como: insuficiência hepática, renal e hematológica e nas doenças neurológicas. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Amarelão ou Opilação ou Ancilostomose Parasitas Æ Necator americanus e Ancylostoma duodenale (ambos causam a doença) Sintomas Æ Ulcerações no intestino delgado, hemorragia e conseqüente anemia. Transmissão Æ Infestação ativa ou passiva, normalmente ocorre infestação ativa, quando se pisa em solo contaminado, já a infestação passiva, é quando se come alimentos contaminados. OBS: A infecção ocorre através das larvas infectantes, que penetram pela pele do homem e, através da circulação chegam aos pulmões, ascendem pela árvore respiratória até serem deglutias e evoluírem para vermes adultos no duodeno e jejuno. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • PARASIN - ACHÉ Anti-helmíntico Uso adulto e pediátrico. A segurança e eficácia do albendazol ainda não foram estabelecidas para crianças com menos de 2 anos. Apresentações. Comp. mast. bl. c/1. Susp. oral fco. c/10ml. Composição. Cada comp. mast.: albendazol 400mg. Excipientes: celulose microcristalina, carboximetilcelulose sódica, ciclamato sódico, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, polividona, crospovidona, amido 3% em açúcar, aroma imitação de banana, corante amarelo FDC n 5 laca de alumínio, dióxido de silício, manitol, polissorbato, sacarina sódica e talco. Susp. oral: albendazol 40mg por ml. Excipientes: carbômero, ciclamato sódico, glicerol, propilparabeno, sorbitol solução 70%, ácido cítrico monoidratado, açúcar líquido, aroma artificial de banana, benzoato de sódio, citrato de sódio diidratado, corante amarelo FDC n 6, corante amarelo FDC n 5, aroma natural de tangerina, hidróxido de sódio, metilparabeno, polissorbato, sacarina sódica, dimeticona e água purificada. Indicações. PARASIN é indicado no tratamento das infecções por parasitas intestinais simples ou mistos, causadas por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermiculares, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Taenia spp e Strongyloides stercoralis. Contra-indicações. PARASIN é contra-indicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer dos componentes de sua fórmula. Como ocorre com os derivados benzimidazólicos, o albendazol é também teratogênico e embriotóxico nos animais, portanto, deve-se evitar o uso de PARASIN durante a gravidez ou em mulheres com possibilidade de engravidar. Aconselha-se assegurar, antes de iniciar o tratamento com PARASIN, de que não há processo de gravidez. Posologia. Adultos e crianças maiores de 2 anos. Dose usual: 1 comprimido de 400mg ou 10ml da suspensão oral, tanto para adultos como crianças acima de 2 anos, em dose única. Nos casos de infecção confirmada ou suspeitada de Strongyloides stercoralis ou Taenia spp, a dose deve ser repetida por três dias consecutivos. Em casos de infestação por Enterobius vermiculares a dose usual em crianças acima de 2 anos é de 5ml da suspensão oral. Os comprimidos podem ser mastigados, triturados e misturados a alimentos. Porém, recomenda-se que PARASIN seja administrado durante o jejum, uma vez que grande parte de sua ação anti-helmíntica é realizada nos intestinos, e os alimentos, principalmente se for uma alimentação rica em gorduras, aumentam a absorção sistêmica do albendazol. Nota: se o paciente não se curou após três semanas, um segundo tratamento está indicado. Cuidados de higiene: como medida profilática e também durante o tratamento, devem ser tomados os seguintes cuidados, para evitar infestações ou reinfestações pelos helmintos.1) Beber água somente fervida ou filtrada.2) Lavar com água fervida ou filtrada as frutas, verduras e legumes antes de comê-los. 3) Ferver as chupetas antes de dar às crianças. 4) Conservar alimentos e depósitos de água sempre bem cobertos. 5) Ferver diariamente as roupas das crianças (fraldas e calcinhas). Ferver as roupas de cama. Trocar as roupas nas crianças com maior frequência para evitar a reinfestação. 6) Evitar contato permanente dos pés e mãos com a terra. 7) Lavar as mãos antes das refeições. 8) Cortar e manter limpas as unhas. 9) Manter limpas as instalações sanitárias e lavar as mãos depois de usá-las. 10) Evitar carne crua ou mal cozida. 11) Lavar e cozinhar bem os alimentos. 12) Ferver sempre o leite. 13) Lavar os utensílios domésticos. 14) Evitar contato com animais domésticos que possam ser infectados. 