Em Barbados o sol brilha forte, o mar continua azul-turquesa, as pessoas dão sorrisos largos e há poucos motivos para reclamar Por Ana Ferrareze MT Beach 84 VIAJAR PELO MUNDO “Senhores passageiros, sejam bem-vindos a Barbados”. Ao colocar o primeiro pé fora do avião, o calor sufocante em plenas 23h indicava mais uma caliente ilha caribenha. Ou melhor, a hot one. Afinal, em Barbados se fala inglês, o que não é lá muito comum no Caribe. O idioma é apenas uma das inúmeras peculiaridades desse colorido território no meio do Atlântico. Ao sair do Grantley Adams International Airport, os turistas encontram uma antiga colônia britânica vibrante e iluminada, tanto pelo sol escaldante que brilha durante o dia como pelos sorrisos simpáticos de seus quase 300 mil habitantes. No dia 26 de junho, um voo direto da Gol ligou Brasil e Barbados pela primeira vez sem passar pelos Estados Unidos. Desde essa data, os brasileiros não podem mais reclamar da demora para chegar à ilha – durante apenas seis horas troca-se Guarulhos pelo Grantley –, e o melhor, sem precisar do visto americano, antes exigido na escala. “Por que Barbados?”, foi a pergunta mais frequente feita na época aos dirigentes da companhia aérea. A resposta é simples: assim como todo o Caribe, o destino é bastante procurado pelos turistas brasileiros graças às praias belíssimas que emolduram sua paisagem. Os motivos da alta demanda, no entanto, vão muito além. É importante constatar a paixão que o povo barbadiano tem pelo Brasil e como é fácil se sentir em casa naquelas terras. Eles vestem a camisa verde e amarela, são encantados pelo Carnaval e sabem os nomes de todos os jogadores da seleção canarinho. Nossa ligação com Barbados já existe há muitos anos, desde que algumas mudas de cana-de-açúcar foram levadas de Pernambuco para se tornarem a principal economia da ilha. Os canaviais cortam o país de fora a fora e garantem a matériaprima para a fabricação do rum, um ícone local, encontrado aos montes em drinques, pratos e sobremesas. Tanto que lá, o que aqui chamamos de botequins levam o nome de rum shops. São quase 12 mil deles, com muita bebida e comida barata, além do famoso Rum Punch, a mistura do destilado com frutas. Não há um barzinho ou restaurante que não inclua esse coquetel no cardápio. Só tome cuidado para não julgá-lo depois de experimentar sua versão artificial, vendida em qualquer supermercado, muitas vezes intragável. Quando preparado com ingredientes de qualidade e por mãos experientes, ele fica uma delícia. 85 BARBADOS torta de macarrão, uma espécie de lasanha recheada com macarrão tubinho. Tudo com muitos temperos e pimenta. Com esta última, aliás, tenha um cuidado especial: eles não economizam no uso e é sempre bom verificar se os pratos são muito spicy. Quando a saudade de um belo hambúrguer bovino bater, nem adianta tentar apelar para o Mc Donalds. Barbados é um dos únicos lugares do mundo em que a rede de fast food não deu certo. Ela não durou nem seis meses por lá. Quem faz sucesso é o Chefette, com mais de 10 unidades, que destaca os lanches a base de frango e peixe, as preferências nacionais. Museu Mount Gay Rum e degustação no final do passeio. Abaixo, a figueira que nomeia a ilha 86 VIAJAR PELO MUNDO É em Barbados que está a Mount Gay, a marca de rum mais antiga do mundo, criada em 1703. O slogan já demonstra o orgulho: “O rum que inventou o rum”. O passeio pela fábrica é um dos mais interessantes na ilha, mesmo para aqueles que dispensam álcool. Depois de um tour pela história da bebida, os visitantes são convidados a degustar os quatro rótulos da casa: Eclipse Silver, Eclipse, Extra Old e o fenomenal 1703, envelhecido por de 10 a 30 anos. No fim, após o almoço caseiro e