PMEnews 1 DE JUNHO DE 2012 AS SOLUÇÕES DA PROSEGUR, ALVO E NISCAYAH Pág. 10 e 11 Foto OJE/Victor Machado ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DOS JORNAIS OJE, O MIRANTE E VIDA ECONÓMICA Segurança Os gestores Luís Pereira e João Feio MEIOSTEC RESPONDE À CRISE COM ENTRADA NOS PALOP ▲ TI POR ALMERINDA ROMEIRA A TECNOLÓGICA portuguesa MeiosTec respondeu ao desencadear da crise de 2008 com uma estratégia de internacionalização, que, numa primeira fase, está a privilegiar os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), com Angola à cabeça. “Relativamente a Angola, o objetivo é que venha a representar um valor bem superior a 50% do volume de faturação da MeiosTec”, revelou, ao PME NEWS, o administrador da empresa, Luís Pereira. No âmbito da estratégia de internacionalização definida para o triénio 2011-2013, a atual administração comprometeu-se com os acionistas e parceiros a “atingir uma meta de faturação para além dos 5 milhões de euros”. Em 2011, a empresa faturou metade desse valor, estimando já este ano chegar aos 3 milhões. A MeiosTec iniciou o seu processo de internacionalização através do estabelecimento de parcerias com empresas que operam nos mercados dos países de língua oficial portuguesa. A primeira aproximação foi ao mercado de Cabo Verde em 2010 e alargada ao mercado de Angola em 2011. Neste último mercado, através de um projeto no Banco Sol, a tecnológica fez já 30% dos 2,5 milhões de euros de volume de negócios obtido no ano passado. A estratégia que a MeiosTec seguiu para esta abordagem foi a mesma utilizada no mercado interno. “Privilegiamos as parcerias com outros players bem como com os nossos clientes. Procuramos acrescentar valor para os nossos clientes através dos projetos que implementamos”, explicou Luís Pereira. O gestor adiantou que a empresa “não só vai continuar neste mercado” como “irá tornar a sua presença mais marcante através do reforço das parcerias existentes, bem como através de novas parcerias que estão a ser negociadas de forma a alargar a oferta de produtos e serviços no mercado angolano e nos países de língua oficial portuguesa”. O normal desenvolvimento dos negócios e o aumento da competitividade dos produtos e serviços comercializados pela MeiosTec poderá vir a ditar o reforço da sua presença, através da abertura de um espaço físico, em algum ou alguns dos mercados referidos. Luís Pereira adianta: “Quando, na nossa estratégia, apontamos para o reforço das parcerias existentes e para a procura de novas parcerias, está implícito que, em algum momento, se possa transformar numa presença efetiva não só no mercado de Angola como em qualquer um dos outros considerados como alvos”. Fundada em 1997 por acionistas privados e com ligações a um grupo que opera no mercado das TI, a MeiosTec responde às necessidades do mercado no âmbito das infraestruturas de comunicações (redes elétricas de tensão de serviço até 60 Kv redes estruturadas, etc.), data centers, gestão de conteúdos com soluções vocacionadas para hóteis e hospitais, e gravação digital de áudio e vídeo. BI Constituição: 2008 Faturação: 2011: 2,1 milhões de euros 2012 (previsão): 3 milhões de euros Empregos criados: 60 ATUALIDADE ENTREVISTA HELIFLEX Financiamento à inovação e nova linha de crédito para exportadoras Pág. 4 Paulo Nunes de Almeida:a formação é uma prioridade para AEP Pág. 6 e 7 Tem 5 filiais, vende em 39 países e faz 53,9% do negócio no estrangeiro Pág. 12 Saiba mais em www.oje.pt II PMEnews SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 Portic apoia ida de tecnológicas à Suécia INTERNACIONALIZAÇÃO A PORTIC, “think thank” para a internacionalização das empresas portuguesas de base tecnológica, está a promover o evento de brokerage tecnológico que se vai realizar dias 25 e 26 de junho, nas cidades suecas de Malmo e Lund. As empresas poderão, mediante inscrição e posterior seleção pelos suecos, ter a possibilidade de realizar um “technology pitch” (apresentações de dez minutos com foco na tecnologia, produto e/ou solução que revelem elevada intensidade de I&D associada) a grandes empresas que operam no mercado sueco. Refira-se que, entre estas empresas, contam-se a LG, Sony, RIM (Research In Mo- tion), ST Ericsson, TeliaSonera, Huawei e HTC. O objetivo, explica a Portic, “será o estabelecimento de negócio e/ou a criação de parcerias futuras com estas grandes empresas”. A Portic explica que, ao efetuarem o registo (http://cluster55.org/C55BEJUNE/), as tecnológicas portuguesas terão de selecionar a opção de membro da Portic de forma a não terem custos de inscrição, que ficam, assim, limitados aos associados às viagens e estadias dos seus elementos, que ficam por conta das próprias. Criada em março de 2010, a Portic visa contribuir para o aumento das exportações portuguesas para mercados de alto potencial, como o Norte da Europa e países emergentes da América Latina e Ásia. EZ Trade abre escritório no Funchal www.oje.pt ANETIE PROMOVE CONCURSO DE IDEIAS TI EMPREENDEDORISMO DECORRE até 30 de junho o período para entrega de candidaturas ao concurso ANETIE de Ideias TI Potencialmente Empreendedoras, promovido pela Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Eletrónica, no âmbito do seu Programa Empreendedorismo Tecnológico. O concurso da ANETIE destina-se preferencialmente a jovens universitários do Norte e Centro do país, bem como a pessoas coletivas recentemente constituídas e sem atividade significativa. A intenção, explica esta associação empresarial, é “fomentar o empreendedorismo junto dos estudantes universitários, disponibilizando informação e formação essenciais para o arranque de um projeto empresarial”. Pretende-se, para além disso, “avaliar, apoiar e acompanhar boas ideias de negócio e, por fim, premiar as mais inovadoras e diferenciadoras”. As ideias empreendedoras subme- tidas a concurso devem proporcionar o desenvolvimento de produtos e serviços de base tecnológica, orientados para reais necessidades de mercado nas áreas temáticas de intervenção; incorporar uma inovação tecnológica claramente definida ou uma tecnologia que, embora já existindo, possa ter um campo de aplicação diferente do atual; demonstrar a capacidade do promotor em implementar o projeto apresentado; revelar a intenção de implementar o projeto; evidenciar indicadores de sustentabilidade económico-financeira do projeto e apresentar ideias originais Para participarem na iniciativa da ANETIE, os interessados devem preencher um impresso de candidatura, disponível no sítio da associação na Internet. As candidaturas serão depois avaliadas por um painel de especialistas na área do empreendedorismo tecnológico. A ANETIE integra cerca de 100 empresas, responsáveis por um volume de negócios na cerca de 1500 milhões de euros e 8000 empregos. INOVAÇÃO: Cientistas da UA revolucionam armazenamento de hidrogénio A EZ Trade Center, marca especializada no apoio às empresas na redução de custos, abriu, este mês, uma nova unidade, desta vez no Funchal, Região Autónoma da Madeira. A unidade, liderada por Antonieta Almeida, pretende apresentar, ao mercado madeirense, um novo serviço especialmente dedicado ao aumento da competitividade empresarial. De acordo com a partner da unidade do Funchal, o objetivo é oferecer aos clientes a possibilidade de “otimizarem os seus custos operacionais, através de uma equipa com ‘expertise’ nessa área, que fará o ‘follow up’ das diversas rubricas de despesas, com o objetivo de assegurar a sua correta implementação, sem qualquer custo adicional”. TI Fundos para PME de Lisboa e Algarve REVITALIZAÇÃO Especialistas em inovação vão aconselhar governo CNEI DÁ PELO nome de nanocompósito de grafeno-zeolite com níquel e foi desenvolvido no Centro de Tecnologia Mecânica e Automação do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro (UA) por uma equipa liderada pela cientista Elby Titus (na foto). Este compósito permite um maior armazenamento de hidrogénio e, por isso, uma melhor performance dos veículos. Foto DR Candidaturas ao QREN avançam em junho REPROGRAMAÇÃO A CISCO anunciou o lançamento do Partner Plus, um programa direcionado para clientes PME. Os parceiros que irão integrar este programa terão, explica a tecnológica, “acrescida preferência, investimento e apoio sob a forma de aceleradores de negócios, tais como maiores incentivos, apoio técnico, marketing e geração de oportunidades, capacitação de vendas e ‘customer