DEMOGRAFIA A Demografia é uma área da ciência geográfica que estuda a dinâmica populacional humana. Seu estudo compreende as dimensões, estatísticas, estrutura e a distribuição das diversas populações humanas, que não são estáticas, variando devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento. População relativa ou densidade demográfica: é o número de habitantes por km2. Para obtê-la basta dividir a população absoluta pela área. Países com elevada densidade demográfica são denominados de densamente povoados. Taxa de natalidade: é a percentagem de nascimentos ocorridos em uma população, em determinado período. Taxa de mortalidade é um índice demográfico obtido pela relação entre o número de mortos de uma população em um determinado espaço de tempo, normalmente um ano. A taxa é representada como o número de óbitos por cada 1000 hab. Taxa de mortalidade infantil: é o número de crianças que morrem no primeiro ano de vida, por cada mil crianças nascidas, durante o período de um ano em uma região. A Índia em pouco tempo terá uma população maior que a China. População mundial O número total da população do planeta já supera os 7 bilhões de habitantes e continua a crescer, tendo uma projeção de atingir 10 bilhões de habitantes por volta do ano de 2100. Taxa de fecundidade: é uma estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, ou seja, de 15 a 49 anos, de acordo com o IBGE . Crescimento vegetativo ou natural: é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade um determinado local ou país, geralmente expressa em porcentagem. Expectativa de vida ou taxa de longevidade: é um dado estatístico que procura estimar por quanto tempo se espera que as pessoas em um determinado lugar vivam. Essa taxa é calculada com base nas condições de vida e saúde da população, bem como o número de acidentes, doenças e taxas de mortalidade. A partir do final do século XVII e início do século XVIII, o crescimento populacional no mundo se intensificou, visto que antes desse período a expectativa de vida era muito baixa, fato que elevava as taxas de mortalidade. A industrialização somado a urbanização e as melhorias nas condições alimentares, sanitárias e na medicina, elevaram muito o crescimento da população mundial. Em 1930, a Terra era habitada por cerca de 2 bilhões de pessoas e, em 1960, esse número atingiu a marca de 3 bilhões, com média de crescimento populacional de 2% ao ano. Durante a década de 1980, a população mundial ultrapassou a marca de 5 bilhões de pessoas. Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, e está declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo continuará aumentando. É importante ressaltar que o aumento populacional ocorre de forma distinta em cada continente ou até mesmo em cada país. A África, por exemplo, registra crescimento populacional de 2,3% ao ano. A Europa, por sua vez, apresenta taxa de 0,1% ao ano. América e Ásia possuem taxa de 1,1% ao ano e a Oceania, 1,3% ao ano. TEORIAS DEMOGRÁFICAS A primeira entre as teorias demográficas, ou a mais conhecida dentre elas, foi elaborada por Thomas Robert Malthus, um pastor protestante e economista inglês que, em 1798, publicou uma obra chamada Ensaio sobre o princípio da população. Na época a Inglaterra havia iniciado o processo de Revolução Industrial, o que contribuiu para um rápido crescimento das populações das cidades industrializadas. O número de habitantes dobrava em algumas dezenas de anos, o que, somado aos baixos salários e às precárias condições de trabalho e moradia, contribuía para o aumento da miséria e da pobreza nos centros urbanos europeus. Diante disso, Malthus, em sua teoria demográfica, considerou que os problemas sociais estavam relacionados com o excesso de população. Além disso, Malthus previu que a população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que outrora, o que o fez concluir que o crescimento demográfico seria superior ao ritmo de produção de alimentos. A teoria malthusiana preconizava que o número de pessoas aumentava conforme uma progressão geométrica (2,4,8,16, 32…), enquanto a produção de alimentos e bens de consumo crescia conforme uma progressão aritmética, portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8, 10…). Assim, para evitar a ocorrência de grandes tragédias sociais, Malthus defendia o “controle moral” da população. Dessa forma, os casais só deveriam ter filhos se tivessem condições para sustentá-los. As refutações à teoria malthusiana no contexto das teorias demográficas não tardaram em aparecer. A principal delas atribui-se às derivações do pensamento de Karl Marx e recebeu o nome de teoria reformista ou marxista. Para esta, População absoluta: É o número total de habitantes de um lugar (país, cidade etc.). Quando um determinado lugar possui um grande número de habitantes, dizemos que é populoso ou de grande população absoluta; e quando possui um pequeno número de habitantes, dizemos que é nãopopuloso. 1 não era o excesso populacional o responsável pelas condições de miséria e pobreza, mas sim as desigualdades sociais e a concentração de renda. Com o tempo, ficou claro que Malthus errou por subestimar a capacidade de produção de alimentos. Apesar do acelerado crescimento populacional que ocorreu na Europa até a década de 1970, a produção de alimentos foi superior em razão das sucessivas transformações tecnológicas. Após a Segunda Guerra Mundial, o pensamento de Malthus foi retomado, com a teoria neomalthusiana. No pós-guerra, houve um rápido crescimento da população, o que foi chamado de explosão demográfica ou baby boom, um período em que o número de nascimentos foi muito superior ao número de mortes. Os neomalthusianos afirmaram que era necessário estabelecer um controle do crescimento populacional, com o uso de métodos contraceptivos. O neomalthusianismo foi amplamente adotado como política de governo por parte de inúmeros países, incluindo o Brasil, que passaram a estabelecer políticas de controle sobre o aumento de seus habitantes. Outra teoria que surgiu no século XX foi a teoria da transição demográfica, a qual afirma que as populações tendem a crescer à medida que as condições sociais melhoram e o número de mortes diminui, elevando o crescimento vegetativo. No entanto, as melhorias sociais também ocasionam uma maior consciência da população, que passa a adotar em maior escala o planejamento familiar, diminuindo a taxa de natalidade. Por esse motivo, a transição demográfica demonstra que, com o tempo, as populações que crescem em um período, mas se estabilizam posteriormente, à medida que as sociedades modernizam-se. Atualmente, na Europa e em muitos países desenvolvidos, o problema é justamente o contrário do imaginado por Malthus, ou seja, o baixo crescimento vegetativo. Com uma taxa de natalidade baixa e uma expectativa de vida longa, as populações tendem a envelhecer, sobrecarregando a chamada População Economicamente Ativa (PEA), responsável pelo trabalho e pelos processos produtivos, além de manter as contas previdenciárias. Países como a Alemanha e a França já adotam políticas de incentivo aos nascimentos, com financiamento de educação para o segundo filho e oferta de bolsas remuneradas aos seus pais. populacional que leva à situação de miséria dos países subdesenvolvidos. 08) A tendência de equilíbrio da população mundial ocorre na medida em que diminuem as taxas de mortalidade e de natalidade deixando assim de ter um crescimento acentuado. 16) Baixíssimo crescimento populacional ocorre quando as taxas de natalidade e de mortalidade são muito baixas, sendo que muitos países desenvolvidos encontram-se nessa fase, com taxas de crescimento geralmente inferiores a 1%, ou até em estágio de estagnação com taxas nulas, e até negativas. 2- A respeito dos principais indicadores demográficos aponte a afirmação falsa. a) População absoluta é o somatório de todos os habitantes de um lugar. b) População relativa e densidade demográfica são o mesmo indicador demográfico. c) A longevidade de um lugar é a esperança de vida que uma pessoa tem ao nascer. d) A taxa de natalidade é calculada a partir do número de nascidos de um lugar. e) As taxas de mortalidade infantil são calculadas pelo número de crianças que morrem antes de chegar a adolescência. 3- Quando falamos que um lugar é ________________, estamos dizendo que sua população total é muito grande. Ao dizer que um local está _________________, significa que a disponibilidade de recursos, ou a sua distribuição, não é suficiente para atender satisfatoriamente o contingente populacional que ali vive. E, por fim, quando um lugar é ____________________, significa que há uma grande quantidade de pessoas por km². A alternativa que completa corretamente as lacunas acima é: a) superpovoado – precarizado – massificado; b) populoso – superpovoado – super-habitado; c) densamente povoado – precarizado – populoso; d) superpovoado – precarizado – super-habitado; e) populoso – precarizado – densamente povoado. 4- [...] Tendo 1,6 milhão de árabes israelenses dentro de seu próprio território e ainda controlando desde 1967 parte considerável da Cisjordânia, Israel acabaria tendo, num dia não muito distante, uma população árabe maior do que a judaica, devido ao alto índice de natalidade entre os palestinos, comparado aos israelenses. Pois bem, a “bomba demográfica” virou miragem, segundo dados divulgados pelo Bureau Central de Estatísticas de Israel sobre a composição da população em Israel e na Cisjordânia. Por fatores ainda não devidamente explicados, e talvez ligados, conscientemente ou não, ao constante temor de ver o país varrido do mapa por regimes muçulmanos radicais, o índice de natalidade dos israelenses subiu gradativamente ano a ano até atingir a atual e alta média de 3 filhos por casal, praticamente idêntico ao dos palestinos da Cisjordânia – 3,1 filhos por casal [...]. (UEPG) Com relação a teorias demográficas e evolução do crescimento demográfico, analise os itens. 01) Desde os primórdios da humanidade até o final do século XIX, o crescimento da população teve baixo índice, pois se caracterizava por altas taxas de natalidade e também de mortalidade, sendo que isso ocorre ainda em alguns países nos dias atuais. 02) A fase do crescimento rápido da população ocorre quando as taxas de natalidade são elevadas e as taxas de mortalidade são baixas, o que tem ocorrido, atualmente, em alguns países subdesenvolvidos. 04) Os chamados neomalthusianos defendiam teorias demográficas marxistas e consideravam a própria miséria responsável pelo acelerado crescimento populacional, enquanto os chamados reformistas defendiam a ideia de que é o acelerado crescimento SETTi, Ricardo. “Bomba demográfica” árabe deixa de existir em Israel. Disponível em: veja.abril.com.br 2 O governo israelense vem constantemente se preocupando em elevar o número de habitantes do país para que, com um quantitativo populacional maior, consiga maior pressão internacional para avançar sobre o território palestino. De acordo com a leitura do texto, podemos observar que a principal estratégia adotada para aumentar o número de habitantes é: mortalidade, vem promovendo uma mudança na pirâmide etária brasileira. Está ocorrendo um significativo estreitamento em sua base, que corresponde aos jovens e, um alargamento do meio para o topo, por causa do aumento da participação percentual da população de adultos e idosos. Quanto à distribuição da população brasileira por gênero, a população feminina é ligeiramente maior, pois as mulheres tem maior expectativa de vida, além disso, as mortes violentas vitimam mais homens jovens. Segundo o IBGE a população de homens no Brasil corresponde a 48,6% do total da população; e das mulheres, 51,4%. a) intensificar as taxas de imigração; b) diminuir as taxas de mortalidade infantil; c) melhorar a expectativa de vida; d) elevar o crescimento vegetativo; e) esterilizar os casais árabes. ESTRUTURA POPULACIONAL E PIRÂMIDE ETÁRIA A estrutura da população deve ser analisada considerando sua distribuição por gênero (sexo), número, idade, renda, educação, saúde e outros indicadores que expressam os aspectos quantitativos e qualitativos da organização social importantes para as ações de planejamento, tanto governamental quanto privado. POPULAÇÃO E ATIVIDADES ECONÔMICAS PIB: Produto Interno Bruto – representa a somatória de todos os bens e serviços produzidos num espaço de tempo dentro de um país. PNB: Produto Nacional Bruto – corresponde a todos os bens e serviços produzidos com os recursos de um país, empregados dentro e fora dele, incluindo assim os resultados obtidos no exterior, descontados as remessas de lucros de capital estrangeiro dentro do território nacional. Desemprego Conjuntural: é gerado por crises econômicas, sendo assim é uma forma de desemprego temporária. Desemprego Estrutural: é gerado por novas tecnologias ou sistemas de produção que substituem a mão de obra por máquinas, assim é uma forma de desemprego permanente. PEA: População Economicamente Ativa – é um conceito elaborado para designar a população que está inserida no mercado de trabalho. PIRÂMIDE ETÁRIA A pirâmide etária é um gráfico que expressa o número de habitantes e sua distribuição por gênero e faixa etária. Pode retratar dados da população mundial, de um país, um estado, uma cidade, etc. Sua simples visualização nos permite tirar algumas conclusões referentes à taxa de natalidade e a expectativa de vida da população. Pirâmides que apresentam um aspecto triangular com a base larga, quer dizer que a população jovem no conjunto da população é alta, assim como a sua taxa de natalidade; o topo estreito indica uma pequena participação da população idosa, portanto, uma baixa expectativa de vida. Esse tipo de pirâmide etária é característica dos países subdesenvolvidos e pobres. Já se a pirâmide não apresentar grande diferença da base ao topo, podemos concluir que a população apresenta baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida, com uma população adulta predominante. Isso são características de países desenvolvidos e de alguns países emergentes. SETORES ECONÔMICOS -Primário: agropecuária, extrativismo e silvicultura -Secundário: indústria e construção civil -Terciário: comércio e prestação de serviços Tradicionalmente, é comum classificar as atividades secundárias e terciárias como urbanas; e as atividades primárias como rurais. Hoje, em dia, porém, devido à modernização dos sistemas de transportes e comunicações, ampliaram-se as possibilidades de industrialização e a oferta de serviços no campo. Por exemplo, nas modernas agroindústrias localizadas na zona rural, as atividades industriais e de serviços empregam mais pessoas do que as atividades agrícolas, mudando de certa forma essa concepção tradicional. No setor industrial (secundário) o processo de automação nas linhas de montagem e produtiva tem elevados índices de robotização, reduzindo o numero de operários, gerando desemprego estrutural nesse setor. Já as atividades administrativas, jurídicas, de publicidade, vendas, alimentação, segurança, limpeza e vários outros empregam No exemplo acima: a África mostra um exemplo de pirâmide etária de locais subdesenvolvidos; já a Europa representa um exemplo de locais desenvolvidos. No Brasil, o aumento da expectativa de vida da população, acompanhado da queda das taxas de natalidade e 3 um número crescente de trabalhadores. Assim, a maioria dos empregados das indústrias de ponta migraram para o setor terciário, ocupando atividades no comércio ou em serviços. A PEA de um país indica de certa forma o seu nível de desenvolvimento. Os países desenvolvidos possui a maior parte da sua PEA no setor terciário, principalmente o de serviços. Já os países mais atrasados e pobres tem maior participação da sua população economicamente ativa no setor primário. PAÍS PEA – SETOR PRIMÁRIO PEA – SETOR SECUNDÁRIO PEA – SETOR TERCIÁRIO Alemanha China EUA Inglaterra Índia Uganda 2,4% 43,0% 1,2% 1,4% 60,0% 82,0% 29,7% 25,0% 19,2% 18,2% 12,0% 5,0% 67,8% 32,0% 79,6% 80,4% 28,0% 13,0% deixa muito a desejar, lembrando que a distribuição de renda do nosso país é uma das mais desiguais do planeta, sendo a variável que mais compromete nosso IDH. Por outro lado, duas variáveis contribuíram para a elevação do IDH brasileiro: a expectativa de vida que em 1975 era de 59,5 anos passou para 72,02 anos atualmente. Os índices de analfabetismo também baixaram sensivelmente, na década de 1980 ele girava em torno dos 17%; hoje ele chega a 10% da população, o que ainda é considerado alto. Apesar do número de analfabetos ter diminuído a educação no Brasil ainda peca pela média de estudo, apenas 15,6% da população apresenta mais do que 11 anos de estudo; a grande maioria, 48,9% estudo no máximo entre 5 a 11 anos (o que correspondo no máximo à conclusão do ensino médio, aos que chegam há 11 anos de estudo); e 33,1% estudam no máximo de 1 a 4 anos, o que hoje não conclui nem o ensino fundamental séries iniciais. Com relação à PEA do Brasil, os números mostram que embora a modernização e a mecanização do campo tenham aumentado, o setor primário ocupa muita mão de obra, principalmente nas regiões mais pobres onde predominam as atividades tradicionais. O setor secundário brasileiro absorve 22,6% da PEA, valor comparável a de países desenvolvidos. Já as atividades terciárias apresentam mais problemas, por englobar os maiores níveis de subemprego. No Brasil 59,7% da PEA exercem atividades terciárias. No entanto, na maioria das vezes, essas pessoas estão apenas em busca de sobrevivência, de complementação da renda familiar, em atividades informais. Quanto à composição da PEA por gênero, nota-se no Brasil certa desproporção: 42,4% dos trabalhadores são do sexo feminino. Nos países desenvolvidos a participação é mais igualitária, com índices próximos a 50%. Mesmo assim, referente às décadas passadas, houve um grande crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, graças conquistas dos movimentos feministas das décadas e 1970 e 1980, que passaram a reivindicar igualdade de gênero. 1- (UNICENTRO) Com base na evolução da pirâmide etária no Brasil em 1960, 2000 e 2010 e nos conhecimentos sobre dinâmica populacional, considere as afirmativas a seguir. ( ) A transição demográfica brasileira está se concretizando na atualidade devido às altas taxas de natalidade e de fecundidade da população. ( ) A pirâmide de 1960 apresenta um aspecto triangular, indicando que o percentual de jovens no conjunto da população era alto nessa década. ( ) O envelhecimento de uma população representa a diminuição proporcional da população mais jovem do país, por isso, na pirâmide de 2010, a diferença da base para o topo foi reduzida. ( ) Os dados revelam a necessidade de maior investimento das políticas públicas nos setores da previdência e da saúde pública voltados para a terceira idade. IDH É o índice que mede a qualidade de vida de uma população. Foi criado pela ONU levando em contra três variáveis (longevidade, educação e renda). O IDH é medido de 0 a 1; quanto mais próximo do 1 melhor é a qualidade de vida. Países com melhores IDH País IDH Noruega 0,955 Austrália 0,938 EUA 0,937 Holanda 0,921 Alemanha 0,920 N. Zelândia 0,919 Irlanda 0,916 Suécia 0,913 Suíça 0,912 Japão 0,911 2-(UERJ) A taxa de dependência total corresponde ao percentual do conjunto da população jovem (menores de 15 anos) e idosa (com 60 anos ou mais) em relação à população total. Ela expressa a proporção da população sustentada pela população economicamente ativa. Os países que possui IDH acima de 0,800 são considerados muito elevados; a partir de 0,700 é elevado; a partir de 0,500 é médio e, inferior a isso é considerado como baixo desenvolvimento humano. O Brasil apesar de ser considerado como elevado ocupa a 84º, com um IDH de 0,730. Considerando que o Brasil possui um dos dez maiores PIBs do mundo, o IDH brasileiro A manutenção da tendência apresentada no gráfico pode favorecer o seguinte impacto sobre as despesas governamentais nas próximas duas décadas: a) redução do déficit da previdência social b) diminuição das verbas para a rede de saúde c) elevação dos investimentos na educação infantil 4 d) ampliação dos recursos com seguro-desemprego MOTIVOS POSSÍVEIS DE ENTRADA (ATRAÇÃO) - Maior oferta de emprego em determinados lugares; - Tolerância política, ideológica, religiosa ou racial; - Dinamismo econômico; - Melhores condições de vida; - Programa ou Política governamental, estimulando a imigração. 