ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
Cap QCO CARLOS EDUARDO ARRUDA DE SOUZA
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO LINUX TERMINAL
SERVER PROJECT PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DO
SOLDADO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO E COLÉGIO
MILITAR DE SALVADOR
Rio de Janeiro
2009
Cap QCO CARLOS EDUARDO ARRUDA DE SOUZA
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO LINUX TERMINAL
SERVER PROJECT PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DO
SOLDADO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO E COLÉGIO
MILITAR DE SALVADOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como
requisito parcial para a obtenção do Grau de
Aperfeiçoamento
em
Conhecimentos
Militares.
Orientadora Externa: Cap QCO Selma Lúcia de Moura Gonzales
Rio de Janeiro
2009
Cap QCO CARLOS EDUARDO ARRUDA DE SOUZA
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO LINUX TERMINAL
SERVER PROJECT PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DO
SOLDADO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO E COLÉGIO
MILITAR DE SALVADOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como
requisito parcial para a obtenção do Grau de
Aperfeiçoamento
em
Conhecimentos
Militares.
Aprovado em: 23 / 10 /2009
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
__________________________________________________
GERALDO PEREIRA JUNIOR – Cap Com – Presidente
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército
_____________________________________________________________
APOLLO CRISTI POLIESTI NOGUEIRA – Cap Mat Bel – 1º Membro
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército
__________________________________________________
MARCELO SAMPAIO PEREIRA – Cap Int – 2º Membro
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército
AGRADECIMENTOS
A Deus pelas inúmeras graças recebidas.
A minha Orientadora Cap QCO Selma Lúcia de Moura Gonzales meus sinceros
agradecimentos pela orientação firme e objetiva na relização deste trabalho.
Aos meus pais Carlos Delmiro de Souza e Ivaní Francisco Arruda de Souza, pelo amor
com que me conceberam e educaram.
A minha esposa e a minha filha pela compreensão, apoio e companheirismo nos
momentos em que este trabalho foi priorizado.
A todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram para este projeto fosse
concluído.
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DFA
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO/1919)
DIVISÃO DE ENSINO / SEÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
TERMO DE CESSÃO DE DIREITO SOBRE TRABALHO ACADÊMICO
TÍTULO DO TRABALHO
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO LINUX TERMINAL
SERVER PROJECT PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DO
SOLDADO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO E COLÉGIO
MILITAR DE SALVADOR
IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR
CARLOS EDUARDO ARRUDA DE SOUZA
1. Este trabalho, nos termos da legislação que resguarda os direitos autorais, é considerado
de minha propriedade.
2. Conforme o contido nas IPG 2009, autorizo a EsAO a utilizar meu trabalho para uso
específico no aperfeiçoamento e evolução das Forças Armadas, bem como a divulgá-lo
por meio de revistas, informativos ou outros veículos de comunicação.
3. A EsAO poderá fornecer cópia do trabalho de acordo com as normas da escola.
4. É permitida a transcrição parcial de trechos do trabalho para comentários e citações
desde que sejam transcritos os dados bibliográficos dos mesmos, de acordo com a
legislação sobre direitos autorais.
5. A divulgação do trabalho, por qualquer meio, somente pode ser feita com a autorização
do autor e da Direção de Ensino da EsAO.
Salvador, 23 de outubro de 2009.
__________________________________________________
CARLOS EDUARDO ARRUDA DE SOUZA – Cap QCO
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DFA
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
(EsAO/1919)
DIVISÃO DE ENSINO / SEÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
TERMO DE COMPROMISSO DE ORIENTADOR EXTERNO
1. Eu, Cap QCO Selma Lúcia de Moura Gonzales, Idt Nr 062.374.714-4, doravante
designada “orientadora”, comprometo-me a conduzir a orientação do Cap QCO Carlos
Eduardo Arruda de Souza do CAM, inscrito no Curso de Pós-Graduação no nível Lato Sensu
em Conhecimentos Militares, cujo trabalho monográfico versa sobre o tema: Analisar a
inclusão digital nas Organizações Militares (OM), propondo melhorias e identificando as
limitações, vantagens e desvantagens à sua operacionalização, inserido na Linha de Pesquisa
Instrução e Ensino Militar.
2. Declaro, ainda, estar ciente de todas as normas que regem os Cursos de Pós-Graduação da EsAO e de todas as prescrições contidas nas Instruções de Pós-Graduação (IPG)
vigentes.
Salvador, 15 de junho de 2009.
________________________________________________
SELMA LÚCIA DE MOURA GONZALES – Cap QCO
Orientadora
Visto Of Co-Orientador
____________________________________
GERALDO PEREIRA JUNIOR – Cap Com
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO....................................................................................................
8
1.1
Objetivo.................................................................................................................
9
1.2
Justificativa...........................................................................................................
9
1.3
Metodologia...........................................................................................................
10
2
INCLUSÃO DIGITAL.........................................................................................
11
2.1
A inclusão digital no Brasil..................................................................................
12
2.2
A inclusão digital no Exército Brasileiro............................................................
15
2.3
17
3
A inclusão digital na Escola de Administração do Exército e Colégio Militar
de Salvador............................................................................................................
LINUX TERMINAL SERVER PROJECT .........................................................
3.1
O que é a solução LTSP........................................................................................
18
3.2
Os serviços-base....................................................................................................
19
3.3
O entendimento do LTSP.....................................................................................
20
3.4
O dimensionamento dos equipamentos..............................................................
21
3.4.1
Os terminais............................................................................................................
21
3.4.2
O servidor...............................................................................................................
23
4
IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO................................................................
24
4.1
Materiais................................................................................................................
24
4.2
Configuração lógica do servidor.........................................................................
24
4.2.1
Configurações iniciais............................................................................................
25
4.2.2
Instalação dos serviços-base e dos pacotes LTSP..................................................
26
4.2.3
Configuração dos serviços-base.............................................................................
26
4.3
Configuração lógica dos terminais......................................................................
28
4.4
Custos....................................................................................................................
30
5
CONCLUSÃO......................................................................................................
32
REFERÊNCIAS...................................................................................................
34
GLOSSÁRIO........................................................................................................
36
APÊNDICE A – Roteiro de entrevista para pesquisa sobre inclusão digital
na Escola de Administração do Exército e Colégio Militar de Salvador.........
APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.......................
38
APÊNDICE C – Arquivo de configuração do serviço DHCP..........................
40
APÊNDICE D – Arquivo de configuração lts.conf............................................
42
18
39
7
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM LABORATÓRIO LINUX TERMINAL
SERVER PROJECT PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL DO
SOLDADO DA ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DO EXÉRCITO E COLÉGIO
MILITAR DE SALVADOR
Carlos Eduardo Arruda de Souza1, Selma Lúcia de Moura Gonzales2
Resumo: A Escola de Administração do Exército e Colégio Militar de Salvador
(EsAEx/CMS) é uma Organização Militar (OM) que congrega no mesmo aquartelamento dois
estabelecimentos de ensino com características distintas. A Escola de Administração do
Exército que tem como missão formar oficiais do quadro complementar e o Colégio Militar
de Salvador que tem como missão proporcionar ensino fundamental e médio aos dependentes
de militares e civis de Salvador. Apesar de contar com uma grande estrutura para abrigar estas
escolas, possuir laboratórios de informática e professores que podem orientar o uso correto
dos meios de tecnologia da informação disponíveis, esta OM não possui, ainda, um “local
específico” para trabalho da inclusão digital, já que os laboratórios existentes são destinados
às atividades do Curso de Formação de Oficiais do Quadro Complementar e aos alunos do
Colégio Militar. Através da pesquisa bibliográfica e em sítios da internet, e da realização de
entrevistas, foi possível diagnosticar que a falta deste “local” representa um empecilho para
desenvolvimento de atividades regulares para proporcionar inclusão digital. Com a finalidade
de criar um espaço destinado ao soldado, onde seria possível aproximá-lo de recursos como
computador e internet, permitindo uma orientação consciente de seu uso, aponta-se como uma
alternativa viável a implementação de um laboratório baseado na solução Linux Terminal
Server Project (LTSP) nas instalações da EsAEx/CMS.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão digital, solução LTSP e laboratório.
The Escola de Administração do Exército and Colégio Militar de Salvador (EsAEx/CMS) are
one military organization (OM) that brings in two schools with different characteristics. The
Escola de Administração do Exército has the mission to train officers from the Quadro
Complementar de Oficiais and the Colégio Militar de Salvador has the mission to provide
elementary and secondary education to militaries and civilians’ children. Although the OM
has a large structure that includes computer labs and teachers, who can guide the proper use of
information technology media available, it does not still have an appropriate place to work
with digital inclusion, since the existing laboratories are intended for the activities of the
training course for officers of the Quadro Complementar and for the students from the
Colégio Militar. Through bibliography and web sites researches, and interviews, it was
possible to check that the lack of this proper place represents a problem for the development
of regular activities to provide digital inclusion. In order to make available a room for the
soldier, where he can be closer to resources such as computers and internet, allowing a
conscious guidance of their use, it is pointed out as a viable alternative to implement a lab
based on the Linux Terminal Server Project (LTSP) solution at EsAEx/CMS.
