VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
CARACTERIZAÇÃO DOS ATENDIMENTOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL EM
UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Maria Jaqueline Lima de Oliveira1
Ana Jaqueline Santiago Carneiro2
Deisyane Vitoria Alves 3
Nilvaneide Teixeira de Souza 4
Rosana Oliveira de Melo5
Introdução: A gravidez é uma experiência humana complexa que envolve a mulher em
sua multidimensionalidade. É imprescindível a realização do acompanhamento pré-natal
por profissionais de saúde para propiciar uma gestação saudável e um parto seguro,
possibilitando o bem-estar para a mulher e o feto. A gestante é acolhida desde o início da
gravidez na assistência pré-natal pela atenção básica. Nesse período, são executadas
ações visando a adesão às consultas de pré-natal e manutenção da saúde, abrangendo a
realização de procedimentos, exames, encaminhamentos, ações assistenciais e
educativas. A assistência pré-natal deve ser organizada para atender às reais
necessidades da população gestante, mediante a utilização do conhecimento técnicocientífico existente. E para isso se faz necessário conhecer as características das
gestantes que frequentam o serviço. Objetivos: Caracterizar o atendimento de
enfermagem no pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no interior da Bahia
em 2012. Método: O presente estudo foi desenvolvido na atenção primária à saúde no
interior da Bahia em 2012. Utilizou-se o livro de registro das consultas de enfermagem do
pré-natal, no qual foram coletados os seguintes dados: quantidade de gestantes
atendidas no período de janeiro a dezembro de 2012, trimestre gestacional, idade, estado
nutricional, queixas, intercorrências e encaminhamentos. A análise dos dados foi
realizada com o levantamento de todas as informações contidas no livro de registro.
Resultados: No ano de 2012 foram atendidas na UBS 154 gestantes que encontravamse no primeiro, segundo e terceiro trimestre. A idade das gestantes atendidas variou de
14 a 42 anos. Em relação ao estado nutricional, foi observada uma variação, havendo
gestantes de baixo peso, peso adequado, sobrepeso e com obesidade. No caso das
gestantes com baixo peso foi feito orientação sobre a alimentação, como alimentar-se
fracionadamente e cinco vezes ao dia, evitando alimentos gordurosos. As gestantes com
sobrepeso foram orientadas para uma ingesta alimentar equilibrada, evitar o consumo
excessivo de alimentos muito calóricos, como fritura, doce, chocolate e outros,
fracionando a alimentação e diminuído a quantidade de alimento ingerido, buscando
estabelecer novos hábitos e aprendendo a se alimentar corretamente. Além disso, a
enfermeira encaminhava a gestante para a nutricionista para receber mais orientações
sobre a alimentação adequada. Verificou-se que as principais intercorrências foram
dispneia, sangramento, hipertensão arterial, enxaqueca, dor pélvica e corrimentos. Dentre
os encaminhamentos realizados podem ser citadas as avaliações com clínicos gerais,
ginecologistas, obstetras, nutricionistas, psicólogos, serviços de ultrassonografia e
gestação de alto risco. Não constava no livro de registro se essas mulheres tiveram um
parto sem intercorrências ou complicações. Conclusão: A partir do conhecimento das
características da população atendida, será possível direcionar melhor a assistência de
enfermagem às gestantes usuárias da unidade em questão, de forma que se possa
atender às demandas específicas da clientela. Para isso, faz-se necessária uma
assistência pré-natal organizada e multidisciplinar visando o acolhimento e um
atendimento humanizado às gestantes.
Descritores: Gravidez, Pré-natal, Cuidados de Enfermagem, Atenção Primária à Saúde.

Trabalho original
1
Graduanda do 6º semestre em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de
Santana- UEFS. Voluntária do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher.
Email: [email protected]. Telefone: (75) 92510670.
2
Enfermeira Obstétrica. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia.
Professora Auxiliar da Universidade Estadual de Feira de Santana. – Membro do Núcleo
de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher.
3
Graduanda do 8º semestre em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de
Santana- UEFS. Bolsista do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher.
4
Graduanda do 8º semestre em Enfermagem pela Universidade Estadual de Feira de
Santana- UEFS. Bolsista do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Saúde da Mulher.
5
Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia. Docente da Universidade
Estadual de Feira de Santana. Pesquisadora do NEPEM.
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