Anais do XVI Encontro de Iniciação e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas Científica da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 OTIMIZAÇÃO DE CONVERSORES ÓPTICOS DE COMPRIMENTO DE ONDA BASEADOS EM FIBRA DE ÓXIDO DE BISMUTO Rafael José Massaro Marcelo Luís Francisco Abbade Faculdade de Engenharia Elétrica CEATEC [email protected] Grupo de Sistemas Fotônicos e Internet Avançada CEATEC [email protected] Resumo: O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho e determinar condições ótimas de operação de um conversor óptico de comprimento de ondas baseado no efeito de mistura de quatro-ondas em fibras de óxido de bismuto. Para isto foram feitas simulações utilizam o software VPITransmissionMaker 8.6. Os resultados obtidos indicam que o melhor desemepnho do conversor ocorre para uma fibra com 0,5 m de comprimento e para uma potência de bombeio de 2 W. Palavras-chave: Mistura de Quatro Ondas, Conversor de Comprimento de onda, Redes Ópticas. Área do Conhecimento: Engenharias – Telecomunicações (3.04.06.00-5). 1. INTRODUÇÃO A capacidade de transmissão das fibras ópticas é bastante superior à do processamento eletrônico utilizado nos roteadores das redes atuais. Por essa razão, várias tecnologias vêm sendo pesquisadas para mover o gargalo eletrônico imposto por estes processadores para a periferia das redes [1]. Vários destes dispositivos fotônicos, entre os quais destacamos conversores de comprimentos de onda, amplificadores paramétricos e regeneradores ópticos, vêm sendo amplamente analisados na literatura recente. Em especial, os conversores de comprimento de onda [2, 3] (all-optical wavelength converters, AOWC) possuem pelo menos 3 características que podem ser úteis para redes de telecomunicações: a) são capazes de criar novos canais (em freqüência), o que permite um melhor aproveitamento da largura de banda provida pelas fibras; b) promovem a conjugação de fase e, se posicionados adequadamente, podem ser utilizados para compensar a dispersão cromática e, por conseqüência, reduzir a taxa de erro de bit dos sinais que se propagam por redes ópticas e c) podem operar entre domínio de redes distintas para compatibilizar os comprimentos de onda utilizados em cada um destes domínios. Entre as várias tecnologias utilizadas para implementar os AOWCs, destaca-se a conversão baseada no efeito de mistura de quatro ondas (four-wave mixing, FWM) em fibras ópticas altamente não-lineares. As vantagens apresentadas por esta técnica compreendem transparência à taxa de transmissão dos sinais, a preservação da razão de extinção dos sinais originais e a transparência ao formato de modulação utilizado. Por outro lado, para gerar a mistura de quatro ondas, além do sinal a ser convertido, é necessário utilizar um sinal de bombeio cuja potência precisa exceder, tipicamente, algumas dezenas de miliwatts. Experimentalmente, isto é algo difícil de se obter, pois potências superiores a 5 ou 10 mW estimulam a ocorrência de um efeito não-linear das fibras chamado de retro-espalhamento Brillouin. Este efeito faz com que parte da potência incidente na fibra retorne à direção do transmissor. Sendo assim, o retro-espalhamento Brillouin depleta a potência do bombeio e reduz a eficiência da mistura de quatro-ondas. A solução mais usual para combater este efeito consiste em modular o sinal de bombeio em fase ou amplitude [2]. O alargamento espectral experimentado pelo bombeio nesta situação eleva a potência a partir da qual o retroespalhamento se torna relevante. No entanto, o sinal convertido pela FWM também fica sujeito às ações deste alargamento, o que reduz a distância de propagação do mesmo. Devido às razões explicadas na Seção III, uma alternativa interessante para evitar estes problemas é substituir as fibras altamente não-lineares por fibras de óxido de bismuto. Apesar de a literatura apresentar vários trabalhos experimentais sobre AOWCs neste tipo de fibras [4-7], no melhor de nosso conhecimento não existem estudos que avaliem as condições ótimas de operação deste dispositivo. Neste cenário, o propósito deste trabalho é avaliar este dispositivo em termos do comprimento da fibra de óxido de bismuto e da potência de bombeio utilizada. A otimização de tais parâmetros pode conduzir a condições que poderiam ser exploradas comercialmente. O restante deste trabalho está organizado da seguinte maneira. A Seção II aborda algumas características sobre AOWCs baseados em FWM. A Seção III