ELSA SCHIAPARELLI E AS ARTES: CRIAÇÕES DA ESTILISTA NA DÉCADA DE 1930 Juliana Dorigoni Resumo Esse artigo propõe analisar as interferências da estilista Elsa Schiaparelli nas criações femininas da década de 1930. Tendo em vista as referências advindas do movimento surrealista e a influência das obras de Salvador Dalí em suas criações. Elsa Schiaparelli nasceu em 1890, em Roma, na Itália. Após ter seu casamento fracassado, ela se vê sozinha e com uma filha para criar, então muda-se em 1922 para Paris, onde passa a costurar e vender algumas peças. De início ela produz peças sportswear, seguindo a tendência da década. Em 1927, ela lançou um suéter preto tricotado em lã que criava um efeito trompe-l’oeil, e com isso ganhou destaque na mídia. Na década seguinte, o fato de Elsa frequentar várias galerias fez com que ela tivesse muitos amigos artistas, assim o envolvimento e aproximação da arte com a moda surgiu de forma natural, principalmente a ligação com o movimento surrealista. O artigo tem como objetivo investigar a relação de Elsa com o surrealismo, em que acontece de forma mais literal em parceria com Salvador Dalí. Dessa parceria surgiram criações como o tailleur-escrivaninha, o vestido-lagosta e o vestido-esqueleto. Em 1936, Dalí produziu a Vênus de Milo com gavetas e o Gabinete Antropomórfico. No mesmo ano ela criou o tailleur-escrivaninha, um conjunto que possuía quatro bolsos em forma de gavetas, sendo que algumas funcionavam como bolsos e outras eram falsas. Não só falando de roupas, Elsa explorou melhor as formas do surrealismo nos chapeús. O Shoe-Hat (chapéu-sapato), um modelo invertido de um escarpim de salto alto, é um exemplo de deslocamento surrealista, em que se é dado um novo uso para um elemento já existente. O sapato é usado para os pés, e Elsa o transforma em chapéu, sendo usado na cabeça. O surrealismo também estava presente nos materiais, como tecidos sintéticos, o rayon e o celofone, tudo para acentuar o efeito surreal de suas criações. Elsa pode ser considerada a primeira a fundir arte com moda, a inovar nos materiais e, além disso, ela tem os créditos de ser a primeira a criar coleções temáticas. Palavras-chave: Elsa Schiaparelli; Arte e História da Moda. ELSA SCHIAPARELLI E AS ARTES: CRIAÇÕES DA ESTILISTA NA DÉCADA DE 1930 1. INTRODUÇÃO Este artigo provém do Projeto de Iniciação Científica (PIC) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e tem como objetivo analisar as interferências das criações femininas retratados nas concepções de Elsa Schiaparelli nas décadas de 1920 e 1940. Propõem analisar em especial a década de 1930 em que as criações de Elsa têm relações diretas com obras do surrealismoi, principalmente as obras de Salvador Dalí. A Alta Costura se inicia com a abertura do primeiro ateliê de costura de CharlesFrédéric Worth entre 1857-1858 em Paris, que começou a desenvolver modelos sob medidas para suas clientes. Seguido dele temos Paul Poiret, que abre sua própria maison em 1903, depois disso ao longo do século XX, vários estilistas abriram seus próprios ateliês e mudaram o curso da indústria da moda até então. No período entre guerras (1920 – 1940), a costura parisiense era ditada por mulheres, entre elas destacam-se as estilistas Madeleine Vionnet, Jeanne Lanvin, Coco Chanel e Elsa Schiaparelli. Coco Chanel, a mais conhecida, criava roupas simples e confortáveis para as mulheres que estavam se tornando independentes, devido ao fato que muitas perderam seus maridos na I Guerra Mundial e precisaram entrar no mercado de trabalho. Sendo assim, nesse período as mulheres buscavam roupas mais funcionais e práticas para poderem trabalhar, e aliado a isso, houve o racionamento de tecidos por motivos da guerra e a necessidade de se economizar dinheiro em tempos de crise. Em tempos em que o exagero e o luxo eram totalmente contraditórios com o momento de reconstrução dos países, surge no cenário da moda, a estilista italiana Elsa Schiaparelli, trazendo um fragmento dessa feminilidade e o exagero apropriado em estéticas surrealistas. 2 DESENVOLVIMENTO 2. 