15) Combater os insetos. Pacientes idosos. As mesmas orientações dadas aos adultos devem ser seguidas para os pacientes idosos, observando-se as recomendações específicas para grupos de pacientes descritos no item Contra-indicações. Venda sob prescrição médica. MS - 1.0573.0218 P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Oxiuríase ou Enterobiose Parasita Æ Enterobius vermiculares. Quadro clínico e Epidemiologia A infecção por esse parasita encontra-se entre as mais comuns, sendo o prurido anal sua manifestação clínica típica. Em geral, acomete vários ocupantes de um mesmo domicílio, dada a facilidade de disseminação dos ovos no intradomicílio. Diagnóstico observação dos ovos por meio da fita adesiva (aposição de fita adesiva transparente na região perineal e observação direta ao microscópio). A procura de ovos no exames de fezes tem positividade baixa. Tratamento mebendazol, 100 mg, dose única; albendazol, 400 mg, dose única. A erradicação da parasitose em determinado domicílio poderá exigir a repetição do tratamento mensalmente durante seis meses, bem como a administração da droga a todos os ocupantes do mesmo. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • MEBENDAZOL Ações terapêuticas. Anti-helmíntico. Propriedades. Trata-se de um anti-helmíntico de amplo espectro (cestóides, nematódios, trematódeos) que pertence aos derivados benzimidazólicos, como o albendazol e o tiabendazol. Pelo seu mecanismo de ação antiparasitário inibe de forma seletiva irreversível a absorção de glicose, o que provoca a depleção dos depósitos de glicogênio nos microtúbulos das células tegumentárias e intestinais do parasita. Tudo isso gera imobilidade, paralisia motora e morte dos diferentes nematódios. Seu espectro envolve Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichiuris trichiura, Ancylostoma duodenale e Necator americanus. É considerado terapia alternativa a doses altas em infecções por Toxocara, Trichinella spiralis volvulus e Equinococcus granulosus. Sua absorção é muito escassa no trato gastrintestinal, e, portanto, sua biodisponiblidade é baixa, além de sofrer uma intensa eliminação (80%) de primeiro passo hepático. O mebendazol aumenta sua absorção quando é administrado de forma concomitante com as refeições.Sua ligação com as proteínas plasmáticas é muito elevada (95%), sua meia-vida é de 1 a 5 horas que pode ser prolongada em pacientes com insuficiência hepatocelular. Sua eliminação é realizada parcialmente pelo fígado e finalmente pela urina, tanto como droga ativa como metabolizada. Indicações. Infecção provocada por diferentes parasitas como Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis (oxiúrios), Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Trichiuris trichiura, hidatidose. Posologia. Em ascaridíase e trichuríase, doses de 100mg (pela manhã) e 100mg (à tarde) durante 3 dias seguidos, tanto para adultos como crianças. Em oxiuríase, 100 a 200mg em 1 só dose; se não for alcançada a cura com esta dose inicial, deve-se repetir uma segunda série 15 dias após. Em triquinose, 200 a 400mg 3 vezes ao dia, durante 3 dias, e posteriormente 400 a 500mg 3 vezes ao dia, durante 10 dias. Em hidatidose requerem-se concentrações tissulares elevadas, por isso são reservadas para casos graves doses de 40 a 50mg/kg/dia, distribuídos a cada 6 horas durante 3 a 9 meses, com o objetivo de reduzir o tamanho do quisto antes da cirurgia. Reações adversas. São escassas e de pouca intensidade, como epigastralgia, náuseas, erupção cutânea, prurido, febre, diarréia e vômitos. Em pacientes que recebem doses elevadas, pode provocar leucopenia com neutropenia reversível. Precauções. Em pacientes diabéticos que recebem insulina ou hipoglicemiantes orais, pode potencializar o efeito hipoglicêmico, pois o mebendazol facilita a liberação de insulina. Contra-indicações. Gravidez, epilepsia, hipersensibilidade aos derivados benzimidazólicos. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Ascaridíase Parasita Æ Ascaris lumbricoides Sintomas Æ Cólicas, náuseas, vômitos, oclusão intestinal (não consegue defecar) quando em grande número. Transmissão Æ Ingestão de alimentos contaminados por ovos do parasita. OBS: O homem é o único hospedeiro, a infestação acontece quando se ingere alimentos contaminados por ovos, daí o verme segue o seguinte caminho: boca Æ estômago Æ delgado Æ pulmões Æ traquéia Æ laringe Æ glote Æ faringe Æ estômago Æ delgado, onde o verme se torna adulto e que por fecundação deposita seus ovos nas fezes, o que pode vir a recomeçar o ciclo. