UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA EXPERIMENTOS QUE DERAM SUSTENTAÇÃO À FÍSICA MODERNA Ester Gomes Ferreira ORIENTADOR: Prof. MSc. Renato Medeiros Anápolis 2012 ESTER GOMES FERREIRA EXPERIMENTOS QUE DERAM SUSTENTAÇÃO À FÍSICA MODERNA Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Física, para aobtenção do título de Licenciado em Física pela Universidade Estadual de Goiás. Orientador: Prof. MSc. Renato Medeiros Anápolis 2012 Aos meus pais Eber Gomes da Silva e Luíza Helena Ferreira Gomes. AGRADECIMENTOS Agradeço de coração a Deus por ter me dado força, sabedoria e serenidade. Aos meus pais Eber Gomes da Silva e Luiza Helena Ferreira Gomes pelo apoio incondicional e incentivo nos momentos mais difíceis. Ao meu esposo Lucas Egídio, pela força, amor e compreensão, que foram essenciais nessa reta final. Meus sinceros agradecimentos ao meu professor orientador Renato Medeiros, pela amizade, orientação, incentivo e muita paciência. Em especial ao meu avô Agustinho, que embora não tenha vivido o bastante para contemplar mais essa etapa concluída, consigo imaginar o quanto ele estaria feliz e orgulhoso por mais essa vitória, e juntos comemoraríamos! Agradeço a Deus a oportunidade que tive de conhecer e conviver com pessoas maravilhosas que de certa forma, fizeram parte dessa conquista, em especial a Francielly Djanira, Halaine Mariano, Amanda Bárbara, Raizza Bongiovani e Paulo Henrique Silva. RESUMO Ao final do século XIX, cientistas e estudiosos da época firmavam a idéia de que todo o estudo em relação à física, enquanto ciência natural, seus conceitos e leis já conhecidos, já havia atingido um nível máximo de conhecimento. Porém, no início do século XX, surgiram novos conceitos e teorias, que propiciaram alterações no conhecimento científico adquirido até o momento. A esse conjunto de novas teorias, foi dado o nome de Física Moderna, iniciando com a Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade, que quando apresentadas, trouxeram solução, desvendando e explicando fenômenos que até então não haviam sido alcançados, fato que revolucionou a história do pensamento científico. Trabalhos importantíssimos desenvolvidos por diversos cientistas desempenharam papel relevante no processo de transição para a nova Física. Com base nessa idéia, se faz importante o conhecimento desses trabalhos, bem como o estudo da proposta, desde os conceitos teóricos, montagem e realização. A proposta desse trabalho é justamente analisar os métodos experimentais que foram utilizados na comprovação de estudos, que em conjunto formam a chamada Física Moderna. É bastante amplo o mundo de acontecimentos que colaboraram com notável importância para a introdução e aperfeiçoamento de novas áreas e conhecimentos físicos. Porém ressaltaremos com maior ênfase, o estudo de alguns desses experimentos que apresentaram grande contribuição para o desenvolvimento da Física Moderna: o experimento de Michelson-Morley (18811887); Radiação do corpo negro – Planck (1895); Efeito fotoelétrico – Hertz (1887); Efeito Compton – Dualidade onda-partícula (1923); Hipótese de De Broglie – Davisson-Germer (1924). O estudo desses experimentos abrangerá, desde a vida dos autores envolvidos, a experimentação utilizada na realização de cada experimento e suas contribuições científicas e históricas. Palavras–chave: Corpo Negro; Efeito Fotoelétrico; Efeito Compton; Dualidade onda-partícula. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Albert Abraham Michelson ...................................................................... 5 Figura 2: Edward Williams Morley .......................................................................... 6 Figura 3: Max Karl Ernst Ludwig Plank .................................................................. 7 Figura 4: Heinrich Rudolf Hertz .............................................................................. 7 Figura 5: Arthur Holly Compton .............................................................................. 8 Figura 6: Louis Victor Pierre Raymond De Broglie ................................................. 9 Figura 7: Clinton Joseph Davisson (esquerda) e Lester Halbert Germer ............... 9 Figura 8: Interferômetro de Michelson .................................................................. 10 Figura 9: Funcionamento do interferômetro de Michelson ................................... 11 Figura 10: Modelo prático de um corpo negro ...................................................... 12 Figura 11: Lei do deslocamento de Wien ............................................................. 13 Figura 12: Catástrofe do Ultravioleta .................................................................... 14 Figura 13: Distribuição de Planck para diferentes temperaturas .......................... 15 Figura 14: Representação das Leis de: Rayleigh, Wien e Planck ........................ 16 Figura 15: Efeito fotoelétrico................................................................................. 17 Figura 16: Representação do experimento realizado por Hertz ........................... 18 Figura 17: Espalhamento de Compton ................................................................. 20 Figura 18: Esquema do experimento realizado por Davisson – Germer .............. 22 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1 Capítulo 1: Vida dos cientistas envolvidos nos experimentos.................................................. 