1 Vida pessoal e primeiras peças Elsa Schiaparelli nasceu em 1890, segunda filha de uma família abastada em Roma, na Itália. De acordo com Seeling (2000), Elsa por ser de família rica teve o privilégio de estudar numa escola, mas foi lhe negada a oportunidade de aprender algum ofício. Seus interesses eram na música, filosofia, arte e teatro. Aos 23 anos, foi mandada por seus pais para Londres, para ajudar uma senhora a construir um orfanato. Enquanto estava em Londres, Elsa gostava de visitar museus e ver palestras sobre arte e design, entre outros temas. Numa dessas palestras conheceu o conde William de Wendt de Kerlor e no dia seguinte já estava noiva. Casaram-se no início de 1914, e com o início da Primeira Guerra Mundial se mudaram para Nova York. O casamento durou 5 anos, e um pouco antes de se separarem Elsa deu a luz a sua filha única Yvonne Gogo. Elsa se vê então sozinha, com a filha pequena e sem emprego. Com a ajuda de uma amiga, ela muda-se em 1922 para Paris, onde passa a costurar e vender algumas peças. Diferente da maioria dos estilistas, ela não trabalhou em ateliês franceses para aprender e depois se tornar estilista, ela começou sua carreira sozinha, sem bases. No início, não vendia muitas peças, mas sua amizade com o costureiro Paul Poiret foi muito importante, pois foi ele quem a encorajou a continuar. Na década de 1920 e 1930, surgiram os trajes esportivos devido a popularização da prática de esportes. Estilistas como Patou, Delaunay e Chanel, criam peças usando listras e blocos de cor, assumindo a liderança na criação de roupas de banho de moda. Semelhante deles, Elsa passa a produzir peças de sportswear, seguindo a tendência da década, até então, ela não tinha iniciado sua carreira no mundo da Alta Costura. Em 1927, lança um suéter preto tricotado em lã, com um laço branco criando um efeito trompe-l’oeil – do francês, engana-olho. Essa peça foi importante para carreira de Elsa, pois foi a primeira peça em que ela demonstrou seu interesse por criações surreais e também porque com as inúmeras vendas, ela conseguiu juntar dinheiro para abrir seu próprio negócio. Surgia assim na rua de la Paix, em 1927, a primeira butique de Elsa, Pour le Sport, na tradução literal, para o esporte. FIGURA 1 – Suéter trompe-l’oeil Fonte: Blackman (2012). 2. 2 Moda e Surrealismo 2.2.1 Inovação nos materiais No período em que Elsa morou em Nova York, ela conheceu Gabrielle, mulher do artista plástico dadaísta Francis Picabia. E foi ela quem os apresentou ao grupo de artistas dadaístas e surrealista com o qual Elsa se identificaria imediatamente: Marcel Duchampii, Alfred Stieglitziii, e Man Rayiv. Em Paris, Elsa continuou frequentando os lugares onde se reuniam os artistas, o envolvimento e aproximação da arte com a moda surgiu de forma natural. Entre 1936-1938, várias exposições surrealistas foram montadas em Londres, Paris e Nova York, assim o grande público veio a conhecê-las. Foi no surrealismo que Elsa encontrou a sua fonte básica de inspiração. “O cubismo e o surrealismo influenciaram suas criações. Em 1933 lançou a manga pagode, que partia de ombros largos e que determinou a silhueta básica até o New Look. Elsa usava tweed em roupas de noite e juta em vestidos. Seus pesados suéteres tinham os ombros almofadados. Ela tingia peles, punha cadeados nos costumes e criou a voga do traje tirolês” (CALLAN, 2007, p. 285). O surrealismo além de influenciar a ornamentação de suas peças, também estava presente nos materiais. Elsa inovou ao utilizar materiais como tecidos sintéticos, o rayon e o celofone, tudo para acentuar o efeito surreal de suas criações. Ela também deu novo uso aos zíperes, que até então ficavam escondidos. Em 1935, ela “tingiu os novos zíperes de plástico nas mesmas cores que os tecidos, colocando-os à mostra ao invés de escondê-los; desse modo, tornou-os decorativos e funcionais” (CALLAN, 2007, p. 285). Elsa tentava por meio de suas peças utilizar “todos os materiais possíveis e imaginários, e modificar, desta forma, a percepção convencional do que é o vestuário” (LEHNERT, 2001, p. 39). Ela sabia que se inserissem materiais e formas tão