intelligence’”. PRÉMIO O PRÉMIO Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa registou um número recorde de candidaturas (141) dos cinco continentes, revelou a COTEC Portugal, promotora da iniciativa. À distinção (que pretende celebrar os portugueses que, pela sua “capacidade empreendedora e inovadora”, se notabilizaram fora de Portugal nas suas atividades), candidataram-se 141 empreendedores, dos cinco continentes. Os candidatos são oriundos de 34 países, entre os quais os EUA (26), Brasil (21), França (16) e Reino Unido (8). Pela primeira vez, há candidatos candidatos portugueses provindos do Chile, Timor-Leste, Hungria, Malawi e Israel. O EXECUTIVO está a analisar a possibilidade de dedicar fundos do QREN para as PME de Lisboa e do Algarve, atendendo à situação específica em que estas regiões se encontram, adiantou a imprensa económica, citando o secretário de Estado adjunto da Economia, Almeida Henriques. São três os fundos regionais de revitalização para PME no valor de 90 milhões de euros (40 milhões do Feder para o Norte, 40 milhões para o Centro e 10 milhões para o Alentejo). FRANCHISING Cisco lança Partner Plus para PME Empreendedores da diáspora batem recorde O PRESIDENTE da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) admitiu, esta semana, à Lusa, que a revisão das candidaturas a fundos do QREN - aprovadas, mas, entretanto, suspensas - está concluída e serão despachadas a partir de junho. “O trabalho de casa, a avaliação [das candidaturas], foi toda feita, os elementos entregues e já estão a ser avaliadas pela secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional”, garantiu Duarte Vieira. Em causa estão candidaturas ao programa ON.2, no valor de vários milhões de euros, que, embora aprovadas desde 2011, estão, segundo a CCDR-N, “suspensas até à conclusão da reprogramação estratégica do QREN”. “Todos os casos irão ter resposta rapidamente, em função dessa análise mais fina que foi feita. Até ao fi- nal da primeira quinzena de junho, teremos novidades e todos os promotores serão avisados das suas situações em concreto”, garantiu o líder da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Ainda assim, Duarte Vieira reconhece que este processo e o consequente congelamento na atribuição dos fundos comunitários gerou uma “preocupação grande” nos promotores, alguns dos quais já com obras adjudicadas. O GOVERNO criou o Conselho Nacional para o Empreendedorismo e a Inovação (CNEI), cuja missão é aconselhar o Executivo “em matérias relacionadas com a política nacional para o empreendedorismo e para a inovação, competindo-lhe, em particular, a definição das áreas e dos setores prioritários no âmbito destas políticas, bem como a articulação transversal e interministerial nas áreas da inovação, do empreendedorismo e da investigação aplicada em matérias de política nacional de empreendedorismo e inovação. Liderado pelo Primeiro-Ministro, o órgão é constituído por 15 empreendedores e especialistas na matéria, entre os quais Miguel Pina Martins (Aqua F.), Luís Portela (Bial), Marçal Grilo (Gul benkian), Rui Paiva (Sonaecom), Leonor Beleza (Fundação Champalimaud), Emídio Gomes (Pró--Reitor da Universidade do Porto) e Francisco Veloso (professor da Universidade Católica). Ficha Técnica O Suplemento faz parte integrante dos jornais OJE, O Mirante e Vida Económica Director Guilherme Borba Editora-executiva Helena Rua Redacção Almerinda Romeira e Vítor Norinha Fotografia Victor Machado Gestores de Contaas Alexandra Pinto – 217922096 Isabel Silva – 217 922 094 Arte Carlos Hipólito Marta Simões Director comercial João Pereira – 217 922 088 [email protected] Tiragem total 81 000 exemplares www.oje.pt PUBLICIDADE SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 III IV PMEnews SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 www.oje.pt FINANCIAMENTO À INOVAÇÃO Nuno Nazaré, Consulting Diretor da Alma Consulting Group, analisa o SIFIDE e explica como é que o programa ganha, além de menor burocracia, uma nova mais-valia face ao QREN, com o acesso mais imediato aos incentivos aprovados C om a aprovação do Orçamento de Estado para 2012, instituído pela Lei nº 64B/2011 de 30 de dezembro, entraram em vigor novas regras que condicionam o acesso ao SIFIDE por parte das empresas. A principal alteração prende-se com a limitação do período de candidaturas a este incentivo fiscal, que a partir de 2012, terão de ser apresentadas até ao final do mês de julho do ano seguinte àquele em que decorreu o investimento em projetos de I&D. Esta alteração vem colocar uma maior pressão nas empresas, que terão de ter uma maior agilidade e capacidade de organização para conseguirem apresentar a candidatura atempadamente, tarefa que ficará facilitada com o recurso a uma consultora especializada, aumentando também a expectativa quanto ao valor de incentivo conseguido. Foi ainda aprovada uma disposição transitória que define que todas as empresas terão uma última oportunidade para, até final de julho de 2012, apresentarem candidaturas referentes a projetos de I&D que foram realizados em anos anteriores, podendo assim reaver parte do investimento realizado. As empresas têm, portanto, pou- cos meses para ultimarem as candidaturas relativas a investimentos de I&D realizados nesse período, tarefa particularmente hercúlea para empresas com investimentos em vários Todas as empresas que realizaram projetos de I&D terão uma última oportunidade até final de julho de 2012 anos, ainda sem candidaturas apresentadas. Como tal, é muito importante que as empresas, para que não percam a oportunidade de reaver a parte desses investimentos a que têm direito, não desperdicem mais tempo e realizem todas as diligências necessárias para que as candidaturas sejam apresentadas dentro do período definido. Diligências essas que serão bem menores, no caso de contarem com o apoio de uma consultora. No entanto, foram recentemente anunciadas algumas medidas suplementares, face ao disposto no Orça- mento de Estado para 2012, com um teor mais otimista para as empresas que se candidatem ao SIFIDE. Para além da pressão colocada nas empresas para que o processo de apresentação de candidatura seja mais célere, é colocada igual ênfase numa maior rapidez na avaliação das mesmas por parte da Agência de Inova- ção (ADI), estabelecendo “deadlines” ambiciosos. De facto, o Despacho n.º 4488/2012 do Ministério da Economia e do Emprego vem definir que a ADI tem de apresentar os seus pedidos de esclarecimento e de informações adicionais até 15 dias depois de receber a candidatura, estabelecendo um pra- zo até ao máximo de 20 dias para que a empresa responda ao solicitado. A ADI contará ainda com um prazo de 30 dias para avaliar as candidaturas e tomar uma decisão, exceto em processos mais complexos, casos em que esse prazo passará a ser de 90 dias. Este prazo será suspenso no período compreendido entre a solicitação de um pedido de esclarecimento e a satisfação do mesmo, sendo retomado após a obtenção de resposta. No entanto, sensível ao afluxo excecional de candidaturas que ocorrerá este ano, resultado de definido no regime transitório, o Governo define que em 2012, excecionalmente, o prazo para pedidos de esclarecimentos será de 40 dias e que as decisões deverão ser tomadas pela ADI num prazo de 90 dias, independentemente da complexidade do processo. Estas medidas vêm impor uma maior disciplina no processo de candidatura ao SIFIDE, mas também a promessa de que as empresas receberão os resultados das candidaturas apresentadas com maior rapidez relativamente ao passado. Para além da menor burocracia, o SIFIDE ganha, assim, uma nova mais-valia face ao QREN, com um acesso mais imediato aos incentivos aprovados. Portugal tem vantagens competitivas Crédito a exportadoras cresce 1,8% no 1.