T072 Título - A tomografia por emissão de positrões (PET/CT) no Cancro da Mama - Seis anos de experiência do IPO-Porto. Introdução: Com o aumento da esperança de vida nos países desenvolvidos, estima-se que, ao longo da vida, uma em cada 11 mulheres terá cancro da mama (CM). O diagnóstico em fases mais precoces da doença, bem como o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes, tem possibilitado melhorar o prognóstico do CM. Nesse contexto, é necessário utilizar algoritmos eficazes para o seguimento desses doentes. A contribuição que a PET/CT, um exame de medicina nuclear de alto custo e de implementação recente, poderá ter na avaliação e seguimento de doentes com CM é ainda controversa. Objectivos Avaliar a utilização do PET/CT no seguimento das doentes com CM no IPO-Porto desde a disponibilização desse método auxiliar de diagnóstico, em 2004, até 2009. Material e Métodos Avaliação das bases de dados do Serviço de Medicina Nuclear do IPO-Porto, incluindo a totalidade dos exames realizados no período em estudo, e da base de dados institucional do IPO-Porto com a população total de doentes seguidos por CM, com o auxílio do software de base de dados relacional SQL Microsoft Access v14.0 (©Microsoft, 2010, EUA). Na análise dos resultados foram utilizados métodos de estatística descritiva, com auxílio do software SPSS v19.0 (© IBM, 2010, EUA). Resultados Do universo de 6727 doentes com CM admitidos na Instituição no período em estudo, verificou-se que 117 (1,7%) realizaram PET/CT, constituindo assim a população em estudo. A maioria (98%) dos doentes era do sexo feminino, com idade média de 55,2 anos (IC95% 52,9 - 57,5). Foram realizados 175 PET/CT´s, com mínimo de 1 e máximo de 6 exames por doente, sendo os motivos principais da realização dos exames o esclarecimento de metastização à distância para efeito de decisão terapêutica, nomeadamente intervenção cirúrgica de metástases isoladas, a investigação da elevação de marcador tumoral sem outra evidência de localização clínica ou imagiológica de metástases, e o seguimento de doentes com CM metastizado em que o PET/CT era o exame de avaliação inicial. Conclusões A utilização do PET/CT pelos médicos que tratam CM é pontual, com o objectivo principal de acrescentar informação a outros meios complementares de diagnóstico. O recurso ao PET/CT poderá ser rentabilizado à medida em que as suas indicações em doentes com CM sejam esclarecidas. Bibliografia 1. Segaert, I., F. Mottaghy, et al. (2010). "Additional value of PET-CT in staging of clinical stage IIB and III breast cancer." Breast J 16(6): 617-624. 2. Evangelista, L., Z. Baretta, et al. (2011). "Tumour markers and FDG PET/CT for prediction of disease relapse in patients with breast cancer." Eur J Nucl Med Mol Imaging 38(2): 293301. 3. Heudel, P., S. Cimarelli, et al. (2010). "Value of PET-FDG in primary breast cancer based on histopathological and immunohistochemical prognostic factors." Int J Clin Oncol 15(6): 588-593. 4. Lindskog, D. M., K. Nikkhou, et al. (2011). "False-positive positron emission tomography in patients with history of malignancy." J Clin Oncol 29(19): e582-585.