a sobremesa à base de sorvete de rum com passas e o delicioso rum cake (bolinho umedecido), dar uma passadinha pela loja é imperdível para comprar souvenires e, claro, muitas garrafas. Por preços ótimos, a menos de US$ 10, dá para levar exemplares de todos os tamanhos, que, depois de escolhidos, são cuidadosamente embalados para não quebrarem na mala. Além do rum, pode estar certo de que depois de alguns dias em Barbados você já vai estar por dentro de outras preferências culinárias nativas. Na maioria dos passeios que incluem refeição, e nos estabelecimentos mais simples, não há muita variedade na hora da escolha. É sempre o flying fish (peixe-voador, você vai ouvir bastante esse nome), frango, arroz com lentilha, salada de folhas e de batata, purê (de batata, banana ou fruta-pão) e a típica POR TERRA E POR MAR A infraestrutura de Barbados é surpreendentemente boa. É fácil encontrar guias do país na maioria dos pontos turísticos e agências de passeio, que também contam com sites bastante explicativos. Vale a pena adquirir um mapa e desbravar a ilha por partes, de preferência curtindo muito as praias, mas reservando um tempo para conhecer outros roteiros e atrações. Aventurar-se em cima de uma bicicleta é uma boa, principalmente porque o trânsito é um grande problema por lá. São cerca de 150 mil carros, quase metade da população. Resultado: lentidão, às vezes muita, para chegar de um lugar ao outro. Se você se animar, coloque um boné e enfrente o ca- lor, que será, com certeza, seu pior inimigo no trajeto. Também há carros disponíveis para aluguel, mas é preciso ser um ótimo motorista. A maioria das ruas e estradas é estreita e ninguém tem dó na hora de pisar no acelerador. Além disso, a direção é inglesa, do lado direito, ao contrário do Brasil. Para se localizar melhor, saiba que as principais cidades são Bridgetown, a capital, Speightstown, Oistins e Holetown. O país é dividido em 11 pontos, entre os quais 10 ganharam nomes de santos: St. Lucy, St. Peter, St. Andrew, St. James, St. Joseph, St. Thomas, St. Michael, St. George, St. John e St. Philip (o último faz referência à igreja cristã, Christ Church). Não é por menos. Há mais de 30 igrejas pela ilha, a maioria protestante, entremeadas por peculiares casinhas coloridas de madeira e a contradição entre vegetações áridas e tropicais. A melhor maneira de desvendar esse cenário é num jipe 4x4. O Island Safari leva os turistas em uma expedição de 5h30 pelos lados Leste e Nordeste da ilha, passando por incríveis praias, falésias, canaviais, campos agrícolas, pontos históricos e até por um trecho no meio da floresta. Na direção, os guias são divertidos e tentam falar pausadamente para que todos entendam as explicações. O inglês local, graças à mistura com o dialeto bajan (próprio do povo bajan, como os barbadianos gostam de ser chamados), é rápido e um pouco confuso mesmo para os fluentes na língua inglesa. Durante o trajeto, a brisa que bate no rosto e o reggae que sai das caixas de som tornam o passeio mais especial ainda. Lembre-se de ir com o biquíni ou o calção por baixo da roupa ou se arrependerá quando o carro fizer as paradas estratégicas onde é irresistível cair no mar. Além dos salgadinhos e bebidas servidos de tempo em tempo, o roteiro acaba com um almoço tradicional no restaurante Round House, localizado numa fazenda que ainda permite uma visita aos cômodos da casa colonial. Não deixe de provar a fruta-pão (também encontrada no Brasil), que tem gosto semelhante ao da mandioca e é muito comum na ilha. Ainda em terra, reserve um dia para conhecer a Harrison’s Cave. O tour pela caverna acontece em carrinhos que percorrem túneis e galerias cheias de estalactites e estalagmites iluminadas