CANTOS DE TRABALHO: RUPTURAS E PERMANÊNCIAS NO RECÔNCAVO SUL DA BAHIA Renata Conceição dos SANTOS UNEB/Campus V [email protected] Esse trabalho visa apreender a diversidade cultural que envolvia o cotidiano dos trabalhadores rurais do Recôncavo Sul baiano na segunda metade do século XX. A intenção é compreender essa cultura a partir dos cantos de trabalho, que apontam fortes indícios de um processo de resistência cultural ao árduo trabalho realizado no campo, sinalizando ainda a prática significativa de manifestações de solidariedade e divertimento construídas nessa vivência. Nesse sentido, evidenciam-se permanências e rupturas vividas na relação campo/cidade, uma vez que é também nesse período que essa prática vai sendo substituída por elementos característicos do mundo urbano, como o rádio incorporado à vivência rural, gerando um profícuo contato entre esses dois universos distintos e complementares. Os cantos de trabalho são essenciais para a cultura dos trabalhadores, capazes de sinalizar ainda os aspectos econômicos e sociais desses sujeitos históricos. Desse modo, referente à Bahia, existem diversos tipos de cantigas relacionadas a um determinado ofício: são em muitos casos construções coletivas, que podem revelar muito acerca de uma região e toda sua complexidade. Essas canções constituem-se ainda em importantes fontes históricas, descortinando aspectos culturais, econômicos e políticos de um determinado meio social, já que de alguma forma traduzem o espaço e o momento em que foram criadas, assim como a resistência cotidiana dos trabalhadores. Através desse elemento lúdico “inventado” no dia a dia, muitas das vezes em um ambiente de exploração, pode-se compreender o seu papel de sujeitos históricos. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 1 No Recôncavo Sul da Bahia, as cantigas analisadas relacionam-se, em geral, ao trabalho no meio rural, rememorando práticas como a dos adjutórios[1] inseridas na vivência que circundava a cafeicultura e a produção fumageira na região, ratificando a importância desses elementos (café e fumo) para a economia baiana. Nesta perspectiva, enfocar as cantigas de trabalho significa, a priori, evidenciar um costume existente no universo do homem do campo, em que a ajuda mútua funcionava como um dos principais elementos constituintes da interação entre vizinhos e famílias de lavradores. Nesse contexto, observam-se outros auxílios espontâneos em momentos difíceis, como: empréstimos ou trocas de produtos de subsistência e o compadrio, por exemplo. Dentre essas práticas, como já mencionado, destaca-se o adjutório, também conhecido como mutirão, batalhão, boi roubado ou ainda boi-de-cova.[2] O “boi-de-cova” já havia sido observado no século XIX no Recôncavo baiano, quando lavradores mais pobres necessitavam da ajuda mútua para realizar a transferência das mudas de fumo a tempo, convidando, assim, os vizinhos para um dia de trabalho que seria seguido por uma festa[3], onde normalmente se assava um boi (após preparo das covas): origina-se o nome dessa prática. O adjutório, na maioria das vezes, ocorria na denominada agricultura de subsistência e constituía-se em um esforço conjunto a fim de acelerar tarefas de interesse imediato de um dos trabalhadores, seja na lavoura, na fabricação de tijolos de adobe, na raspa da mandioca, na construção de uma casa, na preparação de uma festa; sobretudo, quando os lavradores não estavam trabalhando para os patrões. “A surpresa é o que qualificava essa forma de solidariedade (...) ela reduzia as dificuldades individuais e as remetia para o plano coletivo, enquanto prática efetiva de um tipo de identidade alicerçada nas agruras vividas” [4]. Dessa forma, a partir da memória oral, tentamos recompor vivências de mulheres e homens do campo, enfocando essa tradição inventada no cotidiano e quase extinta na maioria das localidades do Recôncavo Baiano. A memória permite apreender elementos da vida cotidiana que de outra maneira não seria ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 2 possível, pois a partir dos “depoimentos de trabalhadores, acompanhando os significados que atribuem às suas vivências, pode-se surpreender dimensões de um processo de esvaziamento de antigas práticas sociais, com todos os seus costumes, hábitos e valores adquirindo novas feições”.