5 Capítulo 2: Montagem e realização dos experimentos ........................................................... 10 2.1 Experimentos de Michelson-Morley ................................................................................. 10 2.2 Radiação do corpo negro – Planck .................................................................................. 12 2.3 Efeito fotoelétrico – Hertz .................................................................................................. 16 2.4 Efeito Compton – Dualidade onda-partícula................................................................... 19 2.5 Hipótese de De Broglie – Davisson-Germer .................................................................. 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 24 ANEXOS ......................................................................................................................................... 25 1 INTRODUÇÃO O surgimento da Mecânica Quântica propiciou o desenvolvimento de uma nova visão do estudo da Física, direcionada para um mundo microscópico, o que colaborou de maneira geral para que ocorressem grandes avanços tecnológicos. Para se chegar a um amplo entendimento da Física Moderna, é necessário buscar antecedentes de sua história, bem como, o entendimento dos experimentos envolvidos e que deram sustentação a toda teoria envolvida. Há uma ampla relação de estudos e experimentos que contribuíram de forma direta ou indireta, para o surgimento da Física Moderna. Fatos que intrigavam, teorias com validade limitada, conhecimentos que não se estendiam a determinadas situações, ou em alguns casos, eram ultrapassados, e a incessante busca pelo conhecimento, típica do homem, despertaram o interesse da busca por explicações que ainda não haviam sido atingidas, e de certa forma, a aprimoração dos conhecimentos já obtidos. Diante dessa idéia, se faz importante destacar aqui, alguns dos fatos e acontecimentos marcantes, que antecederam seu surgimento. Na década de 1850, o químico e físico William Crookes (1832-1919), realizou experiências com o tubo de “raios catódicos”, onde observou a existência de cargas elétricas nos gases. Anos mais tarde, em 1859, Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887), um físico alemão, realiza estudos sobre a “radiação do corpo negro”; posteriormente propõe as três leis relacionadas à emissão de luz, através de objetos incandescentes. No ano de 1872, foi realizada pelo físico russo Aleksandr Grigoryevich Stoletov (1839-1896), uma primeira análise experimental a respeito do efeito fotoelétrico que é proveniente da incidência de radiação eletromagnética, sobre a superfície de um metal qualquer, gerando a liberação de elétrons do material, porém, foi somente no período entre 1886 e 1887, que essa proposta foi comprovada, através de experiências com osciladores, desenvolvidas pelo físico alemão Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894). Essas pesquisas e experimentos que comprovam a existência do efeito fotoelétrico tiveram continuidade cinco anos mais tarde, em 1902, com os estudos desenvolvidos pelo físico Phillip Eduard 2 Anton von Lenard (1862-1947), que apresentou as leis para o efeito fotoelétrico, baseadas na existência de uma relação de dependência entre a energia dos elétrons e a frequência da radiação incidente. Posteriormente, no ano de 1905, Albert Einstein (1879-1955), apresenta uma explicação quantizada para esse efeito, sendo laureado com o do prêmio Nobel de Física, pelo desenvolvimento de seus trabalhos teóricos, em especial o efeito fotoelétrico. Em 1877, Ludwig Eduard Boltzman (1844-1906), físico austríaco, apresenta grande contribuição para a Física Moderna, desenvolvendo trabalhos na área da Termodinâmica Estatística, onde apresentou uma fórmula para a medição da entropia de um gás ideal. Boltzman, juntamente com James Clerck Maxwell (1831-1879), são considerados criadores da Física Estatística. No período de 1881 a 1887, os norte-americanos Albert Abrahan Michelson (1852-1931) e Edward Williams Morley (1838-1923), realizaram experimentos, cujo objetivo era provar a existência ou não do éter, que consiste no meio que possibilitaria a propagação de ondas eletromagnéticas (luz). Em 1883, após observar o efeito termiônico, que ocorria em um metal, devido ao aumento de temperatura, Thomas Alva Edison (1847-1931), constrói o primeiro dispositivo termiônico, conhecido como a válvula de Edison, que posteriormente propiciaria a invenção das válvulas termiônicas no ano de 1904, por John Ambrose Fleming (1849-1945). Em 1895, ocorre a descoberta dos raios X, pelo físico alemão Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923), descoberta essa, que lhe rendeu em 1901 o primeiro Nobel de Física. Em 1897, Joseph John Thomson (1856-1940), demonstra através de experiências com o tubo de raios catódicos, a existência de corpúsculos cuja massa é bem inferior a dos átomos dos quais eles fazem parte – ele acaba de descobrir a existência dos elétrons; descoberta que lhe rendeu o prêmio Nobel de Física em 1906. Em 1899 – 1900, o físico alemão Max Karl Ernest Ludwig Planck (18581947), apresenta as leis da radiação; apresentou a ideia de quanta – pacotes de energia; estabeleceu um valor para a constante universal do quantum de energia, conhecida como a constante de Planck (h = 6,63×10-34 J.s.), obtida através de 3 experimentos realizados com osciladores harmônicos, essa constante é de grande importância para a teoria