º trimestre na captação de investimento americano O CRÉDITO concedido pela banca portuguesa às empresas exportadoras cresceu no primeiro trimestre do ano, interrompendo a quebra registada desde o segundo trimestre de 2011, segundo dados do Banco de Portugal (BdP). De acordo com o boletim estatístico do BdP, o crédito concedido pela banca portguesa às empresas exportadoras atingiu os 14 588 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, um aumento de 1,8% face a igual período do ano passado. Em relação aos últimos três meses do ano passado, o crédito concedido aumentou 977 milhões de euros. O crédito às empresas exportadoras vinha a registar quebras em cadeia (face ao trimestre anterior) desde o segundo trimestre do ano passado (14 154 milhões de euros), mas inverteu essa tendência nos primeiO INVESTIMENTO norte-americano em Portugal é ainda insignificante e a balança comercial já conheceu melhores anos. José Joaquim Oliveira, presidente da Câmara de Comércio Americana em Portugal (AmCham Portugal), instituição que este ano celebra 60 anos, reconhece que, nos últimos anos, se notou uma deslocação de alguns centros de decisão de empresas americanas para Espanha, “passando estas a ter uma perspetiva e um olhar ibérico”, mas aponta uma inversão do sentido: Portugal apresenta vantagens competitivas na captação de investimento americano em algumas áreas, nomeadamente na abertura de “call centers” de serviços partilhados (Shared Services Centers). “O facto de Portugal apresentar recursos humanos com excelente formação em línguas e técnicos especializados em tecnologias da informação, bem como deter boas infraestruturas tecnológicas, tem feito com que empresas americanas tenham optado por Portugal, em detrimento de outros países, para a instalação de Shared Services Centers”, explica. No que diz respeito ao investimento português nos EUA, José Joaquim Oliveira defende que existem diversos setores com forte potencial, caso da biotecnologia. “Houve grandes investimentos de empresas portuguesas nos EUA, casos bem conhecidos como a EDP, a Brisa, a Martifer e a Hovione, e é ainda de assinalar que o cluster português de biotecnologia tem muito interesse para as farmacêuticas norte americanas”, acrescenta. Segundo o mesmo responsável, Portugal tem uma posição geográfica privilegiada para o aproveitamento das rotas comerciais transatlânticas, podendo a língua e os fatores culturais ser uma mais-valia para as relações dos EUA com os Países de Língua Oficial Portuguesa. “Há que saber aproveitar as vantagens do nosso país e fazer delas uma porta de entrada para empresas americanas que queiram instalar-se não só em Portugal como em Países de Língua Oficial Portuguesa, como Angola, Moçambique e Brasil”, sublinha. ros três meses deste ano. O total de empréstimos concedidos no primeiro trimestre deste ano ascendeu a 113 461 milhões de euros, menos 4,9% face a igual período de 2011. Linha de 250 milhões da Caixa Agrícola Montepio abre centro de empresas disponível até 31 de dezembro O CRÉDITO Agrícola (CA) disponibiliza 250 milhões de euros numa linha de crédito, que se destina ao financiamento da atividade exportadora e poderá ser utilizada até 31 de dezembro deste ano. Com um limite mínimo de 10 mil euros por operação, um prazo limite de 18 meses e uma taxa de juro variável, indexada à Euribor do período de referência de pagamento de juros e acrescida de um spread que varia entre 3,5% e 6%, que podem ser pagos trimestral ou semestralmente, esta linha de crédito destinase exclusivamente a empresas exportadoras. A campanha CA Apoio à Exportação, lançada este mês, inclui ainda um vasto conjunto de soluções de apoio ao comércio internacional, nomeadamente produtos de “trade finance” (remessas e créditos documentários, financiamentos de operações com o exterior, garantias e ava- em Torres Vedras les bancários) e serviços de pagamentos e recebimentos (transferências internacionais, débitos diretos, cheques sobre o estrangeiro) e ainda apoio especializado, cobertura de risco cambial e linhas de crédito protocoladas. O MONTEPIO inaugurou, durante o mês de maio, o primeiro Centro de Empresas em Torres Vedras, com o objetivo de garantir um atendimento especializado e de qualidade aos seus clientes empresa. Direcionado para a análise e gestão do património financeiro das empresas, o Centro de Empresas do Montepio oferece um leque alargado de soluções para as empresas e negócios que inclui gestão de tesouraria, financiamento, aplicações financeiras e proteção, entre outras. A instituição acrescenta, em comunicado, que, até ao final deste ano, está prevista a abertura de outros Centros de Empresa no território nacional. www.oje.pt PUBLICIDADE SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 V VI PMEnews SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 www.oje.pt “PRECISAMOS DE FAZER DE FORMAÇÃO E QUALIFIC Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal coloca a qualificação dos empresários e quadros das empresas no topo das prioridades, vinca a necessidade de Portugal continuar a diversificar mercados de exportação e faz o balanço de “Compro o que é nosso”, o programa que tem vindo a mobilizar os portugueses para a necessidade de consumirem produtos nacionais. Por Almerinda Romeira Fotos DR O Chile é um mercado muito aberto aos produtos europeus. No ano passado, realizámos uma missão empresarial ao Chile muito positiva. Mas há outros mercados, como a Colômbia e o Peru, com taxas de crescimento consideráveis, e também muito recetivos a produtos europeus. Presentemente, estamos a preparar uma missão empresarial a esses dois países, que decorrerá no segundo semestre. Esta semana, realizaremos um workshop sobre oportunidades de negócio no Peru. Qual é a importância estratégica de Portugal como um investidor em Angola e Moçambique? O investimento direto português, quer em Angola quer em Moçambique, é bastante relevante, e com tendência para aumentar. Da parte do governo desses países, existe abertura e interesse no investimento português, como forma de os ajudar a desenvolver projetos, seja no setor primário, seja na indústria, contribuindo, deste modo, para a redução das importações e para o crescimento do emprego. Portugal, ao investir em Angola e Moçambique, dá provas de que é um país com ”know how” e capacidade de ação. A maioria do investimento nestes países está associada a parcerias bilaterais que, inclusivamente, poderão ser alargadas a outros mercados. A formação constitui um pilar fundamental no sucesso das atuações empresariais em ambos os países. Como vice-presidente da AEP, uma associação empresarial que reúne mais de 2.000 empresas associadas, o que mais o preocupa nestes tempos de crise? A AEP, enquanto entidade representativa do tecido empresarial nacional, está, naturalmente, muito preocupada com a recessão económica que o nosso país está a atravessar, como evidencia a contração real do PIB prevista para este ano, de 3%, segundo as projeções mais recentes, apresentadas no Documento de Estratégia Orçamental 2012-2016 (após a quebra de 1,6% ocorrida em 2011). A redução do nosso Produto continua associado a uma forte redução das variáveis consumo (sobretudo privado) e investimento, face à deterioração do rendimento disponível das famílias (em resultado da aplicação das medidas de austeridade) e à elevada restritividade no acesso ao crédito, que muito condiciona o investimento empresarial. Neste cenário, o crescimento do PIB terá de ser feito pelo lado do aumento das exportações e substituição de importações. A este respeito, penso poder afirmar que os empresários portugueses estão apostados em seguir este caminho! No atual contexto de retração económica dos principais parceiros europeus de Portugal, como é que a AEP olha para o resto do mundo? Desde há longa data que a AEP tem uma preocupação de diversificar mercados de exportação. Por isso, nos seus projetos conjuntos de promoção externa, BOW – Business on the Way, tem considerado, no plano de ação, a abordagem a mercados não tradicionais, nomeadamente o Qatar, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Singapura, Panamá, Chile, Angola, Moçambique, etc. Isto para dizer que estamos atentos ao resto do mundo sobretudo a mercados com crescimento económico e demográfico, bem como com O redimensionamento, a internacionalização e o aumento de produtividade são cruciais para aumentar a competitividade das empresas portuguesas posições estratégicas quer em termos geográficos quer em termos dos grandes projetos nacionais que estão a desenvolver. E como olha, em particular, para os países africanos de língua portuguesa? Os países africanos continuam a ser mercados estratégicos para as empresas portuguesas, quer pelas afini- dades linguísticas quer pelas culturais. Angola continua a ser o nosso primeiro mercado de exportação extracomunitário e o quarto mercado de exportação no ranking mundial. Moçambique está a despertar um grande interesse, sobretudo na perspetiva do investimento, face às descobertas e explorações