3-(FEI) De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a população de idosos no Brasil chegará a 20 milhões até 2030, o dobro da população atual. Além disso, o Brasil será o quarto país com maior crescimento no número de idosos até 2030, perdendo apenas para a China, Índia e Estados Unidos. Os motivos para o crescimento da população idosa podem ser atribuídos: Em consequência da Globalização, hoje, as migrações se caracterizam mais pelo fator econômico, incluindo aí, todos os aspectos relacionados a este, tais como oferta de emprego, melhores condições de vida, salários atrativos, ofertas de cursos para aprimoramento e/ou aperfeiçoamento profissional. Em razão disso, até hoje se mantiveram e ampliaram-se os fluxos de pessoas dos países subdesenvolvidos (pobres) para os países desenvolvidos (ricos). a) ao aumento da População Economicamente Ativa (PEA). b) ao aumento da taxa de natalidade e à redução da taxa de mortalidade. c) à queda da taxa de natalidade e ao aumento da expectativa de vida. d) à melhora da qualidade de vida no país e ao alargamento da base da pirâmide etária brasileira. e) ao aumento da taxa de fecundidade e à redução da mortalidade infantil. Em relação às ÁREAS DE DESLOCAMENTO, as migrações podem ser: INTERNAS OU NACIONAIS: quando o deslocamento do indivíduo é realizado entre cidades, estados ou regiões no âmbito de seu próprio país. Estas se subdividem em: -Migração inter-regional: quando se realiza de uma região para outra. Exemplo: Migração de nordestinos para a região Sudeste; -Migração intra-regional: quando se realiza dentro da mesma região. Exemplo: êxodo rural. 4- O IDH é usado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento de um país. Ele combina a renda per capita do país e indicadores em saúde e educação. Além da renda per capita do país, quais são os outros critérios levados em conta na avaliação do IDH? a) Mortalidade infantil, número de hospitais e número de analfabetos. b) Criminalidade, número de crianças matriculadas em escolas e acesso à energia elétrica. c) Número de casas com esgoto, número de analfabetos e número de anos que se espera que as crianças permaneçam na escola. d) Expectativa de vida, média de escolaridade dos adultos e número de anos que se espera que as crianças permaneçam na escola. EXTERNAS OU INTERNACIONAIS: quando o deslocamento do indivíduo é realizado entre países. Exemplo: Migração de brasileiros para os EUA, Itália ou Espanha. As migrações podem ocorrer sob as seguintes CIRCUNSTÂNCIAS: -MIGRAÇÃO ESPONTÂNEA: quando ela se dá por livre escolha do próprio migrante; MOVIMENTOS POPULACIONAIS MIGRAÇÃO Trata-se do deslocamento ou movimento do indivíduo ou de sociedades humanas de um lugar para outro. Qualquer mobilidade espacial envolve duas áreas, de um lado se configura a saída (emigração) e do outro, o movimento de entrada (imigração). O movimento migratório pode ser provocado por diferentes fatores, podendo estes serem de atração ou de repulsão. -MIGRAÇÃO FORÇADA: quando o indivíduo é obrigado, forçado a migrar, de acordo com o interesse de terceiros. Exemplo: o negro africano por ocasião do tráfico de escravos. -MIGRAÇÃO PLANEJADA: quando ela se dá de forma a cumprir um determinado objetivo. -MIGRAÇÃO CONTROLADA: quando sua iniciativa faz parte da política ou do programa de governo, cabendo a este regular o fluxo de pessoas tanto para fora (emigrantes) quanto para dentro de suas fronteiras (imigrantes). A migração controlada se subdivide em: MOTIVOS POSSÍVEIS DE SAÍDA (REPULSÃO) - Guerras ou conflitos armados; - Condições climáticas rigorosas; - Perseguições políticas, religiosas ou étnicas; -Desastres naturais (cheias, secas, incêndios naturais, terremotos, erupções vulcânicas etc.); -Desastres de origem antrópica (acidente nuclear, contaminação ambiental de grandes proporções e comprometimento da qualidade de vida etc.); - Epidemias; - Estagnação econômica. - Restringida: quando o governo impõe restrições, dificultando a imigração. Exemplo: a política atual de imigração dos EUA e de muitos países europeus. - Estimulada: quando o governo possibilita o fluxo de migrantes tanto interno quanto externamente (entrada de estrangeiros). Exemplo: Política brasileira de imigração para as fazendas de café em nosso território. 5 Quanto ao TEMPO DE PERMANÊNCIA do migrante, a Migração pode ser: -DEFINITIVA: quando a opção de não voltar é do próprio sujeito ou, por algum motivo, este não mais retorne ao seu lugar de origem. desse processo, milhares de brasileiros de todas as regiões se deslocaram para as cidades do Sudeste. Outra consequência do atual modelo de produção é a migração da população rural para as cidades, fenômeno denominado êxodo rural. Essa modalidade de migração se intensificou nas últimas cinco décadas, pois as políticas econômicas favorecem os grandes latifundiários (empréstimos bancários), além da mecanização das atividades agrícolas em substituição da mão de obra. A Região Sudeste que, historicamente, recebeu o maior número de migrantes, tem apresentado declínio na migração, consequência da estagnação econômica e do aumento do desemprego na região. Nesse sentido, ocorreu uma mudança no cenário nacional dos fluxos migratórios, onde a Região Centro-Oeste passou a ser o principal destino. As políticas públicas de ocupação e desenvolvimento econômico da porção oeste do território brasileiro intensificaram a migração para o Centro-Oeste. Entre as principais medidas para esse processo estão: construção de Goiânia, construção de Brasília, expansão da fronteira agrícola e investimentos em infraestrutura. O reflexo dessa política é que 30% da população do CentroOeste são oriundas de outras regiões do Brasil, conforme dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Outro aspecto das migrações internas no Brasil é que os fluxos são mais comuns dentro dos próprios estados ou regiões de origem do migrante. Esse fato se deve à descentralização da atividade industrial no país, antes concentrada na Região Sudeste e em Regiões Metropolitanas. -TEMPORÁRIA: quando há intenção de retorno, isto é, a migração se dá por um tempo determinado. Exemplos: Turistas em férias; indivíduos que vão estudar em outro país por um período de tempo etc. As migrações temporárias se subdividem em: - Pendular: corresponde ao deslocamento diário, ou seja, aquele que é realizado em um período de tempo curto. Exemplo: Estudantes que estudam, todos os dias, em outro município ou indivíduos que trabalham, diariamente, em outra cidade, regressando para casa ao final da tarde ou da noite. Por muitos anos, a dinâmica econômica entre as cidades se mantiveram na relação entre as chamadas áreas periféricas (local de moradia da maior parte dos trabalhadores) e as ditas áreas centrais ou metropolitanas (local do trabalho). A capacidade de atração destas últimas acabavam determinando um movimento a grandes distâncias, diários, entre a casa e o trabalho. E, em consequência disso, as cidades de moradia dos trabalhadores passaram a ser concebidas como cidades-dormitórios. - Transumância: corresponde à migração periódica (sazonal), que compreende um período de tempo maior, relacionada às estações do ano. Exemplo: O migrante sai de um determinado espaço por ocasião de uma estação do ano, como o inverno – por exemplo – e posteriormente retorna, quando do início da primavera, quando a temperatura já está mais elevada. Outro exemplo, por questões da época da colheita, muitos trabalhadores rurais migram para as áreas de produção e só retornam após finalizarem os trabalhos. TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS -Êxodo Rural: trata-se do deslocamento das populações rurais para os centros urbanos. O êxodo rural está diretamente ligado ao processo de urbanização e ele tende a ser definitivo. -Nomadismo: este tipo de migração se caracteriza pelo deslocamento constante de populações em busca de alimentos, abrigo etc. Além de ter sido o caso típico das sociedades primitivas (coletores, caçadores e pescadores préhistóricos), hoje, os ciganos e alguns povos pré-industriais se configuram como povos nômades. MIGRAÇÕES BRASILEIRAS Êxodo rural, modalidade de migração muito comum no Brasil No Brasil, os aspectos econômicos sempre impulsionaram as migrações internas. Durante os séculos XVII e XVIII, a intensa busca por metais preciosos desencadeou grandes fluxos migratórios com destino a Goiás, Mato Grosso e, principalmente, Minas Gerais. Em seguida, a expansão do café nas cidades do interior paulista atraiu milhares de migrantes, em especial mineiros e nordestinos. No século XX, o modelo de produção capitalista criou espaços privilegiados para a instalação de indústrias no território brasileiro, fato que promoveu a centralização das atividades industriais na Região Sudeste. Como consequência 1-(UFRN) “O Ministério da Justiça brasileira, entre 2009 e o primeiro semestre de 2011, regularizou a permanência no Brasil de 18.004 bolivianos. De acordo com as estatísticas, os bolivianos são a comunidade estrangeira que mais cresce em 6 São Paulo, e a principal motivação para esse deslocamento é a busca por emprego”. Urbanização A urbanização é quando o crescimento das cidades é maior que o crescimento do campo. O seu principal vetor é a industrialização. Nesse contexto, o deslocamento feito pelos bolivianos a) coloca-os na condição de imigrantes em território brasileiro. b) corresponde a um processo de migração pendular. c) classifica-os como emigrantes no espaço brasileiro. d) configura um processo de migração sazonal. 2-(FURG) As migrações são movimentos de grupos populacionais de um lugar para outro, e possuem caráter variado em duração, em distâncias percorridas e em objetivos dos migrantes. Com referência aos movimentos migratórios e imigratórios no Brasil, é INCORRETO afirmar que: a) Nas décadas de sessenta e setenta, houve fluxos migratórios significativos de sulistas em direção ao CentroOeste e Norte do país. b) O período mais intenso da imigração alemã ocorreu entre 1849 e 1872, instalando-se principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. c) Os italianos formaram o grupo mais expressivo numericamente e destacaram-se nas plantações de café do Sudeste e na produção vinícola do Rio Grande do Sul. d) Na década de quarenta, grandes contingentes populacionais se dirigiram do Norte para o Nordeste, em busca de emprego nas áreas urbanas do litoral nordestino. e) A lavoura de cana-de-açúcar na Região Sudeste atraía, até a modernização desta cultura agrícola, o maior contingente de trabalhadores temporários oriundos do Nordeste brasileiro. Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão territorial. É o processo em que o espaço rural transforma-se em espaço urbano, com a consequente migração populacional do tipo campo-cidade, o êxodo rural. Em termos de área territorial, no mundo atual, o espaço rural é bem mais amplo do que o espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige um maior espaço para as práticas nele desenvolvidas, como a agropecuária (espaço agrário), o extrativismo mineral e vegetal, além da delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em geral. No entanto, em termos populacionais e em atividades produtivas no contexto econômico e capitalista, a cidade, atualmente, vem se sobrepondo ao campo. Observe o gráfico abaixo: 3-(UNICENTRO) Leia o texto a seguir. Um fenômeno urbano, visto especialmente nas grandes cidades. Esse processo ocorre na medida em que milhões de pessoas que compõem o PEA deixam suas residências antes do horário comercial para chegar ao trabalho e, no final da tarde, ou do expediente, voltam para casa. Esse processo significa simples fluxos populacionais que não configuram propriamente como migração, isso porque não se trata de uma transferência definitiva e sim momentânea. Existem vários casos que se enquadram. Entre eles está o fluxo de boias-frias que residem geralmente na cidade e se deslocam até o campo onde desenvolvem suas atividades, de pessoas que moram em uma determinada cidade e trabalham em outra, além de viagens de final de semana, feriados e férias. Decorrente desse fenômeno, ocorre nos grandes centros urbanos a hora de rush, que são determinados horários do dia nos quais os trabalhadores se aglomeram no trajeto tanto para chegar ao trabalho como para regressar a casa. Outro tipo de fluxo é o commuting, pessoas que moram em um determinado país e se deslocam para outro para trabalhar ou procurar uma ocupação. Podemos perceber, com a leitura do gráfico, que, pela primeira vez na história, a humanidade está se tornando majoritariamente urbana. Os dados após 2010 são apenas estimativas, mas revelam que a tendência desse processo é se intensificar nas décadas subsequentes. Note também, observando o gráfico, que a velocidade com que a urbanização acontece é cada vez maior, deixando a curva que representa a população urbana cada vez mais acentuada. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o tipo de migração descrita no texto. a) Êxodo rural. b) Migração espontânea. c) Migração pendular. d) Migração inter-regional. e) Migração intrarregional. Histórico As cidades mais antigas teriam surgido a cerca de seis mil anos, ao logo dos vales dos rios Tigres e Eufrates, Nilo e Indo. Nessa época, as cidades já possuíam certa importância política, econômica e social, porém, só será a 7 partir do século XVIII que o processo de urbanização terá início. Por volta de 1800, apenas 3% da população encontrava-se na área urbana. Mas a partir da 1ª Revolução Industrial o deslocamento da população do campo para as cidades em busca de emprego aumentou. Funcionavam como fatores de repulsão da área rural: baixos salários agrícolas, concentração fundiária e mecanização do campo. Em meados do século XIX, durante a 2ª Revolução Industrial, cerca de 15% da população mundial já se encontrava vivendo em cidades. Nos centros urbanos os fatores de atração não se resumiam ao processo de industrialização, mas também a expansão do setor de serviços. O que mudou no processo de urbanização capitalista, é que o campo é quem passa a ser dependente da cidade, pois é nela que as lógicas econômico-sociais que estruturam o meio rural são definidas. Resumidamente, o processo de urbanização ocorre em quatro principais etapas, sofrendo algumas poucas variações nos diferentes pontos do planeta: Nos países desenvolvidos, o processo de industrialização passou por diferentes etapas (1ª, 2ª e 3ª Revoluções Industriais), e foi evoluindo gradativamente. Consequentemente, o processo de urbanização acompanhou esse ritmo de desenvolvimento, fazendo com que milhares de pessoas fossem migrando para as cidades ao longo de todo esse processo. Portanto, podemos concluir que a urbanização nos países desenvolvidos ocorreu de maneira lenta e gradativa, assim como a industrialização, contribuindo para a criação de infraestruturas urbanas. Já nos países subdesenvolvidos, a urbanização também acompanhou o ritmo da industrialização, porém como esse processo ocorreu em um curto espaço de tempo, foi possível perceber que a urbanização ocorreu de maneira rápida e desordenada. Sendo assim, as cidades que ao receberem grandes fluxos migratórios, não se encontravam preparadas para o rápido crescimento urbano, o que causou a formação de espaços segregados. As favelas são uma característica marcante desses espaços, onde se observa a reduzida oferta de água encanada, rede de esgoto e pavimentação de vias. Outros problemas encontrados nas cidades dos países subdesenvolvidos são: os elevados índices de desemprego; aumento da violência urbana e da economia informal. 1-(FGV-SP) A urbanização - o aumento da parcela urbana na população total - é inevitável e pode ser positiva. A atual concentração da pobreza, o crescimento das favelas e a ruptura social nas cidades compõem, de fato, um quadro ameaçador. Contudo, nenhum país na era industrial conseguiu atingir um crescimento econômico significativo sem a urbanização. As cidades concentram a pobreza, mas também representam a melhor oportunidade de se escapar dela. Esquema simplificado sobre o processo de urbanização na era capitalista Situação da População Mundial 2007: desencadeando o potencial de crescimento urbano. Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), 2007 Em geral, o que se observa, portanto, é a industrialização funcionando como um motor para a urbanização das sociedades (1ª ponto do esquema acima). Em seguida, ampliam-se as divisões econômicas e produtivas, com o campo produzindo matérias-primas, e as cidades produzindo mercadorias industrializadas e realizando atividades características do setor terciário (2º ponto). Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, com a formação de grandes metrópoles e, em alguns casos, até de megacidades, com populações que superam os 10 milhões de habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a chamada hierarquia urbana, que vai desde as pequenas e médias cidades às grandes metrópoles. Outra ressalva importante é a de que tal sequência não acontece de forma igualitária em todo o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma mais lenta e gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo manifesta-se de forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação coerente com os argumentos do texto: a) No mundo contemporâneo, os governos devem substituir políticas públicas voltadas ao meio rural por políticas destinadas ao meio urbano. b) A urbanização só terá efeitos positivos nas economias mais pobres se for controlada pelos governos, por meio de políticas de restrição ao êxodo rural. c) A concentração populacional em grandes cidades é uma das principais causas da disseminação da pobreza nas sociedades contemporâneas. d) Nos países mais pobres, o processo de urbanização é responsável pelo aprofundamento do ciclo vicioso da exclusão econômica e social. e) Os benefícios da urbanização não são automáticos, pois há necessidade da contribuição das políticas públicas para que eles se realizem. PAÍSES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS O processo de urbanização dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos apresenta diferenças significativas e que estão diretamente relacionadas ao processo de industrialização. 