artificialmente. É, sem dúvidas, um dos pontos turísticos mais bem estruturados de Barbados. Roupas de banho vestidas, hora de desbravar o mar. A melhor pedida para tanto é o passeio de catamarã pela costa Oeste da ilha. O ponto de Acima a capital Bridgetown, Caverna Harrison’s Cave, e a Mushroom Rock, na Batsheeba 87 BARBADOS embarque é o porto Shallow Draught e o item essencial nas mochilas, o filtro solar. O almoço e as bebidas são incluídos no pacote, que garante cinco horas em alto mar. Aqui, o Rum Punch vem disfarçado de Capitain’s Special, preparado pelo animado comandante. São três paradas, mas nenhuma obrigatória. Você pode muito bem dispensar um pulo na água e ficar tomando sol no barco. Na primeira, a atração principal é observar um navio naufragado com snorkel, mas torça para que o mar esteja bem límpido, ou não vai ser muito excitante. O mais interessante está por vir na segunda parada, no mergulho com as tartarugas. Muito dóceis, elas são atraídas pelos guias com filezinhos de peixe e chegam bem pertinho dos turistas, que conseguem acariciá-las e tirar muitas fotografias. Aliás, ponto importante. Não deixe de levar uma máquina aquática. Elas são vendidas em qualquer loja por preços a partir de US$ 15, mas, se esquecer, dá para comprar uma no catamarã por alguns dólares a mais. Para fechar com chave de ouro, a última parada é numa linda faixa de areia banhada por águas bem verdes e mornas. Antes de pensar que se trata de uma praia particular, saiba que isso não existe em Barbados – todas elas, mesmo as que ficam em frente aos hotéis, são públicas. Além do mergulho, outra alternativa é embarcar no Atlantis Submarine. Quer dizer, se você não sofrer de claustrofobia. O submarino é pequeno e apertadinho, mas nada que prejudique a diversão, afinal, seu único foco estará nas janelinhas. O passeio é caro, US$ 99, e não se vê muita coisa (depende da sorte e do tempo), mas vale muito a pena como uma experiência nova só de estar no fundo do mar. Os corais aparecem em todo o trajeto e um dos momentos mais interessantes é quando se chega a um navio naufragado. Vez ou outra surgem alguns peixes, moreias e tartarugas, mas nenhum tão colorido como nos anúncios publicitários. UMA ILHA PECULIAR Como o Brasil, Barbados também recebeu influências portuguesas, mesmo que pequenas. Nossos primos lusitanos fizeram uma visitinha à ilha por volta de 1536 e deixaram uma marca importante: batizaram-na. Depois de alguns passeios, fica fácil deduzir o porquê do nome “Barbados”. Aos quatro ventos, enormes figueiras nativas se espalham com raízes aéreas semelhantes a longas barbas. Uma inspiração e tanto. 88 VIAJAR PELO MUNDO Os portugueses partiram da ilha em 1625 e logo chegaram os ingleses para iniciar o processo de colonização (lembrando que foram os espanhóis que a “descobriram”, em 1492). Isso durou até 1966. Com o cultivo da cana-de-açúcar, os escravos africanos foram levados até lá e incrementaram ainda mais a mistura cultural que se constata atualmente. Cada povo registrou sua marca e, por isso, Barbados explode em ritmos, sabores e cores diferentes. Para finalizar, tudo recebe um toque especial do Brasil e da Jamaica, notavelmente duas das nações mais admiradas pelos barbadianos. Nas barracas de rua, touquinhas com as cores da bandeira jamaicana (vermelho, amarelo e verde) são vendidas aos montes – com direito a trancinhas de dread artificiais. Bob Marley é cultuado em cartazes e cartões postais, assim como integrantes da cultura rastafári circulam por todos os lugares. Quando o assunto é cabelo, os barbadianos capricham no visual. As mulheres desfilam lindas com tranças e penteados pra lá de estilosos, enquanto os homens geralmente preferem os