quântica, e expressa a proporcionalidade da energia de um quantum em relação a sua frequência. Na passagem desse mesmo ano, Otto Lummer (1860-1925) e Ernst Pringsheim (1859-1917), realizaram as primeiras medidas para a radiação espectral e William Thomson (1824-1907) observou que como resultado da interação de um fóton com os elétrons mais afastados de um átomo de determinado material, ocorria a transferência de energia desse fóton para o átomo, de forma que o mesmo ficava agitado, ocorrendo a liberação dessa energia em forma de um fóton com comprimento de onda e energia semelhantes ao primeiro, porém este sendo liberado em uma outra direção, havendo o espalhamento; fato que ficou conhecido como espalhamento ou efeito Thomson. No ano de 1913, Niels Henrick David Bohr (1885-1962), apresenta um novo modelo atômico, contribuindo de forma excelente para um profundo conhecimento a respeito do átomo. Em 1914, Robert Andrews Millikan (1868-1953), apresenta grande contribuição para o mundo da física, estudando o comportamento das cargas elétricas elementares, e em continuidade, determinando seu valor. Millikan, também obteve grande destaque ao realizar dois grandes feitos: demonstrar a veracidade das equações para o efeito fotoelétrico, propostas por Einstein e a comprovação através de métodos experimentais, o valor da constante de Planck, proposta teoricamente. Esses destaques fizeram com que Millikan recebesse o prêmio Nobel da Física em 1923. Em 1922, Otto Stern (1888-1969) e Walther Gerlach (1889-1979) realizaram um experimento retratando a deflexão de partículas, o experimento procurou observar se as partículas individuais, assim como os elétrons, possuíam momento angular intrínseco. No ano seguinte, Arthur Holly Compton (1892-1962), comprovou através de experimentos a natureza corpuscular da luz. Observou que, ao entrar em contato com a matéria, mais especificadamente, com os elétrons livres, ou aqueles que estão em camadas mais afastadas do núcleo, o fóton tinha seu comprimento de onda aumentado, e em consequência, sua energia diminuída. Da interação entre os fótons e os elétrons, resulta que o elétron recebe parte da energia, fazendo 4 com que ele recue, e o restante da energia contida no fóton, faz com que o mesmo tome uma direção de propagação diferente da inicial. Esse efeito observado ficou conhecido como efeito Compton, e rendeu a Arthur Holly Compton o prêmio Nobel de Física em 1927. Em 1924, o cientista francês Louis Victor Pierre Raymond De Broglie (1892-1987), em sua tese de doutorado, apresentou argumentos, propondo que a matéria teria um comprimento de onda associado a ela. A hipótese de De Broglie só foi comprovada experimentalmente, três anos após a data de lançamento da proposta, por Clinton Davisson (1881-1958) e Lester Germer (1896-1971), e em consequência a esse feito, no ano de 1927, De Broglie é laureado com o prêmio Nobel de Física pela teoria da dualidade onda-matéria. Em 1926 Walter Elsasser (1904-1991), realizou experimentos comprovando a natureza ondulatória dos raios X, a partir do espalhamento de elétrons em sólidos cristalinos. No ano de 1937, o físico britânico, George Paget Thomson (1892-1975), ganha destaque no mundo da física, recebendo o prêmio Nobel, por sua demonstração da natureza corpuscular do elétron, comprovada experimentalmente por meio da difração do elétron através de cristais. Esses dentre outros diversos experimentos, tiveram participação na elaboração e comprovação de um novo conjunto de teorias, denominado de Física Moderna. 5 Capítulo 1: Vida dos cientistas envolvidos nos experimentos No primeiro momento abordaremos um breve relato sobre a vida dos cientistas envolvidos em cada experimento proposto, a ser analisado através desse trabalho. Albert Abraham Michelson (1852-1931), cientista alemão, nascido em Strelno na Polônia. Ainda quando criança mudou-se com sua família para os Estados Unidos, onde iniciou sua vida escolar. Teve participação da Academia Naval, onde posteriormente ministrou Química e Física. Michelson apresentava grande interesse em relação ao estudo da luz, e soube aproveitar a disponibilidade que tinha dos laboratórios da Academia, para aperfeiçoar seus estudos e trabalhar na tentativa de construção de aparelhos que pudessem lhe auxiliar nessa busca. Realizou diversos experimentos no período de 1881 a 1887, cujo objetivo era descobrir um valor que medisse a velocidade da luz. Figura 1: Albert Abraham Michelson Em 1887, com o apoio de Edward Williams Morley (1838-1923), físico norte-americano, nascido em Newark, desenvolveu o interferômetro, instrumento que lhes possibilitou pesquisar e alcançar resultados relevantes para a velocidade da luz, tais resultados rendeu a Michelson e Morley, o primeiro Prêmio Nobel cientista norte-americano. Esses dois cientistas apresentaram grande contribuição 6 tanto nos cálculos de medida da velocidade de luz, com o alcance de valores bem próximos ao que se tem hoje, como também no processo de andamento da Teoria da Relatividade. Figura 2: Edward Williams Morley Max Karl Ernst Ludwig Plank (1858-1947) físico alemão nascido em Kiel. Teve uma considerável carreira acadêmica, tanto como professor, como também na ocupação de notáveis postos. Seus primeiros estudos desenvolvidos foram voltados para a área da Termodinâmica, posteriormente surge o interesse em relação aos estudos da radiação, e as “incertezas” envolvidas em toda sua teoria, conceitos que não faziam ligação entre teoria e prática. Planck se dedica aos seus estudos, e como fruto de seus esforços, alcança bom resultado, quando consegue formular para a radiação, uma relação entre energia e frequência, relacionadas a uma constante, que ficou conhecida como constante de Planck. Os estudos desenvolvidos por Planck foram de tamanha importância para o desenvolvimento da Física Moderna, em especial a Mecânica Quântica. Em 1918, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física, em função de suas contribuições, que abriram novos rumos de estudo, e de certa forma estruturaram áreas de pesquisas relacionadas, já existentes. 