PROPRIEDADES E FUNCIONALIDADES DO
SISTEMA LINUX PARA INICIANTES
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC PELOTAS
Material desenvolvido pelos alunos do Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores
na Unidade Curricular de Introdução a Informática em 2010/1.
Docente Responsável: André Luiz Silva de Moraes
Alunos: Turma de 1º Semestre Manha/Noite do Curso Superior em Redes de Computadores
AUTORES DE CONTEÚDOS COM SEUS RESECTIVOS CAPÍTULOS
Sumário
1 Introdução ao Linux..........................................................................................................................5
2 Instalação do Sistema.......................................................................................................................6
3 Sistema de Arquivos e Estrutura de Diretórios.................................................................................7
4 Tipos de Arquivos.............................................................................................................................8
5 Introdução ao Shell...........................................................................................................................9
6 Permissões e Propriedades de Arquivos.........................................................................................10
7 Recursos do Shell Bash...................................................................................................................11
7.1 Histórico de Comandos...........................................................................................................11
7.2 Uso da Tecla TAB (“Tab Completion”)..................................................................................12
7.3 Caracteres Curingas................................................................................................................12
7.4 Canalização e Redirecionamento............................................................................................14
7.5 Controle de Tarefas ou Jobs com Cron e AT...........................................................................16
8 Comandos e Utilitários...................................................................................................................20
9 Edição de Arquivos de Texto com o VI/VIM.................................................................................21
10 Gerenciamento de Pacotes............................................................................................................22
11 Gerenciamento de Usuários..........................................................................................................23
Índice de ilustrações
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
1 Introdução ao Linux
Faculdade Senac Pelotas
Página 5
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
2 Instalação do Sistema
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Página 6
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
3 Sistema de Arquivos e Estrutura de Diretórios
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Página 7
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
4 Tipos de Arquivos
Faculdade Senac Pelotas
Página 8
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
5 Introdução ao Shell
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DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
6 Permissões e Propriedades de Arquivos
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DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
7 Recursos do Shell Bash
7.1 Histórico de Comandos
Quem usa Linux, Unix ou Mac já deve estar acostumado com o Bash, "Interpretado de
Comandos", ele possui vários recursos embutidos e um deles é o 'History' ou 'Bash History'. O Bash
History tem como objetivo armazenar os últimos comandos digitados pelo usuário, afim de auxiliar
o mesmo com a necessidade de repetições de comandos, e lembrar em caso de comandos digitados
há alguns dias ou horas.
Esses comandos são armazenados no arquivo .bash_history dentro do /home do usuario que
esta logado no sistema no momento e este arquivo é oculto ou seja o nome dele começa com “.”
antes do nome dele.
Quando pressionamos a 'seta para cima' ela nos trás os últimos comandos, isso é um dos
recursos do bash history, mas esse é apenas um de vários vamos agora listar alguns comandos úteis.
•
!! - Executa o último comando digitado
•
!n - Executa no comando da linha 'n' do .bash_history
•
!texto - Executa o comando mais recente que começa com 'texto'
•
!?texto - Executa o comando mais recente que contém 'texto'
•
^texto1^texto2 - Executa o último comando substituindo o 'texto1' pelo o 'texto2'
•
CTRL + P - Recupera os comando do history do útimo comando digitado ao
primeiro(equivalente a 'seta para cima')
•
CTRL + N - Volta os comando recuperados pelo CTRL + P (Seta para baixo)
•
CTRL + R [texto] - Procura um comando que contenha [texto] do último comando
para o primeiro.
Para tornar fácil a repetição de comandos longos, o Bash armazena até 500 comandos
antigos no arquivo ".bash_history". Cada usuário que tenha uma conta no sistema terá o arquivo
".bash_history" em seu diretório base. A redução do número de comandos antigos nos arquivos
".bash_history" pode proteger os usuários no servidor de entrarem, por engano, suas senhas na tela,
em texto plano, e terem suas senhas armazenadas por um longo tempo nos arquivos ".bash_history".
As linhas HISTFILESIZE e HISTSIZE no arquivo "/etc/profile" determinam o tamanho do
arquivo de comandos ".bash_history" para todos os usuários de seu sistema. Por motivos de
segurança é recomendado enfaticamente a configuração de HISTFILESIZE e HISTSIZE em
"/etc/profile" em um valor baixo, como 20, pois se um cracker tentar consultar o arquivo
".bash_history" dos usuários de seu servidor para encontrar alguma senha digitada por engano em
texto plano, ele terá menos chance de encontrar uma.
