PMEnews
1 DE JUNHO DE 2012
AS SOLUÇÕES DA
PROSEGUR, ALVO
E NISCAYAH Pág. 10 e 11
Foto OJE/Victor Machado
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA
Segurança
Os gestores Luís Pereira e João Feio
MEIOSTEC RESPONDE
À CRISE COM ENTRADA
NOS PALOP
▲
TI
POR ALMERINDA ROMEIRA
A TECNOLÓGICA portuguesa MeiosTec respondeu ao desencadear da crise de 2008 com uma estratégia de internacionalização, que, numa primeira fase, está a privilegiar os PALOP
(Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa), com Angola à cabeça.
“Relativamente a Angola, o objetivo é que venha a representar um valor bem superior a 50% do volume de
faturação da MeiosTec”, revelou, ao
PME NEWS, o administrador da empresa, Luís Pereira.
No âmbito da estratégia de internacionalização definida para o triénio 2011-2013, a atual administração
comprometeu-se com os acionistas e
parceiros a “atingir uma meta de faturação para além dos 5 milhões de
euros”. Em 2011, a empresa faturou
metade desse valor, estimando já este
ano chegar aos 3 milhões.
A MeiosTec iniciou o seu processo
de internacionalização através do estabelecimento de parcerias com empresas que operam nos mercados dos
países de língua oficial portuguesa. A
primeira aproximação foi ao mercado de Cabo Verde em 2010 e alargada
ao mercado de Angola em 2011. Neste último mercado, através de um
projeto no Banco Sol, a tecnológica
fez já 30% dos 2,5 milhões de euros
de volume de negócios obtido no ano
passado.
A estratégia que a MeiosTec seguiu
para esta abordagem foi a mesma
utilizada no mercado interno. “Privilegiamos as parcerias com outros
players bem como com os nossos
clientes. Procuramos acrescentar valor para os nossos clientes através
dos projetos que implementamos”,
explicou Luís Pereira.
O gestor adiantou que a empresa
“não só vai continuar neste mercado” como “irá tornar a sua presença
mais marcante através do reforço das
parcerias existentes, bem como através de novas parcerias que estão a ser
negociadas de forma a alargar a oferta de produtos e serviços no mercado
angolano e nos países de língua oficial portuguesa”.
O normal desenvolvimento dos
negócios e o aumento da competitividade dos produtos e serviços comercializados pela MeiosTec poderá
vir a ditar o reforço da sua presença,
através da abertura de um espaço
físico, em algum ou alguns dos mercados referidos. Luís Pereira adianta: “Quando, na nossa estratégia,
apontamos para o reforço das parcerias existentes e para a procura de
novas parcerias, está implícito que,
em algum momento, se possa transformar numa presença efetiva não
só no mercado de Angola como em
qualquer um dos outros considerados como alvos”.
Fundada em 1997 por acionistas
privados e com ligações a um grupo
que opera no mercado das TI, a
MeiosTec responde às necessidades
do mercado no âmbito das infraestruturas de comunicações (redes
elétricas de tensão de serviço até 60
Kv redes estruturadas, etc.), data centers, gestão de conteúdos com soluções vocacionadas para hóteis e hospitais, e gravação digital de áudio e
vídeo.
BI
Constituição: 2008
Faturação:
2011: 2,1 milhões de euros
2012 (previsão): 3 milhões de euros
Empregos criados: 60
ATUALIDADE
ENTREVISTA
HELIFLEX
Financiamento
à inovação e nova
linha de crédito para
exportadoras Pág. 4
Paulo Nunes de
Almeida:a formação
é uma prioridade
para AEP Pág. 6 e 7
Tem 5 filiais, vende
em 39 países e faz
53,9% do negócio no
estrangeiro Pág. 12
Saiba mais em www.oje.pt
II
PMEnews
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
Portic apoia ida
de tecnológicas
à Suécia
INTERNACIONALIZAÇÃO
A PORTIC, “think thank” para a internacionalização das empresas portuguesas de base tecnológica, está a
promover o evento de brokerage tecnológico que se vai realizar dias 25
e 26 de junho, nas cidades suecas de
Malmo e Lund.
As empresas poderão, mediante
inscrição e posterior seleção pelos
suecos, ter a possibilidade de realizar
um “technology pitch” (apresentações de dez minutos com foco na tecnologia, produto e/ou solução que revelem elevada intensidade de I&D associada) a grandes empresas que operam no mercado sueco. Refira-se
que, entre estas empresas, contam-se
a LG, Sony, RIM (Research In Mo-
tion), ST Ericsson, TeliaSonera, Huawei e HTC. O objetivo, explica a Portic, “será o estabelecimento de negócio e/ou a criação de parcerias futuras com estas grandes empresas”.
A Portic explica que, ao efetuarem
o registo (http://cluster55.org/C55BEJUNE/), as tecnológicas portuguesas
terão de selecionar a opção de membro da Portic de forma a não terem
custos de inscrição, que ficam, assim, limitados aos associados às viagens e estadias dos seus elementos,
que ficam por conta das próprias.
Criada em março de 2010, a Portic
visa contribuir para o aumento das
exportações portuguesas para mercados de alto potencial, como o Norte da Europa e países emergentes da
América Latina e Ásia.
EZ Trade abre
escritório
no Funchal
www.oje.pt
ANETIE PROMOVE
CONCURSO DE IDEIAS TI
EMPREENDEDORISMO
DECORRE até 30 de junho o período
para entrega de candidaturas ao
concurso ANETIE de Ideias TI Potencialmente Empreendedoras, promovido pela Associação Nacional das
Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica, no âmbito do
seu Programa Empreendedorismo
Tecnológico.
O concurso da ANETIE destina-se
preferencialmente a jovens universitários do Norte e Centro do país,
bem como a pessoas coletivas recentemente constituídas e sem atividade significativa.
A intenção, explica esta associação empresarial, é “fomentar o empreendedorismo junto dos estudantes universitários, disponibilizando
informação e formação essenciais
para o arranque de um projeto empresarial”. Pretende-se, para além
disso, “avaliar, apoiar e acompanhar
boas ideias de negócio e, por fim,
premiar as mais inovadoras e diferenciadoras”.
As ideias empreendedoras subme-
tidas a concurso devem proporcionar o desenvolvimento de produtos
e serviços de base tecnológica, orientados para reais necessidades de
mercado nas áreas temáticas de intervenção; incorporar uma inovação
tecnológica claramente definida ou
uma tecnologia que, embora já existindo, possa ter um campo de aplicação diferente do atual; demonstrar a
capacidade do promotor em implementar o projeto apresentado; revelar a intenção de implementar o projeto; evidenciar indicadores de sustentabilidade económico-financeira
do projeto e apresentar ideias originais
Para participarem na iniciativa da
ANETIE, os interessados devem preencher um impresso de candidatura, disponível no sítio da associação
na Internet. As candidaturas serão
depois avaliadas por um painel de
especialistas na área do empreendedorismo tecnológico.
A ANETIE integra cerca de 100
empresas, responsáveis por um volume de negócios na cerca de 1500
milhões de euros e 8000 empregos.
INOVAÇÃO: Cientistas da UA revolucionam armazenamento de hidrogénio
A EZ Trade Center, marca especializada no apoio às empresas na redução de custos, abriu, este mês, uma
nova unidade, desta vez no Funchal,
Região Autónoma da Madeira.
A unidade, liderada por Antonieta
Almeida, pretende apresentar, ao
mercado madeirense, um novo serviço especialmente dedicado ao aumento da competitividade empresarial. De acordo com a partner da unidade do Funchal, o objetivo é oferecer aos clientes a possibilidade de
“otimizarem os seus custos operacionais, através de uma equipa com
‘expertise’ nessa área, que fará o
‘follow up’ das diversas rubricas de
despesas, com o objetivo de assegurar a sua correta implementação,
sem qualquer custo adicional”.
TI
Fundos para
PME de Lisboa
e Algarve
REVITALIZAÇÃO
Especialistas
em inovação vão
aconselhar governo
CNEI
DÁ PELO nome de nanocompósito de grafeno-zeolite com níquel e foi desenvolvido no Centro de Tecnologia Mecânica e Automação
do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro (UA) por uma equipa liderada pela cientista Elby Titus (na
foto). Este compósito permite um maior armazenamento de hidrogénio e, por isso, uma melhor performance dos veículos. Foto DR
Candidaturas ao QREN avançam em junho
REPROGRAMAÇÃO
A CISCO anunciou o lançamento do
Partner Plus, um programa direcionado para clientes PME. Os parceiros
que irão integrar este programa terão, explica a tecnológica, “acrescida
preferência, investimento e apoio
sob a forma de aceleradores de negócios, tais como maiores incentivos,
apoio técnico, marketing e geração
de oportunidades, capacitação de
vendas e ‘customer intelligence’”.