7 Figura3: Max Karl Ernst Ludwig Planck Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894) físico alemão nascido em Hamburgo. Engenheiro já formado, Hertz decidiu seguir por outros rumos, optou pelo mundo da Física. Foi professor universitário, ministrando aulas dessa disciplina. Os trabalhos desenvolvidos por Hertz foram de grande importância para a elaboração e aperfeiçoamento de conceitos da Mecânica Quântica. Dentre esses trabalhos, destacam-se experimentos desenvolvidos e que comprovaram estudos relacionados ao efeito causado pela incidência de ondas eletromagnéticas na superfície de metal qualquer, o chamado efeito fotoelétrico, conceitos que já haviam sido propostos e observados anteriormente por outro cientista. Durante sua jornada de pesquisas, Hertz estudou modelos propostos por outros cientistas, comprovando sua veracidade ou até mesmo, apontando suas impossibilidades. Figura 4: Heinrich Rudolf Hertz 8 Arthur Holly Compton (1892-1962) físico Americano, nascido em Wooster. Foi professor universitário, ministrando aulas de Filosofia e Física, atuou também na área de pesquisas. Compton apresentava grande interesse em relação aos estudos da radiação em especial os raios X; se dedicou a montagem de experimentos que comprovassem seus estudos em relação à natureza corpuscular da luz. Alcançou com êxito seu objetivo, sendo agraciado com o Prêmio Nobel de Física em 1927, em virtude do feito descoberto por ele através de seus experimentos, ficando conhecido como Efeito Compton. Compton publicou diversos livros, no decorrer de sua carreira, abordando desde conceitos da própria ciência, até conceitos tidos como interesses e idéias do social. Figura 5: Arthur Holly Compton Louis Victor Pierre Raymond De Broglie (1892-1987), físico francês, nascido em Dieppe. Iniciou seus estudos centrados na área de humanas. Porém, com o passar dos anos, influenciado por seu irmão, que também era físico e interessava-se pelo método experimental, surge um interesse pelo estudo e compreensão da área de exatas, e De Broglie dá início a suas pesquisas focando em primeiro instante o estudo dos raios X, baseando-se em conceitos já propostos por outros cientistas da época. De Broglie propôs que assim como a luz pode apresentar comportamento dual, a matéria também possui um comprimento de onda associado a ela. Essa hipótese de existência, proposta por De Broglie, foi 9 tema de sua tese de doutorado, e só foi comprovada posteriormente através de experimentos desenvolvidos pelos físicos americanos, Clinton Joseph Davisson (1881-1958) e Lester Halbert Germer (1896-1971). Em função dos resultados experimentais alcançados por Davisson-Germer, em relação da teoria da dualidade onda-matéria, proposta anteriormente, Louis De Broglie foi laureado com o Prêmio Nobel de Física em 1927. Figura 6: Louis Victor Pierre Raymond De Broglie Figura 7: Clinton Joseph Davisson (esquerda) e Lester HalbertGermer 10 Capítulo 2: Montagem e realização dos experimentos Faremos a seguir uma análise sobre a montagem e realização dos experimentos propostos anteriormente. 2.1 Experimentos de Michelson-Morley Experimentos realizados pelos norte-americanos Albert Abrahan Michelson e Edward Williams Morley no período de 1881 a 1887. No ano de 1881, Michelson, utilizando um interferômetro, buscava comprovar por meio dos primeiros experimentos, a existência de um meio de referência privilegiado ligado ao éter, porém seu aparato apresentava uma margem de erro bastante considerável. Michelson, não satisfeito com os resultados negativos alcançados em suas experiências, quanto a existência desse meio de propagação, acreditava ser necessário aprimorar seu aparelho de medição, foi quando em 1887, contando com o apoio de Morley, trabalharam juntos no aperfeiçoamento do interferômetro, recontruíram-no sobre um bloco de granito e esse ficava flutuando sobre um reservatório composto por mercúrio, todo cuidado voltado para que não houvesse interferência do ambiente no decorrer das observações. Figura 8: Interferômetro de Michelson 11 Dessa forma, conseguiram realizar observações com maior precisão, onde o objetivo era medir a diferença de tempo gasto pela luz, para descrever duas situações: a distância na direção do movimento da Terra, e em sua órbita em torno do Sol, e o tempo gasto para percorrer a mesma distância apresentada na primeira situação, porém, agora considerando uma direção perpendicular. Para provar a existência desse meio de propagação (éter), seria necessário comprovar que a luz poderia apresentar diferentes velocidades para diferentes formas de movimentos – velocidade da luz na direção de rotação ou translação da Terra e velocidade da luz ao percorrer uma direção perpendicular a esses movimentos. Porém como não há variação nessas duas velocidades apresentadas, ou seja, a luz apresenta velocidade constante independente