de carvão e gás natural. No geral, os mercados africanos constituem, ainda, um grande potencial de exportação para as empresas portuguesas, que não está ainda suficientemente explorado. Como avalia o potencial de negócio do Brasil e de países da América Latina, como o Chile? O Brasil é um país com grande potencial, embora com taxas alfandegárias elevadas. As nossas exportações têm crescido para este mercado – sobretudo nos vinhos -, mas há ainda muito espaço para crescer (em volume e na diversificação de produtos). Como se posicionam as empresas vossas associadas no desafio da exportação? As empresas portuguesas já perceberam que o mercado interno está estagnado e, por isso, estão muito recetivas a participar em ações de promoção nos mercados externos. As exportações estão no plano estratégico dos nossos associados e, por isso, todas as atuações que visam o incremento das exportações e a abordagem a novos mercados merecem uma especial atenção. As participações portuguesas nos certames internacionais têm cada vez mais qualidade. Os produtos portugueses são bastantes reconhecidos e competitivos no mercado global. Que iniciativas está a AEP a promover com vista à criação de oportunidades de negócio no estrangeiro? Este ano, o que está previsto nesse sentido? O número de ações de promoção externa implementadas pela AEP – nomeadamente, a participação em PMEnews www.oje.pt SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 VII UM ESFORÇO GRANDE AÇÃO DOS EMPRESÁRIOS” feiras e a realização de missões empresariais - tem crescido anualmente, sempre com uma adesão forte por parte das empresas. Para 2012, prevemos a execução de aproximadamente 40 ações em 30 países, maioritariamente fora da Europa. Numa perspetiva informativa/formativa, a AEP voltará a realizar o Fórum de Internacionalização - este ano em quarta edição -, para o qual convida, habitualmente, “players” de mercados selecionados, que nos vêm transmitir a sua visão do negócio onde estão e dos mercados onde atuam. Paralelamente, têm encontros bilaterais com empresas portuguesas. Para além disso, é uma prática comum da AEP realizar “workshops” temáticos ou sobre os mercados específicos e receber missões comerciais organizadas por organismos congéneres. Seis anos depois de a Associação Empresarial de Portugal ter lançado “Compro o que é nosso”, que balanço faz deste programa? É nossa convição que os objetivos que traçámos para esta iniciativa foram atingidos, já que, com a criação do programa "Compro o que é nosso", contribuímos para a criação de um novo estado de espírito na sociedade portuguesa, através da valorização da produção nacional, da criatividade, do empreendedorismo, do trabalho, do esforço e da determinação. Para além disso, é evidente que este contribuiu decisivamente para elevar a autoestima dos empresários e dos trabalhadores, ao mobilizá-los para produzirem melhor e acreditarem que podem vencer o desafio da globalização. O "Compro o que é nosso" tem como objetivo atingir as 1000 empresas aderentes em 2012, numa representação de 3000 marcas, com uma faturação de 17 milhões de euros Ao longo destes seis anos de existência do "Compro o que é nosso", a AEP desenvolveu múltiplas ações de relações públicas, marketing e publicidade, tendo promovido a imagem de um Portugal moderno, inovador e orientado para o mercado internacional. Ao recair sobre produtos portugueses, a mensagem tem contribuído para dinamizar a economia e criar postos de trabalho e alterou profundamente a perceção e a relação que os portugueses têm com as marcas nacionais. Para melhor? Os portugueses têm vindo a valorizar, cada vez mais, a oferta nacional e a dar importância e valor ao tecido empresarial português, reconhecendo as suas mais-valias na manutenção e criação de emprego e, sobretudo, na criação de riqueza. Estes da- dos têm sido confirmados por estudos de mercado que temos desenvolvido. Podemos também afirmar que as empresas aderentes reconhecem que a utilização da logomarca do “Compro o que é nosso” confere valor acrescido aos seus produtos, contribuindo para o aumento das vendas. A verdade é que o sucesso do “Compro o que é nosso” se reflete na crescente adesão das empresas ao programa. Atualmente, contamos já com 853 empresas aderentes, que representam 2500 marcas e um volume de negócios de 15 mil milhões de euros. Que perspetivas oferece o projeto? Todos sabemos que, historicamente, os portugueses são céticos e pessimistas consigo próprios. Esta cultura existe desde os Descobrimentos, período durante o em qual valorizávamos o que era importado. O programa “Compro o que é nosso” chamou a si o desafio de contribuir para a mudança desta atitude, tendo a consciência de que este é um trabalho que deve ser continuado e que não bastam meia dúzia de campanhas nem meia dúzia de anos para se alcançarem os objetivos pretendidos. O mais importante, e que está presente no nosso trabalho diariamente, é a noção de que não podemos desistir, que temos de nos adaptar constantemente às novas realidades e tendências, e que as gerações mais novas têm um papel fundamental neste esforço. Garantimos que o programa “Compro o que é nosso” continuará a bater-se por fazer chegar a sua mensagem aos portugueses: de que os produtos nacionais vendem porque são produtos que oferecem uma boa qualidade e têm preços competitivos. Na realidade, este facto é já reconhecido internacionalmente em muitos setores de atividade e, como temos podido verificar nas notícias, comprovado pelo crescente aumento das nossas exportações. Sabemos que o redimensionamento, a internacionalização e o aumento de produtividade são cruciais para aumentar a competitividade das empresas portuguesas. Nesse sentido, a AEP vai continuar, através do “Compro o que é nosso”, a realizar campanhas de sensibilização sobre a importância e o peso que o consumo de produtos nacionais têm na estratégica global da economia portuguesa, e de ações que aproximem cada vez mais os portugueses das empresas portuguesas e do que elas produzem. Temos como objetivo atingir as 1000 empresas aderentes em 2012, numa representação de 3000 marcas, com uma faturação de 17 milhões de euros. Como avalia os níveis de formação dos empresários da região? Que contributo está a AEP a dar no sentido de melhorar essa formação? Os mercados competitivos e muito exigentes em que atuam a maioria das empresas impõe aos empresários uma atualização constante das suas próprias competências, bem como dos seus colaboradores. Os níveis médios de formação dos nossos empresários são muito seme- lhantes aos da restante população ativa. Isto quer dizer que precisamos, ainda, de fazer um esforço grande de formação e qualificação dos empresários nos domínios mais relacionados com o bom desempenho das empresas: liderança, mercados nacionais e internacionais, instrumentos para a melhoria da produtividade, ferramentas de gestão e comunicação empresariais. A AEP, para além da sua muita honrosa tradição de qualificação dos empresários e quadros de empresas, lidera, desde há cerca de dois anos, uma rede de entidades que desenvolve a Iniciativa Formação de Empresários orientada para a melhoria de competências de gestão dos empresários das PME, criando condições para a modernização das empresas baseada na inovação e na dinamização dos seus negócios. Qual é a relação atualmente existente entre a AEP e as universidades e politécnicos e as empresas da região? A AEP tem um papel muito ativo na criação de condições para uma melhor ligação entre as universidades e as empresas da região. Tem cumprido essa missão através da realização de projetos conjuntos em temáticas alinhadas com as necessidades das empresas, na participação e colaboração ativa com estruturas de intermediação tecnológica (como o IDIT, o INESC, os centros tecnológicos e outros), no envolvimento das universidades em centros de formação vocacionados para o apoio às empresas, como é o caso do CESAE, em que participam a Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e o Instituto Politécnico do Porto. Para além disso, e só para explicitar mais um exemplo, há cerca de uma década que vimos participando na EGE – Escola de Gestão Empresarial, numa parceria com a Universidade Católica Portuguesa e com a ESADE – Business School de Barcelona, a qual se posiciona em lugar de destaque na formação de executivos. Que papel cabe às associações empresariais no desenvolvimento