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • LEVAMISOL (Ascaridil) Ações terapêuticas. Imunomodulador. Propriedades. O mecanismo de ação não está bem definido, embora o fármaco pareça ser capaz de restabelecer a função imunitária deprimida ao invés de aumentar a capacidade de resposta normal. Estimula a produção de anticorpos contra vários antígenos, potencializa a resposta das células T (induz ativação e proliferação), potencializa as atividades fagocitária e quimiotática dos monócitos e macrófagos, incrementa a motilidade, a aderência e a quimiotaxia dos neutrófilos. Também inibe a atividade da fosfatase alcalina e a atividade colinérgica. Indicações. Como coadjuvante no tratamento com fluoruracila de pacientes previamente submetidos à cirurgia por câncer de cólon (estágio C de Duke). É também utilizado no tratamento do câncer de mama. Outras indicações: artrite reumatóide refratária. Posologia. Terapia inicial: 50mg (via oral), a cada 8 horas, durante três dias (começar entre 7 e 30 dias depois da cirurgia). Entre os dias 21 e 34 (pós-cirurgia) serão administrados 450mg/m 2 de fluoruracila, IV, durante cinco dias, e simultaneamente será administrado levamisol durante três dias. Manutenção: 50mg (via oral), a cada 8 horas, durante três dias, cada duas semanas. Fluoruracila: 450mg/m 2, IV, uma semana a cada 28 dias. Em artrite reumatóide: 150mg/dia, 2 dias seguidos por semana. Em crianças: 2,5mg/kg com esquema posológico idêntico. Superdosagem. Em casos de superdose recomendam-se lavagem gástrica e medidas de suporte (hidratação, oxigênio, expansores). Reações adversas. Náuseas, diarréias, vômitos, estomatite, anorexia, dor abdominal, vertigem, constipação, leucopenia, trombocitopenia, anemia, granulocitopenia, dermatite, alopecia, prurido. A freqüência desses efeitos é menor quando o levamisol é administrado isoladamente do que quando combinado com fluoruracila. Precauções. Não usar em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve ser suspensa se levamisol for administrado. A segurança e a eficácia em crianças não foram estudadas. O aparecimento de síndrome gripal, febre, sintomas similares aos do resfriado e mal-estar devem ser informados imediatamente ao médico. Aconselha-se realizar controles periódicos da função hematopoiética durante o tratamento. Interações. Anticoagulantes tipo cumarina; potenciação da anticoagulação. Álcool: efeito dissulfiram. Contra-indicações. Hipersensibilidade ao levamisol. Gravidez. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • PARASIN - ACHÉ Anti-helmíntico Uso adulto e pediátrico. A segurança e eficácia do albendazol ainda não foram estabelecidas para crianças com menos de 2 anos. Apresentações. Comp. mast. bl. c/1. Susp. oral fco. c/10ml. Composição. Cada comp. mast.: albendazol 400mg. Excipientes: celulose microcristalina, carboximetilcelulose sódica, ciclamato sódico, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, polividona, crospovidona, amido 3% em açúcar, aroma imitação de banana, corante amarelo FDC n 5 laca de alumínio, dióxido de silício, manitol, polissorbato, sacarina sódica e talco. Susp. oral: albendazol 40mg por ml. Excipientes: carbômero, ciclamato sódico, glicerol, propilparabeno, sorbitol solução 70%, ácido cítrico monoidratado, açúcar líquido, aroma artificial de banana, benzoato de sódio, citrato de sódio diidratado, corante amarelo FDC n 6, corante amarelo FDC n 5, aroma natural de tangerina, hidróxido de sódio, metilparabeno, polissorbato, sacarina sódica, dimeticona e água purificada. Indicações. PARASIN é indicado no tratamento das infecções por parasitas intestinais simples ou mistos, causadas por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermiculares, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Taenia spp e Strongyloides stercoralis. Contra-indicações. PARASIN é contra-indicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer dos componentes de sua fórmula. Como ocorre com os derivados benzimidazólicos, o albendazol é também teratogênico e embriotóxico nos animais, portanto, deve-se evitar o uso de PARASIN durante a gravidez ou em mulheres com possibilidade de engravidar. Aconselha-se assegurar, antes de iniciar o tratamento com PARASIN, de que não há processo de gravidez. Posologia. Adultos e crianças maiores de 2 anos. Dose usual: 1 comprimido de 400mg ou 10ml da suspensão oral, tanto para adultos como crianças acima de 2 anos, em dose única. Nos casos de infecção confirmada ou suspeitada de Strongyloides stercoralis ou Taenia spp, a dose deve ser repetida por três dias consecutivos. Em casos de infestação por Enterobius vermiculares a dose usual em crianças acima de 2 anos é de 5ml da suspensão oral. Os comprimidos podem ser mastigados, triturados e misturados a alimentos. Porém, recomenda-se que PARASIN seja administrado durante o jejum, uma vez que grande parte de sua ação anti-helmíntica é realizada nos intestinos, e os alimentos, principalmente se for uma alimentação rica em gorduras, aumentam a absorção sistêmica do albendazol. Nota: se o paciente não se curou após três semanas, um segundo tratamento está indicado. Cuidados de higiene: como medida profilática e também durante o tratamento, devem ser tomados os seguintes cuidados, para evitar infestações ou reinfestações pelos helmintos.1) Beber água somente fervida ou filtrada.2) Lavar com água fervida ou filtrada as frutas, verduras e legumes antes de comê-los. 3) Ferver as chupetas antes de dar às crianças. 