Edite o arquivo profile (/etc/profile) e altere as linhas para :
HISTFILESIZE=20 e HISTSIZE=20
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7.2 Uso da Tecla TAB (“Tab Completion”)
Um dos recursos que torna o terminal um ambiente dinâmico é a possibilidade de completar
comandos e nomes de arquivos usando a tecla Tab do teclado. Por exemplo, imagine o comando:
# md5sum kurumin-6.0alpha1.iso
Seria um pouco desconfortável digita este comando todo mas com a ajuda da tecla tab, você
pode digitá-lo com apenas 8 toques: md5<tab> kur<tab>.
Se por acaso houver outro arquivo na mesma pasta começado com "kur", então o Tab
completará até o ponto em que as opções forem iguais e exibirá uma lista com as possibilidades
para que você termine de completar o comando. Por exemplo, se tivesse os arquivos “kurumin5.1.iso” e “kurumin-6.0alpha1.iso” na mesma pasta, ele completaria até o "md5sum kurumin-",
onde os nomes diferem e deixaria que completasse o comando. Se você quiser todas as
possibilidade de um comando basta digita uma parte do comando em questão e apertar <tab> que
ele tentará completar o comando procurando por programas executáveis. A ordem e os locais de
procura são tirados da variável $PATH. Exemplo do comando apt:
senac:/etc# apt <tab>
apt
aptitude
apt-cache
aptitude-create-state-bundle
apt-cdrom
aptitude-run-state-bundle
apt-config
apt-key
apt-extracttemplates
apt-mark
apt-ftparchive
apt-sortpkgs
apt-get
Pressionando <tab> duas vezes sem digitar nada no shell, ele exibe uma lista das opções
disponíveis ele irá perguntar:
Display all 826 possibilities? (y or n)
Continuando, ele exibe uma lista de todos os pacotes atualmente instalados, que poderiam
ser removidos. O “auto-completar” é bem inteligente, entendendo a sintaxe dos comandos usados e
exibindo apenas as possibilidades que se aplicam a eles.
7.3 Caracteres Curingas
Introdução
Caracteres curingas é um recurso usado para especificar um ou mais arquivos ou diretórios
do sistema de uma só vez. Este é um recurso permite que você faça a filtragem do que será listado,
copiado, apagado, etc.
Tipos de Caracteres Curingas
São usados 4 tipos de curingas no Linux:
• * - Faz referência a um nome completo/restante de um arquivo e/ou diretório.
• ? - Faz referência a uma letra naquela posição.
• [padrão] - Faz referência a uma faixa de caracteres de um arquivo/diretório.
O padrão pode ser:
• [a-z][0-9] - Faz referência a caracteres de “a” até ”z” seguido de um caractere
de “0 “até “9”.
• [a,z][1,0] - Faz a referência aos caracteres “a” e “z” seguido de um caractere
“1” ou “0” naquela posição.
• [a-z,1,0] - Faz referência a intervalo de caracteres de “a“ até “z” ou “1” ou
“0” naquela posição.
A procura de caracteres é "Case Sensitive" ou seja se você fizer uma busca com a letra “a”
os arquivos que comecem com “A “ não entraram na busca então se você deseja que sejam
localizados todos os caracteres alfabéticos você deve usar [a-zA-Z]. Caso a expressão seja
precedida por um ^, faz referência a qualquer caractere exceto o da expressão. Por exemplo [^abc]
faz referência a qualquer caractere exceto a, b e c.
• {padrões} - Expande e gera strings para pesquisa de padrões de um arquivo/diretório.
• X{ab,01} - Faz referência a sequencia de caracteres Xab ou X01
• X{a-z,10} Faz referencia a sequencia de caracteres Xa-z e X10.
O que diferencia este método de expansão dos demais é que a existência do
arquivo/diretório é opcional para geração do resultado. Isto é útil para a criação de diretórios.
Lembrando que os 4 tipos de curingas ("*", "?", "[]", "{}") podem ser usados juntos.