Anais do XVI Encontro de Iniciação e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas Científica da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 Figura 1 - Mistura de Quatro Ondas (FWM). apresenta as principais características das fibras de óxido de bismuto. O cenário de simulação utilizados está descrito na Seção IV. Os resultados obtidos são mostrados na Seção V. Por fim, nossas conclusões estão apresentadas na Seção VI. 2. Conversão de Comprimento de Onda A Fig. 1 ilustra o esquema básico de um AOWC que pode ser empregado em uma rede óptica de telecomunicações. Um sinal de dados em uma frequência f1 é acoplado a um bombeio (sinal de potência alta e constante) em uma frequência f2. Ambos sinais são inseridos em uma fibra com características nãolineares e de dispersão que favoreçam a ação da FWM. Ao longo da propagação pela fibra, a FWM gera dois novos sinais laterais situados nas freqüências f-= 2f1- f2 e f+= 2f2- f1. A potência de ambos estes sinais será proporcional às potências dos sinais em f1 e em f2. Além disto, como a potência do bombeio (sinal em f2) é constante, as potências dos sinais em f- e f+ serão nulas quando o sinal de dados (em f1) transmitir um bit 0 e máximas quando o sinal de dados enviar um bit 1. Assim, verifica-se que os sinais em f- e f+ correspondem a cópias dos sinais em f1 e em f2. Assim, se f- ou f+ for filtrado ao final da fibra, teremos um único sinal com a mesma informação de f1, mas em uma frequência distinta. Isto caracteriza o AOWC. Neste trabalho, consideraremos apenas os sinais convertidos em f+, pois estes estão mais próximos do bombeio e, portanto, terão mais potência. Observa-se que, em termos de custos, é interessante que o AOWC opere com a mínima potência de bombeio e com o mínimo comprimento de fibra. No entanto, tanto esta potência como este comprimento devem prover um sinal que tenha uma qualidade aceitável. Em se tratando de sinais digitais, como os considerados neste trabalho, esta qualidade é usualmente avaliada a partir da taxa de erro de bit (bit error rate, BER) ou do fator Q correspondente a esta BER. Figura 2: Gráfico dos valores Dispersão da Fibra Óxido de Bismuto. 3. Fibra de Óxido de Bismuto Como mencionado anteriormente, este trabalho tem como objetivo avaliar AOWCs implantados em fibras de óxido de bismuto. Uma das vantagens destas fibras é que seu parâmetro não-linear supera o das fibras altamente não-lineares convencionais (FANC) em cerca de 100 vezes. Por exemplo, em [2] o parâmetro da fibra altamente não-linear utilizado foi de 9.1 (W.km)-1. Em nosso trabalho, adotamos o 1 mesmo valor utilizado em [7] que é de 1350 (W.km)- . Outra vantagem importante, é que justamente por possuir um parâmetro não-linear elevado, é possível utilizar comprimentos de fibras menores para a obtenção de produtos de FWM com eficiência elevada. Por esta razão, é possível usar comprimentos de fibra bem menores que aqueles necessários para as FANCs. Na maioria das aplicações práticas, comprimentos inferiores a 2 m já serão suficientes. Isso elimina (ou reduz significativamente) a ação do retroespalhamento Brillouin observada neste último tipo de fibra. Este fato permite a eliminação dos componentes de RF usados na montagem experimental de conversores de comprimento de onda baseados em FANCs. Por outro lado, as fibras de óxido de bismuto possuem duas desvantagens. Primeiramente, a atenuação é de 1000 dB/km ao passo que nas FANCs este valor é de apenas 0,2 dB/km. No entanto, como os comprimentos desta fibra são de, no máximo, alguns metros, a atenuação da fibra nestes dispositivos será de até 2 dB (que é um valor relativamente baixo). Anais do XVI Encontro de Iniciação e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas Científica da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 Figura 3: Esquema do AOWC, com fibra de Óxido de Bismuto, para análise espectral, VPI Transmission Maker8.6. A outra desvantagem é que a dispersão cromática é bastante elevada (em módulo). Isto faz com que o sinal se propague pela fibra com uma diferença de fase considerável em relação ao bombeio. Consequentemente, a eficiência da FWM será reduzida. Neste trabalho, utilizamos a mesma dispersão verificada em [6], cujo comportamento em função do comprimento de onda está ilustrado na Figura 2. Os comentários acima indicam que a eficiência da FWM será influenciada positivamente pelo alto valor do parâmetro não-linear da fibra e negativamente pela dispersão cromática deste meio. Por esta razão é que o estudo deste trabalho torna-se importante para a avaliação do desempenho dos AOWCs. 