2-(UNICAMP) A metrópole industrial do passado integrava no espaço urbano diversos processos produtivos, ocorrendo uma concentração espacial das plantas de fábrica, da infraestrutura e dos trabalhadores. Na metrópole contemporânea predomina uma dispersão territorial das 8 atividades econômicas e da força de trabalho. Nesta, a produção fabril tende a se instalar na periferia ou nos arredores do perímetro urbano, enquanto as atividades associadas ao poder financeiro, político e econômico concentram-se na área urbana mais adensada. d) Apenas I, II e III são verdadeiras. e) Apenas II, III e IV são verdadeiras. Como principal característica da metrópole contemporânea, destaca-se: a) a concentração da atividade industrial e das funções administrativas das empresas no mesmo local. b) o aumento da densidade demográfica nas áreas do antigo centro histórico da metrópole. c) a concentração do poder decisório da administração pública e das empresas em uma única área da metrópole. d) a diversificação das atividades comerciais e de serviços na área do perímetro urbano. 3-(FGV-SP) A história da América Latina é a história dos contrastes e semelhanças, das convergências e divergências. A geografia do continente também é assim e pode-se destacar que em boa parte os países latino-americanos se assemelham quanto: a) Mecanização da agricultura. b) Segregação urbana-espacial. c) Concentração das terras em mãos de uma minoria de proprietários. d) Precária condição de vida no campo. e) Esperança de melhoria de vida na cidade. 5-(UFAM) Das causas abaixo, a única que não contribui par a migração campo-cidade é: Urbanização brasileira A urbanização no Brasil ocorreu em um curto espaço de tempo, impulsionada pelo desenvolvimento da economia. As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral em razão da produção do açúcar, nos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização, em 1872 a população urbana era restrita a 6% do total de habitantes. Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o país começou a industrializar-se, e como o trabalho no campo era duro e a mecanização já provocava perda de postos de trabalho, assim grande parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado industrial que crescia. Esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Dessa forma o processo de urbanização no Brasil ocorreu de maneira rápida e desordenada, ao longo do século XX, com a grande migração da população, que trocou o meio rural pelas novas oportunidades oferecidas pelas cidades. Mas esse processo não ocorreu da mesma forma em todo o país. Algumas regiões brasileiras urbanizaram-se mais do que outras em razão das políticas públicas (que incentivaram determinadas áreas e outras não). As regiões Sul e Sudeste destacam-se porque possuem uma concentração maior de áreas urbanas. O êxodo rural provocou um inchaço urbano, isso somado a falta de planejamento urbano, trouxeram algumas consequências para esses centros urbanos, tais como: problemas de saneamento básico (como tratamento de distribuição de água e esgoto), congestionamento (em razão da falta de espaço nas ruas), falta de moradias, poluição ambiental, falta de áreas verdes (como praças e bosques), indústrias e residências na mesma área (ocasionando problemas ambientais e de saúde), barulho, violência e diversos outros transtornos que resultam em má qualidade de vida para a sociedade. a) à fase da transição demográfica em que vivem, pois, de modo geral, encontram-se no momento inicial que se caracteriza pela redução da mortalidade infantil. b) à urbanização que se caracterizou como um processo rápido e desordenado, em geral, relacionado à transferência da população do campo para as cidades. c) à forte participação no comércio internacional, sobretudo aqueles países que ultrapassaram a fase de exportação de bens de baixo valor agregado. d) ao atual estágio de desenvolvimento socioeconômico que, desde o início do século XXI, tem se caracterizado pela estagnação. e) ao expressivo crescimento dos Estados como gerenciadores da economia, após um período, entre os anos de 1980 e 90, de expansão do neoliberalismo. 4- (UFC) O processo de urbanização é um dos traços marcantes do mundo contemporâneo presente em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, entretanto a urbanização apresenta características distintas em cada uma dessas realidades. Analise as afirmações abaixo sobre essas características. I. Nos países desenvolvidos, as cidades estruturam-se gradativamente para absorver os migrantes e, por conseguinte, melhoram as condições de moradia, de serviços e a oferta de emprego. II. Nos países subdesenvolvidos, a urbanização acelerada está associada às péssimas condições de vida no campo e à estrutura fundiária concentrada, o que estimula o êxodo rural. III. Nos países subdesenvolvidos, o rápido e desordenado crescimento das cidades deu origem ao fenômeno denominado macrocefalia urbana. IV. Nos países desenvolvidos, a urbanização está relacionada à presença da indústria na cidade e à ausência de técnicas modernas no campo, o que acentuou a migração rural-urbana. Assinale a alternativa correta. a) Apenas II é verdadeira. b) Apenas I e II são verdadeiras. c) Apenas I, II e IV são verdadeiras. 9 Assim, podemos dizer que o espaço urbano mundial estrutura-se obedecendo a uma rede, em que os grandes aglomerados internacionais polarizam os centros menores. A relação hierárquica entre as cidades estrutura-se a partir da formação de uma rede urbana, que se relaciona com a formação e consolidação do processo de globalização. Assim, as relações comerciais e econômicas entre as diferentes localidades disseminam-se, integrando-se, assim, em uma malha de transportes e comunicações, aumentando as interações e elevando os níveis de interdependência entre as diferentes cidades. Para melhor compreender como essa rede estrutura a hierarquia urbana, os estudiosos costumam adotar uma classificação segundo o grau de importância e dinâmica econômica que uma cidade possui, bem como a sua capacidade de polarizar outros centros menores de poder. Dessa forma, temos uma tipologia que vai desde as megalópoles até as pequenas cidades. Megalópoles, metrópoles mundiais ou cidades globais: são os principais centros de poder no mundo. Nelas é determinada toda a estrutura econômica mundial, transformando essas grandes cidades em centros de difusão de ordens econômicas, políticas e até culturais. Sua importância está em sediar instituições importantes, como bolsas de valores e as sedes das maiores empresas estatais e privadas do mundo. Podemos considerar como exemplos de cidades globais: Nova York, Londres (essas duas são consideradas as grandes cidades de primeira grandeza no mundo), Tóquio, Paris, Hong Kong, Dubai, São Paulo e algumas outras. Ao todo, existem cerca de 50 cidades globais, hierarquizadas por uma divisão que as segmenta nos grupos alfa, beta e gama. A urbanização brasileira ocorreu de forma rápida e desigual, o que gerou diversos problemas, como o caso das favelas Em algumas cidades o planejamento urbano foi realizado, caso da capital federal, Brasília. O planejamento urbano serve para evitar os problemas que ocorrem com as cidades que crescem rapidamente e não têm um acompanhamento adequado. Esses centros planejados possuem estudos para fluxos de automóveis (que evitam o congestionamento), bairros para moradias, distritos industriais separados das moradias, áreas verdes, entre outros pontos fundamentais para oferecer uma melhor qualidade de vida para a população que ali habita. Metrópoles nacionais: são as aglomerações metropolitanas constituídas pelas principais cidades da rede urbana em um determinado país depois das cidades globais. Geralmente, essas cidades concentram a maior parte da população, e as principais infraestruturas são economicamente mais dinâmicas que o seu entorno. Trata-se de localidades economicamente centrais, que influenciam as metrópoles regionais e as cidades médias. No Brasil, alguns exemplos de metrópoles nacionais são Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Belo Horizonte. Metrópoles regionais: são centros secundários de poder econômico no contexto de uma economia nacional. Geralmente, possui uma nula representatividade em nível internacional e costuma influenciar apenas as cidades das regiões próximas à sua localização. Apesar disso, possuem um importante papel na economia, uma vez que ajudam a difundir mercadorias, serviços e demais elementos advindos dos principais polos de poder. Além disso, contribui para o direcionamento de matérias-primas e recursos rumo às metrópoles nacionais e/ou globais. São exemplos de metrópoles regionais cidades como Goiânia, Belém, Manaus, Maceió, Campinas, entre outras. Cidades médias: como o próprio nome indica, são consideradas cidades médias as formações urbanas de médio porte que possuem uma relativa dinâmica econômica, capaz de possuir uma oferta de serviços em níveis consideráveis. Costumam apresentar os maiores índices de crescimento econômico e industrial em nível nacional. No Brasil, essas cidades costumam ter mais de 200 mil habitantes, lembrando que as cidades satélites (aquelas que integram o entorno de uma cidade) não podem fazer parte dessa classificação. São Brasília: exemplo de planejamento urbano no Brasil Hierarquia urbana mundial A hierarquia urbana estrutura-se pelas diferenciações econômicas entre as cidades, de modo que os grandes centros polarizam os menores. Nova York, um exemplo de cidade global de elevada importância na hierarquia urbana mundial A hierarquia urbana é a forma de organização das cidades, em que essas se estruturam segundo um sistema econômico que determina que as menores costumam depender ou sofrer elevada influência das cidades maiores. 10 exemplos de cidades médias: Londrina (PR), Anápolis (GO), Jundiaí (SP) e muitas outras. Dessa forma, é importante considerar que essas cidades estruturam e polarizam as cidades pequenas e até o espaço rural, que se tornou cada vez mais interligado e dependente do espaço urbano à medida em que os processos de industrialização e urbanização foram avançando. 4-(Umtm) Considere as afirmações a seguir sobre a rede urbana brasileira. ( ) O processo de urbanização, acelerado na década de 1990, produziu uma nova categoria de cidades, as cidades globais, cuja concentração maior está na região Sudeste, pois é a região mais integrada ao mercado mundial. ( ) A região Norte ainda não apresenta cidades com características de metrópoles regionais. A grande dimensão territorial e a fraca integração econômica fazem com que as cidades da região tenham mais relações com as metrópoles regionais do Nordeste e Centro-Oeste. ( ) Cada vez mais, São Paulo centraliza as funções de metrópole nacional e global, pois é o “nó” de vários fluxos que integram a economia nacional à global: capitais, mercadorias, informações etc. ( ) Na atualidade, a idéia de uma rede urbana hierárquica está ultrapassada, pois cada centro urbano, independente de seu tamanho populacional consegue manter relações econômicas, políticas e sociais com outros centros. E as megacidades? Elas não fazem parte da hierarquia urbana? O conceito de megacidade é demográfico. Foi elaborado pela ONU para designar aquelas cidades com população superior a 10 milhões de habitantes. Trata-se, portanto, de um conceito quantitativo, enquanto as definições acima apresentadas são qualitativas, pois se baseiam nos níveis de estruturação, dinâmica e importância político-econômica das cidades. 5- (Unisc) Em Geografia, as metrópoles são definidas por uma série de características. Com base nessas características, poucas das cidades brasileiras são consideradas metrópoles. Considerando as metrópoles brasileiras, é incorreto afirmar que elas: 1- (UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais podemos destacar: a) Falta de infra-estrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos. b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência. c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural. d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços. e) Luta pela posse da terra, falta de infra-estrutura e altas condições de vida nos centros urbanos. 2-(FURG) Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia e o aumento do desemprego estão diretamente relacionados à existência de que tipos de habitação? a) exercem influência sobre vasta área geográfica, quase sempre mais ampla que o território dos seus Estados. b) têm equipamentos urbanos numerosos e variados, capazes de suprir a quase totalidade das necessidades da sua população. c) apresentam uma área central, cujo fluxo de veículos, em geral intenso, varia consideravelmente ao longo do dia. d) formam uma mancha urbana de densidade demográfica homogênea, que se estende, de forma contínua, pelos municípios da região metropolitana. e) nenhuma das alternativas anteriores. AGROPECUÁRIA a) Favelas e condomínios. b) Favelas e cortiços. c) Mansões e vilas. d) Vilas e bairros. e) Lugarejos e condomínios. 3-(Facig) Sobre a urbanização brasileira, é incorreto afirmar. a) O processo de urbanização brasileira apoiou-se essencialmente, no êxodo rural, ou seja, na transferência de populações do meio rural para as cidades. b) A violência urbana nas metrópoles brasileiras está relacionada a uma série de fatores sociais e econômicos, como: o subemprego, o crescimento de favelas. c) O processo de urbanização da população brasileira é uniforme. Os estados do país apresentam uma urbanização de pouco contraste na distribuição da população rural e urbana. d) A recente transformação do Brasil em sociedade urbana deixa para trás as estruturas econômicas e os comportamentos reprodutivos típicos do meio rural. e) A hierarquização do espaço brasileiro do ponto de vista urbano, apresenta grande concentração de indústria e serviços na metrópole nacional, representada por São Paulo. Conjunto de atividades que integram a agropecuária A agropecuária consiste no conjunto de atividades primárias, estando diretamente associada ao cultivo de plantas (agricultura) e à criação de animais (pecuária) para o consumo humano ou para o fornecimento de matériasprimas na fabricação de roupas, medicamentos, biocombustíveis, produtos de beleza, entre outros. Esse segmento da economia é um dos elementos que compõem o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar. Essas atividades são exercidas há milhares de anos, sendo de fundamental importância para a sobrevivência humana, pois é através delas que se obtém alimento. O 11 desenvolvimento de técnicas proporcionou (e ainda proporciona) muitas transformações na estrutura da agropecuária, fato notório ao analisarmos a evolução dos métodos de cultivo e de criação de animais ao longo dos anos. Apesar da evolução tecnológica, muitas propriedades continuam utilizando métodos tradicionais de cultivo e de criação de rebanhos, sobretudo nos países subdesenvolvidos, onde há pouco investimento na mecanização das atividades rurais. Nesse sentido, surgiu uma classificação dos sistemas agropecuários: Pelas características do plantio do arroz ser feito em mudas e ocupando grandes áreas o seu aspecto lembra de um grande jardim, daí o seu nome. A agricultura de jardinagem consiste basicamente na rizicultura, mas na produção de outros cereais. Sendo uma forma de agricultura extensiva que utiliza muita mão de obra. Agricultura de Terraceamento: utiliza as curvas de nível como base para o cultivo e a contenção de processos erosivos em regiões montanhosas ou de encostas, onde o solo é fértil. Sistema Intensivo: altamente mecanizado, adequação do solo para determinado plantio, beneficiamento de sementes, utilização de fertilizantes, implementos agrícolas, confinamento do rebanho, entre outros elementos que contribuem para intensificar a produtividade e a lucratividade dos proprietários. Exige pouca mão de obra, porém qualificada, e muito aparato tecnológico. Esse sistema é praticado, principalmente, em regiões desenvolvidas. Agricultura orgânica ou agricultura biológica: é o termo usado para designar um dos sistemas sustentáveis de produção de alimentos que não permite o uso de produtos químicos, tais como certos fertilizantes químicos e agrotóxicos, nem de organismos geneticamente modificados. Apresenta um menor rendimento, mas garante maior qualidade aos produtos. Sistema Extensivo: se caracteriza pela ausência de tecnologia e por uma baixa produtividade. Esse sistema é praticado por agricultores que utilizam a queimada (coivara) como forma de preparo do solo e mão de obra familiar, conhecido popularmente como “roça”. A pecuária é desenvolvida em grandes áreas, onde o rebanho fica solto no pasto e procura seu próprio alimento. Esse sistema também têm como características o desflorestamento, o esgotamento dos solos, o pequeno rendimento e o uso de mão de obra não qualificada. Outros conceitos importantes Transgênicos: ou organismos geneticamente modificados, são produzidos em laboratório a partir da introdução de genes de outras espécies, com a finalidade de aumentar seu valor nutricional resistir a pragas e aumentar a produtividade. Sistema Plantation: É um sistema bastante antigo, que começou a ser aplicado no Brasil na época colonial, com o cultivo da cana-de-açúcar. Atualmente é típico de grandes propriedades rurais (latifúndios), em um sistema de monocultura agroexportadora, com uso de mão de obra numerosa e barata e alto nível tecnológico, gerando grandes rendimentos. Revolução Verde: inovações nas técnicas de plantio ocorridas após a década de 1950, que consiste no uso de maquinários, fertilizantes, defensivos, sementes híbridas, etc. Esses fatos aumentaram a produção e a produtividade agrícola, mas aumentou a dependência tecnológica do campo. Agricultura familiar: é a forma dominante no campo brasileiro, responsável por grande parte da produção dos alimentos consumidos no Brasil. Sendo caracterizada pelas pequenas propriedades rurais (minifúndios) que utilização a mão de obra familiar na produção, tendo rendimentos baixos, necessários a sua subsistência, comumente vendendo a produção excedente. Agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-primas provenientes da agricultura, pecuária ou silvicultura. O grau de transformação varia amplamente em função dos objetivos das empresas agroindustriais. Para cada uma dessas matérias-primas, a agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor. Agronegócio: conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária dentro do ponto de vista econômico. Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes: a primeira parte trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, ou de "dentro da porteira", que representam os produtores rurais. Na segunda parte, os negócios à montante da agropecuária, ou da "pré-porteira", representados pela indústria e comércio que fornecem insumos para a produção rural, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos químicos e equipamentos. E na terceira parte estão os negócios à jusante dos negócios agropecuários, ou de "pós-porteira", onde está à compra, transporte, beneficiamento e venda dos produtos agropecuários até o consumidor final. Enquadram-se nesta definição os Agricultura de Jardinagem: expressão que se originou no sul e sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de arroz em planícies inundáveis, com utilização intensiva de mão de obra. 12 frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados, distribuidores de alimentos. para o desenvolvimento, diversificação e fortalecimento das atividades agropecuárias em nosso país. Atualmente, o Brasil possuí uma imensidão de terras disponibilizadas para as atividades agropastoris, são 282 milhões de hectares ocupados, o que representa um terço do território ou a soma dos espaços territoriais da França, Itália e Reino Unido juntos. Um espaço que se destaca por permitir a produção policultora de cereais, oleaginosas, plantas têxteis, agroenergéticos, e pecuária constituída de vários rebanhos. Entre os fatores mais importantes dessa imensidão espacial rural estão: condições climáticas favoráveis; relevo e solo, que permite a diversificação dos produtos e cultivo ininterrupto o ano todo; utilização de técnicas de irrigação artificial e correção da acidez do solo, permitindo incluir no espaço agrário até mesmo o Sertão Nordestino e os Cerrados do Centro-Oeste. Além do desenvolvimento tecnológico que possibilitaram a variedade e adaptação de sementes aos variados tipos climáticos do país. Entre os atuais produtos cultivados no Brasil, merecem serem destacados em nossa agricultura comercial: Boia-fria: ou trabalhador volante. É um trabalhador temporário, contratado nos períodos de safra ou trabalhos eventuais necessários no meio rural. Arrendatários: produtores que alugam as terras de outros, para criações de animais ou plantações. Posseiros: pequenos produtores rurais que apesar da posse da terra em que moram e trabalham, não tem a devida documentação dessa terra. Grileiros: são invasores de terras, que falsificam as escrituras da propriedade para provarem que são donos das terras, normalmente são grandes latifundiários que buscam aumentar suas propriedades. Meeiro: produtor que utiliza a terra de um proprietário e estabelece como pagamento a metade (meeiro) de sua produção. - Soja: é o principal produto da nossa agricultura. Expandiuse com maior vigor no país, durante os anos 70, notadamente nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Sendo uma cultura típica de exportação, está cada vez mais se voltando para o mercado interno em razão do crescente consumo de margarinas e óleos na alimentação do brasileiro. Atualmente, verifica-se sua expansão nas áreas do cerrado, sobretudo nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Bahia. A EMBRAPA têm uma forte influência na modernização da produção de soja, contribuindo com o desenvolvimento de espécies adaptadas que permitiram essa expansão da sojicultura. AGRICULTURA BRASILEIRA - Café: durante muito tempo produzindo apenas no Paraná e em São Paulo, hoje sua produção se estende para Minas Gerais, Espírito Bahia e Rondônia. O Paraná busca aumentar em grande quantidade sua produção de café nos últimos anos, pela introdução de espécies novas (café adensado), desenvolvidas pelo IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná); A agricultura brasileira se iniciou na região Nordeste do Brasil, no século XVI, com a criação das chamadas “Capitanias Hereditárias” e o início do cultivo da cana. Baseada na monocultura, na mão de obra escrava e em grandes latifúndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita à cana com alguns cultivos diferentes para subsistência da população da região, porém de pouca expressividade. Somente a partir do século XVIII com a mineração e o no século XIX com as plantações de café, que a agricultura começa a ganhar mais expressividade. Tal como ocorrera com o período de grande produção da canade-açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase econômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no Brasil está intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país. Ainda mais, quando se considera o período a partir do século XIX quando o café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro. Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX fez fortunas e influenciou fortemente a política do país, começou a declinar no início do século XX, havendo a necessidade de diversificação da economia que, entre outras atividades além das estreantes indústrias, começava a valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento da urbanização do país exigia também, o aumento do cultivo de matérias-primas. Dessa forma o século XX foi essencial - Cana-de-açúcar: apesar de ser cultivada no Brasil desde o século XVI, sua produção foi estimulada, a partir de 1975, com a criação do Proálcool. O Estado de São Paulo detém mais da metade da produção nacional, mas também é encontrada em Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, além de estados nordestinos (Zona da Mata). Da cana extraímos o açúcar e o etanol; -Laranja: produto largamente cultivado para atender à demanda da indústria de sucos, tem no estado de São Paulo seu principal produtor. Paraná e Minas Gerais estão se convertendo em novas e importantes áreas de produção. O Brasil é um grande exportador de suco concentrado, principalmente para os EUA; - Arroz: o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz irrigado. Outros estados se destacam na produção dessa cultura alimentar básica: Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e São Paulo. Outros produtos de destaque são: o trigo, apesar de ser insuficiente para abastecer o mercado interno; o algodão, fortemente controlado pela indústria têxtil e de alimentos 13 (óleo). O cacau, cultura ecológica, encontra-se em crise, notadamente na Bahia, seu maior produtor. Vale ressaltar que muitos produtores do Sul, principalmente do Paraná e do Rio Grande do Sul, trocaram de território. Entre as principais causas, está o preço da terra. Com isso, muitos migraram para outros estados do país, tornando-se produtores de soja e café, principalmente. Outros se transferiram para países vizinhos, como a Bolívia e o Paraguai. das famílias assentadas, pois essas famílias que recebem lotes de terras da reforma agrária necessitam de financiamentos com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, e os assentamentos necessitam de infraestrutura, entre outros aspectos para poderem se desenvolver. É de extrema importância a realização da reforma agrária no país, proporcionando terra para a população trabalhar, aumentando a produção agrícola, redução das desigualdades sociais, democratização da estrutura fundiária, etc. Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) exerce grande pressão para a distribuição de terras, sendo a ocupação de propriedades consideradas improdutivas sua principal manifestação. As propriedades rurais destinadas para a reforma agrária podem ser obtidas pela União de duas formas: expropriação e compra. A expropriação é a modalidade original para a obtenção de terras para a reforma. Está prevista na Lei 8.629/93, que diz: “a propriedade rural que não cumprir a função social é passível de desapropriação”. Quem estabelece se uma propriedade cumpre sua função social prevista na lei é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que a partir de índices de produtividade predeterminados avalia se a terra é produtiva ou não. A outra forma de aquisição da propriedade rural para fins de reforma agrária é a compra direta de terras de seus proprietários. Conforme dados do INCRA, de 2003 a 2009, o Governo do Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares para realizar a reforma, enquanto a expropriação atingiu apenas 3 milhões de hectares. A obtenção de terras através da compra é muito criticada, pois a União, ao pagar pelo imóvel rural, proporciona as condições para permitir a reconversão do dinheiro retido na terra em dinheiro disponível para os capitalistas-proprietários de terra. Conforme dados do INCRA, o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da reforma agrária, realizando o assentamento de, aproximadamente, 920 mil pessoas. ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA E A REFORMA AGRÁRIA A estrutura fundiária corresponde ao modo como as propriedades rurais estão dispersas pelo território e seus respectivos tamanhos, que facilita a compreensão das desigualdades que acontecem no campo. A desigualdade estrutural fundiária brasileira configura como um dos principais problemas do meio rural, isso por que interfere diretamente na quantidade de postos de trabalho, valor de salários e, automaticamente, nas condições de trabalho e o modo de vida dos trabalhadores rurais. No caso específico do Brasil, uma grande parte das terras do país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da população, essas pessoas são conhecidas como latifundiários. Já os minifundiários são proprietários de milhares de pequenas propriedades rurais espalhadas pelo país, algumas são tão pequenas que muitas vezes não conseguem produzir renda e a própria subsistência familiar suficiente. Diante das informações, fica evidente que no Brasil ocorre uma discrepância em relação à distribuição de terras, uma vez que alguns detêm uma elevada quantidade de terras e outros possuem pouca ou nenhuma, esses aspectos caracterizam a concentração fundiária brasileira. A reforma agrária tem por objetivo proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para a realização de sua função social. Esse processo é realizado pelo Estado, que compra ou desapropria terras de grandes latifundiários (proprietários de grandes extensões de terra, cuja maior parte aproveitável não é utilizada) e distribui lotes de terras para famílias camponesas. Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso à terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários. No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse problema prolongado até os dias atuais. A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção 1- (IFG) A partir da segunda metade do século XX, vários países do mundo, inclusive o Brasil, implantaram um pacote de medidas que recebeu o nome de revolução verde. Assinale a alternativa que indica duas características desse momento. a) Uso intensivo de agrotóxico; aplicação de adubos e fertilizantes. b) Introdução de espécies vegetais nas florestas; uso de adubação orgânica. c) Revitalização de biomas degradados; retorno da população urbana para o campo. d) Surgimento de movimentos sociais no campo; aumento da produtividade e o fim da fome. e) Uso de sementes selecionadas; uso de sementes transgênicas. 2-(IFCE) O agronegócio, também conhecido por seu nome em inglês "agribusiness", cujas cadeias produtivas se baseiam na agricultura e na pecuária, apresenta um grande dinamismo econômico e pode fazer do Brasil um dos maiores produtores agropecuários do mundo. Com relação ao agronegócio é verdadeiro afirmar-se que: 14 c) nas grandes concentrações fundiárias, geralmente existem grandes parcelas de terras ociosas. d) no Brasil as maiores áreas de tensão e conflitos por disputa de terras estão localizadas na região Sul. a) a soja, cultivo mecanizado e irrigado, foi a primeira lavoura moderna a se desenvolver no território brasileiro, onde é cultivada, principalmente, em áreas de terrenos litorâneos planos e baixos e próximos de rios e açudes. b) o agronegócio é o conjunto da cadeia produtiva ligado à agropecuária, incluindo todas as atividades de indústria e serviços de antes, durante e depois da produção. Essa cadeia movimenta a economia, ao empregar trabalhadores, gerar renda e pagar impostos. c) a expansão do agronegócio, no Brasil, não provocou mudanças no campo, mas gerou riquezas e contribuiu para a desconcentração de rendas e terras. Essa expansão diminuiu, recentemente, o êxodo rural. d) o café, a soja, o milho e a mandioca, juntamente com a pecuária, podem ser considerados as estrelas do agronegócio brasileiro. Esses produtos garantem um volume elevado na pauta de exportações no país. e) a expansão monocultora de árvores como o eucalipto, o pínus e a acácia, também tem contribuído para a fortificação do agronegócio brasileiro, uma vez que está comprovado que essa expansão não causará consequências socioambientais. FONTES DE ENERGIA 3-(CECIERJ) À época da colonização europeia na América, um sistema agrícola amplamente utilizado era baseado na grande propriedade monocultora, com produção de gêneros tropicais, voltada para a exportação. Esse sistema, na atualidade, persiste em países como Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Índia e Malásia, dentre outros. O sistema agrícola descrito acima refere-se à: As fontes de energia são recursos da natureza ou artificiais utilizados pela sociedade para a produção de algum tipo de energia. Esta, por sua vez, é utilizada com o objetivo de propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir eletricidade para os mais diversos fins. Trata-se de um assunto extremamente estratégico no contexto geopolítico global, pois o desenvolvimento dos países depende de uma infraestrutura energética capaz de suprir as demandas de sua população e de suas atividades econômicas. As fontes de energia constituem-se também como uma questão ambiental, pois, a depender das formas de utilização dos diferentes recursos energéticos, graves impactos sobre a natureza podem ser ocasionados. Os meios de transporte e comunicação, além das residências, indústrias, comércio, agricultura e vários campos da sociedade, dependem totalmente da disponibilidade de energia, tanto a eletricidade quanto os combustíveis. Por isso, com o crescimento socioeconômico de diversos países, a cada ano a procura por recursos para a geração de energia cresce, elevando também o caráter estratégico e até disputas internacionais em busca de muitos desses recursos. As fontes de energia podem ser classificadas conforme a capacidade natural de reposição de seus recursos. Existem, assim, as chamadas fontes renováveis e as fontes não renováveis. a) Agricultura de subsistência. b) Agricultura de jardinagem. c) Plantation. d) Agroecologia. 4- (FGV-SP) Considere as assertivas sobre a agricultura brasileira. ( ) A modernização do campo brasileiro possibilitou o crescimento da agricultura familiar comercial, ampliando a produção e a produtividade. ( ) Nestas últimas décadas, a agricultura camponesa tornouse antieconômica, porque não conseguiu incorporar mudanças estruturais e, praticamente, desapareceu do campo brasileiro. ( ) Nas últimas décadas, a industrialização da agricultura contou com o apoio do Estado que, oferecendo financiamentos e infraestrutura, priorizou os produtos destinados à exportação. Fontes não renováveis de energia As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em um futuro relativamente próximo. Alguns recursos energéticos, como o petróleo, possuem o seu esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico que esses elementos possuem. A seguir, os principais tipos de recursos energéticos não renováveis: 5- (UECE) No Brasil há uma elevada concentração de terras. Os latifúndios predominam, ocupando a maior parte da área enquanto os minifúndios têm pouca expressividade percentual. Sobre as características da estrutura fundiária brasileira, é correto afirmar-se que: a) a mecanização das lavouras nas grandes propriedades tem contribuído para a fixação do homem no campo. b) os pequenos produtores não têm problemas de endividamento no campo, em virtude das linhas de crédito oferecidas pelo Governo Federal. Combustíveis fósseis A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o deslocamento de veículos de pequeno, médio e grande porte quanto para a produção de 15 eletricidade em estações termoelétricas. Os três tipos principais são: o petróleo, o carvão mineral e o gás natural, mas existem também outros, como o xisto betuminoso. Os combustíveis fósseis são as fontes de energia mais importantes e mais disputadas pela humanidade no momento. Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63% de toda a matriz energética global advém dos três principais combustíveis fósseis acima citados, valor que se reduz para 56,8% quando analisamos somente o território brasileiro. Por esse motivo, muitos países dependem da exportação desses produtos, enquanto outros tomam várias medidas geopolíticas para consegui-los. Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis referese aos altos índices de poluição gerados pela sua queima. Muitos estudiosos apontam que eles são os principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global. A energia solar é o aproveitamento da luz do sol para a geração de eletricidade e também para o aquecimento da água para uso. Trata-se também de uma fonte inesgotável de energia, haja vista que o sol – ao menos na sua configuração atual – manter-se-á por bilhões de anos. Existem duas formas de aproveitamento da energia solar: a fotovoltaica e a térmica. No primeiro caso, são utilizadas células específicas que lançam mão do chamado “efeito fotoelétrico” para a produção de eletricidade. No segundo caso, utiliza-se o aquecimento da água tanto para uso direto quanto para a geração de vapor, que atuará em processos de ativação de geradores de energia, lembrando que podem ser utilizados também outros tipos de líquidos. No mundo, em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito utilizada. Todavia, gradativamente, seu aproveitamento vem crescendo tanto com a instalação de placas em residências, indústrias e grandes empreendimentos quanto com a construção de usinas solares especificamente voltadas para a geração de energia elétrica. Energia nuclear (atômica) Na energia nuclear – também chamada de energia atômica – sua produção de eletricidade ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em vapor e ativa os geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em reatores onde ocorre uma reação chamada de fissão nuclear a partir, principalmente, do urânio-235, um material altamente radioativo. Embora as usinas nucleares gerem menos poluentes do que outras estações de operação semelhante (como as termoelétricas), elas são alvo de muitas polêmicas, pois o vazamento do lixo nuclear produzido ou a ocorrência de acidentes podem gerar graves impactos e muitas mortes. No entanto, com a emergência da questão sobre o aquecimento global, o seu uso vem sendo reconsiderado por muitos países. Energia hidrelétrica A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para a movimentação das turbinas de eletricidade. No Brasil, essa é a principal fonte de energia elétrica do país, ao lado das termoelétricas, haja vista o grande potencial que o país possui em termos de disponibilidade de rios propícios para a geração de hidroeletricidade. Nas usinas hidroelétricas, constroem-se barragens no leito do rio para o represamento da água que será utilizada no processo de geração de eletricidade. Nesse caso, o mais aconselhável é a construção de barragens em rios que apresentem desníveis em seus terrenos, com o objetivo de diminuir a superfície inundada. Por isso, é mais recomendável a instalação dessas usinas em rios de planalto, embora também seja possível em rios de planícies, porém com impactos ambientais maiores. Fontes renováveis de energia As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que possuem a capacidade de serem repostas naturalmente, o que não significa que todas elas sejam inesgotáveis. Algumas delas, como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras, como a água, podem acabar, a depender da forma como o ser humano faz o seu uso. Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de impactos ambientais em larga escala. A seguir, podemos conferir os tipos de energia produzidos com fontes renováveis: Biomassa A utilização da biomassa consiste na queima de substâncias de origem orgânica para a produção de energia, ocorrendo por meio da combustão de materiais como a lenha, o bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, restos florestais e até excrementos de animais. É considerada uma fonte de energia renovável porque o dióxido de carbono produzido durante a queima é utilizado pela própria vegetação na realização da fotossíntese, o que significa que, desde que haja controle, o seu uso é sustentável por não alterar a macrocomposição da atmosfera terrestre. Energia eólica O vento é um recurso energético inesgotável e, portanto, renovável. Em algumas regiões do planeta, a sua frequência e intensidade são suficientes para a geração de eletricidade por meio de equipamentos específicos para essa função. Basicamente, os ventos fazem os chamados aerogeradores, que ativam turbinas e geradores que convertem a energia mecânica produzida em energia elétrica. Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto custo de seus equipamentos. Todavia, alguns países já vêm adotando substancialmente esse recurso, com destaque para os Estados Unidos, China e Alemanha. A principal vantagem é a não emissão de poluentes na atmosfera e os baixos impactos ambientais. Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados como um tipo de biomassa, pois também são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para a geração de combustível, que é empregado principalmente nos meios de transporte em geral. O exemplo mais conhecido é o etanol produzido da cana-de-açúcar, mas podem existir outros compostos advindos de vegetais distintos, como a mamona, o milho e muitos outros. Energia das marés (maremotriz) A energia das marés – ou maremotriz – é o aproveitamento da subida e descida das marés para a produção de energia elétrica, funcionando de forma relativamente semelhante a uma barragem comum. Além das Energia solar 16 barragens, são construídas eclusas e diques, que permitem a entrada e a saída da água durante as cheias e as baixas das marés, o que propicia a movimentação das turbinas. Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens, de forma que não há nenhuma fonte que se apresente, no momento, como absoluta sobre as demais em termos de viabilidade. Algumas são baratas e abundantes, mas geram graves impactos ambientais; outras são limpas e sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O mais aconselhável é que, nos diferentes territórios, exista uma grande diversidade nas matrizes energéticas para atenuar os seus respectivos problemas, o que não acontece no Brasil e em boa parte dos demais países. CAMADA PRÉ-SAL 1-(UEA) Em 2012, 1,4% da energia necessária para abastecer a economia do Brasil foi atendida pela energia nuclear. Ainda que pequena se comparada com outras fontes de energia (56,3% de combustíveis fósseis, por exemplo), é importante conhecermos seus riscos. Uma desvantagem dessa fonte energética é a) vincular sua operação à previsão de mudanças climáticas em escala global. b) gerar resíduos difíceis de serem armazenados de modo seguro. c) não proporcionar independência energética aos países importadores de combustíveis fósseis. d) contribuir para o efeito estufa com a emissão de dióxido de carbono na atmosfera. e) não possuir uma base científica segura e confiável para sua operação. A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural, localizado nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo (região litorânea entre os estados de Santa Catarina e o Espírito Santo). Estas reservas estão localizadas abaixo da camada de sal (que podem ter até 2 km de espessura). Portanto, se localizam de 5 a 7 mil metros abaixo do nível do mar. Estas reservas se formaram há, aproximadamente, 100 milhões de anos a partir da decomposição de materiais orgânicos. Os técnicos da Petrobras ainda não conseguiram estimar a quantidade total de petróleo e gás natural contidos na camada pré-sal. No Campo de Tupi, por exemplo, a estimativa é de que as reservas são de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo. Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorreu no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34. De 2008 até abril de 2013 a produção de petróleo e gás natural no pré-sal atingiu 192 milhões de barris. A exploração ocorre atualmente nas bacias de Santos (litoral do estado de São Paulo) e Campos (litoral do Rio de Janeiro). De acordo com a Petrobrás, em abril de 2013, a produção diária estava em torno de 310 mil barris. A empresa petrolífera informou também que, atualmente, são explorados 19 poços no pré-sal, através de 7 plataformas. Se forem confirmadas as estimativas da quantidade de petróleo da camada pré-sal brasileira, o Brasil poderá se transformar, futuramente, num dos maiores produtores e exportadores de petróleo e derivados do mundo. Porém, os investimentos deverão ser altíssimos, pois, em função da profundidade das reservas, a tecnologia aplicada deverá ser de alto custo. 2-(UFSC) O pré-sal se tornou uma importante página da história dos recursos energéticos no Brasil. A partir de sua descoberta, um novo universo de possibilidades foi aberto para a indústria petrolífera brasileira. Sobre o pré-sal, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). ( ) As formações da camada pré-sal estão localizadas em bacias sedimentares entre o litoral do Espírito Santo e o litoral de Santa Catarina. ( ) Em face da grande profundidade, a exploração do petróleo da camada pré-sal não afetará o ambiente. ( ) As camadas do pré-sal estão localizadas nas áreas da planície amazônica e do pantanal matogrossense. ( ) A descoberta da camada de petróleo do pré-sal poderá dar ao Brasil uma independência energética de derivados deste hidrocarboneto. ( ) Considerando o tempo geológico, as formações do présal são recentes, ou seja, datam do Quaternário da Era Cenozoica, mesmo período em que surge o Homo sapiens. 3-(UFSC) A questão energética assume, nos dias atuais, uma enorme importância, pois o aumento do consumo energético coloca em xeque as fontes esgotáveis e poluidoras. O uso de novas fontes requer que estas sejam capazes de substituir as atuais fontes primárias e, ao mesmo tempo, sejam limpas ou menos poluidoras. 17 Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). ( ) A energia eólica ganha importância em diversas partes do território brasileiro, mas ainda não é capaz de substituir, plenamente, as atuais fontes primárias. ( ) A biomassa é uma fonte energética alternativa que já era utilizada antes da Revolução Industrial. ( ) Em um futuro próximo, deve-se combinar diversas fontes de energia, combinação que deverá levar em consideração as condições naturais de cada espaço geográfico. ( ) No caso brasileiro, há uma articulação bastante exitosa entre a produção energética hídrica, eólica e de biomassa, o que assegura ao sistema elétrico um potencial inesgotável. ( ) Tendo em vista o impacto ambiental, no Brasil, as usinas hidrelétricas estão sendo substituídas gradativamente pelas termelétricas. ( ) A questão energética no Brasil não se reduz apenas ao potencial e à diversificação de sua produção, mas também à problemática ambiental que esta provoca. 4-(FGV-SP) De todo o potencial hidrelétrico brasileiro (258 mil MW de potência), 30% já foram aproveitados. O maior potencial disponível está na bacia Amazônica (100 mil MW), do qual menos de 1% foi aproveitado. A exploração de boa parte do potencial da bacia tem como fator restritivo: a) a grande variação do volume de águas nos leitos dos principais rios durante os meses de primavera-verão. b) a presença de unidades de conservação e de terras indígenas em vários pontos da bacia hidrográfica. c) a pouca profundidade dos leitos fluviais, o que impede a instalação de turbinas e demais equipamentos. d) o relevo formado por baixos planaltos geologicamente instáveis que dificultam a construção de barragens. e) o baixo desenvolvimento econômico e a fraca integração regional, que desestimulam grandes investimentos. 5-(UEMA) O G-20, grupo composto pelos 20 países mais industrializados do mundo, vem discutindo alternativas energéticas que não sejam nocivas ao meio ambiente, sejam renováveis, tenham um custo acessível e que permita o desenvolvimento econômico. VIVER, aprender expandindo: conhecer, sobreviver e conviver: Ensino Médio. v. 1. São Paulo: Global, 2009. No Brasil, um exemplo de importante fonte energética alternativa dessa natureza, proveniente da biomassa tropical e utilizada como combustível nos veículos automotivos, é: a) a cana de açúcar, utilizada na produção do álcool. b) o petróleo, utilizado na produção de energia nuclear. c) o xisto, utilizado na produção de energia termoelétrica. d) o urânio, utilizado na produção de energia geotérmica. e) o carvão mineral, utilizado na produção de energia eólica. 18 A CIÊNCIA GEOGRÁFICA O conhecimento da terra e de todas as dinâmicas existentes integra o estudo da ciência geográfica. A qual surgiu paralelamente ao homem, tendo um grande desenvolvimento na civilização grega, com ESTRABÃO que especulava a respeito da forma da Terra, e realizava comparações entre os lugares em suas viagens. Já os romanos utilizaram os conhecimentos geográficos como forma de poder em seus objetivos expansionistas. A geografia vai se estruturar como ciência apenas no século XIX, na Alemanha, com Alexandre Von Humboldt, Karl Ritter e Friedrich Ratzel, na chamada ESCOLA DETERMINISTA, a qual diz que o meio natural determina as condições de vida do homem. Na França surge a ESCOLA POSSIBILÍSTA, com Paul Vidal de La Blache, acreditando que as sociedades interagem com o meio podendo mudar a realidade em que vivem. Deterministas e possibilistas integram a GEOGRAFIA TRADICIONAL, que possuí um caráter descritivo. As significativas mudanças sociais ocorridas no século XX levam ao surgimento da chamada GEOGRAFIA CRÍTICA ou NOVA GEOGRAFIA, que busca compreender as interelações do homem com o meio, analisando tanto os espaços naturais, quanto os espaços sociais e sua dinâmica, sendo a visão dominante entre os geógrafos na atualidade. 1-(UEPG) O conceito geográfico associado ao plano do cotidiano, do vivido e do indivíduo é: a) a região b) o lugar c) o território d) o espaço geográfico e) a paisagem 2-(Unics) A que categoria geográfica se refere Milton Santos neste fragmento de texto? “Formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá.” (SANTOS, M., 2004:63). Assinale a alternativa correta: a) Paisagem b) Espaço geográfico c) Território d) Lugar e) Região 3-(UFU) A Geografia se expressou e se expressa a partir de um conjunto de conceitos que, por vezes, são considerados erroneamente como equivalentes, a exemplo do uso do conceito de espaço geográfico como equivalente ao de paisagem, entre outros. Considerando os conceitos de espaço geográfico, paisagem, território e lugar, assinale a alternativa INCORRETA. ESPAÇO GEOGRÁFICO: objeto principal de estudo da geografia. Pode ser entendido como o espaço natural modificado permanentemente pelo homem por meio de seu trabalho e das técnicas por ele utilizadas. (“o espaço geográfico é o palco das realizações humanas”). a) A paisagem geográfica é a parte visível do espaço e pode ser descrita a partir dos elementos ou dos objetos que a compõem. A paisagem é formada apenas por elementos naturais; quando os elementos humanos e sociais passam a integrar a paisagem, ela se torna sinônimo de espaço geográfico. b) O espaço geográfico é (re)construído pelas sociedades humanas ao longo do tempo, através do trabalho. Para tanto, as sociedades utilizam técnicas de que dispõem segundo o momento histórico que vivem, suas crenças e valores, normas e interesses econômicos. Assim, pode-se afirmar que o espaço geográfico é um produto social e histórico. c) O lugar é concebido como uma forma de tratamento geográfico do mundo vivido, pois é a parte do espaço onde vivemos, ou seja, é o espaço onde moramos, trabalhamos e estudamos, onde estabelecemos vínculos afetivos. d) Historicamente, a concepção de território associa-se à ideia de natureza e sociedade configuradas por um limite de extensão do poder. A categoria território possui uma relação estreita com a de paisagem e pode ser considerada como um conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e administrativos de uma cidade, estado ou país. LUGAR: Ponto específico do espaço geográfico. É o espaço próximo ao indivíduo, onde é se estabelece uma relação de vivência e de afetividade. PAISAGEM: conjunto de formas visíveis do espaço geográfico. Podendo ser natural ou humanizada. REGIÃO: porção do espaço geográfico que agrupa diferentes lugares, interligados por fatores naturais ou humanos. Uma região se individualiza dentro de espaços maiores por traços de homogeneidade. TERRITÓRIO: Espaço delimitado através de fronteiras, sejam elas definidas pelo homem ou pela natureza. Mas nem sempre essas fronteiras são visíveis ou muito bem definidas, pois a conformação de um território obedece a uma relação de poder, podendo ocorrer tanto em elevada abrangência (o território de um país, por exemplo) quanto em espaços menores (o território dos traficantes em uma favela, por exemplo). 21 seu domínio gravitacional. A estrela central, o SOL, é o maior componente do Sistema Solar. Gerando sua energia através da fusão de hidrogênio em hélio, dois de seus principais constituintes. Os quatro planetas mais próximos do Sol, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, são os menores do Sistema Solar e possuem em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo dos PLANETAS TELÚRICOS, OU ROCHOSOS. Mais afastados, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa entre os planetas, tendo uma constituição gasosa, sendo denominados PLANETAS GASOSOS OU JOVIANOS. ASTRONOMIA Ciência natural que estuda corpos celestes e fenômenos que se originam além da atmosfera terrestre. Se preocupando com a evolução, a física, a química e o movimento de corpos celestes, bem como a formação e o desenvolvimento do universo. UNIVERSO Universo é tudo o que existe fisicamente, a totalidade do espaço e tempo e todas as formas de matéria, incluindo todos os planetas, estrelas, galáxias e os componentes do espaço intergaláctico. Existem diversas teorias sobre a formação do Universo, dentre elas a mais aceita é a teoria do Big Bang, apresentada ao mundo em 1948, por George Gamow, a qual diz que Universo surgiu a cerca de 13,5 a 14 bilhões de anos atrás, a partir de uma grande explosão. Essa explosão teve origem devido a uma gigantesca concentração de energia e matéria em um único ponto do Universo observável. Segundo essa teoria o Universo continua em um processo de expansão. As órbitas dos os planetas são elípticas, tendo assim sempre um afélio e um periélio. PERIÉLIO: é o ponto da órbita de um planeta, asteroide ou cometa, que ele está mais próximo do Sol. Momento este que tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita. A distância entre a Terra e o Sol no periélio é de aproximadamente 147 milhões de quilômetros. Isto ocorre próximo do dia 4 de janeiro. AFÉLIO: é o ponto da órbita em que um planeta ou um corpo menor do sistema solar em que ele está mais afastado do Sol. A distância entre a Terra e o Sol no afélio é de aproximadamente 152 milhões de quilômetros. Momento em que apresenta a menor velocidade de translação de toda a sua órbita. O planeta Terra passa no afélio por volta do dia 4 de Julho de cada ano. GALÁXIAS São agrupamentos de estrelas, planetas e outros corpos celestes. Existem bilhões de galáxias no universo, e em cada uma delas bilhões de estrelas e outros corpos celestes no seu interior. A VIA LÁCTEA é uma galáxia espiralada na qual o Sistema Solar faz parte. Vista da Terra, aparece como uma faixa brilhante e difusa. Com poucas exceções, todos os objetos visíveis a olho nu pertencem a essa galáxia. Os gregos da era clássica foram os responsáveis pela expressão Via Láctea (Caminho de Leite). ESTRELAS São corpos celestes esféricos que irradiam luz e calor. Cada estrela é na verdade, uma violenta bola giratória de gás luminosa e quente. A quantidade de gás (Hélio e Hidrogênio) que uma estrela contém é muito importante, uma vez que influencia a gravidade, a temperatura, a pressão, a densidade e o tamanho da estrela. PLANETAS São corpos celestes que orbitam uma estrela, com massa suficiente para se tornar esférico pela sua própria gravidade. Os planetas são corpos celestes que não possuem luz e nem calor próprios, por isso são denominados de astros iluminados. 1-(UEPG) Sobre o Sistema Solar, assinale a alternativa correta. a) No espaço sideral encontramos apenas os astros iluminados como os planetas, os cometas e os satélites. b) Todos os planetas do Sistema Solar giram em torno do Sol em órbitas circulares, tendo o Sol como centro. c) Periélio é a aproximação entre os planetas e o Sol, enquanto que afélio é o afastamento entre os planetas e o Sol. d) o heliocêntrismo apresenta o Sol como o centro do universo. e) Durante um período de mais de três mil anos, a humanidade aceitou a teoria geocêntrica, tendo a Terra como centro de tudo. SISTEMA SOLAR Corresponde ao conjunto constituído pelo Sol e todos os corpos celestes orbitam ao seu redor devido ao 2- (UFPE-adap) A respeito do universo em geral analise as afirmativas e marque a INCORRETA. 22 MOVIMENTO DE ROTAÇÃO Movimento executado pela Terra ao redor de seu próprio eixo, no sentido de oeste para leste, em um período de 23h e 56 min, chamado de dia sideral. O movimento ocorre com o eixo terrestre inclinado a 23°27’ em relação ao plano de sua órbita, influenciando na distribuição de luminosidade e energia solar na superfície terrestre. A Rotação é responsável: pela alternância de dias e noites, pelos diferentes fusos horários, pela circulação atmosférica, pelas correntes marítimas, pelo abaulamento do Equador e achatamento dos polos. a) A teoria do "Big Bang" procura explicar a origem do universo, como tendo sido resultante da explosão de um átomo primordial fortemente carregado de energia, ocorrida há aproximadamente 13,5 bilhões de anos. b) O ano-luz é a distância percorrida por um raio luminoso, em um ano, à razão de 300 km por dia. c) As constelações boreais estão situadas no hemisfério Norte celeste d) O sistema geocêntrico, que teve em Cláudio Ptolomeu seu principal defensor, considerava a Terra em estado imóvel, no centro do universo, tendo a girar em torno de si os astros então conhecidos. e) Entre todas as galáxias, a Via-Láctea é a que mais nos interessa, pois nela está situado o Sistema Solar. 3- Com relação ao Universo em geral e ao Sistema Solar, assinale a única afirmativa FALSA. a) Segundo a teoria do Big Bang toda a matéria existente estava concentrada em um único ponto quanto ocorreu à grande explosão que deu origem ao Universo a aproximadamente 13 bilhões de anos atrás. b) Os planetas Mercúrio e Vênus não possuem satélites naturais, sendo Vênus o planeta mais quente do Sistema Solar. c) Galáxias são aglomerados de diversos astros celestes, entre eles as estrelas, os planetas, os satélites e outros. d) A Lua é o único satélite natural da Terra e, leva entorno de 28 dias para dar uma volta completa entorno do nosso planeta, movimento denominado de revolução. e) O Sol é o único astro luminoso que encontramos em nossa galáxia, a Via Láctea. Estações do ano: considerando a obliquidade da eclíptica e o movimento de translação, pode-se observar que os raios solares não atingem de maneira igual toda a superfície terrestre no decorrer do ano, determinando diferenças no aquecimento. SOLSTÍCIOS: são épocas em que os hemisférios, norte e sul, são desigualmente iluminados, resultando no inverno e verão. EQUINÓCIOS: são as épocas do ano em que os hemisférios, norte e sul, são igualmente iluminados, correspondendo ao outono e a primavera. TERRA E SEUS MOVIMENTOS A Terra é o terceiro planeta em ordem de afastamento do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas telúricos. Entre os movimentos da Terra no espaço, destacamse: TRANSLAÇÃO, ROTAÇÃO E PRECESSÃO. 