do território onde estão inseridas? A territorialização das políticas públicas está hoje no centro da agenda e do debate sobre o futuro das políticas e apoios comunitários, nomeadamente na Estratégia Europa 2020. Este reforço da componente territorial das intervenções públicas ou outras, para além de ser um desiderato associativo há muito reivindicado, alimenta hoje uma dinâmica central na atividade que as associações empresariais desenvolvem nas empresas e nas regiões onde estas estão inseridas. É importante uma articulação efetiva dos atores públicos e privados que atuam nos diferentes espaços territoriais, favorecendo dinâmicas de empreendedorismo local e regional, propiciando contextos favoráveis às empresas, corrigindo assimetrias; ou seja, criando ambientes que favoreçam o aparecimento de iniciativas, de oportunidades e de empregos. Como é financiada a atividade da AEP? O financiamento da AEP advém, so- Portugal, ao investir em Angola e Moçambique, dá provas de que é um país com ”know how” e capacidade de ação. A maioria do investimento nestes países está associada a parcerias bilaterais que, inclusivamente, poderão ser alargadas a outros mercados. A formação constitui um pilar fundamental no sucesso das atuações empresariais em ambos os países bretudo, das quotas pagas pelos seus associados e da prestação de serviços de algumas áreas operacionais vocacionadas para o apoio ao desenvolvimento empresarial; nomeadamente, feiras, informação económica, internacionalização, formação e apoio técnico à indústria. Paralelamente, desenvolvemos um conjunto de projetos de interesse para a economia nacional, cofinanciando parte dessas iniciativas através dos sistemas de incentivos enquadrados no QREN. Como prevê a sobrevivência das associações empresariais quando terminar o QREN? A redução dos enormes fluxos financeiros provenientes do QREN só pode ser preocupante na medida em que afetar o estímulo e o desenvolvimento de programas ou iniciativas de fomento do empreendedorismo, de inovação e desenvolvimento, de capacitação tecnológica ou de formação para segmentos desprotegidos da população, e se prejudicar a mobilização de apoios para a internacionalização e a modernização do nosso tecido empresarial. Como o Estado não pode acudir a todas estas necessidades, é importante que a União Europeia continue a assegurar a convergência entre regiões e países, disponibilizando meios financeiros que atenuem as enormes assimetrias ainda existentes e favorecendo, por essa via, um Portugal mais dinâmico e mais competitivo. VIII PMEnews SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 www.oje.pt CRESCER A PENSAR NA CRISE? FILIPE CASTRO SOEIRO* Recupere-se a confiança dos mercados, a saúde das contas públicas e induza-se uma nova cultura de responsabilidade e de credibilidade em direção à consolida- ção orçamental e ao papel de parceiro no contexto Europeu. O programa “Troika” é a “prescrição” para fazer o que Portugal e os seus governantes deveriam ter feito. Reformar para funcionar melhor e atrair investimento estrangeiro, ser mais justo e solidário, e diminuir o nível de endividamento do Estado e do setor privado, que é ainda muito elevado. É preciso conseguir equilíbrio das contas públicas, o desendividamento da banca e o financiamento da economia. Não é preciso consultar uma segunda opinião para perceber que a alteração de paradigma exige mudança de valores, de atitude e de políticas. Só assim haverá recuperação económica, social e cultural. Custe o que custar - mas é possível crescer a pensar na crise? É preciso definir metas e fundar reformas estruturais em vários setores, como, por exemplo, na justiça, na educação, na saúde, na energia, na fiscalidade, nas leis laborais, na afetação dos recursos e nas vantagens competitivas trans- NYSE Euronext, SRS, Banco Carregosa e Deloitte promovem acesso das PME à Bolsa A NYSE Euronext Lisbon, a Sociedade Rebelo de Sousa (SRS) & Advogados Associados, RL, a Deloitte Consultores e o Banco Carregosa celebraram um protocolo de colaboração com o objetivo de promover a admissão à cotação de Pequenas e Médias Empresas (PME) no mercado Alternext. No âmbito do protocolo, foi criada uma equipa única, pluridisciplinar, com valências nas áreas jurídica, financeira e de intermediação financeira. A Sociedade Rebelo de Sousa será responsável pelos aspetos jurídicos, a Deloitte e o Banco Carregosa, quando aplicável, serão responsáveis pelos aspetos contabilísticos e financeiros na preparação da documentação necessária à admissão à negociação no mercado Alternext. O Banco Carregosa desempenhará as funções de intermediário financeiro sempre que, para a admissão à negociação no mercado Alternext, tal venha a revelar-se necessário, designadamente para efeitos da prestação de serviço de assistência a oferta pública. Por outro lado, a bolsa portuguesa colaborará ativamente na disponibi- lização do apoio técnico relacionado com o processo de admissão. Esta parceria tem por objetivo incentivar e apoiar as sociedades a admitir à negociação no Alternext as suas ações, uma oportunidade também para aumentar a sua visibilidade e reputação internacional. As entidades envolvidas no protocolo reconhecem a importância que o mercado de capitais assume “no desenvolvimento da economia em geral e das empresas em particular, entendendo também que o Alternext deve ser considerado como um instrumento a utilizar pelas PME, como meio de suporte às suas estratégias de desenvolvimento”. MERCADO ALTERNATIVO Especialmente vocacionado para as PME, o mercado Alternext foi criado em maio 2005, pela NYSE Euronext. Para tal, combina requisitos de admissão adequados às necessidades das PME, assegurando elevados padrões de transparência e proteção ao investidor. versais por forma a potenciar novos modelos de criação e de partilha de valor. Mas como gerar crescimento e atingir massa crítica? Alterar o modelo económico e social com enfoque em processos de internacionalização e de exportação que tenham como mercado o da Europa e para além desta, por meio de projetos privados que atraiam capital estrangeiro para investimento. Isso fazse com um programa de apoio ao crescimento económico e de combate ao desemprego à escala europeia, com articulação com a prescrição de primeiro nível e o envolvimento da OCDE e do BEI. Deve-se potenciar também os processos de transferência de inovação e de tecnologia das universidades e centros tecnológicos para o mercado, e dinamizar o lançamento e a aceleração de projetos inovadores em rede, que envolvam combinações de recursos e de capacidades de “clusters” em setores multi-diferenciados e com parceiros internacionais. Mas para atrair investimento estrangeiro as regras contabilísticas têm de ser transparentes para a sua captação, os processos de licenciamento e de funcionamento desburocratizados para os investidores, empresas e empreendedores, e a área fiscal geradora de incentivos para quem investe, nomeadamente no que se refere à incidência sobre os rendimentos e também sobre a procura. Eliminar barreiras ao capital de risco e introduzir incentivos fiscais que incidam sobre 100% dos bens de capital. Para crescer é preciso potenciar fluxos competitivos de bens e serviços e economias de escala e interligar etapas da cadeia de valor de diversos “clusters”, aumentando o índice de atratividade económica e de competitividade dessas regiões. Por essa via, os países com défice como Portugal podem aumentar a sua competitividade e reduzir os seus custos, além de se diferenciarem pela inovação. Do ponto de vista da política monetária, uma “divisa” mais competitiva reforçaria as economias mais enfraquecidas e a exportação, ao mesmo tempo que uma desvalorização fiscal seria também benéfica. Crescer a pensar a crise? Para crescer é preciso apostar no Empreendedorismo, na Inovação e na Gestão do territorial à escala regional, inter-regional, nacional e europeia, atraindo investidores e parceiros à escala internacional. * Professor convidado da NOVA School of Business & Economics e membro do Board of Directors da APBA – Associação Portuguesa de Business Angels Parque de Negócios de Rio Maior atrai 15 milhões de investimento A CONSTRUÇÃO de uma unidade de extrusão e armazenagem de alumínio no Parque de Negócios de Rio Maior, um investimento estrangeiro de 15 milhões de euros que criará 100 postos de trabalho, arrancou este mês com as obras de