PRÉMIO
O PRÉMIO Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa registou um número recorde de candidaturas (141) dos cinco continentes, revelou a COTEC Portugal, promotora
da iniciativa.
À distinção (que pretende celebrar
os portugueses que, pela sua “capacidade empreendedora e inovadora”, se notabilizaram fora de Portugal nas suas atividades), candidataram-se 141 empreendedores, dos
cinco continentes. Os candidatos são
oriundos de 34 países, entre os quais
os EUA (26), Brasil (21), França (16) e
Reino Unido (8). Pela primeira vez,
há candidatos candidatos portugueses provindos do Chile, Timor-Leste,
Hungria, Malawi e Israel.
O EXECUTIVO está a analisar a possibilidade de dedicar fundos do QREN
para as PME de Lisboa e do Algarve,
atendendo à situação específica em
que estas regiões se encontram, adiantou a imprensa económica, citando o secretário de Estado adjunto da
Economia, Almeida Henriques.
São três os fundos regionais de revitalização para PME no valor de 90
milhões de euros (40 milhões do Feder para o Norte, 40 milhões para o
Centro e 10 milhões para o Alentejo).
FRANCHISING
Cisco lança
Partner Plus
para PME
Empreendedores
da diáspora
batem recorde
O PRESIDENTE da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) admitiu,
esta semana, à Lusa, que a revisão
das candidaturas a fundos do QREN
- aprovadas, mas, entretanto, suspensas - está concluída e serão despachadas a partir de junho.
“O trabalho de casa, a avaliação
[das candidaturas], foi toda feita, os
elementos entregues e já estão a ser
avaliadas pela secretaria de Estado
do Desenvolvimento Regional”, garantiu Duarte Vieira.
Em causa estão candidaturas ao
programa ON.2, no valor de vários
milhões de euros, que, embora aprovadas desde 2011, estão, segundo a
CCDR-N, “suspensas até à conclusão
da reprogramação estratégica do
QREN”.
“Todos os casos irão ter resposta
rapidamente, em função dessa análise mais fina que foi feita. Até ao fi-
nal da primeira quinzena de junho,
teremos novidades e todos os promotores serão avisados das suas situações em concreto”, garantiu o líder
da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
Ainda assim, Duarte Vieira reconhece que este processo e o consequente congelamento na atribuição
dos fundos comunitários gerou uma
“preocupação grande” nos promotores, alguns dos quais já com obras
adjudicadas.
O GOVERNO criou o Conselho Nacional para o Empreendedorismo e a
Inovação (CNEI), cuja missão é aconselhar o Executivo “em matérias relacionadas com a política nacional
para o empreendedorismo e para a
inovação, competindo-lhe, em particular, a definição das áreas e dos setores prioritários no âmbito destas
políticas, bem como a articulação
transversal e interministerial nas
áreas da inovação, do empreendedorismo e da investigação aplicada em
matérias de política nacional de empreendedorismo e inovação.
Liderado pelo Primeiro-Ministro,
o órgão é constituído por 15 empreendedores e especialistas na matéria, entre os quais Miguel Pina Martins (Aqua F.), Luís Portela (Bial),
Marçal Grilo (Gul benkian), Rui Paiva
(Sonaecom), Leonor Beleza (Fundação Champalimaud), Emídio Gomes
(Pró--Reitor da Universidade do Porto) e Francisco Veloso (professor da
Universidade Católica).
Ficha Técnica
O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE,
O Mirante e Vida Económica
Director
Guilherme Borba
Editora-executiva
Helena Rua
Redacção
Almerinda Romeira
e Vítor Norinha
Fotografia
Victor Machado
Gestores de Contaas
Alexandra Pinto – 217922096
Isabel Silva – 217 922 094
Arte
Carlos Hipólito
Marta Simões
Director comercial
João Pereira – 217 922 088
[email protected]
Tiragem total
81 000 exemplares
www.oje.pt
PUBLICIDADE
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
III
IV
PMEnews
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
www.oje.pt
FINANCIAMENTO À INOVAÇÃO
Nuno Nazaré, Consulting Diretor da Alma Consulting Group, analisa o SIFIDE e explica como é que o programa ganha, além de menor
burocracia, uma nova mais-valia face ao QREN, com o acesso mais imediato aos incentivos aprovados
C
om a aprovação do Orçamento de Estado para 2012,
instituído pela Lei nº 64B/2011 de 30 de dezembro,
entraram em vigor novas regras que
condicionam o acesso ao SIFIDE por
parte das empresas. A principal alteração prende-se com a limitação do
período de candidaturas a este incentivo fiscal, que a partir de 2012,
terão de ser apresentadas até ao final do mês de julho do ano seguinte
àquele em que decorreu o investimento em projetos de I&D.
Esta alteração vem colocar uma
maior pressão nas empresas, que terão de ter uma maior agilidade e capacidade de organização para conseguirem apresentar a candidatura
atempadamente, tarefa que ficará
facilitada com o recurso a uma consultora especializada, aumentando
também a expectativa quanto ao
valor de incentivo conseguido.
Foi ainda aprovada uma disposição transitória que define que todas
as empresas terão uma última oportunidade para, até final de julho de
2012, apresentarem candidaturas
referentes a projetos de I&D que foram realizados em anos anteriores,
podendo assim reaver parte do investimento realizado.
As empresas têm, portanto, pou-
cos meses para ultimarem as candidaturas relativas a investimentos de
I&D realizados nesse período, tarefa
particularmente hercúlea para empresas com investimentos em vários
Todas as empresas que
realizaram projetos de
I&D terão uma última
oportunidade até final
de julho de 2012
anos, ainda sem candidaturas apresentadas. Como tal, é muito importante que as empresas, para que não
percam a oportunidade de reaver a
parte desses investimentos a que
têm direito, não desperdicem mais
tempo e realizem todas as diligências necessárias para que as candidaturas sejam apresentadas dentro do
período definido. Diligências essas
que serão bem menores, no caso de
contarem com o apoio de uma consultora.
No entanto, foram recentemente
anunciadas algumas medidas suplementares, face ao disposto no Orça-
mento de Estado para 2012, com um
teor mais otimista para as empresas
que se candidatem ao SIFIDE. Para
além da pressão colocada nas empresas para que o processo de apresentação de candidatura seja mais
célere, é colocada igual ênfase numa
maior rapidez na avaliação das mesmas por parte da Agência de Inova-
ção (ADI), estabelecendo “deadlines” ambiciosos.
De facto, o Despacho n.º 4488/2012
do Ministério da Economia e do Emprego vem definir que a ADI tem de
apresentar os seus pedidos de esclarecimento e de informações adicionais até 15 dias depois de receber a
candidatura, estabelecendo um pra-
zo até ao máximo de 20 dias para
que a empresa responda ao solicitado. A ADI contará ainda com um
prazo de 30 dias para avaliar as candidaturas e tomar uma decisão, exceto em processos mais complexos,
casos em que esse prazo passará a
ser de 90 dias. Este prazo será suspenso no período compreendido entre a solicitação de um pedido de esclarecimento e a satisfação do mesmo, sendo retomado após a obtenção de resposta.
No entanto, sensível ao afluxo excecional de candidaturas que ocorrerá este ano, resultado de definido no
regime transitório, o Governo define
que em 2012, excecionalmente, o
prazo para pedidos de esclarecimentos será de 40 dias e que as decisões
deverão ser tomadas pela ADI num
prazo de 90 dias, independentemente da complexidade do processo.
Estas medidas vêm impor uma
maior disciplina no processo de candidatura ao SIFIDE, mas também a
promessa de que as empresas receberão os resultados das candidaturas apresentadas com maior rapidez
relativamente ao passado. Para além
da menor burocracia, o SIFIDE ganha, assim, uma nova mais-valia
face ao QREN, com um acesso mais
imediato aos incentivos aprovados.
Portugal tem vantagens competitivas Crédito a exportadoras cresce 1,8% no 1.º trimestre
na captação de investimento americano
O CRÉDITO concedido pela banca
portuguesa às empresas exportadoras cresceu no primeiro trimestre
do ano, interrompendo a quebra
registada desde o segundo trimestre
de 2011, segundo dados do Banco de
Portugal (BdP).