1- (UEPG-adap) Sobre o planeta Terra, seus movimentos e consequências, assinale a alternativa correta. MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO Movimento que a Terra descreve em um órbita elíptica ao redor do Sol, a uma distância média de cerca de 150 milhões de quilômetros. A cada 365 dias e 5h e 40 min, a Terra completa uma volta entorno do Sol, período chamado de ano sideral, As consequências desse movimento são: as estações do ano, o ano bissexto, o afélio e o periélio. a) Os equinócios e solstícios ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação do planeta em relação ao plano da elíptica e às diferentes posições em relação ao Sol ocupadas pela Terra durante o seu movimento de rotação. b) Os fusos horários foram estabelecidos com base no movimento de translação da Terra, pois é esse movimento que determina a maior ou menor duração dos dias e das noites no transcorrer do ano. c) O meridiano de Greenwich (0º) também é denominado de meridiano da linha internacional de data. d) Quando a Terra está na sua maior proximidade do Sol encontra-se no perigeu e, no maior afastamento no apogeu. e) Mesmo com a variação da inclinação do eixo terrestre as regiões próximas a linha do Equador, não sofrem grandes diferenças de temperatura no decorrer do ano. 23 Os deslocamentos humanos permitiram ampliar os conhecimentos catográficos, sendo necessária a utilização cada vez mais precisa de mapas e instrumentos que ajudassem a representar com maior precisão lugares e também os pontos de interesse para as sociedades humanas. A cartografia tem várias finalidades, inclusive servindo como instrumento de poder e dominação, ou seja, para se dominar um inimigo é necessário obter informações detalhadas sobre seu território, informação muitas vezes contida em uma planta ou em um mapa. Entre os recursos utilizados pela cartografia estão a Rosa dos Ventos e as Coordenadas Geográficas. 2-(UFG) Observe as figuras a seguir. Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e os equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A Figura 2 mostra a incidência do Sol três meses após a situação ilustrada na Figura 1. A Figura 1 representa o: a) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. b) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da Terra em A. c) equinócio de outono no hemisfério sul, quando a incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da Terra em A. d) solstício de verão no hemisfério norte, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. e) solstício de inverno no hemisfério sul, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. COORDENADAS GEOGRÁFICAS Conjunto de linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre com o objetivo de localizar com precisão um ponto específico na superfície terrestre. PARALELOS: linhas que circundam a Terra de leste-oeste. A Linha do Equador (0°) é o principal paralelo, dividindo a Terra nos hemisférios norte e sul. Os paralelos são referências para LATITUDES, as quais variam de 0 a 90 graus. 3-(UFPR) Os movimentos de rotação e translação decorrentes da posição relativa da Terra ao Sol são responsáveis, além da sucessão do dia e da noite e do ano solar, por diversos outros fenômenos. Com relação a tais fenômenos, numere a coluna II de acordo com a coluna I. COLUNA I COLUNA II 1. Rotação ( ) Movimento aparente do Sol. 2. Translação ( ) Afélio e periélio. ( ) Desvio dos ventos alísios. ( ) Horários diferenciados (delimitados pelos fusos). ( ) Estações do ano. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta da coluna II, de cima para baixo. a) 1; 2; 1; 1; 2. a) 1; 2; 2; 1; 1. b) 2; 1; 1; 2; 2. c) 2; 2; 1; 1; 1. e) 1; 1; 2; 2; 2. MERIDIANOS: linhas traçadas de norte-sul, sendo que o Meridiano de Greenwich (0°) divide a Terra nos hemisférios leste e oeste e serve como referência para os demais meridianos. A partir dos meridianos medimos as LONGITUDES, as quais variam de 0 a 180 graus. CARTOGRAFIA É o conjunto de estudos e técnicas voltadas para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos, ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização. 24 sediará alguns jogos desse torneio. Um desses jogos está marcado para o dia 23 de junho às 13 horas. Assinale a alternativa que indica o horário que um telespectador que se encontra em Nova York, localizada no fuso de 75° W e outro que se encontra em Paris, localizada no fuso 15° E assistirão a esse jogo respectivamente. Considere os seguintes fatos: FUSOS HORÁRIOS Os antigos viajantes tinham que acertar o relógio através do Sol toda vez que chegavam a uma cidade nova. Buscando resolver esse entrave, em 1884, foi realizada a Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, em Washington, EUA. A proposta era padronizar a hora mundial. A partir de então ficou estabelecido que a longitude 0°, seria a referência para os fusos horários mundiais, passando pelo Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra. Os outros fusos seriam contados positivamente para leste, e negativamente para oeste, até ao Meridiano de 180º, chamado de Anti-Meridiano, situado no Oceano Pacífico, onde seria a Linha Internacional de Mudança da Data. · Nova York e Paris adotam o horário de verão. · Curitiba situa-se no fuso oficial de Brasília (45° W) a) 11 horas – 14 horas b) 10 horas – 15 horas c) 10 horas – 17 horas d) 12 horas – 18 horas e) 11 horas – 16 horas Como calcular os fusos horários: Como o movimento de Rotação da Terra leva cerca de 24 horas, foi dividido a Terra em 24 faixas ou fusos horários. Tendo em vista que a Terra tem 360° de circunferência, dividimos os 360º pelos 24 fusos horários, ficando assim cada faixa horária com a abrangência de 15º graus (1665 km na Linha do Equador). Então a cada 15º de deslocamento mudamos uma hora em nossos relógios. Se o deslocamento for para leste adiantamos as horas e se for para o oeste atrasamos as horas. Exemplo 1 A cidade A está a 15º oeste de Greenwich, e a cidade B, a 45º oeste. Qual a diferença horária entre as duas cidades? 3- (ENEM) O jardim de caminhos que se bifurcam (....) Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos meninos ficavam na sombra. Um me perguntou: O senhor vai à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar resposta, outro disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se tomar esse caminho à esquerda e se em cada encruzilhada do caminho dobrar à esquerda. Quanto à cena descrita acima, considere que I - o sol nasce à direita dos meninos; II - o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo encontrado duas encruzilhadas até a casa. Concluiu-se que o senhor caminhou, respectivamente, nos sentidos: a) oeste, sul e leste. b) leste, sul e oeste. c) oeste, norte e leste. d) leste, norte e oeste. e) leste, norte e sul B= A= 45º oeste -15° oeste 30º / 15º = 2 horas de diferença entre as cidades. Exemplo 2 Em Brasília, situada a 45º oeste de Greenwich, são 10 horas. Que horas são em Cairo, no Egito, 30° leste de Greenwich? ESCALAS Em um mapa, a escala é a relação matemática entre as dimensões reais e as representadas no desenho. Sendo um dos elementos essenciais de um mapa, juntamente com a orientação, a legenda (convenções cartográficas) e a projeção cartográfica. As escalas podem ser: *Devido a grande extensão territorial, o Brasil possuí quatro fusos horários. Todos atrasados em relação a Greenwich. Escala gráfica: representada por uma reta graduada, com um centímetro de distância cada intervalo. Não sendo necessário cálculos. 1-(PUC-RS) No dia de hoje, sabemos que Porto Alegre se encontra no horário de verão. Que horas marcará um relógio na capital gaúcha, quando em Londres forem 13 horas? Escala numérica: expressa na forma de fração, exemplo 1: 100 000 (lê-se um para cem mil). Significa que cada parte do mapa foi reduzida cem mil vezes. Para sabermos a distância real da escala utilizada em um mapa, utilizamos a seguinte fórmula: E = d / D. a) 9 horas b) 10 horas c) 11 horas. d) 11 horas e 30 min e) 10 horas e 30 min E= d D 2- (PUCPR) A Copa do Mundo de Futebol de 2014 atrairá, para o Brasil, os olhares de milhões de pessoas. Curitiba 25 E = ESCALA d = DISTÂNCIA GRÁFICA D = DISTÂNCIA REAL Exemplo 1 Em um mapa de escala 1: 10 000 000 a distância gráfica entre as cidades de Ponta Grossa e Curitiba é de 1cm. Qual é a distância real aproximada entre as duas cidades? PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS São utilizadas para representar a Terra, que é aproximadamente esférica, sobre a superfície de um plano, um cilindro ou um cone. Todas as projeções em mapas apresentam deformações, sejam nas formas, áreas ou nos ângulos. E= 1 = 1 10 000 000 D PROJEÇÃO CILINDRICA: a rede de paralelos e meridianos é projetada em um cilindro. Tendo como características: Paralelos e meridianos retos, formando ângulos de 90º. O inconveniente dela é ir aumentando as deformações conforme vai aumentando a distância da linha do Equador em direção aos Polos. A projeção cilíndrica mais conhecida é a de MERCATOR, do século XVI. 1D = 1 x 10 000 000 D = 10 000 000 cm ou 100 km (convertendo cm em Km) Exemplo 2 Em um mapa, a distância gráfica entre duas cidades é de 8 cm e a distância real, de 16 km. Qual é a escala desse mapa? PROJEÇÃO CÔNICA: o globo terrestre é projetado sobre um cone, resultando em meridianos convergindo para um único ponto, e os paralelos como círculos concêntricos. Essa projeção é muito utilizada para representar as médias latitudes. Exemplo 3 Um mapa apresenta escala de 1:10 000. A distância real entre duas cidades é de 2 km. Qual é a distância gráfica? PROJEÇÃO AZIMUTAL/PLANA OU GEOPOLÍTICA: A superfície terrestre é projetada em um plano, a partir de um determinado ponto. Os meridianos são linhas retas divergentes e os paralelos círculos concêntricos. Esta projeção é muito utilizada para as regiões polares. Tendo grandes distorções na medida que se afasta do ponto de tangência. 1- (UEPG) Se, em determinado mapa, a distância de 250 km entre duas cidades é representada com 10 cm, qual é a escala desse mapa? a) 1: 2.500 b) 1: 25.000 c) 1: 250.000 d) 1: 2.500.000 e) 1: 25.000.000 2- (UFPR) - A escala é definida como a relação da distância real entre dois pontos quaisquer na superfície da Terra com a distância entre esses dois pontos num documento cartográfico. Se, em uma carta, na escala 1:50.000, a distância em linha reta entre duas cidades for de 10 cm, no terreno essa distância será de: a) 5 km. b) 0,5 km. c) 1 km. d) 100 km. e) 500 km. 1- Com relação aos dois exemplos de projeções mostrados abaixo, assinale a alternativa INCORRETA. 3- (UFPR) - Utilizando o celular e um programa de acesso a mapas on line, você localizou um ponto de interesse a aproximadamente 2,5cm de distância do local onde se encontrava. Considerando que o programa indicava a escala aproximada de 1:3.000, calcule a distância a ser percorrida em linha reta até esse ponto de interesse. a) 125 m. b) 120 m. c) 75 m. d) 65 m. e) 35 m. a) O sistema de projeção do mapa criado por Mercator em 1569, tinha como objetivo facilitar as navegações marítimas. 26 b) A projeção de Peters foi desenvolvida a partir da segunda metade do século XX, visando um retrato mais ou menos fiel de dimensões de áreas, o que faz a África e a América do Sul ganharem mais destaque do que quando representadas na Projeção de Mercator. c) A projeção de Mercator é denominada de Eurocêntrica ou primeiro mundista. d) A projeção de Peters busca valorizar os países desenvolvidos em desfavor dos países menos favorecidos. 2- (UCS/RS) O globo terrestre é uma forma de representação da Terra. Nele podemos observar as linhas imaginárias, importantes para o estabelecimento das coordenadas geográficas, que são medidas estabelecidas para localizar um ponto na superfície do planeta. Considerando as coordenadas geográficas, associe os termos listados na Coluna A aos conceitos apresentados na Coluna B. COLUNA A 1 latitude 2 longitude 3 paralelos 4 meridianos COLUNA B ( ) linhas imaginárias verticais que convergem para os polos. ( ) linhas imaginárias cujo plano é perpendicular ao eixo de rotação da Terra. ( ) distância, expressa em graus, cujo ponto inicial é Greenwich. ( ) medida, em graus, que estabelece as coordenadas ao norte e ao sul 3- (UFAM) Sobre o GPS, leia as assertivas abaixo e assinale somente as que estão corretas: ( ) O GPS é considerado, atualmente, a mais moderna e precisa ferramenta de determinação da posição de um ponto da superfície terrestre. É um termo em inglês que significa Global Positioning System. ( ) O GPS permite apenas o monitoramento de deslocamentos realizados em pequenas distâncias de um ponto para outro, em linha reta. ( ) O GPS é um instrumento de orientação utilizado apenas em automóveis importados. ( ) O GPS representa uma tecnologia desenvolvida inicialmente para fins bélicos. Foi durante a Guerra do Golfo que sua aplicação obteve sucesso. ( ) GPS é um sistema que se baseia na utilização de mapas e cartas milimetricamente representadas em um gráfico de escalas pequenas. GEOLOGIA CAMADAS INTERNAS DA TERRA É a ciência que estuda a Terra, sua formação, evolução, composição e estrutura. Através da geologia sabemos que a Terra tem cerca de 4,6 bilhões de anos. A idade geológica da Terra é dividida em eras geológicas, as quais não são precisas em quantidades de anos, sendo assim, o mais importante é entender os fatos e a evolução dos seres ao longo do tempo. Estudar as camadas internas do planeta é um grande desafio considerando que o diâmetro da Terra ultrapassa 12000 km. Os estudos são feitos indiretamente através da propagação das ondas sísmicas, do vulcanismo, do gradiente geotérmico, das rochas e da densidade dos minerais. A Terra é constituída, basicamente, por três camadas: 27 LITOSERA OU CROSTA TERRESTRE: Camada superficial sólida que envolve a Terra. Sua espessura pode chegar até no máximo 70km. Dividida em duas porções: -SIAL: Parte superficial da crosta, sendo constituída basicamente de silício e alumínio. Formam as rochas mais antigas do planeta, formando principalmente a base dos continentes. -SIMA: Forma a crosta oceânica, porção rica em materiais como o silício e o magnésio. estiveram unidos na Era Paleozóica, numa única massa de terras, em um supercontinente denominado de PANGEA. MANTO: Camada viscosa logo abaixo da crosta. É formada por vários tipos de rochas ricas em ferro e magnésio, que, devido às altas temperaturas, entorno de 3000°C, encontram-se fundidas, recebe o nome de magma. Indo até os 2900 km de profundidade. A parte superior do manto chama-se ASTENOSFERA, região onde ocorre a movimentação das placas tectônicas. NÚCLEO OU NIFE: É a parte central do planeta. Acredita-se que seja formado por metais como ferro e níquel em altíssimas temperaturas, que podem superar 5000°C. Possui duas partes: Núcleo externo de em estado líquido, e o Núcleo interno em estado sólido, devido à altíssima pressão – até 6371 km de profundidade. Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo existem zonas intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades. Entre a crosta e o manto esta a descontinuidade de Mohorovicic, e entre o manto e o núcleo, existe a descontinuidade de Gutenberg. TECTÔNICA DE PLACAS As placas tectônicas ou litosféricas são imensos blocos rochosos que formam a litosfera. Essas placas estão em um contínuo e lento movimento, chamado de TECTONISMO (diastrofismo). Esses movimentos ocorrem sobre a astenosfera e dão origem a abalos sísmicos, ao vulcanismo e a novas estruturas do relevo (Forças Endógenas). Grau geotérmico é a quantidade de metros de profundidade em que a temperatura aumenta 1ºC, em média a cada 33 metros. Limites Convergentes: é a aproximação entre placas, causando o choque entre elas e a formação de dobramentos. Limites Divergentes: é o afastamento entre placas, podem formar dorsais oceânicas. DERIVA CONTINENTAL Limites Conservativos: uma placa desliza ao lado da outra, esses movimentos não formam nem destroem a crosta. A teoria da deriva continental foi apresentada pelo geólogo alemão Alfred Wegener em 1912. Wegener afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos, 28 1-(UPE) As lavas mais antigas estão justamente nas ilhas mais afastadas da Cadeia Médio-Atlântica; por outro lado, as mais jovens são encontradas nas ilhas adjacentes à referida Cadeia. Esta ocupa posição mediana no Atlântico, acompanhando paralelamente as sinuosidades da costa da África e da América do Sul. Portanto, o assoalho submarino está em processo de expansão. Esses dados mencionados apoiam a ideia de um importante modelo teórico empregado pela Geografia Física e pela Geologia. Qual alternativa contém esse modelo? VULCANISMO É o processo pelo qual o magma é expelido do manto até a crosta terrestre. Podendo ocorrer através de fissuras na litosfera ou vulcões. Vulcão é uma estrutura geológica de formato cônico e montanhoso, criada quando o magma, gases e partículas quentes são expulsos até a superfície. A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural e social. a) Uniformitarismo das cadeias oceânicas b) Teoria da Tectônica Global c) Modelo da Litosfera Quebradiça d) Teoria do Quietismo Crustal e) Migração dos Polos Geográficos CÍRCULO DE FOGO DO PACÍFICO Região localizada no oceano Pacífico que concentra cerca de 80% dos vulcões ativos do planeta. A região se localiza no encontro de várias placas tectônicas, por isso é tão instável geologicamente. 2-(UECE) A parte sólida e a parte com material em estado de fusão da Terra correspondem, respectivamente, à VULCASMO NO BRASIL O Brasil por se localizar no centro da placa Sul-america, esta numa região estável, não ocorrendo grandes abalos sísmicos e não possuindo vulcões ativos. Porém no passado foi atingido por várias atividades vulcânicas, entre elas no Cenozoico que originou as ilhas oceânicas do Nordeste, e o DERRAME DE TRAPP, no Mesozoico, na região Centro-Sul. a) criosfera e à litosfera. b) litosfera e ao magma. c) hidrosfera e ao magma. d) troposfera e à criosfera. 3-(UFPE) A figura esquemática a seguir refere-se à estrutura interna do planeta. Observe-a. 4- (PUCRIO) Terremotos são gerados pelos movimentos naturais das placas tectônicas da Terra, que causam ajustes na crosta terrestre, afetando a organização das sociedades. Em relação aos sismos naturais, é correto afirmar que eles são causados por: a) forças endógenas incontroláveis. b) energias exógenas excepcionais. c) forças antrópicas descontroladas. d) energias antrópicas excepcionais. e) forças endógenas e antrópicas. 5- (UDESC) São agentes internos de transformação de relevo: Com base nessa figura, analise as afirmações seguintes. a) vulcanismo e abalos sísmicos. b) tectonismo e correntes marítimas. c) erosão e vulcanismo. d ) intemperismo e abalos sísmicos. e) o homem e vulcanismo. ( ) A estrutura interna da Terra é representada em modelos que se apoiam em dois critérios distintos: as propriedades físicas e a composição química. ( ) O Manto terrestre, indicado pelo número 1, se situa sob o Núcleo e se estende até 20 km de profundidade; é uma faixa de intensa atividade sísmica e vulcânica. ( ) O estudo da estrutura interna da Terra tem por base métodos muito diversificados, mas a análise da Astenosfera já é possível mediante observações diretas. ( ) A camada número 1 apresenta manifestações magmáticas e sísmicas nas áreas de colisão de placas litosféricas; essas áreas são tectonicamente instáveis. ( ) A crosta oceânica é formada basicamente de basaltos; ela é menos espessa, em geral, do que a crosta continental, sobre a qual residem bilhões de seres humanos. 6- (FUVEST) O vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a humanidade, existindo diversos registros históricos referentes a esse processo. Sabe-se que as atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre. A esse respeito, pode-se afirmar corretamente que o vulcanismo a) é um dos poucos processos de liberação de energia interna que continuará ocorrendo indefinidamente na história evolutiva da Terra. 29 b) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em outros planetas, pelo que se conhece atualmente. c) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e gasoso, tendo em vista originarem-se de todas as camadas internas da Terra. d) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão interna, permitindo a ascensão de novos materiais e mudanças em seus estados físicos. e) é o processo responsável pelo movimento das placas tectônicas, causando seu rompimento e o lançamento de materiais fluidos. (UFV) Observe a figura abaixo: ROCHAS São agregados e um ou mais minerais, sendo classificadas de acordo com sua origem. MINERAL: compostos inorgânicos encontrados naturalmente na crosta terrestre. MINÉRIO: mineral com valor econômico. No decorrer do tempo geológico, as rochas sofrem diversas modificações e se transformam. Com base na figura acima e nos conhecimentos sobre dinâmica da crosta terrestre, assinale a afirmativa INCORRETA: CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS Formadas pela solidificação do magma, podem ser: -INTRUSIVAS OU PLUTÔNICAS: formadas solidificação do magma no interior da litosfera. -EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS: formadas solidificação do magma no exterior da litosfera. a) As rochas ígneas são formadas a partir do resfriamento do magma, levando à formação de rochas como o granito. b) O intemperismo transforma as rochas ígneas em metamórficas, como ocorreu com a formação do calcário na região de Sete Lagoas (MG). c) As rochas metamórficas são mais resistentes ao intemperismo do que as rochas sedimentares, permitindo o uso dessas na construção civil. d) As rochas sedimentares são formadas pelo processo de compactação do material oriundo do intemperismo e do transporte das rochas ígneas ou metamórficas. e) As rochas metamórficas resultam da transformação de rochas antigas, que sofreram pressão ou elevação de temperaturas, como é caso do gnaisse. pela pela ROCHAS SEDIMENTARES Formadas pela desintegração de sedimentos de outras rochas. Podem ser: -Clásticas ou dentriticas: formadas somente por fragmentos de rochas, como a areia. -Orgânicas: formadas por fragmentos de rochas e resíduos orgânicos, como o calcário. -Químicas: formadas por processos químicos de dissolução e precipitação, como o sal-gema. 2-(MACK) As colunas que pendem do teto de uma caverna são as estalactites e as que se formam em seu piso, a partir dos respingos caídos do teto, são as estalagmites. Ambas se originam da precipitação e solidificação de bicarbonato de cálcio que se encontra dissolvido na água. Assinale a alternativa que indica o tipo de grupo de rochas a que as estalactites e estalagmites estão associadas. ROCHAS METAMÓRFICAS São formadas a partir de transformações sofridas em rochas ígneas ou sedimentares. Essas transformações ocorrem quando as rochas são submetidas ao calor e a pressão do interior da litosfera. Ex. o calcário transforma-se em mármore. a) Rochas sedimentares detríticas, formadas pela decomposição e deposição de detritos de rochas préexistentes. b) Rochas sedimentares de origem orgânica, formadas pelo acúmulo de detritos orgânicos. c) Rochas sedimentares de origem química, isto é, formadas pela deposição de sedimentos por processos químicos. d) Rochas metamórficas, resultantes da metamorfose de rochas magmáticas e sedimentares quando submetidas a certas condições de temperatura e pressão no interior da Terra. e) Rochas sedimentares de origem química, formadas pelo acúmulo de detritos orgânicos. SOLOS Solo é um corpo de material inconsolidado que cobre a superfície terrestre, resultantes dos processos de intemperismo. Os solos são constituídos de material sólido (minerais e matéria orgânica), líquido (solução do solo) e gasoso (ar). Dentre os diversos tipos de solos, destacam-se: SOLOS ALUVIAIS: formados por sedimentos transportados de outras regiões. Ex. solo de Massapé. SOLOS ELUVIAIS: se formam no mesmo local onde se encontram. Ex. Terra Roxa, formado pela decomposição do basalto (rocha ígnea extrusiva). INTEMPERISMO: ou meteorização, é o conjunto de ações químicas (causadas pela água), físicas (causados pela ação dos ventos, geleiras, diferenças térmicas, enxurradas, entre outros) e biológicas (seres vivos) que causam a desintegração e decomposição das rochas. O intemperismo faz parte dos agentes exógenos. 3-(UFRR) As rochas, assim como outros componentes do meio natural, são classificadas por meio de critérios específicos, permitindo agrupá-las segundo características semelhantes. Uma das principais classificações é a genética, em que as rochas são agrupadas de acordo com o seu modo 30 de formação na natureza. Sob este aspecto, as rochas se dividem em três grandes grupos: FORMAS DE RELEVO O relevo são as formas da superfície terrestre, modeladas pelos processos exógenos, estando em constante dinamismo e transformação. a) Calcárias, basálticas e graníticas; b) Crostáticas, continentais e oceânicas; c) Areníticas, vulcânicas e radioativas; d) Ígneas, sedimentares e metamórficas; e) Neolíticas, terciárias e quaternárias. Planaltos: são áreas com uma relativa altitude e uma superfície mais ou menos plana, com limites bem nítidos, esses geralmente constituídos por escarpas ou serras. Nos planaltos temos um predomínio de processos erosivos, isso quer dizer que o desgaste é maior do que o acúmulo de sedimentos. ESTRUTURAS GEOLÓGICAS A estrutura geológica é a classificação da litosfera terrestre de acordo com suas origens e as composições de suas rochas. Assim, todo o relevo terrestre foi dividido a partir de seus três principais tipos: os crátons, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos. Planícies: São áreas mais planas e mais baixas, recebendo assim uma grande quantidade de sedimentos. As planícies são, em geral, o tipo de relevo mais propício para a ocupação humana. No entanto por não haver uma declividade muito acentuada no relevo capaz de deslocar rapidamente as águas para outras áreas, as planícies são mais propícias às inundações. CRÁTONS / ESCUDOS CRISTALINOS OU MACIÇOS ANTIGOS: são formações geológicas muito antigas, formadas na era Pré-Cambriana. São compostos por rochas ígneas, e metamórficas. Podendo apresentar minerais metálicos (como o ouro, o ferro e o alumínio). São áreas geologicamente estáveis e desgastadas pelos agentes exógenos. Montanhas: relevo caracterizado pelas suas acentuadas elevações, sendo a parte da superfície que apresenta as maiores altitudes e as mais intensas declividades. Quando elas formam um conjunto extenso, recebem o nome de cadeias montanhosas ou de cordilheiras. BACIAS SEDIMENTARES: são composições rochosas formadas por rochas sedimentares. São as mais extensas das estruturas geológicas, recobrindo cerca de 70% do relevo terrestre. São importantes, pois nelas pode ser encontrado dependendo das condições locais, fósseis e até petróleo. Depressões: Possuem, geralmente, uma superfície plana ou côncava, uma vez que passaram por um longo período de erosão e que agora se caracterizam pela predominância do acúmulo de sedimentos. Existem dois tipos de depressões: -Depressões absolutas: são aquelas que se encontram abaixo do nível do mar, a exemplo da região do Mar Morto, a maior depressão absoluta do mundo; -Depressões relativas: são mais baixas do que o relevo ao seu redor. A formação das depressões costuma acontecer de duas formas: a primeira é pelo seu desgaste ou erosão ao longo de milhares de anos, o que é causado pela sua composição menos resistente do que a de outras áreas, e a segunda é pelos movimentos epirogenéticos da Terra, quando uma região lentamente “afunda” em razão das forças endógenas do planeta. DOBRAMENTOS MODERNOS: também denominadas de cadeias orogênicas, são formações geológicas consideradas recentes, cujo início ocorreu na era Cenozoica, no período Terciário. São resultantes das ações do tectonismo, geralmente do choque de placas tectônicas. Essas formações são originárias das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheiras dos Andes (América do Sul) e a Cordilheira do Himalaia (Ásia), onde se encontra a montanha mais elevada do planeta, o Everest. *No Brasil não existem dobramentos modernos e nem depressões absolutas. O território do Brasil é formado por 64% de bacias sedimentares e 36% de escudos cristalinos. 31 1-(UFC-CE) As reservas petrolíferas estão relacionadas a um tipo de formação geológica. Indique, corretamente, esse tipo de formação. a) Escudos cristalinos. b) Bacias sedimentares. c) Dobramentos cenozoicos. d) Placas tectônicas. e) Aluviões quaternários. 2-(UNIVEST) Os escudos ou maciços antigos brasileiros formaram-se na era: a) cenozóica b) terciária c) pré-cambriana d) mesozóica e) quaternária 3-(VUNESP) Assinale a alternativa que apresenta o que têm em comum as seguintes cadeias montanhosas: Andes, Himalaia, Alpes e Rochosas. Na da década de 1950, Aziz Ab´Saber apresentou uma nova classificação, baseando no processos morfoclimáticos que geram erosão e sedimentação. Continuou considerando as cotas altimétricas, mas acrescenta que nas planícies predominam os processos de sedimentação e nos planaltos predominam os processos de erosão. a) Geologicamente recentes e resultantes de dobramentos. b) Geologicamente antigas e resultantes de dobramentos. c) Localizam-se nas porções orientais dos continentes por onde ocorrem. d) Geologicamente constituídas por terrenos cristalinos antigos. e) Os grandes desníveis foram provocados por falhamentos em terrenos cristalinos. A mais recente classificação do relevo brasileiro é da década de 1990, elaborada por Jurandyr Ross, usando como referência o projeto Radambrasil, que mapeou o Brasil entre 1970 e 1985, com um equipamento espacial de radar instalado em avião. Ross considera 28 unidades de relevo no Brasil, divididas em planaltos, planícies e depressões. CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO O relevo brasileiro tem formação antiga, por isso possuí baixas altitudes de forma geral. Existem diferentes classificações do relevo brasileiro, cada uma obedecendo a um critério. Entre as mais conhecidas estão a década de 1940 de Aroldo Azevedo. 1-O relevo brasileiro não apresenta elevadas altitudes. Cerca de 92% do espaço natural do país apresenta altitudes inferiores a 900 metros acima do nível do mar. Isso ocorre porque: Aroldo de Azevedo utilizou como critério o nível altimétrico. Afirmando que as planícies são superfícies até 200m de altitude e os planaltos superfícies acima dos 200m. a) Predomina no país a ação dos agentes endógenos. b) A formação geológica do Brasil é muito antiga. c) Ocorrem frequentes terremotos, que aplainam o relevo. 32 d) A atividade humana atuou no sentido de degradar as formas antigas da superfície. e) O Brasil localiza-se, em grande parte, nas zonas de encontro entre placas tectônicas. Estão corretas: a) apenas I e II b) apenas II e III c) apenas III e IV d) apenas I e IV e) todas as assertivas 2-(UFPR) Os escorregamentos, também conhecidos como deslizamentos, são processos de movimentos de massa envolvendo materiais que recobrem as superfícies das vertentes ou encostas, tais como solos, rochas e vegetação. Estes processos estão presentes nas regiões montanhosas e serranas em várias partes do mundo, principalmente naquelas onde predominam climas úmidos. No Brasil, são mais frequentes nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. 5- (UFAP) Sobre a classificação do relevo brasileiro proposta por Ross, assinale a afirmativa INCORRETA. a) Considera planaltos, planícies e depressões como formas de relevo que se destacam regionalmente. b) Dentre as classificações de relevo que abrangem todo o território brasileiro, a de Ross foi a terceira a ser apresentada. c) Conforme essa classificação, as depressões são superfícies do relevo que ficam situadas altimetricamente acima das planícies. d) De acordo com Ross, o território do estado de Rondônia apresenta depressões, planícies e planaltos. e) Está baseada apenas nos critérios morfoesculturais. Sobre esses processos, considere as seguintes afirmativas: ( ) Os escorregamento consistem em importante processo natural que atua na dinâmica das vertentes, fazendo parte da evolução do relevo terrestre, principalmente nas regiões serranas. ( ) Nos grandes centros urbanos, os escorregamentos assumem frequentemente proporções catastróficas, uma vez que cortes nas encostas, depósitos de lixo, entre outras ações promovidas pelo homem geram novas relações com os fatores condicionantes naturais. ( ) É necessário que o ser humano deixe de devastar as florestas, impermeabilizar os solos e contaminar os rios para que não mais ocorram os escorregamentos. ( ) A origem vulcânica do relevo brasileiro gerou um conjunto de serras propícias para os escorregamentos, que acarretam grandes prejuízos e perdas significativas, inclusive de vidas humanas. 3-(UNIMONTES) Para a atual proposta de identificação das macrounidades do relevo brasileiro, elaborada por Ross (1989), foram fundamentais os trabalhos de Ab’Saber e os relatórios e mapas produzidos pelo Projeto Radambrasil. Ross passou a considerar para o relevo brasileiro, conforme as suas origens, as unidades de planaltos, depressões e planícies. ATMOSFERA É uma camada de gases que envolve a Terra, retida pela força da gravidade. A atmosfera terrestre protege a vida na Terra absorvendo a radiação ultravioleta solar, aquecendo a superfície por meio da retenção de calor (efeito estufa), e reduzindo os extremos de temperatura entre o dia e a noite. Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul brilhante. Esse efeito cromático é produzido pela dispersão da luz solar sobre a atmosfera. A atmosfera terrestre é constituída por 78% de nitrogênio, 21% oxigênio e 1% de outros gases. A maior parte dos gases estão concentrados nas camadas mais baixas da atmosfera, no caso do oxigênio na medida que aumentamos a altitude ele vai se tornando mais rarefeito, até praticamente desaparecer acima dos 100km. Quais as unidades do relevo brasileiro que, de acordo com a gênese, segundo Ross, são resultantes de deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial? CAMADAS DA ATMOSFERA a) Planícies. b) Depressões. c) Planaltos cristalinos. d) Planaltos orogenéticos. TROPOSFERA: camada mais baixa que esta em contato com a superfície e onde localiza toda a biosfera. Concentra cerca de 75% dos gases da atmosfera e mais de 90% do oxigênio, nela ocorrem os fenômenos meteorológicos. Sua altura vai em média até 12 km. 4-(UFPR) Considere as afirmações. ESTRATOSFERA: é a camada acima da troposfera, atingindo até 50 quilômetros acima do nível do mar. Essa camada da atmosfera abriga a camada de ozônio, que nos protege da radiação ultravioleta, que, em grandes quantidades, é extremamente prejudicial para a vida. I. A classificação do relevo brasileiro, de Aziz Ab Saber, levou em consideração os processos morfoclimáticos responsáveis pela dinâmica atual e pretérita do relevo; o título da sua classificação é Domínios Morfoclimáticos do Brasil. II. As principais planícies do Brasil, evidenciadas na classificação de Aziz Ab Saber, são a Amazônica, a do Pantanal e a Costeira. III. A classificação do relevo brasileiro, de Aroldo de Azevedo, em bacias sedimentares e planaltos cristalinos, serviu de referência para a classificação de Ab Saber. IV. O Planalto das Guianas consiste na principal região de nascente dos rios afluentes da margem direita do rio Amazonas, que vão desaguar na Ilha de Marajó. MESOSFERA: estende-se do fim da estratosfera até 80 quilômetros de altura. A temperatura varia entre -5 °C a -95 °C, sendo considerada a camada mais fria. IONOSFERA: nesta camada o ar é muito rarefeito e carregado de íons, os quais transmitem as ondas de rádio. EXOSFERA: nela praticamente não existem mais gases atmosféricos, o que resulta em elevadas temperaturas. 33 ILHAS DE CALOR Ocorrem nas grandes cidades onde a temperatura é maior se comparada com regiões periféricas ou rurais, devido à grande emissão de gases poluentes, da grande quantidade de asfalto e de concreto, onde estes últimos funcionam como “espelho” refletindo o calor gerado no próprio centro urbano e solar. Esse microclima também é influenciado pela falta de vegetação dos centros urbanos e a grande quantidade de edifícios que dificultam a circulação do ar. EFEITO ESTUFA Efeito Estufa é um mecanismo natural do planeta para possibilitar a manutenção da temperatura numa média de 15ºC, ideal para o equilíbrio de grande parte das formas de vida em nosso planeta. A ação do homem vem intensificando o efeito estufa, através da queima de combustíveis fósseis e das queimadas, muito CO2 vem sendo liberado na atmosfera, gerando um aquecimento global com o aumento das temperaturas no planeta além de mudanças climáticas. Pesquisadores do clima afirmam que, num futuro próximo, o aumento da temperatura provocado pelo efeito estufa poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o aumento do nível dos mares. Como consequência, muitas cidades litorâneas poderão desaparecer do mapa. BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO Na década de 1980, surgiu no meio científico uma preocupação com buracos que estavam se formando na camada de ozônio. Estes eram provocados, principalmente, pelo uso em grande quantidade de produtos com CFCs (clorofluorcarbonos). Estes gases eram muito utilizados em sprays e geladeiras. Atualmente, as indústrias química tem diminuído significativamente o uso de CFCs, buscando respeitar o Protocolo de Montreal, que é um tratado internacional assinado em 1987 no Canadá, visando a substituição do uso do CFC. INVERSÃO TÉRMICA A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos grandes centros urbanos industrializados. Esse fenômeno se intensifica durante o inverno, quando se torna mais frequente a entrada de massas de ar frio, o ar quente por ser menos denso eleva-se, e como a temperatura próxima ao solo esta muito baixa o ar frio não consegue mais se elevar, ficado as camadas mais altas da atmosfera com um ar mais quente, que por sua vez não consegue descer, deixando as camadas de ar invertidas. O agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica retida nas regiões próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes. Sendo assim, a dispersão desses poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas indústrias, automóveis, aumentando as doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações. É importante ressaltar que a inversão térmica é um fenômeno natural, sendo registrada em áreas rurais e com baixo grau de industrialização. No entanto, sua intensificação e seus efeitos nocivos se devem ao lançamento de poluentes na atmosfera, o que é muito comum nas grandes cidades. 1-(UNPEL) Nosso planeta vem sofrendo mudanças climáticas há muito tempo. Um fenômeno ocorre sobre áreas urbanas e consiste na presença de temperaturas à superfície relativamente maiores que as encontradas nas regiões fora da cidade (áreas rurais). Alterações da umidade do ar, da precipitação e do vento também estão associadas à presença desse fenômeno. Ele é claramente antrópico. O fenômeno climático descrito acima refere-se a) às ilhas de calor. b) à inversão térmica. c) ao efeito estufa. d) ao El niño. e) às chuvas ácidas. 