dreadlocks. O reggae é uma das batidas mais ouvidas, junto com os locais calypso e a chamada “soulca”, uma mistura de soul com calypso. Não há quem não se anime com esses ritmos, ainda mais quando os nativos entram na pista de dança e arrasam com um rebolado típico, sensual e animado. Mas, por incrível que pareça, é outro som que prevalece na ilha. Por onde quer que se ande, é possível ouvir grilos e pererecas em uma sinfonia musical contraditória – eles são pequenos, mas fazem um barulhão danado. Andando pelo interior, outra visão frequente é dos campos de críquete. O esporte é o mais popular no país, seguido de perto pelo golfe. Aos amantes desse último, o Apes Hill Club está em funcionamento desde dezembro do ano passado. O curso de golfe de 18 buracos está localizado em um terreno deslumbrante, com vistas para as costas do Caribe e do Atlântico. Para jogar, é preciso ser proprietário ou locatário de um terreno, o que não é para qualquer um – os preços atingem os milhões de dólares. A beldade nacional, a cantora Rihanna, nascida em Barbados, já garantiu um lote. Para descobrir um pouco mais da história do país, dar uma passadinha no Arlington House Museum é uma boa. Interativo, ele está localizado em uma casa restaurada datada do século 18. Ao percorrerem seus três andares, os turistas desvendam, de um jeito divertido, a vida dos primeiros moradores, a importância da cana-deaçúcar para a economia e mais algumas curiosidades nacionais. Não deixe de pisar na balança para verificar quanto você valeria no mercado açucareiro. Já garanto que é quase nada! Mais um lugar histórico, desta vez religioso, é o Nidhe Israel Museum. Construído ao lado de uma das sinagogas mais antigas do Ocidente, de 1654, vale a pena saber mais sobre a cultura judaica na região. Do lado de fora, um cemitério guarda as tumbas dos judeus que fugiram para Barbados durante a Inquisição (vindos, principalmente, da A esquerda, uma das paradas do Safári 4x4 pela ilha, nativo com dreadloks, jogo de criquet, feirinha com artesanato jamaicano, mergulho com as tartarugas e feira na praia de Batsheeba 89 BARBADOS Espanha, de Portugal e do Brasil). Há também uma micvê, piscina com água de fonte natural onde os religiosos se banham para se livrar das impurezas e, segundo eles, levantar purificados. Como Nidhe Israel fica em Bridgetown, a pedida é bater perna por algumas horas na capital, um bom lugar para compras. Mesmo que Barbados fique bem atrás das outras ilhas caribenhas em relação a preços baixos, não é difícil encontrar algo interessante nas lojas locais e de duty free. Além disso, é agradável atravessar a ponte que a nomeia ao lado dos moradores e seus guarda-sóis coloridos, fazer uma parada nas barracas de fruta e camelôs ou tomar um sorvete. Como é nela que está o porto do país, sente-se em um dos barzinhos à sua margem para tomar uma Banks geladinha, a cerveja nacional (muito boa, por sinal). O Waterfront Café tem mesinhas convidativas na calçada. Crane Beach, considerada uma das praias mais lindas do mundo AS FAMOSAS... ... Praias! Em Barbados elas agradam qualquer um. A face da ilha voltada para o Atlântico, ao Leste e Sudeste, é garantia de boas ondas e atrai surfistas do mundo todo, enquanto as regiões Sul e Oeste são dominadas por águas claras e tran- quilas, perfeitas para banhos de mar. Por falar em surfe, os adeptos têm alternativas bem mais em conta para pegar onda nessa ilha caribenha. Algumas pousadas chegam a cobrar apenas US$ 20 diários por hospedagem com café da manhã, e não faltam restaurantes e barraquinhas para ajudar a economizar nos dólares barbadianos. Para eles, uma das melhores praias é a famosa Bathsheba, também entre as mais bonitas da ilha, com formações