4) Conservar alimentos e depósitos de água sempre bem cobertos. 5) Ferver diariamente as roupas das crianças (fraldas e calcinhas). Ferver as roupas de cama. Trocar as roupas nas crianças com maior frequência para evitar a reinfestação. 6) Evitar contato permanente dos pés e mãos com a terra. 7) Lavar as mãos antes das refeições. 8) Cortar e manter limpas as unhas. 9) Manter limpas as instalações sanitárias e lavar as mãos depois de usá-las. 10) Evitar carne crua ou mal cozida. 11) Lavar e cozinhar bem os alimentos. 12) Ferver sempre o leite. 13) Lavar os utensílios domésticos. 14) Evitar contato com animais domésticos que possam ser infectados. 15) Combater os insetos. Pacientes idosos. As mesmas orientações dadas aos adultos devem ser seguidas para os pacientes idosos, observando-se as recomendações específicas para grupos de pacientes descritos no item Contra-indicações. Venda sob prescrição médica. MS - 1.0573.0218 P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Esquistossomose Parasita Æ Shistosoma mansoni Sintomas Æ Alojam-se nos vasos do sistema porta–hepático, promovendo hemorragias e conseqüente edema (barriga d’água); cirrose hepática. Transmissão Æ Penetração ativa de larvas cercárias pela pele. Ciclo Æ O homem contaminado apresenta ovos de esquistossomos no seu intestino. Esses ovos em contato com a água doce eclodem e libertam a larva Miracídio. Esta larva penetra no caramujo Biomphalaria e se reproduz, dando origem a novas larvas Cercárias. Estas abandonam o hospedeiro intermediário e nadam ativamente a procura do homem, o hospedeiro definitivo. Uma vez chegando na corrente sangüínea, instalam-se nos vasos do fígado, onde crescerão e se reproduzirão. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • PRAZIQUANTEL Ações terapêuticas. Antiparasitário. Propriedades. É um anti-helmíntico antiparasitário de amplo espectro, contra numerosas espécies de cestódeos e trematódeos, para tratar a esquistossomose (Schistosoma mansoni, japonicum), e a cisticercose, Taenia solium, Hymenolepsis nanis; fasciolíase. Absorve-se rápida e completamente (> 80%) após a administração oral, em especial quando ingerido com as refeições. Seu pico plasmático é alcançado 1 a 3 horas após sua administração. O praziquantel sofre uma importante biotransformação metabólica no fígado (fenômeno de primeira passagem hepática) e seus metabólitos inativos são eliminados por hidroxilação. Sua meia-vida plasmática oscila entre 1 e 1,5 horas, é bem distribuído no SNC (por isso é indicado na neurocisticercose), e a maior parte (> 90%) é eliminada pela urina em 24 horas. O fármaco também é excretado pelo leite materno, portanto deve-se evitar a lactação durante 3 ou 4 dias após sua administração. Indicações. Doenças parasitárias de localização gastrintestinal e extra-intestinal. Esquistossomose (S. mansoni, S. haematobium, S. japonicum, S. intercalatum), cisticercose. Posologia. Em esquistossomose: 20mg/kg administrados com as refeições, cada 4 a 6 horas, em um dia. Em cisticercose de localização cerebral (neurocisticercose): 50mg/kg/dia repartidos em 2 ou 3 tomadas durante 15 dias. Durante esse tratamento é freqüente o surgimento de efeitos secundários sobre o SNC (cefaléia, hipertermia, hipertensão intracraniana, vertigem) devido à lise parasitária. Nesses casos é aconselhável associar dexametasona injetável. Em fasciolíase: 25mg/kg em 3 tomadas em um dia. Reações adversas. Geralmente são leves e transitórias. Foram informados náuseas, vômitos, diarréia, dores abdominais do tipo cólica, tonturas, vertigem, prurido, reações alérgicas cutâneas, febre. Nas localizações cérebro-meníngeas pode provocar irritação, congestão e edema cerebral com hipertensão intracraniana. Precauções. Como durante o tratamento podem manifestar-se tonturas e sonolência, o paciente não deve dirigir veículos nem maquinarias que exijam um grau de vigilância ou alerta. Em pacientes com insuficiência renal ou hemodiálise é aconselhável empregar uma dose de carga inicial igual à dos indivíduos normais. Contra-indicações. Gravidez e lactação. Seu emprego é desaconselhado em cisticercose ocular porque pode produzir graves lesões na córnea, com perda da visão. Insuficiência hepática severa. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Teníase Parasitas Æ Taenia solium e Taenia sagnata Sintomas Æ Náuseas, diarréia, letargia, etc. Transmissão Æ ingestão de carne com cisticercos OBS: O ciclo começa quando o porco ingere os ovos da tênia. Da boca, esses ovos vão para o estômago onde se tornam larvas oncosféricas e então migram para o intestino delgado e para a musculatura em forma de cisticercos. Comendo a carne contaminada, o verme vai para o intestino delgado do homem, onde se torna adulta. Por auto-fecundação ou por fecundação cruzada entre suas proglotes, torna-se grávida. Estima-se que uma proglote grávida pode conter em torno de 60 mil ovos, que são eliminados diariamente. Marcad Consultoria Cisticercose A cisticercose caracteriza-se quando o homem faz o papel de hospedeiro intermediário (do porco), devido a ingestão de alimentos contaminados por ovos de Taenia solium . Marcad Consultoria Cabeça e colo de Taenia saginata (esquerda), verme parasita intestinal adquirida pela ingestão de carne bovina mal cozida; e Taeania solium (direita), adquirida pela ingestão de carne suína mal cozida Marcad Consultoria Giardíase (Giardia lamblia) Causada pela Giardia lamblia, protozoário que habita o intestino delgado alto. É a protozoose mais comum entre as crianças de países pobres. É transmitida por água e alimentos contaminados com cistos. Com freqüência as crianças infectadas são assintomáticas. Os principais sintomas são: diarréia, dor abdominal, náuseas, anorexia, vômitos e distensão abdominal. O diagnóstico geralmente é estabelecido pelo encontro de trofozoítos no exame e fezes. Porém a ausência de trofozoítos nas fezes não exclui a parasitose, uma vez que a eliminação desses nas fezes é intermitente. Marcad Consultoria Giárdia - Tratamento O tratamento não oferece dificuldade na maioria dos casos, podendo ser realizado segundo um dos seguintes esquemas: -tinidazol, nimorazol, ornidazol ou secnidazol: adultos: 2,0 g, dose única; crianças: 50 mg/kg, dose única. -metronidazol: adultos: 250 mg, três vezes ao dia, durante sete dias; crianças: 15 mg/kg/dia, divididos em três tomadas, sete dias. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • SECNIDAZOL Ações terapêuticas. Antiparasitário. Propriedades. Trata-se de um derivado semi-sintético dos nitroimidazóis que apresenta elevada atividade antiparasitária. Assim, demonstrou-se sua utilidade no tratamento de vaginites causadas por Gardnerella vaginallis. Indicações. Amebíase (intestinal, hepática), giardíases, tricomoníase. Posologia. Amebíase intestinal e giardíase. Crianças: dose única de 30mg/kg/dia (dose máxima de 2g). Adultos: dose única de 2g. Amebíase hepática. Crianças: dose de 30mg/kg/dia (dose máxima: 2g), durante 5 a 7 dias; adultos: 500mg, 3 vezes ao dia, durante 5 a 7 dias. Tricomoníase. Adultos: dose única de 2g. Superdosagem. Caso ocorra superdose, recomenda-se realizar lavagem gástrica e tratamento sintomático. Reações adversas. Náuseas, epigastralgia, gosto metálico, glossite e estomatites, urticária, leucopenia moderada (que é revertida pela suspensão do tratamento); vertigens, descoordenação e ataxia, parestesia e polineurites sensório-motoras. Precauções. Recomenda-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, durante o tratamento e até 4 dias após seu término. Recomenda-se evitar o uso de secnidazol em pacientes com antecedentes de discrasia sanguínea ou patologias neurológicas. Interações. Não associar com dissulfiram e varfarina (eleva o efeito anticoagulante). Álcool: efeito dissulfiramsímile. Contra-indicações. Hipersensibilidade aos derivados imidazólicos, gravidez, lactação. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Amebíase (Entamoeba hystolitica) Menos freqüente entre nós, embora não constitua ocorrência rara. As infecções assintomáticas, diagnosticadas pelo encontro casual de cistos do parasita nas fezes, são as mais comuns. Quadros disentéricos intermitentes caracterizam a forma invasiva da colite amebiana: há períodos de diarréia com eliminação de fezes contendo muco e/ou sangue, acompanhados por dores em cólica, puxos e tenesmo, entremeados por períodos assintomáticos irregulares. Há ainda que se mencionar as formas extra-intestinais, sobretudo os abscessos amebianos do fígado (hepática, pleural, pulmonar, pericárdica, cerebral, esplênica e cutânea). Marcad Consultoria Amebíase - tratamento depende da forma clínica. Na amebíase assintomática, dicloracetamidas: etofamida, 500 mg, duas vezes ao dia, três dias ou teclosan, 100 mg, três vezes ao dia, cinco dias. Nas formas sintomáticas devem ser preferidos os nitroimidazólicos: metronidazol, 500 a 750 mg, três vezes ao dia, dez dias (adultos) e 20 a 40 