das direções percorridas, o objetivo dos experimentos não foi alcançado, ficando comprovada a não existência do meio éter. O princípio de funcionamento do interferômetro de Michelson pode ser mostrado na figura 9: Figura 9: Funcionamento do interferômetro de Michelson Dois feixes de luz deveriam percorrer caminhos de mesmo comprimento, porém em diferentes direções em relação ao movimento da Terra: um percorreria uma direção paralela a esse movimento e o outro percorreria uma direção 12 perpendicular. Se fosse detectada uma diferença de velocidade em relação às duas direções de propagação da luz, ficaria comprovada a existência do éter. 2.2 Radiação do corpo negro – Planck A radiação é o processo de emissão contínua de energia desde a superfície de qualquer corpo; essa energia é transportada no vácuo através das ondas eletromagnéticas com velocidade de 300.000.000 m/s. Um corpo negro se caracteriza por absorver toda energia incidente desde o exterior e emitir toda energia incidente interior. Na natureza, não é comprovada a existência de um corpo negro, porém ele pode ser substituído com uma grande aproximação por uma cavidade que contenha um pequeno orifício. A energia radiante que incide através do orifício é absorvida pelas paredes e somente uma pequena (mínima) proporção se reflete através da abertura, portanto, pode-se dizer que toda energia incidente é absorvida pelo corpo. Figura 10: Modelo prático de um corpo negro Max Planck alcançou grande destaque entre os estudiosos de sua época e conservaria tal destaque por muitas outras décadas posteriores. É considerado fundador da teoria quântica, com seus estudos voltados para o comportamento de um corpo negro. 13 A teoria clássica da época apresentava certas limitações em explicar fenômenos ocorridos fora do conhecimento adquirido, surgindo assim a necessidade de reformulações teóricas, que apresentassem uma linha de conhecimento mais abrangente. A proposta de Max Planck estava vinculada a esse sentido, apresentar uma explicação aceitável para a energia que era emitida por um corpo qualquer, quando submetido a determinada temperatura – espectro de radiação, pois a teoria clássica só conseguia explicar as emissões ocorridas apenas em baixas temperaturas. Na teoria clássica, as leis referentes à radiação do corpo negro apresentavam certas discrepâncias entre teoria e comprovação experimental. Em 1892, o físico alemão Wilhelm Wien (1864-1928), propôs a existência de uma relação de proporcionalidade entre temperatura e comprimentos de onda, onde o comprimento de onda seria inversamente proporcional a temperatura de um corpo. A lei proposta por Wien alcançava bom desempenho, quando aplicada a pequenos comprimentos de onda, gerando então altas frequências de energia, porém se mostrava inconsistente no caso de aplicação em grandes comprimentos de ondas. Figura 11: Lei do deslocamento de Wien 14 Lord Rayleigh (1842-1919) e Sir James Jeans (1877-1946), obtiveram medidas experimentais, trabalhando com osciladores, e obtiveram uma relação, cujo objetivo era descrever a radiação espectral de um corpo qualquer a determinada temperatura, para qualquer comprimento de onda. Porém ela funcionava perfeitamente quando se observava comprimentos de ondas grandes, onde a frequência apresentada era pequena, e o mesmo não ocorria para comprimentos de ondas pequenos (quanto menor o comprimento de onda, maior a energia), cuja frequência tendia ao infinito, dessa forma, discordando com o que era proposto pela teoria. Fato que ficou conhecido como a “Catástrofe do ultravioleta”. Figura 12: Catástrofe do Ultravioleta Max Planck se dedicou aos estudos, na tentativa de encontrar uma relação que pudesse ser aplicada com igual objetividade para qualquer comprimento de onda, ou seja, buscava uma explicação para o espectro da radiação térmica, que ocorria em todos os comprimentos de onda, porém com diferentes intensidades, dependendo da temperatura em que se encontra o corpo. Realizou experimentos com osciladores harmônicos, onde propôs que a energia emitida nas radiações, 15 deveria ser quantizada, ou seja, seriam emitidas por pacotes, cuja energia proveniente destes, seria proporcional à frequência, obtendo a seguinte relação: E = hf A relação apresentada por Planck se ajustava perfeitamente aos dados experimentais já obtidos, e trouxe um esclarecimento para as leis da radiação propostas por Wien e Rayleigh. Figura 13: Distribuição de Planck para diferentes temperaturas Na figura 13, apresentada acima, pode-se observar a existência de um comprimento máximo de onda e não infinito, não ocorre o mesmo para as demais distribuições. O gráfico representado pela figura 14 (Frequência X Intensidade) faz a representação conjunta das três Leis referentes a radiação. Nota-se que a Lei 16 Rayleigh – Jeans não apresenta resultados condizentes com os observados para frequências elevadas. Já a Lei de Wien não apresenta resultados compatíveis com os observados para baixas frequências. Enquanto a distribuição de Planck para a radiação assume resultados mais realistas. Figura 14: Representação das Leis de: Rayleigh, Wien e Planck A Lei de Planck para a radiação do corpo negro, para a época, se mostrava bastante radical, mesmo sendo demonstrada experimentalmente, só foi aceita após ter sido adotada por Einstein em 1905 em seu trabalho a respeito do efeito fotoelétrico. Einstein foi o primeiro físico a reconhecer a real importância das formulações apresentadas por Planck sobre a radiação eletromagnética, e fez uso das mesmas, pra introduzir seu conceito de fóton, assim como também conceitos básicos da teoria quântica. Planck recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1918, em função de seus trabalhos desenvolvidos sobre a teoria quântica. 