infra-estruturas, primeira fase do projeto. A instalação desta unidade, que vai laborar de forma contínua, com três turnos de trabalho e uma parte signifiaticva da produção destinada à exportação é, segundo a diretora-geral dos Parques de Negócios do Vale do Tejo, Maria José Chaves, de grande importância para o desenvolvimento do distrito de Santarém. “Na atual conjuntura do país, captar investimento estrangeiro no setor dos bens transacionáveis e com uma componente significativa de exportação, é um acontecimento de grande relevância económica”, sublinhou esta responsável. Maria José Chaves referiu que “apesar dos momentos adversos no que diz respeito ao investimento, a localização deste projeto no Parque de Negócios de Rio Maior é um fator que justifica o esforço dos acionistas e da Câmara Municipal, na defesa de um projeto de execução difícil e complexa, mas de grande utilidade para o concelho e para a região”. Além deste grande investimento, vai arrancar em Junho a construção e instalação de mais uma empresa no Parque de Negócios, que de dedicará ao desmantelamento e comercialização de peças automóveis. RESULTADO POSITIVO A assembleia geral da Depomor, sociedade gestora do Parque de Negócios de Rio Maior, aprovou recentemente as contas referentes ao exercício de 2011, tendo apresentado um resultado líquido positivo. Maria José Chaves referiu que este facto é também de “significativa importância”, porque encerra um ano em que foram concretizados os principais objetivos de gestão, nomea- damente a obtenção do parecer favorável do IPAC, no âmbito processo da acreditação da sociedade gestora; a obtenção da autorização provisória para o exercício da actividade por parte da DGAE; a obtenção da Licença de Exploração da Área de Localização Empresarial (ALE) por parte do Ministério da Economia (DRELVT), tendo sido, mais uma vez, a primeira licença do país; a inauguração da primeira fase da construção da ALE e o início de laboração da primeira empresa instalada no Parque. Empreendedores pensam Odivelas Ribatejo recebe clusters agroindustriais endedores” em várias áreas. A Associação Pensar Odivelas tem como grande objetivo “olhar de uma forma diferente para as várias formas de empreendedorismo no concelho”. Jorge Pires é o presidente da assembleia geral e Joaquim Lourenço ocupa o cargo de presidente da direção. O empresário Miguel Xara Brasil é o grande motor do projeto. O AGROCLUSTER Ribatejo, com o apoio da NERSANT, vai organizar, em conjunto com o Plant Intercluster network, o II Encontro Internacional de Clusters do setor agroindustrial. O evento terá lugar dias 5 e 6 de junho, é subordinado à inovação e contará com 60 entidades estrangeiras. Será apresentado um estudo de benchmarking internacional e a formalização de um acordo de colaboração. “O setor agroindustrial português é dos principais exportadores do país, em especial devido às condições naturais para a produção agrícola que se concentra no que são hoje as áreas onde o Agrocluster desenvolve prioritariamente a sua atividade (Ribatejo e Alentejo)”, salienta Carlos Lopes de Sousa, presidente do Agrocluster Ribatejo. DECORREM ATÉ dia 2 de junho as Jornadas do Empreendedorismo, promovidas pela Associação Pensar Odivelas. O Mosteiro de Odivelas é o palco da iniciativa que se vai debruçar, sempre com o mote “Fazer & Vencer” como orientador, nas temáticas do Desporto, da Cultura, do Apoio Social e da Economia. Inserido nas comemorações dos 750 anos do nascimento do rei D. Dinis, o projeto Pensar Odivelas vai recolher, ao longo destas Jornadas, mais de 50 testemunhos de “empre- DEBATES Dia 1, das 18h00 às 21h00 - Fazer & Vencer - na Ação Social; Dia 2, das 14h30 às 21h00 - Fazer & Vencer - na Economia. www.oje.pt PUBLICIDADE SEXTA-FEIRA 27 de abril de 2012 IX X PMEnews SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 www.oje.pt SEGURANÇA EM TEMPO DE CRISE Responsáveis da Prosegur, Alvo e Niscayah analisam as tendências do setor e apresentam o seu portefólio de soluções das suas empresas para pequenas e médias empresas numa óptica de aumento da segurança a baixo Prosegur lança serviço global de segurança As soluções da Alvo A empresa colocou, este mês, no mercado o Prosegur Private, destinado a administradores e gestores de topo. A sua vasta oferta cobre todas as necessidades de micro e PME. Os nebulizadores e as patrulhas de intervenção rápida estão em destaque A “cloud” e a virtualização permitem alavancar soluções de segurança a valores muito interessantes para as PME, diz Paulo Lobo, gestor da Unidade de Novos Negócios da Alvo Destinado a administradores, gestores de topo, figuras públicas e todos os que necessitam de medidas especiais de segurança, o Prosegur Private apresenta-se como “um serviço global de segurança para proteção de pessoas, famílias e bens, no qual são disponibilizados os mais variados serviços de segurança para qualquer necessidade”. O novo serviço premium da Prosegur possibilita aos clientes “associar diversos serviços”, tais como: proteção antiintrusão e acidentes para residências, proteção pessoal, patrulhas de intervenção rápida, logística e tratamento de valores, assistência aeroportuária personalizada e ainda vários serviços de assistência pessoal (motoristas, assistentes pessoais, apoio Jurídico, etc.). A Prosegur salienta o facto de, hoje em dia, serem já muitos os gestores e empresários que lhe “confiam” a sua proteção, a da sua família e bens, para explicar a opção por “serviços de segurança diferenciados pela excelência operacional, pela busca de melhoria contínua e pela permanente inovação”. Há 30 anos em Portugal, a Prosegur posiciona-se como “empresa de referência” e “único fornecedor global de serviços e soluções de segurança” em todos os mercados onde está presente, com “altos níveis de eficácia e rentabilidade”, em “benefício dos seus clientes, colaboradores e acionistas”. Nebulizadores O ActiFog da Prosegur é uma inovação que impede o assaltante de ver aquilo que está a roubar no interior de um espaço, dando tempo útil à polícia para se dirigir ao local. Este equipamento de segurança, que se destina exclusivamente ao segmento empresarial, protege através de uma densa névoa – inofensiva, produzida a partir de água e glicol - que elimina totalmente a visibilidade, não deixando quaisquer resíduos. Além da dispersão de névoa e respetivo impedimento imediato do assalto, a Prosegur é também alertada da intrusão através do disparo do sistema, procedendo à gestão do tema com as autoridades. A presença do ActiFog será mais notória em estabelecimentos que movimentem elevados montantes de dinheiro ou artigos de valor elevado como: joalharias, lojas de artigos de luxo, locais de exposição de obras de arte e locais que contenham cofre ou armazéns. Patrulhas de Intervenção Rápida Especialmente vocacionadas para as pequenas e médias empresas (PME), com abrangência ao segmento residencial, as Patrulhas de Intervenção Rápida da Prosegur são constituídas por um corpo de 120 vigilantes e 45 viaturas. Este serviço de vigilância presencial e itinerante permite, por um lado, responder rapidamente a eventos de alarmes dos clientes empresariais, ou residenciais e, pelo outro, dissuadir eventuais assaltos via rondas e patrulhas por diversas áreas públicas e privadas. Diferentes pontos de risco tais como as zonas comuns, acessos, jardins e zonas de jogo para crianças, instalações desportivas (piscinas, espaços desportivos…) são igualmente verificados exaustivamente prevenindo as intrusões ou roubos nas instalações, as sabotagens e atos de vandalismo e as inundações, incêndios ou descuidos de manutenção. A indústria, hotéis, escolas, instalações desportivas passam também a usufruir destes serviços de forma a prevenir as Intrusões ou roubos nas instalações e zonas de acesso. Francisco Carvalho, Diretor Comercial e Marketing da Prosegur, analisa as soluções da empresa para micro e PME numa óptica de aumento de segurança a baixo custo O tema da insegurança infelizmente está na ordem do dia e cabe-nos a nós apresentar soluções para residenciais, comércio e PME que se adequem às necessidades específicas e ao orçamento de cada empresa. Uma das vantagens da Prosegur é oferecer ao mercado propostas modulares de segurança integrada, ou seja, somos a única empresa que consegue oferecer soluções várias de segurança complementares entre si e, ao mesmo tempo, ajustáveis aos orçamentos cada vez mais