4. Cenário de Simulação A janela utilizada para iniciarmos as simulações se limitou a janela de 1402nm a 1565nm e todas as simulações foram realizadas no Software VPI 8.6. A Fig. 3 apresenta o esquemático de simulação utilizado neste trabalho. A freqüência do bombeio foi ajustada para 192.57 THz e sua potência foi ajustada em 0 ou 10 mW. A este bombeio foi adicionado um ruído para simular a razão sinal-ruído obtida em situações experimentais. Após isso, o sinal do bombeio foi amplificado para valores entre 0,5 e 2 W. Novamente, foi utilizado um módulo para inserção de ruído a fim de aproximar as simulações de condições experimentais. A seguir este bombeio foi acoplado a um sinal cuja frequência foi fixada em 193.05 THz e a potência foi ajustada para 2.2 mW. A este sinal também foi introduzido ruído. A fibra de óxido de bismuto foi colocada na saída do acoplador. Seus parâmetros principais atenução de 1000 dB/km, dispersão ilustrada na -1 Fig. 2 e parâmetro não-linear de 1350 (W.km) . A seguir o sinal convertido, em 192.09 THz foi filtrado, amplificado até uma potência média de 1 mW, e filtrado novamente. Este segundo estágio de filtragem é necessário para diminuir o ruído introduzido pelo amplificador e também para reduzir a potência do bombeio a níveis aceitáveis. A saída deste filtro foi analisada em um bloco capaz de mostrar os diagramas de olho e estimar o fator Q dos sinais convertidos. Os módulos em cinza escuro, na Fig. 3, correspondem aos blocos utilizados nas simulações do relatório parcial para FANC [8]. Aqui eles não são utilizados devido à baixa influência do retro-espalhamento Brillouin. Esta configuração foi adotada no VPI 8.6 e simulada no mesmo. Em todos os casos considerados, o sinal de dados correspondeu a uma sequência pseudo-aleatória de 2048 bits. Anais do XVI Encontro de Iniciação e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas Científica da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 Tabela I: Valores de Qback-to-back. Q (back-to-back) NPD (W/Hz) 5,3 4.19e-15 6,5 2.84e-15 7,2 2.36e-15 7,7 2.07e-15 11,1 1.02e-15 14,2 0.618e-15 5. RESULTADOS Primeiramente, foram feitas simulações variandose a densidade espectral de potência (noise power density), NPD, do ruído do sinal e mantendo-se a potência de bombeio em 0 W. Os filtros da saída do conversor foram mantidos na posição do sinal de dados e o amplificador foi ajustado para prover um ganho que elevasse a potência do sinal de saída para 1 mW. Esta situação claramente corresponde ao caso em que o conversor está desligado e foi utilizada como padrão de comparação para o caso em que o sinal é convertido. A Tabela I ilustra os valores do fator Q nesta configuração back-to-back, Qback-to-back, em função da densidade espectral de potência do ruído e a Figura 4 ilustra os digramas de olho correspondentes. Para as simulações seguintes adotou-se a NPD que conduziu a um fator Q de 7,2. Este valor foi escolhido pois, sob aproximação de ruído gaussiano, im-12 plica em uma BER de 10 que muitas vezes é tida como limiar para a qualidade de sinais de sistemas ópticos. A seguir, o bombeio foi ligado e sua potência, PB, foi ajustada para 2 W na entrada da fibra. Então, o comprimento da fibra de óxido de bismuto, L, foi variado nos valores de 0,2, 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0 m. Os filtros na saída do conversor foram ajustados para 192.09 THz e a potência do amplificador da saída do AOWC foi sempre regulada para prover um sinal com potência de saída de 1 mW. Após o conversor, o fator Q do sinal de saída, Qconverted_bismuth, foi avaliado. Por fim, a potência do sinal de bombeio foi alterada para os valores de 1 e 0,5 W e a avaliação de Qconverted_bismuth ocorreu para os mesmos valores de comprimento da fibra de óxido de bismuto. A Figura 5 ilustra o fator Q do sinal convertido em função de L para os 3 valores de potência de bombeio analisados. Observa-se que na grande maioria dos casos Qconverted_bismuth está abaixo do valor de 7,2 obtido para o caso back-to-back. Isto indica que o conversor está degradando a qualidade do sinal. Para alguns poucos casos, (L= 0,2 m, PB= 2 W), (L= 0,5 m, PB= 2 W) e (L= 2 m, PB= 1 W) houve regeneração do sinal, isto é, Qconverted_bismuth foi maior que 7.2. Estas oscilações no fator Q do sinal convertido são esperadas e decorrência