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MATERIAL EMPREGADO NA CONFECÇÃO
DE FERRAMENTAS DE CORTE
GRUPOS DE FERRAMENTAS
1. MACIÇAS OU CALÇADAS, EM AÇO
2. A PARTIR DO ESTELITE
3. CALÇADAS OU COM FIXAÇÃO POR PARAFUSO DE SUJEIÇÃO,
FEITAS COM METAL DURO (CARBONETO DE TUNGSTÊNIO)
4. CALÇADAS OU COM FIXAÇÃO POR PARAFUSO DE SUJEIÇÃO,
FEITAS COM DIAMANTE ARTIFICIAL (PASTILHADAS COM
POLYCRYSTALINE DIAMOND)
1. FERRAMENTAS A PARTIR DO AÇO
a. AÇO WS
Pouca liga, 0,45 a 1,1% de carbono
+ carbono → > dureza e + quebradiço
Usado como corpo suporte de ferramentas calçadas com solda
(pastilhas de aço rápido ou metal duro); para lâminas de serras de
fita de baixa qualidade e ferramentas manuais (formões, ferros
para plainas, puas, formões para tornos comuns)
Obs: este tipo de aço recebe tratamento de têmpera e depois
recebe revestimento (dureza: 38 a 48 HRc – dureza Rockwell)
b. AÇO SP
Liga abaixo de 5%
Mais resistente ao desgaste que o WS
Usado para corpos suporte de fresas e serras circulares calçadas
com pastilhas de aço rápido ou metal duro; ferramentas manuais
de boa qualidade...
Com cromo (Cr) – gume de corte com maior resistência ao
desgaste; com vanádio – maior resistência ao calor; com níquel –
maior tenacidade.
Melhor qualidade obtida – adição de tungstênio, molibdênio,
manganês e cobalto (dureza: 46 a 54 HRc – dureza Rockwell)
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c. AÇO HL OU HLS (VC ou VND, conforme a liga)
Aço de alta liga (acima de 5%); material relativamente caro
Para ferramentas maciças tipo fresas, facas para plainas
moldureiras, brocas ...
Difícil manutenção, trincam e destemperam quando acima de
320ºC (afiação sob refrigeração com óleo solúvel)
Para usinagem de madeira maciça de massa específica entre 0,42
a 0,72kg/cm³ na confecção de lambris, soalhos, paredes, parquet,
cantoneiras (não usar em aglomerados, compensados, chapas
duras, MDF, laminados plásticos, materiais sintéticos em geral.
Uso em cabeçotes para plainas moldureiras com facas retas ou
perfiladas com altas velocidades de avanço.
Dureza entre 59 e 60,5 HRc (Rockwell)
São ferramentas que estão sendo absorvidas por outras mais
versáteis com menor custo de produção.
d. AÇO SS
Aço rápido, com 12% de ligas (tungstênio, molibdênio, vanádio,
cobalto e cromo) que o torna mais duro.
A perda da dureza, da resistência ao desgaste e do gume só com
temperaturas superioras a 500ºC.
Dureza entre 62 e 63 HRc
Usado em pequenas ferramentas com brocas helicoidais,
paralelas...
e. AÇO HSS
Aço rápido com liga acima de 12% (até 24%)
Maior parte da liga é tungstênio (8 a 18%)
Resistência até 600ºC sem perder dureza e têmpera
Para aumentar resistência ao desgaste do gume – adiciona-se à
liga 1,4% de carbono e cerca de 4% de cromo.
Para usinagem de metais e madeiras maciças (brocas helicoidais
e paralelas, fresas de perfil, para tupias superiores, fresas para
finger-joint...
Evita-se o uso em madeiras tropicais devido a sílica.
Dureza de 63 a 67 HRc.
2. ESTELITE (ST)
É uma liga não ferrosa, feita por processo de fusão, com alto teor de
cobalto(35 a 55%) e cromo (25 a 33%), além do tungstênio (10 a 25%),
carbono (2 a 4%) e do ferro (0 a 10%).
Possuem excelente resistência à corrosão, oxidação, engripamento,
erosão e abrasão, mantendo tais propriedades mesmo sob elevadas
temperaturas.
São aplicadas sobre aços comuns de construção mecânica.
Altamente resistente ao desgaste e corrosão.
Indicado para madeiras fibrosas, ácidas e úmidas.
Dureza relativamente baixa (48 a 56 HRc).
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3. METAL DURO (WIDIA OU CARBONETO DE TUNGSTÊNIO)
Dureza próxima ao diamante.
Elaborado em processos de moagem em micropós (1 a 2 µ) de seus
componentes (carboneto de tungstênio, titânio, tântalo, nióbio).
Usado em ferramentas de corte para metais, madeiras e seus
derivados, mineração...
É altamente quebradiço, sem tenacidade.
Durabilidade do gume em relação ao aço é de 10 a 60 vezes superior.
4. DIAMANTE POLISCRISTALIZADO
Diamante sintético, elaborado sob 1300 a 1400ºC de temperatura e
alta pressão.
Usado como ferramenta para usinagem de madeiras e seus
derivados.
METAL DURO - MICROESTRUTURA
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MATERIAIS EMPREGADOS ATUALMENTE (em ordem de dureza)
1) HL (HIGH ALLOYED TOOL STEEL)
Aço de alta liga, indicado para madeiras leves (coníferas)
2) HS (SUPER SPEED STEEL)
Aço super rápido. Material tradicional empregado no corte de
madeira maciça dura (folhosas).
3) ST (STELLITE)
Indicado para madeiras úmidas.
4) HW (TUNGSTEN CARBIDE) CARBONETO DE TUNGSTÊNIO
Metal duro (widia), constitui-se de material sinterizado, feito de pó
prensado sob alta pressão e temperatura. Indicado para corte de
coníferas, folhosas, LVL e painéis.
5) PKD (POLYCRISTALLINE DIAMOND)
Grãos de diamante com diâmetro de vários micra unidos em parte
por grãos de desenvolvimento intermediário e por uma matriz de liga
metálica, sinterizados num substrato ou camada de carboneto de
tungstênio (metal duro). Indicado para o corte de painéis, plásticos
reforçados, metais não ferrosos e madeiras duras (folhosas).
6) CVD DIAMOND (CHEMICAL VAPOUR DEPOSITION DIAMOND)
Reveste ferramenta de corte de carboneto de tungstênio (metal duro)
com uma camada de alguns micra de CVD diamond, resultado de um
processo de deposição por vapor químico. Não emprega material
ligante. Seu uso pela indústria madeireira encontra-se em estágio
primário.
7) MKD (MONOCRYSTALLINE DIAMOND)
Monocristal de dimensões muito reduzidas. É o material mais duro e
resistente à abrasão entre todos os materiais cortantes empregados.
Indicado para corte de materiais altamente abrasivos como
laminados para pisos, e para acabamentos com polimento sobre
plásticos e metais não ferrosos.
Desde os primeiros desenvolvimentos dos painéis na década de 50,
as ferramentas de corte aumentaram a vida útil em mais de mil vezes
(do HL até o MKD)
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CVD DIAMOND (CHEMICAL VAPOUR DEPOSITION DIAMOND)
- SEÇÃO TRANSVERSAL DE UM GUME DE CORTE -
QUADRO COMPARATIVO DE DUREZA E TENACIDADE
ENTRE OS MATERIAIS ATUALMENTE EMPREGADOS
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