rochosas curiosas na beira da água, como a chamada mushroom rock, que lembra um cogumelo. Mas tenha cautela ao entrar na água, o mar é muito bravo. Na costa Leste, Cattlewash é a outra praia que vale a pena conhecer com cuidado. Descendo para o Sudeste, surge uma sequência de maravilhas, começando pela Bottom Bay, digna de um dia inteiro em suas areias. Ela fica próxima à Crane Beach, ao lado do luxuoso resort The Crane, considerada uma das dez praias mais bonitas do mundo pelo site Trip Advisor. Para chegar nela, é preciso entrar no hotel e descer por um elevador panorâmico. Se puder, almoce no restaurante do Crane com uma vista inspiradora. Para encerrar esse incrível pedacinho de Barbados, invista na Foul Bay. Quando estiver descansando tranquilo sob o sol, não se intimide nem estranhe se um nativo aparecer de repente e oferecer, com a maior naturalidade, alguma droga. Eles abordam os turistas em todos os lugares, mas as praias e saídas de baladas são pontos certeiros. Alguns também “vendem” massagens, principalmente para as mulheres (ainda mais se forem bonitas), mas nem sempre com boas intenções. Na parte, digamos que, mais caribenha de Barbados, merecem destaque as águas azul-turquesa da Gibbes Beach, da Mullins e da Lower Carlton Beach, uma ao lado da outra. Na Paynes Bay, uma das preferidas das famílias e parada de catamarãs, o snorkel faz sucesso e, na sorte, é possível observar algumas tartarugas. O agito fica na Holetown, bastante procurada para a prática de esportes aquáticos. Ao sul, ondas pequenas e médias são encontradas na Browne’s Beach, na Carlise Bay, que vai de Bridgetown até a praia do hotel Hilton. Para os mais dispostos, é uma ótima caminhada. Próxima, Accra Beach é bastante popular e com barzinhos ideais para happy hours. Uma visita também é válida à Sandy Beach (no superluxuoso hotel Sandy Lane, onde a diária, na baixa temporada, começa em US$ 1000), à Dover Beach e à Miami Beach, esta última nos arredores de Oinstins, onde vale a pena visitar o famoso Mercado de Peixes para ver o flying fish antes de ele parar na panela. LA NIGHT CARIBENHA A noite em Barbados pode começar tanto na hora do jantar, nos Dinner Shows, como depois deles, com uma esticadinha em alguma balada de reggae. Das primeiras opções, os jantares com show, dois são os mais famosos: a Beach Extravaganza, no Harbour Lights, e o Bajan Roots & Rhythms, no restaurante Plantation. Ambos são bastante parecidos, até com os mesmos atores nos espetáculos, como o engolidor de fogo e a dançarina Lolita, que interagem com o público em brincadeiras divertidas. O melhor é escolher um dos dois para conhecer, considerando que o Harbour fica na praia e a comida é mais gostosa. Em Oinstins, pelo menos uma noite é obrigatória no chamado Oinstins Bay Gardens. Ao lado do Mercado de Peixes, dezenas de quiosques se abrem com pratos bem servidos a ótimos preços. A areia da praia fica cheia de barraquinhas com bijuterias e lembrancinhas de Barbados, enquanto o palco é animado com alguns shows. Mesmo que o ambiente seja tranquilo, é recomendável que as mulheres evitem circular sozinhas. 90 VIAJAR PELO MUNDO Oistins Bay Garden, ponto de encontro na noite barbadiana e windsurfe, esporte aquático bastante procurado Os jovens costumam gostar do Lawrence Gap, na região da Christ Church. Vários barzinhos e baladas charmosos ficam agrupados nesse trecho da ilha, como o Café Sol, sempre cheio, e o Reggae Lounge, para onde vai quem quer curtir o ritmo a noite toda. Na saída, assim como em todo o país, táxis quase atropelam os turistas para levá-los aos hotéis. Fique esperto: nenhum deles tem taxímetro, todos os preços são combinados, e os taxistas não perdem a chance de levar uns trocos a mais. Nessas horas, o ideal é começar uma conversa amigável e, no meio dela, como quem não quer nada, lançar algo sobre o Brasil. Na terra da Rihanna, do flying fish, da Banks e do rum, os brasileiros, definitivamente, ocupam um lugarzinho especial. Viagem a convite da Barbados Tourism Authority (BTA). 