impactantes ligeiramente para a moda, não seria bem aceita. Por isso, ela vai se inovando a cada coleção de modo que suas clientes e a mídia passem a querer cada vez mais das suas criações. Não só isso, Elsa foi a primeira estilista a fazer coleções e desfiles temáticos, sabendo se aproveitar da mídia para fazer sucesso, assim como sua rival Chanel. “Tanto Coco Chanel como Elsa Schiaparelli encenavam as suas aparições em público como espetáculos mediáticos e eram apoiadas pelos melhores fotógrafos e jornalistas. Assim tornaram-se estrelas e as melhores publicitárias. Conseguiram deste modo atingir um público para além dos clientes da alta costura, que comprava os seus perfumes e acessórios. Ambas tinham reconhecido que esse era o grande negócio. Elsa Schiaparelli e Coco Chanel, embora não pudessem ser mais diferentes, empreenderam uma tarefa comum: dar aos costureiros, de uma vez por todas um estatuto superior” (SEELING, 2000, p. 157). 2.2.2 Salvador Dalí Um dos mais importantes pintores do surrealismo foi Salvador Dalí. Sua relação com Elsa Schiaparelli era muito próxima, e isso fez com que trabalhassem muitas vezes juntos. Segundo a professora Sueli Garcia, em seu estudo sobre surrealismo e a moda, a relação mais literal entre Schiaparelli e o surrealismo ocorre com Salvador Dalí, pois a sua influência está nas estampas, chapéus e detalhes construídos a partir da obra do artista, ou mesmo criados por ele especialmente para alguma criação dela. As criações mais famosas e peculiares geradas por esta parceria são: a bolsa de veludo em forma de telefone com um disco bordado a ouro, o vestido de seda pintado com moscas, o tailleur-escrivaninha, o vestido com uma lagosta gigante pintada, o shoehat e o tecido rasgado. Elsa por meio das influências surrealistas trás para alta-costura elementos como partes do corpo, crustáceos e insetos. “Os comentários circulam diante da vitrine, onde estão expostas a bolsa-telefone em camurça e couro, especialmente desenhada por Salvador Dali para a costureira, ou ainda jóias criadas por artistas tão célebres como Giacometti ou Cocteau” (VEILLON, 2004, p. 17). Em 1936, Dalí produziu a Vênus de Milo com gavetas e o Gabinete Antropomórfico. Essas criações inspiraram Elsa a lançar no mesmo ano o tailleurescrivaninha, um conjunto que possuía quatro bolsos em forma de gavetas, sendo que algumas funcionavam como bolsos e outras eram falsas. Elsa somente transpôs a ideia visualmente, pois a obra de Dalí e o tailleur dela têm significados diferentes. Na obra de Dalí a mulher é retratada como objeto, e ainda é associada ao erotismo pela Vênus estar nua, já no tailleur de Elsa, a peça está mais conservadora e os bolsos se assemelham mais a mobília. “Em muitos casos, há vínculos diretos entre a obra dele e os modelos espirituosos e surpreendentes dela. Em 1936, Dalí completou sua escultura Vênus de Milos com gavetas: no mesmo ano, colocou um urso empalhado, tingido de rosa-choque (a cor assinatura de Schiaparelli), com gavetas instaladas no torso, na vitrine da boutique de Schiaparelli. Isso, por sua vez, inspirou o estiloso conjunto-gaveta, com bolsos verdadeiros e falsos, habilmente bordados por Lesage em um desenho trompe-‘oeil lembrando gavetas” (HAYE, MENDES, 2003, p. 94). FIGURA 2 – 1936, Gabinete Antropomórfico de Salvador Dalí Fonte: Art Now Galery (2012). FIGURA 3 – 1936, Conjunto gaveta de Elsa Schiaparelli Fonte: MENDES; HAYE (2003). Ainda em 1936, Dalí terminou a obra Telefone Lagosta e no ano seguinte, fotografou uma modelo desnuda, apenas com uma lagosta no púbis. Os seres do mar são muito presentes no vocabulário simbólico surrealista, e Dalí tinha uma fixação especial por lagostas, o qual ele associava ao tapa-sexo. Após isso, ele mesmo pintou uma lagosta gigante, em um vestido branco de noite desenhado por Schiaparelli. Nessa criação o significado da lagosta se assemelha ao que representava na fotografia de Dalí, diferente do tailleur-escrivaninha que só se inspira visualmente. No vestido, a lagosta está bem no meio rodeada por salsas, a cor da lagosta é bem vermelha indicando que já