2-(MACK) Foi da junção de duas palavras gregas, Atmós (vapor) e Sphaîra (esfera), que surgiu o nome dado a estrutura de gás que envolve um satélite ou planeta: a Atmosfera. Em tempos de aquecimento global, passou a ser mais estudada, mais valorizada no meio acadêmico, pois é nela que diversos fenômenos relacionados aos distúrbios climáticos atuais ocorrem. No nosso planeta, ela é formada por diversas camadas e, em sua porção mais densa, chega a até 800 quilômetros de altitude a partir do nível do mar. É tida como irrisória, se considerarmos o tamanho do globo terrestre, que mede aproximadamente 12,8 mil quilômetros de diâmetro. A respeito das camadas que compõem a atmosfera terrestre, julgue as afirmações. ( ) A Troposfera é a camada mais baixa da atmosfera e, é nela, que os principais fenômenos meteorológicos ocorrem, tais como tempestades, chuvas, precipitações de neve ou granizo e formação de geadas. ( ) A camada de ozônio (O3) concentra-se na Termosfera. Formada a cerca de 400 milhões de anos, protege a Terra dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, nocivos à vida. Porém sabemos que, devido à emissão crescente de CO2 pelas sociedades modernas, abriram-se buracos enormes nessa camada, permitindo a entrada de tais raios. 34 ( ) A Mesosfera se estende da Estratosfera a até aproximadamente 80 quilômetros acima do nível do mar. É a faixa mais fria, porque nela não há nuvens nem gases capazes de absorver a energia do Sol. A temperatura varia de -5°C a 95°C. ( ) O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém o planeta aquecido nos limites de temperatura necessários para a manutenção da vida. Nos últimos dois séculos, vem aumentando, na camada atmosférica que recobre a Terra, a concentração de dióxido de carbono, do metano, do óxido nitroso e de outros gases. Esse aumento anormal provoca a aceleração do aquecimento global. Latitude: Quanto maior a latitude, menor a média de temperatura anual. Isso acontece, pois os raios solares incidem com maior inclinação em regiões mais distantes da linha do Equador. Por outro lado, regiões mais próximas da linha do Equador recebem raios solares mais diretamente, apresentando maior aquecimento. Altitude: Como o aquecimento do ar é feito por irradiação, em locais mais altos a temperatura é menor. Logo, quanto maior a altitude, menor a temperatura. Por isso que o cume de altas montanhas apresenta gelo permanente. Maritimidade: O clima de regiões próximas ao litoral recebe muita influência dos oceanos. Geralmente, cidades litorâneas são muito úmidas e com menores amplitudes térmicas. 3-(UFRN) No dia 19 de junho de 2010, a cidade do Rio de Janeiro amanheceu sob a influência de um forte nevoeiro, que dificultava a visibilidade, interferindo no ritmo das atividades urbanas. O ar quente permaneceu acima da camada de ar frio, que ficou retida nas proximidades da superfície, favorecendo a concentração de poluentes. O que foi vivenciado nesta cidade é um fenômeno climático que pode ocorrer em qualquer época do ano, sendo mais comum no inverno. Nessa época, as chuvas são mais raras, dificultando, ainda mais, a dispersão dos poluentes, o que causa um problema ambiental. Continentalidade: O clima de áreas localizadas distantes dos oceanos geralmente é mais seco e com maior amplitude térmica do que das litorâneas. Isso ocorre, pois essas regiões sofrem pouca ou nenhuma influência das massas de ar úmidas dos oceanos. Massas de ar: O clima do planeta é muito influenciado pelas massas de ar. Elas podem, de acordo com a região onde surgem, serem quentes, frias, úmidas ou secas. O fenômeno climático descrito no texto é conhecido como a) efeito estufa. b) ilhas de calor. c) inversão térmica. d) chuva ácida. Relevo: Regiões localizadas próximas ou entre montanhas possui clima influenciado pelo relevo. As montanhas dificultam o deslocamento de massas de ar, influenciando a umidade e o índice pluviométrico da região. Numa cidade localizada entre montanhas, por exemplo, pode fazer mais calor do que em outra próxima que não sofra este fator climático. Isso ocorre, pois o vento tem maior dificuldade para dispersar o ar quente em áreas cercadas por montanhas. As montanhas também podem ser barreiras para a chegada de massas de ar úmidas em determinadas regiões, deixando-as mais secas. CLIMAS Tempo é o estado da atmosfera num determinado momento e lugar. Podemos assim considerar a atmosfera naquele momento como quente ou fria, úmida ou seca, calma ou tempestuosa, limpa ou nublada. O clima é o termo empregado para se referir às condições atmosféricas permanentes de uma região. Para analisá-lo é necessária uma análise de um período de pelo menos 30 anos das condições do tempo da região. O clima vai depender de uma série de fatores como: Latitude – Altitude – Continentalidade – Maritimidade – Massas de ar – Vegetação – Urbanização – Correntes Marítimas. Vegetação: Florestas, principalmente as densas, costumam reter muita umidade. Elas possuem também a capacidade de impedir a incidência dos raios solares no solo. Um bom exemplo é a Floresta Amazônica. Cidades próximas a ela costumam ser úmidas, pois esta umidade que a vegetação retira do solo é lançada na atmosfera. Urbanização: Nos grandes centros urbanos existem muitas construções, ou seja, muito concreto e asfalto, fatores que aumentam a retenção do calor. Para piorar, as áreas verdes costumam ser em pouca quantidade, em função do adensamento urbano. Com grande quantidade de veículos automotores, a poluição do ar também é elevada. Estes elementos favorecem a formação de ilhas de calor, alterando o clima destas grandes cidades. Logo, a urbanização tende a elevar a temperatura média anual de uma determinada região. Correntes Marítimas: são grandes massas de água que se deslocam pelo oceano, levando as características dos locais onde se formaram. Exercendo assim influências no clima e nas atividades pesqueiras por onde passam. As correntes podem ser quentes ou frias. *Pressão atmosférica é o peso que o ar atmosférico exerce sobre a superfície do planeta. Essa pressão pode mudar 35 de acordo com a variação de altitude, temperatura. centros de alta e de baixa pressão, que se alteram continuadamente. ( ) Dependendo das condições locais, a precipitação pode ocorrer na forma de chuva, granizo ou neve e está relacionada, principalmente, à umidade atmosférica. ( ) A diferença entre as temperaturas máxima e mínima é maior no interior dos continentes e a continentalidade exerce grande influência sobre essa amplitude térmica. latitude e *Umidade atmosférica é a quantidade de vapor d’água existente em uma determinada porção atmosférica. 1-(UCPEL) A temperatura atmosférica varia de um lugar para outro, mas também pode apresentar variações no decorrer do tempo, pois vários fatores estão relacionados à sua distribuição ou variação. VENTOS É o ar em movimento horizontal. Os movimentos verticais são chamados de correntes. Vários fatores influenciam nos ventos, entre eles as diferenças de pressão e temperatura atmosférica, a Força Coriolis (movimento de Rotação da Terra) e a configuração do relevo. Em uma escala planetária os ventos tendem a se deslocar das zonas de alta pressão (anticiclonais) para as regiões de baixa pressão (ciclonais). Sobre os fatores que interferem na variação e distribuição da temperatura atmosférica, é correto afirmar que: a) as variações de temperaturas no continente são menos acentuadas que nos oceanos devido à diferença do comportamento térmico no meio sólido e no líquido. b) a influência da altitude ocorre, porque o calor é irradiado da superfície da Terra para o alto e a atmosfera se aquece por irradiação. Assim, quanto maior a altitude, maior a temperatura. c) o relevo pode facilitar ou dificultar a passagem de massas de ar, por isso a presença de altas cadeias de montanhas no litoral evitam a formação de desertos. d) a variação da temperatura com a latitude deve-se, fundamentalmente, à forma esférica da Terra e, em função disso, a insolação diminui a partir do Equador em direção aos polos. e)o fenômeno da continentalidade térmica explica por que, quanto mais distante estiver uma área do continente, menores são suas oscilações térmicas. VENTOS PLANETÁRIOS OU CONSTANTES Sopram o ano todo, atingindo grandes áreas. -ALÍSIOS: ventos que sopram dos trópicos para o Equador, onde sofrem aquecimento e, quando sobem, originam os contra-alísios, que sopram do Equador para os trópicos. -POLARES: ventos frios que sopram dos polos para as médias latitudes. 2-(PUC-RJ) VENTOS CONTINENTAIS OU PERIÓDICOS -MONÇÕES: ocorrem em países do sul e sudeste da Ásia. Durante o verão a região continental se torna uma área de baixa pressão, assim os ventos sopram do Oceano Índico para o continente, são as monções de verão, que causam muitas chuvas. No entanto durante o inverno, a região se torna uma área de baixa pressão, e os ventos sopram do continente para o oceano, são as monções de inverno, deixando a região seca e fria. Levando-se em consideração a paisagem selecionada, a única característica climática correta para a região destacada é: a) alta amplitude térmica. b) elevada evapotranspiração. c) reduzida taxa de insolação. d) inexistência de pluviosidade. e) intensa umidade relativa do ar. 3-(UNIOESTE) Sobre o clima mundial, os fatores e os processos que o condicionam, considere as alternativas. ( ) A latitude influencia na distribuição espacial das temperaturas. Dessa forma, quanto maior for latitude, menores serão as temperaturas. ( ) A pressão atmosférica varia em função da altitude e da temperatura. Assim, quanto maior for a altitude, menor será a pressão atmosférica e quanto mais alta a temperatura, menor será a pressão. ( ) O planeta Terra é aquecido uniformemente, tanto ao longo da sua superfície quanto ao longo do tempo (anos), e isto condiciona a circulação atmosférica com a produção de 36 TIPOS DE CHUVAS -CHUVAS CONVECTIVAS: ocorre pela ascensão vertical do ar contendo vapor d’água que, ao entrar em contato com o ar frio, sofre condensação e posterior precipitação, comuns no verão. -CHUVA FRONTAL: ocorrem pelo encontro de uma massa de ar quente com uma massa de ar frio. São muito comuns no Sul do Brasil. -OROGRÁFICA: também denominadas de chuvas de relevo, ocorrem quando uma massa de é obrigada a se elevar para transpor o relevo. São comuns nas regiões serranas. PERIÓDICOS -BRISAS MARÍTIMAS: durante o dia sopram do oceano para o continente. -BRISAS TERRESTRES: durante a noite sopram do continente para o oceano. *Furacão, tufão e ciclone são denominações que caracterizam grandes quantidades de ventos que se movem sobre os oceanos. São ventos superiores a 120 Km/h. O PROBLEMA AMBIENTAL DAS CHUVAS ÁCIDAS As chuvas ácidas é um fenômeno é muito comum nos centros urbanos e industrializados, onde ocorre a poluição atmosférica decorrente da liberação de óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e do dióxido de enxofre (SO2), sobretudo pela queima do carvão mineral e de outros combustíveis de origem fóssil. É importante ressaltar que a chuva contém um pequeno grau natural de acidez, no entanto, não gera danos à natureza. O problema é que o lançamento de gases poluentes na atmosfera por veículos automotores, indústrias, usinas termelétricas, entre outros, tem aumentado a acidez das chuvas. Entre os transtornos gerados pela chuva ácida estão a destruição de lavouras e de florestas, modificação das propriedades do solo, alteração dos ecossistemas aquáticos, contaminação da água potável, danificação de edifícios, corrosão de veículos e monumentos históricos, etc. *Tornados são ventos que se deslocam sobre o continente, são muito comuns na América do Norte. MASSAS DE AR Como vimos às massas de ar são grandes porções homogêneas de ar. No Brasil cinco grandes massas de ar vão atuar em nosso território, influenciando nas características climáticas do país. 37 CLASSIFICAÇÕES CLIMÁTICAS DO BRASIL O Brasil, por ser um país de dimensões continentais, apresenta uma ampla diversidade climática, que se organiza por meio da ação de diversos fatores e elementos que influenciam o comportamento da atmosfera. Em alguns pontos, predominam os efeitos de massas de ar quente; em outros, de massas de ar frio. Há também as ações da vegetação, da altitude e das variações de latitude, entre outros aspectos. Por isso, a classificação dos climas no Brasil representa uma maneira de organizá-los e melhor compreendê-los. Nesse sentido, existem também vários modelos de classificação. 1-(OSEC) O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ventos, se fazem sempre: a) das áreas mais elevadas para as mais baixas; b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais baixa; c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão; d) das áreas mais úmidas para as mais secas; e) de oeste para leste. 2- (UDESC) Sobre chuva ácida pode-se afirmar, exceto. a) Nos solos de matas e florestas castigados pelas chuvas ácidas a vegetação enfraquece gradativamente. b) A chuva ácida é aquela com baixo pH, provocado pela presença de dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e óxido de nitrogênio (NO2). c) Quando o pH está abaixo de 5,6 a chuva ácida é capaz de matar peixes, destruir o solo e corroer materiais sólidos. d) A chuva ácida é consequência do progresso, dele faz parte e deve ser encarada com naturalidade, pois a sua não aceitação implica subdesenvolvimento. e) No Brasil, há chuva ácida em lugares como a região metropolitana de Cubatão e do Rio de Janeiro. 1 3 2 4 1 3- (UEM) Sobre a circulação atmosférica e o clima, assinale o que for correto. 5 01) Os ventos alísios sopram das zonas subtropicais de alta pressão para o Equador. No hemifério Sul, apresentam um trajeto basicamente de sudeste para noroeste. 02) A zona equatorial corresponde a uma área de baixa pressão e as regiões polares constituem áreas de altas pressões, varridas por ventos gelados que se espalham para fora dos polos. 04) Os ciclones são a expressão física da ação dos ventos de alta pressão associados a uma massa de ar fria. Constituem fortes correntes de ar, formadas no interior das massas de origem polar. 08) A desertificação climática é um fenômeno típico dos trópicos. Está associada ao desmatamento, à degradação dos solos e ao aumento local das temperaturas na faixa intertropical da Terra, devido ao "efeito estufa". 16) Mares e oceanos se aquecem e se resfriam mais lentamente do que os continentes. Portanto, no interior dos continentes, os contrastes térmicos – relação entre as máximas e as mínimas de temperatura – tendem a ser mais acentuados do que nas regiões costeiras. 32) As estações do ano estão associadas aos movimentos de rotação e de translação da Terra e à inclinação do eixo terrestre, que provocam um aquecimento desigual na superfície do Planeta, no decorrer do ano. 64) A atmosfera se aquece a partir do calor irradiado pela Terra, que absorveu parte da energia solar luminosa; portanto, a energia radiante do Sol aquece o solo e o calor irradiado do solo aquece o ar. A classificação de Arthur Strahler é uma das mais utilizadas no Brasil, a qual considera a dinâmica das massas de ar que atuam em nosso território. Conforme esta classificação o Brasil esta dividido da seguinte forma: 1-Clima equatorial úmido: é o tipo climático que envolve praticamente toda a faixa da Amazônia brasileira, sendo basicamente controlado pela massa de ar Equatorial Continental (MEC). Devido a grande quantidade de umidade emitida pela floresta através do processo de evapotranspiração, as amplitudes térmicas são baixas. Por isso, as médias térmicas mensais ao longo do ano variam entre 24 e 27ºC.; as médias pluviométricas permanecem com valores elevados, entre 1500 mm e 2500 mm por ano. 2-Clima tropical: esse tipo climático ocupa a maior área do país, sendo conhecido por apresentar duas estações bem definidas ao longo do ano: uma chuvosa no verão e outra seca no inverno. A região é influenciada no verão pelas massas de ar MEC e MTA, e no inverno recebe influencia da MPA. Anualmente, as médias térmicas variam entre 20ºC e 28ºC, com um índice de chuvas em torno de 1500 mm por ano. 3-Clima tropical semiárido: concentra-se em uma estreita área da região Nordeste, mais precisamente no sertão nordestino. Esse tipo climático é quente e seco, quase árido, com médias pluviométricas anuais sempre inferiores a 1000 mm, concentradas em poucos meses do ano. Na maior parte do ano, predomina a influência da MEA que, apesar de ser oriunda do oceano, alcança essa região com pouca umidade, em função dos obstáculos oferecidos pelo relevo, da mesma 38 forma acontece com as outras massas de ar, que encontram obstáculos e têm dificuldade de chegar a essa localidade, sobretudo por se tratar de uma área de depressão relativa interplanáltica. c) A disponibilidade de água não é mais um fator crítico, pois, com a construção de grandes açudes, atende-se plenamente à população e às atividades que ela pratica. d) O fator limitante mais importante para a vida humana e animal e para as atividades produtivas agropecuárias é a escassez de recursos hídricos. 3-(Ufrgs): Observe o mapa de climas do Brasil e os três climogramas que seguem. 4-Clima litorâneo úmido: é um clima quente e úmido, semelhante ao da Amazônia, porém com uma amplitude térmica maior. Na maior parte do ano, predomina a influência da MTA, enquanto, no inverno, MPA avança e provoca a diminuição rápida das temperaturas, sobretudo nas faixas mais ao sul. As médias de pluviosidade variam entre 1500 e 2000 mm por ano. 5-Clima subtropical úmido: abrange a porção sul do país, com um clima úmido e mais frio do que os demais. A massa de ar predominante é a MTA, com influência da MPA durante o inverno. As chuvas são constantes e bem distribuídas ao longo do ano. O índice médio de pluviosidade anual gira em torno de 1500 mm e as amplitudes térmicas anuais são bem elevadas. Assinale a correspondência correta entre as localidades A, B e C assinaladas no mapa e os climogramas I, II e III. a) A (I) – B (II) – C (III) b) A (II) – B (III) – C (I) c) A (III) – B (I) – C (II) d) A (II) – B (I) – C (III) e) A (III) – B (II) – C (I) 1-(UFRN) Uma importante característica dos tipos de clima do Brasil é a predominância da tropicalidade, que decorre da localização da maior parte do seu território na chamada “zona intertropical do Planeta”. A influência de determinados fatores, como altitude, latitude, continentalidade, maritimidade e massas de ar, interfere na configuração de diferentes índices de temperatura, umidade e precipitação. Observe os climogramas a seguir: CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN NO BRASIL A partir dos climogramas e das características climáticas existentes no Brasil, é correto afirmar que: a) o climograma 1 refere-se ao clima equatorial úmido, que abrange a maior parte da Amazônia e apresenta temperaturas elevadas e chuvas bem distribuídas durante o ano. b) o climograma 2 diz respeito ao clima tropical litorâneo úmido, que predomina no Nordeste e apresenta elevadas temperaturas e precipitações pluviométricas irregulares. c) o climograma 1 refere-se ao clima tropical, que abrange a Região Centro-Oeste, caracterizando-se pelos elevados índices de precipitação e baixas temperaturas. d) o climograma 2 diz respeito ao clima subtropical úmido, que prevalece na Região Sul, caracterizando-se pela irregularidade das chuvas e altas temperaturas. Significado das letras: 1ª letra A = clima quente e úmido B = clima árido ou semi-árido C = clima subtropical ou temperado 2-(UECE) Assinale a afirmação INCORRETA sobre o semi-árido brasileiro. a) Sob o ponto de vista geoambiental, além das vulnerabilidades climáticas, grande parte dos solos encontrase degradada. b) Os processos de uso da terra têm induzido à degradação dos solos, da biodiversidade e da perda da produtividade da agricultura tradicional. 2ª letra f = sempre úmido h = quente m = monçonico (com pequena a = verões estação seca) quentes s = chuvas de inverno w = chuvas de verão 39 3ª letra b = verões brandos 40