91 Serviços Arlington House Museum (Speighstown, tel. 246/422-4064, arlingtonbarbados.com). Bem struturado e interativo, o museu traz informações sobre a história de Barbados e seus habitantes. Aberto de segunda a sábado das 9h às 17h. Entrada: US$ 12,50. Costa Oeste de Barbados Nidhe Israel Museum (Bridgetown, tel. 246/436-6869). Junto à sinagoga da cidade, conta a história da comunidade judaica em Barbados. Aberto de segunda a sexta das 9h às 16h. Entrada: US$ 12,50. Concorde Experience (Grantley Adams International Airport, tel. 246/420-7738, barbadosconcorde.com). Galpão onde está guardado o lendário avião, que ia de Barbados à Inglaterra em três horas. Como fica no aeroporto, a maioria das pessoas costuma fazer a visita depois do check-in. Aberto diariamente das 9h às 18h. Entrada: US$ 8. COMER Moeda: a moeda oficial de Barbados é o dólar barbadiano, mas o dólar americano é aceito em qualquer lugar, mesmo nas barracas de rua. Um dólar barbadiano equivale a US$ 0,50 e a R$ 0,88 (até o fechamento desta edição). Fuso horário: 1 hora a menos em relação ao horário de Brasília. Como ligar: para telefonar a partir do Brasil, disque 00 + (código da operadora) + 426 (código de Barbados) + número do telefone. Temperatura: Barbados tem mais de 3 mil horas de sol por ano, com temperatura média de 26 ºC. A alta temporada é no inverno, entre dezembro e abril. No verão, de junho a outubro, há incidência de chuvas. Na internet: visitebarbados.com e barbados.org Caminho certo: a Gol (0300 115 2121, voegol.com.br) tem voos diretos semanais para Barbados (partidas e retornos aos sábados, às 16h35 e 22h, respectivamente) por preços a partir de R$ 1.400. Na American Airlines (11/4502-4000, aa.com), o voo faz escala 92 VIAJAR PELO MUNDO em Miami, com mais flexibilidade de horários, mas também com exigência de visto de entrada nos Estados Unidos. Passagens a partir de R$ 2.300. Escolha a operadora: na Integrity Viagens (5506-9700, integrity.com. br), o pacote de 7 noites em Barbados sai a partir de US$ 1.344 e inclui aéreo, hospedagem com café da manhã, traslados e seguro viagem. A Flot (4504-4500, flot.com.br) oferece pacotes de 7 noites na ilha, com aéreo, hospedagem com café da manhã, traslados e cartão de assistência, por, em média, US$ 1.326. A Turnet Turismo (11/3257-3111) garante pacotes de 7 noites, com aéreo e hospedagem com café da manhã, por preços a partir de US$ 1.000. PASSEAR Harrison’s Cave (Welchman Hall, St. Thomas, tel. 246/438-6640, harrisonscave.com). Sentados em um carrinho, os visitantes percorrem os cenários incríveis dessa caverna cheia de estalactites e estalagmites, a 48 metros de profundidade. Tours diários, a cada 45 minutos, das 8h45 às 15h45. Entrada: US$ 30. Mount Gay Visitor’s Centre (Spring Garden Highway, St. Michael, tel. 4258757, mountgayrum.com). Tour pela história da marca de rum mais antiga do mundo, com degustação no final. Aberto de segunda a sexta, das 9h30 às 15h30; às terças e quintas, o almoço é incluído no roteiro. Entrada: US$ 10 Island Safari (Tel. 246/429-5337, islandsafari.bb). Uma expedição de 5h30, em um jipe 4x4, pelas regiões lete e nordeste da ilha. Saídas diárias, das 8h30 ou 9h30 às 14h30 ou 15h30. É preciso reservar antecipadamente. Preços: US$ 85, com almoço incluído. Passeio de catamarã (Saídas do porto Shallow Draught, Tall Ships Cruises, tel. 246/430-0900, tallshipscruises.com). Com cinco horas de