Orgânico X Químico WS IMPRENSA E SEGURANÇA ALIMENTAR José Francisco da Cunha Eng. Agrônomo – Tec-fertil [email protected] Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Fome X Obesidade • FAO indica que 870 milhões de pessoas passam fome no mundo – 1 em cada 8 pessoas. • Os problemas de saúde pública são crescentes e tomam o formato de uma epidemia Roma, 09/10/2012 • A maior parte vive nos países em desenvolvimento • Um dos Objetivos do Milênio é até 2015 reduzir para a metade a pobreza e a fome. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 • Em países com alta renda por pessoa a oferta de alimentos extrapola a necessidade de consumo José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Escassez X Desperdício • A produtividade é baixa nos países com uso de pouca tecnologia agrícola • O desperdício de alimentos nos EUA atinge 40% da quantidade disponível • A escassez de alimentos é maior nos países pobre e em desenvolvimento. • O Brasil não fica muito longe disto Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Barato X Caro • 0,5 kg de açúcar orgânico = R$5,99 • 0,25 kg de pó de café orgânico = R$12,99 • 250 g de Aveia orgânica = R$6,98 • 1 pé de Alface orgânico = R$3,00 Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 • 1 kg de açúcar = R$1,99 • 0,5 kg de pó de café = R$7,34 • 450 g de Aveia = R$5,39 • 1 pé de Alface = R$1,50 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Nocivo X Saudável • São frequentes os casos de contaminação de alimentos cultivados organicamente – Melão, espinafre, pepinos, broto de feijão... • Não é recomendável a distribuição de alimentos cultivados organicamente pré-lavados • A sobrevivência no solo de patógenos presentes nos resíduos é muito elevada – Salmonella, Coliformes, ascaris Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 • Não há diferença na qualidade nutricional entre os alimentos cultivados organicamente e de forme convencional – Universidade de Stanford • Com a utilização de agroquímicos e a introdução de plantas transgênicas resistentes a insetos, as contaminações em larga escala se tornaram raras – Reinach, Fernando José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] OS NUTRIENTES DOS VEGETAIS H2O N CO2 CO2 N CO2 N N CO2 NITROGÊNIO BORO CLORO COBALTO COBRE FÓSFORO CÁLCIO FERRO MAGN’ÉSIO MANGANÊS Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 POTÁSSIO ENXOFRE MOLIBDÊNIO ZINCO NIQUEL ? SILÍCIO José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] A importância dos fertilizantes • A demanda por alimentos e produtos agrícolas para outros fins como energia, vestuário e indústria é crescente e os fertilizantes tem um papel imprescindível neste cenário. • Os fertilizantes representam uma grande parte dos custos de produção e o seu uso eficiente deve ser uma meta, poupando recursos naturais e evitando perdas para o meio ambiente. • A produção agrícola remove do solo os nutrientes e o potencial produtivo deve ser preservado ou melhorado com a reposição dos nutrientes exportados pelas colheitas • Sem fertilizantes não há sustentabilidade Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Exportação de nutrientes no produto colhido Culturas Soja(1) Milho(1) Cana-de-Açúcar(3) Café(4) Algodão(4) Arroz(5) Feijão(1) Fumo(6) Laranja(7) Trigo(1) Batata(6) Banana(8) Sorgo(9) Tomate(10) Cacau(10) Mandioca(10) Amendoim(10) Mamona(11) .............. Macronutrientes em g.kg-1 .............. N P K Ca Mg S 59,2 5,50 18,80 2,9 2,30 3,00 15,8 3,80 4,80 0,5 1,50 1,10 0,77 0,12 0,70 0,4 0,31 0,24 17,1 1,00 15,50 2,7 1,50 1,20 