KEY WORDS: Digital Inclusion, LTSP solution and laboratory.
1
2
Especialista em Tecnologia e Projeto de redes. Escola de Administração do Exército (EsAEx), Salvador, Brasil.
Doutora em Geografia Humana. Escola de Administração do Exército (EsAEx), Salvador, Brasil.
8
1 INTRODUÇÃO
A Escola de Administração do Exército e Colégio Militar de Salvador (EsAEx/CMS) é
uma
Organização
Militar
(OM)
que
congrega
no
mesmo
aquartelamento
dois
estabelecimentos de ensino com características distintas. A Escola de Administração do
Exército que tem como missão formar oficiais do quadro complementar e o Colégio Militar
de Salvador que tem como missão proporcionar ensino fundamental e médio aos dependentes
de militares e civis de Salvador.
A Companhia de Comando e Serviço é a subunidade que apoia com pessoal toda a
estrutura da EsAEx/CMS, contando com um contingente de cerca de trezentos e vinte quatro
militares, atuando no sentido de proporcionar aos integrantes dessas Escolas as melhores
condições de trabalho. Dentre esses militares observa-se um efetivo considerável de soldados,
que, anualmente, ao término do período de formação básica são empregados nas diversas
seções e divisões da OM para auxiliar no cumprimento das mais variadas missões, desde a
limpeza e manutenção das instalações até a confecção de documentos.
Entretanto, ao longo dos anos, observa-se que muitos soldados incorporados não
tiveram oportunidade sequer de utilizar um computador, pois verifica-se que é uma
ferramenta com alto custo, ainda, para a grande parte deles que são oriundos de comunidades
carentes de Salvador. Mesmo aqueles que tiveram oportunidade, o fizeram através das Lan
Houses existentes nos seus bairros e no máximo utilizaram essa ferramenta para acesso à
Internet e, na maioria dos casos, sem nenhuma orientação. Como consequência, os integrantes
das seções e divisões que recebem esses militares têm dificuldade em delegar atividades e
missões que exijam o uso do computador e recursos de rede.
Dessa maneira, como introduzir e orientar esse jovem para uso da tecnologia de forma
eficaz, usufruindo desse suporte digital de maneira responsável e com o objetivo de melhorar
suas condições de vida e, por conseguinte, melhor aproveitar sua capacidade de trabalho?
Sugere-se que devam ser elaboradas estratégias para disponibilizar computador, acesso
à rede e condições necessárias para domínio dessas ferramentas, como por exemplo: a
implementação de um laboratório baseado na solução Linux Terminal Server Project (LTSP).
Neste sentido, foram formuladas diversas questões de estudo que envolvem a
problemática desta investigação, conforme listadas abaixo:
a) O que é Inclusão Digital?
b) Como proporcionar a inclusão digital do soldado da EsAEx/CMS ?
c) Qual custo para a operacionalização dessa inclusão digital?
9
Espera-se que, em se respondendo mesmo que parcialmente estas questões, seja
possível solucionar o problema de estudo e atingir os objetivos de pesquisa, conforme a seguir
formulados.
1.1 Objetivo
O presente estudo pretende propor a implementação de um laboratório baseado na
solução LTSP para auxílio no processo de inclusão digital do soldado da EsAEx/CMS.
A fim de viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo, foram formulados os
objetivos específicos, abaixo relacionados, que permitirão o encadeamento lógico do
raciocínio descritivo apresentado neste estudo:
a) realizar uma pesquisa bibliográfica a fim de levantar e elucidar os principais
conceitos relativos à inclusão digital;
b) realizar o levantamento dos programas de inclusão digital existentes no País, no
Exército Brasileiro e na EsAEx/CMS;
c) realizar uma pesquisa bibliográfica a fim de levantar e elucidar os principais
conceitos relativos à solução LTSP;
d) realizar a escolha dos equipamentos e do local que será sugerido para a
implementação da solução LTSP na EsAEx/CMS;
d) descrever como implementar a solução LTSP;
e) realizar o levantamento dos custos necessários para a implementação da solução
LTSP.
1.2 Justificativa
A EsAEX/CMS apesar de possuir laboratórios de informática e professores que podem
orientar o uso correto dos meios de tecnologia da informação disponíveis, não possui, ainda,
um local específico para trabalho da inclusão digital, já que os laboratórios existentes são
destinados às atividades do Curso de Formação de Oficiais do Quadro Complementar e aos
alunos do Colégio Militar, o que faz crescer em importância iniciativas neste sentido,
tornando este estudo altamente relevante.
A estratégia que vem sendo utilizada é o recrutamento de soldados voluntários para
receberem treinamento no 51º Centro de Telemática, OM na Guarnição de Salvador que
possui um núcleo de inclusão digital. Entretanto, não tem sido a solução ideal tendo em vista
10
o número limitado de vagas e a falta de flexibilidade no calendário para atender a todos os
interessados.
Com a finalidade de criar um espaço destinado ao soldado, onde seria possível
aproximá-lo de recursos como computador e internet, permitindo uma orientação consciente
de seu uso, aponta-se como uma alternativa viável a implementação de um laboratório
baseado na solução LTSP nas instalações da EsAEx/CMS.
Neste sentido, o presente estudo justifica-se por contribuir com o processo de inclusão
digital do soldado de maneira mais eficaz, pois torna possível o treinamento na própria
Unidade e para um número maior de instruendos. Além disso, o custo para implementação é
mínimo tendo em vista que essa solução é baseada em software livre e na reutilização de
equipamentos antigos.
1.3 Metodologia
Para levantamento do referencial teórico foram realizadas pesquisas em fontes
primárias e secundárias. Informações importantes foram levantadas através de sítios da
internet, principalmente no que diz respeito aos programas de inclusão digital. Vários artigos
foram consultados e destaque pode ser dado ao sítio do Projeto LTSP.
Também foram realizadas entrevistas com dois Chefes de Divisão da EsAEx/CMS,
conforme pode ser observado no Apêndice B. Estes foram selecionados pelo fato de ambos
terem passado pelas Divisões de Ensino da EsAEx e de Telemática entre os anos de 2005 e
2009, as quais possuem ligação direta com a temática em questão.
Os questionamentos podem ser verificados no Apêndice A e o roteiro consta de oito
perguntas abertas que tiveram por objetivo levantar a real situação da inclusão digital nessa
Organização Militar. Dessa maneira, pôde-se verificar a adequação da proposta do presente
trabalho.
Para melhor compreensão da pesquisa, o desenvolvimento do trabalho foi dividido em
três capítulos, apresentados de acordo com a estrutura que se segue: o primeiro capítulo trata
da situação da inclusão digital, levantando os principais conceitos envolvidos e as medidas
que tem sido tomadas no País, no Exército Brasileiro e na EsAEx/CMS para contribuir com o
processo; no capítulo seguinte, verifica-se a descrição dos conceitos que envolvem a solução
LTSP, o entendimento do seu funcionamento e o embasamento para escolha e
dimensionamento dos equipamentos para a sua implementação; e o capítulo final relaciona os
equipamentos que foram utilizados, descreve a implementação e os custos para a solução.
11
2 INCLUSÃO DIGITAL
Entende-se que o acesso às tecnologias de informação e comunicação (TICs) de forma
orientada e consciente, também chamado de inclusão digital, está diretamente ligado aos
direitos básicos à informação e à liberdade de opinião e expressão. Segundo Mendes (2008),
as TICs são tecnologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações, como por
exemplo: sítios da internet, equipamentos de informática, programas, telefonia, quiosques de
informação e balcões de serviços automatizados. No século atual, o desenvolvimento
socioeconômico e político passa pelo domínio dessas tecnologias que, para uma proposta de
inclusão digital eficiente, devem ser manipuladas com o objetivo de buscar a melhoria da
qualidade de vida da sociedade.
As tecnologias da informação e da comunicação precisam se tornar ferramentas que
contribuam para o desenvolvimento social, intelectual, econômico e político do
cidadão. Do ponto de vista de uma comunidade, isto significa aplicá-las a processos
que contribuam para o fortalecimento de suas atividades econômicas, de sua
capacidade de organização, do nível educacional e da autoestima de seus integrantes,
de sua comunicação com outros grupos, de suas entidades e serviços locais e de sua
qualidade de vida. (CRUZ, 2004, p. 13).