2.3 Efeito fotoelétrico – Hertz O efeito fotoelétrico é proveniente da incidência de radiação eletromagnética de alta frequência, sobre a superfície de um metal qualquer, fazendo com que ocorra a emissão de elétrons por parte do metal. Esse 17 fenômeno foi observado pela primeira vez pelo físico francês Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891) em 1839, e comprovado experimentalmente por Heinrich Hertz em 1887, e em sua homenagem, esse fenômeno ficou conhecido como Efeito Hertz, porém esse termo não é utilizado com muita frequência. Figura 15: Efeito fotoelétrico Os elétrons giram em torno do núcleo atômico, e são mantidos em órbita através de forças de atração. Porém se eles receberem uma energia maior do que a de costume, eles são arrancados facilmente de suas órbitas. É exatamente isso o que ocorre quando um feixe de radiação com energia elevada é lançado sobre a superfície de um metal, fazendo com que os elétrons sejam arrancados, podendo adquirir ou não energia cinética em seu lançamento, dependendo assim, da quantidade de energia emitida na radiação, enquanto em contrapartida, a quantidade de elétrons que pode ser arrancados da superfície metálica, vai depender da intensidade da luz incidente. Hertz realizou experiências, comprovando a existência das ondas eletromagnéticas, que já haviam sido propostas por Maxwell. Mas além dessa descoberta, ele observou, através de uma experiência, que a descarga que ocorria entre dois eletrodos dentro de uma ampola, poderia ser facilitada se em 18 um dos eletrodos fosse incidida radiação (luz), de forma que, desse mesmo eletrodo ocorria a emissão de elétrons. Após a descoberta e comprovação do efeito fotoelétrico, restavam-se dúvidas com relação à emissão dos elétrons. Esperava-se que, com o aumento da intensidade da luz, os elétrons fossem arrancados do material, com uma maior energia cinética, porém o que podia ser observado é a existência de uma relação entre a intensidade da luz e a quantidade de elétrons arrancados de suas órbitas: quanto maior for a intensidade da luz emitida, maior será a quantidade de elétrons arrancados, enquanto para uma intensidade pequena, poucos elétrons eram arrancados. Figura 16: Representação do experimento realizado por Hertz Em 1905 Einstein, apresenta uma explicação bastante satisfatória para o fenômeno do efeito fotoelétrico, baseando-se na idéia de quantização, proposta por Max Planck em 1900. Em sua teoria, Einstein propõe que a energia da radiação incidente sobre o material, além de se comportar como ondas contínuas, poderia também se apresentar de forma concentrada em pacotes de energia, que ele denominou de fótons, cujo valor apresentado era hʋ, e a intensidade da luz seria proporcional a quantidade de pacotes. Tal interpretação, relacionada a natureza corpuscular da luz, explica o fato de uma maior intensidade de luz (radiação) emitida, conseguir 19 arrancar uma maior quantidade de elétrons, pois com um número maior de fótons colidindo sobre a superfície, mais elétrons serão atingidos. 2.4 Efeito Compton – Dualidade onda-partícula O efeito observado pelo físico Arthur Holly Compton em 1923, que consiste na perda de energia de um fóton, quando o mesmo entra em contato com a matéria, ficou conhecido como Efeito Compton ou Espalhamento Compton. Após a colisão com a matéria, o fóton tem seu comprimento de onda aumentado e sua energia diminuída. Compton realizou vários experimentos com raios X, na tentativa de explicar o aumento do comprimento de onda da radiação após o espalhamento, pois o que ocorria experimentalmente, não podia ser explicado pela teoria clássica da época, que dizia que o comprimento de onda da radiação espalhada, deveria ser o mesmo comprimento da radiação incidente (Espalhamento de Thomson). Dessa forma ficava clara a existência de uma incompatibilidade entre a teoria proposta por J. J. Thomson e a comprovação experimental de Compton, pois a teoria de Thomson não conseguia explicar a real variação do comprimento de onda, após a colisão. A figura a seguir, retrata o momento da colisão de um fóton com um elétron. No momento do choque, o elétron recebe parte da energia, o que faz com que ele recue, e o fóton mantendo o restante da energia, acaba sendo emitido em uma direção diferente da inicial, com freqüência diferente. 20 Figura 17: Espalhamento de Compton Depois de várias tentativas fracassadas, na busca de uma explicação para a variação do comprimento de onda espalhado, Compton só obteve êxito após mudar sua análise, passando a considerar a ideia dos quanta, e que o fenômeno ocorrido poderia se apresentar como uma colisão elástica, onde deveria se levar em conta a existência de um momento do quantum de energia. Na realização de seu experimento, Compton utilizou um objeto constituído de grafite, onde incidiu raios X em uma determinada frequência, fez a medição da frequência da radiação que foi espalhada após a colisão dos raios X com o material, e verificou a ocorrência de uma radiação com frequência menor do que a incidente. Embasado na teoria clássica, esse fato que ocorria não tinha explicação. Compton alcançou explicação para esse efeito, baseando-se nos conceitos dos