De acordo com o boletim estatístico do BdP, o crédito concedido pela
banca portguesa às empresas exportadoras atingiu os 14 588 milhões de
euros nos primeiros três meses
deste ano, um aumento de 1,8%
face a igual período do ano passado.
Em relação aos últimos três meses
do ano passado, o crédito concedido
aumentou 977 milhões de euros.
O crédito às empresas exportadoras vinha a registar quebras em cadeia (face ao trimestre anterior) desde o segundo trimestre do ano passado (14 154 milhões de euros), mas
inverteu essa tendência nos primeiO INVESTIMENTO norte-americano
em Portugal é ainda insignificante e
a balança comercial já conheceu melhores anos. José Joaquim Oliveira,
presidente da Câmara de Comércio
Americana em Portugal (AmCham
Portugal), instituição que este ano
celebra 60 anos, reconhece que, nos
últimos anos, se notou uma deslocação de alguns centros de decisão de
empresas americanas para Espanha,
“passando estas a ter uma perspetiva e um olhar ibérico”, mas aponta
uma inversão do sentido: Portugal
apresenta vantagens competitivas
na captação de investimento americano em algumas áreas, nomeadamente na abertura de “call centers”
de serviços partilhados (Shared Services Centers).
“O facto de Portugal apresentar
recursos humanos com excelente
formação em línguas e técnicos especializados em tecnologias da informação, bem como deter boas infraestruturas tecnológicas, tem feito
com que empresas americanas tenham optado por Portugal, em detrimento de outros países, para a instalação de Shared Services Centers”,
explica.
No que diz respeito ao investimento português nos EUA, José Joaquim Oliveira defende que existem
diversos setores com forte potencial,
caso da biotecnologia. “Houve grandes investimentos de empresas portuguesas nos EUA, casos bem conhecidos como a EDP, a Brisa, a Martifer e a Hovione, e é ainda de assinalar que o cluster português de biotecnologia tem muito interesse para
as farmacêuticas norte americanas”,
acrescenta.
Segundo o mesmo responsável,
Portugal tem uma posição geográfica privilegiada para o aproveitamento das rotas comerciais transatlânticas, podendo a língua e os fatores
culturais ser uma mais-valia para as
relações dos EUA com os Países de
Língua Oficial Portuguesa. “Há que
saber aproveitar as vantagens do
nosso país e fazer delas uma porta
de entrada para empresas americanas que queiram instalar-se não
só em Portugal como em Países de
Língua Oficial Portuguesa, como
Angola, Moçambique e Brasil”, sublinha.
ros três meses deste ano.
O total de empréstimos concedidos no primeiro trimestre deste ano
ascendeu a 113 461 milhões de euros, menos 4,9% face a igual período
de 2011.
Linha de 250 milhões da Caixa Agrícola Montepio abre
centro de empresas
disponível até 31 de dezembro
O CRÉDITO Agrícola (CA) disponibiliza 250 milhões de euros numa
linha de crédito, que se destina ao
financiamento da atividade exportadora e poderá ser utilizada até 31 de
dezembro deste ano.
Com um limite mínimo de 10 mil
euros por operação, um prazo limite
de 18 meses e uma taxa de juro variável, indexada à Euribor do período de referência de pagamento de
juros e acrescida de um spread que
varia entre 3,5% e 6%, que podem
ser pagos trimestral ou semestralmente, esta linha de crédito destinase exclusivamente a empresas exportadoras.
A campanha CA Apoio à Exportação, lançada este mês, inclui ainda
um vasto conjunto de soluções de
apoio ao comércio internacional, nomeadamente produtos de “trade finance” (remessas e créditos documentários, financiamentos de operações com o exterior, garantias e ava-
em Torres Vedras
les bancários) e serviços de pagamentos e recebimentos (transferências
internacionais, débitos diretos, cheques sobre o estrangeiro) e ainda
apoio especializado, cobertura de risco cambial e linhas de crédito protocoladas.
O MONTEPIO inaugurou, durante o
mês de maio, o primeiro Centro de
Empresas em Torres Vedras, com o
objetivo de garantir um atendimento especializado e de qualidade aos
seus clientes empresa.
Direcionado para a análise e
gestão do património financeiro das
empresas, o Centro de Empresas do
Montepio oferece um leque alargado
de soluções para as empresas e negócios que inclui gestão de tesouraria,
financiamento, aplicações financeiras e proteção, entre outras.
A instituição acrescenta, em comunicado, que, até ao final deste
ano, está prevista a abertura de outros Centros de Empresa no território
nacional.
www.oje.pt
PUBLICIDADE
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
V
VI
PMEnews
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
www.oje.pt
“PRECISAMOS DE FAZER
DE FORMAÇÃO E QUALIFIC
Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal coloca
a qualificação dos empresários e quadros das empresas no topo das prioridades, vinca a necessidade de Portugal continuar a diversificar mercados de exportação e faz o balanço de “Compro
o que é nosso”, o programa que tem vindo a mobilizar os portugueses para a necessidade de
consumirem produtos nacionais. Por Almerinda Romeira Fotos DR
O Chile é um mercado muito
aberto aos produtos europeus. No
ano passado, realizámos uma missão empresarial ao Chile muito positiva.
Mas há outros mercados, como a
Colômbia e o Peru, com taxas de
crescimento consideráveis, e também muito recetivos a produtos europeus. Presentemente, estamos a
preparar uma missão empresarial a
esses dois países, que decorrerá no
segundo semestre. Esta semana, realizaremos um workshop sobre oportunidades de negócio no Peru.
Qual é a importância estratégica
de Portugal como um investidor
em Angola e Moçambique?
O investimento direto português,
quer em Angola quer em Moçambique, é bastante relevante, e com tendência para aumentar. Da parte do
governo desses países, existe abertura e interesse no investimento português, como forma de os ajudar a
desenvolver projetos, seja no setor
primário, seja na indústria, contribuindo, deste modo, para a redução
das importações e para o crescimento do emprego.
Portugal, ao investir em Angola e
Moçambique, dá provas de que é um
país com ”know how” e capacidade
de ação. A maioria do investimento
nestes países está associada a parcerias bilaterais que, inclusivamente,
poderão ser alargadas a outros mercados. A formação constitui um pilar fundamental no sucesso das
atuações empresariais em ambos os
países.
Como vice-presidente da AEP, uma
associação empresarial que reúne
mais de 2.000 empresas associadas,
o que mais o preocupa nestes tempos de crise?
A AEP, enquanto entidade representativa do tecido empresarial nacional, está, naturalmente, muito preocupada com a recessão económica
que o nosso país está a atravessar,
como evidencia a contração real do
PIB prevista para este ano, de 3%,
segundo as projeções mais recentes,
apresentadas no Documento de Estratégia Orçamental 2012-2016
(após a quebra de 1,6% ocorrida em
2011).
A redução do nosso Produto continua associado a uma forte redução
das variáveis consumo (sobretudo
privado) e investimento, face à deterioração do rendimento disponível
das famílias (em resultado da aplicação das medidas de austeridade) e à
elevada restritividade no acesso ao
crédito, que muito condiciona o investimento empresarial.
Neste cenário, o crescimento do
PIB terá de ser feito pelo lado do aumento das exportações e substituição de importações. A este respeito,
penso poder afirmar que os empresários portugueses estão apostados
em seguir este caminho!
No atual contexto de retração económica dos principais parceiros
europeus de Portugal, como é que
a AEP olha para o resto do mundo?
Desde há longa data que a AEP tem
uma preocupação de diversificar
mercados de exportação. Por isso,
nos seus projetos conjuntos de promoção externa, BOW – Business on
the Way, tem considerado, no plano
de ação, a abordagem a mercados
não tradicionais, nomeadamente o
Qatar, Arábia Saudita, Coreia do Sul,
Singapura, Panamá, Chile, Angola,
Moçambique, etc.
Isto para dizer que estamos atentos ao resto do mundo sobretudo a
mercados com crescimento económico e demográfico, bem como com
O redimensionamento,
a internacionalização
e o aumento de produtividade são cruciais para
aumentar a competitividade das empresas
portuguesas
posições estratégicas quer em termos geográficos quer em termos
dos grandes projetos nacionais que
estão a desenvolver.
E como olha, em particular, para
os países africanos de língua portuguesa?
Os países africanos continuam a ser
mercados estratégicos para as empresas portuguesas, quer pelas afini-
dades linguísticas quer pelas culturais. Angola continua a ser o nosso
primeiro mercado de exportação extracomunitário e o quarto mercado
de exportação no ranking mundial.