A simples disponibilização de instalações dotadas de computadores com acesso à
internet não contribui para o processo de inclusão digital em sua plenitude. Segundo Rebêlo
(2005), o próprio governo e várias empresas promovem o conceito de inclusão digital sem
critério e sem a devida preocupação com os resultados que deveriam ser alcançados. A
melhoria do quadro social e a revelação para a comunidade, do “pulo do gato” para o
benefício próprio e coletivo por meio das TICs, devem ser os objetivos nobres dessas
organizações que se propõem a contribuir com o processo. É um erro de interpretação muito
comum tratar esse conceito como sinônimo de “alfabetização digital”, ou seja, como uma
espécie de domínio das TICs. É indiscutível que a aproximação entre a comunidade e essas
ferramentas tem a sua importância, entretanto constitui apenas um primeiro passo no caminho
que deve ser trilhado em busca da inclusão digital.
Parece haver um entendimento no sentido de assumir “alfabetização digital” como a
manipulação e conforto com o uso de computadores, seus softwares utilitários e
operacionais, caixas eletrônicos de banco, aparelhos de celular e outros
equipamentos eletrônicos. Sendo um estágio necessário porém não suficiente para a
inclusão digital. (CRUZ, 2007, p. 17).
12
Uma visão mais completa do assunto é observada por Silveira (2006), quando afirma
que a política de inclusão digital pode ser implementada por níveis de acessibilidade distintos
dentro de cada bloco abaixo:
a) Unidades de inclusão – são os locais de acesso às TICs como por exemplo as
bibliotecas informatizadas e conectadas à rede, os laboratórios escolares de informática
conectados à internet, as salas de aula informatizadas e conectadas, telecentros, quiosques,
tótens ou orelhões de internet.
b) Opções tecnológicas – dizem respeito aos tipos de hardwares e softwares utilizados
nas unidades de inclusão. Em relação ao hardware, existem soluções inovadoras, como o uso
de terminais “burros” (equipamentos desprovidos de poder de processamento e que utilizam
recursos de um computador com configurações robustas), ou tradicionais do uso individual e
caseiro. Os softwares podem ser livres ou proprietários e voltados ou não, à interação e à
solução de problemas das comunidades.
c) Atividades disponíveis – uso livre, limitado ou monitorado; impressão de
documentos; cursos presenciais ou à distância; acesso a correio eletrônico e à área de arquivo
própria; atividades comunitárias em rede.
d) Monitoria das unidades – com ou sem monitores ou orientadores contratados; com
ou sem envolvimento de voluntários; com ou sem controle da comunidade, a partir de
conselhos gestores eletivos.
e) Sustentabilidade das unidades – recursos do fundo público; recursos das empresas;
contribuições individuais e coletivas; cobrança do usuário.
f) Autonomia e participação das unidades – comunidades têm poder de decisão sobre a
gestão; comunidades têm poder consultivo sobre a gestão; comunidades têm poder
fiscalizador sobre a gestão.
2.1 A inclusão digital no Brasil
No Brasil podem ser identificadas várias iniciativas no sentido de promover o combate
à exclusão digital, dentre elas estão as diversas parcerias envolvendo o governo, as empresas e
o terceiro setor, ou ainda, atitudes pró-ativas isoladas dessas entidades para tratamento da
temática.
Por iniciativa do Governo Federal foi criado o Observatório Nacional de Inclusão
Digital (ONID) que em conjunto com a sociedade tem como função realizar o
acompanhamento e a avaliação dos esforços de inclusão digital no Brasil. O ONID
13
disponibiliza informações à sociedade acerca dos telecentros ou outros espaços coletivos com
acesso às TICs e conectados à internet. Essas informações são consolidadas a partir do
cadastramento das unidades de inclusão no portal do Observatório pelos interessados em
contribuir com o processo, entretanto, para tal, a unidade candidata precisa atender três
requisitos principais:
• a existência de conexão à internet no estabelecimento, que tem que possuir mais
que três computadores (a não ser em áreas remotas ou com problemas de energia);
• ser aberto à população, ainda que em tempo parcial (uma escola, por exemplo,
desde que libere o acesso nos finais de semanas);
• não possuir fins lucrativos e, se cobrar por necessidade de sustentabilidade, é
preciso informar o que é feito com os recursos. (ONID, 2009).
Os telecentros, muitas vezes também chamados de infocentros, são unidades de acesso
às TICs onde a comunidade local pode receber orientação adequada para uso dessas
ferramentas e frequentar cursos. Também pode ser prevista no espaço, a disponibilização de
equipamentos para uso por tempo determinado, geralmente com auxílio de monitores.
A utilização do espaço se relaciona com serviços, lazer, capacitação profissional,
educação, política, saúde, produção cultural, comunicação e demais áreas, já que
consiste em uma ferramenta de acesso e de produção de informação e conhecimento.
A manutenção do espaço e dos equipamentos pode estar a cargo de um projeto
público ou privado, ou mesmo da própria comunidade. (ONID, 2009).
As unidades de acesso podem estar inseridas em um programa de inclusão digital
(PID) que, por sua vez, pode ter abrangência nacional, regional, estadual ou municipal e
ainda, pode ser de gestão pública ou de gestão sociedade civil.
Dentre os programas de inclusão digital no país, merece destaque o desenvolvido pela
Prefeitura Municipal de São Paulo, considerado uma referência, constituindo-se no maior
programa de abrangência municipal mapeado pelo ONID, contando com 194 (cento e noventa
e quatro) telecentros, conforme pode ser observado no gráfico 1.
14
Gráfico 1 – Maiores programas de inclusão digital municipais
mapeados pelo ONID ( número de telecentros por programas
de inclusão digital).
Fonte: Observatório Nacional de Inclusão Digital (2009).
Outros programas3 que vem sendo desenvolvidos com sucesso, dando importante
contribuição na qualidade de vida das comunidades, seguem abaixo:
a) Ministério da Defesa – programa de inclusão digital de abrangência nacional e de
gestão pública que conta com 42 (quarenta e dois) telecentros mapeados;
b) Fundação Bradesco – programa de inclusão digital de abrangência nacional e de
gestão sociedade civil que conta com 92 (noventa e dois) telecentros mapeados;
c) Quiosque Cidadão – programa de inclusão digital de abrangência regional e de
gestão pública que conta com 66 (sessenta e seis) telecentros mapeados;
d) Ação Digital Nordeste – programa de inclusão digital de abrangência regional e de
gestão sociedade civil que conta com 41 (quarenta e um) telecentros mapeados;
e) Ação Digital (MT) – programa de inclusão digital de abrangência estadual e de
gestão pública que conta com 52 (cinquenta e dois) telecentros mapeados;
f) Telecentros Jovem Cidadão (MA) – programa de inclusão digital de abrangência
estadual e de gestão sociedade civil que conta com 11 (onze) telecentros mapeados;
g) BH Digital – programa de inclusão digital de abrangência municipal e de gestão
pública que conta com 79 (setenta e nove) telecentros mapeados;
h) Núcleo Sabe Tudo Sorocaba – programa de inclusão digital de abrangência
municipal e de gestão sociedade civil que conta com cinco telecentros mapeados.
As iniciativas listadas acima apenas ilustram a importância que vem sendo dispensada
ao processo de inclusão digital no País por diversas organizações. Com preocupação similar, o
Exército Brasileiro, como instituição nacional, também tem buscado alternativas para que
essa inclusão efetivamente ocorra.
3
Informações mais específicas podem ser obtidas no sítio http://onid.org.br/portal/programas/.
15
2.2 A inclusão digital no Exército Brasileiro
Com a finalidade de promover a inclusão digital e ser solidário aos demais programas
do Governo Federal, como por exemplo, o Programa Primeiro Emprego, o Exército Brasileiro
(EB) criou os Centros de Ensino de Informática (CEI) que de maneira similar aos telecentros
vem contribuindo no combate à exclusão digital, instruindo tanto o soldado que presta o
serviço militar inicial obrigatório como também os indivíduos das comunidades locais. De
acordo com o Departamento de Ciência e Tecnologia, do Comando Militar de Operações
Terrestres e dos Comandos Militares de Área, órgãos do EB responsáveis pela implantação e
operação desses centros, os objetivos almejados são:
a) Apoiar a formação e a especialização do contingente de militares temporários;
b) Possibilitar uma maior utilização de meios de informática pelo Exército
Brasileiro;
c) Atender a programas federais que tratem da utilização de software livre;
d) Colaborar com o “Programa Primeiro Emprego” e com a inclusão social
pretendidos pelo Governo Federal;
e) Proporcionar a expansão do programa para o atendimento de comunidades mais
carentes, quando possível; e
f) Preparar o jovem para o mercado de trabalho, após o seu licenciamento do
serviço militar. (BRASIL, 2006, p. 94).