Utilizando os Caracteres Curingas
Vamos dizer que tenha 5 arquivo no diretório /home/linux: teste1.txt, teste2.txt, teste3.txt,
teste4.new, teste5.new
Caso deseje listar todos os arquivos do diretório /usr/teste você pode usar o coringa
para especificar todos os arquivos do diretório:
"*"
# cd /home/linux e depois # ls *
OU
# ls /home/linux/*
Não tem muito sentido usar o comando ls com " * " porque todos os arquivos serão listados
se o ls for usado sem nenhum caractere curinga.
Agora para listar todos os arquivos teste1.txt, teste2.txt, teste3.txt com exceção de
teste4.new, teste5.new, podemos usar inicialmente 3 métodos:
Usando o comando ls *.txt que pega todos os arquivos que começam com qualquer nome e
terminam com .txt.
• # ls teste?.txt → Lista todos os arquivos que começam com o nome teste, tenham
qualquer caractere no lugar do coringa “?“ e terminem com “.txt”. Com o exemplo
acima teste*.txt também faria a mesma coisa, mas se também tivéssemos um arquivo
chamado teste10.txt este também seria listado.
• # ls teste[1-3].txt → Listará todos os arquivos que começam com o nome teste,
tenham qualquer caractere entre o número 1 ao 3 no lugar da 6° letra e que terminem
com “.txt”. Neste caso se obtém uma filtragem mais exata, pois o coringa ”?”
especifica qualquer caractere naquela posição e “[ ]” especifica números, letras ou
intervalo que será usado.
Agora para listar somente teste4.new e teste5.new podemos usar os seguintes métodos:
• # ls *.new → Lista todos os arquivos que terminam com “.new “
• # ls teste?.new → Lista todos os arquivos que começam com “teste”, contenham
qualquer caractere na posição do coringa “?” e terminem com “.new“
• # ls teste[4,5].* → Lista todos os arquivos que começam com “teste” contenham
números de 4 e 5 naquela posição e terminem com qualquer extensão.
Existem muitas outras formas de se fazer a mesma coisa, isto depende do gosto de cada
usuário a pretensão do artigo foi mostrar como especificar mais de um arquivo de uma só vez. O
uso de curingas é útil ao copiar arquivos, apagar, mover, renomear, e nas mais diversas partes do
sistema.
7.4 Canalização e Redirecionamento
Introdução
Esta parte é extremamente importante ao shell, pois trabalha-se com isso sempre. Por
padrão, a entrada do Shell é o teclado, a saída e os erros são o monitor mas isto tudo pode ser
alterado conforme a circunstancia do momento. Agora iremos ver a descrição dos redirecionadores
que são usados e um breve exemplo de uso de cada um deles, esta explicação serve para todas as
distribuições listadas neste artigo.
Mudando a Saída Padrão de Caracteres
•
>
Redireciona a saída de um programa, comando ou script para algum
dispositivo ou arquivo ao invés do dispositivo de saída padrão (Monitor). Quando é
usado com arquivos, este redirecionamento cria ou substitui o conteúdo do arquivo.
Um exemplo de uso é o comando ls para listar o conteúdo do diretório corrente e
salvar o
resultado em um arquivo chamado “listagem.txt” conforme o
comando abaixo:
# ls > listagem.txt
Após a sua execução o resultado que seria enviado para o monitor estará
contido no arquivo “listagem.txt”. Também podemos redirecionar a saída de algum
comando ou script para outro console como o /dev/tty2 usando o seguinte comando:
# ls > /dev/tty2
Durante todos os resultados do comando ls será mostrado no segundo console,
para ter acesso a este console bata pressionar as pressione ALT + F2 para mudar para
o segundo console e ALT + F1 para retornar ao primeiro.
•
>>
O funcionamento é igual ao item acima somente diferenciando que este
redirecionamento duplo, se caso for usado com arquivos, adiciona a saída do
comando ao final do arquivo existente ao invés de substituir seu conteúdo. Um
exemplo de uso é o comando cp que tem a utilidade de copiar arquivo você pode
acrescentar o conteúdo do “arquivo1.txt” ao “arquivo2.txt” sem a perda do conteúdo
do “arquivo2.txt”.
# cp arquivo1.txt >> arquivo2.txt
•
2>
Faz o mesmo que o > mas acrescenta os erros da saída se ocorra algum.