[5] No trato com a História Oral, é mister compreender que as reminiscências sinalizam a maneira específica de como uma pessoa compôs seu passado e os significados subjacentes revelando experiências e sentimentos que foram silenciados por não se ajustarem às normas usuais ou à própria identidade da pessoa. São subjetividades construídas no convívio social, histórias que relembramos e verbalizamos de forma que moldem aspectos do passado que se ajustam às nossas identidades e aspirações atuais, dando um sentido satisfatório à nossa vida.[6] Cantigas de trabalho colhidas em memórias de personagens que hoje habitam o espaço urbano demonstram práticas sociais de seus ascendentes, e estão sempre associadas às “boas lembranças”. Isso fica evidente nos gestos e no tom de voz dos depoentes, ainda que esses cantos se revelem nos depoimentos de pessoas que não tiveram uma intensa relação com o mundo rural. Essas reminiscências trazem à tona amplos significados, pois além do tom pilhérico presente em alguns versos, o homem do campo demonstra suas percepções acerca de possibilidades de trabalho em outros espaços (geralmente nas cidades) como se pode observar nessa canção que também rememora a importância do café em algumas regiões do Recôncavo Sul durante a primeira metade do século XX: Eu vou panhar café Café eu vou panhar Se café não der dinheiro Olêê, oláá Eu vou vê se a Lira dá[7] As narrativas remetem à compreensão do Recôncavo Sul baiano como um pólo de convergência cultural, mesclando diversas características, o que possibilita percebê-lo como um espaço marcado por resquícios da escravidão e da vivência dos migrantes sertanejos e europeus. Esses sujeitos tiveram um ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 3 papel significativo ajudando a compor o cenário econômico da região, na qual muitos municípios por questões econômicas atuam como uma extensão do meio rural. As memórias das “fontes vivas” traduzem ainda momentos de exploração e dificuldade, enfrentados pelos lavradores, bem como algumas alterações oriundas do processo de migração dos familiares. Nesse caso, as festas irrompem com seus múltiplos significados, reconfigurando aspectos importantes do cotidiano rural, como o enfrentamento às iniqüidades. Por outro lado, rememorar os cantos de trabalho, numa perspectiva de entrelaçamento entre festa/trabalho, expõe a acepção do próprio lavrador acerca de sua cultura. O trabalho perpassa toda a sua vivência, constituindo-se como mola propulsora da resistência cotidiana empreendida por esses atores. Assim, os lavradores se reuniam espontaneamente com o intuito de ajudar a um companheiro: surpreendendo, brincando, mas acima de tudo enfrentando a ventura camponesa, em que seu meio de sobrevivência tornava-se, concomitantemente, um instrumento de luta e lazer. Os “esquecimentos” das cantigas por parte de alguns depoentes são significativos, na medida em que só faz/fez sentido para alguns cantá-las em época e espaço determinados, pois essa musicalidade constituía-se como parte integrante de um contexto específico, fortemente marcado por momentos de solidariedade, com motivações peculiares. Desse modo, não se pretende restringir os significados do cotidiano do trabalhador rural a uma realidade extinta e presa a um passado, dissociando “o viver do lutar, o feminino do masculino, a festa do trabalho, a realidade da política, a linguagem das experiências”[8] ou tampouco folclorizar práticas que simbolizam a experiência do homem do campo. Entende-se, pois, a tradição como algo dinâmico que se renova e se altera. As rupturas fazem parte da lógica interna da tradição uma vez que “(...) a necessidade da ruptura se torna, em conseqüência, imperiosa, para restituir a dinamicidade ao que parecia ‘sem vida’”[9]. Portanto, esperar uma outra realidade seria legitimar uma acepção na qual o tradicional é unívoco ao imutável. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 4 É possível ainda encontrar a noção de ruptura em depoimentos como o de Dona Valu referindo-se aos trabalhos nas plantações de fumo: Que antigamente juntava aqueles home pra limpar os terrenos, dia de domingo juntava aquela turma de homem pra ir trabaiá e cantar o boi na roça, quando a panela de feijão tava no fogo o porango da cachaça tava encostado, e aí continuava sempre assim, depois de uns certos anos pra cá acabou esse negócio de dijitório.[10] Em um contexto no qual o homem do campo guiava-se quase que constantemente pelos ritmos da natureza, o que Thompson denomina “orientação pelas tarefas”[11], os cantos aparecem conduzindo os ritmos de trabalho. Isso caracteriza essa relação em que festa, vida e trabalho são elementos indissociáveis, ratificando a noção que o camponês tem de coletividade. Como “a cultura popular é rebelde, mas o é em defesa dos costumes”[12], acreditamos que essas músicas se inserem em um contexto de luta por uma continuidade...uma permanência que resistiu durante um longo período nas histórias de vida desses trabalhadores, através da tradição oral. Outros elementos como resistência e superação também são presentes nessa maneira de driblar as dificuldades. Nesse sentido, o depoimento de Dona Glória é elucidativo ao rememorar sua infância (década de 1940) no Sertão baiano, pois sua voz traz à tona toda a beleza envolta no trabalho, na solidariedade e na festa existentes nos adjutórios: Quando a gente tava no barro assim cavava uma barroca, né, aí chamava boide-barro, aí agora era cantano e a gente carregano e levano pra aquela pessoa pra tapar as paredes (...) era bonito mesmo e era bonito de se ver e se tivesse até um retrato (era) até pra tirar um retrato que era uma ino(indo), outra vino com aqueles bolo de barro na mão.[13] Esse desejo de querer ter sido fotografada evidencia um forte anseio em revelar suas vivências, “materializando” de alguma forma sua memória, a fim de ratificar práticas inigualáveis, que só eram/são possíveis apenas no seu Sertão. A exemplo de quando tinha um negócio de raspar palha (...) aí a gente ia pra roça e cantava (...) cantava (mais) música de roça mermo ou música de roda, essas coisas que a gente cantava. Aí cantava pra tirar verso, aí ia cantando e outro tirando o verso: ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 5 Eu vou te dar minha rosa branca Botei no peito para namorar Eu hei de amar a cor morena, a cor morena Eu hei de amar (aí vai tirando um verso) Você diz que não me ama Porque meu cabelo é curto ...As coisa do sertão era assim...Tanto fazia a mulheres ou os homens cantarem... e o que a gente cantava quando raspava palha(...) quando terminava tudo ...cantava e tirava): A palha já acabou, mas não era pra acabar Quem tiver sua palha pouca Não me chame Pra raspar. No imaginário social camponês, concernente à mulher, averiguam-se momentos de alternância entre igualdade e inferioridade. Nas relações de trabalho do campo baiano homens e mulheres, em geral, se equiparavam nas realizações das atividades; em contrapartida, o mesmo não ocorria no espaço privado, onde elas estavam em regra, submetidas às decisões masculinas. Assim, a lida na roça extinguia momentaneamente algumas distinções de gênero e classe. É notório que muito se perde ao transcrever as cantigas para o papel, pois não se pode acompanhar a espontaneidade do ritual, tampouco o ritmo da canção embalando o corpo do homem durante o trabalho, bem como a presença concomitante da pilhéria e da resistência balizando aquele momento. Vale ainda enfocar a impossibilidade de se falar em cantos de trabalho dissociados da noção de reciprocidade presente no campo. Alguns depoimentos demonstram que as práticas de sociabilidade vêm sofrendo profundas alterações, chegando ao desaparecimento em algumas partes, é o que afirma Dona Glória, referindo-se aos dias atuais: “(...) Mas se eu plantar eu tenho que pagar, pra cavar cova, tenho que pagar... pra plantar eu vou ainda, mas pra rancar (...) tem hora que eu não tenho nem tempo(...)”