Como exemplo de algumas organizações militares, que tiveram seus trabalhos
divulgados na mídia, por ocasião da prestimosa contribuição no programa, cabe destacar:
a) O 40º Batalhão de Infantaria de Crateús (CE) que promoveu cursos de informática
básica para alunos da rede pública de ensino, como pode ser observado na figura 1, com o
objetivo de proceder à inclusão digital dos jovens para o mercado de trabalho, habilitando-os
para o desempenho de diversas especialidades, inclusive nas novas tecnologias de informação
(BRASIL, 2009);
b) O 5º Centro de Telemática de Área de Recife (PE) que ofereceu cursos com uma
semana de duração ao grupo de estudantes da comunidade do Pilar. As atividades realizadas
uniram elementos lúdicos e interdisciplinares aos ensinamentos de informática. Os alunos
tiveram a oportunidade de aprender conteúdos de Matemática, Ciências e Meio Ambiente,
além de Língua estrangeira, de maneira divertida e interativa com o uso de softwares livres.
(LYRA, 2007).
16
Figura 1 – Alunos da rede pública no curso
promovido pelo 40º Batalhão de Infantaria.
Fonte: Brasil (2009).
Outro programa de inclusão digital do Governo Federal em parceria com o EB que
merece destaque, é o Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão, conhecido
como GESAC. O programa é coordenado pelo Ministério das Comunicações e é
operacionalizado pela parceria com instituições sem fins lucrativos, chamados de Pontos de
Presença (PPs). Esses pontos são aquinhoados com um serviço de acesso à internet de banda
larga gratuito, via satélite, incluindo o suporte técnico necessário. O GESAC tem como
diretrizes
I Promover a inclusão digital;
II ampliar o atendimento às instituições públicas para acesso à Internet;
III contribuir para a universalização do acesso à Internet;
IV apoiar o uso das TIC's em ações governamentais;
V incentivar a prática de trabalhos colaborativos;
VI incentivar a formação de redes de conhecimento;
VII incentivar o uso de software livre; e
VIII incentivar o desenvolvimento da comunidade beneficiada. (BRASIL, 2007,
p.6).
Como consequência da sua participação nos programas de inclusão digital, o EB tem
colhido como fruto imediato um militar melhor capacitado para operar os meios de tecnologia
da informação disponíveis nas suas Unidades e, em um futuro próximo, entregue um cidadão
muitas vezes especializado e apto a competir no mercado de trabalho. Ainda fruto dessa
contribuição, pode ser observado um aumento nos laços com a comunidade. É a presença do
Estado, por meio da “Mão Amiga”, fazendo o seu papel e angariando a confiança da
população daquela localidade beneficiada.
17
2.3 A inclusão digital na Escola de Administração do Exército e Colégio Militar de
Salvador
Esta seção foi construída com base nos dados levantados por ocasião das entrevistas
com dois Chefes de Divisão da EsAEx/CMS, conforme pode ser observado no Apêndice B.
A escolha destes militares é justificada pela passagem de ambos pela Divisão de
Ensino da EsAEx e pela Divisão de Telemática entre os anos de 2005 e 2009.
Os questionamentos podem ser verificados no Apêndice A e tiveram como objetivo
levantar a real situação da inclusão digital nesta Organização Militar para que seja verificada
se a proposta do presente trabalho é adequada.
Do material coletado nas entrevistas, pode-se observar que a EsAEx/CMS, através de
iniciativas dessas Divisões, tem nos últimos cinco anos contribuído com a inclusão digital do
seu público interno, seja através de Projetos Interdisciplinares dos seus alunos ou através de
cursos de capacitação em informática ministrados. Entretanto, não existe um calendário bem
definido que permita um programa de acesso continuado e orientado às TICs.
Os entrevistados destacaram a importância da capacitação do público interno para
eficiência das atividades de ensino e administrativas, mas que o principal alvo deve ser o
soldado. Com este foco, ambos acreditam que o Exército estaria contribuindo de forma eficaz
para a vida desse militar após o licenciamento.
Consideram que um fator que contribui para a solução de continuidade do programa é
a falta de local específico destinado às atividades de inclusão digital, tendo em vista o uso
intenso dos laboratórios da OM.
Também foi levantado que não existem parcerias com outras instituições, mas que a
OM possui um link de internet disponibilizado pelo Programa GESAC desde 2006, ocasião
em que se buscou disponibilizar na Companhia de Comando e Serviço computadores para
utilização pelo soldado, contudo a iniciativa não obteve êxito por questões de prioridade na
destinação destes meios.
Existem vários casos de sucesso de instituições que utilizam a tecnologia LTSP para
operacionalização da inclusão digital. Dentre eles podem ser citados os projetos
desenvolvidos pelo 51º Centro de Telemática, localizado em Salvador e o Projeto Escola
Livre da Universidade Federal de Santa Catarina.
Da análise das informações levantadas, pode-se concluir que este trabalho oferece uma
alternativa viável, com baixo custo e de total aderência à necessidade acima exposta, podendo
contribuir sobremaneira no processo de inclusão digital soldado da EsAEx/CMS.
18
3 LINUX TERMINAL SERVER PROJECT (LTSP)
Este capítulo tem por finalidade descrever os conceitos que envolvem a solução LTSP,
entender o seu funcionamento, fornecendo todo o embasamento para escolha e
dimensionamento dos equipamentos para a sua implementação.
3.1 O que é a solução LTSP
A solução LTSP foi criada por James McQuillan em 1999 para atender a necessidade
de um cliente em Detroit, Michigan, Estados Unidos da América. O cliente, uma empresa de
home care, necessitava de um método barato e funcional que permitisse 35 (trinta e cinco)
usuários acessarem uma aplicação em um servidor. Segundo Colcernian (2009), o LTSP
consiste em um pacote acrescentado ao sistema operacional Linux que permite o uso
simultâneo por muitos usuários de um mesmo computador. As aplicações são executadas no
computador central, denominado de servidor, através dos terminais, também conhecidos como
thin clients que geralmente têm baixa potência e não possuem disco rígido. Em suma, toda
entrada de dados, bem como a exposição dos resultados ocorrem nos terminais enquanto que
a execução da aplicação e o processamento da massa de dados acontecem no servidor,
conforme pode ser ilustrado na figura 2.
Figura 2 – Topologia LTSP.
Fonte: LTSP (2007).
Nesta topologia verifica-se que as conexões dos terminais (LTSP wokstations) e do
servidor (LTSP Server) estão concentradas em um equipamento de rede chamado switch,
necessário para que haja conectividade. Observa-se, ainda, que além de ter disponibilidade às
aplicações, as estações clientes, por intermédio do servidor também podem ter acesso à
internet.
19
3.2 Os serviços-base
Para que se entenda o funcionamento do LTSP, é necessário a compreensão dos quatro
serviços-base que devem ser instalados e configurados no servidor, permitindo a
implementação da solução em tela. São eles o Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP),
o Trivial File Transfer Protocol (TFTP), o Network File System (NFS) e o X Display Manager
Control Protocol (XDMCP), que serão explicados a seguir de maneira sucinta:
a) DHCP – cada computador na rede necessita de um endereço lógico chamado de
Endereço IP, que é um pré-requisito para a conectividade. Existem duas formas de se
configurar esse Endereço na máquina: estática ou dinâmica. No primeiro caso, o
administrador configura diretamente na estação e no segundo, a estação no momento de boot
(carga do sistema operacional) recebe as configurações de rede de um servidor DHCP. Estas
configurações são: Endereço IP, máscara de sub-rede e configurações opcionais, tais como:
endereço do roteador (default gateway) e endereço dos servidores de nomes; (PALMA;
PRATES, 2000).
b) TFTP – de acordo com Palma e Prates (2000, p. 111), é um “protocolo utilizado
para transferir arquivos entre dois computadores em uma rede, onde um dos computadores é o
servidor TFTP.”;
c) NFS – protocolo que permite que os computadores clientes tenham acesso à árvore
de diretórios do servidor, acessando este recurso remoto como se fosse local.
Através do NFS, usuários e programas da rede podem acessar remotamente pastas e
arquivos no servidor, como se estivessem fazendo isso em sua estrutura local de
diretórios. Além de pastas e arquivos, o protocolo NFS também tem a capacidade de
compartilhar, em uma rede, dispositivos, como CD-ROM, disquetes e outros
periféricos. (FILLITO; OLIVEIRA JUNIOR, 2007, p. 3).
d) XDMCP – protocolo que permite que seja compartilhado para os computadores
clientes o ambiente gráfico do sistema operacional Linux, que é conhecido como X.
20
3.3 O entendimento do LTSP
Antes de entender o funcionamento do LTSP, é de extrema importância a resposta à
seguinte questão: Como é realizado o boot em um computador sem disco rígido? Esta questão
é pertinente tendo em vista que alguns terminais não possuem discos rígidos.
Uma maneira de resolver o problema é através da utilização do protocolo Preboot
Execution Environment (PXE). As placas-mãe mais novas com rede on-board possuem
suporte a este protocolo. Basta apenas alterar a ordem de boot através do programa setup
deixando a opção “Network Boot” como primeira da lista.