mg/kg/dia, dez dias (crianças). Alternativamente, tinidazol, secnidazol, nimorazol ou ornidazol, 2,0 g por dia, dois a cinco dias (adultos) e 50 mg/kg/dia, dois dias (crianças). Controle de cura: idêntico ao da giardíase. Marcad Consultoria Tricomonas vaginalis A infecção por Trichomonas vaginalis pode ser assintomática, mas geralmente causa uma vaginite inflamatória. Há um período de incubação de três dias a três semanas. Os tricomonas se reproduzem melhor em pH vaginal mais alto no sangue menstrual; conseqüentemente, a mulher com vaginite por tricomonas geralmente notará que os sintomas aumentam durante e imediatamente após a menstruação. Marcad Consultoria Infecção causada pelo Tricomonas vaginalis, que sobrevive bem em ambientes úmidos por até 5 horas, podendo assim ser transmitido. A fase aguda da infecção é caracterizada por corrimento vaginal abundante, amarelo esverdeado ou cinzento, espumoso, com odor, inchaço e vermelhidão da vagina. É habitualmente acompanhado de prurido. Na fase crônica, os sinais relacionados acima estão menos acentuados. O diagnóstico é realizado pelo aspecto clínico, confirmando-se pelo exame da secreção vaginal. O tratamento é realizado com quimioterápicos, que podem ser usados por via local ou oral. O tratamento da(o) parceira(o) é recomendado mesmo na ausência de sintomas. Marcad Consultoria • • • • • • • • • • • • • • • • • • TINIDAZOL Ações terapêuticas. Quimioterápico antibacteriano e antiparasitário. Propriedades. O tinidazol é um derivado imidazólico, ativo perante protozoários e bactérias anaeróbicas. É absorvido completamente após a administração oral e sua concentração plasmática, de aproximadamente 40mg/ml, é obtida após 2 horas da administração de uma dose simples de 2g. A meia-vida de eliminação é de 12 a 14 horas. Distribui-se amplamente, encontrando-se concentrações similares à plasmática na bile, leite materno, líquido cefalorraquidiano, saliva e outros tecidos. Atravessa a barreira placentária. Só 12% unem-se às proteínas plasmáticas. A droga sem alterações e seus metabólitos se excretam pela urina e, em menor quantidade, pelas fezes. Indicações. Tratamento das infecções do trato geniturinário causadas por Trichomonas, tanto em homens como em mulheres; vaginite inespecífica produzida por Gardenerella vaginalis, giardíase. Amebíase intestinal e hepática. Ainda assim, o tinidazol é indicado na profilaxia das infecções pós-operatórias causadas por bactérias anaeróbias, especialmente as associadas com cirurgia de cólon, gastrintestinal e ginecológica. Posologia. Tricomoníase (mulheres e homens): dose única oral de 2g ou 2 doses de 1g no mesmo dia; recomenda-se o tratamento simultâneo dos parceiros. Amebíase intestinal: 2g diários durante 2 a 3 dias ou 500mg diários durante 5 dias. Patologia amebiana do fígado adultos: uma dose inicial de 1,5 a 2g em 1 só dose durante 3 a 5 dias; crianças: 50 a 60mg/kg de peso durante 5 dias. Infecções por anaeróbios: 1 dose de 2g, seguida de 1g diário, em 1 ou várias doses; a duração do tratamento deve ser de 5 a 6 dias. Profilaxia pós-operatória: 1 dose única de 2g antes da cirurgia. Reações adversas. Distúrbios gastrintestinais: náuseas, anorexias, sabor metálico. Micose oportunista, leucopenia e reações de hipersensibilidade, ocasionalmente. Cefaléia, fadiga, língua saburrosa e urina escura. Precauções. Doença orgânica ativa do SNC, epilepsia, insuficiência hepática grave, discrasias sangüíneas. Interações. Durante o tratamento deve-se restringir ou suprimir o consumo de bebidas alcoólicas (devido ao possível efeito dissulfiram). Contra-indicações. Gravidez e lactação. P.R. Vade-mécum Brasil. 2004/2005 P.R. Vade-mécum. Marcad Consultoria Sintomas digestivos Vários vermes adultos vivem nos dutos biliares – Fasciola hepatica, Clonorchis sinensis, Strongiloides Stercoralis, Opistorchis viverrini e O. felineus A fascíola migra pelo fígado durante várias semanas até chegar aos dutos e aí pode querer alimentar-se de seu revestimento, que vai engrossando cada vez mais em resposta à agressão; o resultado é que a passagem tende a fechar, impedindo a bile de chegar ao intestino para ajudar na digestão das gorduras Ascaris, clonorchis e opistorchis também podem invadir e bloquear os dutos pancreáticos, causando pancreatite aguda O euritrema é um verme que come o pâncreas Outra que de vez em quando invade o pâncreas é a giárdia Amebas necrosam os tecidos do fígado Esquistossomas são especialistas em provocar hemorragias, tanto nas paredes intestinais quanto nas da bexiga Marcad Consultoria Sintomas digestivos Desejo intenso por vários tipos de comida, junto com uma sensação de fome que é difícil satisfazer; comer mais que