contraídos das empresas. Embora o ‘feedback’ que temos recebido seja que as empresas continuam a assumir o tema da segurança com um dos vetores principais do seu dia a dia para minimizar e antecipar potenciais prejuízos juntos dos seus ativos. Como soluções, a Prosegur apresenta produtos e serviços de intrusão com e sem imagem, botão de pânico para ativação em lojas e empresas, soluções de deteção e extinção de incêndio, controle de acessos de pessoas, patrulhas de intervenção rápida que realizam respostas a eventos de alarme e rondas programadas em rede de lojas, armazéns ou instalações de maior dimensão, serviços de transporte de valores para clientes em setores financeiros e não financeiros e sistemas de deteção por névoa opaca que limita a visibilidade em segundos. Apresentamos soluções desde os 300 euros de instalação com uma mensalidade a partir dos 25 euros, para que possa estar ligado 24 horas por dia, 365 dias por ano à Central de Segurança da Prosegur. Esta central hoje em dia gere mais de 50 000 alarmes/clientes todos os dias o que nos confere uma grande maturidade e experiencia no tratamento de eventos de alarme e situações de emergência. Somo claramente o parceiro mais completo e competitivo para soluções de segurança destinadas ao comércio e às PME. A Prosegur tem já atualmente, na sua carteira de clientes, gestores de topo e empresários que contratam serviços de segurança de acompanhamento e defesa pessoal, tanto para o próprio como para as suas famílias e casas. Qual deve ser a abordagem de uma empresa à componente proteção de dados? As empresas estão cada vez mais atentas à proteção de dados. Numa fase inicial, a principal preocupação consistiu em garantir a salvaguarda dos dados vitais (por exemplo, com soluções de “backup”), mas com o passar do tempo, as empresas começaram a focar-se num tipo de proteção de dados mais lata. É de salientar que os dados transacionados nas empresas são representativos das suas decisões estratégicas, da sua saúde financeira, etc. Nesse sentido, cada vez mais as empresas preocupam-se em evitar a exposição deste tipo de informação ou mesmo a sua fuga. Por outro lado, o fator mobilidade veio colocar ainda mais em alerta as empresas, pois isto significa que não basta garantir a segurança dentro de portas, porque a informação sai para fora da organização, representando um risco superior. Hoje em dia assistimos ao fenómeno “webtização” de processos, ou seja, temos sistemas informáticos cada vez mais móveis, disponibilizados em ambientes web ou dispositivos portáteis, colocando assim um desafio acrescido às empresas. Neste contexto, não basta garantir a proteção dos seus dados, mas também de dados de terceiros, o que representa uma enorme pressão sobre os sistemas de informação que têm de ser capazes de proteger eficazmente os dados transacionados. Em suma, a abordagem das empresas deverá ser apostar na implementação de soluções complementares de segurança, como por exemplo firewall, filtros de conteúdos web e aplicacionais, criação de VPN e, sobretudo, de segurança por identidade. Qual o nível de proteção máximo que uma empresa pode obter da informática? O nível de proteção que uma empresa pode obter depende sempre da sua capacidade de investimento. No entanto, até há bem pouco tempo, determinadas soluções de segurança estavam fora do alcance de grande parte das pequenas e médias empresas portuguesas (PME), mas esse paradigma mudou. Com os fenómenos da “cloud” e da virtualização, hoje em dia, já se conseguem alavancar soluções de segurança a valores muito interessantes e acessíveis às várias PME, sendo o portfólio de produtos da Alvo um exemplo disso. Do vosso portefólio de soluções, quais estão particularmente vocacionadas para as micro e pequenas e médias empresas numa óptica de aumento da segurança e protecção de dados? A Alvo é uma empresa que tem como principal mercado as PME. Nesse sentido, o nosso portfólio de segurança está repleto de soluções vocacionadas para este tipo de empresas. Como exemplo, podemos referir as soluções de web security e email security, que nos permitem oferecer uma solução hibrida de proteção de dados e filtro de conteúdos baseada exclusivamente na cloud e sem necessidade de aquisição de equipamentos. Esta solução tem-se revelado inovadora e eficaz para as PME, que conseguem alcançar níveis de segurança que julgavam inacessíveis. Uma das vantagens desta solução é o controlo ser efetuado na nuvem, e não num servidor local, ficando os dispositivos móveis protegidos e monitorizados permanentemente. Para além de soluções de web security e e mail security (que filtram os conteúdos de entrada e saída na web e no email, isolando as redes empresariais de ameaças, mantendo a largura de banda e a produtividade dos colaboradores), o nosso portfólio contempla produtos como: soluções de backup (local e na “cloud”), monitorização de redes, antivírus, firewall, etc. Todas estas soluções estão vocacionadas para micro e pequenas e médias empresas. PMEnews www.oje.pt SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 XI PUB As soluções de videovigilância e monitorização remota da NISCAYAH Como não há custos de vigilância humana, estas soluções são mais em conta, justifica João Jorge, Strategic marketing & business development da empresa “Definimo-nos como interlocutor único nos temas de segurança e uma verdadeira empresa global que age localmente, junto do cliente estabelecendo uma relação duradoura de plena parceria num tema tão importante como a segurança de pessoas, instalações, activos e informação”, sublinha João Jorge, Strategic marketing & business development da empresa. A Niscayah integra a divisão Stanley Security Solutions (SSS), do grupo Stanley Black & Decker. Presente no mercado português desde 1976, cobre todo o território nacional, empregando 190 profissionais, distribuídos por seis centros operacionais: Lisboa, Porto, Coimbra, Algarve, Madeira e Açores. A empresa oferece “soluções inovadoras, tecnologicamente avançadas e completamente independentes dos produtos que integra” e está organizada em três grandes áreas de negócio especializadas: Banca, key Accounts (incluindo os segmentos de infraestruturas, indústria, cadeias de retalho e gasolineiras) e SME - Small Medium Enterprises (incluindo empresas de âmbito regional e PME). “Apresentamo-nos às PME como um verdadeiro parceiro que colabora na solução global da segurança do seu negócio, atentos ao facto de estarem inseridas num mercado cada vez mais global, dinâmico e em constante mudança, com riscos cada vez mais diversificados, alargados e imprevisíveis em termos de segurança”, salienta João Jorge. Segundo explica o gestor, a NISCAYAH instala, assiste e gere sistemas de videovigilância “robustos, fiáveis e com a melhor relação custo/benefício”, complementados por uma Central de Monitorização e Videovigilância (CMV) “dedicada”, permitindo aos clientes “uma monitorização remota dos sistemas e a coordenação de intervenções com as autoridades competentes”. Numa óptica de aumento da segurança a baixo custo as soluções de videovigilância e monitorização remota são a solução ideal, assegura João Jorge, na medida em que, justifica: “permitem substanciais reduções de custo ao reduzir/eliminar os elevados custos de vigilância humana, permitindo, por exemplo, reduzir turnos, alocar recursos humanos para outras funções, automatizar serviços de portaria, entre outras soluções”. A empresa acompanha o cliente desde a instalação, assistência, gestão do sistema e actualização tecnológica, garantindo, segundo João Jorge, “a tranquilidade e paz de espírito ao cliente que se pode concentrar no mais importante – o seu negócio”. Pontos fortes da Niscayah, segundo o Strategic marketing & business development da empresa: • Sistemas de segurança fiáveis e de vanguarda tecnológica, permitindo a redução de roubos e acidentes; • Independência dos produtos e marcas que integram a solução; • Central de Monitorização e Videovigilância (CMV) dedicada; • Monitorização remota dos sistemas e coordenação de intervenções com as autoridades competentes; • Informação personalizada de incidências e estatísticas para a optimização e gestão do negócio; • Integração dos meios técnicos e humanos para uma qualidade de serviço irrepreensível; • Definição conjunta com cada cliente de uma verdadeira estratégia de segurança; • Assistência técnica permanente (quer sejam