Outra opção, adequada para máquinas antigas ou cujas placas-mãe não suportam boot
via PXE, é a gravação da imagem do Etherboot, que pode ser encontrado no sítio
http://www.rom-o-matic.com/. Esta imagem pode ser gravada em um disquete, em um CDROM ou até mesmo em uma EPROM4. É específica para cada placa de rede e consiste,
segundo Ken Yap apud McQuilan et al. (2005, p. 21), em “[...] um pacote de software para
criar imagens ROM que possam realizar o download de código sobre uma rede Ethernet a ser
executado em um computador x86.”
Após decidida a maneira como será efetuada a carga do sistema operacional, a estação
cliente ou terminal é ligada e o processo conhecido como boot é iniciado.
A placa de rede do terminal é ativada e em seguida é realizado um pedido de
configurações de rede. O servidor DHCP recebe o pedido e envia para o terminal essas
configurações bem como informações sobre o kernel, ou seja, o núcleo do sistema
operacional. Com estas informações, o terminal consegue realizar o download do kernel
através do protocolo TFTP e, por conseguinte, a carga deste na Random Access Memory
(RAM) da estação. Após esta etapa, ocorre a montagem da pasta “/opt/ltsp/i386/”, em modo
somente leitura, como diretório raiz do terminal via NFS. Em seguida, o sistema do LTSP é
carregado e a configuração física do terminal é processada, através da leitura do arquivo
“lts.conf”, onde estão definidos os drivers e parâmetros que serão buscados para o correto
funcionamento do hardware, como vídeo, mouse, teclado etc. E, finalizando o boot, é aberta
uma sessão do X no terminal via XDMCP (MCQUILLAN et al., 2005; MORIMOTO, 2007).
Na figura 3 pode ser observado um processo de boot iniciado via rede, ou seja, através
do protocolo PXE.
4
Tipo de memória não volátil que pode ser soldada na placa de rede.
21
Figura 3 – Diagrama temporal do arranque
remoto do LTSP.
Fonte: Wikipédia (2009).
3.4 O dimensionamento dos equipamentos
O LTSP caracteriza-se pelo seu baixo custo, entretanto este pode variar em função de
diversos fatores, como por exemplo: quantidade de terminais por servidor, tipo de terminal
utilizado etc. A idéia desta seção é fornecer subsídios para o dimensionamento dos
equipamentos para implementação da solução. Basicamente o assunto que será abordado diz
respeito à configuração física dos terminais e do servidor.
3.4.1 Os terminais
Como terminais, podem ser adotados equipamentos específicos para a solução,
chamados de diskless workstations, conforme pode ser observado na figura 4, os quais têm
seus preços variando entre 280 (duzentos e oitenta) e 470 (quatrocentos e setenta) dólares
dependendo da configuração desejada.
22
Figura 4 – Diskless workstations para a solução LTSP.
Fonte: LTSP (2007).
Contudo, também podem ser utilizadas máquinas obsoletas para tornar a solução mais
econômica como é o caso do candidato a terminal apresentado na figura 5.
Figura 5 – Terminal aberto com placas de vídeo e rede e
unidade de disquete.
Fonte: elaborado pelo autor.
De acordo com Morimoto (2007), a configuração mínima do terminal seria um
computador de processador 486 e oito megabytes (MB) de memória RAM, entretanto a
atualização da tela fica muito lenta. Para que haja um rendimento aceitável, a configuração
ideal seria um computador de processador Pentium 100 com 32 (trinta e dois) MB de
memória RAM e placa de vídeo PCI.
A primeira opção, ou seja, a utilização de hardware específico como cliente, tem como
principal vantagem o suporte e a garantia do fabricante, além de ser um equipamento novo e
moderno, preparado e certificado para a solução. Em conseqüência, apresenta um alto índice
de disponibilidade, isto é, raramente necessita de substituição. Contudo, como a proposta do
23
presente trabalho vai se pautar pelo máximo de economia, a segunda opção torna-se mais
adequada para a EsAEx/CMS que possui inúmeros equipamentos obsoletos sem uso, mas
com os requisitos mínimos necessários para serem candidatos a terminais.
3.4.2 O servidor
Deve-se ter em mente que os aplicativos que são executados pelos diversos terminais
“rodam” no mesmo servidor. A proposta é que os recursos do servidor sejam aproveitados ao
máximo pelos terminais, portanto esta máquina deve ter uma configuração mais robusta. Para
Morimoto (2007), a configuração mínima para 10 (dez) terminais seria um computador de
processador Pentium III ou Atlhon com 512 (quinhentos e doze) MB de memória RAM.
Recomenda, entretanto, que se for uma rede de grande porte, de 20 (vinte) a 50 (cinquenta)
terminais, deve-se raciocinar com um processador dual-core com dois gigabytes (GB) de
memória RAM com implementação de RAID 0 5.
De acordo com McQuillan (2008), a fórmula para cálculo da memória RAM ideal,
caso todos os terminais queiram “rodar” ao mesmo tempo, o navegador, o pacote de escritório
e o ambiente gráfico completo, deve ser:
RAM total = 256MB + (70MB * número_de_terminais)
Outro aspecto fundamental e que não deve ser esquecido, é o monitoramento do
ambiente em produção. Através de utilitários nativos do sistema operacional Linux como
“top”, “free” e “df” podem-se verificar respectivamente, os usos de processador, de memórias
RAM e virtual e de espaço em disco no servidor. Com este ferramental, o gerente terá
subsídios suficientes para solicitar upgrade dos equipamentos, se for o caso.
No caso de reutilização de máquinas obsoletas como terminais LTSP, é importante que
se tenha um plano de manutenção adequado do seu hardware, pois tratam-se de máquinas
antigas e muitas vezes com peças de difícil reposição no mercado.
Portanto é de extrema importância a observação das orientações acima expostas, já
que a seleção dos equipamentos, o seu adequado dimensionamento, monitoramento e
manutenção, podem influenciar diretamente no desempenho da solução.
5
Técnica em que os dados são divididos e gravados em discos distintos, mas que formam um único disco lógico,
permitindo uma alta performance de leitura e gravação .
24
4 IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO
Este capítulo tem por finalidade relacionar os materiais que foram utilizados,
descrever e mostrar os custos para implementação da solução LTSP na EsAEx/CMS.
4.1 Materiais
Os equipamentos constantes do quadro 1 pertencem à carga da Seção de Ensino 2 da
EsAEx. Pode-se observar que os terminais são máquinas consideradas obsoletas e que
puderam ser reaproveitadas para a solução em questão. Os cabos de rede UTP categoria 5 e
utilizados para as conexões no switch também foram reaproveitados.
Equipamentos
Especificação
Servidor LTSP
Pentium Dual Core 1.8 GHz, com 1GB de memória RAM, disco rígido de
150 GB e placas de vídeo e rede on-board
04(quatro) portas
Pentium 100 MHz, com 32 MB de memória RAM, placa de vídeo não
identificada e placa de rede Realtek 8139
Pentium 75 MHz, com 16 MB de memória RAM, placa de vídeo não
identificada e placa de rede ISA NE 2000
Pentium –MMX 200 MHz, com 64 MB de memória RAM, placa de vídeo
não identificada e placa de rede Realtek 8139
Pentium III 667 MHz, com 256 MB de memória RAM, placas de vídeo e
rede on-board
Switch
Terminal 1
Terminal 2
Terminal 3
Terminal 4
Quadro 1 – Equipamentos utilizados na solução.
Fonte: elaborado pelo autor.
A distribuição utilizada na implementação foi o Debian BrDesktop, escolhida pelas
seguintes características: fácil de instalar, traduzida para o idioma português e customizada
para o usuário final (BRDESKTOP, 2008).
A versão do LTSP utilizada foi a 4.2, escolhida em detrimento da versão 5 (mais
recente), pelo fato desta ser mais pesada e apresentar instabilidades.
4.2 Configuração lógica do servidor
Esta seção tem por finalidade descrever as configurações lógicas que foram aplicadas
no servidor e, para uma melhor compreensão, foi dividida em três subseções: configurações
iniciais (interface de rede e repositórios); instalação dos serviços-base e dos pacotes do LTSP;
e configuração propriamente dita.