Moçambique está a despertar um
grande interesse, sobretudo na perspetiva do investimento, face às descobertas e explorações de carvão e
gás natural.
No geral, os mercados africanos
constituem, ainda, um grande potencial de exportação para as empresas portuguesas, que não está
ainda suficientemente explorado.
Como avalia o potencial de negócio do Brasil e de países da América Latina, como o Chile?
O Brasil é um país com grande potencial, embora com taxas alfandegárias elevadas. As nossas exportações têm crescido para este mercado
– sobretudo nos vinhos -, mas há
ainda muito espaço para crescer (em
volume e na diversificação de produtos).
Como se posicionam as empresas
vossas associadas no desafio da exportação?
As empresas portuguesas já perceberam que o mercado interno está estagnado e, por isso, estão muito recetivas a participar em ações de promoção nos mercados externos. As
exportações estão no plano estratégico dos nossos associados e, por
isso, todas as atuações que visam o
incremento das exportações e a
abordagem a novos mercados merecem uma especial atenção.
As participações portuguesas nos
certames internacionais têm cada
vez mais qualidade. Os produtos
portugueses são bastantes reconhecidos e competitivos no mercado
global.
Que iniciativas está a AEP a promover com vista à criação de oportunidades de negócio no estrangeiro? Este ano, o que está previsto
nesse sentido?
O número de ações de promoção externa implementadas pela AEP –
nomeadamente, a participação em
PMEnews
www.oje.pt
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
VII
UM ESFORÇO GRANDE
AÇÃO DOS EMPRESÁRIOS”
feiras e a realização de missões
empresariais - tem crescido anualmente, sempre com uma adesão
forte por parte das empresas. Para
2012, prevemos a execução de aproximadamente 40 ações em 30 países, maioritariamente fora da Europa.
Numa perspetiva informativa/formativa, a AEP voltará a realizar o Fórum de Internacionalização - este
ano em quarta edição -, para o qual
convida, habitualmente, “players”
de mercados selecionados, que nos
vêm transmitir a sua visão do negócio onde estão e dos mercados onde
atuam. Paralelamente, têm encontros bilaterais com empresas portuguesas.
Para além disso, é uma prática comum da AEP realizar “workshops”
temáticos ou sobre os mercados específicos e receber missões comerciais organizadas por organismos
congéneres.
Seis anos depois de a Associação
Empresarial de Portugal ter lançado “Compro o que é nosso”, que
balanço faz deste programa?
É nossa convição que os objetivos
que traçámos para esta iniciativa foram atingidos, já que, com a criação
do programa "Compro o que é nosso", contribuímos para a criação de
um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, através da valorização da produção nacional, da
criatividade, do empreendedorismo,
do trabalho, do esforço e da determinação. Para além disso, é evidente
que este contribuiu decisivamente
para elevar a autoestima dos empresários e dos trabalhadores, ao mobilizá-los para produzirem melhor e
acreditarem que podem vencer o
desafio da globalização.
O "Compro o que é nosso"
tem como objetivo atingir
as 1000 empresas
aderentes em 2012,
numa representação
de 3000 marcas,
com uma faturação
de 17 milhões de euros
Ao longo destes seis anos de existência do "Compro o que é nosso", a
AEP desenvolveu múltiplas ações de
relações públicas, marketing e publicidade, tendo promovido a imagem de um Portugal moderno, inovador e orientado para o mercado
internacional. Ao recair sobre produtos portugueses, a mensagem
tem contribuído para dinamizar a
economia e criar postos de trabalho
e alterou profundamente a perceção
e a relação que os portugueses têm
com as marcas nacionais.
Para melhor?
Os portugueses têm vindo a valorizar, cada vez mais, a oferta nacional
e a dar importância e valor ao tecido
empresarial português, reconhecendo as suas mais-valias na manutenção e criação de emprego e, sobretudo, na criação de riqueza. Estes da-
dos têm sido confirmados por estudos de mercado que temos desenvolvido.
Podemos também afirmar que as
empresas aderentes reconhecem
que a utilização da logomarca do
“Compro o que é nosso” confere valor acrescido aos seus produtos,
contribuindo para o aumento das
vendas. A verdade é que o sucesso do
“Compro o que é nosso” se reflete na
crescente adesão das empresas ao
programa. Atualmente, contamos já
com 853 empresas aderentes, que representam 2500 marcas e um volume de negócios de 15 mil milhões de
euros.
Que perspetivas oferece o projeto?
Todos sabemos que, historicamente,
os portugueses são céticos e pessimistas consigo próprios. Esta cultura existe desde os Descobrimentos,
período durante o em qual valorizávamos o que era importado.
O programa “Compro o que é nosso” chamou a si o desafio de contribuir para a mudança desta atitude,
tendo a consciência de que este é
um trabalho que deve ser continuado e que não bastam meia dúzia de
campanhas nem meia dúzia de anos
para se alcançarem os objetivos pretendidos.
O mais importante, e que está
presente no nosso trabalho diariamente, é a noção de que não podemos desistir, que temos de nos adaptar constantemente às novas realidades e tendências, e que as gerações mais novas têm um papel fundamental neste esforço.
Garantimos que o programa
“Compro o que é nosso” continuará
a bater-se por fazer chegar a sua
mensagem aos portugueses: de que
os produtos nacionais vendem porque são produtos que oferecem uma
boa qualidade e têm preços competitivos.
Na realidade, este facto é já reconhecido internacionalmente em
muitos setores de atividade e, como
temos podido verificar nas notícias,
comprovado pelo crescente aumento das nossas exportações. Sabemos
que o redimensionamento, a internacionalização e o aumento de produtividade são cruciais para aumentar a competitividade das empresas
portuguesas. Nesse sentido, a AEP
vai continuar, através do “Compro o
que é nosso”, a realizar campanhas
de sensibilização sobre a importância e o peso que o consumo de produtos nacionais têm na estratégica
global da economia portuguesa, e de
ações que aproximem cada vez mais
os portugueses das empresas portuguesas e do que elas produzem.
Temos como objetivo atingir as 1000
empresas aderentes em 2012, numa
representação de 3000 marcas, com
uma faturação de 17 milhões de euros.
Como avalia os níveis de formação
dos empresários da região? Que
contributo está a AEP a dar no sentido de melhorar essa formação?
Os mercados competitivos e muito
exigentes em que atuam a maioria
das empresas impõe aos empresários uma atualização constante das
suas próprias competências, bem
como dos seus colaboradores.
Os níveis médios de formação dos
nossos empresários são muito seme-
lhantes aos da restante população
ativa. Isto quer dizer que precisamos, ainda, de fazer um esforço
grande de formação e qualificação
dos empresários nos domínios mais
relacionados com o bom desempenho das empresas: liderança, mercados nacionais e internacionais, instrumentos para a melhoria da produtividade, ferramentas de gestão e
comunicação empresariais. A AEP,
para além da sua muita honrosa tradição de qualificação dos empresários e quadros de empresas, lidera,
desde há cerca de dois anos, uma rede de entidades que desenvolve a
Iniciativa Formação de Empresários
orientada para a melhoria de competências de gestão dos empresários
das PME, criando condições para a
modernização das empresas baseada na inovação e na dinamização
dos seus negócios.
Qual é a relação atualmente existente entre a AEP e as universidades e politécnicos e as empresas da
região?
A AEP tem um papel muito ativo na
criação de condições para uma melhor ligação entre as universidades e
as empresas da região. Tem cumprido essa missão através da realização
de projetos conjuntos em temáticas
alinhadas com as necessidades das
empresas, na participação e colaboração ativa com estruturas de intermediação tecnológica (como o IDIT,
o INESC, os centros tecnológicos e
outros), no envolvimento das universidades em centros de formação
vocacionados para o apoio às empresas, como é o caso do CESAE, em que
participam a Universidade do Porto,
a Universidade de Aveiro e o Instituto Politécnico do Porto.
Para além disso, e só para explicitar mais um exemplo, há cerca de
uma década que vimos participando
na EGE – Escola de Gestão Empresarial, numa parceria com a Universidade Católica Portuguesa e com a
ESADE – Business School de Barcelona, a qual se posiciona em lugar
de destaque na formação de executivos.
Que papel cabe às associações empresariais no desenvolvimento do
território onde estão inseridas?
A territorialização das políticas públicas está hoje no centro da agenda
e do debate sobre o futuro das políticas e apoios comunitários, nomeadamente na Estratégia Europa 2020.