do compromisso entre disper Figura 4: Diagramas de Olho para valores do Fator Qback-to-back: a) 5.3 ; b) 6.5; c) 7.2 ; d) 7.7 ; e) 11.1 ; f) 14.2 Anais do XVI Encontro de Iniciação e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas Científica da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 Figura 5: Fator Q do sinal convertido em função do comprimento da fibra de óxido de bismuto e da potência de bombeio. são, não-linearidade e atenuação da fibra de óxido de bismuto. Ainda a partir da Figura 5 constata- se que a melhor opção em termos de custo e qualidade parece ser a utilização de AOWCs com L= 0,5 m e PB= 2 W. Por fim, para fins ilustrativos, a Figura 6 mostra os digramas de olho obtidos para o pior, (L= 1,5 m, PB= 0,5 W), e melhor, (L= 2 m, PB= 1 W), casos observados na Figura 5. 6. CONCLUSÕES Neste trabalho foi avaliado, através de simulações computacionais, o desempenho de conversores de comprimento de onda totalmente ópticos baseados no efeito de mistura de quatro ondas e em fibras de óxido de bismuto. Procurou-se avaliar as condições de potência de bombeio e de comprimento de fibra que provessem boa qualidade ao sinal convertido e, simultaneamente, minimizassem o custo do conversor. Os resultados obtidos sugerem que uma configuração bastante atrativa corresponde a um comprimento de fibra de 0,5 m e a uma potência de bombeio de 2W. De fato, foi verificado que nesta situação houve uma ligeira regeneração do sinal. A partir da Figura 5, é interessante notar que se uma pequena degradação for tolerada (permitindo que o fator Q seja reduzido de 7,2 para 7,0) a potência de 1W e o comprimento de fibra de apenas 0,2 m podem ser adotados. Neste caso, os custos com o amplificador de bombeio e a fibra de óxido de bismuto podem ser menores que aqueles da configuração em que o fator Q é máximo. Figura 6: Diagrama do Olho: a) 1W e 2m (Ganho = 10.78 dB ) ; b) 2W e 2m (Ganho = 18 dB ). Uma possível continuidade deste trabalho poderia verificar o comportamento do conversor para diferentes potências e fatores Q do sinal de entrada. 7. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPq pelo financiamento parcial das atividades desenvolvidas. Os autores também agradecem à VPIPhotonics Inc. pelo provimento de licenças acadêmicas do software utilizado neste trabalho. 8. REFERÊNCIAS [1] [1] D.J. Blumenthal, “All-optical label swapping networks and technologies”, J. Lightwave Technol, vol. 18, pp. 2058-2075, Dec. 2000. [2] [2] J.D. Marconi, F.A. Callegari, M.L.F. Abbade, H.L. Fragnito, “Field-trial evaluation of the Q-factor penalty introduced by fiber four-wave mixing wavelength converters,” Optics Communications, 282, pp. 106–116, 2009. Anais do XVI Encontro de Iniciação e I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-Campinas Científica da PUC-Campinas 27 e 28 de setembro de 2011 ISSN 1982-0178 [3] [3] M.L.F. Abbade, J.D. Marconi, R.L. Cassiolato, V. Ishizuca, I. E. Fonseca, H. L. Fragnito, "FieldTrial Evaluation of Cross-Layer Effect Caused by All-Optical Wavelength Converters on IP Network Applications," IEEE Journal of Lightwave Technology, vol.27, no.12, pp.1816-1826, June15, 2009. [4] [4] Ju Han Lee; Nagashima, T.; Hasegawa, T.; Ohara, S.; Sugimoto, N.; Tanemura, T.; Kikuchi, K., "Wavelength conversion of 40-Gbit/s NRZ signal using four-wave mixing in 40-cm-long bismuth oxide based highly-nonlinear optical fiber," Optical Fiber Communication Conference, 2005. [5] Technical Digest. OFC/NFOEC , vol.6, no., pp. 3 pp. Vol. 5-, 6-11 March 2005. [6] [5] J. H. Lee, T. Nagashima, T. Hasegawa, S. Ohara, N. Sugimoto, K. Kikuchi, “Bismuth-OxideBased Nonlinear Fiber With a High SBS Threshold and Its Application to Four-Wave-Mixing Wavelength Conversion Using a Pure Continuus- ave Pump,” Journal of Lightwave Technology, Vol. 24, Issue 1, pp. 22-28, 2006. [7] [6] J. T. Gopinath; H. M. Shen; H. Sotobayashi; E. P. Ippen; T. Hasegawa; T. Nagashima; N. Sugimoto; Highly Nonlinear Bismuth-Oxide Fiber for Supercontinuum Generation and Femtosecond Pulse Compression, “Journal of Lightwave Technology” v. 23 no. 11, p. 3593, November 2005. [8] [7] K.Seki; S.Yamashita : Narrowband and tunable optical parametric amplification in BismuthOxide-based highly nonlinear fiber, “OPTICS EXPRESS” v16. no.18. , p.02 , 2008. [9] [8] R. J. Massaro, M.L.F. Abbade, Relatório Parcial do Projeto “Otimização de Conversores ópticos de comprimento de onda baseados em fibra de Óxido de Bismuto,” Março de 2011.