25
4.2.1 Configurações iniciais
a) Configurações de rede
- Editar o arquivo /etc/network/interfaces :
auto lo eth0 eth0:1
iface lo inet loopback
iface eth0 inet static
address 192.168.10.1
netmask 255.255.255.0
network 192.168.10.0
broadcast 192.168.10.255
iface eth0:1 inet static
address 10.10.64.10
netmask 255.255.0.0
network 10.10.0.0
broadcast 10.10.255.255
gateway 10.10.10.10
- Editar o arquivo /etc/resolv.conf :
search esaex.ensino.eb.br
nameserver 10.10.10.20
- Executar a seguinte linha de comando, para que as novas configurações entrem em
vigor:
# /etc/init.d/networking restart
b) Configuração do repositório
- Editar o arquivo /etc/apt/sources.list :
deb http://ftp.us.debian.org/debian/ lenny main
deb http://security.debian.org/ lenny/updates main
- Editar o arquivo /etc/apt/apt.conf :
Acquire::http::Proxy::“http://10.10.10.8:3128”;
26
4.2.2 Instalação dos serviços-base e dos pacotes do LTSP
a) Instalar os serviços-base, executando as seguintes linhas de comando:
# aptitude update
# aptitude install dhcp3-server tftpd-hpa nfs-kernel-server
b) Instalar os pacotes do LTSP
- Realizar o dowload e a instalação do utilitário ltspadmin, executando as seguintes
linhas de comando:
# wget –c http://ltsp.mirrors.tds.net/pub/ltsp/utils/ltsp-utils-0.25-0.tgz
# tar xvf ltp-utils-0.25-0.tgz
# cd ltsp-utils
# sh install.sh
- Executar o utilitário ltspadmin para instalação dos pacotes LTSP, executando a
seguinte linha de comando:
# ltspadmin
- Selecionar a opção “Install/Update LTSP Packages”, seguir as instruções e
prosseguir até o término da instalação.
4.2.3 Configuração dos serviços-base
Os modelos dos arquivos de configuração, podem ser criados a partir da execução do
utilitário ltspcfg, na opção “Configure the services manually”. Este utilitário foi instalado
junto com o ltspadmin e pode ser chamado através da execução da seguinte linha de
comando:
# ltspcfg
a) Configuração do serviço DHCP
- Editar o arquivo /etc/default/dhcp3-server 6 :
INTERFACES=“eth0”
- Editar o arquivo /etc/dhcp3/dhcp.conf, conforme o Apêndice C.
- Executar a seguinte linha de comando, para que as novas configurações entrem em
vigor:
# /etc/init.d/dhcp3-server start
6
A configuração deste parâmetro define em qual interface de rede o serviço DHCP estará habilitado.
27
b) Configuração do serviço TFTP
- Editar o arquivo /etc/default/tftpd-hpa 7 :
RUN_DAEMON=“yes”
OPTIONS=“-l -s /tftpboot”
- Executar a seguinte linha de comando, para que as novas configurações entrem em
vigor:
# /etc/init.d/tftpd-hpa start
- Desabilitar o serviço TFTP iniciado pelo inetd, comentando a linha tftp no arquivo
/etc/inetd.conf e executando a seguinte linha de comando:
# inetd
- Editar o arquivo /etc/hosts.allow, para que todos os terminais possam utilizar os
serviços do LTSP:
ALL: 127.0.0.1 192.168.10.0/24
c) Configuração do serviço NFS
- Editar o arquivo /etc/exports, para que todos os terminais possam carregar o sistema
e ter acesso a sua estrutura de diretórios:
#/opt/ltsp 192.168.10.0/255.255.255.0(ro,no_root_squash,async,no_subtree_check)
- Executar a seguinte linha de comando, para que as novas configurações entrem em
vigor:
# /etc/init.d/nfs-kernel-server restart
- Editar o arquivo /etc/hosts, correlacionando corretamente o endereço do terminal ao
seu nome8
127.0.0.1
localhost.localdomain
localhost
10.10.64.10
ltsp.esaex.ensino.eb.br
ltsp
192.168.10.1
ltsp.esaex.ensino.eb.br
ltsp
192.168.10.11
ws001.esaex.ensino.eb.br
ws001
192.168.10.12
ws002.esaex.ensino.eb.br
ws002
192.168.10.13
ws003.esaex.ensino.eb.br
ws003
192.168.10.14
ws004.esaex.ensino.eb.br
ws004
d) Configuração do arquivo /opt/ltsp/i386/etc/lts.conf
Editar o arquivo, conforme o Apêndice D.
7
Estes parâmetros habilitam o serviço TFTP e indicam a localização da imagem do boot que será carregada
pelos terminais.
8
Pré-requisito para o correto funcionamento do serviço NFS.
28
e) Configuração do serviço XDMCP
- Editar o arquivo /etc/gdm/gdm.conf :
[xdmcp]
Enable=true
- Executar a seguinte linha de comando, para que as novas configurações entrem em
vigor:
# /etc/init.d/gdm restart
4.3 Configuração lógica dos terminais
Esta seção tem por finalidade explicar como é realizada a preparação para o boot dos
terminais. No caso em tela, os terminais 1, 2 e 3 tiveram o Etherboot gravado em disquete e
no terminal 4 foi utilizado o suporte da placa ao protocolo PXE.
a) Boot via protocolo PXE
Para efetuar a configuração, basta apenas alterar a ordem de boot do terminal
através do programa setup, deixando a opção “Network Boot” como primeira da lista.
b) Boot com Etherboot gravado no disquete
- Formatar o disquete no próprio servidor, executando a seguinte linha de comando:
# fdformat /dev/fd0
- Acessar o sítio http://www.rom-o-matic.net e selecionar o Etherboot e a placa de rede
correta, conforme figuras 6 e 7.
- Fazer o download do Etherboot clicando no botão “Get ROM”, conforme pode ser
observado na figura 7.
- Gravar a imagem do Etherboot no disquete formatado, inserindo-o no drive do
servidor e executando, em seguida, a linha de comando abaixo:
# dd if=<imagem-do-Etherboot> of=/dev/fd0
29
Figura 6 – Selecionando o Etherboot.
Fonte: Rom-o-matic (2008).
Figura 7 – Selecionando e realizando o download do driver da placa de rede.
Fonte: Rom-o-matic (2008).
30
4.4 Custos
O custo para implementação da solução nas condições descritas na seção 4.1 foi zero,
pois foram reaproveitados materiais existentes na EsAEx/CMS. O próprio local onde a
solução foi implementada não necessitou de maiores preparações, já que aproveitou-se a
última bancada de um dos laboratórios de informática da OM.
Entretanto, a proposta deste trabalho é fornecer uma solução de caráter permanente.
Para que isso ocorra em sua plenitude, há necessidade da convergência de três elementos:
profissionais capacitados, local específico e material adequado.
No nosso caso, serão descartados os custos referentes aos profissionais, tendo em vista
que os intrutores e monitores de informática da EsAEx/CMS, bem como os militares da Seção
de Treinamento da Divisão de Telemática, podem revezar-se nas atividades de apoio à
inclusão digital.
Um local específico que pode ser sugerido é a sala da Divisão de Ensino anexa à
Seção de Ensino 2, que dispõe de espaço suficiente para colocação de nove terminais e do
servidor, conforme pode ser visto na figura 8. Porém, mesmo sendo uma boa candidata, esta
sala necessita de uma preparação mínima, cujo o custo aproximado pode ser verificado no
quadro 2, juntamente com os materiais necessários:
Item
Servidor LTSP
Terminal LTSP
Switch
Ponto de rede
Especificação
Qtd
Pentium Dual Core 1.8 GHz, com 1GB de
memória RAM, disco rígido de 150 GB e placas
de vídeo e rede on-board, inclui estabilizador e
console
Máquinas obsoletas existentes na EsAEx/CMS,
inclui estabilizador e console
16 (dezesseis) portas 10/100 Mbps
1
R$ 1.500,00
R$ 1.500,00
9
R$ 0,00
R$ 0,00
1
R$ 500,00
R$ 500,00
14
R$ 161,00
R$ 2.254,00
10
R$ 0,00
R$ 0,00
1
R$ 0,00
R$ 0,00
-
R$ 0,00
R$ 0,00
Mobiliário
(cadeira e mesa)
Lousa
Inclui aquisição e instalação de todo material
necessário para cabeamento lógico e elétrico:
canaletas, cabos lógicos e elétricos, conectores,
patch panel e rack.
Mobiliário padrão salas de aula do CFO da
EsAEx (figura 8)
Na cor branca, conforme figura 8
Internet
Link ADSL de 1Gbps (gigabit por segundo)
Custo Total
Custo unitário
Subtotal
R$ 4.254,00
Quadro 2 – Custo dos materiais necessários para implementação da solução LTSP na EsAEx/CMS.
Fonte: elaborado pelo autor.
Obs. Os materiais e serviços com subtotal R$ 0,00 podem ser obtidos na própria OM.
31
Figura 8 – Sala anexa à Seção de Ensino 2.
Fonte: elaborado pelo autor.
Na seção de configuração dos servidores foi detalhada a implementação básica para o
funcionamento da solução. Vale lembrar que a documentação sobre o assunto é vasta,
principalmente na internet e que a tecnologia LTSP fornece muitas possibilidades aqui não
exploradas, como configuração de impressora, som e outros dispositivos locais nos terminais.
Uma grande possibilidade de configurações específicas pode ser obtida em McQuillan et al.
(2005) e em Morimoto (2007).