. As rupturas evidenciadas em sua memória denotam mais do que um ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 6 espaço idealizado, referem-se ainda à dificuldade enfrentada pelos migrantes sertanejos que saíram da caatinga para o Recôncavo durante a década de sessenta. É o que revela a sua voz, ou melhor, a ausência dela ao comparar a todo o momento sua vivência no Recôncavo com o Sertão da Bahia: “Aqui é muito diferente do meu Sertão (...) certo que as coisa aqui é mais organização (mas)lá todo mundo ajudava e aqui não é tudo por si.” No entanto, a permanência, quase insípida e algumas vezes encontrada nas memórias urbanas, indicam a relevância das cantigas de trabalho, já reconfiguradas em seu sentido original. Convém ressaltar que essas canções vêm sofrendo mudanças ao longo dos anos, e suas alterações e aparente desaparecimento é um processo que teve início não apenas a partir de movimentos migratórios, mas foram engendradas dentro da lógica interna do dia-a-dia rural. A escassez dos adjutórios e incorporação de canções radiofônicas contribuíram para uma aproximação entre o campo e cidade, exercendo papel semelhante ao da televisão na atualidade, em que elementos citadinos começaram a alterar a dinâmica da vida camponesa, provocando em certo sentido algumas descontinuidades concernentes ao universo rural. Em rituais da colheita de café e os adjutórios de manocação de fumo rememorados por alguns lavradores, certas cantigas e versos “sinalizam evidências de um trabalho prazeroso”, como: Eu cheguei aqui foi pra vadiar Cantor na roda nova Meu Deus aqui não há. Em que “vadiar” aparece no sentido de divertir-se, corroborando essa noção de grande integração entre trabalho e divertimento.[14] No decorrer do tempo, essas canções passam a ter outros significados, na medida em que são entoadas em diferentes espaços e em um contexto no qual servem para redimensionar noções peculiares ao homem do campo, bem como rememorar um passado assinalado por um forte entrelaçamento entre exploração e resistência. Outras canções, por sua vez, demonstram a instabilidade na situação dos ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 7 trabalhadores urbanos de armazéns de fumo, cuja contratação estava à mercê da produtividade, voltada comumente ao mercado exportador: O armazém cabou, não juntei dinheiro Mestre Mário disse: “olha gente o paradeiro” Évem a lua saino com três calças de a,b,c Uma é minha, outra é sua, outra é de quem merecer O armazém cabou, não juntei dinheiro Mestre Mário disse: “olha gente o paradeiro” Trata-se na verdade da continuidade de um processo de exploração (iniciado no campo) através dos trabalhos temporários. Nessas relações os lavradores são contratados apenas durante um curto período para a produção de uma grande safra, e logo em seguida estão novamente desempregados, algumas vezes, sem ter seus direitos garantidos, com poucas alterações significativas em sua situação econômica e definitivamente sem “paradeiro”, sem futuro. O processo de exploração, presente nessas cantigas, é elucidativo ao demonstrar uma interessante característica de determinados municípios do Recôncavo baiano: a de serem possíveis “prolongamentos rurais”[15], onde as mais importantes atividades econômicas ocorriam graças à relação campo/cidade, alternando-se relações de produção e consumo. Tal acepção desconstrói alguns paradigmas acerca desses espaços, em que o discurso imagético centra-se em definições do campo e da cidade nas quais o primeiro tende à tradição e aos costumes naturais, enquanto o modo de vida citadino nos remete exclusivamente a modernização e ao progresso. As músicas dimensionam a consciência do trabalhador sobre o seu papel de sujeito histórico, porque enquanto “versa, brinca e vadia” expõe claramente o entendimento acerca do contexto que o circunda. As canções amenizam a dureza do trabalho, mas acima de tudo são um desafio: é quando suas vozes se utilizam de melodias para questionar a situação a qual são submetidos, para exigir a execução de seus direitos e para de alguma forma transgredirem a ordem. Os trabalhadores do campo e da cidade ressignificam espaços e paradigmas, utilizando o próprio trabalho para romperem com as ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 8 desigualdades experimentadas pelos seus ascendentes