foi cozida e estaria pronta para ser servida, e a posição da lagosta faz uma alusão a genitália feminina por baixo das roupas. Originalmente a lagosta deveria ter sido coberta com uma camada de maionese, vontade de Dalí à qual Elsa não sucumbiu. FIGURA 4 – 1937, Vestido Lagosta de Elsa Schiaparelli Fonte: Blackman, 2012. Entretanto, nessas criações, o surrealismo só é visto superficialmente nas peças, pois o corte continuou seguindo as tendências da década de 1930. “Seus modelos eram concebidos com a silhueta que configurou o visual da década: cintura fina, ombros largos e saia longa reta” (STEVENSON, 2012, p. 122). De modo que, para ela poder explorar novas formas sem que chocassem tanto, ela passou a se utilizar de outra fonte: os chapéus. Por meio deles, ela pode usar toda sua imaginação e criatividade sem se prender as formas vigentes. Em 1937, Shiaparelli apresentou o Shoe-Hat (chapéu-sapato), um modelo invertido de um escarpim de salto alto, feito de veludo preto ou preto com rosa choque1. “Este chapéu não deixava de ser elegante, o que foi demonstrado pela esposa de Dalí, Gala, que se deixou fotografar com ele” (LEHNERT, 2001, p. 38). Esse modelo é um exemplo de deslocamento surrealista, em que se é dado um novo uso para um elemento já existente. O sapato é usado para os pés, e Elsa o transforma em chapéu, sendo usado na cabeça. Elsa teve a ideia de fazer esse chapéu após ver uma fotografia de Dalí equilibrando um sapato na cabeça de Gala. FIGURA 5 – 1937, Shoe-Hat e conjunto de coquetel preto com bolsos-lábios. 1 Elsa tomou um dos tons de rosa de seu amigo Bérard e o batizou de “Rosa-choque”, por ser forte e brilhante e desde de então virou sua marca registrada. Fonte: CALLAN (2007). “Schiaparelli conjugou o sapato com um conjunto de coquetel preto, com apliques eróticos de lábios ao redor da abertura do bolso.” (HAYE, MENDES, 2003,p. 95). Os lábios eram vistos pelos surrealistas como símbolo de voluptuosidade, Dalí homenageou os lábios de Mae West na obra “Retrato de Mae West” em 1935. Elsa via os lábios como elementos carregados de aspectos eróticos e maliciosos e os usou como bolsos em conjunto com o shoe-hat. Além deste modelo, ela também criou outros chapéus bem singulares, como o chapéu em forma de sorvete, o chapéu-costeleta (1937) e os chapeaux-encriers (chapéu de tinteiro) em 1938. “Schiaparelli criou também inúmeros chapéus de fantasia, feitos com sacos ou tubos de tecido. Estes chapéus podiam ser dobrados e atados com um nó, formando volumosos toucados. As criações vanguardistas de Schiaparelli eram usadas apenas pelas suas admiradoras mais fervorosas, não chegando no entanto, a ser produzidas em série” (LEHNERT, 2001, p. 38). Nas peças anteriores, mostramos somente criações de Elsa inspiradas em obras de Dalí, mas eles também trabalharam juntos, como na criação do Vestido-Esqueleto em 1938. Nesse vestido o corpo humano é representando de forma literal por meio de revestimentos acolchoados que figuram costelas, a coluna e os ossos da perna. O vestido foi feito em crepe de seda preto, e as formas em relevo dão a ilusão de que os ossos irão saltar do corpo. FIGURA 6 – 1938, Vestido-Esqueleto. Fonte: Stevenson (2012). Cabe destacar que o surrealismo no período proposto estava em constante transformação e muitos artistas encontraram uma nova forma de conduzir suas obras. Sendo assim, a década de 1930 foi para a Elsa o melhor momento para explorar os elementos surrealistas, visto que depois da II Guerra Mundial ela teve que fugir para os Estados Unidos, assim como outros estilistas, e fechar sua maison. Quando ela volta para Paris, a Europa já está tomada pela tendência do New Look de Dior, com elegância e classicismo, não tendo espaço para a era de extravagâncias que Elsa vinha propondo. Desse modo, ela fecha sua maison em 1954. “Tinha cada vez mais problemas financeiros, pois não queria controlar a sua fantasia devido a considerações econômicas. Também as suas criações do pós-guerra não pareciam adaptadas ao tempo. Fez bom dinheiro até a sua morte, em 1973, com os perfumes, cujas licenças manteve