Em relação ao custo para implementação da solução, observa-se que foi realizado o
levantamento mínimo de materiais, de modo a não onerar a OM. Entretanto, sugere-se que o
custo total seja majorado em vinte por cento, devido a experiências anteriores.
32
5 CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como proposta a implementação de um laboratório baseado
na solução LTSP para auxílio no processo de inclusão digital do soldado da EsAEx/CMS. Este
objetivo foi motivado pela hipótese de que a falta de um local específico para tratamento do
assunto inclusão digital pudesse representar um empecilho para o desenvolvimento de
programas regulares para este fim.
Para que a pesquisa obtivesse êxito, foram estudados inicialmente os conceitos que
envolvem a inclusão digital, bem como o seu enquadramento e situação em três âmbitos: País,
Exército Brasileiro e EsAEx/CMS. Também foram realizadas entrevistas com chefes de duas
Divisões da OM (Ensino e Telemática), que possuem total aderência ao assunto em questão, a
fim da obtenção de um histórico de atividades nos últimos cinco anos.
Fruto deste primeiro estudo, verificou-se que a melhor interpretação para a expressão
“proporcionar a inclusão digital” seria permitir o acesso “orientado” às tecnologias de
informação e comunicação (TICs), fundamentalmente ao computador, à rede e à internet.
Orientado, neste caso, significa que a meta da instituição deve ser fornecer insumos para que
o público-alvo do programa melhore suas condições de vida.
Um outro dado importante, desta vez confirmado pelas entrevistas, foi que o uso
intenso dos laboratórios, dificulta o agendamento para atividades de outro público que não
seja alunos ou professores da EsAEx/CMS, o que reforçou a necessidade da preparação de um
outro espaço. Entretanto, esta preparação gera aquisições que, na maioria das vezes, são de
razoável monta.
Aponta-se, então, como uma solução economicamente viável, o uso da tecnologia
LTSP, que tem contribuído para grandes casos de sucesso em programas de inclusão digital
desenvolvidos por várias instituições no País, inclusive no Exército Brasileiro. Isso se deve,
principalmente, ao seu baixo custo, pois máquinas obsoletas são reaproveitadas para uso
como terminais, os softwares utilizados, tanto o sistema operacional e aplicativos como os
pacotes da tecnologia, são gratuitos e, outra grande vantagem, é a vasta documentação
disponível na internet, com destaque para o sítio http://www.ltsp.org, que é o oficial do
projeto.
Após a análise e síntese de tudo que foi coletado, pôde ser verificada no trabalho, a
configuração física e lógica do servidor e dos terminais, com o objetivo de documentar e
fornecer as bases para futuras implementações, e ainda, o custo mínimo para implementação
da solução na EsAEx/CMS.
33
Conclui-se, portanto, que a presente proposta, apesar de limitada no sentido de não
contemplar a solução ideal, que disporia de espaço climatizado, equipamentos específicos,
como diskless workstations e mobiliário novo, apresenta como principal vantagem a indicação
de um caminho para o início de um trabalho que pode trazer excelentes frutos para a OM, pois
o mesmo militar que será beneficiado, poderá ser mais eficiente na execução das atividades
burocráticas, tão peculiares nos estabelecimentos de ensino e, ainda, para a sociedade, que
receberá futuramente um cidadão muitas vezes especializado e apto a competir no mercado de
trabalho. Dessa forma, pode também ser destacado o aspecto relevante da proposta, que é a
contribuição para aumento dos laços entre o Exército Brasileiro e a sociedade soteropolitana.
Como perspectiva para trabalhos futuros, sugere-se um estudo para que o modelo em
questão seja complementado pela confecção dos programas de curso, planos de aula,
materiais didáticos específicos e, incrementado com a utilização de ambientes virtuais de
aprendizagem, como por exemplo, a ferramenta livre MOODLE.
34
REFERÊNCIAS
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documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
_______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro,
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_______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Telecentros de
Informação e Negócios: o desafio da inclusão digital da microempresa e empresa de pequeno
porte. 2006. Disponível em: <http://ce.mdic.gov.br/SOFTWARE/0%20%20MDIC%20STI%20-%20TIN_Documento_Final.pdf> . Acesso em: 15 ago. 2009.
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36
GLOSSÁRIO
BOOT – Bootstrap, é o processo de inicialização do micro, onde é lido primeiramente o
BIOS, o POST (Power on self test) e em seguida carregado o sistema operacional e
programas.
CONFIGURAÇÃO LÓGICA – Configuração de programas.
DEFAULT GATEWAY – Interface de saída padrão de pacotes de uma rede.
DISKLESS WORKSTATIONS – Estações sem disco rígido.
DISTRIBUIÇÃO LINUX – É composta pelo Linux e um conjunto variável de softwares,
dependendo de seus propósitos. Dentre as centenas de distribuições existentes pode-se
destacar: Debian, Fedora Core, Slackware, Ubuntu etc.
DRIVER – Software que permitem ao sistema operacional usar as funcionalidades de um
dispositivo.
DRIVE – Refere-se a uma unidade de armazenamento ou de leitura de dados, pertencente ao
hardware de um computador.
DYNAMIC HOST CONFIGURATION PROTOCOL (DHCP) – é um protocolo de serviço que
oferece configuração dinâmica de terminais, com concessão de endereços IP de host e outros
parâmetros de configuração para clientes de rede.
ENDEREÇO IP – É um endereço que indica o local de um determinado equipamento
(normalmente computadores) em uma rede privada ou pública.
EPROM – Erasable programmable read-only memory, é um tipo de chip de memória de
computador que mantém seus dados quando a energia é desligada.
ETHERBOOT – Código de boot para redes padrão Ethernet.
ETHERNET – É uma tecnologia de interconexão para redes locais baseada no envio de
pacotes.
HOST – Como são chamados os computadores na internet e na intranet.
LINUX – Núcleo de sistema operacional livre criado por Linus Torvalds em 1991.
MEMÓRIA RAM – Memória de acesso aleatório (do inglês Random Access Memory,
frequentemente abreviado para RAM) é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita,
utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais.
MEMÓRIA ROM – A memória ROM (acrônimo para a expressão inglesa Read-Only
Memory) é um tipo de memória que permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são
gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso não podem ser alteradas ou apagadas,
somente acessadas. São memórias cujo conteúdo é gravado permanentemente.
37
MEMÓRIA VIRTUAL – Técnica que permite utilizar espaço em disco rígido como uma
extensão memória RAM.
MOODLE – Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment é um software livre,
de apoio à aprendizagem, executado em um ambiente virtual.
NETWORK FILE SYSTEM (NFS) – É um sistema de arquivos distribuídos com a finalidade
de compartilhar arquivos e diretórios entre computadores conectados em rede, formando
assim um diretório virtual.
PACOTES LTSP – Conjunto de softwares do LTSP propriamente dito.
PREBOOT EXECUTION ENVIRONMENT (PXE) – é um ambiente para inicializar
computadores usando a placa de rede sem a dependência da disponibilidade de dispositivos de
armazenamento (como disco rígido) ou algum sistema operacional instalado.
ROTEADOR – É um equipamento usado para fazer a comutação de protocolos, a
comunicação entre diferentes redes de computadores provendo a comunicação entre
computadores distantes entre si.
RAID – Conjunto Redundante de Discos Independentes ou também Conjunto Redundante de
Discos Econômicos, é um meio de se criar um subsistema de armazenamento composta por
vários discos individuais, com a finalidade de ganhar segurança e desempenho.
SERVIÇOS-BASE – São os serviços indispensáveis para o correto funcionamento da solução
LTSP.
SWITCH – Equipamento usado em redes locais que permite a segmentação de uma rede,
melhorando seu desempenho.
THIN CLIENTS – É um computador cliente em uma rede de modelo cliente-servidor de duas
camadas o qual tem poucos ou nenhuns aplicativos instalados, de modo que depende
primariamente de um servidor central para o processamento de atividades.
TRIVIAL FILE TRANSFER PROTOCOL (TFTP) – É um protocolo de transferência de
ficheiros, muito simples. É usualmente utilizado para transferir pequenos ficheiros entre
computadores em uma rede, tal como quando um terminal remoto ou um cliente inicia o seu
funcionamento, a partir do servidor.
UTP CATEGORIA 5 – Tipo de cabo de par trançado não-blindado utilizado para montagem de
redes locais de computadores.
WOKSTATIONS – Também conhecidas como estações de trabalho.
X DISPLAY MANAGER CONTROL PROTOCOL (XDMCP) – Protocolo que permite que seja
compartilhado para os computadores clientes o ambiente gráfico do sistema operacional
Linux, que é conhecido como X.
38
APÊNDICE A – Roteiro de entrevista para pesquisa sobre inclusão digital na Escola de
Administração do Exército e Colégio Militar de Salvador
1) Existe atualmente algum programa inclusão digital na Escola de Administração do Exército
e Colégio Militar de Salvador (EsAEx/CMS)? E nos últimos cinco anos?