duração, o passeio faz três paradas para mergulho, sendo uma com tartarugas. Saídas diárias, às 10h. Preço: US$ 85, com almoço e bebidas incluídos. Atlantis Submarine (Tel. 246/4368929, atlantissubmarines.com). Vale a pena pela experiência de estar em um submarino, principalmente se tiver a sorte de ver muitos peixes. O passeio dura duas horas. É preciso marcar um horário no site. Preços: US$ 106,50. Waterfront Café (The Careenage, Bridgetown, tel. 246/427-0093, waterfrontcafe.com.bb). Ao lado do porto de Bridgetown, serve pratos simples, de peixes e frutos do mar a hambúrgueres. Boa parada para tomar uma cerveja Banks geladinha. Aberto de segunda a sábado das 10h às 22h. Cc: todos. $ Champers Restaurant (Skeetes Hill, Rockley, tel. 434-3463, champersbarbados.com). Considerado um dos melhores restaurantes da ilha, garante ótima gastronomia (carnes e frutos do mar) e ambiente elegante com vista para o mar. Aberto para almoço de segunda a sábado e diariamente para jantar. Cc: MasterCard e Visa. $$ HOSPEDAR Almonds Resorts (St. James, tel. 432-7840, e St. Lawrence Gap, tel. 620-3600, almondresorts. com). São dois na ilha, um destinado aos casais, o Beach Club & Spa, e outro com ambiente mais familiar, o Casuarina Beach Resort. Diárias a partir de US$ 300, com sistema all-inclusive. The Crane (St. Philip, tel. 246/423-6220, thecrane.com). É o mais antigo resort do Caribe ainda em funcionamento, inaugurado em 1887, em frente à deslumbrante praia Crane. Diárias a partir de US$ 230, com café da manhã. Pelican Village (Princess Alice Hwy, Bridgetown). Inúmeras lojinhas coloridas agrupadas vendem de suvenires a charutos. Não é muito frequentada, mas vale a pena conferir, principalmente a Caribbean Cigar Company, onde é possível assistir ao processo de fabricação do charuto. BADALAR Hilton (Needham’s Point, St. Michael, tel. 4260200, hiltoncaribbean.com). Tem 350 espaçosos quartos com vista para o mar e ótima estrutura. Diárias a partir de US$ 189, sem café da manhã. Beach Extravaganza (Harbour Lights, Marine Villa, Bay Street, St. Michel, tel. 246/436-7225, harbourlightsbarbados.com). Na areia da praia, com shows e banda de música ao ritmo calypso. Segundas e quartas das 19h30 às 22h30. Entrada: US$ 55, com jantar e bebidas incluídos. Butterfly Beach Hotel (Maxwell Main Road,Christ Church, tel. 428-9095, butterflybeach.com). Na costa sul de Barbados, conta com apartamentos simples e quitinetes. Em frente à praia e com piscina. Diárias a partir de US$ 80. Bajan Roots & Rhythms (The Plantation, St. Lawrence Main Road, Christ Church, tel. 246/428-5048, plantationtheatre.com). Jantar com show tradicional, atrai muitas famílias e locais. Quartas e sextas à noite. Entrada: US$ 92. BOAS COMPRAS Cave, Shepherd e Co Ltda (Bridgetown, tel. 246/227-1330, caveshepherd.com). Loja duty free com perfumes, bolsas, joias e cosméticos. Para conseguir descontos, não esqueça o passaporte. Café Sol (St. Lawrence Gap, Christ Church, tel. 246/435-9531, cafesolbarbados.com). Serve petiscos mexicanos, mas seu forte está mesmo nos drinques e cervejas da happy hour. Aberto diariamente das 18h até o último cliente. $ Vista noturna de Bridgetown Pisces (St. Lawrence Gap, Christ Church, tel. 246/435-6564, piscesbarbados.com). O ambiente à meia-luz tem vista para a charmosa praia de St. Lawrence Gap. O serviço, porém, é lento. Destaque para o delicioso mojito. Aberto diariamente das 18h às 22h. Cc: todos. $$ Daphne’s Restaurant (Payne’s Bay, St. James, tel. 246/432-2731, daphnesbarbados.com). Com inspiração na culinária italiana, o restaurante supera as expectativas nos pratos, na carta de vinho e no serviço. Aberto de terça a domingo das 12h às 15h e das 18h30 às 22h. Cc: todos. $$$ 93