Este reforço da componente territorial das intervenções públicas ou outras, para além de ser um desiderato
associativo há muito reivindicado,
alimenta hoje uma dinâmica central
na atividade que as associações empresariais desenvolvem nas empresas e nas regiões onde estas estão inseridas. É importante uma articulação efetiva dos atores públicos e privados que atuam nos diferentes espaços territoriais, favorecendo dinâmicas de empreendedorismo local e
regional, propiciando contextos favoráveis às empresas, corrigindo assimetrias; ou seja, criando ambientes que favoreçam o aparecimento
de iniciativas, de oportunidades e de
empregos.
Como é financiada a atividade da
AEP?
O financiamento da AEP advém, so-
Portugal, ao investir em Angola e Moçambique, dá
provas de que é um país com ”know how” e capacidade de ação. A maioria do investimento nestes países está associada a parcerias bilaterais que, inclusivamente, poderão ser alargadas a outros mercados.
A formação constitui um pilar fundamental no sucesso das atuações empresariais em ambos os países
bretudo, das quotas pagas pelos seus
associados e da prestação de serviços de algumas áreas operacionais
vocacionadas para o apoio ao desenvolvimento empresarial; nomeadamente, feiras, informação económica, internacionalização, formação e
apoio técnico à indústria.
Paralelamente, desenvolvemos
um conjunto de projetos de interesse para a economia nacional, cofinanciando parte dessas iniciativas
através dos sistemas de incentivos
enquadrados no QREN.
Como prevê a sobrevivência das associações empresariais quando
terminar o QREN?
A redução dos enormes fluxos financeiros provenientes do QREN só
pode ser preocupante na medida em
que afetar o estímulo e o desenvolvimento de programas ou iniciativas
de fomento do empreendedorismo,
de inovação e desenvolvimento, de
capacitação tecnológica ou de formação para segmentos desprotegidos da população, e se prejudicar a
mobilização de apoios para a internacionalização e a modernização do
nosso tecido empresarial. Como o
Estado não pode acudir a todas estas
necessidades, é importante que a
União Europeia continue a assegurar a convergência entre regiões e
países, disponibilizando meios financeiros que atenuem as enormes
assimetrias ainda existentes e favorecendo, por essa via, um Portugal
mais dinâmico e mais competitivo.
VIII
PMEnews
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
www.oje.pt
CRESCER A PENSAR NA CRISE?
FILIPE CASTRO
SOEIRO*
Recupere-se a confiança dos mercados,
a saúde das contas públicas e induza-se
uma nova cultura de responsabilidade e
de credibilidade em direção à consolida-
ção orçamental e ao papel de parceiro
no contexto Europeu.
O programa “Troika” é a “prescrição”
para fazer o que Portugal e os seus governantes deveriam ter feito. Reformar
para funcionar melhor e atrair investimento estrangeiro, ser mais justo e
solidário, e diminuir o nível de endividamento do Estado e do setor privado,
que é ainda muito elevado. É preciso
conseguir equilíbrio das contas públicas, o desendividamento da banca e o
financiamento da economia.
Não é preciso consultar uma segunda
opinião para perceber que a alteração
de paradigma exige mudança de valores, de atitude e de políticas. Só assim
haverá recuperação económica, social e
cultural. Custe o que custar - mas é possível crescer a pensar na crise?
É preciso definir metas e fundar reformas estruturais em vários setores, como, por exemplo, na justiça, na educação, na saúde, na energia, na fiscalidade,
nas leis laborais, na afetação dos recursos e nas vantagens competitivas trans-
NYSE Euronext, SRS, Banco
Carregosa e Deloitte promovem
acesso das PME à Bolsa
A NYSE Euronext Lisbon, a Sociedade Rebelo de Sousa (SRS) & Advogados Associados, RL, a Deloitte
Consultores e o Banco Carregosa celebraram um protocolo de colaboração com o objetivo de promover a
admissão à cotação de Pequenas e
Médias Empresas (PME) no mercado
Alternext. No âmbito do protocolo,
foi criada uma equipa única, pluridisciplinar, com valências nas áreas
jurídica, financeira e de intermediação financeira.
A Sociedade Rebelo de Sousa será
responsável pelos aspetos jurídicos,
a Deloitte e o Banco Carregosa,
quando aplicável, serão responsáveis pelos aspetos contabilísticos e
financeiros na preparação da documentação necessária à admissão à
negociação no mercado Alternext.
O Banco Carregosa desempenhará
as funções de intermediário financeiro sempre que, para a admissão à
negociação no mercado Alternext,
tal venha a revelar-se necessário, designadamente para efeitos da prestação de serviço de assistência a
oferta pública.
Por outro lado, a bolsa portuguesa
colaborará ativamente na disponibi-
lização do apoio técnico relacionado
com o processo de admissão. Esta
parceria tem por objetivo incentivar
e apoiar as sociedades a admitir à
negociação no Alternext as suas
ações, uma oportunidade também
para aumentar a sua visibilidade e
reputação internacional.
As entidades envolvidas no protocolo reconhecem a importância que
o mercado de capitais assume “no
desenvolvimento da economia em
geral e das empresas em particular,
entendendo também que o Alternext deve ser considerado como um
instrumento a utilizar pelas PME,
como meio de suporte às suas
estratégias de desenvolvimento”.
MERCADO ALTERNATIVO
Especialmente vocacionado para as
PME, o mercado Alternext foi criado
em maio 2005, pela NYSE Euronext.
Para tal, combina requisitos de
admissão adequados às necessidades das PME, assegurando elevados padrões de transparência
e proteção ao investidor.
versais por forma a potenciar novos
modelos de criação e de partilha de
valor.
Mas como gerar crescimento e atingir
massa crítica?
Alterar o modelo económico e social
com enfoque em processos de internacionalização e de exportação que tenham como mercado o da Europa e
para além desta, por meio de projetos
privados
que
atraiam
capital
estrangeiro para investimento. Isso fazse com um programa de apoio ao
crescimento económico e de combate
ao desemprego à escala europeia, com
articulação com a prescrição de
primeiro nível e o envolvimento da
OCDE e do BEI.
Deve-se potenciar também os processos de transferência de inovação e de
tecnologia das universidades e centros
tecnológicos para o mercado, e
dinamizar o lançamento e a aceleração
de projetos inovadores em rede, que
envolvam combinações de recursos e de
capacidades de “clusters” em setores
multi-diferenciados e com parceiros
internacionais. Mas para atrair investimento estrangeiro as regras contabilísticas têm de ser transparentes para a
sua captação, os processos de licenciamento e de funcionamento desburocratizados para os investidores, empresas e
empreendedores, e a área fiscal geradora de incentivos para quem investe,
nomeadamente no que se refere à
incidência sobre os rendimentos e também sobre a procura. Eliminar barreiras
ao capital de risco e introduzir incentivos fiscais que incidam sobre 100%
dos bens de capital.
Para crescer é preciso potenciar fluxos
competitivos de bens e serviços e
economias de escala e interligar etapas
da cadeia de valor de diversos “clusters”, aumentando o índice de atratividade económica e de competitividade
dessas regiões. Por essa via, os países
com défice como Portugal podem
aumentar a sua competitividade e
reduzir os seus custos, além de se diferenciarem pela inovação. Do ponto de
vista da política monetária, uma
“divisa” mais competitiva reforçaria as
economias mais enfraquecidas e a
exportação, ao mesmo tempo que uma
desvalorização fiscal seria também
benéfica.
Crescer a pensar a crise? Para crescer é
preciso apostar no Empreendedorismo,
na Inovação e na Gestão do territorial à
escala regional, inter-regional, nacional
e europeia, atraindo investidores e
parceiros à escala internacional.
* Professor convidado da NOVA School
of Business & Economics e membro do
Board of Directors da APBA –
Associação Portuguesa de Business
Angels
Parque de Negócios de Rio Maior
atrai 15 milhões de investimento
A CONSTRUÇÃO de uma unidade de
extrusão e armazenagem de alumínio no Parque de Negócios de Rio
Maior, um investimento estrangeiro
de 15 milhões de euros que criará
100 postos de trabalho, arrancou este
mês com as obras de infra-estruturas, primeira fase do projeto.
A instalação desta unidade, que vai
laborar de forma contínua, com três
turnos de trabalho e uma parte signifiaticva da produção destinada à exportação é, segundo a diretora-geral
dos Parques de Negócios do Vale do
Tejo, Maria José Chaves, de grande
importância para o desenvolvimento
do distrito de Santarém. “Na atual
conjuntura do país, captar investimento estrangeiro no setor dos bens
transacionáveis e com uma componente significativa de exportação, é
um acontecimento de grande relevância económica”, sublinhou esta
responsável.
Maria José Chaves referiu que
“apesar dos momentos adversos no
que diz respeito ao investimento, a
localização deste projeto no Parque
de Negócios de Rio Maior é um fator
que justifica o esforço dos acionistas
e da Câmara Municipal, na defesa de
um projeto de execução difícil e
complexa, mas de grande utilidade
para o concelho e para a região”.
Além deste grande investimento,
vai arrancar em Junho a construção e
instalação de mais uma empresa no
Parque de Negócios, que de dedicará
ao desmantelamento e comercialização de peças automóveis.
RESULTADO POSITIVO
A assembleia geral da Depomor, sociedade gestora do Parque de Negócios de Rio Maior, aprovou recentemente as contas referentes ao exercício de 2011, tendo apresentado
um resultado líquido positivo.
Maria José Chaves referiu que este
facto é também de “significativa importância”, porque encerra um ano
em que foram concretizados os principais objetivos de gestão, nomea-
damente a obtenção do parecer favorável do IPAC, no âmbito processo
da acreditação da sociedade gestora;
a obtenção da autorização provisória para o exercício da actividade por parte da DGAE; a obtenção
da Licença de Exploração da Área de
Localização Empresarial (ALE) por
parte do Ministério da Economia
(DRELVT), tendo sido, mais uma vez,
a primeira licença do país; a inauguração da primeira fase da construção da ALE e o início de laboração da
primeira empresa instalada no
Parque.
Empreendedores pensam Odivelas
Ribatejo recebe clusters
agroindustriais
endedores” em várias
áreas.
A Associação Pensar
Odivelas tem como grande objetivo “olhar de uma
forma diferente para as
várias formas de empreendedorismo no concelho”. Jorge Pires é o presidente da
assembleia geral e Joaquim Lourenço ocupa o cargo de presidente
da direção. O empresário Miguel
Xara Brasil é o grande motor do projeto.
O AGROCLUSTER Ribatejo, com o
apoio da NERSANT, vai organizar,
em conjunto com o Plant Intercluster network, o II Encontro Internacional de Clusters do setor agroindustrial.
O evento terá lugar dias 5 e 6 de junho, é subordinado à inovação e contará com 60 entidades estrangeiras.
Será apresentado um estudo de benchmarking internacional e a formalização de um acordo de colaboração.
“O setor agroindustrial português
é dos principais exportadores do
país, em especial devido às condições naturais para a produção agrícola que se concentra no que são
hoje as áreas onde o Agrocluster
desenvolve prioritariamente a sua
atividade (Ribatejo e Alentejo)”,
salienta Carlos Lopes de Sousa, presidente do Agrocluster Ribatejo.
DECORREM ATÉ dia 2 de junho as
Jornadas do Empreendedorismo,
promovidas pela Associação Pensar
Odivelas. O Mosteiro de Odivelas é o
palco da iniciativa que se vai debruçar, sempre com o mote “Fazer &
Vencer” como orientador, nas temáticas do Desporto, da Cultura, do
Apoio Social e da Economia.
Inserido nas comemorações dos
750 anos do nascimento do rei D. Dinis, o projeto Pensar Odivelas vai recolher, ao longo destas Jornadas,
mais de 50 testemunhos de “empre-
DEBATES
Dia 1, das 18h00 às 21h00 - Fazer
& Vencer - na Ação Social;
Dia 2, das 14h30 às 21h00 - Fazer
& Vencer - na Economia.
www.oje.pt
PUBLICIDADE
SEXTA-FEIRA
27 de abril de 2012
IX
X
PMEnews
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
www.oje.pt
SEGURANÇA
EM TEMPO DE CRISE
Responsáveis da Prosegur, Alvo e Niscayah analisam as tendências do setor e apresentam o seu portefólio de soluções das suas empresas
para pequenas e médias empresas numa óptica de aumento da segurança a baixo
Prosegur lança serviço global de segurança
As soluções da Alvo
A empresa colocou, este mês, no mercado o Prosegur Private, destinado a administradores e gestores de topo. A sua vasta oferta cobre todas as necessidades de micro e PME.
Os nebulizadores e as patrulhas de intervenção rápida estão em destaque
A “cloud” e a virtualização permitem alavancar soluções
de segurança a valores muito interessantes para as PME,
diz Paulo Lobo, gestor da Unidade de Novos Negócios da
Alvo
Destinado a administradores, gestores
de topo, figuras públicas e todos os que
necessitam de medidas especiais de segurança, o Prosegur Private apresenta-se como “um serviço global de segurança para proteção de pessoas, famílias e
bens, no qual são disponibilizados os
mais variados serviços de segurança
para qualquer necessidade”.
O novo serviço premium da Prosegur
possibilita aos clientes “associar diversos serviços”, tais como: proteção antiintrusão e acidentes para residências,
proteção pessoal, patrulhas de intervenção rápida, logística e tratamento de
valores, assistência aeroportuária personalizada e ainda vários serviços de
assistência pessoal (motoristas, assistentes pessoais, apoio Jurídico, etc.).
A Prosegur salienta o facto de, hoje em
dia, serem já muitos os gestores e empresários que lhe “confiam” a sua proteção, a da sua família e bens, para explicar a opção por “serviços de segurança
diferenciados pela excelência operacional, pela busca de melhoria contínua
e pela permanente inovação”.
Há 30 anos em Portugal, a Prosegur posiciona-se como “empresa de referência” e “único fornecedor global de serviços e soluções de segurança” em todos
os mercados onde está presente, com
“altos níveis de eficácia e rentabilidade”,
em “benefício dos seus clientes, colaboradores e acionistas”.
Nebulizadores
O ActiFog da Prosegur é uma inovação
que impede o assaltante de ver aquilo
que está a roubar no interior de um espaço, dando tempo útil à polícia para se
dirigir ao local. Este equipamento de segurança, que se destina exclusivamente
ao segmento empresarial, protege através de uma densa névoa – inofensiva,
produzida a partir de água e glicol - que
elimina totalmente a visibilidade, não
deixando quaisquer resíduos. Além da
dispersão de névoa e respetivo impedimento imediato do assalto, a Prosegur é
também alertada da intrusão através
do disparo do sistema, procedendo à
gestão do tema com as autoridades. A
presença do ActiFog será mais notória
em estabelecimentos que movimentem
elevados montantes de dinheiro ou artigos de valor elevado como: joalharias,
lojas de artigos de luxo, locais de exposição de obras de arte e locais que
contenham cofre ou armazéns.
Patrulhas de Intervenção Rápida
Especialmente vocacionadas para as
pequenas e médias empresas (PME),
com abrangência ao segmento residencial, as Patrulhas de Intervenção Rápida
da Prosegur são constituídas por um
corpo de 120 vigilantes e 45 viaturas.
Este serviço de vigilância presencial e
itinerante permite, por um lado, responder rapidamente a eventos de alarmes
dos clientes empresariais, ou residenciais e, pelo outro, dissuadir eventuais
assaltos via rondas e patrulhas por diversas áreas públicas e privadas. Diferentes pontos de risco tais como as
zonas comuns, acessos, jardins e zonas
de jogo para crianças, instalações
desportivas (piscinas, espaços desportivos…) são igualmente verificados
exaustivamente prevenindo as intrusões
ou roubos nas instalações, as sabotagens e atos de vandalismo e as inundações, incêndios ou descuidos de manutenção.
A indústria, hotéis, escolas, instalações
desportivas passam também a usufruir
destes serviços de forma a prevenir as
Intrusões ou roubos nas instalações e
zonas de acesso.
Francisco Carvalho, Diretor Comercial e Marketing da Prosegur, analisa as soluções
da empresa para micro e PME numa óptica de aumento de segurança a baixo custo
O tema da insegurança infelizmente está na ordem do dia e cabe-nos a nós apresentar soluções para residenciais, comércio e PME que se adequem às necessidades específicas e ao orçamento de cada empresa. Uma das vantagens da Prosegur é oferecer ao mercado propostas modulares de segurança integrada, ou
seja, somos a única empresa que consegue oferecer soluções várias de segurança
complementares entre si e, ao mesmo tempo, ajustáveis aos orçamentos cada vez
mais contraídos das empresas. Embora o ‘feedback’ que temos recebido seja que
as empresas continuam a assumir o tema da segurança com um dos vetores principais do seu dia a dia para minimizar e antecipar potenciais prejuízos juntos dos
seus ativos.