2) Em caso positivo, quem tem sido o público-alvo?
3) O Sr. acha importante que a EsAEx/CMS proporcione aos seus soldados acesso orientado
às tecnologias de informação e comunicação (TICs), com o objetivo de fornecer-lhes
conhecimentos que possam ser empregados na vida após o licenciamento ?
4) O Sr. acha que os conhecimentos adquiridos sobre as TICs poderiam contribuir para um
trabalho mais eficiente do soldado ainda durante o período de serviço militar? De que
maneira?
5) Em sua opinião, que assuntos inerentes às TICs poderiam ser explorados?
6) Existe parceria entre alguma instituição e a EsAEx/CMS para operacionalização de um
programa de inclusão digital?
7) O Sr.considera que a falta de um local específico destinado às atividades de inclusão
digital, tendo em vista o uso intenso dos laboratórios da EsAEx/CMS, pode dificultar a
regularidade de um programa para este fim?
8) O Sr. acha que um laboratório utilizando terminais “burros” com reaproveitamento de
máquinas obsoletas, pode se adequar à execução de um programa de inclusão digital?
39
APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Eu, _____________________________________________ declaro para os devidos fins que
responderei, por livre e espontânea vontade, a entrevista realizada pelo Cap Al Carlos
Eduardo Arruda de Souza, como parte da pesquisa do Curso de Aperfeiçoamento em
Conhecimentos Militares da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Esse trabalho
tem como objetivo propor a implementação de um laboratório Linux Terminal Server Project
(LTSP) para auxílio no processo de inclusão digital do soldado da Escola de Administração
do Exército e Colégio Militar de Salvador (EsAEx/CMS).
Tenho conhecimento de que esta pesquisa buscará pesquisar a inclusão digital na
EsAEx/CMS, sugerindo a criação de um espaço específico utilizando a tecnologia LTSP.
Declaro, ainda, estar ciente de que esta pesquisa constará da aplicação de uma entrevista a ser
conduzida pelo pesquisador. Ainda:
Que a minha participação não acarretará risco para minha saúde;
Que as informações prestadas por mim serão classificadas como confidenciais e serão
utilizadas exclusivamente para a pesquisa a que se destina;
Que ao estudo interessam as respostas obtidas na entrevista, sem a identificação individual,
preservando minha privacidade; e finalmente,
Que minha participação será voluntária e que estarei à vontade para pedir esclarecimento e
para não responder às questões solicitadas, em qualquer fase, sem que isso implique em
qualquer dano, custo ou penalização à minha pessoa.
Salvador,......../............./2009
___________________________________________________________
- Entrevistado
___________________________________________________________
CARLOS EDUARDO ARRUDA DE SOUZA – Pesquisador
40
APÊNDICE C – Arquivo de configuração do serviço DHCP
# Arquivo de configuração do servidor DHCP para o LTSP 4.2
# Por Carlos E. Morimoto
# Adaptado pelo autor
# As duas linhas seguintes são necessárias para utilização de terminais com placas de rede
# ISA
option option-128 code 128 = string;
option option-129 code 129 = text;
shared-network WORKSTATIONS {
subnet 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 {
default-lease-time
max-lease-time
21600;
21600;
# Configure as opções abaixo adicionando os endereços da sua rede:
# Mascara de sub-rede:
option subnet-mask
255.255.255.0;
# Endereço de broadcast (é sempre o último endereço da rede)
option broadcast-address
192.168.10.255;
# Default gateway (o micro que está compartilhando a conexão e do DNS da rede)
option routers
192.168.10.1;
option domain-name-servers 192.168.254.254;
# Esta opção faz com que o servidor dhcp aceite apenas os clientes do
# terminal server, não conflitando com um servidor dhcp já existente.
deny unknown-clients;
# IMPORTATE!! Colocar o endereço IP do servidor, se este endereço estiver errado o
# LTSP não funcionará! Repita o mesmo endereço na opção "next-server", ela é um
# workaround para um bug do dhcpd 3.03:
option root-path
next-server
}
}
"192.168.10.1:/opt/ltsp/i386";
192.168.10.1;
41
group {
use-host-decl-names
on;
# Aqui vão as configurações dos terminais, cada terminal deve
# ser configurado com um endereço IP diferente e com o endereço
# MAC de sua placa de rede.
# terminal 1:
host ws001 {
hardware ethernet 00:83:08:00:1F:85;
fixed-address
192.168.10.11;
filename "lts/vmlinuz-2.6.17.8-ltsp-1";
}
# terminal 2:
host ws002 {
hardware ethernet 00:00:21:CF:3B:5F;
fixed-address
192.168.10.12;
# Este terminal possui placa de rede ISA razão pela qual foram acrescentadas as duas
linhas seguintes
option option-128 e4:45:74:68:00:00;
option option-129 "MOPTS=nolock,ro,wsize=2048,rsize=2048";
filename "lts/vmlinuz-2.6.17.8-ltsp-1";
}
# terminal 3:
host ws003 {
hardware ethernet 00:83:08:00:0C:16;
fixed-address
192.168.10.13;
filename "lts/vmlinuz-2.6.17.8-ltsp-1";
}
# terminal 4:
host ws004 {
hardware ethernet 00:0C:61:00:00:00;
fixed-address
192.168.10.14;
# Este terminal está configurado para boot vi protocolo PXE
filename "lts/2.6.17.8-ltsp-1/pxelinux.0";
}
# Esta chave fecha a sessão "group", finalizando a configuração. Não remova!
}
42
APÊNDICE D – Arquivo de configuração lts.conf
# /opt/ltsp/i386/etc/lts.conf - configurado para o LTSP 4.2
# (Comentado por Carlos E. Morimoto)
# Adaptado pelo autor
# ---------------------- Configuração Default: ---------------------# Este é o principal arquivo de configuração do LTSP, configure com atenção.
# Endereço IP do servidor
[Default]
SERVER
= 192.168.10.1
# Esta opção faz com que o LTSP detecte automaticamente a placa de vídeo
# dos terminais, utilizando os drivers do X.org
XSERVER
= auto
# Configure aqui o tipo de mouse que será usado nos terminais por default.
# Você pode especificar tipos de mouse diferentes na configuração de cada
# terminal.
X_MOUSE_PROTOCOL = "PS/2"
X_MOUSE_DEVICE = "/dev/psaux"
X_MOUSE_RESOLUTION = 400
X_MOUSE_BUTTONS = 3
# Configuração default do teclado, ABNT2:
XkbModel
XkbLayout
= ABNT2
= br
# Faz com que as estações carreguem o ambiente gráfico por default:
SCREEN_01
RUNLEVEL
= startx
=5
# ------------ Configuração específica de cada estação: ------------# Esta é a configuração individual dos terminais, que bipassam os valores
# default determinados acima. Você pode adicionar mais estações conforme
# necessário. Descomente a linha do swap via rede em todas as estações
# com 32 MB de RAM ou menos.
43
# Veja exemplos de configuração para diferentes situações logo a seguir.
[ws001]
# Esta linha foi utlizada, pois o parâmetro default “auto” não detectou automaticamente
# o driver da placa de vídeo. Optou-se, então, por um driver genérico e que funciona
# na maioria das placas.
XSERVER = vesa
# Mouse serial com dois botões com emulação do terceiro botão
X_MOUSE_PROTOCOL = "Microsoft"
X_MOUSE_DEVICE = "/dev/ttyS0"
X_MOUSE_RESOLUTION = 400
X_MOUSE_BUTTONS = 2
X_MOUSE_EMULATE3BTN = Y
# swap via rede:
USE_NBD_SWAP = Y
[ws002]
XSERVER = vesa
# Força o terminal utilizar a resolução de vídeo e a taxa de atualização abaixo
X_MODE_0 = 1024x768 # Resolução de vídeo
X_VERTREFRESH = 60 # Refresh rate do monitor
X_COLOR_DEPTH = 16 # Bits de cor
# swap via rede:
USE_NBD_SWAP = Y
[ws003]
# Mouse PS/2 com roda. Também funciona para mouses USB
X_MOUSE_PROTOCOL = "IMPS/2"
X_MOUSE_DEVICE = "/dev/input/mice"
X_MOUSE_RESOLUTION = 400
X_MOUSE_BUTTONS = 5
X_ZAxisMapping = “4 5”
[ws004]
XSERVER= vesa
S 719
Souza, Carlos Eduardo Arruda de.
Proposta de implementação de um laboratório Linux Terminal Server
Project para auxílio no processo de inclusão digital do soldado da Escola de
Administração do Exército e Colégio Militar de Salvador/ Souza, Carlos
Eduardo Arruda de.
43 f. : 27,9 cm
Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Aperfeiçoamento Militar) –
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, Rio de Janeiro, 2009.
Referências: f. 34-35
1. Inclusão digital. 2. Solução LTSP. 3. Laboratório. I Título.
CDD 001.642
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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap