G ENTE Pais O operador Leandro Bartolomeu de Araújo, 25 anos, casado e com uma filha, está há cerca de um Foto: Ana Flávia de Souza Monteiro ano na Subestação do Escritório Central (RJ). A rotina em FURNAS é baseada em uma escala, onde se trabalha três dias seguidos, com uma folga nos dois dias seguintes. Os horários dos turnos também são alternados, podendo ser pela manhã, tarde ou noite. Apesar de jovem, o eletricista tem uma vida cheia de responsabilidades. Quando aceitou a proposta para a função, em 2006, sua filha tinha apenas um ano. O dia-a-dia de horários variados da Em FURNAS desde 1996, o Operador do sua profissão foi um dos grandes desafios a serem Centro de Operação do Sistema (CTOS.O/RJ), superados. No começo, a família sentiu demais a Wagner Jota Pinto Monteiro, 32 anos, busca sua falta, principalmente, o bebê. “Minha filha conciliar a responsabilidade de monitorar o chorava muito à noite, pois queria o meu abraço na sistema interligado da Empresa com a de ser hora de dormir”, comentou Leandro Bartolomeu. pai e marido. Sua rotina é baseada no regime Apesar da ausência em momentos importantes, de escala, dividido em manhã, tarde e noite. Leandro busca sempre recompensar o período em Para amenizar a diversidade de horários, que está ausente com muito carinho e afeto. No Wagner aproveita todas as horas livres para tempo livre, costuma passear com a esposa e a filha estar ao lado da esposa e do filho de quatro em parques e shoppings, além de viajar nas férias. anos. ”O amor afasta o sono e aumenta a Segundo ele, estar com a família é um dos momen- dedicação”, afirmou Wagner Jota. tos mais agradáveis do dia. Ao término do plantão noturno, o operador faz questão de levar o filho para a escola. No trajeto, aproveita para conversar e saber como está o desempenho do menino nas aulas. Em 2005, durante o curso de treinamento básico para operador de sistema, subestação e usina, realizado em Passos (MG), Wagner levou sua família para visitar a Usina Hidrelétrica de Furnas (MG). “Em um final de semana, eles puderam conhecer o ambiente onde trabalho”, completou Wagner Jota. 34 REVISTA FURNAS ANO XXXIII Nº 343 AGOSTO 2007 Foto: Arquivo pessoal G ENTE Entre controles e equipamentos, eles superam o desafio da rotina profissional O controle de turnos dos operadores da Subestação de Ibiúna (SP) é responsabilidade, há mais de 15 anos, do encarregado de Foto: Fagner Araújo de Oliveira Produção, José Rubens de Carvalho, 49 anos, viúvo e com dois filhos. Em 1980, José Rubens iniciou sua carreira na Empresa como operador, realizando um antigo sonho profissional. Nesta época, a jornada era de seis dias de trabalho, para dois de folga. A alteração do regime de escala, que reduziu pela metade o número de dias trabalhados, ajudou-o quando enviuvou. A partir deste momento, sua dedicação foi duplicada, pois a preocupação em apoiar a família era fundamental. Hoje, ele se orgulha de ter superado todas as dificuldades, tendo como recompensa o amor e o reconhecimento dos seus filhos. “Eles já estiveram na subestação e o meu menino adorou”, comentou José Rubens. A história em FURNAS do operador da Subestação de Barro Alto (GO), Alexandre Oliveira de Freitas, 31 anos, iniciou-se, aos 18 anos, quando foi aprovado no concurso público. A realização profissional veio acompanhada de outro grande momento, o casamento. Desde então, começou a ter muitas responsabilidades, porém, nenhum contratempo o fez desistir da carreira. Há 13 anos na Empresa, sua vida sempre foi muito corrida, tendo que administrar a ausência de casa gerada pelo regime de turnos. Com dois filhos, de nove e dois anos, Alexandre reconhece que “devido às escalas, minha família sente muito a minha falta, principalmente, nas datas em que a maioria das pessoas está reunida, como no Natal e no Ano Novo”. Mesmo com uma rotina atribulada, todos o apóiam e o incentivam a continuar nesta profissão que faz Foto: Luiz Alfredo Moreira Campos questão de afirmar que adora. Segundo ele, mesmo chegando em casa quase à meia-noite, os seus filhos não abrem mão de esperá-lo para dar um abraço e, então, irem dormir. Desde pequeno, o seu filho mais velho já conhece a Empresa e, como toda criança curiosa, ficou maravilhado com a diversidade de equipamentos que compõem uma subestação. Para compensar a ausência, Alexandre procura ficar boa parte do tempo livre em casa, na companhia da família. “Sempre que possível, fazemos alguma viagem, que é um dos nossos programas preferidos. Durante a semana, costumamos passear pelos parques e andar de bicicleta”, finalizou o operador Alexandre. REVISTA FURNAS ANO XXXIII Nº 343 AGOSTO 2007 35