•
2>>
Faz o mesmo que o >> mas acrescenta os erros da saída se ocorra algum.
Mudando a Entrada Padrão de Caracteres
•
<
Direciona a entrada padrão de arquivo ou dispositivo para um comando. Este
comando faz o contrário do anterior, ele envia dados ao comando. O uso dele é
diverso e pode ser usado conforme o exemplor abaixo. Ao executar este comando o
conteúdo do arquivo “teste.txt” será enviado ao comando cat que mostrará seu
conteúdo no monitor, o mesmo resultado pode ser obtido com:
# cat < teste.txt
•
<<
Este redirecionamento serve principalmente para marcar o fim de exibição de
um bloco. Este é especialmente usado em conjunto com o comando cat, mas também
tem outras aplicações.
Comandos auxiliares – Pipes no Linux ( I )
Introdução
O mecanismo de PIPE, pronuncia-se “paipe” foi criado pelo professor Doug McIlroy para o
shell do Unix, o mecanismo tem seu nome inspirado nos tubos, de transporte de fluídos. A ideia do
PIPE é encadear um conjunto de processos, de modo que a saída de cada um seja a entrada do
seguinte. A comunicação entre processos, do inglês Inter-Process Communication (IPC), é o grupo
de mecanismos ao qual permite que processos possam transferir informações entre si.
Para a execução de um processo é pressuposto por parte do sistema operacional, entre outras
coisas, a criação de um contexto de execução própria ao qual abstrai os processos dos componentes
reais do sistema. Devido a esta "virtualização" dos recursos, o processo não tem conhecimento
acerca dos outros processos e, como tal, não consegue trocar informação com os outros processos.
Pipes Unidirecionais
Esta é a forma mais divulgada de IPC. O Pipe unidirecional, ou "canalização", é o
redirecionamento da saída padrão de um programa para a entrada padrão de outro. É um recurso
muito utilizado em sistemas Unix/Linux para tratar entradas e saídas de dados, um recurso muito
versátil ao qual permite que seja redirecionado a entrada ou saída padrão de um determinado
processo, para um segundo processo. Um exemplo de uso do pipe no Linux seria:
# ls -la | more
Este comando faz a listagem longa de um diretório e a sua saída que seria enviada para o
monitor é então enviado para o comando “more” que tem a função de efetuar uma pausa a cada 25
linhas da listagem. Podem ser usados mais de um comando de redirecionamento (<, >, |) em um
mesmo linha de comando.
No contexto da computação, um pipe nomeado (também chamado de named pipe ou FIFO)
é uma extensão do conceito de pipe do sistema Unix/Linux e dos seus métodos de comunicação
entre processos. O mesmo conceito é encontrado no Microsoft Windows, apesar da sua semântica
ser razoavelmente diferente. Um pipe tradicional (anônimo) dura somente o tempo de execução do
processo e, por outro lado, o pipe nomeado persiste além da vida do processo e precisa ser
"desligado" ou apagado quando não é mais usado. Os processos geralmente se conectam a um pipe
nomeado (normalmente um arquivo) quando necessitam realizar alguma comunicação com outro
processo (IPC).
Pipe nomeado no Unix/Linux
Ao contrário do pipe convencional, não nomeado e de console, um pipe nomeado é criado
explicitamente utilizando-se os comandos mknod ou mkfifo. Dois processos podem utilizar este
pipe através do seu nome. Por exemplo, pode-se criar um pipe e instruir o programa gzip para
comprimir aquilo que é enviado (piped) para ele.
# mkfifo pipe
# gzip -9 -c < pipe > destino
Independentemente, em um processo separado, pode-se executar o comando:
# cat origem > pipe
Esse comando comprimirá os dados do arquivo "origem" em um arquivo de nome "destino".
Comandos auxiliares – Tee
Envia o resultado do programa ou comando para a saída padrão (Monitor) e para um arquivo
ao mesmo tempo. Este comando deve ser usado com o pipe "|".
# ls -la | tee listagem.txt
A saída do comando será mostrada normalmente na tela e ao mesmo tempo gravada no
arquivo listagem.txt. Podes usar ao mesmo tempo o Pipe( | ) para se listar o conteúdo e efetuar a
pausa a cada 25 linhas.