quanta, considerando que os raios X são quantizados, ou seja, são constituídos por partículas, que ao entrarem em contato com os elétrons da matéria (Grafite), ocorre a transferência de uma parte de sua energia para esses elétrons, sendo que depois, essas partículas serão emitidas com uma energia menor do que a inicial. Ele faz uso das relações já apresentadas por Einstein e 21 Planck (E = hv) que relaciona energia e frequência, para calcular essa diminuição de energia das partículas em termos da diminuição frequência. Os resultados teóricos obtidos por Compton estão em concordância com os valores experimentais alcançados. A descoberta do Efeito Compton foi de grande importância para reforçar a ideia de que a luz não se comporta meramente como onda, mas que também pode apresentar comportamento corpuscular. Em homenagem às suas importantes descobertas, e em especial ao Efeito Compton, Arthur Holly Compton recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1927. 2.5 Hipótese de De Broglie – Davisson-Germer O cientista francês Louis-Victor Pierre Raymond De Broglie, em sua tese de doutorado, propõe a hipótese de que da mesma maneira que a luz apresenta característica onda-partícula (dualidade), as partículas materiais também poderiam apresentar comportamentos típicos de uma onda (difração e interferência), fato que denomina de onda de matéria. De Broglie apresentou argumentos em sua tese, propondo que a matéria em destaque os elétrons, teria um comprimento de onda associado a ela. Embora ainda não houvesse comprovação para sua proposta, De Broglie afirmava que a ideia proposta poderia ser observada por meio de uma experiência com cristais, onde os fenômenos de difração e interferência poderiam ser observados com clareza, se sobre a superfície do cristal fosse lançado um feixe de elétrons, o comportamento observado é característico de uma onda. Por mais que a idéia proposta por De Broglie parecesse um tanto exagerada, ele contava com o apoio de Einstein, e foi através do próprio Einstein que a ideia foi difundida, chegando a notícia que uma experiência relacionada à proposta de De Broglie já havia sido realizada nos Estados Unidos, por dois físicos Clinton Davisson e Charles Kunsman, porém os resultados obtidos com a experiência haviam sido interpretados de maneira diferente, já que seria um absurdo considerar que o elétron pudesse apresentar comportamento de uma onda. Após a hipótese de De Broglie ser incorporada a teoria quântica, as experiências visando à comprovação da existência de tais ondas de matéria, 22 foram retomadas novamente por Davisson com o apoio de outro cientista, Lester Germer. Outros dois cientistas, George Thomson e Alexander Reid, também realizaram experiências, confirmando o comportamento ondulatório apresentado pelos elétrons. A hipótese de De Broglie só foi comprovada experimentalmente, três anos após a data de lançamento da proposta, por Clinton Davisson e Lester Germer. A figura 17 representa o experimento de Davisson – Germer, onde sobre uma superfície cristalina é incidido um feixe de elétrons, e o mesmo é disperso. A intensidade desse feixe de elétrons que foi disperso em relação a um ângulo φ, é medida através de um detector de elétrons, essa medida é feita para diferentes valores de energia dos elétrons incidentes no cristal. Figura 18: Esquema do experimento realizado por Davisson – Germer Davisson e Germer realizaram experiências com um cristal de Níquel, onde observaram que ao se incidir elétrons sobre a superfície do cristal, houve uma reflexão semelhante a que ocorria para a incidência de raios X, que quando incididos sobre a superfície de um cristal, é gerada uma forte reflexão a determinado ângulo, fazendo com que haja uma interferência da forma 23 construtiva, ou seja, existe uma combinação entre as fases das ondas. Quando Davisson e Germer analisaram os ângulos ocorridos para os raios X e para os elétrons, puderam notar que nessas ocasiões os elétrons apresentam o mesmo comprimento de onda que De Broglie havia proposto. 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS O conhecimento da história, em amplos aspectos, é um fator de extrema importância para o entendimento dos acontecimentos atuais, pois é necessário que se tenha noção do caminho que foi percorrido, até se alcançar o nível de conhecimento que temos atualmente, para tanto, é preciso levar em conta os fatores que contribuíram no decorrer desse processo de evolução. No ensino da Ciência, o conhecimento de um contexto histórico, se torna imprescindível, pois é de extrema importância que aluno tenha conhecimento dos fatos antecedentes, que em uma visão geral, são a base de todo conhecimento já construído. E partindo desses antecedentes, novos conhecimentos são alcançados, podendo surgir de novas descobertas, ou até mesmo, surgir das reformulações de propostas já conhecidas, visto que todo o conhecimento é fruto de constantes descobertas. Baseando-se na idéia de conhecimento científico, desde as propostas e teorias mais antigas, até as mais recentes, de uma forma geral, precisam ter sua veracidade comprovada, passando assim por um processo de comprovação experimental. No desenvolvimento desse trabalho, vimos que os métodos experimentais apresentados, foram de grande relevância para a confirmação da teoria proposta. A experimentação é considerada como uma ferramenta indispensável, no processo de construção do conhecimento científico, pois representa um papel fundamental nesse processo, buscando comprovar o que em primeiro momento era tido somente como uma suposição. 25 ANEXOS Fonte das figuras Figura 1........................................................................................................ 13 Fonte: Disponível em: <http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/michelson.html> Acesso em: Agosto 2012. Figura 2......................................................................................................... 14 Fonte: Disponível em: <http://www.fisicanet.com.ar/biografias/cientificos/m/morley.php#.UHwzTsXA86I> Acesso em: Agosto de 2012. Figura 3 ........................................................................................................ 15 Fonte: Disponível em: <http://www.biografiasyvidas.com/biografia/p/planck.htm> Acesso em: Agosto de 2012. Figura 4 ......................................................................................................... 15 Fonte: Disponível em: <http://www.biografiasyvidas.com/biografia/h/hertz.htm> Acesso em: Agosto de 2012. 26 Figura 5 .......................................................................................................... 16 Fonte: Disponível em: <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1927/comptonbio.html> Acesso em: Agosto de 2012. Figura 6 ......................................................................................................... 17 Fonte: Disponível em: <http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1929/broglie-bio.html> Acesso em: Setembro de 2012. Figura 7 ......................................................................................................... 17 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lester_Germer> Acesso em: Setembro de 2012. Figura 8 ......................................................................................................... 18 Fonte: Disponível em: <http://www.projetoockham.org/historia_eter_4.html> Acesso em: Setembro de 2012. Figura 9 ........................................................................................................ 19 Fonte: Disponível em: 27 <http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/michelson.html> Acesso em: Setembro de 2012. Figura 10 ...................................................................................................... 20 Fonte: Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/radiacao-corpo-negro.htm> Acesso em: Setembro de 2012. Figura 11 ...................................................................................................... 21 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Wien> Acesso em: Outubro de 2012. Figura 12 ....................................................................................................... 22 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1strofe_do_ultravioleta> Acesso em: Outubro de 2012. Figura 13 ....................................................................................................... 23 Fonte: Disponível em: <http://paralysisbyanalysis52.wordpress.com/2012/09/01/mecanica-e-fisicaquantica-historia-e-evolucao-da-fisica-quantica-post-3/> Acesso em: Outubro de 2012. 28 Figura 14 ...................................................................................................... 24 Fonte: Disponível em: <http://paralysisbyanalysis52.wordpress.com/2012/09/01/mecanica-e-fisicaquantica-historia-e-evolucao-da-fisica-quantica-post-3/> Acesso em: Outubro de 2012. Figura 15 ...................................................................................................... 25 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_fotoel%C3%A9trico> Acesso em: Outubro de 2012. Figura 16 ...................................................................................................... 26 Fonte: Disponível em: <http://gihelilah.blogspot.com.br/2009/11/efeito-fotoeletrico_10.html> Acesso em: Outubro de 2012. Figura 17 ..................................................................................................... 28 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Compton> Acesso em: Outubro de 2012. Figura 18 ..................................................................................................... 30 Fonte: Disponível em: 29 <http://pt.scribd.com/doc/64414319/19/Dualidade-onda-particula-hipotese-de-deBroglie> Acesso em: Outubro de 2012. 30 REFERÊNCIAS A Dualidade Partícula Onda & Hipótese de De Broglie. Disponível em: <http://rumoaoita.com/materiais/materiais_caio/fismoderna3.pdf> Acesso em: 21 de Setembro de 2012. A Radiação do Corpo Negro – Mecânica Quântica. Disponível em: <http://www.fisica.ufs.br/egsantana/cuantica/negro/radiacion/radiacion.htm#La radiacióndelcuerpo negro> Acesso em: 20 de Novembro de 2012. Biografia de Albert Abraham Michelson. Disponível em: <http://www.geocities.ws/saladefisica9/biografias/michelson.html> Acesso em: 10 de Agosto de 2012. Biografia e vida de Arthur Holly Compton. Disponível em: <http://pt.infobiografias.com/biografia/16254/Arthur-Holly--Compton.html> Acesso em: 10 de Agosto de 2012. Biografia de Max Karl Ernst Ludwig Planck. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MaxKPlan.html> Acesso em: 10 de Agosto de 2012. 31 Breve História da Física Moderna. Disponível em: <http://universointeligente.com.br/Volume-I/V-I-PDF/Historia-V-I.pdf> Acesso em: 19 de Setembro de 2012. Centro de Deduções Lógicas. 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