20,1 3,10 16,00 6,9 4,00 8,00 12,5 2,24 4,42 1,0 1,08 1,47 34,9 4,00 15,40 3,1 2,60 5,70 39,0 6,70 45,00 12,3 30,70 10,00 1,9 0,173 1,51 0,526 0,127 0,137 20,1 3,20 3,50 0,20 0,80 1,20 3,6 0,22 3,30 0,15 0,18 0,40 1,9 0,265 8,22 0,273 0,282 0,064 15,0 7,50 3,93 0,25 1,25 1,42 2,4 0,36 2,46 0,14 0,22 0,28 33,0 2,00 8,00 1,00 2,00 1,00 2,1 0,21 1,95 0,63 0,32 0,08 34,0 2,00 9,00 0,50 1,00 2,00 29,0 3,70 7,20 6,20 2,40 2,00 .............. Micronutrientes em mg.kg-1 .............. B Cu Fe Mn Mo Zn (2) 24,2 13,0 134,3 33,7 5,0 37,7 3,2 1,2 11,6 6,1 0,6 27,6 1,2 2,6 14,3 9,7 0,016 3,3 16,0 15,0 60,0 20,0 0,05 12,0 39,9 8,6 188,9 13,3 0,2 11,0 4,4 6,3 61,1 25,1 0,17 40,9 13,3 6,6 119,4 23,2 ... 29,9 22,0 14,0 ... 249,0 ... 32,0 2,2 1,2 6,6 2,8 0,008 0,9 2,9 3,0 13,9 13,0 ... 14,8 2,0 2,0 20,0 20,0 1,0 4,0 2,14 0,9 9,18 10,6 0,004 1,81 3,0 1,8 12,0 10,7 0,6 12,5 (6) (6) 2,8 1,4 25,0 2,6 0,012 3,2 12,0 16,0 80,0 28,0 0,04 47,0 (6) (6) (6) (6) 24,0 1,8 0,8 1,6 ... 4,6(6) ... ... ... ... ... ... 52,0 40,0 690 116,0 ... 69,0 Fontes: (1)Pauletti (1998); (2)Bataglia e Mascarenhas (1986); (3)Orlando Filho (1983); (4)Malavolta (2006); (5)Furlani et al. (1977); (6) Hawkes e Collins, 1983 e Howeler, 1981 apud Yamada e Lopes (1998); (7)Bataglia et al. (1977) ; (8)Azeredo et al. (1986) ; (9) (10) (11) Kansas Univerity (1998) ; Malavolta et al. (1997); adaptado de Freire e Nobrega (2006). Cunha, J.F.; Casarin, V.; Prochnow, L.I. Balanço de nutrientes na agricultura brasileira. Informações Agronômicas 130. Junho/2010. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] O uso de fertilizantes no Brasil é adequado e eficiente Resultados do balanço do consumo de nutrientes pela agricultura do Brasil – Safra 2008/2009– em toneladas de nutrientes Balanço Brasil N Exportação das culturas 5.461.678 Deduções das exportações 3.805338(1) P2O5 K2O Ca 1.591.858 2.724.891 Mg S B Cu Fe Mn Zn 545.138 499.010 477.230 2.762 2.764 20.634 9.607 6.770 121.954(2) Demanda líquida de nutrientes 1.656.340 1.591.858 2.602.937 545.138 499.010 477.230 2.762 2.764 20.634 9.607 6.770 Total de Entradas(3) 2.308.171 2.948.058 3.402.523 5.001.501 1.693.498 1.193.022 9.217 4.619 205.371 16.140 18.058 71,8% 54,0% 76,5% 10,9% 29,5% 40,0% 30,0% 59,8% 10,0% 59,5% 37,5% 1,4 1,9 1,3 9,2 3,4 2,5 3,3 1,7 10,0 1,7 2,7 Balanço Desfrute Fator de consumo Notas: (1) As deduções de Nitrogênio correspondem a 3.376.571 t referentes a fixação biológica de todo o N exportado pela soja, 60.399 t referentes a 50% do N exportado pelo Feijão, de 284.586 t considerando a 70% da exportação do milho de 2ª. Safra e 50% das exportações de trigo e sorgo e ainda a exportação de 30 kg/ha das culturas em rotação com soja, atribuindo-se um percentual de 30% da área de milho e 10% da área de algodão (2) As deduções de Potássio correspondem a 20% do Potássio exportado pela cana-de-açúcar atendido pelo uso de vinhaça (3) As entradas correspondem a 92,25% do consumo de fertilizantes indicado na Tabela 3 e Tabela 6 Cunha, J.F.; Casarin, V.; Prochnow, L.I. Balanço de nutrientes na agricultura brasileira. Informações Agronômicas 130. Junho/2010. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Desbalanço de nutrientes na agricultura Entradas e saídas kg ha-1 ano-1 Fertilizantes Oeste do Quênia Norte da China Meio-oeste EUA N P2O5 N P2O5 N P2O5 7 18,3 588 210,8 93 32,1 62 Fixação biológica de N Total de entradas 7 18,3 588 210,8 155 32,1 Removidos nos grãos 23 9,2 361 89,3 145 52,7 Removido na colheita de outros produtos 36 6,9 Total de Saídas 59 16,1 361 89,3 145 52,7 Balanço: entradas menos saídas -52 2,2 +227 +121,4 +10 -20,6 Adaptado de Vitousek et al., 2009 Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Balanço do uso de fertilizantes no Brasil em um longo período Anos 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Consumo por 18 culturas - em toneladas de nutrientes Consumo NPK P2O5 1.441.312 1.233.797 1.127.107 1.151.974 1.274.543 1.466.740 1.653.061 1.406.754 1.592.709 1.816.042 1.982.413 1.822.357 2.171.563 2.311.852 2.615.600 3.193.472 3.221.140 2.662.928 2.889.969 3.382.466 2.949.744 3.102.626 3.138.248 kg/ha 67,3 63,3 60,4 61,1 70,5 80,7 89,7 85,7 94,0 110,2 114,9 103,0 123,2 126,2 132,2 140,8 144,6 132,4 141,2 163,2 136,7 129,8 142,7 N 779.248 783.621 740.746 739.540 819.467 962.712 1.115.271 1.067.703 1.116.690 1.213.992 1.355.449 1.290.634 1.549.536 1.527.334 1.691.967 2.079.304 2.091.495 2.022.580 2.107.763 2.542.793 2.309.491 2.363.432 2.646.987 K2O 1.344.674 1.202.849 1.124.625 1.141.198 1.299.849 1.507.864 1.715.992 1.580.132 1.810.529 2.089.860 2.105.851 1.926.037 2.379.699 2.529.454 2.850.021 3.565.297 3.643.700 3.148.035 3.175.064 3.859.113 3.404.469 2.912.185 3.610.593 Balanço kg/ha N -3,4 -1,6 -3,0 -5,4 -3,4 -0,6 0,5 1,5 0,7 5,3 5,5 3,3 6,9 7,1 8,1 11,3 12,4 11,8 10,9 15,3 10,3 11,2 12,7 P2O5 12,7 11,2 10,5 8,5 10,7 13,5 15,9 13,0 15,0 20,6 22,4 17,5 22,3 23,8 24,7 29,2 30,5 22,5 24,4 29,8 21,5 21,6 18,8 K2O 1,1 0,9 1,2 -1,7 0,6 3,8 6,2 5,6 7,7 12,9 11,4 6,1 12,4 13,2 13,5 22,0 23,3 15,8 12,4 21,3 12,7 0,9 7,2 Cunha, J.F.; Casarin, V.; Prochnow, L.I. Balanço de nutrientes na agricultura brasileira no período de 1988 a 2010. Informações Agronômicas 135. Setembro/2011. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Uso do Nitrogênio no Brasil 25,0 80,0% 15,0 67,0% 10,0 5,0 60,0% Desfrute Balanço 2008 2006 2004 2002 2000 -10,0 1998 0,0% 1996 -5,0 1994 20,0% 1992 0,0 1990 40,0% 1988 Desfrute 100,0% . 20,0 13,2 Balanço 120,0% 2010 . 140,0% Anos 1988 a 1993: balanço negativo. Baixa produtividade: 1.800 a 2.000 kg/ha 1994 a 1999: aumento de consumo e de produtividade: 2.400 kg/ha 2000 a 2010: consolidação. Desfrute razoável: 64 a 78%. Produtividade: 3.170 kg/ha Cunha, J.F.; Casarin, V.; Prochnow, L.I. Balanço de nutrientes na agricultura brasileira no período de 1988 a 2010. Informações Agronômicas 135. Setembro/2011. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Balanço do uso de fertilizantes em um longo período kg de NPK / 1000 kg Agrovegetal 60,2 60,0 55,0 49,8 50,5 54,9 53,1 50,8 50,0 47,9 50,0 44,4 44,8 2010 58,1 2009 65,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 - Cunha, J.F.; Casarin, V.; Prochnow, L.I. Balanço de nutrientes na agricultura brasileira no período de 1988 a 2010. Informações Agronômicas 135. Setembro/2011. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Quantidades de nutrientes disponíveis em estercos animais Benites, V. VI Congresso Bras. de Soja, 2012 Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] DILEMA: Esta disponibilidade de resíduos orgânicos é proporcionada pela oferta de milho e soja para alimentar os animais, produzidos com..... Fertilizantes químicos! Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] UTOPIA • A quantidade disponível de nutrientes nos resíduos orgânicos é muito inferior a quantidade necessária para manter a produção agrícola nos níveis alcançados atualmente • Sem reposição de nutrientes a produção agrícola não é mantida Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] The 9 billion-people question The world’s population will grow from almost 7 billion now to over 9 billion in 2050. John Parker asks if there will be enough food to go round A special report on feeding the world Feb 24th 2011 - The Economist Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] FYM – Farmyard manure Cultivares Guide to the Classical and other Long-term Experiments. Datasets and Sample Archive. Tothamsted Research, 2006. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Guide to the Classical and other Long-term Experiments. Datasets and Sample Archive. Tothamsted Research, 2006. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Esta é a incrível evolução na população mundial, impulsionada após a revolução industrial http://www.worldometers.info/world-population/ Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Ano População estimada 1 200 milhões 1000 275 milhões 1500 450 milhões 1650 500 milhões 1750 700 milhões 1804 1 bilhões 1850 1.2 bilhões 1900 1.6 bilhões 1927 Intervalo 1980 4.5 bilhões 1985 4.85 bilhões 1987 5 bilhões 1990 5.3 bilhões 1995 5.7 bilhões 1999 6 bilhões 2000 6.1 bilhões 2005 6.45 bilhões 2 bilhões 2010 6.8 bilhões 1950 2.55 bilhões 2011 7 bilhões 1955 2.8 bilhões 2020 7.7 bilhões 1960 3 bilhões 2025 8 bilhões 1965 3.3 bilhões 2030 8.3 bilhões 2040 8.8 bilhões 1970 3.7 bilhões 2045 9 bilhões 1975 4 bilhões 2050 9.2 bilhões 1650 154 123 33 15 12 12 12 14 20 http://www.worldometers.info/world-population/ Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] De Caçadores a Agricultores O Trigo é o alimento mais importante para a humanidade e a sua adaptação para o cultivo ocorreu a cerca de 8000 anos em Jericho,vale do Jordão. Antes disso, há cerca de 9000 anos no Aegean, (Grécia) e Bálcãs, iniciava-se o cultivo da Cevada, aparentemente pela sua capacidade de fermentar e produzir a cerveja. Kiple, Kenneth F. A Movable Feast http://www.historiadaarte.com.br/imagens/cacadoreschapeu.jpg Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Revolução Verde • No México, a produtividade do trigo foi multiplicada por 7,5 vezes • Uso de tecnologia como fertilizantes e agroquímicos • Melhoramento genético convencional • Proporcionou o Prêmio Nobel da Paz para Norman Borlaug • Apesar de existirem 743 seres vivos “domesticados”, quase 80% da alimentação provém de apenas 4 espécies: trigo, milho, soja e arroz (inclusive a maior parte da carne consumida) • Se apenas uma destas quatro for extinta a fome se espalharia pelo planeta Reinach, Fernando. A longa marcha dos grilos canibais, 2010 Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] "Só hoje à noite teremos mais 219 mil pessoas no jantar" Lester Brown, que fundou o Worldwatch Institute, em entrevista ao “O Estado de São Paulo” em 23/10/2011, então com 77 anos de idade logo após a população do planeta atingir 7 bilhões de pessoas. http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,nos-limites-da-terra,789385,0.htm Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Miopia • Não enxergar o óbvio. Há uma demanda crescente de produtos agrícolas • Inclui outras finalidades: vestuário, energia, indústria, etc. • O uso da tecnologia permite que mais produtos sejam obtidos na mesma área e isto representa uma contribuição extraordinária ao meio ambiente Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] TERRAS POUPADAS NO BRASIL (1) milhões de ha 180 160 140 Produção agrovegetal 1970/71: 52 milhões t. 1,44 t/ha Produção agrovegetal 2011/12: 273 milhões t. 4,25 t/ha 157 milhões ha 120 100 ÁREA POUPADA safra 11/12 93 milhões ha 80 60 40 64 milhões ha ÁREA PLANTADA (IBGE) 20 70 /7 1 72 /7 3 74 /7 5 76 /7 7 78 /7 9 80 /8 1 82 /8 3 84 /8 5 86 /8 7 88 /8 9 90 /9 1 92 /9 3 94 /9 5 96 /9 7 98 /9 9 00 /0 1 02 /0 3 04 /0 5 06 /0 7 08 /0 9 10 /1 1 12 /1 3 0 Área plantada efetiva (maior produtividade com uso de tecnologia) Área plantada sem ganho de produtividade (1) FONTE:ANDA/IBGE. Calculado a partir da produção agro-vegetal (base seca) para 16 principais culturas. Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Hipocrisia • Produzir organicamente reduz a produtividade e a oferta de alimentos será insuficiente. • Aumentar a produção exigirá considerável aumento da área cultivada • Custos mais elevados devido a perda de produtividade e ineficiência no aproveitamento dos recursos • Os produtos orgânicos são um privilégio para poucos • A produção orgânica é um nicho de mercado e a motivação das pessoas faz parte do negócio Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] Leite orgânico tem preço de mercado 30% mais caro — Além de obter melhor qualidade e garantia do produto, o custo de produção do produtor de leite orgânico é bem inferior ao custo dos produtores de leite convencional. Já que o custo é baixo, o ganho em cima desse produto é maior — explica. Por outro lado, Nunes ressalta que a produção também é bem menor que a convencional. Enquanto uma vaca normal produz 12L de leite diários, em propriedades que contam com tecnologias mais avançadas, essas vacas conseguem produzir de 20L a 25L por dia. http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Newsletter.asp?data=08/10/2012&id=24533&secao=Pacotes%20Tec nol%C3%B3gicos Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] As prateleiras com produtos orgânicos nos supermercados enchem os olhos de quem busca uma alimentação mais saudável – e, claro, pode pagar bem mais caro por eles. Mas quando se deixa de lado a preferência individual, ou de nicho, e esse tipo de cultivo é analisado como parte da economia global, aflora a verdade: a agricultura orgânica não é a solução para tornar a segurança alimentar, isto é, o acesso universal a alimentos de qualidade, algo sustentável. As lavouras orgânicas são pouco produtivas e ocupam muito espaço. Se o mundo fosse tomado por esse tipo de prática, não haveria como alimentar a humanidade. Essa é a opinião de Tim Benton, coordenador por parte da Inglaterra de um programa governamental na Europa chamado Global Food Security, sobre segurança alimentar. Para o cientista da Universidade de Leeds, na Inglaterra, a comunidade de ambientalistas não admite a vantagem da agricultura industrializada ao conseguir produzir mais alimentos em menos espaço. “Como ecologista, é preciso admitir que isso é melhor para o meio ambiente”, diz. “Desde que as práticas sejam responsáveis”, ressalva. http://epgmais20.blogspot.com.br/2012/08/cultivo-organico-de-aliemtnos-e-os.html Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected] “Na Inglaterra, fizemos um experimento em que controlamos alguns tipos de plantações em diferentes localidades. A produção com práticas orgânicas rendeu metade do que se conseguiria com agricultura industrial no mesmo espaço. Ou seja, é preciso uma área duas vezes maior para manter o cultivo orgânico e continuar alimentando as pessoas.” “Então, a idéia de que podemos transformar o mundo em um lugar mais orgânico é absurda, não há espaço para isso.” Tim Beaton https://docs.google.com/gview?url=http://www.ecpa.eu/files/gavin/presentation_Prof_Tim_Benton.pdf&chrome=true Workshop Imprensa e Segurança Alimentar. 18/10/2012 José Francisco da Cunha. Eng. Agronômo – Tec-fertil. [email protected]