# ls -la | tee listagem.txt | more
7.5 Controle de Tarefas ou Jobs com Cron e AT
Introdução
Suponha que você seja dono de um serviço de hospedagem de sites e diariamente precisa
disponibilizar, numa pasta acessível por FTP, o arquivo de log de acessos de um cliente. É
trabalhoso fazer isso manualmente e na pior das hipóteses, você pode esquecer de efetuar esta
rotina. Felizmente o Linux conta com o serviço cron, que permite a realização de tarefas
periodicamente e em dias e datas determinados por você.
O cron pode ser interpretado como um serviço do Linux que é carregado durante a
inicialização do sistema. Trata-se de uma ferramenta que permite programar a execução de
comandos e processos de maneira repetitiva ou apenas uma única vez.
No caso citado, poderiamos usar o cron para que o arquivo de log do cliente fosse
disponibilizado todos os dias às 12 horas. Isso é possível porque o daemon (serviço do Linux que
trata de executar tarefas em segundo plano) do cron executa os comandos nas datas e horários
especificados. A cada minuto o cron é acionado para verificar se há tarefas a serem realizadas.
Para executar as tarefas, o cron usa uma espécie de tabela conhecida como crontab. O
arquivo crontab fica localizado no diretório /etc.
Como Usar o Cron
O primeiro passo é abrir o crontab. Para isso, você pode usar editores de textos como vi e o
emacs. Também é possível digitar o comando "crontab -e" para editar o arquivo exclusivo de seu
usuário. Neste caso, a edição é feita como se você estivesse usando o VI se você desejar usar outro
editor deverá alterar a variável EDITOR do Linux com o comando:
# export EDITOR <Nome do Editor que desejas>
O crontab tem o seguinte formato:
[minutos] [horas] [dias do mês] [mês] [dias da semana] [usuário] [comando]
O preenchimento de cada campo é feito da seguinte maneira:
•
Minutos: Informe números de 0 a 59
•
Horas: Informe números de 0 a 23
•
Dias do Mês: Informe números de 0 a 31
•
Mês: Informe números de 1 a 12
•
Dias da semana: Informe números de 0 a 7
•
Usuário: É o usuário que vai executar o comando (não é necessário especificá-lo se o
arquivo do próprio usuário for usado);
•
Comando: A tarefa que deve ser executada.
Existem ainda 4 diretórios que facilitam o agendamento de tarefas:
•
/etc/cron.hourly - De hora em hora
•
/etc/cron.daily - Diariamente
•
/etc/cron.weekly - Semanalmente
•
/etc/cron.monthly - Mensalmente
Repare que a ordem desses valores indica o nome correspondente do campo. Por exemplo,
no campo Mês, 1 a 12 quer dizer de "Janeiro a Dezembro". No caso de Dias da Semana, 0 a 6 quer
dizer de "Domingo a Sábado". Note que o número 7 também pode ser usado. Neste caso, assim
como o número 0, o 7 equivale ao dia de "Domingo".
No lugar desses valores, você pode informar * (asterisco) para especificar uma execução
constante. Por exemplo, se o campo dias do mês conter *, o comando relacionado será executado
todos os dias. Você também pode informar intervalos no preenchimento, separando os números de
início e fim através de - (hífen). Por exemplo, se no campo horas for informado 2-5, o comando
relacionado será executado às 2, 3, 4 e 5 horas. E se o comando tiver que ser executado às 2 horas,
entre 15 e 18 horas e às 22 horas? Basta informar 2,15-18,22. Nestes casos, você separa os
parâmetros por vírgula.
Vamos a um exemplo:
30 22 2,10 * * echo "Porque nós amamos a liberdade"
Neste exemplo, a frase "Porque nós amamos a liberdade" é exibida às 22 horas e 30
minutos, nos dias 2 e 10, em todos os meses e em todos os dias da semana. O crontab possui 3
comandos básicos que são:
# crontab -e → Permite inserção de novos agendamentos
# crontab -l → Permite listar as tarefas agendadas
# crontab -d → Permite apagar todo o conteúdo agendado
Agendador de Tarefas – AT
Introdução
O comando "AT" pode agendar tarefas de forma semelhante ao cron, e é integrado à
interface de linha de comando do Linux. É muito eficiente se aplicado no agendamento de tarefas
que sejam disparadas somente uma vez. Uma características deste programa é a execução de
aplicativos que tenham passado de seu horário de execução. É muito útil se o computador é
desligado com muita frequência ou quando ocorrer alguma interrupção, nesse caso falta de energia.