sempre” (SEELING, 2000, p. 154). CONCLUSÃO As criações de Elsa Schiaparelli revelam essa fusão da arte com a moda, e também são ponderadas como referência ao se estudar a criação de peças totalmente conceituais na alta-costura, podendo considerar ela como uma das primeiras a fazer isso. De acordo com Sueli Garcia “Elsa Schiaparelli, criou na alta-costura um vestuário de ‘confronto’, característica comum entre os grupos de vanguarda, com uma proposta diferente para olhar o mundo de uma maneira inusitada, incentivando outros a experimentar rupturas”. Elsa conseguiu de fato transpor os ideais dos surrealistas em suas peças, assim, suas criações eram extravagantes e surpreendentes, não se limitando as formas do corpo humano ou a objetos reais. Não só isso, a estilista italiana também tem os créditos de ser a primeira a criar coleções temáticas e utilizar materiais inusitados em suas criações, sendo pioneira nos desfiles temáticos e incentivadora da inovação de materiais para a indústria têxtil. Cabe destacar que esta pesquisa de iniciação científica propõe disseminar as criações e o espólio da criadora de moda italiana Elsa Schiparelli no recorte temporal proposto, e analisar como a mesma levou para moda conceitual suas criações, como: Conjunto gaveta, vestido-esqueleto, Shoe-Hat, conjunto de coquetel preto com bolsoslábios, vestido lagosta e o suéter trompe-l’oeil, formas e materiais conceituais que estão presentes nas suas coleções e ainda com interferências diretas do amigo Salvador Dalí que vão enriquecer suas criações em relação à arte do momento, o surrealismo. O trabalho não se esgota neste momento, pois ainda faremos uma leitura em revistas e imagens mais frequentes da relação de Elsa com o Brasil. REFERÊNCIAS ACIOLI, Roberto. Elsa Schiaparelli: Surrealismo e Moda. In: Revista Delicato Senses. Disponível em < http://www.lizchristine.net/delicato_senses/edicao08/roberto/ Schiaparelli.htm> acesso em 04/09/2012. ACOM, Ana Carolina. Coco, Schiap e as artes. In: Moda Manifesto, 2012. Disponível em < http://www.modamanifesto.com/index.php?local=detalhes_moda&id=499> acesso em 08/08/2012. BAUDOT, François. Moda do século. Tradução por Maria Thereza de Rezende Costa. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. BLACKMAN, Cally. 100 anos de Moda. Tradução por Mario Bresighello. São Paulo: Publifolha, 2011. CALLAN, Georgina O’Hara. Enciclopédia da moda: de 1840 à década de 90. Tradução por Glória Maria de Mello Carvalho e Maria Ignez França. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. GARCIA, Sueli. Surrealismo e a Moda. Revista Belas Artes. [on-line]. Edição 3. São Paulo: fevereiro 2011. Disponível na Internet: <http://www.belasartes.br/revistabelasartes/downloads/artigos/3/o-surrealismo-e-amoda.pdf> ISSN 2176 – 6479, acesso em 04/09/2012. LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Tradução por J. M. consultores, S.A. São Paulo: Könemann, 2001. MENDES, Valerie; HAYE, Amy de la. A moda do século XX. Tradução por Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2003. PROENÇA. Graça. Descobrindo a história da arte. São Paulo: Editora Ática, 2005. p. 186-187. SEELING, Chalotte. Moda: o século dos estilistas. Tradução por Letrário. São Paulo: Könemann, 2000. STEVENSON, Nj. Cronologia da Moda. Tradução por Mariz Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2012. i Movimento que começou na França, em 1924, em que a arte não resulta de pensamentos racionais e lógicos do artista, ela surge dos pensamentos surreais e irreais como nas imagens de um sonho. (PROENÇA, 2005). ii Marcel Duchamp foi um importante pintor e escultor francês. Nasceu em 28 de julho de 1887 na cidade francesa de Blainville-Crevon e faleceu em 2 de outubro de 1968, na cidade de Nova Iorque. É um dos grandes representantes do movimento artístico conhecido como dadaísmo. iii Alfred Stieglitz foi um fotógrafo norte-americano que lutou pelo reconhecimento da fotografia como arte criativa comparável à pintura. Conhecido como pai da fotografia moderna. iv Man Ray foi um fotográfo dadaísta e surrealista muito importante na década de 1920.