o normal e ainda sentir fome Falta súbita de apetite Arrotos, gases intestinais, indigestão, sensação de ardência no estômago Sensação de enjôo, algumas horas depois de comer, acompanhada ou não por uma dor tipo cólica logo abaixo do estômago Várias evacuações pequenas em vez de uma grande, ou fezes esfaceladas Diarréia alternando com prisão de ventre Áscaris e giárdia afetam a atividade da lactase, a enzima que ajuda a digerir lactose, o açúcar do leite Giárdia também gera má digestão de gorduras Problemas de digestão e de absorção são característicos de infecção por estrongilóides Marcad Consultoria Sintomas pulmonares Toda perturbação respiratória sem causa óbvia deveria levar à investigação das parasitoses. Entamoeba hystolitica: derrame pleural e abscesso pulmonar Toxoplasma gondii: pneumonia difusa Leishmania donovani e Plasmodium: infiltrações pulmonares pequenas Paragonimus westermani e P. kellacotti: tosse, hemoptise, bronquiectasias císticas Schistossoma mansoni e japonicum: infiltração em placas e hipertensão pulmonar Echinococcus granulosus: purulência, infiltração em placas, cistos Strongyloides stercoralis: infiltração em placas Ancylostoma duodenale e Necator americanus: infiltração em placas Ascaris lumbricoides, Toxocara canis, cati: infiltrações migratórias e broncoespasmo Dirofilaria immitis: infiltração, lesões em forma de moeda Trichinella spiralis: dores torácicas e sensibilidade intercostal. Marcad Consultoria Crianças menores de 2 anos.... Marcad Consultoria Tratamentos Chagas = Benznidazol Malária = Pirimetamina/ Cloroquina/ Pirimetamina + Sulfadoxina/ Quinina/ Artemeter/ Hidroxicloroquina/ Primaquina Escabicidas e Pediculicidas = Benzoato de Benzila/ Deltametrina/ Deltametrina + Butóxido de Piperonila/ Neomicina + Tiabendazol/ Permetrina/ Fenvalerato + Bioletrina + Butóxido de piperonila/ Monossulfiran/ Tiabendazol Marcad Consultoria Intestinais e genituritários Albendazol Tinidazol Pirantel Levamisol Niclosamida Mebendazol Tiabendazol Cambendazol Metronidazol Praziquantel Secnidazol Embonato de Pirvínio/ Mebendazol + Cambendazol Teclozam Metronidazol + Nistatina Tiabendazol + Mebendazol Mentha crispa + Mentol Mentha crispa Furazolidona Etofamida Piperazina + ác. Cítrico + Cáscara Sagrada + óleo de cação + canela Oxananiquina Nimorazol + Cloranfenicol + Nistatina Pamocto de Pirvínio Ivermectina Tetramisol Tiaconazol + Tinidazol Piperazina Marcad Consultoria Outros parasitários... Teclozam Alho Tinidazol + Mepiramina Pentamidina Metronidazol + Espiramicina Espiramicina Trimetoprima + Sulfadiazina Marcad Consultoria Marcad Consultoria Indicações. VERMECTIL é indicado no tratamento das seguintes infecções: estrongiloidíase intestinal causada pelo Strongyloides stercoralis. Oncocercose devido ao parasita nematóide Onchocerca volvulus. Nota: a ivermectina não possui atividade contra os parasitas Onchocerca volvulus adultos, portanto, a retirada cirúrgica dos nódulos subcutâneos onde residem estes parasitas pode ser considerada, uma vez que esse procedimento elimina os parasitas adultos que produzem as microfilárias. Filariose causada pelo parasita nematóide Wuchereria bancrofti. Escabiose, dermatose causada pelo Sarcoptes scabiei. Pediculose causada pelo Pediculus humanus capitis. Marcad Consultoria Principais observações Chagas = proibido na gravidez, efeito dissulfiran, pode provocar alterações no sangue, dor abdominal, dor de cabeça, erupção na pele, fadiga, inflamação dos nervos periféricos, náuseas, vertigem, vômito, risco de hemorragias com AAS, aumentar a ação de anticoagulantes. Malária = pode provocar convulsão, depressão de medula óssea, doença do músculo cardíaco, dor de cabeça, erupção da pele, fraqueza muscular, instabilidade emocional, perda da cor do cabelo, problemas gastrointestinais, problemas com a retina e a córnea, psicose, queda de cabelo, surdez, tontura, zumbido nos ouvidos, ação aumentada com a cimetidina, diminuída com o caolim, necessidade do uso de óculos escuros, diminuição da temperatura corpórea, diminuição da glicemia e outros.... Marcad Consultoria Principais observações ... Escabicidas e Pediculicidas: efeito dissulfiran; necessidade do intervalo de 12 horas de cada aplicação (3 aplicações); tratamento familiar. Intestinais: Metronidazol (intumescimento, dor ou debilidade nas mãos e pés, principalmente com doses elevadas ou uso prolongado. Erupção cutânea, urticária, prurido (por hipersensibilidade). Sobre o SNC: torpor ou instabilidade, crises convulsivas (com doses elevadas). Se persistirem, requerem atenção médica: diarréias, tonturas, náuseas, vômitos, anorexia)/ Albendazol (menstruação). Marcad Consultoria Animais domésticos