Como soluções, a Prosegur apresenta produtos e serviços de intrusão com e sem
imagem, botão de pânico para ativação em lojas e empresas, soluções de
deteção e extinção de incêndio, controle de acessos de pessoas, patrulhas de
intervenção rápida que realizam respostas a eventos de alarme e rondas programadas em rede de lojas, armazéns ou instalações de maior dimensão, serviços
de transporte de valores para clientes em setores financeiros e não financeiros
e sistemas de deteção por névoa opaca que limita a visibilidade em segundos.
Apresentamos soluções desde os 300 euros de instalação com uma mensalidade a partir dos 25 euros, para que possa estar ligado 24 horas por dia, 365
dias por ano à Central de Segurança da Prosegur. Esta central hoje em dia gere
mais
de
50 000 alarmes/clientes todos os dias o que nos confere uma grande maturidade e experiencia no tratamento de eventos de alarme e situações de emergência. Somo claramente o parceiro mais completo e competitivo para soluções de
segurança destinadas ao comércio e às PME.
A Prosegur tem já atualmente, na sua carteira de clientes, gestores de topo e
empresários que contratam serviços de segurança de acompanhamento e defesa pessoal, tanto para o próprio como para as suas famílias e casas.
Qual deve ser a abordagem de uma
empresa à componente proteção de
dados?
As empresas estão cada vez mais atentas à proteção de dados. Numa fase inicial, a principal preocupação consistiu
em garantir a salvaguarda dos dados
vitais (por exemplo, com soluções de
“backup”), mas com o passar do tempo,
as empresas começaram a focar-se
num tipo de proteção de dados mais
lata. É de salientar que os dados transacionados nas empresas são representativos das suas decisões estratégicas,
da sua saúde financeira, etc. Nesse sentido, cada vez mais as empresas preocupam-se em evitar a exposição deste
tipo de informação ou mesmo a sua
fuga.
Por outro lado, o fator mobilidade veio
colocar ainda mais em alerta as empresas, pois isto significa que não basta
garantir a segurança dentro de portas,
porque a informação sai para fora da
organização, representando um risco
superior. Hoje em dia assistimos ao fenómeno “webtização” de processos, ou
seja, temos sistemas informáticos cada
vez mais móveis, disponibilizados em
ambientes web ou dispositivos portáteis, colocando assim um desafio acrescido às empresas. Neste contexto, não
basta garantir a proteção dos seus dados, mas também de dados de terceiros, o que representa uma enorme
pressão sobre os sistemas de informação que têm de ser capazes de proteger eficazmente os dados transacionados.
Em suma, a abordagem das empresas
deverá ser apostar na implementação
de soluções complementares de segurança, como por exemplo firewall, filtros de conteúdos web e aplicacionais,
criação de VPN e, sobretudo, de segurança por identidade.
Qual o nível de proteção máximo que
uma empresa pode obter da informática?
O nível de proteção que uma empresa
pode obter depende sempre da sua capacidade de investimento. No entanto,
até há bem pouco tempo, determinadas
soluções de segurança estavam fora do
alcance de grande parte das pequenas
e médias empresas portuguesas (PME),
mas esse paradigma mudou. Com os fenómenos da “cloud” e da virtualização,
hoje em dia, já se conseguem alavancar
soluções de segurança a valores muito
interessantes e acessíveis às várias
PME, sendo o portfólio de produtos da
Alvo um exemplo disso.
Do vosso portefólio de soluções, quais
estão particularmente vocacionadas
para as micro e pequenas e médias
empresas numa óptica de aumento da
segurança e protecção de dados?
A Alvo é uma empresa que tem como
principal mercado as PME. Nesse sentido, o nosso portfólio de segurança está
repleto de soluções vocacionadas para
este tipo de empresas. Como exemplo,
podemos referir as soluções de web security e email security, que nos permitem oferecer uma solução hibrida de
proteção de dados e filtro de conteúdos
baseada exclusivamente na cloud e sem
necessidade de aquisição de equipamentos. Esta solução tem-se revelado
inovadora e eficaz para as PME, que
conseguem alcançar níveis de segurança que julgavam inacessíveis. Uma das
vantagens desta solução é o controlo
ser efetuado na nuvem, e não num
servidor local, ficando os dispositivos
móveis protegidos e monitorizados permanentemente.
Para além de soluções de web security
e e mail security (que filtram os conteúdos de entrada e saída na web e no
email, isolando as redes empresariais
de ameaças, mantendo a largura de
banda e a produtividade dos colaboradores), o nosso portfólio contempla
produtos como: soluções de backup
(local e na “cloud”), monitorização de
redes, antivírus, firewall, etc. Todas estas soluções estão vocacionadas para
micro e pequenas e médias empresas.
PMEnews
www.oje.pt
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
XI
PUB
As soluções de videovigilância
e monitorização remota da NISCAYAH
Como não há custos de vigilância humana, estas soluções
são mais em conta, justifica João Jorge, Strategic
marketing & business development da empresa
“Definimo-nos como interlocutor único nos temas de segurança e uma
verdadeira empresa global que age
localmente, junto do cliente estabelecendo uma relação duradoura de plena parceria num tema tão importante
como a segurança de pessoas, instalações, activos e informação”, sublinha João Jorge, Strategic marketing &
business development da empresa.
A Niscayah integra a divisão Stanley
Security Solutions (SSS), do grupo
Stanley Black & Decker. Presente no
mercado português desde 1976,
cobre todo o território nacional, empregando 190 profissionais, distribuídos por seis centros operacionais:
Lisboa, Porto, Coimbra, Algarve, Madeira e Açores.
A empresa oferece “soluções inovadoras, tecnologicamente avançadas e
completamente independentes dos
produtos que integra” e está organizada em três grandes áreas de negócio especializadas: Banca, key Accounts (incluindo os segmentos de infraestruturas, indústria, cadeias de
retalho e gasolineiras) e SME - Small
Medium Enterprises (incluindo empresas de âmbito regional e PME).
“Apresentamo-nos às PME como um
verdadeiro parceiro que colabora na
solução global da segurança do seu
negócio, atentos ao facto de estarem
inseridas num mercado cada vez mais
global, dinâmico e em constante mudança, com riscos cada vez mais diversificados, alargados e imprevisíveis em termos de segurança”, salienta João Jorge.
Segundo explica o gestor, a NISCAYAH instala, assiste e gere sistemas de
videovigilância “robustos, fiáveis e
com a melhor relação custo/benefício”, complementados por uma Central de Monitorização e Videovigilância (CMV) “dedicada”, permitindo aos
clientes “uma monitorização remota
dos sistemas e a coordenação de intervenções com as autoridades competentes”.
Numa óptica de aumento da segurança a baixo custo as soluções de videovigilância e monitorização remota
são a solução ideal, assegura João
Jorge, na medida em que, justifica:
“permitem substanciais reduções de
custo ao reduzir/eliminar os elevados
custos de vigilância humana, permitindo, por exemplo, reduzir turnos,
alocar recursos humanos para outras
funções, automatizar serviços de portaria, entre outras soluções”.
A empresa acompanha o cliente desde a instalação, assistência, gestão do
sistema e actualização tecnológica,
garantindo, segundo João Jorge, “a
tranquilidade e paz de espírito ao
cliente que se pode concentrar no
mais importante – o seu negócio”.
Pontos fortes da Niscayah, segundo o
Strategic marketing & business development da empresa:
• Sistemas de segurança fiáveis e de
vanguarda tecnológica, permitindo a
redução de roubos e acidentes;
• Independência dos produtos e
marcas que integram a solução;
• Central de Monitorização e
Videovigilância (CMV) dedicada;
• Monitorização remota dos sistemas e coordenação de intervenções
com as autoridades competentes;
• Informação personalizada de
incidências e estatísticas para a
optimização e gestão do negócio;
• Integração dos meios técnicos e
humanos para uma qualidade de
serviço irrepreensível;
• Definição conjunta com cada
cliente de uma verdadeira estratégia
de segurança;
• Assistência técnica permanente
(quer sejam sistemas novos, ou existentes);
• Contrato de prestação de serviços
com uma excelente relação
custo/benefício.