sistemas novos, ou existentes); • Contrato de prestação de serviços com uma excelente relação custo/benefício. • Interlocutor especializado; • Proximidade com o cliente; • Cobertura em todo o território nacional (continente e ilhas); • Experiência nacional e internacional; • Soluções ligadas ao “core business” do cliente, adaptadas localmente à sua realidade; • Monitorização e melhoria na aplicação de procedimentos operacionais; • Análise exaustiva e detalhada das instalações e avaliação do risco; • Concepção e dimensionamento das soluções de segurança (sistemas de intrusão, videovigilância, controlo de acessos, sistemas automáticos de deteção de incêndio) adaptados à especificidade do seu negócio; • Integração dos sistemas instalados; XII PMEnews SEXTA-FEIRA 1 de junho de 2012 www.oje.pt CLÁUDIA RIBAU, DIRETORA DE MARKETING DA HELIFLEX “A ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO FOCALIZA-SE NO CRESCIMENTO E EXPANSÃO” Esta PME portuguesa especializada no fabrico de tubos e mangueiras conta com 5 filiais no estrangeiro e vende os seus produtos em 39 mercados dos cinco continentes, nos quais faz 53,9% da sua faturação. Por Almerinda Romeira D urante 37 anos, a Heliflex pertenceu a um grupo multinacional, A.G. Petzetakis S.A. (detentora desde setembro de 1969 a fevereiro de 2007, de 51% do capital social da Heliflex), pelo que a cultura internacional fez--se logo sentir desde o seu nascimento. As regras de organização dos espaços internacionais impuseram limites à internacionalização da empresa, dado que o grupo detinha fábricas e delegações/parcerias em vários países. nia, Suíça, Croácia, Eslovénia, Moldávia, Itália, Dinamarca, Finlândia, Chipre, Grécia, Alemanha, Suécia, Espanha, Grã-Bretanha, Portugal), África (Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Marrocos, Argélia, Tunísia, Gana, Maurícias, Senegal), América (Brasil, Chile, Venezuela, Peru) e Ásia (Israel, Rússia, Irão, China), o que perfaz 39 países. Quais são as linhas orientadoras da vossa estratégia? A estratégia de internacionalização bos, mangueiras e sistemas de rega. Desde quando e porque razão figura Moçambique no mapa de internacionalização da Heliflex? Em Moçambique, especificamente, iniciámos a venda dos nossos produtos com clientes que distribuíam os tubos e mangueiras naquela região sem exclusividade, contactos feitos, na sua maioria, através da FACIM (historicamente a Heliflex foi sempre uma das empresas presentes ao longo de todos estes anos nesta fei- dustrial), Maputo. Moçambique não é, portanto, um mercado recente na Heliflex, mas que se pretende estimular com a filial, que apareceu no ano em que a Heliflex (sede) comemorou o seu 40.º aniversário Aquando da passagem da Heliflex para capital 100% português (em fevereiro de 2007), a aposta na internacionalização ficou claramente marcada, já que todos os países se tornaram potencialmente recetores dos produtos da Heliflex. Qual foi o caminho escolhido para a internacionalização? A cultura de abertura (com o grupo multinacional) a outros mercados, que não unicamente o mercado doméstico (português), a visão dos então administradores, não só com vista ao crescimento e ao óbvio lucro, bem como a extensão do ciclo de vida dos produtos (em declínio nuns mercados e em outros em crescimento) foram as principais razões que estiveram na origem da internacionalização da Heliflex. A especialização em produtos técnicos, para segmentos específicos que não se encontram facilmente no mercado doméstico, e a sua busca em mercados externos, estiveram também na origem da internacionalização da Heliflex, o que justifica outra razão ainda: a pequenez do mercado doméstico. Onde arrancou o processo? O início da internacionalização da Heliflex, com exceção dos negócios estabelecidos intercompanies, deuse com Espanha e Marrocos, países mais próximos geograficamente. Logo de seguida os PALOP. Atualmente, a Heliflex atua em vários mercados a nível internacional, nos quatro dos cinco continentes existentes: Europa (França, Holanda, Irlanda, Hungria, Bulgária, Polónia, Romé- da Helif lex focaliza-se no crescimento e expansão, o que passa pela criação de filiais com investimento misto (quer comercial, quer industrial); parcerias com clientes (não com contratos de exclusividade formais, mas com claro respeito por ra). Contudo, em agosto de 2009, inauguração formal feita na FACIM, inicia a nossa filial Heliflex Moçambique. A criação desta filial, tal como as restantes, vem reforçar o processo de crescimento e internacionalização da Heliflex em mercados em expansão, sublinhando a qualidade de serviço que a Heliflex quer ver refletida na disponibilidade imediata do produto e proximidade com o áreas geográficas de exploração comercial); representantes que detém o controlo do canal de distribuição e das especificidades do país, funcionando como comissionistas. Quais são os vossos trunfos enquanto empresa que além de exportadora opera com estrutura física em vários países? A flexibilidade de adaptação, a capacidade produtiva aliada ao saber fazer de mais de 40 anos e as competências técnicas, o que nos permite oferecer ao mercado uma gama alargada de soluções na área dos tu- cliente e consumidor/utilizador final. A Heliflex Moçambique é de capital 100% português, da Heliflex Tubos e Mangueiras, S.A., com armazém localizado junto do Estádio de Maxaquene, em Machava (zona in- Em que medida Moçambique é um mercado estratégico para o grupo Heliflex? Moçambique posiciona-se em franco desenvolvimento, sobretudo com um setor agrícola atrativo e um setor da construção em crescimento. Podemos apontar outros atrativos deste país: facilidade na língua, boas relações diplomáticas entre os dois países, não existe muita burocracia, as infraestruturas viárias são razoáveis, a rede de transporte nomeadamente aérea entre as várias capitais das províncias apresenta-se boa, a forte presença da banca portuguesa em Moçambique. O crescimento constante do país e da economia moçambicana, bem como a sensibilidade do mercado cada vez maior a produtos de qualidade constituem os fatores mais marcante e caracterizadores da nossa experiência de internacionalização em Moçambique, refletindo as principais diferenças que notamos face a outros mercados onde operamos. Com uma empresa a atuar diretamente em Moçambique, o que representa este país no volume de faturação da casa mãe Heliflex? Qual é a evolução prevista para 2012? O peso da faturação da Heliflex Moçambique, comparativamente com o volume total de vendas da Heliflex, tem evoluído em média cerca de 2% desde 2007. Relativamente ao volume de vendas para os PALOP, a Heliflex Moçambique posiciona-se com 36% em 2011, sendo que desde 2007 a 2011 tem evoluído em média cerca de 22%. Face ao peso total do volume de exportação da Heliflex, a Helifex Moçambique representou, em 2011, cerca de 6%. Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do mercado Moçam- bicano que vos mereceram maior atenção? Moçambique é um mercado que, apesar de evoluído, ainda tem muitas potencialidades a explorar. Apesar de ainda dar muita importância ao fator preço, já se começa a verificar a tendência para valorizar os produtos de qualidade em detrimento do preço. O facto de estarmos presentes fisicamente naquele mercado dá-nos a hipótese de responder com um serviço presencial, também ele valorizado e rápido, uma vez que temos, em Moçambique, disponível toda a nossa gama de produtos (em armazém). Quais são as perspetivas de desenvolvimento do vosso negócio em Moçambique? Em termos de perspetiva, aevolução do nosso negócio no mercado moçambicano passa por um acompanhamento, consolidação, crescimento, conquista de novos clientes e introdução de novos produtos são em termos genéricos a nossa postura presente e futura. Este investimento serve apenas Moçambique ou funciona como rampa de lançamento para algum país vizinho? Neste momento, apenas serve o mercado moçambicano. Aliás, a África do Sul é considerado um país que representa uma forte concorrência em Moçambique. BI Heliflex Tubos e Mangueiras, S.A. (sede: Portugal) Constituição: 1 de setembro de 1969 Faturação em 2011: cerca de 11 700 000,00€ Faturação no estrangeiro: cerca de 53,9% do valor total de facturação (em 2011) N.º de empregados (média em 2011 Heliflex sede): 110 Filiais: Heliflex Maroc, Heliflex Mozambique, Heliflex Angola, Heliflex Brasil, Heliflex Sud America Site: www.heliflex.pt