Marcad Consultoria TOXOCARA spp ( LOMBRIGA) : É um nematódeo comum em cães e gatos que pode ser adquirido a partir da ingestão dos ovos pela placenta, pelo leite materno ou as larvas penetram através da pele e atingem os intestinos, depois de migrar pelo corpo do animal. Esses vermes que seus filhos poderão apanhar brincando com um cão ou gato, podem também ser apanhados sem a participação direta do animal, pois os toxocaras podem também ser pegos pelas crianças ao brincar na praia, ou mesmo em terrenos infestados pelas larvas. Marcad Consultoria SINTOMAS NOS ANIMAIS: Diarréia, crescimento retardado, pelagem rala e sem brilho, pouco ganho de peso e geralmente abdômem volumoso. Se houver grande infestação pode ocorrer obstrução intestinal ou acesso ao estômago onde os vermes podem ser vomitados. Esse vermes provocam infestação mais intensa em animais jovens. SINTOMAS NOS HUMANOS: Quando estes vermes estão presentes nos seres humanos, provocam migração das larvas nos órgãos internos (olho e principalmente o fígado) conhecidos como "larva migrans visceral." É considerada mais séria pois pode causar a morte, principalmente em crianças. PROFILAXIA: A profilaxia adotada para controle desse parasitose é a seguinte: realizar um esquema de vermifugação correta, através da orientação de um médico veterinário, fazer a higiene do animal, dar destino adequado as fezes dos animais desinfectando canil ou local onde o animal vive, fazer com que a criança lave as mãos após manusear o seu animal de estimação, evitar que as crianças brinquem em areia onde os animais usam como banheiro. Marcad Consultoria ANCYLOSTOMA ssp (BICHO GEOGRÁFICO) São mais comum em cães do que em gatos. São infectados pela ingestão dos ovos, pela placenta, pelo leite materno e também pela penetração da pele. SINTOMAS NOS ANIMAIS: Provoca diarréia, e na maioria das vezes, apresenta sangue, podendo provocar uma anemia e levar o animal à apatia, perda de peso e até à morte.A infestação se dá mais em animal jovem. SINTOMAS NOS HUMANOS: Este verme também é considerado um risco à saúde pública pois sua larva penetra na pele do homem e provoca irritação conhecida como bicho geográfico, mais chamado de "larva migrans cutânea." Marcad Consultoria Leptospirose É uma doença causada por bactéria, a LEPTOSPIRA ssp, afetando a maior parte dos animais inclusive o homem. É transmitida através da urina, água e alimentos contaminados pelo microorganismo, pela penetração da pele lesada, e pela ingestão. O cão e outros animais como por exemplo rato, bovino e animais silvestres também podem contrair a doença e transmiti-la. A doença é causada principalmente pela urina que os ratos e os camundongos deixam, de preferência próximo a lugares onde encontram algo para comer: restos de comida de cachorros, lixo, ossos etc.. Um cão que logo pela manhã, no quintal ou no jardim, focinha o rastro de um rato e lambe um pouco da urina do roedor é, na maioria dos casos, condenado. Marcad Consultoria SINTOMAS NOS ANIMAIS: Depois de 8-14 dias de contágio, manifesta-se a icterícia, o animal evacua água quase preta, vomita fortemente e morre depois de 3 ou 4 dias. Os primeiros sinais clínicos observados nos animais doentes são anorexia, apatia, vômito e febre evoluindo para anemia, icterícia, poliúria, polidipsia, diarréia, a urina pode apresentar-se com sangue e aparecem erosões (úlceras) na boca ou língua. SINTOMAS NOS HUMANOS: Período de incubação é de 5 -18 dias. Na primeira semana a pessoa sente febre, cefaléia, mal-estar e prostração, dores difusas, principalmente nas panturrilhas, conjuntivas congestas, às vezes difusões hemorrágicas. O homem infecta-se ao pisar descalço no solo ou fazer uso da água e alimentos contaminados. O número de casos de leptospirose aumenta quando ocorrem enchentes, devido ao fato de que o esgoto pode abrigar animais portadores da doença e eliminá-la pela urina no local, e quando extravasam atingem as pessoas contaminando-as. Marcad Consultoria Durma tranqüilo Marcad Consultoria Prevenção Manter os alimentos e os depósitos de água bem cobertos; Beber apenas água filtrada ou fervida; Lavar e cozinhar bem os alimentos; Não deixar as crianças brincarem em águas de enchentes, lagos e fontes; Ferver as roupas íntimas e de cama; As crianças e adultos devem andar sempre calçados; Manter sempre os sanitários limpos; Lavar as mãos antes de comer, antes e depois de ir ao banheiro; Manter sempre limpas e cortadas as unhas dos pés e das mãos; Tomar banho pelo menos uma vez por dia; Combater adequadamente os insetos; Lavar com água e sabão os utensílios domésticos. Marcad Consultoria Cuidados... A prevenção é o melhor remédio... Marcad Consultoria