Como Usar o AT
O AT permite o controle dos usuários que podem agendar comandos através dos arquivos
“/etc/at.allow” e “/etc/at.deny”. Estes arquivos são organizados no formato de um usuário por linha.
Durante o agendamento é verificado primeiro o arquivo “at.allow“ (listando quem pode executar o
comando) e depois at.deny. Caso eles não existam, o agendamento de comando é permitido a todos
os usuários.
Sintaxe de Comando:
at [opções] time
Onde:
•
Time → Corresponde ao horário em que a tarefa deverá ser executada.
São aceitas horas no formato HHMM ou no formato HH:MM. Outras opções válidas para
horas são:
•
midnight (meia-noite)
•
noon (meio-dia)
•
teatime (hora do chá, ou seja 4:00 PM)
•
now (agora)
Em conjunto com a hora pode-se também especificar o dia da tarefa no formato MMDDAA,
MM/DD/AA ou MM.DD.AA. Além disso, é possível também definir datas como today (hoje) e
tomorrow (amanhã).
Outra forma de definir o horário de execução de uma tarefa é especificar uma hora mais um
contador de tempo. Por exemplo, 8:00 + 3 days marca a tarefa para ser executada daqui a 3 dias às
8:00 horas da manhã. Pode-se usar como contador de tempo os termos:
•
minutes (minutos)
•
hours (horas)
•
days (dias)
•
weeks (semanas).
São algumas das opções deste comando
•
-c tarefa : exibe o conteúdo da tarefa especificada.
•
-d : é um alias para o comando atrm.
•
-f arquivo : a tarefa a ser executa está descrita no arquivo especificado.
•
-l : é um alias para o comando atq.
•
-m : envia um e-mail para o usuário quando a tarefa for concluída.
Para executar algumas tarefas às 20:00 de amanhã, basta digitar
at 20:00 tomorrow
Neste caso, é aberto um editor para que o usuário entre com os comandos. Pode-se digitar
um comando por linha e dar ENTER após cada comando ou pode-se digitar vários comandos por
linha, separando-os por ponto-e-vírgula. Para encerrar o editor, deve-se digitar CTRL+D.
É também possível criar um arquivo com todos os comandos a serem executados e pedir que
o comando “at” o execute na hora desejada. Para o exemplo acima, se os comandos fossem
colocados dentro do arquivo teste, teríamos apenas que digitar
at -f teste 20:00 tomorrow
O root pode usar o comando “at” sem restrições. Para os outros usuários a permissão para
usar este comando é determinada pelos arquivos /etc/at.allow e /etc/at.deny.
As tarefas agendadas ficam armazenadas em /var/spool/at.
O daemon responsável pela execução das tarefas agendadas pelo comando at é o atd. O
script do atd fica armazenado em /etc/rc.d/init.d.
A tarefa agendada com o comando at é executada apenas uma vez. Para agendar tarefas que
devem ser executadas periodicamente, use o comando crontab.
Referencias:
•
http://www.lichti.eti.br/bash-history/comment-page-1 - Acesso em 02 maio 2001
•
http://www.linuxnarede.com.br/artigos/fullnews.php?id=166 – Acesso em 01 de Maio de
2010
•
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Usando-cron-e-crontab-para-agendar-tarefas/?
pagina=2 - Acesso em 01 de Maio de 2010
•
http://focalinux.cipsga.org.br/guia/intermediario/ch-bas.htm - Acesso em 27 de Abril de
2010
•
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Agendando-tarefas-com-o-crontab/?pagina=1 - Acesso
em 27 de Abril de 2010
•
http://www.uniriotec.br/~morganna/guia/at.html - Acesso em 29 de Abril de 2010
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
8 Comandos e Utilitários
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Página 20
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
9 Edição de Arquivos de Texto com o VI/VIM
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Página 21
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
10
Gerenciamento de Pacotes
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Página 22
DOCUMENTAÇÃO DE RECURSOS DE LINUX
11
Gerenciamento de Usuários
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Página 23
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Recursos do Shell Bash