numa estratégia de “conformismo ao resistir, da resistência ao se conformar”[16]. As cantigas possuem esses múltiplos significados: amenizam a dureza do trabalho ritmando o corpo do homem, expõem sentimentos e valores desses trabalhadores, constituindo-se em importantes expressões culturais. E mais relevantes do que marcar a relação entre exploradores e explorados, acima de tudo, descortinam possibilidades de sobrevivência desses indivíduos. Na medida em que basilados pela solidariedade transformaram o espaço rural em um ambiente de união, festividade e sobrevivência, ao reconfigurar seu trabalho como “campo das transformações e mudanças que, cotidianamente, experimentam os trabalhadores em todos os aspectos do viver a dominação burguesa e capitalista”, enfocando ainda o campo de sentimentos e valores percebendo como esses elementos são expropriados no dia-a-dia da dominação, tornando-se imperioso a resistência proporcionada por este processo e a necessidade de reconstruir e reinventar a cultura a partir de sentimentos de perda de padrões estabelecidos.[17] As cantigas são criações autênticas dos trabalhadores cuja oralidade permite apreender diversos espaços e temporalidades do campo, denotando permanências como a noção de coletividade e as rupturas engendradas cotidianamente, em que a partir de elementos lúdicos conseguem “desafiar” a ordem, uma vez que transformam o trabalho em seu instrumento de divertimento e resistência. NOTAS: [1] Adjutório é o nome dado ao mutirão, a ajuda, nesse caso refere-se ao auxílio prestado entre trabalhadores do campo, seja no momento do plantio ou colheita. [2] Anísio Melhor definiu o boi-de-cova como “uma canção com segundas vozes e terceiras, apanhadas no meio da estrofe, e fazendo eco. A cadência dos ‘bois-de-cova’ dá ritmo ao manuseio de certos trabalhos, fazendo o rojão da enxada ou ‘segura’ a pancada das ‘pilas’ de café ou das ‘tomadas’ de mão na roda das casas de farinha”. P.165 (MELHOR apud ARAUJO in: Pequenos Mundos: Um Panorama da Cultura Popular da Bahia: Tomo I – O Recôncavo). [3] Ver: BARICKMAN, B. J. Um Contraponto baiano: açúcar, fumo, mandioca e escravidão no Recôncavo, 1780-0860. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Cova é o nome dado à cavidade feita na terra para a plantação. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 9 [4] SANTANA, Charles d’ Almeida. Fartura e Ventura camponesas: Trabalho, Cotidiano e Migrações: Bahia 1950-1980 – São Paulo: Annablume, 1998.p. 5254. [5] Idem. [6] PORTELLI, Alessandro. O que faz a História Oral diferente. Traduzido por Maria Therezinha Janine Ribeiro. São Paulo, 1995. [7] Depoimento de Heremita Conceição dos Santos, 58 anos de idade, exoperária residente em Cruz das Almas. [8] Charles d’Almeida Santana. Trabalhadores Rurais do Recôncavo Baiano: Memórias e Linguagens. In:Projeto História:Revista PUC ,16. EDUC. 1998. p.194. [9] BORNHEIM. Gerd A. Conceito de Tradição p.15. [10] Depoimento de Valeriana Santana Pimentel, 73 anos de idade, lavradora, residente em Muritiba. [11] Ver; THOMPSON, Edward P. Costumes em Comum: estudos sobre a Cultura Popular Tradicional. São Paulo: Companhia da Letras, 1998. [12] Idem, p.19. [13] Depoimento de Maria da Glória Carmo 71 anos de idade, lavradora, residente em Muritiba. [14] SOUZA, Edinelia Oliveira. Trabalhadores do campo: práticas de sobrevivência e relações de poder no Recôncavo Sul da Bahia. Revista Contraponto, Bahia, 1998. p.180. [15] QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Cultura, Sociedade Rural, Sociedade Urbana no Brasil. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos; São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1978. [16] CHAUÍ, Marilena. Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. 6º ed. São Paulo, Brasiliense, 1994. [17] FENELON, Déa Ribeiro. “O Historiador e a Cultura Popular: história de classe ou história do povo?” In: História e Perspectiva, Revista do curso de História do curso de História da Universidade de Uberlândia, nº 6, jan/jun de 1992.p.18. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 11: Poder, Culturas, Conflitos e Violência no campo brasileiro. 10