• Interlocutor especializado;
• Proximidade com o cliente;
• Cobertura em todo o território
nacional (continente e ilhas);
• Experiência nacional e internacional;
• Soluções ligadas ao “core business” do cliente, adaptadas localmente à sua realidade;
• Monitorização e melhoria na aplicação de procedimentos operacionais;
• Análise exaustiva e detalhada das
instalações e avaliação do risco;
• Concepção e dimensionamento das
soluções de segurança (sistemas de
intrusão, videovigilância, controlo de
acessos, sistemas automáticos de
deteção de incêndio) adaptados à
especificidade do seu negócio;
• Integração dos sistemas instalados;
XII
PMEnews
SEXTA-FEIRA
1 de junho de 2012
www.oje.pt
CLÁUDIA RIBAU, DIRETORA DE MARKETING DA HELIFLEX
“A ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO
FOCALIZA-SE NO CRESCIMENTO E EXPANSÃO”
Esta PME portuguesa especializada no fabrico de tubos e mangueiras conta com 5 filiais
no estrangeiro e vende os seus produtos em 39 mercados dos cinco continentes, nos quais
faz 53,9% da sua faturação. Por Almerinda Romeira
D
urante 37 anos, a Heliflex
pertenceu a um grupo
multinacional, A.G. Petzetakis S.A. (detentora desde
setembro de 1969 a fevereiro de
2007, de 51% do capital social da
Heliflex), pelo que a cultura internacional fez--se logo sentir desde o seu
nascimento. As regras de organização dos espaços internacionais impuseram limites à internacionalização da empresa, dado que o grupo
detinha fábricas e delegações/parcerias em vários países.
nia, Suíça, Croácia, Eslovénia, Moldávia, Itália, Dinamarca, Finlândia,
Chipre, Grécia, Alemanha, Suécia,
Espanha, Grã-Bretanha, Portugal),
África (Angola, Moçambique, Cabo
Verde, S. Tomé e Príncipe, Marrocos,
Argélia, Tunísia, Gana, Maurícias,
Senegal), América (Brasil, Chile, Venezuela, Peru) e Ásia (Israel, Rússia,
Irão, China), o que perfaz 39 países.
Quais são as linhas orientadoras
da vossa estratégia?
A estratégia de internacionalização
bos, mangueiras e sistemas de rega.
Desde quando e porque razão figura Moçambique no mapa de internacionalização da Heliflex?
Em Moçambique, especificamente,
iniciámos a venda dos nossos produtos com clientes que distribuíam os
tubos e mangueiras naquela região
sem exclusividade, contactos feitos,
na sua maioria, através da FACIM
(historicamente a Heliflex foi sempre uma das empresas presentes ao
longo de todos estes anos nesta fei-
dustrial), Maputo. Moçambique não
é, portanto, um mercado recente na
Heliflex, mas que se pretende estimular com a filial, que apareceu no
ano em que a Heliflex (sede) comemorou o seu 40.º aniversário
Aquando da passagem da Heliflex
para capital 100% português (em fevereiro de 2007), a aposta na internacionalização ficou claramente
marcada, já que todos os países se
tornaram potencialmente recetores
dos produtos da Heliflex.
Qual foi o caminho escolhido para
a internacionalização?
A cultura de abertura (com o grupo
multinacional) a outros mercados,
que não unicamente o mercado doméstico (português), a visão dos então administradores, não só com vista ao crescimento e ao óbvio lucro,
bem como a extensão do ciclo de vida dos produtos (em declínio nuns
mercados e em outros em crescimento) foram as principais razões
que estiveram na origem da internacionalização da Heliflex. A especialização em produtos técnicos, para
segmentos específicos que não se
encontram facilmente no mercado
doméstico, e a sua busca em mercados externos, estiveram também na
origem da internacionalização da
Heliflex, o que justifica outra razão
ainda: a pequenez do mercado doméstico.
Onde arrancou o processo?
O início da internacionalização da
Heliflex, com exceção dos negócios
estabelecidos intercompanies, deuse com Espanha e Marrocos, países
mais próximos geograficamente. Logo de seguida os PALOP. Atualmente, a Heliflex atua em vários mercados a nível internacional, nos quatro
dos cinco continentes existentes:
Europa (França, Holanda, Irlanda,
Hungria, Bulgária, Polónia, Romé-
da Helif lex focaliza-se no crescimento e expansão, o que passa pela
criação de filiais com investimento
misto (quer comercial, quer industrial); parcerias com clientes (não
com contratos de exclusividade formais, mas com claro respeito por
ra). Contudo, em agosto de 2009,
inauguração formal feita na FACIM,
inicia a nossa filial Heliflex Moçambique.
A criação desta filial, tal como as
restantes, vem reforçar o processo
de crescimento e internacionalização da Heliflex em mercados em
expansão, sublinhando a qualidade
de serviço que a Heliflex quer ver
refletida na disponibilidade imediata do produto e proximidade com o
áreas geográficas de exploração comercial); representantes que detém
o controlo do canal de distribuição e
das especificidades do país, funcionando como comissionistas.
Quais são os vossos trunfos enquanto empresa que além de exportadora opera com estrutura
física em vários países?
A flexibilidade de adaptação, a capacidade produtiva aliada ao saber fazer de mais de 40 anos e as competências técnicas, o que nos permite
oferecer ao mercado uma gama
alargada de soluções na área dos tu-
cliente e consumidor/utilizador final.
A Heliflex Moçambique é de capital 100% português, da Heliflex Tubos e Mangueiras, S.A., com armazém localizado junto do Estádio de
Maxaquene, em Machava (zona in-
Em que medida Moçambique é um
mercado estratégico para o grupo
Heliflex?
Moçambique posiciona-se em franco
desenvolvimento, sobretudo com
um setor agrícola atrativo e um setor da construção em crescimento.
Podemos apontar outros atrativos
deste país: facilidade na língua, boas
relações diplomáticas entre os dois
países, não existe muita burocracia,
as infraestruturas viárias são razoáveis, a rede de transporte nomeadamente aérea entre as várias capitais
das províncias apresenta-se boa, a
forte presença da banca portuguesa
em Moçambique. O crescimento
constante do país e da economia
moçambicana, bem como a sensibilidade do mercado cada vez maior a
produtos de qualidade constituem
os fatores mais marcante e caracterizadores da nossa experiência de
internacionalização em Moçambique, refletindo as principais diferenças que notamos face a outros
mercados onde operamos.
Com uma empresa a atuar diretamente em Moçambique, o que representa este país no volume de faturação da casa mãe Heliflex?
Qual é a evolução prevista para
2012?
O peso da faturação da Heliflex Moçambique, comparativamente com
o volume total de vendas da Heliflex, tem evoluído em média cerca
de 2% desde 2007. Relativamente ao
volume de vendas para os PALOP, a
Heliflex Moçambique posiciona-se
com 36% em 2011, sendo que desde
2007 a 2011 tem evoluído em média
cerca de 22%. Face ao peso total do
volume de exportação da Heliflex, a
Helifex Moçambique representou,
em 2011, cerca de 6%.
Quais são os pontos fortes e os
pontos fracos do mercado Moçam-
bicano que vos mereceram maior
atenção?
Moçambique é um mercado que,
apesar de evoluído, ainda tem muitas potencialidades a explorar. Apesar de ainda dar muita importância
ao fator preço, já se começa a verificar a tendência para valorizar os
produtos de qualidade em detrimento do preço. O facto de estarmos
presentes fisicamente naquele mercado dá-nos a hipótese de responder
com um serviço presencial, também
ele valorizado e rápido, uma vez que
temos, em Moçambique, disponível
toda a nossa gama de produtos (em
armazém).
Quais são as perspetivas de desenvolvimento do vosso negócio em
Moçambique?
Em termos de perspetiva, aevolução
do nosso negócio no mercado moçambicano passa por um acompanhamento, consolidação, crescimento, conquista de novos clientes
e introdução de novos produtos são
em termos genéricos a nossa postura presente e futura.
Este investimento serve apenas
Moçambique ou funciona como
rampa de lançamento para algum
país vizinho?
Neste momento, apenas serve o
mercado moçambicano. Aliás, a
África do Sul é considerado um país
que representa uma forte concorrência em Moçambique.
BI
Heliflex Tubos e Mangueiras, S.A.
(sede: Portugal)
Constituição: 1 de setembro de 1969
Faturação em 2011: cerca de
11 700 000,00€
Faturação no estrangeiro: cerca de
53,9% do valor total de facturação
(em 2011)
N.º de empregados (média em 2011 Heliflex sede): 110
Filiais: Heliflex Maroc, Heliflex
Mozambique, Heliflex Angola,
Heliflex Brasil, Heliflex Sud America
Site: www.heliflex.pt
Download

meiostec responde à crise com entrada nos palop